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Um caminhão entrou na contramão e colidiu de frente com um carro em Santa Maria da Boa Vista, município localizado a mais de 600 km do Recife, neste sábado (16). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é de que o motorista do caminhão entrou na contramão na rodovia antes do acidente.  

Ainda de acordo com informações da Corporação, o condutor do veículo de maior porte não sofreu nenhum ferimento. Ele realizou teste de bafômetro e foi liberado, enquanto o motorista do carro foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

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Veja a nota da PRF na íntegra

"Por volta das 4h30 da madrugada, a PRF foi acionada para atender um sinistro no km 92 da BR 428, em Santa Maria da Boa Vista.

Foi uma colisão frontal envolvendo um caminhão e um carro. Pelos vestígios verificados, a suspeita é de que o caminhão entrou na contramão da rodovia.
O motorista do carro ficou ferido e foi encaminhado pelo Corpo de Bombeiros para uma unidade de saúde.
O motorista do caminhão não ficou ferido. Ele realizou o teste do bafômetro e o resultado foi normal".

Um menino de oito anos foi flagrado dirigindo o carro da mãe, em uma área perto da própria casa, no bairro de Nova Santa Marta, Zona Oeste de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O caso aconteceu nessa segunda-feira (11) e sofreu intervenção da Brigada Militar (BM), que foi acionada até o local e resgatou o condutor. Aos militares, o menino disse que estava a caminho da escola, mas ficou sem combustível e acabou subindo com o carro em uma calçada. 

A brigada acionou o Conselho Tutelar e o menino foi conduzido a uma unidade do órgão, tendo se encontrado com os pais pouco tempo depois. O veículo, um Prisma na cor preta, estava no nome da mãe da criança e foi recolhido ao guincho, por estar com o licenciamento vencido.  

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De acordo com a polícia, a mãe deve ser investigada pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, presente no Código de Trânsito. O menino mora com os pais e três irmãos, mas ninguém na casa o viu sair com o veículo. A criança receberá acompanhamento. 

 

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta terça-feira (5), manter a anulação do júri que condenou quatro pessoas pelo incêndio na Boate Kiss em 2013, na cidade de Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul. A anulação teve quatro votos favoráveis contra um.

A tragédia que completou dez anos em janeiro, deixou 242 pessoas mortas e 636 feridas - em sua maioria, estudantes universitários com idades de 17 a 30 anos. Somente em dezembro de 2021, os dois sócios da boate, o vocalista e o produtor da banda Gurizada Fandangueira foram condenados.

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No entanto, em agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou o julgamento e mandou soltar os quatro réus. Em decisão proferida em março deste ano, a 2ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Estado admitiu recursos apresentados pelo Ministério Público contra a anulação do júri e o caso foi remetido ao STJ.

A anulação desta terça-feira (5), baseou-se em falhas técnicas contestadas fora do prazo adequado e sem que fossem especificados os prejuízos causados às defesas dos réus. Ao não contraditar as falhas no momento do julgamento, as defesas teriam perdido o direito de fazê-las posteriormente por “preclusão temporal”.

 

O som alto, de repente, cessou. “Seria uma briga?”, perguntava-se o universitário Gabriel Rovadoschi, com 18 anos de idade. Uma fumaça se aproximava misturada a gritos dispersos. O cheiro forte aumentava a suspeita que teria havido alguma intervenção dos seguranças para dissipar a confusão. Nada disso. Ele foi descobrindo aos poucos, passo a passo, que era necessário fugir.

No pub em que estava, não via o palco. Cobriu o nariz e conseguiu encontrar a saída. “Eu coloquei a camiseta na frente da boca e do nariz. Tentei não respirar. Foi como se eu tivesse mergulhando”, recordou em entrevista à Agência Brasil. Era o primeiro final de semana do jovem em uma casa noturna. Havia sido convidado por uma amiga para ir à Boate Kiss, na cidade de Santa Maria (RS), naquele 26 para 27 de janeiro de 2013. 

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Faz 10 anos que aquela noite, os barulhos, os silêncios, os cheiros e tantas outras lembranças e sentimentos estão presentes. O jovem, nascido em Cachoeira do Sul (RS), foi um dos mais de 600 sobreviventes do incêndio que matou 242 pessoas. "Tive minha juventude arrancada", diz, sobre os efeitos do trauma. 

O hoje psicólogo Gabriel é o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria e resolveu se dedicar a unir luto e luta na mesma frase. Inconformado com a anulação do julgamento de quatro réus, chama a situação de impunidade.

Os sócios da boate Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos; e o auxiliar Luciano Bonilha Leão foram acusados de homicídio pelo Ministério Público do Estado. Foram condenados à prisão, mas, em agosto do ano passado, o julgamento foi anulado e eles ficaram livres. 

Para Rovadoschi, não há motivo para esmorecer. Pelo contrário. Busca fazer com que mais vítimas possam falar e trocar sentimentos.

Além de representar famílias em busca de justiça, o rapaz defende também a construção de um memorial às vítimas, mais apoio aos familiares e todas as manifestações possíveis para que tragédias como essa nunca mais aconteçam.

