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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas aeroportuárias dos contratos de concessão dos aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, ambos no Estado de São Paulo. As taxas de Campinas terão aumento de 7,8873% e de 8,8437%. Já os valores em Guarulhos serão reajustados em 9,4369% e 8,8437%.

O reajuste abrange as tarifas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia nos dois terminais. Com o aumento, as tarifas de embarque doméstico e internacional em Campinas, por exemplo, passarão para R$ 20,36 e R$ 36,02, respectivamente. Em Guarulhos, essas taxas serão de R$ 21,07 e R$ 37,29.

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De acordo com as decisões da Anac, publicadas no Diário Oficial da União (DOU), as concessionárias devem dar publicidade às novas tarifas, que poderão ser praticadas após 30 dias.

O Ministério da Fazenda autorizou reajuste das tarifas dos serviços postais e telegráficos, nacionais e internacionais, prestados exclusivamente pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e determinou que o Ministério das Comunicações aplique um aumento linear de até 10,641% sobre todo o rol de tarifas e preços públicos cobrados pela empresa nos serviços postais de monopólio.

A portaria com a decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 20. Sem dinheiro em caixa até para pagar salários de empregados, os Correios esperavam esse aumento nas tarifas desde abril. Conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou no início do mês, com fontes, o represamento do preço das tarifas de serviços pelo governo para evitar impactos na inflação seria um dos principais fatores do prejuízo da estatal.

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Mesmo com o reajuste de 8,89% dado pelo governo em dezembro de 2015 às tarifas de entrega de cartas e telegramas, a defasagem retirou cerca de R$ 350 milhões dos Correios no ano passado. Também apesar do reajuste de 2015, os cálculos são de que as tarifas ainda continuavam defasadas em torno de 8%.

O governo quer empurrar para as tarifas de energia de todo o País o custo da ineficiência das distribuidoras da Eletrobras que atendem à Região Norte. Emendas que aliviam a situação financeira dessas companhias foram incluídas no relatório da Medida Provisória 706, cujo objetivo é dar condições para que essas empresas possam renovar seus contratos de concessão.

Estimativas preliminares da indústria apontam que a proposta pode repassar à conta de luz e ao Tesouro Nacional uma dívida em torno de R$ 9 bilhões ao longo dos próximos anos. Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, as sugestões acatadas no relatório são uma das últimas ações do ex-ministro de Minas e Energia Eduardo Braga (PMDB-AM), que deixou o cargo e está licenciado do Senado, em mais uma das medidas que, nos bastidores do setor elétrico, têm sido chamadas de "jabutis amazônicos". A principal beneficiada da medida seria justamente a Eletrobras Amazonas Energia, que atua no Estado que é a base eleitoral de Braga.

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O governo foi consultado e se manifestou de forma favorável ao relatório, confirmaram o relator da MP 706, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o Ministério de Minas e Energia. Para não perder validade, a MP 706 precisa ser aprovada na Câmara e no Senado até 31 de maio.

Atualmente, as perdas que as distribuidoras têm com roubo de energia - os chamados gatos - são parcialmente repassadas para a conta de luz do consumidor. Para evitar que a empresa seja displicente, aquilo que ultrapassa uma meta fixada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vira prejuízo aos acionistas da companhia.

A proposta que entrou na forma de emenda de Lobão na MP 706 amplia o limite e o repasse das perdas que as distribuidoras da Eletrobras têm direito. Com a medida, os clientes dessas companhias passariam a pagar mais caro por um serviço pior.

Mas, para evitar que esse custo aumente a conta de luz dos usuários da Região Norte, o texto aumenta o subsídio que as empresas recebem para comprar combustível para as usinas térmicas. Esse benefício é recolhido por meio de encargo na conta de luz, cujos gastos são quase que totalmente financiados pelas tarifas dos consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que pagam 4,5 vezes mais que os do Norte e Nordeste.

Metas

A MP 706 ainda amplia o prazo para que as distribuidoras se adaptem às metas de qualidade e equilíbrio econômico-financeiro impostas pela Aneel para dez anos. Para as demais concessionárias do País, o prazo é de cinco anos.

O texto determina ainda que as dívidas que essas distribuidoras acumularam nos últimos sete anos com a compra de combustível da Petrobras para termoelétricas serão pagas com recursos da União, provenientes da segunda parcela da outorga das hidrelétricas, leiloadas no fim do ano passado.

Cálculos preliminares indicam que a MP 706 repassaria para a conta de luz e para o Tesouro Nacional um passivo de cerca de R$ 9 bilhões, de acordo com o presidente executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa.

A intenção do governo e da Eletrobras é vender o controle acionário dessas distribuidoras, mas, sem contratos de concessão renovados, elas não teriam nenhum valor no mercado. A MP 706 permitiria capitalizar a Eletrobras sem diluir a participação dos acionistas minoritários na companhia.

Desde que assumiu a gestão dessas distribuidoras, em 1998, a holding já teria gastos de mais de R$ 20 bilhões em valores atualizados. Ainda assim, elas deram prejuízo de R$ 5 bilhões em 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de motoristas que utilizam no Brasil o aplicativo de carona paga da multinacional norte-americana Uber mobiliza uma paralisação de 24 horas, a partir das 5h de amanhã, para protestar contra a redução de 15% na tarifa, aplicada no ano passado.

Os organizadores estimam que 2 mil motoristas devem desligar o aplicativo - segundo a Uber, há 10 mil parceiros no País. Eles se queixam do crescente número de novos colaboradores, o que, aliado à queda na tarifa, estaria causando prejuízo. Motoristas pedem que o valor seja reajustado em 35%.

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A expectativa é de que o protesto reúna profissionais de São Paulo - onde se espera a maior adesão -, Rio, Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre, Brasília, Recife, Curitiba e Campinas. Na capital paulista, parte do manifestantes se organiza para estacionar os veículos, a partir das 8h, na Praça Charles Miller, na zona oeste, na frente do Estádio do Pacaembu, mesmo local onde taxistas já fizeram atos contra a regulamentação da Uber. Outro grupo deve se reunir no Parque Villa-Lobos, na zona oeste.

