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O juiz de Direito Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, começa a tomar os depoimentos de 60 sobreviventes da tragédia da boate Kiss nesta quarta-feira, 26, como parte da instrução do processo contra os quatro réus acusados de homicídio com dolo eventual. As audiências com as testemunhas estão marcadas para o período das 10h às 11h30 e das 13h30 às 17h30 e estão divididas em duas etapas. A primeira vai até sexta-feira, 28. A segunda será nos dias 9 e 10 de julho. As sessões são abertas ao público.

O incêndio da casa noturna ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. A investigação policial apontou como causa o uso de um artefato pirotécnico, durante show da banda Gurizada Fandangueira, que gerou uma fagulha que chegou ao teto e queimou o revestimento acústico da casa. A fumaça tóxica matou por asfixia a maior parte das 242 vítimas. Os réus do processo são os empresários Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann e os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. Eles devem ir a júri popular, que não tem data marcada.

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Por formação de cartel no mercado de revenda de combustíveis no município de Santa Maria (RS), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou oito postos de combustíveis e sete pessoas físicas. As multas aplicadas somam cerca de R$ 19 milhões. A decisão foi tomada na sessão de julgamento desta quarta-feira.

O conselheiro relator do caso, Ricardo Machado Ruiz, destacou que conversas gravadas em janeiro de 2004, por meio de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, comprovam a prática de cartel. As escutas demonstram que os representantes dos postos já haviam fixado o preço da gasolina e estavam combinando o valor a ser cobrado pelo álcool.

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Os diálogos gravados mostram tratativas entre dois proprietários de postos que, à época, ocupavam os cargos de diretor regional e diretor regional adjunto do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro). De acordo com Ruiz, ambos tinham "capacidade considerável de influência sobre os demais" e assumiram o papel de líderes do cartel.

O Cade ressalta que estudos econômicos realizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) também comprovam a existência do cartel. Os relatórios informam que, nos últimos cinco meses de 2003, a margem dos postos condenados passou de R$ 0,291 por litro para R$ 0,423 por litro. No mesmo período, os demais postos do município passaram as margens de R$ 0,265 a R$ 0,419. Além disso, entre fevereiro e abril de 2004, a margem média dos postos que praticaram o cartel foi de R$0,404 por litro, enquanto os demais postos tiveram margens médias de R$ 0,380.

"No caso em questão, os efeitos da conduta afetam, na hipótese mais restrita, os consumidores e demais concorrentes do mercado de revenda de gasolina e álcool do município de Santa Maria", avaliou Ruiz. Os postos de combustíveis foram condenados ao pagamento de multas que somam cerca de R$ 16,5 milhões. Aos dois proprietários de postos apontados como líderes, o Cade fixou o pagamento de 17% do valor das multas aplicadas às empresas em que são administradores. Aos demais, foi estipulado 15% do montante devido pelos postos em que são proprietários. Os valores aplicados às pessoas físicas somam R$ 2,5 milhões. O processo foi arquivado com relação ao Sulpetro.

Em março deste ano, o Cade condenou outros seis casos de cartel de combustíveis. As práticas anticoncorrenciais ocorreram nas cidades de Manaus (AM), Bauru (SP), Londrina (PR), Teresina (PI) e Caxias do Sul (RS). Ao todo, foram aplicados aproximadamente R$ 120 milhões em multas.

Um grupo de familiares e amigos das vítimas da boate Kiss bloqueou nesta quarta-feira a Rodovia BR-287 para protestar contra a decisão da Justiça que liberou os dois empresários e dois músicos que estavam presos como réus do processo criminal e pedir a solidariedade dos motoristas de outras cidades. O tráfego foi interrompido parcialmente três vezes entre as 17 e 18 horas para os manifestantes entregarem panfletos aos viajantes. A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro em Santa Maria (RS) e matou 242 pessoas.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou nessa segunda-feira, 3, a divisão dos processos dos acusados pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. Os quatro acusados por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) serão julgados separadamente dos outros acusados de fraude processual e falso testemunho. A intenção da Justiça é dar maior agilidade aos processos, principalmente dos casos que não respondem por homicídio.