Confira a entrevista com Gabriel Rovadoschi 

Agência Brasil - Qual é, hoje, dez anos depois da tragédia, a principal luta dos familiares das vítimas e dos sobreviventes?

Gabriel Rovadoschi - A luta que inaugurou o movimento segue sendo a luta por justiça. Por respostas que já deveriam ter sido dadas há muito tempo. A gente segue lutando contra a impunidade, que está diante de nós. O nosso movimento surgiu ainda em 2013 (ano da tragédia) e contempla diferentes frentes: desde a luta pela justiça, pela memória, pela prevenção a novos acidentes e também pela fiscalização (para evitar outras tragédias).

Agência Brasil - Sobre a impunidade, que você cita, a anulação do julgamento, em agosto, impactou a luta de vocês?

Gabriel Rovadoschi - Sem a justiça sendo feita, a mobilização fica mais difícil para consolidação da memória, fazer, por exemplo, com que a cidade abrace essa história como história de cada um. Essa falta de justiça prejudica as outras frentes. Por isso, se faz tão necessária e incessante essa luta pelas responsabilizações, não somente na esfera criminal desses quatro réus, mas também na nossa petição internacional que está em andamento na Corte Interamericana de Direitos Humanos que busca outras responsabilizações.

Agência Brasil - Nesse sentido de gerar consciência e fiscalização, as leis Kiss (estadual e federal) têm sido importantes?

Gabriel Rovadoschi - O problema é que a legislação vem sofrendo flexibilizações ao longo do tempo. Nós fomos na Assembleia Legislativa (do Rio Grande do Sul)  para tentar frear o processo de aprovação dessas alterações. A gente entende que essas flexibilizações atendem a interesses do empresariado e também de ordem econômica, que vão na contramão do propósito da gente.

Até quando mais pessoas vão ser colocadas em risco pela falta da aplicação das leis? Infelizmente, parece que que se diminuiu a gravidade do que aconteceu com o passar do tempo. E essa gravidade só se intensifica e potencializa. Essa é a nossa luta diária. A gente acorda todos os dias com essa insegurança de não ter garantias de que no futuro possa ser feito algo a respeito.

Agência Brasil  - Depois da anulação do julgamento, quais são os próximos passos?

Gabriel Rovadoschi  - A anulação mudou abruptamente o horizonte que a gente almejava, o que inclui a construção de memorial, de dar novos passos na luta por justiça. A anulação nos chocou bastante. Nós estamos com recursos especiais nos tribunais superiores. A gente espera que haja a reversão dessa decisão e que seja respeitada a decisão do julgamento anterior. 

Agência Brasil - Você espera que o marco dos 10 anos ajude nessa luta de recordar e dar visibilidade à causa dos familiares e sobreviventes?

Gabriel Rovadoschi - Esses 10 anos representam uma marca forte. Trata-se de um tempo cronológico bastante significativo, e que gera novas informações de acesso ao público, como os documentários que foram lançados. Acredito que seja um período de bastante visibilidade e traz visibilidade a nossa luta por justiça, que é incansável.

Sabemos que a impunidade é uma palavra que não é estranha no Brasil. Está no cotidiano do brasileiro e essa não é uma realidade aceitável.

Agência Brasil -  Vocês têm realizado encontros na frente do antigo prédio da boate?

Gabriel Rovadoschi - A gente fez ao longo dos anos eventos e alguma arte na fachada. Fazemos intervenções na fachada com colagens e grafite. Nesse sentido, nós temos a tenda da vigília na praça principal aqui da cidade onde ocorrem nossas vigílias nos dias 27 de cada mês. É um lugar da cidade onde é permitido homenagear as vítimas e zelar por essa memória. Isso ocorreu graças à ocupação desse espaço público para tornar permanente.

Agência Brasil - E o memorial?

Gabriel Rovadoschi - Foi feito um concurso em 2017, de um memorial que deve ser construído no local onde funcionava a boate. A gente tem conversado internamente na associação nesse último ano.

Temos avanços significativos nesses estudos sobre como viabilizar essa construção e acreditamos que esse ano ainda a gente tenha boas notícias a respeito disso. 

A gente está trabalhando com bastante seriedade nesse sentido porque não é simplesmente um prédio que vai ser demolido para construção de outro. Ao mexer em um prego, a gente mexe dentro de cada pessoa da cidade. Então, isso precisa ser trabalhado de forma comunitária no sentido da construção desse memorial, da responsabilidade emocional que deve ser dada a uma construção. 

A gente pensa com a perspectiva de que a própria demolição do prédio só aconteça com a garantia de que todas etapas da construção do memorial.

Agência Brasil - Na frente do prédio da antiga boate, há escritos como “onde você estava no dia 27?” Qual a intenção?

Gabriel Rovadoschi - É um apelo à conscientização. Essa frase foi uma intervenção que aconteceu em outubro do ano passado por um coletivo de psicanálise aqui da cidade que tem feito várias intervenções com a gente principalmente nesse final de 2022 para mobilizar as pessoas da cidade a se depararem e se questionarem com essa pergunta. Todas as pessoas, quando a gente insere o assunto que pela primeira vez, espontaneamente contam onde estavam, o que faz, quem ligou…

É justamente nessa perspectiva de lidar com o trauma coletivo que essa intervenção foi pensada. É uma perspectiva muito interessante, bonita e potente ao ampliar o sentimento de pertencimento de quem passa ali na frente.

