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Após garantir o título antecipado do Sul-Americano de vôlei feminino, disputado no Recife, o Brasil cumpriu tabela no final da noite de quarta-feira e venceu a Colômbia por 3 sets a 0 (25/19, 25/22 e 25/19), no Ginásio Geraldão, assim como já havia feito com Chile, Argentina e Peru. Dessa forma, terminou o torneio sem ter perdido um set sequer e chegará ao Pré-Olímpico, em setembro, com a confiança em alta.

A maior pontuadora do confronto foi Thaisa, com 13 pontos (11 de ataque, um de bloqueio e um de saque). Há exatamente 15 anos, a experiente central de 36 anos comemorava a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Pequim, conquistada no dia 23 de agosto de 2008. O treinador José Roberto Guimarães e a assistente Sheila, na época jogadora, também participaram daquela Olimpíada.

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"A comoção do público do início ao final do campeonato foi surreal. Uma energia que não dá para explicar, só estando aqui. Saímos muito felizes com nosso crescimento como equipe. O início do jogo foi um pouco arrastado, a Colômbia veio agredindo, mas estamos contentes com nosso desempenho. Sabemos que podemos melhorar e vamos seguir em busca disso. Vamos descasar um pouco a cabeça e depois é pensar no Pré-Olímpico", disse Thaisa.

A veterana foi eleita para a seleção do Sul-Americano, ao lado da levantadora Roberta, da oposta Kisy e da líbero Nyeme. A capitã Gabi também entrou no time ideal e ainda foi agraciada com o prêmio de MVP do torneio. "Foi muito bom fechar esse Sul-Americano com quatro vitórias em quatro jogos. Conseguimos manter a hegemonia na América do Sul. Fiquei feliz com a evolução da equipe e de como nos comportamos jogo após jogo. Nosso objetivo é o Pré-Olímpico, mas esse Sul-Americano teve uma importância grande na nossa preparação. Quero agradecer todo o público de Recife e do Brasil que compareceu em todos os jogos. A energia foi incrível", disse Gabi.

O Sul-Americano é disputado em formato de pontos corridos e o Brasil garantiu o título na terça-feira, pois, após vencer o Peru, já não poderia mais ser mais alcançado. Com a rodada final encerrada, o vice ficou com a Argentina. Colômbia, Chile e Peru, nesta ordem, completam a classificação.

Agora, a seleção brasileira voltará suas atenções para o Pré-Olímpico, que será disputado entre os dias 16 e 24 de setembro, no Japão. Na competição, as seleções são distribuídas em três grupos de oito e as duas primeiras colocadas garantem vaga nos Jogos de Paris-2024. O Brasil caiu no Grupo B, composto também por Japão, Turquia, Bélgica, Bulgária, Porto Rico, Argentina e Peru.

A seleção brasileira feminina de vôlei está no Recife para disputar os jogos Sul-Americanos. O primeiro jogo acontece neste sábado contra o Chile, às 20h30, no ginásio Geraldão. Maior vencedor da história da competição, com 22 títulos, o Brasil luta para dar continuidade a sua hegemonia.

Além do Chile, o Brasil também vai enfrentar Argentina, Colômbia e Peru. Em entrevista ao GE Pernambuco, o técnico José Roberto disse que a competição servirá como preparação para o Pré-Olímpico, maior objetivo do ano.

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“Eu sempre tenho cuidado com nossos concorrentes, nossos adversários. É uma importância muito grande. Precisamos ter um carinho muito grande por essa competição no Recife, precisamos de boas apresentações”, disse. O pré-olímpico acontece em setembro no Japão.

A primeira convocação de Fernando Diniz continua em repercussão. Além do debate sobre os nomes que faltam ou sobram na lista, o questionamento sobre a presença de Antony é forte. O atacante é acusado de violência doméstica pela ex-namorada, a DJ Gabriela Cavallin. Após a divulgação dos nomes que vão representar a seleção nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, a artista desabafou no Instagram.

Na sexta-feira, 18, quando foi divulgada a lista de convocados, Gabriela Cavallin compartilhou uma coluna que critica a convocação e detalhou a nova denúncia em um story. Ela afirma que o documento que será apresentado na Inglaterra tem 70 páginas com prints, áudios e vídeos que comprovam as agressões. "Por isso o Brasil é uma piada para outros países", desabafou sobre a convocação.

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Imagem: Reprodução/Instagram

Outro argumento, que repercutiu entre torcedores, foi apontado por Gabriela. Ela menciona o corte de Lucas Paquetá, por possível envolvimento com apostas, em paralelo à manutenção de Antony no time convocado. "Um jogador investigado por envolvimento em aposta é afastado, e um que bate em mulher não é?", questionou.

Também nas redes sociais, Antony comemorou a convocação. O jogador esteve no time que disputou a Copa do Mundo 2022, no Catar. "Muito honrado em voltar! Satisfação imensa, que não consigo descrever em palavras! Vamos para mais um ciclo, com mesmo empenho e dedicação de colocar o Brasil sempre no topo!", escreveu.

RELEMBRE O CASO

O boletim de ocorrência foi registrado em junho na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, no Tatuapé, em São Paulo. Antony chegou a prestar depoimento semanas depois do registro e negou que tenha cometido agressões. Na época, o jogador de 23 anos falou que era "vítima de uma falsa acusação". Na época, Gabriela Cavallin pediu uma medida protetiva contra o ex-namorado. Segundo a artista, Antony teria jogado água, chutado, puxado o cabelo e dado uma cabeçada na ex-namorada, além de a segurar pelos braços e jogá-la na cama.

Antony despontou para o futebol em 2019, quando se destacou na conquista da Copinha pelo São Paulo. No ano seguinte, o tricolor paulista vendeu o atacante para o Ajax, da Holanda, por 16 milhões de euros (R$ 74 milhões na cotação da época). O atacante rapidamente caiu nas graças da torcida e se tornou um dos destaques do Brasil na Europa.

