Tópicos | tarifas

Os Estados Unidos e a China encerraram o dia de ontem sem acordo para as negociações comerciais que vinham travando, com a decisão do presidente Donald Trump de elevar, de 10% para 25%, as tarifas para US$ 200 bilhões em importações chinesas. A elevação das tarifas foi anunciada pelo americano na segunda-feira e, desde então, o presidente deu declarações em sentidos opostos - que ora animaram e ora desanimaram os investidores. Ontem, Trump disse estar preparado para uma longa batalha.

Desde o meio-dia de ontem (horário de Brasília), o aumento de tarifas passou a vigorar e o presidente americano voltou a subir o tom. Pelo Twitter, Trump defendeu sua estratégia belicosa de negociação com os chineses e mencionou um processo para imposição de "tarifas adicionais" de 25% sobre os US$ 325 bilhões restantes de produtos chineses.

##RECOMENDA##

"As tarifas tornarão nosso país muito forte, não mais fraco. Basta sentar e assistir!", escreveu o presidente americano. Há uma semana, antes de Trump anunciar a elevação de tarifas, chineses e americanos pareciam estar caminhando para uma solução do conflito.

A China chegou a ameaçar retaliar Washington nesta semana, sem detalhar quais medidas seriam aplicadas a empresas e importações dos Estados Unidos. Mas o dia acabou em clima mais ameno, apesar de ainda sem sinal de solução. A elevação de tarifas não afeta embarques que tenham partido da China antes do prazo. Na prática, isso dá aos dois países mais algumas semanas para tentar fechar um acordo comercial sem que o custo da elevação de tarifas seja imediatamente repassado aos produtos.

Os negociadores chineses viajaram para Washington para conversas com os americanos na quinta e sexta-feira, depois da ameaça de Trump. Ontem, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmou que as conversas com os chineses nos últimos dias foram construtivas. O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, afirmou que as negociações correram "razoavelmente bem".

"Ao longo dos últimos dois dias, Estados Unidos e China mantiveram conversas francas e construtivas sobre o status das relações comerciais entre os dois países. A relação entre o presidente Xi (Jinping) e eu mesmo é muito forte, e as conversas para o futuro continuarão. Enquanto isso, os Estados Unidos impuseram tarifas à China, que podem ou não ser removidas dependendo do que acontecer com relação a futuras negociações!", concluiu Trump, no Twitter.

Queixas

Os Estados Unidos argumentam que a China está envolvida em inúmeras práticas injustas relacionadas a tecnologia e propriedade intelectual nos EUA e têm travado uma guerra comercial com o país asiático para forçar mudanças estruturais. A queda de braço, que incluiu subsequentes rodadas de tarifas americanas sobre os produtos chineses, teve uma trégua no fim do ano passado, quando Trump e Xi concordaram em negociar.

De um lado, analistas se mantêm céticos sobre a possibilidade de os EUA conseguirem forçar alguma mudança estrutural e legislativa na maneira de comércio e produção chinesas. De outro, o sucesso da guerra travada com a China pode ser crucial para a sobrevivência política de Trump. Isso porque parte da base eleitoral do americano sofreu impacto pela imposição de tarifas às importações chinesas, como os produtores de soja. Mas o presidente Trump não quer chegar a um acordo que mostre fragilidade do lado americano.

Até o momento, não há novas rodadas de negociação entre os dois países agendadas. O presidente dos Estados Unidos afirmou ontem que as conversas continuam, mas sem pressa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Correios anunciaram nesta quinta-feira (31) o reajuste das tarifas dos serviços postais nacionais e internacionais. A correção média autorizada para este ano é de 0,3893%.

O telegrama nacional redigito pela internet, cuja tarifa era de R$ 8,15, passará a ser de R$ 8,19 por página. Já o telegrama fonado (debitado na conta telefônica) passou de R$ 9,84 para R$ 9,87. O que é feito na agência, de R$ 11,81 para R$ 11,85.

##RECOMENDA##

O primeiro porte de correspondência comercial não terá reajuste, permanecendo em R$ 1,95, assim como o da correspondência não comercial e cartão postal, que permanecem em R$ 1,30. 

As tabelas com todos os reajustes podem ser consultadas na portaria do Diário Oficial da União.

 

Nova ferramenta

Nesta semana, os Correios também anunciaram o lançamento de uma ferramenta para o transporte de produtos importados dos Estados Unidos para o Brasil. Isto depois de cinco meses da estatal ter começado a cobrar R$ 15 por cada encomenda internacional que chega ao país por meio da empresa.