Agência Brasil - Hoje você é psicólogo. Nesses últimos 10 anos como fez para lidar com essa história pessoalmente e também no âmbito profissional?

Gabriel Rovadoschi -  Individualmente o caminho foi o da terapia. Entendo que é necessário que cada pessoa tenha espaço onde a palavra possa circular e que possa expor a sua dor de diferentes maneiras. Nessa vertente, eu tenho investido bastante nos meus esforços entre os grupos de sobreviventes e familiares das vítimas. Por isso, é muito importante promover o diálogo e rodas de afeto. Aqui, nas ações da associação, entendemos que o afeto deve ser compartilhado. É o abraço, as mãos dadas… Nós precisamos garantir nesse movimento coletivo que existam esses espaços. 

Agência Brasil - As reuniões são permanentes?

Gabriel Rovadoschi - Na verdade, as reuniões não têm esse caráter formal. Vou dar um exemplo prático: na época do julgamento, eu me preocupei com a forma com que a imprensa abordaria, e que seria difícil se proteger das notícias. Conversamos sobre isso abertamente. Sei que a relação com as lembranças e com a memória para cada sobrevivente e familiar varia. Não são todos que conseguem assistir às notícias. Eu pensei em criar uma forma da gente se proteger disso e, na época do julgamento, eu criei um grupo de mensagens para convidar as pessoas a participarem. Justamente para a gente poder comentar entre nós o andamento do julgamento, os episódios que a gente ia experienciar naquele período que eu já previa que seria muito intenso. 

Na época do julgamento, a gente teve mais de noventa sobreviventes ali e compartilhando aquele espaço mesmo que virtual mas tendo um espaço. Muitas pessoas falaram pela primeira vez com outras pessoas desconhecidas sobre onde estavam na boate. Foi um momento de compartilhar experiências. Foi muito importante para a gente conseguir suportar aquele momento.

Agência Brasil - Você é um rapaz de 28 anos. Como você enxerga aquele rapaz de 18 anos?

Gabriel Rovadoschi  - Eu estou vivendo o luto ainda desse Gabriel que eu já fui um dia. Tentando me reconhecer. Minha juventude foi arrancada. Eu tento tratar com carinho essa memória de quem um dia eu fui para poder justamente acolher outras pessoas que passaram por processos parecidos.

Agência Brasil - A experiência te marcou também como psicólogo?

Gabriel Rovadoschi - Há questões na minha formação que me auxiliam, que me amadureceram também e que hoje tento prestar serviço também nesse sentido de conscientização.

Agência Brasil - No seu doutorado, você estuda distúrbios de comunicação. Há relação com o que você viveu?

Gabriel Rovadoschi - Ainda estou construindo, mas de certa forma sim.  A temática da  afasia é do campo da fonoaudiologia e é uma condição neurológica que afeta a linguagem. De certa maneira, tem a ver porque eu reconheço hoje que tem muita relação com a minha história, me identifiquei com essa condição de alguém com afasia onde se tem algo na cabeça, mas sem a capacidade de dar uma tradução verbal a isso.

Pretendo seguir nessa linha de relação entre essa espécie de afasia da cidade de Santa Maria sobre o assunto nesses dez anos.

Familiares e amigos de vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, fizeram uma vigília em frente à casa noturna na madrugada desta sexta-feira (17). A caminhada começou na Praça Saldanha Marinho e seguiu em silêncio até a boate, a uma quadra de distância. Foi apresentada uma coreografia de dança retratando os eventos da tragédia e uma colagem de mensagens e imagens na fachada da Kiss. Uma maneira de extravasar a saudade e o sofrimento impostos pela tragédia que deixou 242 jovens mortos e mais de 600 feridos. O caso completa dez anos nesta sexta-feira.

O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Gabriel Rovadoschi, agradeceu os participantes. "É muito importante ver tanta gente compartilhando desse momento, estando junto, caminhando junto, trilhando junto e registrando a história junto. E tendo a coragem de enfrentar o que a gente tem enfrentado de lembranças, de memórias. Sabemos que juntos a gente consegue muito mais".

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Para quem perdeu alguém naquele 27 de janeiro de 2013, essa história não pode ser esquecida nem silenciada.

Parte da programação para resgatar a memória após os 10 anos do incêndio ocorreu hoje na Praça Saldanha Marinho em Santa Maria é uma exposição que traz fotos de jovens que morreram na tragédia com a simulação de como estariam hoje. Umas das homenageadas é a Andrielle, filha de Ligiane Righi.