Organizado por meio do WhatsApp, o movimento pede diálogo com a Uber. Na última semana, o aplicativo suspendeu motoristas temporariamente. O Estado apurou que a empresa fez uma varredura para coibir suspeitas de fraude, mas, oficialmente, ela nega o desligamento definitivo. Os motoristas, porém, afirmam que a Uber expulsa profissionais que organizam protestos.

Por medo de represália, a maioria dos motoristas ouvidos pela reportagem e que vão aderir à paralisação não quis se identificar. Ricardo (nome fictício), cadastrado como Uber Black, diz que, com a redução de 15% na tarifa e o reajuste de 6% na gasolina, o rendimento caiu significativamente. "Perdemos muito mais do que calculávamos. Estamos praticamente pagando para dirigir." Segundo ele, o faturamento diário era de R$ 500. "Hoje, não faço R$ 300."

Para ele, o protesto não vai pesar no bolso da Uber, mas servirá para chamar a atenção. "Acho impossível a empresa rever os valores, até porque isso começou lá fora e ela não voltou atrás. Tentamos conversar, mas fomos ignorados, então, vamos chamar atenção da mídia e do público."

Nelson Bazolli, presidente da Associação dos Motoristas Parceiros das Regiões Urbanas (Amparu) e um dos organizadores do ato, confirma que a correção da tarifa já foi pedida à empresa, que teria ignorado os apelos por conversa. "A relação desequilibrou por causa da questão tarifária. Com menos lucro, o motorista tem menos dinheiro para comprar, por exemplo, água e balas, ou para manter o ar-condicionado ligado. Vai cair a qualidade do serviço."

Motorista da Uber X há dois meses, Mariana (nome fictício) entrou para a empresa para complementar a renda de comerciante, mas demonstra arrependimento. "Era para ser mais uma fonte de renda, mas está me atrapalhando." A colaboradora diz que trabalha 17 horas diárias para receber R$ 300. "Quando entrei, ligava o aplicativo em casa e já tinha corrida. Trabalhava seis horas por dia e batia minha meta. Agora, chego a ficar uma hora esperando."

Em nota, a empresa afirma que a estratégia de reduzir preços tem como resultado o aumento da demanda por carros. "Com isso, os motoristas parceiros farão ainda mais viagens, chegando até a ganhar mais." Ainda de acordo com a Uber, embora tenha havido redução de tarifa, "os motoristas continuam ganhando a mesma porcentagem (80% para UberBlack e 75% para UberX) do valor pago pelos usuários". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Fernando Haddad (PT) foi cercado e hostilizado por cerca de 15 integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) na manhã desta segunda-feira (25), após missa em homenagem ao aniversário da cidade, na Catedral da Sé, em São Paulo. Haddad foi atingido por uma garrafa vazia e houve empurra-empurra e confusão. A reportagem não viu quem lançou a garrafa plástica.

Assim que Haddad saiu da catedral, a manifestante Andreza Delgado, do MPL, colou um adesivo no carro do prefeito, com os dizeres "R$ 3,80 não pago". O grupo se posicionou em frente ao veículo, tentando impedir a saída. A Polícia Militar chegou e começou a retirar os manifestantes. "Hoje é dia de festa, não para falar sobre isso", disse o prefeito ao MPL.

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O prefeito entrou no veículo oficial e saiu. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário municipal da Educação, Gabriel Chalita, e o futuro secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, estavam no local e não pararam para falar com a imprensa.

Os manifestantes bloquearam durante 20 minutos a Praça João Mendes. Veículos que estavam parados saíram em marcha ré.

Manifestantes contra o aumento da tarifa de ônibus realizam protesto por ruas do Recife, na noite desta sexta-feira (22). Grupo tentou se aproximar do edifício onde mora o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, na zona norte da cidade, porém foi impedido pela polícia, o que causou momentos de tensão e princípio de tumulto.

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Nesta quarta-feira (20), usuários do transporte público protestam contra o aumento das passagens de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR). A concentração será realizada na Praça do Derby, no centro do Recife, às 16h, e a saída está programada para às 18h. As novas tarifas foram definidas na última segunda-feira (18) e começaram a ser válidas desde a madrugada da terça (19). O Conselho Superior de Transporte Metropolitano definiu um reajute de 14,42% no valor das passagens.

O protesto está sendo organizado pelo grupo "Contra Tarifa Recife", que articulou um evento no Facebook para convidar a população ao protesto. Na página, o grupo atualiza informações e explica que é contra o aumento das tarifas. "A população já sofre com o aumento da inflação, do desemprego e do endividamento, além dos problemas diretamente relacionados ao sistema de transporte: tarifa altíssima, horas perdidas, ônibus superlotados, recorrência de assédio contra mulheres e precarização do dia a dia da população pobre e negra, que compõe grande parte do corpo de usuários do sistema."

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Ainda na mensagem no Facebook, o grupo faz uma crítica a violência da Polícia Militar nos atos contra o aumento da passagem. "Os governantes não pensam duas vezes em mandar a polícia atacar aqueles que são contra o aumento e a tarifa, como aconteceu em junho de 2013 em várias cidades do Brasil. Mas a violência policial não foi capaz de derrotar a força do povo, que foi em massa para as ruas e obrigou os governantes a derrubarem o aumento”, diz a postagem.

Ainda nesta semana, na próxima sexta-feira (22), um novo protesto contra o aumento das tarifas está sendo organizado, também na Praça do Derby, às 17h. O ato é uma articulação da Frente de Lutas pelo Transporte e já conta com mais de 800 pessoas confirmadas no Facebook. Diogo Xavier, um dos integrantes da Frente, explicou que além do protesto, o grupo também procura explicações para o aumento na justiça. "Entramos na justiça porque foi negado um pedido de visto a dois conselheiros", contou.