Campeão com o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, Antony foi vendido pelo Ajax ao Manchester United em agosto do ano passado por 100 milhões de euros (R$ 500 milhões), tornando-se a maior venda da história do futebol holandês. O Manchester United não afastou o atleta. Na estreia do time na Premier League, o atacante foi titular, contra o Wolverhampton, na última segunda-feira, 14.

O Hospital Barra D'Or soltou um boletim médico no qual tranquiliza sobre a situação de Mário Lobo Zagallo, internado desde terça-feira após apresentar um quadro de infecção urinária. O tetracampeão da Copa do Mundo com a seleção brasileira apresentou sinais de melhora e respira sem ajuda de aparelhos.

"Zagallo continua internado tratando de uma infecção urinária e com evidências de melhora clínica e laboratorial. Segue lúcido, com sinais vitais normais, respirando sem ajuda de aparelhos e ainda sem previsão de alta hospitalar", diz o boletim médico.

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O 'Velho Lobo' está sob os cuidados da médica Márcia Ladeira, que cuida da saúde do ex-jogador e treinador há 20 anos. A última vez que Zagallo havia sido internado foi em 2022, quando precisou tratar uma infecção respiratória.

Zagallo tem 92 anos e é um dos principais nomes do futebol brasileiro, tendo passagens vitoriosas como jogador por América-RJ, Flamengo e Botafogo.

Como treinador foi multicampeão por Botafogo, Fluminense, Flamengo e Vasco. Chegou ainda a conquistar o título do Campeonato Saudita com o Al-Hilal, time hoje de Neymar, na temporada 1978-79.

No entanto, foi marcar época na seleção brasileira. Como jogador, foi campeão em 1958 1962. Como treinador, levou o Brasil ao tricampeonato em 1970. Em 1994, era coordenador técnico. Sua única ausência foi na conquista de 2002.

O futuro da técnica Pia Sundhage na seleção brasileira feminina será definido nas próximas duas semanas. A treinadora, cujo trabalho foi muito criticado após a eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo, tem contrato com a CBF até o final dos Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano, mas sua permanência até lá é incerta.

"Vamos ter uma reunião com a Pia no final do mês, assim que ela retornar", disse de forma lacônica o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, nesta sexta-feira, sem confirmar a permanência da treinadora sueca.

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Pia Sundhage foi contratada ainda em 2019 pelo então presidente da entidade, Rogério Caboclo. O trabalho dela com o futebol feminino sempre foi elogiado na CBF, sobretudo pela renovação gradual feita na equipe. O resultado pífio no Mundial, porém, decepcionou a cúpula da entidade.

Todos na CBF sabiam que uma conquista da Copa do Mundo este ano seria muito difícil, mas não passava pela cabeça de ninguém que o Brasil seria eliminado ainda na primeira fase. A seleção goleou o Panamá na estreia e perdeu o segundo jogo, diante da França - dois resultados que de certa forma estavam nos prognósticos. O empate sem gols com a Jamaica na partida derradeira, contudo, foi totalmente fora da curva, especialmente porque a própria Pia considerava o Brasil como uma das dez melhores equipes da competição.

Pia Sundhage deixou a delegação da seleção ainda na Austrália e viajou para a Suécia. Ela já disse que gostaria de seguir à frente da equipe até o fim do seu contrato.

Fernando Diniz, técnico interino da seleção brasileira, fez sua primeira convocação nesta sexta-feira, com poucas novidades, caso do goleiro Bento, do Athletico-PR, e do lateral-esquerdo Caio Henrique, do Monaco, que entrou na pré-lista de Tite para a Copa do Mundo do Catar, mas não chegou a ser convocado. Caio tem cidadania espanhola e chegou a considerar defender a Espanha.

A principal ausência é o meia Lucas Paquetá, alvo de uma investigação por violação de regras de apostas esportivas na Inglaterra. Já Neymar, mesmo recém-transferido para o nada tradicional futebol árabe, está na lista e participará dos dois primeiros jogos do Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, diante de Bolívia e Peru, nos dias 8 e 12 de setembro.

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O principal astro do Brasil não disputou os amistosos de junho deste ano, contra Senegal e Guiné, porque estava se recuperando de uma lesão grave no tornozelo que o deixou fora de combate por mais de cinco meses. Sua última partida com a seleção foi na eliminação para a Croácia na Copa do Mundo do Catar, em 2022.

"É sempre muito complexo. A gente procurou assistir todos os jogadores convocados, por vídeo e alguns em estádio. A lista foi se modificando durante esse tempo. Ela tem uma projeção já visando a próxima Copa do Mundo, independentemente de quem seja o técnico", afirmou Diniz, que tem contrato até junho de 2024, para quando está prevista a chegada Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, segundo a CBF.

Diniz, que comanda o Fluminense em paralelo a suas obrigações com a seleção, chamou dois jogadores de sua equipe: o zagueiro Nino e o volante André. Os dois já haviam sido convocados por Ramon Menezes, que comandou o Brasil interinamente no começo do ano e esteve no banco nos amistosos de junho. Na ocasião, Nino se machucou e foi substituído por Robert Renan, do Zenit.

A dupla tricolor faz parte da minoria convocada que atua no futebol brasileiro. Além deles e do goleiro Bento, do Athletico-PR, o único que atua em um time nacional é o meio-campista Raphael Veiga, do Palmeiras. Diniz manteve algumas novidades da convocação de Ramon, como o lateral-direito Vanderson, do Monaco, e o versátil meia Joelinton, do Newcastle;

Veja a lista de convocados de Fernando Diniz:

Goleiros: Alison (Liverpool), Bento (Athletico-PR) e Ederson (Manchester City).

Zagueiros: Gabriel Magalhães (Arsenal), Ibañez (Al-Ahli), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense).

Laterais-direitos: Danilo (Juventus) e Vandeson (Monaco).

Laterais-esquerdos: Caio Henrique (Monaco) e Renan Lodi (Olympique de Marselha).

Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Joelinton (Newcastle) e Raphel Veiga (Palmeiras).

Atacantes: Antony (Manchester Untied), Martinelli (Arsenal), Matheus Cunha (Wolverhamptoin), Neymar (Al-Hilal), Richarlison (Tottenham), Vinícius Júnior (Real Madrid) e Rodrygo (Real Madrid).

O meio campista da seleção brasileira e do West Ham, Lucas Paquetá está sendo investigado pela federação inglesa de futebol (FA), por provável violação de apostas. De acordo com o jornal inglês Daily Mail, alguns familiares do jogador teriam apostado em jogos em que o atleta estava na partida.

Na Inglaterra os jogadores não podem fazer aposta, independentemente de estarem ou não na partida. No dia 13 de maio, a federação proibiu os clubes de terem patrocínios de aplicativos de apostas esportivas.

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Paquetá estava sendo negociado para Manchester City, porém as conversas foram encerradas devido as investigações. O brasileiro também ficou de fora da lista de convocados do técnico Fernando Diniz para as eliminatórias da Copa do Mundo.

“Paquetá estava na lista. É uma questão de preservação, deixa ele resolver essa questão” disse o novo técnico interino na coletiva.

Titular da seleção brasileira em amistoso com o Marrocos, em março, o zagueiro Roger Ibáñez está de saída da Roma rumo ao futebol da Arábia Saudita. O jogador de 24 anos vai defender o Al-Ahli, segundo revelou nesta segunda-feira o próprio técnico do time italiano, José Mourinho.

"Seja feliz 'Garoto'. Eu sei que você vai sentir minha falta. Obrigado por sua última camisa. Agora você pode pagar um bom jantar para mim e meus 'funcionários'. Aproveite a Arábia Saudita", disse o treinador português abaixo de uma foto em que segura a última camisa de Ibáñez durante atividade na Roma.

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Os dois clubes ainda não se manifestaram oficialmente sobre a transferência que pode alcançar até 35 milhões de euros (cerca de R$ 187 milhões) para a equipe italiana caso o brasileiro alcance metas específicas no time saudita. Ibáñez deve assinar por quatro temporadas.

A transferência é mais um reforço para o renovado futebol saudita, que virou o novo polo de atração de grandes jogadores da Europa. A maioria, contudo, já superou os 30 anos e acumula títulos e feitos no carreira, caso de Cristiano Ronaldo e Benzema, por exemplo.

O brasileiro, no entanto, ainda é considerado novo para o futebol europeu e era considerado promissor para o continente, onde se concentram os melhores do mundo na atualidade. Ibáñez vinha sendo monitorado por grandes clubes da Europa, principalmente após as primeiras convocações para a seleção brasileira.

Ele foi chamado para a equipe nacional pela primeira vez ainda pelo técnico Tite, meses antes da Copa do Mundo do Catar, disputada entre novembro e dezembro do ano passado. O defensor fez sua estreia no amistoso com a Tunísia no dia 27 de setembro.

Neste ano, havia sido chamado pelo técnico interino Ramon Menezes para o amistoso com Marrocos, no fim de março. Naquela partida, em que o Brasil foi derrotado por 2 a 1, Ibáñez foi titular.

Tida por muitos como uma das principais responsáveis pela eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo feminina de 2023, a treinadora sueca Pia Sundhage deixou o hotel em que a seleção brasileira estava hospedada na Austrália, uma das sedes do Mundial, na madrugada desta quinta-feira, dia 3. A técnica de 63 anos não conversou com a imprensa e saiu do local em completo silêncio.

Acompanhada por sua comissão técnica, Pia foi a primeira integrante da delegação a sair da Austrália. As demais jogadoras devem ir embora do país entre sexta-feira e domingo em um voo fretado pela CBF. A logística ainda está sendo acertada pela confederação. Pia retornará para a Suécia, onde deve descansar após o vexame histórico sofrido pela seleção. É a primeira vez desde 1995 que o Brasil fica fora de uma fase de grupos de uma Copa do Mundo.

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O futuro da sueca no comando da equipe brasileira é incerto. Em entrevista coletiva após o empate contra a Jamaica, a treinadora foi sucinta e apontou para o óbvio: seu contrato termina em agosto do ano que vem após os Jogos Olímpicos de Paris, para a qual o Brasil já está classificado.

O presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, no entanto, ainda não confirmou a permanência da treinadora e pretende "esfriar a cabeça" antes de tomar qualquer decisão. Em nota divulgada a imprensa, o cartola afirmou que, apesar do resultado decepcionante, o investimento no futebol feminino não irá diminuir.

"Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF na minha gestão de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar este investimento. Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar", disse Rodrigues.

No comando da seleção brasileira, Pia Sundhage soma 34 vitórias, 13 empates e 10 derrotas em 57 jogos disputados. Foram 139 gols marcados e 42 sofridos.

A treinadora Pia Sundhage deu uma resposta curta ao ser questionada, após o empate sem gols com a Jamaica e a consequente eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo, se continuará no comando da seleção brasileira. "Meu contrato termina em agosto do ano que vem", limitou-se a dizer a sueca durante coletiva de imprensa em Melbourne.

Antes do desfecho frustrante, o presidente da CBF, Ednaldo Pereira, disse em entrevista ao GE que estava satisfeito com o trabalho da comissão técnica e que não havia "nem como ter a opção" de mudança porque os Jogos Olímpicos de Paris-2024 estão muito próximos. O vínculo de Pia com a seleção termina dia 30 de agosto, alguns dias após o fim da Olimpíada, que tem seu encerramento previsto para dia 11.

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Durante a coletiva, a treinadora também falou sobre a possibilidade de continuar contando com Marta na seleção. A Rainha do Futebol garantiu, ao fim do jogo, que foi sua última Copa do Mundo, mas ela pode querer disputar os Jogos de Paris. Para Pia, contudo, é incerto se isso será possível.