De acordo com o TJ, a comprovação dos crimes de fraude processual, cometido pelos bombeiros Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleze, e de falso testemunho, cometido pelo ex-sócio da boate Elton Cristiano Uroda e pelo contador Volmir Astor Panzer, depende apenas de provas documentais.

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Já os acusados pela morte de 242 vítimas, os dois sócios da boate (Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann) e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira (Marcelo dos Santos e Luciano Augusto Leão), responderão diante de um Tribunal do Júri. Presos desde a tragédia, em janeiro deste ano, eles tiverem a liberdade provisória decretada pelo próprio TJ na última quarta-feira, 29.

O Juiz Ulysses Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, pediu tanto à promotoria quanto à defesa que diminuam o número de testemunhas do processo - o número máximo de testemunhas é de 16. Os sobreviventes da tragédia prestam depoimento à Justiça entre a última semana deste mês e o início de julho.

As eleições suplementares do município de Primavera, Zona da Mata de Pernambuco, serão realizadas no próximo domingo (2) das 8h às17h, mas apesar de possuir três chapas encabeçadas por siglas distintas, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) ainda poderá definir o postulante. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), o prazo para definição do nome do concorrente deverá ser confirmado até este sábado (1).

O PSB tinha escolhido Jetro Gomes para encabeçar a chapa de gestor municipal, porém, o registro de candidatura do socialista foi cassado. Na argumentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi considerado o candidato inelegível para as eleições de 2012, que foi condenado em processo eleitoral de 2004, causando sua inelegibilidade por oito anos. A Corte entendeu que o novo pleito ainda se refere ao exercício de 2012. Portanto, Jetro permanece inelegível.

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Em virtude do curto prazo que já encerra neste sábado (1) a equipe do Portal LeiaJá tentou conversar com representantes do diretório do partido no Estado, mas não obteve êxito. 

Familiares e amigos das 242 pessoas mortas no incêndio da boate Kiss, em janeiro desse ano, participam, nesta sexta-feira, 31, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Para a sessão desta manhã, estão previstos o depoimento do ex-secretário de Mobilidade Urbana, Sergio Medeiros, e de outros três ficais da cidade. A CPI investiga possíveis irregularidades do poder público que possam ter provocado a tragédia.

Antes do início da sessão, houve confusão entre os familiares e uma funcionária da Câmara. Em nota, a Casa não especificou o ocorrido, mas lamentou o caso e disse se tratar "de uma de uma situação isolada, em que a postura de uma servidora não representa o posicionamento deste Poder Legislativo". A Câmara de vereadores disse ainda que vai analisar as imagens de segurança e aplicar as providências necessárias.

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Na quarta-feira, 29, a justiça do Rio Grande do Sul liberou os quatro acusados pelo incêndio. Os dois sócios da boate (Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann) e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira (Marcelo dos Santos e Luciano Augusto Leão) estavam presos desde o dia seguinte à tragédia. Eles tiveram os passaportes confiscados e a liberdade provisória decretada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Nessa quinta-feira, 29, centenas de parentes e amigos das vítimas saíram às ruas de Santa Maria e ao Parque Farroupilha, em Porto Alegre, para protestar contra a decisão judicial. Eles pretendem fazer uma nova manifestação nesta sexta, logo após os depoimentos da CPI. Duas jovens que estavam na boate na madrugada do dia 27 de janeiro seguem internadas.

Os quatro presos pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou 242 pessoas mortas e feriu outras dezenas, foram soltos pela Justiça gaúcha na tarde desta quarta-feira, 29. Eles estavam detidos desde o dia seguinte à tragédia, em 27 de janeiro.

Foi concedida liberdade provisória para os proprietários da boate, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão. A decisão é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

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Estavam no julgamento familiares de vítimas, que vieram de Santa Maria. O veredicto causou revolta entre os presentes, que chegaram a fazer uma pequena manifestação na frente do Tribunal de Justiça, em Porto Alegre.