Confira as novas tarifas:

Anel A - R$ 2,80

Anel B - R$ 3,85

Anel D - R$ 3,00

Anel G - R$ 1,85

 

Opcionais

042 Aeroporto - R$ 3,50 

072 Candeias - R$ 5,25

064 Piedade - R$ 5,25

518 Apipucos/RioMar - R$ 5,25

053 Shopping RioMar - R$ 3,50

214 UR-02 Ibura - R$ 5,25

160  Linha Gaibu/Barra de Jangada (Via Paiva) - R$ 5,25

191 Recife/Porto de Galinhas - R$ 9,40

195 Recife/Porto de Galinhas (Opcional) - R$ 13,70

O prédio da Prefeitura de São Paulo, na região central da capital, e o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, na zona sul, foram os pontos escolhidos para a manifestação contra o aumento da passagem que será realizada nesta terça-feira (19) pelo Movimento Passe Livre (MPL).

A concentração será às 17h no cruzamento das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças, na zona oeste, e se dividirá em dois atos, conforme divulgação feita pelo movimento nas redes sociais.

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"Um ato seguirá até a Prefeitura, para deixar claro para Haddad que não adianta se esconder atrás de dados técnicos fajutos: cidade democrática é a cidade onde todos podem circular e ter direito à ela, e isso só é possível com transporte público de verdade! O outro ato seguirá até o Palácio do Governo, para Alckmin entender que não adianta colocar um contingente policial cada vez maior e mais caro, seu projeto de transporte privatizado que só explora a população não vai passar", informou em nota o MPL.

"Vamos dizer para os dois que não aceitamos mais este aumento. Se estavam juntos para aumentar a tarifa, exigimos que juntos revoguem o aumento."

No trajeto que vai para o centro da cidade, a meta é sair da Avenida Rebouças, passar pelas Avenidas Paulista e 9 de Julho, seguir para o Viaduto Dr. Eusébio Stevaux, passar pelas Ruas Riachuelo e Dr. Falcão Filho para, por fim, chegar à Prefeitura.

Já o grupo que vai para o Palácio dos Bandeirantes, terá como ponto de partida a Avenida Faria Lima. Depois, os manifestantes devem acessar a Avenida Cidade Jardim, passar pela Ponte Cidade Jardim, e seguir pela Avenida dos Tajurás, Rua Engenheiro Oscar Americano e Avenida Morumbi para fechar o ato no palácio.

Ainda na nota divulgada em redes sociais, o MPL informou que os atos não serão encerrados antes de chegar a seus destinos finais. "Não aceitaremos intimidações e não sairemos das ruas até que o transporte seja de fato público", diz o texto.

Após três manifestações que tiveram desfechos diferentes, o Movimento Passe Livre (MPL) realiza nesta terça-feira (19) o quarto ato contra o reajuste das tarifas de ônibus, trem e metrô de R$ 3,50 para R$ 3,80. Os ativistas defendem a estatização do transporte público, o imposto progressivo sobre fortunas para custear a mobilidade urbana e a revogação dos novos preços. A concentração será às 17h, no cruzamento das Avenidas Rebouças e Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Protestos anteriores:

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1º ato

Em 8 de janeiro, o grupo se reuniu no Teatro Municipal, na região central, e caminhou em direção ao Corredor Norte-Sul. Uma linha de frente formada por mascarados black blocs abriu caminho aos manifestantes. A PM estimou que 3 mil pessoas participaram. Ao passar o Vale do Anhangabaú, os ativistas tomaram a pista sentido zona norte do viário. O protesto seguia pacífico até que os black blocs pularam para o outro lado da avenida, bloqueando o tráfego de veículos.

A chamada "Tropa do Braço", que acompanhava de perto o ato, reagiu. A PM atirou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, enquanto os mascarados respondiam com pedras, garrafas e bombas caseiras. O ato terminou com três policiais feridos, 17 manifestantes detidos, além de ônibus da Prefeitura e carros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) depredados.

No dia, a PM disse ter prendido um jovem que supostamente portava um explosivo caseiro. No entanto, imagens divulgadas em redes sociais fizeram com que a Justiça mandasse soltar o manifestante, já que o vídeo mostrava policiais tirando a bomba que estava na calçada e colocando na bolsa dele.

Um PM do serviço reservado da corporação chegou a ser linchado por manifestantes. Um dos agressores era filho de um policial. Como o fato também foi gravado e divulgado nas redes sociais, o próprio pai entregou o filho à polícia.

 

2º ato

A manifestação de 12 de janeiro começou na Praça do Ciclista, no encontro da Rua da Consolação com a Avenida Paulista, na região central. O dia foi marcado pelo impasse entre manifestantes e Polícia Militar. O MPL queria descer a Avenida Rebouças para chegar ao Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste. A PM proibiu o trajeto, cercou a concentração do ato e exigiu que os manifestantes seguissem o caminho preparado pela corporação, que ia da Rua da Consolação até a Praça da República.

O Passe Livre resolveu manter o trajeto. Enquanto o membro do MPL Mateus Preiss informava o comandante da operação, a PM começou a atirar bombas. Em seis minutos de repressão policial, pelo menos 40 artefatos do Choque explodiram entre os manifestantes que estavam sem rota de fuga. Levantamento do Estado apontou que a PM atirou uma bomba a cada sete segundos.

Pequenos grupos de manifestantes se distribuíram por bairros do centro de São Paulo. Pela primeira vez, a região nobre de Higienópolis conviveu com bombas da PM e sacos de lixo queimados por mascarados. O ato terminou com 24 pessoas feridas, oito detidas e nenhum policial machucado.

Durante a noite, o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, elogiou a ação da PM e disse que era a corporação quem iria determinar os caminhos que os manifestantes deveriam seguir, criticando a falta de aviso prévio dos trajetos de interesse do MPL. Enquanto isso, o Passe Livre marcava um ato para a próxima semana.

