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A defesa de Robinho enviou uma petição ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contestando o pedido da Justiça italiana para que o atleta cumpra a pena de nove anos de prisão por estupro no Brasil. No documento, os advogados do ex-jogador do Santos e da seleção brasileira citam a Constituição Federal e afirmam que a possibilidade de a sentença ser aplicada no País fere a soberania nacional. O relator do caso, o ministro Francisco Falcão, deu cinco dias para a Embaixada da Itália se manifestar e, depois, a defesa terá outros cinco dias para a tréplica.

Em agosto, o STJ rejeitou o pedido da defesa do atleta para que a Justiça italiana enviasse para o Brasil uma cópia do processo na íntegra traduzida para o português. Na petição, os advogados de Robinho reforçam a necessidade do documento em idioma nacional para uma indicação mais precisa e objetiva das irregularidades havidas no procedimento estrangeiro. Sem ele, o direito à ampla defesa não estaria sendo respeitado.

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Os advogados de Robinho afirmam, ainda, que o pedido da Justiça italiana está baseado na Lei de Migração, que passou a integrar o ordenamento jurídico brasileiro em 2017, mas o caso que levou Robinho à condenação na Itália ocorreu em 2013. As leis brasileiras impedem que um cidadão do País seja extraditado para cumprimento de pena em território estrangeiro.

Robinho foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa casa noturna em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de não poder ser extraditado. O jogador nega as acusações.

ENTENDA O CASO

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da casa noturna milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017, assim como Ricardo Falco, um dos amigos do ex-jogador. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são "auto acusatório". As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo "609 bis" do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade "física ou psíquica".

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um "equívoco de interpretação" em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, afirmou por meio de sua conta no Twitter que "amanhã anunciaremos novas sanções à Rússia em resposta à violação do direito internacional e ao ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia".

Segundo ela, a decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de reconhecer a independência de Donetsk e Luhansk representa um ataque à soberania ucraniana e demonstra a escolha do país pelo confronto ao invés do diálogo. "Vamos coordenar nossa resposta com aliados. Não permitiremos a violação dos compromissos internacionais pela Rússia fique sem punição."

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O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a adoção de sanções europeias direcionadas à Rússia. Em comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu, o francês condena a decisão tomada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, de reconhecer as regiões separatistas do leste da Ucrânia.

"Claramente uma violação unilateral dos compromissos internacionais da Rússia e um ataque à soberania da Ucrânia", descreve o comunicado.

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Kosovo celebra o décimo aniversário da sua declaração de independência neste sábado (17), dia de orgulho nacional para os albaneses kosovares, embora os sérvios continuem rejeitando sua soberania.

As cores amarelo e azul da bandeira enchem as ruas de Pristina, decoradas para um fim de semana de celebrações que incluirá, no sábado à noite, um show da cantora pop britânica Rita Ora, nascida na capital kosovar.

Quando era bebê, em 1991, sua família abandonou Kosovo, submetido então à repressão imposta pela Sérvia, cujo presidente, Slobodan Milosevic, havia suprimido o estatuto de autonomia da província.

Em 1998, começou um conflito entre as forças sérvias e o UCK, a guerrilha separatista albanesa kosovar.

Essa guerra, que deixou 13.000 mortos, terminou em 1999 após 11 semanas de bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizados sob o impulso dos Estados Unidos para obrigar Belgrado a retirar seu Exército e sua Polícia de Kosovo.

Após essa retirada, uma missão da ONU e uma força da Otan foram implementadas na região.

Em 17 de fevereiro de 2008, seguindo um plano perfeitamente preparado com Washington e várias capitais europeias, os deputados kosovares proclamaram a independência, para desgosto de Belgrado.

"Kosovo personifica o desejo dos cidadãos de viverem livres", afirmou neste sábado o primeiro-ministro Ramush Haradinaj durante uma reunião do governo, embora tenha reconhecido que as autoridades não responderam por completo às expectativas de criação de um Estado moderno.

"Nossas expectativas não foram cumpridas, ou foram cumpridas muito pouco", afirmou o professor aposentado Pashk Desku, de 66 anos.

"Os problemas nos perseguem. Temo que, em vez de melhorar, as coisas piorem", acrescentou.

- Rejeição dos sérvios -

O povo de Kosovo e a minoria sérvia (cerca de 120.000 do 1,8 milhão de kosovares) quase não se misturam, como fica claro em Mitrovica. Nessa cidade do norte de Kosovo, os sérvios vivem ao norte do rio Ibar, e os albaneses kosovares, ao sul.

Os primeiros rejeitam a independência do território e permanecem leais a Belgrado.

Com o apoio de Moscou, a Sérvia se opõe com êxito à entrada de Kosovo na ONU. Sua independência foi reconhecida por 115 países, mas, dez anos depois de sua proclamação, ainda há cerca de 80 países que não a reconhecem oficialmente. Entre eles, estão Rússia, China, Índia, Indonésia, Brasil e Espanha.

"A independência de Kosovo está longe de ser reconhecida", afirmou neste sábado o chefe da diplomacia sérvia, Ivica Dacic.