Na sessão desta terça-feira (28), a Corte do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) julgou os pedidos de impugnação de candidatura para as eleições suplementares de Primavera e Santa Maria da Boa Vista.

Os recursos de Santa Maria da Boa Vista, de números 49-58 e 41-81, pediam a cassação do registro de candidatura de Jetro do Nascimento Gomes (PSB), candidato a prefeito pela coligação “O povo vai vencer de novo”. As razões seriam a inelegibilidade do candidato e a alegação de que Jetro teria dado causa à nulidade do pleito de 2012.

Por maioria de votos (5 a 1), os desembargadores acompanharam o voto do relator Frederico Carvalho e cassaram o registro de candidatura de Jetro Gomes. A argumentação foi a de que o Tribunal Superior Eleitoral considerou o candidato inelegível para as eleições de 2012, que foi condenado em processo eleitoral de 2004, causando sua inelegibilidade por 8 anos. A Corte entendeu que o novo pleito ainda se refere ao exercício de 2012, portanto Jetro permanece inelegível.

Ainda em Santa Maria, havia um pedido de indeferimento da candidatura de Paulo Jorge Pontes (PRP), que foi negado pela Corte por unanimidade, no entendimento de que houve apenas um erro formal na documentação apresentada pelo candidato.

Em Primavera, o candidato Jadeildo Gouveia da Silva, o “Galego do Gás” (PR) já teve sua candidatura deferida em 1ª instância, porém a coligação adversária “Construir Primavera” alegava inelegibilidade por rejeição de contas públicas em 2013.

O relator, Desembargador Roberto Morais, manteve a decisão do Juiz da 142ª Zona Eleitoral, Dr. Hugo Bezerra de Oliveira, considerando que não ficou comprovado dolo ou improbidade no caso apresentado, não resultando inelegibilidade. A Corte manteve então a candidatura de Galego do Gás, por 4 votos a 2.

O corpo da estudante Mariane Wallau Vielmo, de 24 anos, foi sepultado nesta segunda-feira, 20, no Cemitério Santa Rita de Cássia, em Santa Maria. Ela é a 242ª vítima do incêndio da boate Kiss e morreu na madrugada de domingo, de infecções e pneumonia, depois de ficar 112 dias internada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A jovem era natural de Santiago do Boqueirão (RS) e cursava Sistemas de Informação no Centro Universitário Fransciscano (Unifra).

A tragédia ocorreu durante uma festa promovida por estudantes no dia 27 de janeiro. O fogo provocado pela faísca de um show pirotécnico queimou a espuma de revestimento acústico gerando uma fumaça tóxica que matou 234 pessoas no mesmo dia e oito, em diversas datas posteriores, em hospitais. Três estudantes e uma advogada, com idades entre 19 e 24 anos, ainda estão internados em hospitais de Porto Alegre para tratamentos de recuperação da pele.

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Morreu na madrugada deste domingo, às 5h15, mais uma vítima do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). Segundo a assessoria de imprensa da Secretária de Saúde de Porto Alegre, a estudante Mariane Wallau Vielmo, de 25 anos, estava internada no Hospital das Clínicas de Porto Alegre desde o dia da tragédia, em 27 de janeiro deste ano.

Até o momento 242 pessoas morreram em decorrência do incêndio e outras 4 vítimas seguem internadas com quadro estável. A causa da morte da estudante Mariane não foi revelada, a pedido da família, mas agências noticiosas da cidade dão conta de que ela teria sofrido graves queimaduras e teria passado por procedimentos de enxerto de pele.

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A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de liberdade solicitado pela defesa de Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, um dos réus no processo do incêndio da boate Kiss, que matou 241 pessoas no final de janeiro, em Santa Maria.

A solicitação foi protocolada no dia 15 deste mês, pelo advogado do músico, Omar Obregon. O MP se manifestou contrário à liberdade, alegando que "a prisão do acusado foi decretada para a garantia da ordem pública, situação que permanece inalterada até o presente momento".