Preparação

No dia seguinte ao segundo protesto, entidades de Direitos Humanos criticaram a postura da PM. Segundo elas, a polícia impediu o ato de começar. A Secretaria Estadual de Segurança Pública e o Ministério Público Estadual convidaram os integrantes do MPL para comparecer a reuniões. Os ativistas recusaram os convites, criticaram a postura da PM e disseram que os diálogos com o poder público deveriam ser feitos com as pastas de Transportes das gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

 

3º ato

O Passe Livre marcou atos em lugares diferentes em 14 de janeiro: um no Largo da Batata e outro no Teatro Municipal. Após o segundo protesto não ter começado sob a alegação do poder público de que o MPL não informou o trajeto, os ativistas divulgaram os itinerários com algumas horas de antecedência. A PM aprovou e acompanhou. As marchas foram pacíficas em sua maior parte.

Após o tradicional jogral do MPL, manifestantes invadiram as Estações Consolação e Butantã do Metrô. Na primeira, houve depredação e confronto. Na segunda, a ViaQuatro, responsável pela Linha 4-Amarela, liberou as catracas para um grupo de manifestantes que ficou sentado dentro da estação.

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Na tarde desta sexta-feira (15), centenas de manifestantes saíram em passeata na área central do Recife. Da Praça do Derby, munidos de faixas e bandeiras, diversos movimentos sociais reivindicam o possível aumento das tarifas no transporte metropolitano da região. O trânsito já começa a sentir os efeitos, em vias como as avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista.

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Diante da polêmica proposta da Urbana-PE de aumento de mais de 30% nos anéis A e B dos ônibus do Grande Recife, representantes da sociedade civil se unem e pretendem barrar o aumento. A passeata seguirá até a Rua Gervásio Pires, em frente à Secretaria das Cidades. De lá, uma nova assembleia será realizada para definição dos rumos do protesto. 

"Nós queremos o Passe Livre para todos os estudantes. Essa crise é das empresas porque financiam campanhas eleitorais e nós não podemos pagar por isso. Precisamos de passagem grátis porque somos estudantes e trabalhadores", apontou o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES-Recife), Jairo Marques. 

Segundo a Polícia Militar, há cerca de 80 integrantes da corporação neste ainda começo de manifestação. A PM garantiu que não vai divulgar a quantidade de manifestantes durante o ato.

Com informações de Naiane Nascimento

O valor pago pelas empresas aéreas para alugar áreas operacionais nos aeroportos privados brasileiros mais do que triplicou desde 2012, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). Os preços se referem, por exemplo, ao custo do aluguel das lojas das empresas aéreas nos aeroportos ou da área de despacho de bagagem. De acordo com a associação, o aumento das tarifas agrava a crise das empresas aéreas brasileiras, que acumulam prejuízo de R$ 13 bilhões desde 2011.

Os dados apresentados pela Abear representam a planilha de custos de uma empresa aérea para voar nos quatro primeiros aeroportos leiloados pelo governo - Guarulhos, Brasília, Viracopos e São Gonçalo do Amarante. Com exceção do último, que foi construído do zero, os demais aeroportos foram assumidos pelo setor privado em novembro de 2012. De lá para cá, os custos com as áreas operacionais usadas no transporte de passageiros subiram, em média, 267%, e na divisão de carga, 225%.

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A área de despacho de bagagens, por exemplo, custava em média R$ 11,38 nesses aeroportos na época em que eles eram administrados pela Infraero, em 2012. O preço saltou para R$ 28,79 - um reajuste de 153%. No período, a inflação teve alta acumulada de cerca de 25%. Outro estudo da Abear, que considera apenas os preços até 2014, mostra que o metro quadrado da área de check-in e da sala Vip saltaram, respectivamente, 128% e 195% desde 2012.

"Esses aumentos expressivos tiram ainda mais a competitividade do setor. Com as empresas divulgando prejuízos bilionários, não é satisfatório pagar taxas com valores acima do que se cobrava antes das concessões", afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. De acordo com a entidade, as tarifas aeroportuárias representam 6% do custo das empresas.

Apesar de ser menos representativa do que, por exemplo, os gastos com combustível, que constituem 40% da despesa das aéreas brasileiras, as empresas alegam que qualquer despesa adicional é relevante. "Já operamos com baixo custo e não é possível aumentar preços. Isso engorda o prejuízo das empresas", afirmou um executivo do setor.

De acordo com o professor de Transporte Aéreo da USP, Jorge Leal, a alta de preços é consequência do modelo de concessão onerosa. Só as concessionárias de Guarulhos, Viracopos e Brasília pagaram juntas R$ 24,5 bilhões em outorga no leilão dos aeroportos, um ágio de 348%, além de assumirem compromissos com investimentos. "Existia um gargalo de capacidade que foi resolvido com investimentos. A alta de preços era esperada para as empresas recuperarem os investimentos feitos."

Quando as regras do leilão estavam sendo definidas, as empresas defendiam um modelo em que o vencedor era o que oferecia as menores tarifas. Na época, um mesmo grupo foi proibido de disputar mais de um aeroporto, para evitar monopólio e abuso de preços. "Isso não funcionou. Não há concorrência para Guarulhos. Congonhas não tem mais espaço e o passageiro de São Paulo não quer ir até Viracopos. O aeroporto de uma cidade é um monopólio natural", disse o executivo de uma aérea. "É aceitar o preço ou ir embora", afirmou outra fonte.

Anac

A Abear apresentou os dados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no ano passado e pediu que ela fiscalize as concessionárias. Pelos contratos de concessão, algumas tarifas aeroportuárias, como a taxa de embarque e de permanência nos aeroportos, têm preço tabelado e definido pela Anac. Mas as concessionárias têm liberdade para cobrar o preço que quiserem das empresas aéreas e varejistas pelo uso do espaço no aeroporto, como lojas e balcões de check in. As regras vigentes permitem que a Anac regule as demais tarifas em caso de prática de preços abusivos.