"A Marta, eu não sei, acho que ela vai continuar a jogar. Agora, se vai ser convidada para a seleção, temos que ver", disse. "Daqui para frente, enquanto eu estiver à frente da seleção, vamos trabalhar para encontrar novos jogadores. Vai ficar cada vez mais difícil para a MArta continuar na seleção", completou.

Ao tentar explicar o desempenho ruim do Brasil, a sueca citou a organização defensiva das jamaicanas e o nervosismo das brasileiras como os principais motivos. "Quando não conseguimos derrubar a defesa delas, aí, é claro, ficamos um pouco mais nervosas. E quando ficamos nervosas, acabamos ficando mais lentas. Talvez tenhamos ficado com pouca coragem", afirmou.

Pia também destacou o quanto o futebol feminino evoluiu, razão de os jogos estarem mais equilibrados, mesmo quando nações de menos tradição estão em campo. "Todo mundo está mais bem organizado agora. A parte física está melhor também. A velocidade de jogo daqui para frente vai ser muito importante. Neste novo período de quatro anos, a melhor equipe vai se concentrar em não ceder tanto a bola como nós fizemos hoje. No geral, estou muito impressionada com a defesa e organização de todas as equipes", disse.

A seleção brasileira mal tinha sido eliminada da Copa do Mundo feminina de 2023 na manhã desta quarta-feira, dia 2, e o nome da técnica Pia Sundhage já estava nos assuntos mais comentados do Twitter. A sueca de 63 anos foi eleita pela internet como a grande vilã da eliminação precoce do Brasil, ainda na primeira fase. Desde 1995, que a seleção não voltava tão cedo para cada em um Mundial.

Seja nas redes sociais ou até mesmo nas transmissões esportivas da partida contra a Jamaica, criticas não faltaram a atuação da treinadora no jogo. Da demora a fazer alterações à passividade na beira do campo, quase nenhum aspecto da participação de Pia no empate passou em branco. Sobrou até mesmo para o vídeo dela cantando "Anunciação" ,de Alceu Valença, que até poucos dias atrás era visto como algo positivo para a imagem da técnica. Seu contrato vai até agosto de 2024.

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Para os jornalistas e comentaristas que acompanham o futebol feminino, somente uma palavra define o trabalho da treinadora sueca no Mundial de 2023: fracasso. O Brasil, que é o oitavo no ranking de seleções da Fifa, foi eliminado pela Jamaica, a quadragésima terceira colocada.

Ao final da transmissão na Globo, a comentarista Ana Thaís Matos teceu duras críticas ao trabalho feito no ciclo atual. "A história do Brasil é muito grande no futebol feminino. O Brasil não teve personalidade porque confiou demais no trabalho da comissão técnica da Pia. Tem de confiar na comissão técnica, mas a gente tem de ter a nossa personalidade", afirmou. A fala da jornalista ecoou nas redes sociais, encontrando bastante apoio.

Teve também quem criticou as ausências na convocação para o torneio. Dentre as mais citadas, a atacante Cristiane, do Santos, foi disparada a atleta que os torcedores brasileiros mais sentiram falta durante o jogo. A própria atleta disse recentemente que não sabia o motivo de não estar na lista. Foi a primeira Copa em que ela ficou fora em 20 anos.

Houve também quem se preocupasse com o efeito que a eliminação precoce da seleção pode ter na continuidade de trabalhos sérios no comando do time e até do futebol feminino no País. Vale lembrar que os clubes do Brasil e da América do Sul têm equipes montadas e torneios durante toda a temporada.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse recentemente que Pia ficaria no cargo o quanto desejasse. Após o fracasso na Copa, ele vai analisar a situação da treinadora com mais tranquilidade quando voltar ao Rio. Em nenhum momento de sua entrevista, ela colocou o cargo à disposição. O Brasil já está classificada para a Olimpíada de Paris, no ano que vem.

Os brasileiros, no entanto, não se deixam abater até mesmo na derrota. Apesar da eliminação, o que não faltaram foram memes e piadas com a treinadora. Pia chegou ao Brasil em 2019 para fazer o ciclo entre uma Copa e outra.

A similaridade dela e o apreço pela música nacional, com cantores tradicionais brasileiros, também foram notadas nas redes. Pia sempre se mostrou calma e tranquila em relação ao seu trabalho e ao desempenho do Brasil.

A CBF definiu a data da próxima convocação da seleção brasileira masculina de futebol. No dia 18 deste mês, o técnico Fernando Diniz anunciará sua primeira lista de jogadores à frente da equipe. O grupo chamado vai defender o Brasil nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

O grupo de convocados será anunciado às 13h30 do dia 18, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Após o anúncio da lista, Diniz vai conceder sua segunda coletiva como treinador da seleção brasileira - a primeira aconteceu logo após o seu anúncio como técnico tampão até metade do ano que vem.

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A primeira convocação deve gerar expectativa nos torcedores brasileiros por causa do eventual conflito de interesses, uma vez que Diniz segue no comando do Fluminense. O treinador já avisou que não privilegiará jogadores da equipe carioca e também não se preocupará em desfalcar rivais direitos no Campeonato Brasileiro.

Diniz foi confirmado como novo técnico da seleção no início de julho. Ele substitui Ramon Menezes, que vinha atuando como interino desde a saída de Tite, ao fim da Copa do Mundo do Catar, em dezembro. O contrato de Diniz tem validade de um ano. Assim, ele fará a transição na seleção até a chegada do italiano Carlo Ancelotti, em junho de 2024. O futuro técnico do Brasil tem contrato com o Real Madrid até junho do ano que vem.

A estreia de Diniz à frente da seleção será no dia 8 de setembro, no estádio Mangueirão, em Belém (PA), às 21h45, contra a Bolívia. Na segunda rodada, o adversário será o Peru, no dia 12, em Lima.

O Brasil está eliminado da Copa do Mundo feminina. No jogo de vida ou morte contra a Jamaica, no fechamento da primeira fase do Mundial, a seleção brasileira empatou em 0 a 0 e terminou sua participação com o terceiro lugar do Grupo F. A partida foi a despedida de Marta em Copas. A Rainha termina sua história como a maior artilheira da competição com 17 gols em seis edições que disputou.