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Em seu despacho nesta sexta-feira, 26, o juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Fonseca Louzada, concordou com os promotores. Além disso, solicitou à administração da Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde Santos está preso desde 28 de janeiro, dia seguinte à tragédia, que esclareça uma possível restrição de acesso encontrada pelo advogado do músico a seu cliente. Santos foi indiciado por homicídio com dolo eventual qualificado por asfixia, incêndio e motivo torpe. Na segunda-feira, 29, se encerra o prazo para que as defesas dos réus se manifestem à Justiça.

Os municípios pernambucanos de Primavera e Santa Maria da Boa Vista, definiram nessa quarta-feira (24), os candidatos que disputarão as eleições suplementares de 2 de junho. A data foi também o prazo final para requerer do registro de candidatura determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

Na cidade de Santa Maria da Boa Vista, Sertão do Estado, mais de 27 mil eleitores escolherão o novo chefe do executivo municipal que será disputado entre quatro chapas. A concorrência será entre os partidos PV, PSL, PTB e PRP, e os candidatos são: Antônio Pereira de Souza (PV) e sua Vice – Maria Dulcicleide da Silva Nascimento (Cleide – PV); Eliane Rodrigues da Costa Gomes (PSL) e seu Vice – José Gualberto de Freitas Almeida (Gualberto – PMDB); Jetro do Nascimento Gomes (JPSB) com o Vice - Humberto César de Faria Mendes (Humberto Mendes - PTB) e Paulo Jorge da Silva Pontes (Paulo Pontes– PRP) e seu Vice: Valdeir de Oliveira Almeida (Deir de Asaíra – PRB).

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Já no município de Primavera, localizada na Zona da Mata Sul do Estado, também há quatro chapas que são formadas pelos partidos: PDT, PSC e PRTB. Entre os candidatos está a mãe de Rômulo César Moura (PRTB), conhecido como ‘Pão com Ovo’ que teve o registro de candidatura cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei Ficha Limpa, após ganhar as eleições na cidade em 2012. Veja abaixo os nomes de todos os pretendentes:

Fernando Antônio Feitosa Cavalcanti (Fernando Dentista– PDT) e a Vice – Maria dos Santos Ferreira (Santa do Sindicato– PDT); Tânia Maria Dória de Souza Santos Barros (Dra. Tânia. – PSC) e seu Vice: Izaú Carlos Monteiro (Izaú - PRP); Jadeildo Gouveia da Silva (Galego do Gás– PR) com o Vice – Severino Ramos da Silva (Irmão Bibil – PSL) e Severina Moura Batista Peixoto (Naza Pão com Ovo– PRTB) e o Vice – Jeferson Gomes Gouveia (Jeferson Cabeleireiro – PSB).

 

 

 

 

 

A estudante Kelen Giovana Leite Ferreira, 20 anos, sobrevivente da tragédia da boate Kiss que deixou o Hospital de Clínicas de Porto Alegre há dois dias, foi recebida com uma festa pelos familiares e amigos na noite da quarta-feira, 17, quando voltou a Santa Maria. Nesta quinta, ao fazer uma visita surpresa, foi recebida com abraços e beijos emocionados pelos colegas do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Ao chegar, lembrou da frase "sou forte, vou sair dessa", que havia dito ao se despedir do tio, o bancário aposentado Roque Ferreira, antes de ser sedada no dia da tragédia, para repeti-la com nova conjugação verbal. "Fui forte e consegui sair", afirmou, sob aplausos das cerca de 70 pessoas que foram à recepção.

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Nos 79 dias que passou no hospital, Kelen submeteu-se a terapias para limpeza dos pulmões e para as queimaduras que atingiram 20% do corpo. "O caso foi difícil", admite, sem entrar nos detalhes que levaram os médicos a considerar a situação muito grave em dois momentos do tratamento. "Foi com muita fé em Deus e apoio da família que consegui me recuperar."