“Eu sinto que a gente tem que falar e eu prometi para a minha filha que eu não ia deixar cair no esquecimento o que aconteceu com ela e com as amigas, então todo esse movimento que está aqui é uma ajuda para não deixar cair no esquecimento. Tem que ser lembrado, tem que ser falado. As pessoas esquecem muito rápido, tem que ter memória. Os jovens têm o direito de sair e se divertir e voltar com segurança para casa, porque a preocupação com minha filha era na rua, o ir e vir. Para mim ela estava segura ali dentro [da Boate Kiss]. Foi provado o contrário. E nada mudou, infelizmente. Em dez anos não aprenderam com o que aconteceu. Mas a gente segue, a gente está lutando pela filha que ficou e para que nenhum pai e nenhuma mãe passe pelo que a gente passa até hoje”, disse Ligiane 

Após 10 anos, o caso continua sem que ninguém tenha sido responsabilizado. O júri que havia condenado 4 pessoas em 2021 foi anulado por questões processuais. Ainda não há data para novo julgamento.

“É uma vergonha do Judiciário. Pegar firulas, detalhes processuais que não prejudicaram em nada o julgamento”, disse Paulo Carvalho, 72 anos, pai do Rafael Carvalho, outra das vítimas no incêndio na boate.

A psicóloga Ariadna de Andrade disse que há pessoas que criticam as ações que mantém viva a discussão em torno do caso da Boate Kiss.

“Uma coisa muito importante de pensar é que esse pedido de esquecer também tem a ver com o sentimento de impunidade. A gente sempre conversa também que quando acontece um crime como este e isso passa impune, a sensação que fica é de que se a gente não honra os mortos como que cuidamos da vida. Poderia ter sido nós, os nossos parentes. Se a gente não honra os nossos mortos, é como se de que valeu a vida deles ou de que vale a nossa vida se não tem algo que dê segurança e garantia de que a nossa passagem por aqui está segura”, disse Ariadna.

Outras ações continuam nesta sexta para relembrar uma das piores tragédias da história do Brasil, com culto ecumênico e diversos eventos, entre debates e lançamentos de livro e de campanha. As homenagens e atividades vão até dia 28.

Nove anos depois do incêndio que matou 242 jovens e deixou mais de 600 feridos na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, familiares das vítimas consideram que a justiça começou a ser feita. No último mês de dezembro, quatro pessoas acusadas pelo Ministério Público (MP) pelos 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual, foram condenadas em júri popular a penas de 18 a 22 anos, a serem cumpridas em regime fechado, inicialmente.

“O que a gente entende é que nesse processo em que os réus responderam pelos homicídios, isso aí ficou, sem dúvida nenhuma, justiçado. Consideramos que foi feita justiça, mas sabemos que isso vai ser decidido nos tribunais superiores mais à frente, porque eles devem recorrer. A gente entende que a justiça teve seu início, a condenação deles é sinal de justiça”, destacou o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Flávio Silva. 

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Os sócios da Boate Kiss, Elissandro Calegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, foram condenados a penas de 22 anos e 6 meses, e 19 anos e seis meses, respectivamente; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, que acendeu o artefato pirotécnico que causou o incêndio, foi condenado a 18 anos; e o produtor do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Leão, que comprou os fogos, a 18 anos também.

“Houve vitória da sociedade, nós não ganhamos nada, a sociedade conquistou sim o início da punição desse tipo de crime. [A condenação deles] prova que esse tipo de crime começa a ser punido no Brasil. Mas a gente entende que só à base de muita luta, muito esforço, que a justiça acontece”, ressaltou Flávio, pai de Andrielle Righi da Silva, que morreu no incêndio quando tinha 22 anos. 

Os quatro condenados já começaram a cumprir pena. Na Justiça Militar, dois bombeiros foram condenados a penas de reclusão, mas as punições não começaram a serem cumpridas em razão de recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Quatro bombeiros também já haviam sido condenados anteriormente pela Justiça Comum a penas sem reclusão, em razão de irregularidades no processo de concessão de alvará da boate. “A gente não entende isso como condenação, porque as responsabilidades deles são graves, pelos crimes que cometeram. Eles foram condenados a pagar multa”, disse Flávio. De acordo com ele, os familiares já recorreram ao STJ e aguardam novo julgamento.

Tragédia

O incêndio teve início na madrugada de domingo, 27 de janeiro de 2013, durante apresentação da banda Gurizada Fandangueira. O evento havia sido organizado por estudantes dos cursos de agronomia, medicina veterinária, zootecnia, técnico em agronegócio, técnico em alimentos e pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O fogo teve início no teto da boate, após um dos integrantes da banda acender um artefato pirotécnico no palco. A espuma, utilizada para abafar o som do ambiente, era inapropriada para uso interno. Ao queimar, produziu substâncias tóxicas que causaram a maioria das mortes. O recinto funcionava com documentação irregular e estava superlotado.

De acordo com sobreviventes, uma fumaça preta tomou conta do local em questão de segundos, e impediu as pessoas de encontrar rota de fuga. A maior parte dos corpos foi achada em um dos banheiros da boate, confundido com a saída do local.

Quase nove anos depois e somando 10 dias de julgamento, o caso do incêndio que matou 242 pessoas na Boate Kiss finalmente teve seu desfecho: a Justiça do Rio Grande do Sul condenou os quatro acusados no caso, sendo dois empresários e dois integrantes da banda que se apresentava no dia da tragédia. O caso ocorreu em 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria, sendo a maior tragédia da história gaúcha. Ao todo, foram ouvidas 12 vítimas, 16 testemunhas e um informante. O júri, composto por seis homens e uma mulher.