Apesar de ter a bola e controlar o ritmo da partida, a seleção brasileira pouco fez no jogo. Errando muitos passes, mostrando nervosismo em todas as ações no campo e sofrendo com a "cera" adversária, o Brasil sentiu a obrigação de vencer para classificar. Nem mesmo Marta, no time titular pela primeira vez no Mundial.

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Precisando vencer para se classificar para as oitavas de final da Copa do Mundo feminina, o Brasil começou buscando o ataque e tentando pressionar a Jamaica. Apesar disso, o nervosismo era evidente nas jogadoras brasileiras e os erros de passes atrapalham muito qualquer tentativa de jogada de perigo das brasileiras.

A cada minuto que passava, a seleção jamaicana gostava ainda mais do marcador e tentava, muitas vezes com sucesso, tirar a velocidade do jogo, o que visivelmente incomodava as atletas do Brasil. Apostando muito pelas jogadas pelas pontas do campo, principalmente pelo lado esquerdo com Tamires, Debinha e Marta, a seleção brasileira levou perigo em algumas oportunidades e fez a goleira Spencer trabalhar.

A pressão brasileira aumentou ainda mais no segundo tempo. Com Bia Zaneratto em campo, a seleção passou a colocar nove das 10 jogadoras de linha no campo de ataque e controlou o ritmo "alugando" o campo de ataque. Assim como fez no primeiro tempo, a seleção jamaicana se manteve travando a partida e tirando a sequência e o ritmo do confronto em Melbourne.

Na reta final, o Brasil pareceu perder as forças em campo. Sem conseguir ser efetiva como na reta final do primeiro tempo, a seleção brasileira pouco ameaçou o gol jamaicano. No minuto final, com até a goleira Letícia na área, as brasileiras pressionaram, mas pararam na defesa e foram eliminadas da competição.

FICHA TÉCNICA

JAMAICA 0 x 0 BRASIL

JAMAICA - Spencer; Blackwood, Swaby, Swaby e Wiltshire; Sampson, Primus, Spence, Brown (Washington) e Matthews (Cameron), Shaw. Técnico: Lorne Donaldson.

BRASIL - Letícia; Antônia (Geyse), Kathellen, Rafaelle e Tamires; Ary Borges (Bia Zaneratto), Kerolin, Luana (Duda Sampaio) e Adriana; Debinha, Marta (Andressa Alves). Técnica: Pia Sundhage.

ÁRBITRO - Esther Staubli (SUI).

CARTÕES AMARELOS - Matthews (JAM)

PÚBLICO - 27.638 pessoas

RENDA - Não informado.

LOCAL - Melbourne Rectangular Stadium.

Lorne Donaldson, técnico da Jamaica na Copa do Mundo feminina de 2023, não esconde a felicidade com a trajetória de sua equipe no torneio. Em um grupo com França e Brasil, duas potências da modalidade, o fato da equipe caribenha chegar a última rodada da competição com chances reais de classificação é motivo de celebração.

O técnico, no entanto, não esconde a preocupação com o confronto decisivo contra a seleção brasileira que ocorre na quarta-feira, dia 2, às 7h (horário de Brasília), no AAMI Park em Melbourne, na Austrália. "Elas têm muito talento", ele afirmou em entrevista coletiva ao falar sobre o time de Pia Sundhage. "Sabemos que elas provavelmente vão jogar de uma maneira na qual estão acostumadas. Temos que fazer algo especial para tirar algo deste jogo."

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Após empatar de forma heroica contra a França na primeira rodada e vencer o Panamá por 1 a 0 no segundo jogo do Grupo F, a Jamaica entra em campo contra o Brasil com a vantagem do empate. Apesar de ter um ponto a mais na tabela, Donaldson entende que jogar para ganhar é a única forma de sair vivo da partida.

"Era isso que queríamos: ter chances de classificação e motivos reais no último jogo. Mesmo depois das adversidades que tivemos, sabíamos que poderíamos chegar em algum lugar. Acho maravilhoso que ainda tenhamos a chance de passar."

A campanha jamaicana até a Copa do Mundo não foi das mais fáceis. Além dos desafios que qualquer eliminatória oferece, a seleção das Reggae Girlz enfrenta sérios problemas de financiamento. Sem o apoio integral da Federação Jamaicana de Futebol, que não arcou com todos os custos do torneio, sobrou para a mãe da meio-campista Havana Solaun pensar em uma solução para os problemas financeiros do time.

Ela, então, abriu uma vaquinha online para que os fãs e torcedores da Jamaica pudessem contribuir com a seleção. Sandra Phillips-Brower criou a campanha chamada "Reggae Girlz Rise Up" (Garotas do Reggae, levantem-se, em tradução livre) e faturou US$ 50 mil, algo em torno de R$ 238 mil.

Na página da plataforma GoFundMe, Sandra afirma que as jogadoras estão cientes das doações e que, junto com a delegação, elas decidirão qual a melhor forma de alocar os fundos recolhidos. "A manifestação de apoio as ‘Reggae Girlz’ tem sido espetacular. Obrigada a todos por promoverem um apoio internacional sistemático para essas jovens mulheres maravilhosas", a mãe escreveu em um dos posts.

Para o Brasil, só a vitória interessa. Após uma boa primeira partida contra o Panamá, a seleção brasileira sofreu contra a França e viu as europeias ganharem de 2 a 1. Com a alta probabilidade das francesas ganharem das panamenhas, resta ao time de Pia Sundhage vencer a Jamaica caso queiram se classificar para as oitavas de final do Mundial.