A estudante seguirá sob cuidados médicos por pelo menos mais alguns meses e terá de fazer viagens periódicas a Porto Alegre para revisões do quadro clínico. Mas não perderá o quarto semestre do curso. A universidade abriu a possibilidade de concluir a etapa a distância, permitindo que ela recupere aulas e preste exames em casa. "Fiquei muito feliz com as recepções que tive, não imaginava tanta gente, e gostei de rever o pessoal da universidade", comentou ao final desta tarde.

Kelen tem pai e mãe em Alegrete, mas mora na casa do tio, em Santa Maria, para estudar. No dia da tragédia, estava na boate com três amigas, uma das quais era funcionária da casa. Duas delas, Juliana Santos e Laureane Salapata, morreram. Kelen, assim como Gabriele Stringari, se salvou porque foi carregada para fora por um "anjo". A fumaça impediu que ela visse o rosto de seu salvador. "Eu gostaria de saber quem é, vou tentar identificá-lo", revela, cheia de gratidão.

O incêndio da boate Kiss ocorreu na madrugada de 27 de janeiro e foi provocado pelo uso de um artefato pirotécnico durante um show musical. A tragédia matou 234 pessoas no mesmo dia e sete posteriormente, em hospitais. Quatro pessoas ainda estão internadas.

A partir dessa segunda-feira (15), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) orienta entidades, empresas, administração pública e candidatos das cidades de Santa Maria da Boa Vista e Primavera, localizadas no Sertão e na Mata Sul pernambucana, respectivamente, que sigam algumas restrições. Ambos os municípios realizarão no dia 02 de junho eleições suplementares para escolher prefeito e vice-prefeito.

No calendário eleitoral divulgado pelo TRE a partir desta segunda, as entidades ou empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas à eleição ou candidatos, ficam obrigadas a registrar perante o Juiz Eleitoral, as informações previstas em lei e em Instruções do Tribunal Superior Eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 33).

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Em relação às restrições fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefício por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior. Nos casos citados o Ministério Público Eleitoral poderá promover o acompanhamento da execução financeira e administrativa.

Ainda na data desta segunda-feira (15) ficam vedados os programas sociais executados por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por ela mantida, ainda que autorizados em lei ou em execução orçamentária no exercício anterior.

Dois municípios pernambucanos escolherão os novos prefeitos e vices em nova votação que será realizada no dia 2 de junho. A data do novo pleito e o calendário com a programação das eleições foi definida na noite dessa quinta-feira (11), pela Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). A eleição suplente cairá num domingo e o horário para a realização será das 8h às 17h.

No município de Santa Maria da Boa Vista, Sertão pernambucano, mais de 27 mil eleitores escolherão o novo chefe do executivo municipal. Na cidade, tinha sido reeleito em outubro de 2012 Getron do Nascimento Gomes (PSB) que teve a candidatura rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-prefeito responde a processo de abuso de poder político e rejeição de contas públicas. Enquanto as eleições não ocorrem, quem está à frente da prefeitura é a vereadora mais votada da cidade, Eliane Costa do PSL.

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Já em Primavera, localizada na Zona da Mata Sul do Estado, a chapa composta por prefeito e vice, eleitos em 2012, tiveram os registros cassados pelo TSE com base na lei da ficha limpa.

Para participar da nova votação os eleitores de ambas as cidades devem estar em dia com a Justiça Eleitoral até esta sexta-feira (12). De acordo com o calendário divulgado pelo TRE-PE, a partir da próxima segunda-feira (15) fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefício por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.

Segundo informações do desembargador do TRE-PE, José Fernandes Lemos, que cedeu entrevista na manhã desta sexta-feira a uma TV local, existe a probabilidade que os municípios de Angelim e Água Preta também tenham novas eleições em 2013. Além das duas cidades, o desembargador disse ainda que há outras ações de investigações e impugnações de candidatura do Estado sendo analisadas.