"A grande discussão é qual tarifa deve ser regulada e qual não. A sala Vip não é necessária para a operação, mas o balcão de check-in é", disse Leal.

A Anac informou que o pleito da Abear está em análise, mas as informações apresentadas eram "inconsistentes" pois não contemplavam a totalidade dos contratos das associadas. A Anac disse que solicitou dados aos aeroportos e fez visitas técnicas para montar uma base confiável para a análise do suposto abuso comercial.

A agência regulatória também afirmou que "não é qualquer elevação de preços que configura abuso". "Diversos preços de áreas nos aeroportos estavam defasados. Logo, aumentos eram esperados, pois as concessões naturalmente trariam esses preços para valores de mercado", completou.

Procuradas, as concessionárias que administram os aeroportos de Guarulhos, Viracopos, Brasília e São Gonçalo do Amarante não quiseram se manifestar.

Novas tarifas

As aéreas afirmam que o aumento de custos nos aeroportos é um movimento generalizado entre as concessionárias privadas. Além dos reajustes, novas taxas foram criadas. Segundo a Abear, a concessionária Rio Galeão repassou às companhias um reembolso de 35% dos custos de administração predial, como um rateio de "condomínio" do aeroporto. A conta inclui gastos com segurança, limpeza, ar condicionado, lixo e jardinagem. Em comunicado, a Rio Galeão disse que "atua de acordo com o contrato de concessão e a legislação vigente" e que "está investindo em melhorias expressivas em toda infraestrutura do aeroporto". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) condenou as agressões cometidas contra ao menos nove profissionais de imprensa durante a cobertura da manifestação na terça-feira (12) passada em São Paulo. Imagens registradas por câmeras de celulares e equipes de televisão mostraram que, mesmo identificados, os profissionais foram alvo de golpes de cassetete, empurrões e bombas, apontou a Abraji.

Para a associação, as "agressões de policiais contra profissionais da imprensa durante o exercício de suas atividades é prática característica de contextos autoritários". "O papel das forças de segurança é proteger cidadãos e garantir o direito de a imprensa trabalhar", acrescentou.

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A Abraji disse esperar que a Secretaria da Segurança apure os abusos, punindo os responsáveis. A Secretaria da Segurança afirmou que desconhece as agressões e que a atuação da Polícia Militar foi necessária.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A quatro horas do 3º ato do Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo contra o aumento da tarifa, militantes do grupo publicaram nas redes sociais um manual com sete passos para travar as vias da cidade. Os travamentos, segundo o manual, são bloqueios com 50 pessoas em partes diferentes da cidade para "provocar efeitos tão interessantes quanto os de um ato com mil". O Passe Livre estimula que grupos se reúnam nos seus bairros e perto de casa.

A estratégia do MPL é que os travamentos ocorram simultaneamente aos dois atos que vão ocorrer nesta quinta-feira, às 17 horas, no Teatro Municipal e Largo da Batata. "Para aumentar as chances de vitória contra o aumento chegou a hora de começar a travar terminais de ônibus, grandes avenidas e ruas no entorno dos atos para garantir que a cidade pare até que a tarifa baixe".

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O reajuste da tarifa, de R$ 3,50 para R$ 3,80, foi anunciado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e passou a valer no último sábado, 9. Na manhã desta quinta-feira, 14, o MPL não compareceu a uma reunião convocada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo para tentar mediar os conflitos ocorridos nos dois primeiros atos entre manifestantes e Polícia Militar.

O Manual orienta que o travamento pode ser feito em sete passos. Primeiro, o MPL pede que chamem amigos, grupos políticos e pessoas da manifestação para organizar. "Troque contato e whatsapp para facilitar a comunicação e o reagrupamento."

O segundo passo é pensar, em grupo, lugares estratégicos para travar "durante, depois e em outros dias além do ato". "Se durante a manifestação não conseguir realizar isso, faça ao final dela e se espalhe pela cidade. Se der certo, mesmo que o protesto seja reprimido, garantiremos que o ato continue em outros cantos da cidade, dando muito mais força pra luta."

Em terceiro lugar, diz o Manual, os grupos devem organizar ações pela manhã e dialogar com a população para aderir ao travamento. "Não podemos fazer essa ação isolada. Temos que convencer os trabalhadores", pede o MPL.

O quarto passo é fotografar, filmar e divulgar a ação. O quinto é colocado em prática pela primeira vez nesta quinta-feira, quando ocorre um pré-ato na Praça da Sé, organizado por um grupo de coletivos, duas horas antes do ato do MPL: "Em dia de ato, marque uma concentração antes do protesto em local diferente, ao reunir seu grupo, vá em marcha travando as ruas até o local do grande ato. Dessa maneira, o ato já começa antes e com mais força."

Nos dois últimos passos, o Passe Livre pede que os manifestantes incentivem outras pessoas a fazerem o mesmo e diz: "R$ 3,80 nem tenta."

A Polícia Militar, de forma "voluntária e cortês", ofereceu o empréstimo de uniforme para identificar repórteres e fotógrafos na cobertura das manifestações contra o aumento da tarifa. Em nota divulgada após o ato na Avenida Paulista na terça-feira (12) a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que imagens registradas por câmeras de celulares e equipes de TV mostram que, mesmo identificados, os profissionais da imprensa foram alvo de golpes de cassetete, empurrões e bombas. Segundo a Abraji, nove jornalistas foram agredidos pela PM.

Para a associação, as "agressões de policiais contra profissionais da imprensa durante o exercício de suas atividades é prática característica de contextos autoritários". A Abraji cobrou que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) apure "abusos registrados" e pediu a punição dos responsáveis.

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No texto enviado a jornalistas, a PM diz que o "jaleco" é uma forma de contribuir e auxiliar a cobertura das manifestações "em que possa existir o risco potencial à integridade física". Segundo a nota, o uniforme possibilitaria, principalmente por parte da polícia, a identificação imediata como membro de um órgão de imprensa.