A Jamaica venceu o Panamá por 1 a 0 pela segunda rodada da Copa do Mundo feminina na manhã deste sábado, em confronto válido pelo Grupo F, o mesmo do Brasil. O triunfo leva a seleção jamaicana a quatro pontos, ultrapassando a seleção brasileira, que precisará vencer o confronto direto contra o país caribenho na última rodada para se classificar às oitavas de final. Mais cedo neste sábado, o Brasil perdeu por 2 a 1 para a França e caiu para a terceira posição da chave, com três pontos.

Depois do início animador da seleção brasileira, a segunda rodada da Copa do Mundo feminina terminou com uma combinação de resultados ruim para o time de Pia Sundhage. França e Jamaica, que haviam empatado na estreia, alcançaram os quatro pontos e o Brasil ficou com três. O Panamá, após duas derrotas, está eliminado da Copa do Mundo feminina.

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A definição do grupo acontecerá na próxima quarta-feira. Às 7h, Brasil e Jamaica se enfrentam em Melbourne, na Austrália. No mesmo dia e horário, a França entra em campo contra o Panamá em Sydney, na Austrália, para confirmar a classificação para o mata-mata. O Brasil segue dependendo apenas de si para se classificar, mas para isso precisará vencer a Jamaica. Em caso de empate, somente uma combinação improvável de resultados, com derrota da França para o Panamá, classificaria o time de Pia Sundhage.

As melhores chances do primeiro tempo foram da Jamaica, que ainda assim não conseguiu fazer seu melhor jogo. Apesar das tentativas, a seleção jamaicana não conseguiu furar a defesa adversária, chegando até a acertar uma bola na trave em cobrança de falta. Já o Panamá teve uma boa chance no primeiro tempo, defendida pela goleira da Jamaica.

O Panamá voltou melhor para o segundo tempo e até ocupou mais espaços no campo de ataque. Apesar da melhora no desempenho do rival, a Jamaica abriu o placar aos 11 minutos com gol de cabeça marcado por Allyson Swaby. A seleção panamenha melhorou após o gol, mas encontrou dificuldades no setor de criação e não conseguiu buscar o empate.

VEJA O GOL AQUI.

Suécia se classifica

Na madrugada deste sábado, a Suécia, terra da treinadora Pia Sundhage, foi mais uma seleção a confirmar classificação para as oitavas de final. A vaga veio em grande estilo, com goleada por 5 a 0 sobre a Itália. Grande nome da partida, Amanda Ilestedt marcou dois gols. Os demais gols foram marcados por Fridolina Rolfo, Stina Blackstenius e Rebecka Blomqvist.

A Suécia mantém 100% de aproveitamento, na liderança do Grupo G, com seis pontos. A Itália tem três e está em segundo, enquanto África do Sul e Argentina somam apenas um ponto e sonham com a última vaga da chave na última rodada.

O Brasil deixou de garantir a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo de 2023. A seleção brasileira perdeu para a França por 2 a 1, em jogo válido pelo Grupo F, no Estádio de Brisbane, na Austrália. Apesar da derrota, o sentimento ainda é de otimismo para a classificação às oitavas de final. O Brasil define o futuro contra a Jamaica, na próxima quarta-feira, 2.

"Eu não fiz as jogadoras se sentirem conectadas. O primeiro tempo era o grande momento. No segundo tempo, nós tentamos. E estou feliz por termos uma segunda chance (de classificação) contra a Jamaica. Mas é algo que preciso entender, como eu poderia ter feito o time se sentir mais alegre. É algo que preciso entender e prepará-las melhor", avaliou a treinadora do Brasil, Pia Sundhage.

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A técnica sabe que o time precisa ser mais parecido com o que venceu o Panamá na estreia. Misturando inglês e português, Pia resumiu o que precisa para a decisão da próxima rodada: "in the first half there was no alegria. no ousadia (no primeiro tempo, não houve alegria, nem ousadia)".

A atacante Debinha, autora do gol brasileiro contra a França, também avalia que o primeiro tempo foi ruim. Ela espera, porém, um desempenho melhor contra a Jamaica. "Podemos ver a diferença do segundo tempo. Devemos começar assim desde o início. Elas tiveram a oportunidade que procuraram. Temos que prestar mais atenção", cobrou.

"Nosso objetivo sempre é a vitória. Contra a Jamaica, vai ser do mesmo jeito. Vamos desde o início para isso. Se jogarmos como foi este segundo tempo, tenho certeza que vamos sair com vitória", espera a atacante.

Se a Jamaica vencer o Panamá, em jogo neste sábado, o Brasil precisa da vitória para garantir a classificação. Caso a Jamaica não vença, um empate pode garantir as brasileiras na próxima fase.

Brasil levou levou gol conhecido da equipe francesa

Depois de o Brasil buscar o empate, a França desempatou em uma jogada conhecida do time, a bola aérea buscando Wendie Renard. A zagueira de 1m87 recebeu um cruzamento do escanteio e mandou para o fundo da rede brasileira. A goleira Letícia revoltou-se, porque a equipe treinou para evitar essa jogada: "Era uma bola que a gente falou muito. Tomar um gol dessa forma é revoltante. Não dá para errar nesse ponto. Agora é levantar a cabeça, vencer a Jamaica e seguir para as oitavas"

O técnico francês, Hervé Renard, reconheceu o esforço de sua seleção diante de um adversário difícil. Ele reconheceu que foi um desafio depois do empate francês contra a Jamaica na primeira rodada: "A gente sofreu nos últimos minutos. Mas tivemos coragem de reagir depois de tomar o gol e fazer o segundo. Esse tipo de jogo faz a diferença, porque enfrentamos e batemos uma bela equipe do Brasil. Sempre é complicado e duro. Hoje tivemos eficácia para ganhar".

A França lidera o grupo F com 4 pontos. Em seguida, vem o Brasil, com 3. Jamaica tem 1 e Panamá, 0.

A quebra do tabu vai ter de esperar. Vítima do jogo aéreo europeu, o Brasil perdeu para a França por 2 a 1 na Copa do Mundo de 2023 e manteve o histórico de jamais ter conseguido vencer a seleção francesa na história do confronto. O jogo, válido pelo Grupo F, ocorreu no Estádio de Brisbane, na Austrália.