Após a deliberação do júri, o juiz Orlando Faccini Neto leu o veredito. "A sentença é longa, é pública, mas não vou ler inteira", disse. Os condenados foram:

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- Elissandro Spohr, sócio da boate, levou a maior pena: 22 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual;

- Mauro Hoffmann, sócio da boate: 19 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual;

- Marcelo de Jesus, vocalista da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual;

- Luciano Bonilha, auxiliar da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual.

Inicialmente, o cumprimento da pena era previsto em regime fechado. No entanto, Faccini recebeu a comunicação de que o Tribunal de Justiça concedeu um habeas corpus preventivo em favor de um dos réus, o que fez suspender a execução da pena dos quatro. Portanto, até o momento, nenhum deles foi preso.

"No caso como o presente, é preciso referir que se está diante da morte de 242 pessoas, circunstância que, na órbita do dolo eventual, já encerra imensa gravidade", disse o juiz Orlando Faccini Neto.

Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann eram sócios da casa noturna na época da tragédia. Marcelo de Jesus dos Santos era vocalista da Banda Gurizada Fandangueira e Luciano Bonilha Leão, o auxiliar do grupo musical que se apresentava na boate na noite do incêndio. 

Os quatro réus respondiam por homicídio simples, consumado 242 vezes (total de vítimas) e tentado outras 636 (número de sobreviventes). O incêndio na Boate Kiss começou durante o show da banda Gurizada Fandangueira, quando Santos disparou um artefato pirotécnico, causador do incêndio. O teto da casa de eventos era revestido em espuma, para auxiliar na acústica, o que intensificou as chamas. A tragédia em Santa Maria fica atrás somente do incêndio no Gran Circo, em Niterói, que deixou 503 mortos no ano de 1961.

Segundo a perícia e relatos de sobreviventes, não havia ventilação adequada ou extintores de incêndio apropriados no local.

Juridicamente, o caso é considerado o maior e o mais longo da Justiça do Rio Grande do Sul, tendo rendido 19 mil páginas. O Ministério Público pedia a condenação de todos os acusados por homicídio doloso (quando o acusado tem a intenção ou assume o risco de morte). A sustentação foi feita pelos promotores David Medina da Silva e Lúcia Helena Callegari, e pelo assistente de acusação Pedro Barcellos, representando as vítimas. Já os advogados dos acusados pediram absolvição ou pelo menos alterar a pena de dolo para culpa.

 

O atual prefeito de Santa Maria (RS), Jorge Pozzobom (PSDB), foi reeleito. Terminada a apuração de todos os votos, o tucano obteve 57,29% dos votos válidos.

Pozzobom superou Sérgio Cecchin (PP) que obteve 42,71% dos votos válidos. Santa Maria fica no centro do Rio Grande do Sul, e é a quinta cidade mais populosa do estado, e está a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre.

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) retomou, nesta terça-feira (13), as buscas pela dentista Bárbara Machado Padilha, de 32 anos, que desapareceu no último sábado (10), em Santa Maria, após contratar uma corrida particular através de um aplicativo de transporte.

Bárbara, que mora em Tupanciretã (RS), tinha intenção de viajar no final de semana até Santa Maria (RS), localizada a 90 km de distância de sua cidade. Desde então, está desaparecida e o celular, sem sinal.

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Segundo a PCRS, a dentista foi vista pela última vez em uma loja de conveniência. Nas imagens divulgadas pela polícia nesta segunda-feira (12), é possível ver que a mulher compra uma água e chocolate e logo deixa o local, seguindo em direção à rua Oswaldo Cruz, pela margem de um viaduto.

Imagens cedidas pela Polícia Civil

As últimas pessoas a entrar em contato com Bárbara foram o marido, colegas do seu escritório e a sua amiga e colega de profissão, Márcia Severo, segundo informações do G1.

Nenhum parente ou amigo diz ter notado mudanças no comportamento de Bárbara, nem relataram problemas que poderiam levar a um possível sumiço voluntário.

Em função da dificuldade de rastrear a mulher, os investigadores pediram a quebra de sigilo das mensagens. No entanto, o conteúdo não revelou nenhuma pista sobre seu paradeiro.

Qualquer informação sobre a dentista pode ser repassada à polícia pelo telefone 55-3221-2809.

Uma mulher trans identificada como Verônica de Oliveira, 40 anos, foi morta com uma facada no abdômen. O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira (12), na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. A vítima e o criminoso, que ainda não foi identificado, teriam divergido em relação ao valor de um programa e, por conta disso, iniciado uma discussão.

"Em um dado momento, o homem foi até o interior do automóvel, sentou no banco do motorista e tentou esconder uma arma branca. Quando iniciou a saída do local com o automóvel, desferiu um golpe de arma branca no abdômen da vítima que estava parada na rua", explicou o delegado ao G1.