Esse despacho postal só era cobrado no caso de produtos tributados pela Receita Federal, mas, segundo os Correios, o crescimento das importações obrigou a empresa a cobrar por todas as encomendas para manter o padrão de qualidade do serviço.

Em função da crise financeira que a estatal tem enfrentado, os Correios realizaram uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos, além de ter aberto Plano de Demissão Voluntária (PDV) e ter feito cortes de funções e de cargos comissionados. Agora, a empresa informou que também estuda lançar mais unidades compactas dentro de estabelecimentos comerciais, mas negou que esse modelo possa causar o fechamento de agências próprias maiores.

Após ação da Frente de Luta Pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP), o juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital Teodomiro Noronha determinou que o Estado não pode discutir e nem aprovar qualquer reajuste das tarifas de ônibus na Região Metropolitana do Recife.

A reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) estava marcada para a próxima sexta-feira (25), na Secretaria das Cidades, localizada no interior da sede do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE). Seria neste momento que os conselheiros alinhariam o possível aumento das tarifas.

##RECOMENDA##

No entanto, segundo informado pela Frente de Luta Pelo Transporte Público de Pernambuco, a decisão da 4ª vara acolhe a informação da FLTP de que o presidente do CSTM, o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação Marcelo Bruto, cometeu ilegalidade. Isso se dá, segundo a organização civil, porque o secretário "não garantiu à sociedade civil o acesso antecipado aos documentos e planilhas, bem como não foi oportunizado a possibilidade dos conselheiros apresentarem contraproposta às iniciativas do Governo e da Urbana-PE".

A FLTP acentua que o Governo de Pernambuco já foi devidamente citado na tarde desta quinta-feira e precisa cumprir imediatamente a decisão judicial. Por isso, a reunião do conselho não poderá discutir e nem deliberar sobre o reajuste das tarifas de ônibus nesta sexta (25).

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas aeroportuárias dos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). As novas tarifas entram em vigor daqui a 30 dias.

Os tetos das tarifas de embarque, conexão, pouso e permanência foram aumentados em 5,3941% e o os tetos das tarifas de armazenagem e capatazia, em 3,7456%.

##RECOMENDA##

Com isso, a taxa máxima de embarque doméstico, por exemplo, passará de R$ 31,27 para R$ 32,95. Para embarque internacional, a tarifa máxima custará R$ 58,35, acima dos atuais R$ 55,36.

O aumento foi aplicado sobre valores de janeiro de 2018 e levou em consideração a inflação de 3,7456%, acumulada entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja aqui os novos valores.

O Movimento Passe Livre convocou para a próxima quinta-feira, dia 10, uma manifestação contra o reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo. A partir de hoje, as tarifas de trem, metrô e ônibus passam de R$ 4 para R$ 4,30 na capital. O ato será realizado a partir das 17h, em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade.

Tendo entre suas principais bandeiras a defesa da tarifa zero no transporte público, o Movimento Passe Livre foi um dos protagonistas de manifestações contra um aumento da tarifa de ônibus, ocorridas em 2013. O movimento, que na época questionava o reajuste de R$ 3 para R$ 3,20, ajudou a dar corpo a protestos contra a corrupção em todo o País, ainda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

##RECOMENDA##

Os Estados Unidos concordaram em adiar por 90 dias a elevação de 10% para 25% das tarifas impostas para produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões e não impor novas tarifas contra a China a partir de 1º de janeiro, enquanto os dois países deram início a uma nova rodada de negociações para diminuir as tensões comerciais. O anúncio foi feito na noite deste sábado, 1º, pela Casa Branca, após o presidente norte-americano Donald Trump participar de jantar com o presidente da China, Xi Jinping, no encerramento da Cúpula do G-20, em Buenos Aires.

Pelo plano divulgado ontem, os dois lados irão discutir a transferências de tecnologia forçada, proteção de propriedade intelectual, barreiras não tarifarias, invasões e roubos cibernéticos, serviços e agricultura. Caso as autoridades não encontrem um consenso, informou a Casa Branca, as tarifas em US$ 200 bilhões em produtos chineses deve subir dos atuais 10% para 25%. A elevação estava inicialmente prevista para ocorrer em 1º de janeiro.

##RECOMENDA##

A China também concordou em comprar um montante "muito substancial" de bens agrícolas, energéticos e industriais dos EUA, acrescentou a Casa Branca. Adicionalmente, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que irá reconsiderar a fusão, anteriormente negada por Pequim, entre a Qualcomm Inc e a NXP Semicondutores.

Nas palavras do ministro das relações exteriores da China, Wang Yi, os dois lideres atingiram um "importante consenso" que pode ajudar a melhorar as relações bilaterais como um todo.