O juiz Ulysses Louzada, da Primeira Vara Criminal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, acatou integralmente a denúncia do Ministério Público do Estado no caso da boate Kiss. Dessa forma, Elissandro Calegaro Sphor, Mauro Londero Hoffmann, ambos proprietários da boate, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor e auxiliar de palco do grupo musical, passam a responder pelos crimes de homicídio doloso, com dolo eventual, qualificado, e também por tentativa de homicídio. De acordo com o juiz, caberá ao tribunal do júri de Santa Maria analisar o caso.

Em 27 de janeiro deste ano, o fogo provocado por uma faísca liberada por um artefato pirotécnico durante show da banda Gurizada Fandangueira, em contato com a espuma do revestimento acústico da boate, liberou gases tóxicos que asfixiaram as vítimas, segundo inquérito concluído pela Polícia Civil do Estado. Em decorrência da tragédia, 241 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas.

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Denúncia

O juiz também acolheu a denúncia de outras quatro pessoas no caso, mas por crimes praticados durante a investigação. Os bombeiros Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleze foram denunciados pelo MP por fraude processual - a promotoria alega que ambos incluíram documentos na pasta do Plano de Prevenção de Incêndio da boate após o incêndio.

Elton Cristiano Uroda (ex-sócio da boate) e o contador Volmir Astor Panzer passam a responder por falso testemunho. De todos os acusados, Volmir é o único que não constava como indiciado no inquérito da Polícia Civil.

Os advogados dos quatro acusados de homicídio no caso da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), criticaram nesta terça-feira a denúncia feita pelo Ministério Público (MP) à Justiça. O advogado Omar Obregon, defensor do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, disse que a acusação não considera que o cliente "não comprou, não instalou e não acionou" o artefato pirotécnico que deu início ao incêndio, dando a entender que essas seriam tarefas do produtor Luciano Bonilha Leão - a última, por controle remoto.

Obregon também afirmou ter achado estranha a acusação de que a banda teria comprado um artefato mais barato e menos seguro e disse que bastaria algumas consultas ao mercado para comprovar que isso não ocorreu. "A denúncia não causa surpresa, mas é inaceitável", afirmou o advogado Mário Cipriani, representante do sócio da boate Mauro Hoffmann, que alega que nem o inquérito e nem a denúncia descrevem conexões do cliente com os fatos. "Ele não tinha participação direta na administração da casa e nem na relação causa-efeito que fizeram da espuma e fogo", sustenta.

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O advogado Gilberto Weber, defensor de Leão, não concorda que o produtor da banda tenha posto frequentadores em risco por comprar o artefato pirotécnico. "Se ele tivesse aceitado o risco do resultado, teria aceitado o da própria morte porque também estava lá dentro e também poderia morrer, como foi o caso do Danilo (Jaques), dono da banda", argumenta. O advogado Jáder Marques, defensor do empresário Elissandro Spohr, não se manifestou sobre pontos específicos, mas manteve a acusação de que o MP firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Kiss em 2009 e depois não verificou o resultado das intervenções que havia pedido.

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul anunciou, na tarde desta terça-feira, que denuncia formalmente quatro pessoas por homicídio com dolo eventual no caso da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria. São elas: Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor do grupo musical, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffman, ambos donos da boate Kiss.

Em janeiro, o fogo provocado por uma faísca liberada por artefato pirotécnico durante show da banda Gurizada Fandangueira, em contato com a espuma do revestimento acústico da boate, liberou gases tóxicos que asfixiaram as vítimas, segundo inquérito concluído pela Polícia Civil do Estado.

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Os qualificadores do homicídio, segundo o promotor Joel Dutra, são uso de meio cruel (asfixia) e motivo torpe (arrecadação). A promotoria argumenta que os donos e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira agora denunciados abriram mão de medidas de segurança visando maior lucro.

Também foram denunciados outras quatro pessoas, mas por crimes praticados durante a investigação. Os bombeiros Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleze foram denunciados por fraude processual. A promotoria alega que ambos incluíram depoimentos sobre o alvará de funcionamento da Kiss na pasta das investigações.