"Sua utilização, no entanto, não exime o usuário de adotar condutas e procedimentos de segurança que visem a resguardar sua integridade física durante a cobertura do evento nos momentos que haja a configuração de total quebra da ordem pública, onde possa haver a necessidade de atuação enérgica das forças de segurança para a contenção e ou dissuasão de manifestantes baderneiros e de comportamento agressivo", informou a PM.

De acordo com contagem do jornal O Estado de S. Paulo, os policiais explodiram uma bomba a cada sete segundos na Paulista, para dispersar os manifestantes. O Movimento Passe Livre (MPL) convocou dois protestos simultâneos nesta quinta-feira (14), às 17 horas, no Largo da Batata e no Teatro Municipal.

Abaixo a lista dos 9 jornalistas que, conforme a Abraji, foram agredidos durante ação policial:

Fernanda Azevedo, da TV Gazeta; Pedro Belo, da equipe de vídeo da Veja São Paulo; Márcio Neves, videorrepórter do UOL; Alice Vergueiro, fotógrafa da Folhapress; Francisco Toledo, fotógrafo da agência Democratize; Camila Salmazio, repórter da Rede Brasil Atual; Felipe Larozza, fotógrafo da Vice; Raul Dória, fotógrafo freelancer; Alex Falcão, fotógrafo da Futurapress; e Caio Cestari, fotógrafo autônomo.

Para o estudante de arquitetura Gustavo Camargos, de 19 anos, o protesto contra o aumento da tarifa do transporte público começou na Avenida Paulista, no centro, e terminou em uma sala de cirurgia. Atingido por estilhaços de bomba de efeito moral lançada pela Polícia Militar, o jovem sofreu fratura exposta no polegar direito, quebrou ossos da mão e rompeu um tendão.

Por causa dos ferimentos, a mãe dele, a advogada Ana Amélia Camargos, afirma que vai processar o Estado e pedir indenização.

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Ana Amélia diz que o filho participava pacificamente do ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL). "De repente, começou um corre-corre: a polícia o acuou e começou a jogar bomba. Ele sentiu a explosão e ficou com o ouvido zumbindo. Ao olhar para mão, percebeu que estava ferido", conta a advogada.

Um pano foi usado para imobilizar o dedo fraturado, mas Camargos não conseguia sair para pedir ajuda por causa da fumaça de gás lacrimogêneo que o cercava.

O estudante recebeu ajuda de um homem e foi abrigado em uma galeria. Com a situação mais calma, conseguiu ligar para a mãe. Ana Amélia o levou para o Hospital Albert Einstein, na zona sul, onde passou pelo primeiro de uma série de procedimentos cirúrgicos para reconstituição do dedo fraturado. "A preocupação maior era limpar o local e evitar infecções, mas ele vai passar por outras cirurgias", conta.

"Estou consultando colegas de outras áreas para fazer um manifesto de repúdio à violência da polícia contra os jovens. Também vamos processar o Estado e pedir indenização.", diz a advogada. "O ato é legítimo e os manifestantes não estavam fazendo nada demais. Nem a desculpa de black bloc a polícia tem dessa vez."

Camargos já havia participado de manifestações anteriores, mas, se depender da mãe, ele não deve voltar tão cedo às ruas para protestar. "Ele tem visão social, mas considerando essa polícia absurda e troglodita, vou ficar extremamente preocupada", afirma.

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira, 13, que foi necessário fazer a "dispersão" porque os manifestantes se recusaram a seguir o trajeto proposto pela PM sem ter combinado previamente por que caminho seguiriam.

"Em vez de quererem se manifestar, eles preferiram tentar romper o bloqueio e ir para a Avenida Rebouças, que não estava preparada para manifestações."

Moraes também classificou como "absolutamente necessário" o aparato policial empregado no protesto, que, além de armas não letais como bombas de gás e de efeito moral, contou com blindados para conter tumultos e até a presença da Rondas Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), a tropa da PM preparada para ocorrências mais perigosas e com o maior índice de letalidade da corporação.

Feridos

De acordo com informações do MPL, 24 foi o total de feridos durante o ato na Avenida Paulista. Outras 13 pessoas foram detidas e 11 delas liberadas após se apresentarem na delegacia, segundo a SSP.

Um menor foi encaminhado para uma unidade da Fundação Casa e um homem permaneceu detido. Os dois são acusados de portar explosivos.

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira, 13, que black blocs detidos em manifestações serão tipificados em inquéritos policiais como membros de organização criminosa - como acontece quando é preso um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em investigações passadas, adeptos da tática foram indiciados por associação criminosa. Essa tipificação é usada para quadrilhas de roubo, por exemplo.

De acordo com a SSP, 13 pessoas foram encaminhadas para delegacia no última ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), na noite da terça-feira, 12. No protesto anterior, 17 suspeitos acabaram detidos por crimes de roubo, dano ao patrimônio e posse de explosivo - eles já foram liberados pela Justiça.

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Moraes afirma que, apesar de estarem soltos, os suspeitos seguirão sendo investigados pela Polícia Civil. "Nós vamos continuar tipificando os casos não só como dano ao patrimônio público, como agressões, e, em se tratando de black blocs, vai ser tipificado também como organização criminosa", afirmou Moraes, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul.

A Justiça considera organização criminosa quando quatro ou mais pessoas se reúnem para cometer infrações penais e apresentam estrutura ordenada, com divisões de tarefas, mesmo que informalmente. Já a associação criminosa é quando há união de três ou mais pessoas se juntam para cometer crimes, mas não são estruturalmente organizados. As penas para organização criminosa são mais severas.

"De 2013 até agora, nós temos imagens e dados de internet que se constituiu em uma organização criminosa que quer o vandalismo, quer depredar e atacar a polícia", disse o secretário. Para identificar black blocs, a polícia trabalha com cruzamento de imagens de protestos filmados em 2015. "Há um trabalho de investigação, já há vários inquéritos instaurados e encaminhados ao Ministério Público", afirmou Moraes.