Com gols de cabeça Le Sommer e Renard, duas das mais importantes jogadoras francesas de todos os tempos, o time de Pia Sundhage sofreu com falhas defensivas. Debinha, na segunda etapa, até chegou a empatar o jogo, mas a capitã francesa garantiu a vitória para sua equipe.

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A classificação, no entanto, ainda não está perdida. A seleção brasileira enfrenta a Jamaica na última rodada da fase de grupos com chances de seguir adiante no torneio. O resultado do confronto entre Jamaica e Panamá neste sábado será crucial para definir o que o Brasil precisará fazer para buscar a vaga às oitavas na última rodada.

O jogo começou com a França no ataque. Com um futebol bem organizado, as francesas trocavam passes no campo brasileiro e, quando perdiam a bola, pressionavam a seleção canarinha em busca de um erro defensivo. Com a marcação forte das rivais, o Brasil encontrou dificuldade para manter a bola nos pés e errou muitos passes no começo da primeira etapa.

Aos 12 minutos, após ótima jogada individual de Le Sommer na entrada da área, a atacante francesa recebeu uma bola açucarada de Dali e a cabeceou com destino certo ao gol. A goleira Lelê tinha outros planos e fez ótima defesa, salvando a meta brasileira.

Poucos minutos depois, no entanto, outra cabeçada de Le Sommer abriu o placar. Com o controle da partida, a França subiu ao ataque pelo lado esquerdo com a lateral Karchaoui. Ela cruzou a bola para a área, Diani cabeceou para o meio e coube a Le Sommer, maior artilheira da história da seleção francesa, cabecear a bola e fazer o primeiro gol da partida aos 16 minutos.

Após o baque, o Brasil se jogou ao ataque e criou bons lances. Geyse roubou a bola no campo francês, passou para Debinha que rolou para a chegada de Adriana. A meio-campista, sozinha na marca do pênalti, acabou exagerando na força e o chute passou rente a trave, mas para fora do gol. Poucos minutos depois, Adriana iniciou um novo ataque. A meia tentou driblar a defesa francesa, mas acabou perdendo a bola. Debinha recuperou o lance e partiu para dentro da área, mas foi travada e viu a goleira Peyraud-Magnin ficar com a bola.

O terceiro ataque veio mais uma vez dos pés de Adriana. Ela avançou, sozinha, pelo meio de campo francês e só foi parada próxima a área após a francesa Toletti cometer uma falta e receber um amarelo. Debinha, no entanto, cobrou a falta nas mãos da goleira francesa. O Brasil perdia a batalha no meio de campo e, sem espaço, sofria com a forte marcação francesa.

A França criou uma ótima chance após passe errado de Debinha. As europeias roubaram a bola no campo brasileiro e Geyoro recebe uma bola sozinha na área, cara a cara com Lelê. A goleira faz ótima defesa e evita o gol, mas o lance estava impedido e acabou não valendo. O restante da primeira etapa foi marcado por lances de pouco perigo de ambas as equipes. O Brasil continuava nervoso com a bola e, sem ela, afobado para recuperar a posse.

O começo do segundo tempo viu uma seleção brasileira ainda muito nervosa, errando passes e jogando de maneira afobada. O time comandado por Pia Sundhage até conseguia recuperar a posse, mas acabava se desesperando e perdendo o controle do jogo logo em seguida.

O Brasil, no entanto, colocou a bola no chão e, após boa jogada de Geyse, construiu uma jogada na área da França. Com passe de Kerolin, Debinha recebeu uma bola na pequena área e chapou, sem chance para a goleira. A seleção, enfim, respirava aliviada.

Foto: Patrick Hamilton / AFP

Pia, que optou por não mexer no time no intervalo, logo percebeu que precisaria mudar. Do banco, chamou a meia Andressa Alves para o lugar de Geyse. A ideia era reforçar o meio de campo, setor em que o Brasil estava sendo dominado pela França. Respondendo a alteração brasileira, o técnico Hervé Renard trocou uma atacante por outra. Saiu a carrasca brasileira Le Sommer e entrou Becho, uma jovem promessa francesa.

Com gol, o Brasil voltou ao jogo. Se a marcação europeia era imbatível no primeiro tempo, as jogadoras francesas começaram a sentir o cansaço na segunda etapa. Mais ligado no jogo, a equipe de Pia Sundhage passou a explorar a velocidade de suas jogadoras e apostar no contra ataque. Em ótima chance, Debinha avançou por boa parte do campo rival, mas acabou não enxergando Adriana aberta ao seu lado e foi travada pela defesa europeia.

Na segunda etapa, o jogo se manteve aberto. França e Brasil trocavam ataques e, pela primeira vez na partida, a seleção brasileira era superior. Buscando manter o momento positivo, a treinadora sueca mudou mais uma vez. A atacante Bia Zaneratto entrou no lugar de Adriana, que era um dos destaques do time até então.

O bom momento brasileiro foi por água abaixo após um escanteio francês. Em mais uma falha da marcação do Brasil, a zagueira Renard se viu livre e cabeceou para dentro do gol, não dando nenhuma chance para Lelê defender.

Indo pro tudo ou nada, Pia fez três alterações. Mônica entrou no lugar de Antônia, Ana Vitória na vaga de Ary Borges e, para delírio da torcida, Debinha deu lugar a Rainha Marta. Mais uma vez, o técnico Renard respondeu as alterações e trocou a volante Dali, que estava amarelada, por Le Garrec.

As mudanças, no entanto, pouco efeito tiveram no jogo. Com sete minutos de acréscimo, a França se manteve no ataque e gastou todo o tempo possível tocando a bola para lá e para cá.

O Brasil volta a campo na próxima quarta-feira, também às 7h, para o decisivo jogo contra a Jamaica. A seleção brasileira permanece com três pontos, enquanto a França chega a quatro e assume a liderança do grupo.

VEJA OS GOLS AQUI.