Elton Cristiano Uroda (ex-sócio da boate) e o contador Volmir Astor Panzer foram denunciados por falso testemunho. De todos os denunciados, Volmir é o único que não constava como indiciado no inquérito da Polícia Civil. No total, o MP denunciou oito pessoas no caso.

Antes de anunciar os nomes, o promotor David Medina havia explicado as razões que levaram o MP a considerar o caso dos donos da boate e dos integrantes da banda como homicídio com dolo eventual. "Havia uso de fogo num local completamente inadequado para o uso de fogo. Qualquer tipo de chama ali lançado era por si só um risco. Havia uma espuma altamente inflamável utilizada no revestimento", disse. "Havia mais: a Kiss era um verdadeiro labirinto. Estava superlotada, não tinha indicação adequada da saída".

Para Medina, essas circunstâncias "não permitem outra coisa que não seja dolo eventual. Eles (os denunciados) assumiram o risco de produzir o resultado."

O caso

O fogo provocado por uma faísca liberada por artefato pirotécnico durante show da banda Gurizada Fandangueira, em contato com a espuma do revestimento acústico da boate, liberou gases tóxicos que asfixiaram as vítimas, segundo inquérito concluído pela Polícia Civil do Estado.

Concluído no final de março, o inquérito responsabilizou 28 pessoas, direta ou indiretamente, pelo incêndio na boate Kiss. Dessas, 16 foram indiciadas criminalmente, incluindo os donos da casa, integrantes da banda que fazia show e bombeiros que vistoriaram o local.

O inquérito também relaciona outras 12 pessoas, como outros bombeiros, secretários municipais e o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), por indícios de prática de crimes ou irregularidades. Eventuais processos contra elas, no entanto, correrão em foro específico - no caso do prefeito, a 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Os 28 apontados pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul como responsáveis pela tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, na região central do Estado, teriam cometido os crimes de homicídio doloso com dolo eventual, homicídio culposo, fraude processual, improbidade administrativa e falso testemunho. Entre eles, estão sócios da boate e integrantes da banda Gurizada Fandangueira, como indicavam informações anteriores à conclusão do inquérito, e também o prefeito Cezar Schirmer (PMDB), sete funcionários públicos municipais e 11 bombeiros.

O nome de Schirmer, que tem foro privilegiado, será encaminhado, com cópia da investigação, à 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) para apuração de responsabilidade criminal e também ao Ministério Público (MP) por possíveis práticas de improbidade. A polícia entende que há indícios que podem levá-lo a responder por homicídio culposo pelas falhas da prefeitura na emissão de alvarás e na fiscalização da Kiss. Mesmo que não tivesse envolvimento direto com erros de secretários e fiscais, Schirmer seria responsabilizado por ser o prefeito.

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A polícia indiciou, diretamente, 16 acusados, que poderão ir a júri popular se forem denunciados pelo MP e processados pela Justiça nas próximas etapas do caso. A acusação mais grave, de homicídio doloso com dolo eventual (quando o agente não quer diretamente o resultado, contudo assume o risco de produzi-lo), pesa contra o vocalista da banda Marcelo de Jesus dos Santos; o técnico de palco e produtor musical do grupo, Luciano Augusto Bonilha Leão; o empresário Elissandro Callegaro Spohr, um dos sócios da casa noturna; o empresário Mauro Londero Hoffmann, outro dono do estabelecimento; Marlene Terezinha Callegaro, mãe de Elissandro e sócia formal da boate; Ângela Aurélia Callegaro, irmã de Elissandro e gerente da casa noturna; Ricardo de Castro Pasche, também gerente; e os bombeiros Gilson Martins Dias e Vagner Guimarães Coelho, que estão na relação pela tipificação do crime feita pela polícia.

Se fossem enquadrados em homicídio culposo, seriam julgados pela Justiça Militar. Elissandro, Marcelo, Luciano e Mauro estão presos preventivamente. Quatro funcionários municipais, o secretário de Mobilidade Urbana Miguel Caetano Passini, o secretário do Meio Ambiente Luiz Alberto Carvalho Júnior, o chefe de fiscalização Beloyannes Orengo de Pietro Júnior e o funcionário da Secretaria de Finanças Marcus Vinicius Bittencourt Biermann foram acusados de homicídio culposo.