"Sem um acordo de Belgrado, esta questão não poderá se resolver. É o que Pristina deve entender", frisou.

A União Europeia (UE), onde cinco países também não reconhecem a independência de Kosovo, estabeleceu a normalização das relações entre Belgrado e Pristina como condição para avançar em direção à integração. Mas esse diálogo, iniciado em 2011, está há dois anos em ponto morto.

Os responsáveis de Belgrado afirmam com frequência que não haverá reconhecimento de Kosovo para entrar na UE.

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, é mais ambíguo, porém, enquanto Thaçi assegura estar disposto a encontrar um acordo em 2018.

- Caixa de Pandora -

Em Belgrado, vários responsáveis mencionam discretamente a possibilidade de redesenhar as fronteiras.

Mas os países ocidentais se opõem a essa ideia, porque temem abrir uma caixa de Pandora em uma região onde as tensões interétnicas seguem vivas, quase 20 anos depois do final das guerras da ex-Iugoslávia.

O território balcânico tem outros motivos de preocupação, entre eles uma economia deprimida, com um terço da população e metade da juventude desempregados.

Muitos de seus habitantes sonham com se unir aos cerca de 700.000 membros da diáspora kosovar, instalados sobretudo na Alemanha e Suíça, cujo dinheiro é, junto com a ajuda internacional, chave para Kosovo.

Para eles, o objetivo nos próximos meses é obter a liberalização dos vistos para a UE. Em troca, Bruxelas exigiu avanços em termos de luta contra uma corrupção endêmica em Kosovo.

Participando, na noite desta segunda-feira (24), do seminário “Brasil, desenvolvimento e soberania”, organizado pela Fundação Perseu Abramo, Luiz Inácio Lula da Silva fez diversos questionamentos durante seu pronunciamento. “Qual é a razão do ódio ao Partido dos Trabalhadores? Será que é pelas políticas públicas sociais que fizemos? Por causa do programa Fome Zero?”. O evento é realizado em Brasília com a presença de diversos líderes da sigla.

Durante suas palavras, o ex-presidente também disse que, caso seja eleito em 2018, irá regulamentar os meios de comunicação. “Eu sei o que estou passando. A quantidade de mentiras contadas 24 horas por dia. Vocês nunca me viram reclamar, mas ninguém aguenta. Tentam massacrar esse pobre coitadinho vindo de Garanhuns”, ironizou. 

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O petista declarou que o “país está desgovernado” e que precisa de um candidato que saiba cuidar das pessoas. Ainda afirmou que é necessário fazer um debate com mais seriedade e estabelecer metas. “Para fazer as mudanças é preciso construir uma maioria comprometida”, ressaltou. 

“É preciso que se leve em conta esse discurso de informar a sociedade brasileira na hora do voto (...) Talvez o nosso discurso, a nossa mensagem é mostrar a necessidade do porquê o povo tem que eleger uma mulher, o porquê o negro tem que votar no negro, o porquê [a classe] LGBT tem que votar na [classe] LGBT. É uma necessidade”, continuou discursando. 

Lula ainda falou que, caso tudo “dê certo” e ele puder ser candidato, fará muito mais e voltou a garantir que está tranquilo. “Não estou preocupado com a data. Quando ele marcar eu estarei lá”, pontuou se referindo à decisão do juiz Sérgio Moro em adiar o depoimento de Lula, que estava marcado para acontecer no próximo dia 3 de maio. 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente da China, Xi Jinping, concordaram sobre a importância da manutenção da soberania e integridade territorial da Ucrânia, na primeira conversa entre os dois líderes desde que a Rússia começou a se movimentar na Crimeia.

A Casa Branca apontou que os dois presidentes falaram por telefone na noite de domingo e que Obama e Xi "afirmaram seu interesse compartilhado em reduzir tensões e identificar uma resolução pacífica para a disputa entre Ucrânia e Rússia".

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Obama passou as últimas semanas conclamando líderes mundiais a discutir a turbulência na Ucrânia e tentando obter apoio para possíveis sanções contra a Rússia e para um pacote de ajuda financeira à Ucrânia.

Ainda de acordo com comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama e Xi estão empenhados em se manter em contato, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia. Obama disse a Xi que o seu "objetivo primordial" é restaurar a soberania da Ucrânia e garantir que o povo ucraniano possa determinar seu próprio futuro. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, declarou há pouco que a Rússia necessita, urgentemente, cessar "qualquer violação à soberania da Ucrânia e à sua integridade territorial", sob o risco de destruir todos os anos de trabalho envolvidos na construção da segurança na Europa.

A Rússia "não tem o direito" de invadir o território soberano da Ucrânia, disse o ministro, acrescentando que Berlim apoia o governo de Kiev. Ao descrever a situação na Crimeia como "altamente perigosa", Steinmeier disse que uma resolução pacífica do conflito ainda é possível, desde que ambos os lados evitem a provocação. "A nova divisão da Europa ainda pode ser evitado", disse o ministro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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