BRASIL 2 x 1 França

BRASIL - Lelê; Antonia , Lauren, Rafaelle e Tamires; Luana Bertolucci , Ary Borges, Adriana (Bia Zaneratto) e Kerolin; Debinha e Geyse (Andressa Alves). Técnica: Pia Sundhage.

FRANÇA - Peyraud-Magnin; Lakrar, Renard, Perisset e Karchaoui; Toletti, Geyoro e Dali; Diani, Le Sommer (Becho) e Bacha. Técnico: Hervé Renard.

Árbitro - Kate Jacewicz (AUS).

Gols - Le Sommer, Debinha e Renard.

Cartão Amarelo - Dali, Toletti, Karchaoui, Luana

Público - Não divulgado.

A Seleção Feminina segue a todo vapor na preparação para o duelo diante da França. As equipes se enfrentam neste sábado (29), às 7h (de Brasília), no estádio de Brisbane, em Brisbane (AUS). Em caso de vitória, a Canarinho pode conquistar a vaga antecipada para as oitavas de final.

As duas seleções voltam a se enfrentar em Copas do Mundo após a edição de 2019. Na ocasião, as francesas eliminaram o Brasil e se classificaram para as quartas de final da competição. Entre as remanescentes do grupo, está a meio-campista Luana. Em entrevista coletiva, a jogadora projetou o reencontro e depositou confiança nas jogadoras da Canarinho.

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"Amanhã a gente vai ter a oportunidade de mudar esse cenário e sabemos também da importância que esse jogo tem na definição da classificação para a próxima fase, e com certeza vamos entrar para ganhar o jogo", disse Luana.

Com passagem pelo Paris Saint Germain, clube francês, Luana ressaltou como essa experiência contribuiu para sua preparação para a Copa do Mundo, especialmente para encarar o país que foi sua casa por duas temporadas.

"Acho que esses quatro anos me prepararam para estar aqui. A minha ida para a França também me deu mais experiência, e eu me sinto preparada tanto mentalmente quanto fisicamente para poder representar meu país e assumir essa responsabilidade e fazer o meu melhor", afirmou a meio-campista.

Bertolucci também elogiou a força do ataque da Seleção Brasileira, destacando a velocidade, inteligência e capacidade de finalização das jogadoras, além da importância do banco de reservas para o sucesso da equipe.

"Eu acho que nós estamos prontos. E também, eu acho que o poder que nós temos no ataque é algo especial. São as jogadoras rápidas que nós temos, as jogadoras inteligentes e o acabamento. E também nós temos pessoas vindo do banco. Eu acho que isso vai ser a chave para o sucesso", concluiu a jogadora.

Da assessoria da CBF

Anderson Polga, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, foi preso nesta terça-feira, em Porto Alegre, pelo não pagamento de pensão alimentícia. A informação foi confirmada ao Estadão pelo delegado Alexandre Vieira, da 9ª delegacia de Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O ex-jogador de 44 anos foi detido durante um encontro com ex-atletas na Arena do Grêmio, onde o corpo do dirigente Adalberto Reis estava sendo velado.

O processo, que corre em segredo de Justiça, tramita na 5ª Vara de Família do Foro Central da Comarca de Porto Alegre. A decisão foi expedida pelo juiz Nilton Tavares da Silva. Segundo informações do jornal local Zero Hora, a dívida do ex-jogador é de cerca de R$ 300 mil.

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Anderson Polga foi encaminhado para a Penitenciária Estadual de Canoas, na Região Metropolitana. Ele já havia sido preso no ano passado pelo mesmo motivo, mas foi liberado após conseguir um habeas corpus.

O ex-zagueiro despontou para o futebol como jogador do Grêmio. Pelo time gaúcho, ele conquistou a Copa do Brasil (2001) e dois Estaduais (1999) e (2001). O zagueiro passou boa parte da carreira em Portugal, onde disputou nove temporadas pelo Sporting. Ele retornou ao Brasil em 2012, quando foi contratado pelo Corinthians e fez parte do elenco que conquistou o Mundial de Clubes da Fifa, no mesmo ano.

A primeira convocação de Anderson Polga para a seleção brasileira aconteceu em 2002, quando foi chamado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para amistosos preparatórios para a Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão. O zagueiro foi chamado para o Mundial e atuou em dois jogos da fase de grupos.

A seleção brasileira feminina de futebol não ganhou folga após a estreia com goleada na Copa do Mundo, na segunda (24). Um dia depois dos 4 a 0 sobre o Panamá, o time nacional já iniciou a preparação para enfrentar a França, adversário mais complicado nesta fase de grupos, no sábado (29).

Na manhã desta terça-feira (25), pelo horário local da Austrália, as jogadoras do Brasil foram a campo em Brisbane, base da equipe nesta primeira fase do Mundial. Foram para o gramado apenas aquelas que não entraram em campo na segunda. As demais fizeram trabalho físico na academia.

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O treino aconteceu logo após o desembarque da equipe em Brisbane, localizada a 2 mil quilômetros de Adelaide, cidade onde o Brasil estreou na Copa, na segunda. As jogadoras retomarão o treino na tarde de quarta-feira, pelo horário local (madrugada de quarta, no Brasil).

Depois da goleada sobre o Panamá, a comissão técnica trata o duelo com a França com cautela, sem se deixar empolgar pela grande vitória na estreia, sobre um adversário mais limitado. A equipe francesa é uma das candidatas ao título da Copa e deve ser um dos maiores desafios do Brasil no Mundial.

"Este é o primeiro jogo, você vê um pouquinho do 'jeitinho brasileiro'. Agora a França é uma adversária totalmente diferente, mas mostramos como queremos jogar. As jogadoras e eu ganhamos confiança", comentou a técnica Pia Sundhage, após a estreia na Copa do Mundo.

O jogo entre brasileiras e francesas está marcado para a manhã de sábado, às 7 horas, pelo horário de Brasília. A partida será disputada em Brisbane.

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