Já os bombeiros Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleza foram indiciados por fraude processual, enquanto o ex-sócio da Kiss Elton Cristiano Uroda por falso testemunho. A polícia também viu indícios de prática de homicídio culposo na conduta do comandante do Corpo de Bombeiros Moisés da Silva Fuchs e nos bombeiros Alex da Rocha Camillo, Robson Viegas Müller, Sérgio Roberto Chaves Gulart, Dilmar Antônio Pinheiro Lopes, Luciano Vargas Pontes, Eric Samir Mello de Souza, Nilton Rafael Rodrigues Bauer e Tiago Godoy de Oliveira e, por isso, remeteu cópia do inquérito para a Justiça Militar, quer tem a prerrogativa de julgá-los.

Na tarde desta sexta-feira, de Brasília, o governador Tarso Genro (PT) determinou o afastamento de Fuchs. Ressalvou que a decisão "não significa uma condenação prévia", mas considerou não seria adequado mantê-lo no comando. Além de Schirmer, foram citados no ofício encaminhado ao Ministério Público para averiguação de possível improbidade administrativa Moisés da Silva Fuchs, Alex da Rocha Camillo, Daniel da Silva Adriano, Marcelo Zappe Bisogno, Miguel Caetano Passini, Luiz Alberto Carvalho Junior, Belayonnes Orengo de Pietro Júnior e Marcus Vinícius Bittencourt Biermann.

Os advogados que representam alguns dos acusados de homicídio doloso com dolo eventual pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul criticaram nesta sexta-feira a condução e o resultado da investigação da tragédia da boate Kiss. O advogado Jader Marques, defensor dos sócios da casa noturna Elissandro Callegaro Spohr e Marlene Teresinha Callegaro e dos gerentes Ângela Aurélia Callegaro e Ricardo de Castro Pasche, usou o termo "covardia institucional" para definir os indiciamentos do inquérito.

Marques afirmou que a polícia ignorou a existência de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado em 2009, pelo qual a administração da boate teria se comprometido a executar algumas obras, como rebaixamento do teto e colocação da espuma de proteção acústica, para atender a exigência do Ministério Público, que não teria ido verificar o resultado da intervenção. "Na semana que vem, vou exigir uma manifestação da Polícia Civil e do Ministério Público sobre isso", anunciou.

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O advogado Gilberto Carlos Weber, que defende o produtor musical Luciano Augusto Bonilha Leão, considerou prematuro se manifestar antes de saber se o Ministério Público vai manter o mesmo teor da acusação. Discordou, no entanto, do indiciamento por "concurso material", que multiplicaria as penas de eventuais condenados pelo número total de vítimas. Weber entende que, se a acusação for mantida, deve ser por concurso formal, quando, no caso de condenação, o réu paga pelo crime, sem somar penas.

Defensores do empresário Mauro Londero Hoffmann, os advogados Bruno Seligman de Menezes e Mario Luis Lírio Cipriani emitiram nota na qual afirmam que não houve surpresa porque os delegados e o Ministério Público teriam antecipado o indiciamento. "O ato de prender para investigar, de culpar antes de julgar, muito próprios de Estados autoritários, serviu para dar uma resposta equivocada à sociedade, sangrando o princípio da presunção de inocência, extremamente caro ao Estado Democrático de Direito", afirmam.

Para os advogados, "o inquérito apresenta impropriedades tanto de ordem técnica, como de lógica jurídica, que serão, ponto a ponto, afastados ao longo da instrução processual, como a esdrúxula imputação de concurso material, ou ainda a diferenciação de imputação de crime culposo para uns e de dolo eventual para outros, sobretudo quando a base da investigação é a da assunção de risco". A nota ressalta que não há razões jurídicas para que Hoffmann responda por crime doloso e afirma que ele era sócio investidor e não mantinha atividades administrativas na Kiss.

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