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Verônica chegou a ser levada para o Hospital Universitário de Santa Maria, passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu por volta das 6h30 desta quinta-feira (12). A mulher era considerada uma liderança da comunidade LGBTQ+ na cidade e em todo Rio Grande do Sul, já tendo sido a madrinha da Parada da Diversidade de Santa Maria. Por conta do crime, algumas mulheres trans se dizem com medo do que pode acontecer com elas. 

Até 14 de setembro de 2018, os Colégios Militares estão com inscrições abertas para admissão de alunos. As vagas são para as instituições do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Manaus, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Juiz de Fora, Campo Grande, Santa Maria e Belém .

O processo seletivo é composto pelas seguintes etapas: Exame Intelectual (EI), a revisão médica e odontológica (RMO) e a comprovação dos requisitos biográficos (CRB) do(a)s candidato(a)s, todas de caráter eliminatório. Para participar da seletiva, o candidato precisa ser brasileiro, ter concluído ou estar cursando o quinto ano do ensino fundamental, para as vagas de ingresso no sexto ano do ensino fundamental; ou nono ano do fundamental, para os estudantes que desejam cursar o primeiro de nível médio, entre outras exigências.

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No total, o Colégio Militar disponibiliza mais de 500 vagas. A taxa de inscrição custa R$ 95, mas os estudantes que desejam pedir isenção do valor têm até o dia 7 de agosto para realizar o pedido. As candidaturas podem ser feitas pela internet.

As provas, que contarão com questões de matemática, Língua Portuguesa e redação, respectivamente, serão realizadas nos dias 21 de outubro e 25 de novembro. A listagem dos candidatos aprovados e classificados será divulgada em 26 de abril de 2019.

Um homem foi preso após matar a sua ex-esposa a facadas por ciúmes. O crime aconteceu na frente das próprias filhas. Na autuação ele entregou uma carta de 10 páginas, onde explicita tudo o que aconteceu e ainda se declara para a mulher que matou: "descanse em paz. Te amo e ainda hei de te encontrar", escreveu. O acusado se chama Stefanno Jesus Souza Amorim, de 21 anos, preso três dias depois de cometer o crime contra Janaína Romão Lucio, 30, em Santa Maria, Distrito Federal.

Mesmo separados desde 2017, Stefanno estava cobrando ciúmes da ex. "Perguntei porque ela estava maquiada e bem arrumada, sendo que ela não era disso. Bora Janaína, abre o jogo (sic)", declarou o acusado. No dia anterior ao ocorrido, a vítima foi a uma festa junina do trabalho com as filhas. O homem passou a ligar para a vítima, que não atendeu às ligações, só retornando para a casa dos seus pais na madrugada, segundo informado pelo Stefanno à polícia.

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O acusado convidou a ex-esposa para almoçar com as crianças e ela recusou. Foi quando ele buscou as filhas e questionou a mais velha sobre onde elas haviam dormido, mas "a garota disse ter jurado segredo e não contou nada ao pai", informou o delegado ao site Correio Brasiliense. Quando Janaína chegou à casa onde o ex mora eles discutiram e o rapaz confrontou a vítima, que gritou por socorro. O tio de Stefanno conseguiu ajudar a mulher.

O acusado se armou com uma faca e foi mais uma vez para cima da Janaína, perguntando com quem ela estava o traindo; neste momento ela recebeu o primeiro golpe de faca. O tio do acusado interviu mais uma vez, mas não foi suficiente para que Stefanno não matasse Janaína. Ele responderá por feminicídio e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Agentes do Ministério da Saúde buscam identificar a origem do surto de toxoplasmose que atinge o município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, até o dia 7 de junho foram registrados pelo menos 510 casos da doença, além de 212 que ainda estão sendo investigados.

O órgão federal afirmou que além do monitoramento do surto, a pasta implementará em Santa Maria orientações técnicas para notificação, diagnóstico e tratamento; contato com médicos e especialistas na doença; e aquisição de insumos para a realização de análises laboratoriais.

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Em Santa Maria, os agentes coletaram sete amostras de água e recolheram lodo dos reservatórios das regiões onde há registros de casos de toxoplasmose. O material foi encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul para análise. Em seguida, as amostras serão enviadas para a Universidade Estadual de Londrina, no Paraná. Os resultados devem ser divulgados em até 15 dias.

Segundo o Ministério da Saúde, a toxoplasmose é conhecida como doença do gato e é causada por um protozoário. A patologia apresenta quadro clínico variado, desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas graves. A contaminação em humanos ocorre de três formas: contato direto com solo, areia e latas de lixo infectadas com fezes de gatos portadores da doença; ingestão de carne crua ou mal cozida infectada (principalmente carne de carneiro e de porco); e infecção transplacentária durante a gravidez.

O órgão federal alerta que para prevenção da doença deve-se evitar o consumo de carne crua ou mal cozida; eliminar fezes de gatos infectados em lixo seguro e proteger as caixas de areia do animal; lavar as mãos após o contato com terra contaminada; e evitar o contato com gatos durante a gravidez.