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) adiantou, nesta quarta (13), as propostas que levará para a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), na próxima sexta-feira. 

A entidade proporá um aumento que representa 32,6% no anel A e pouco mais de 31,34% no anel B. Os passagens aumentariam de R$ 2,45 para R$ 3,25 – na tarifa A – e de R$ 3,35 para R$ 4,40 – nas linhas do anel B. De acordo com o comunicado da Urbana, o novo nível tarifário é imprescindível para “promover o equilíbrio econômico-financeiro” do sistema, sem deixar de lado a melhoria na qualidade do serviço.

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A empresa leva em consideração o aumento de custo nos itens do setor automotivo, bem como o custo de financiamento de novos veículos. A queda no número de passageiros pagantes também é fator determinante para a tentativa de compensação tarifária. Nas primeiras semanas de 2016, houve uma redução de 11,5% na quantidade de passageiros na Região Metropolitana do Recife. 

Em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, nesta terça-feira, o presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, Francisco Papaléo, assegurou que todas as tarifas serão atingidas pelo reajuste, mas evitou criar expectativas quanto aos valores reais de aumento. O gestor encara com naturalidade a possibilidade de manifestações contra os reajustes e disse que a entidade está "de portas abertas" para esclarecer qualquer informação. 

Cerca de 40 manifestantes protestaram na zona oeste da capital, nesta quarta-feira, 13, contra o aumento da tarifa em ônibus, metrô e trens de São Paulo. O grupo chegou a bloquear vias da região, e o protesto durou cerca de uma hora e 20 minutos.

Por volta das 6h55, manifestantes interditaram a Avenida Vital Brasil, próximo à Estação Butantã, da Linha 4-Amarela, mas, ao contrário de outros atos, o grupo não chegou a fechar o metrô nem o terminal de ônibus. A via foi completamente ocupada no sentido centro, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

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Depois, os ativistas saíram em passeata, atravessaram a Ponte Eusébio Matoso e foram em direção à Avenida Brigadeiro Faria Lima. Às 7h30, havia lentidão no Corredor Rebouças/Eusébio Matoso, desde a Avenida Professor Francisco Morato, no cruzamento com a Avenida Lineu de Paula Machado.

Dez minutos depois, o grupo bloqueava três faixas da Avenida Brigadeiro Faria Lima, no sentido Pinheiros, entre as Ruas Diogo Moreira e dos Pinheiros. O protesto acabou no cruzamento com a Rua Teodoro Sampaio, por volta das 8h15.

De acordo com a Polícia Militar, o ato foi pacífico e nenhuma ocorrência foi registrada. A ViaQuatro, concessionária responsável por operar a Estação Butantã, afirma que o ato não impactou no funcionamento da Linha 4-Amarela. A São Paulo Transporte (SPTrans) também diz que o ato não provocou transtornos no terminal de ônibus.

Fechamentos

Desde a sexta-feira, 8, quatro terminais de ônibus foram temporariamente fechados por manifestantes contrários ao aumento da passagem de R$ 3,50 para R$ 3,80. Foram eles o Terminal Bandeira, no centro, Santo Amaro, na zona sul, Lapa e Pinheiros, na zona oeste. Todos os atos foram pacíficos.

O reajuste na tarifa foi anunciado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e passou a valer no último sábado, 9.

Confronto

A segunda grande manifestação do Movimento Passe Livre (MPL)contra o aumento da tarifa neste ano teve novamente confusão. Após impasse sobre a definição do trajeto, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, na noite desta terça-feira, 12, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, antes mesmo de a passeata começar.

Houve pânico, tumulto e correria por ruas de Higienópolis e Bela Vista. Ao menos 24 pessoas ficaram feridas e oito foram detidas. A PM mudou a estratégia de ação no protesto - na sexta-feira, manifestantes mascarados depredaram o centro e espancaram um agente à paisana, conforme revelou o Estado.

Após impasse sobre a definição do trajeto do segundo ato contra o aumento da tarifa de ônibus, trens e metrô, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, nessa terça (12) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, antes mesmo de a passeata começar. Houve pânico, tumulto e correria por ruas de Higienópolis e Bela Vista. Ao menos 24 pessoas ficaram feridas e 8 foram detidas. A passagem foi reajustada de R$ 3,50 para R$ 3,80 no sábado.

A PM mudou a estratégia de ação no protesto - na sexta, manifestantes mascarados depredaram o centro e espancaram um agente à paisana, conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo. Desta vez, policiais de Rota, Rocam e Choque cercaram a área e controlaram a entrada de manifestantes na concentração, a partir das 17 horas. Suspeitos foram presos com correntes, tesoura, soco inglês e artefatos explosivos.

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O Movimento Passe Livre (MPL) pretendia seguir pela Avenida Rebouças até o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste. A PM exigia que a passeata percorresse a Rua da Consolação até a Praça da República, no centro, porque o trajeto não havia sido previamente informado. Em manifestações anteriores, o MPL já não avisara a polícia sobre o percurso a ser seguido. "O caminho para o Largo da Batata passa por vias importantes da cidade. Independentemente disso, quem define o rumo da manifestação é quem se manifesta, e não a Polícia Militar", alegou Erica de Oliveira, porta-voz do MPL.

Uma negociação entre o comandante da operação, coronel André Luiz Oliveira, e o militante do MPL Mateus Preis acabou frustrada. A confusão começou às 19h20, quando um grupo se posicionou à frente do Choque e a PM lançou bombas. A jornalista Fernanda Azevedo, repórter da TV Gazeta, foi atingida por estilhaços de uma bomba na perna e teve ferimentos leves. Um manifestante foi ferido no olho e levado para o Hospital das Clínicas.