Grupos indígenas interditaram um trecho da rodovia BR-316, na manhã desta quarta-feira (7), na região de Santa Maria do Pará, nordeste do Estado. O protesto ocorre no Km-100 da estrada e forma um longo congestionamento, causando transtornos aos condutores.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há previsão para liberação e os desvios próximos também encontram-se bloqueados pelos índios. Os manifestantes reivindicam a não municipalização da saúde indígena e pedem que um indígena assuma a Coordenação do Distrito Guamá-Tocantins. Caso não recebam uma resposta dos órgãos responsáveis, os indígenas devem manter o protesto.

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Segundo a PRF, apenas viaturas da polícia e ambulâncias conseguem passar pelo local. Os demais veículos utilizam ramais ou a rodovia estadual. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) continuam no local monitorando a situação. A PRF informou que os manifestantes prometem radicalizar caso a reunião prevista para esta quarta-feira (7) não atenda às reivindicações.

De acordo com informações da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), as reivindicações apresentadas estão sendo avaliadas e as respostas serão repassadas em breve para as lideranças indígenas.

Para fugir ao bloqueio, há opção de rota pela rodovia estadual que passa no município de Igarapé-Açu, para aqueles que seguirão em direção a Belém, ou por Ourém/Capitão Poço, se em direção a Paragominas via BR-010. Abaixo, veja vídeo sobre o protesto.

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Depois de Diego Souza, outro reforço foi confirmado pelo Sport. Trata-se do meia Clayton, que assinou com o Leão na tarde desta segunda-feira (28). O jogador, que veio do Santa Maria, do Rio Grande do Sul, já acompanhou o duelo de seu novo clube com o Salgueiro, domingo (27), e deve ser integrado ao grupo normalmente nesta terça-feira (29), no CT rubro-negro.

Aos 24 anos, Clayton ainda é pouco conhecido da torcida, mas chega como uma aposta da comissão técnica, ao lado da diretoria rubro-negra. O jogador assinou contrato de empréstimo com duração até o término da atual temporada. Nesse acordo, foi estabelecido, também, que o Sport terá prioridade para comprar os direitos econômicos do atleta ao fim do vínculo.

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Assim como Diego Souza, o meia Clayton chegou tarde para ser inscrito na reta final do Campeonato Pernambucano, mas participará normalmente das demais competições do ano, começando com a Copa do Nordeste. “Até o fim desta noite, devemos ter a regularização dele confirmada”, disse o gerente de futebol leonino, Edmilson Santos. 

Três pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira (18) suspeitas por tráfico de drogas, roubo a estabelecimentos comercias e residências. As prisões ocorreram em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, onde policiais civis cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, dois de prisão e apreenderam joias avaliadas em R$ 100 mil. Uma mulher foi presa em flagrante. As diligências aconteceram na Vila Maringá e no bairro Boi Morto.

O delegado da 4ª Delegacia de Polícia de Santa Maria (Camobi), Antônio Firmino, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que na ação desta quarta-feira foram apreendidos com os traficantes 10 kg de maconha, além de joias que foram roubadas durante um assalto a uma joalheria no centro da cidade. O crime teria ocorrido no início deste mês.

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"O valor estimado destas joias gira em torno de R$ 100 mil", avaliou o delegado. Todos os integrantes do grupo têm antecedentes criminais. Cerca de 30 policiais civis participaram da ação.

Em mais uma partida do futebol do Jogos Escolares de Pernambuco (JEPs), o Colégio Damas derrotou o Americano Batista e conquistou sua primeira vitória no futebol na competição escolar nesta terça-feira (12), no campo do Derby. Com um time envolvente e bem treinado, o colégio conquistou os primeiros pontos na categoria mirim masculino com o placar de 6x1. Com isso, a liderança da competição está dividida entre o Damas e o São Luís, que também está com uma vitória nos JEPs. O duelo dos líderes será na próxima terça-feira (19), às 15h, no mesmo local.

Ainda nesta terça-feira (12), foram disputadas partidas de vôlei, na quadra do Colégio Boa Viagem. Na categoria mirim masculino, o Colégio 2001 venceu o Santa Maria por dois sets a zero. Após um primeiro set vencido com certa facilidade, pelo placar de 25x15. Já o segundo foi bem diferente, com o 2001 tendo dificuldades para encerrar o jogo logo no segundo set. A partida acabou decidida ponto a ponto, com derrota do Santa Maria por 25x23.

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Se a vitória do 2001 foi apertada, a do Colégio Boa Viagem (CBV) foi mais ainda. O time venceu o São Luís por dois sets a um, de virada, com parciais de 25x20, 20x25 e 14x16, em um terceiro set emocionante. A torcida teve papel importante para empurrar a equipe rumo ao resultado positivo.

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse que seu grupo político é o que tem condições de gerar expectativa positiva dos investidores para que o Brasil possa crescer e fez afagos aos militares logo depois de desembarcar no aeroporto de Santa Maria para ato de campanha na cidade da região central do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira, 25.

"Temos que agir hoje pensando no futuro", falou aos repórteres, em rápida entrevista coletiva. "Ou encerramos um ciclo perverso de crescimento baixo e inflação alta para que o Brasil volte a gerar confiança nos investidores e o Estado se organize para fazer os investimentos necessários em infraestrutura ou vamos estar lamentando daqui a quatro anos mais um equívoco".

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O tucano disse estar "extremamente feliz" pelo atual momento da sua campanha e, na sequência, citou as características de Santa Maria, um centro universitário e militar, para falar de suas propostas. "Venho em um momento em que nossa candidatura mostra sua recuperação", reiterou, prevendo "grande resultado".

"Será um resultado que permitirá um governo de respeito à ordem, às regras do mercado e à segurança jurídica e quero dizer, em Santa Maria, de forma especial, às Forças Armadas, hoje sucateadas, que precisam ter plano de investimento e de profissionalização de médio e longo prazo".

Questionado pelos repórteres, Aécio voltou a dizer que o fator previdenciário será substituído por um mecanismo que não puna os aposentados. Mas não especificou como será essa mudança, "Vamos fazer num diálogo franco com a classe trabalhadora", prometeu, admitindo que existem propostas tramitando no Congresso, inclusive a do petista Pepe Vargas, que calcula o benefício juntando idade e tempo de serviço, que podem ser um caminho.

"Nosso compromisso é garantir o reajuste real do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda pela inflação e corrigir ao longo do tempo a defasagem que aí esta e negociar um novo instrumento que não puna como vem punindo os aposentados o fator previdenciário", reiterou Aécio.

O candidato tucano também acusou a bancada governista no Congresso Federal de evitar a votação de propostas favoráveis aos Estados e municípios, como a mudança das alíquotas de atualização das dívidas com a União. Defendeu, ainda, que o governo federal, quando faz suas desonerações não faça também na parte que não é sua, a dos Estados e municípios.

Acompanhado da também senadora Ana Amélia Lemos (PP), líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Rio Grande do Sul, e do deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que tem base eleitoral na região, Aécio percorreu os 200 metros do calçadão Salvador Isaías, no centro da cidade, escoltado por cerca de 150 militantes.

No trajeto, percorrido em menos de meia hora, cumprimentou funcionários de lojas, tirou fotografias com alguns deles, distribuiu abraços e acenou para quem olhava de janelas, enquanto os acompanhantes gritavam seu nome ou o de Ana Amelia ou o coro "fora, PT".

Quando chegaram à praça Saldanha Marinho, Aécio e seus simpatizantes passaram por portadores de bandeiras de todos os partidos que ficam no local fazendo propaganda política. Uma parte dos militantes voltou a gritar "fora, PT", mas os poucos adversários que estavam no local evitaram a provocação e permaneceram quietos, segurando suas bandeiras e olhando a passagem dos tucanos e aliados.

Ao final da caminhada, Aécio subiu em uma caminhão de som e, em discurso de menos de um minuto, afirmou que "chegou a hora da virada".ET

Um homem de 39 anos abandonou o filho de 12 anos dentro das ferragens de um automóvel, logo depois de um acidente, e fugiu do local, no final da tarde de domingo (3). O garoto foi socorrido e levado para o Hospital Universitário de Santa Maria, onde ficou internado, em observação, sem ferimentos graves. O pai é procurado pela polícia e pode ser indiciado por dirigir sem habilitação e fugir do local sem prestar socorro à vítima, entre outros crimes de trânsito.

A delegacia de Faxinal do Soturno começou a tomar depoimentos nesta segunda-feira (4) e admite que tem alguns mistérios a esclarecer. Se as primeiras informações repassadas por testemunhas se confirmarem, a Parati era conduzida pelo garoto quando saiu da pista da ERS-149 e mergulhou em uma pequena ladeira lateral na ocorrência inicial. O automóvel foi recolocado na rodovia com ajuda de um trator. O homem assumiu o volante e, ao tentar deixar o local, cortou a frente de um Gol dirigido por um motorista que havia parado para ajudar no primeiro resgate. Diante do novo incidente, fugiu e deixou o filho no local. A polícia ainda não divulgou o nome dos envolvidos. Além do garoto, uma passageira do gol ficou levemente ferida.

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou nesta sexta-feira (18) mais 18 pessoas pelo incêndio na Boate Kiss, em janeiro de 2013. A polícia entregou ao Judiciário o inquérito policial sobre as investigações remanescentes do caso, no qual informa os novos indiciamentos. Os motivos são diversos: falsidade ideológica, prevaricação, fraude processual, falso testemunho e crime ambiental.

A polícia verificou irregularidades na concessão do alvará de localização e da Licença de Operação da boate, além de constatar que alguns dos indiciados não disseram a verdade quando foram interrogados sobre o caso. O inquérito também apontou o envolvimento de servidores públicos em fraudes que possibilitaram a expedição das licenças para funcionamento do estabelecimento.

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O incêndio na Boate Kiss ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, causando a morte de 242 pessoas e deixando mais de 620 feridas. O fogo começou durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, quando um dos músicos acendeu um artefato pirotécnico no palco. A espuma usada para abafar o som do ambiente era imprópria para uso interno e produziu substâncias tóxicas, como o cianeto, o que causou a maioria das mortes. A boate funcionava com documentação irregular e estava superlotada.

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