No corre-corre, manifestantes ficaram encurralados e buscaram abrigo em marquises e prédios, como o Instituto Cervantes. "Foi um absurdo a PM jogar bombas assim. Ninguém tinha quebrado nada", disse o estudante Fernando Minoro, de 19 anos. A Estação Paulista da Linha 4-Amarela foi fechada. Comerciantes também baixaram as portas. Os manifestantes se dispersaram pelas Ruas Bela Cintra, Haddock Lobo e Antônio Carlos. Um ônibus foi pichado na Rua Augusta.

O estudante de arquitetura Gustavo Camargos, de 19 anos, teve uma fratura exposta, quebrou alguns ossos e rompeu um tendão da mão direita. Ele alegou ter sido atingido por um estilhaço de bomba e passava ontem por cirurgia. Segundo o Grupo de Apoio ao Protesto Popular, que desde 2013 atua em manifestações, 14 dos 24 feridos tiveram lesões graves.

O coronel José Vicente, ex-secretário nacional de Segurança, classificou como "correta" a postura da PM. "Se não há comunicado prévio, a polícia tem o direito de estabelecer regras a respeito da ocupação de vias públicas e definir o trajeto menos traumatizante para a cidade, porque isso interfere no direito de ir e vir de outros."

Dispersão

Parte do grupo seguiu para a Bela Vista na direção da 9 de Julho, enquanto a maior parte se juntou na Rua da Consolação e partiu para dentro de Higienópolis. Houve novos confrontos na Rua Sergipe. A PM usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

"Quando chegamos (a Higienópolis), tinha um grupo da PM à frente e outro atrás. Começaram a jogar bombas juntos, os dois lados, não tivemos para onde correr. Aí os PMs pararam de jogar e mandaram todo mundo sentar no chão", contou Anneli Nobre, de 23 anos, funcionária de uma ONG. "Teve gente que tentou resistir. Aí, os policiais ficaram muito nervosos e mandaram calar a boca", disse o estudante Daniel Montesanti, de 19 anos.

Os moradores e trabalhadores de Higienópolis foram surpreendidos com a confusão no bairro. Conforme o grupo avançou, estabelecimentos comerciais foram fechados. No momento das bombas, uma babá tentou entrar em um prédio da Rua Itacolomi. "Pelo amor de Deus, moço", gritou. O porteiro, assustado, não liberou a entrada. "Eu só estava passando. Não tenho nada a ver com isso." Ela contou que trabalha na mesma rua e ia caminhar até Santa Cecília, porque estava vendo o tumulto na Paulista. Em seguida, não conseguiu mais falar por causa do gás.

Os grupos foram dispersados pelo bairro. Por volta das 21 horas, as equipes do Choque começaram a embarcar em ônibus para a desmobilização da operação. Pouco depois, no entanto, manifestantes se reagruparam na Rua Xavier de Toledo, na região central, na frente do Teatro Municipal, onde houve uso de bombas de gás. Um grupo prometeu fazer "catracaço" na frente da Estação Anhangabaú do Metrô e a PM usou bombas. Dois adolescentes foram detidos e a estação fechou por cinco minutos.

Os manifestantes que seguiram para a Bela Vista foram para a Avenida Brigadeiro Luís Antonio, onde não houve confronto com a PM. Mas na esquina com a Rua Rui Barbosa foi estendida uma faixa bloqueando o trânsito por 15 minutos. A dispersão total só ocorreu às 22h30. O próximo ato foi marcado para esta quinta, 14, 17h, com concentrações no Largo da Batata e no Teatro Municipal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O segundo protesto do Movimento Passe Livre (MPL), nesta terça-feira (12), na Avenida Paulista, terá apoio de ciclistas que se autointitulam "bike blocs". Eles devem se juntar aos manifestantes às 17 horas e ficar no final do cordão formado pelos ativistas que pedem a revogação do reajuste das passagens - a tarifa passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 no sábado passado.

Segundo Daniel Guth, diretor da Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), os ciclistas já tinham apoiado outros atos convocados pelo MPL. "Está tudo interligado com a mobilidade urbana em São Paulo", disse. "Vou como cidadão, nada além disso." Ele lembrou que os coletivos de ciclistas conseguiram adiar a consulta pública no novo formato de concessão dos ônibus da Prefeitura de São Paulo.

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Apesar de uma quantidade menor de participantes confirmados pelas redes sociais - até a noite de ontem, eram 7,5 mil, ante 16 mil confirmados na sexta -, a militante e porta-voz do MPL, Laura Viana, afirmou que "não é possível fazer previsão" de quantas pessoas devem participar do ato. "Só imaginamos que vai ser mais potente do que o de sexta. A gente acabou se desmobilizando muito fácil com a repressão (da PM)."

No primeiro ato, o protesto começou pacífico no Teatro Municipal, na região central, até os manifestantes chegarem ao Corredor Norte-sul. Um grupo de black blocs invadiu a pista contrária do eixo e a PM reagiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

Houve confronto nas ruas da região, com ônibus depredados. Ao todo, 17 pessoas foram detidas. Carros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e agências bancárias também foram atingidas. Pelo menos quatro policiais acabaram feridos.

De acordo com Laura, também não é possível prever como os black blocs vão se comportar durante o ato. "Não temos como ter diálogo com pessoas que são completamente diferentes umas das outras. Antes do ataque da polícia, não tivemos depredação", afirmou.

Líderes

A PM disse que, assim como na sexta-feira passada, os oficiais vão procurar as lideranças para ficarem "cientes do trajeto que será percorrido, conforme exige a Constituição". Segundo a corporação, "isso é necessário para que a polícia possa garantir a segurança" de manifestantes e de quem não participa dos atos. A PM disse ainda que "vai reagir sempre que houver" depredação do patrimônio.

Para o advogado Ariel Castro Neves, ex-secretário do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), o início do ato de hoje deve ser "conflituoso". "A gente teme que isso se estenda pelo centro com situações graves e uma maior quantidade de feridos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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