A administração Trump também concordou em não impor qualquer tarifa adicional para produtos chineses, disse Wang, e os dois lados irão manter negociações com a intenção de eliminar todos os atuais impostos punitivos. Em troca, Pequim prometeu aumentar as compras de produtos dos EUA e dar maior acesso para companhias norte-americanas ao mercado chinês, disse Wang.

Fonte: Dow Jones Newswires

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que a decisão de concluir ou não a construção da usina nuclear de Angra 3 tem caráter essencialmente político, mas que o País possui uma série de fontes de energia com tarifas bem inferiores à que o governo pretende cobrar pela conclusão e operação da usina, que está com as obras paralisadas há mais de três anos no Rio de Janeiro.

Os técnicos calcularam os efeitos que a construção da usina teria no bolso do consumidor, caso seja aplicado o aumento da tarifa de Angra 3 aprovado em outubro pelo governo. Se o valor da energia saltar de R$ 240/MWh para R$ 480/MWh, como quer o governo atual, a conta de luz subiria imediatamente 1,35%.

##RECOMENDA##

A indefinição sobre o futuro de Angra 3, que está com 58% de sua estrutura concluída, é uma das heranças deixadas pelo governo Temer. O custo bilionário para concluir ou desmontar a usina levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a abrir uma auditoria na Aneel para apurar a situação do empreendimento controlado pela Eletronuclear, estatal do grupo Eletrobrás.

Em respostas encaminhadas pela Aneel ao TCU, técnicos da agência argumentaram que o País possui hoje uma série de fontes de energia que está sendo contratada em leilão em valores muito inferiores à nova tarifa de R$ 480 o megawatt-hora (MWh) fixada em outubro pelo governo para concluir a usina. "Pontuamos que os últimos leilões realizados demonstram a existência de ofertas de outras fontes de geração de energia com preços inferiores em quantidade compatível com Usina de Angra 3".

Política

A Aneel, no entanto, alegou que não cabe à agência opinar sobre a necessidade ou não de concluir a planta nuclear, item que foi questionado pelo TCU. "A essencialidade da usina nuclear de Angra 3, a nosso ver, envolve aspectos relacionados não somente ao setor elétrico, mas também questões afetas ao setor nuclear brasileiro, portanto, deve ser avaliada no âmbito de uma política pública", diz a agência.

Bolsonaro tem sinalizado que tem a intenção de concluir a usina. A ideia também é defendida por integrantes da cúpula de transição do governo, que veem na área nuclear uma tecnologia estratégica para o País. Angra 3 já consumiu ao menos R$ 8 bilhões dos cofres públicos. Como informou o jornal O Estado de S. Paulo em junho do ano passado, o custo de conclusão da planta nuclear já foi estimado em R$ 17 bilhões. Por outro lado, desistir dela custaria R$ 12 bilhões.

Projeto do período militar, Angra 3 começou a ser erguida em 1984. Suas obras prosseguiram até 1986. O projeto ficou paralisado por 25 anos, até ser retomado em 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parou de novo por causa de denúncias da Lava Jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações aprovou o reajuste das tarifas dos serviços postais e telegráficos nacionais e internacionais, prestados exclusivamente pelos Correios, no porcentual de 5,9864%, líquido de impostos e contribuições sociais.

Os detalhes do reajuste constam de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU).

##RECOMENDA##

A Apple advertiu que as tarifas propostas pelos EUA sobre a China poderiam forçá-la a aumentar o preço de muitos de seus produtos. Em uma carta direcionada ao representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, a companhia disse que as taxas afetariam o Apple Watch, os fones de ouvido AirPod, entre outros eletrônicos.

"As tarifas aumentam o custo de nossas operações nos EUA, desviam nossos recursos e prejudicam a Apple em comparação com concorrentes estrangeiros", explica a empresa na carta divulgada nesta semana.

##RECOMENDA##

Além do Apple Watch e seus fones de ouvido sem fio AirPods, a Apple disse que as tarifas afetariam o preço da caneta Apple Pencil, do HomePod e do MacMini, além de adaptadores, cabos e carregadores. A companhia não mencionou o iPhone no documento.

"Nossa preocupação com essas tarifas é que os EUA serão os mais atingidos, e isso resultará em menor crescimento e competitividade dos EUA e preços mais altos para os consumidores dos EUA", disse a empresa.

Os EUA anunciaram uma lista de US$ 200 bilhões em produtos de exportação chineses que começarão a ser tarifados, possivelmente, a partir de setembro, escalando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O governo de Donald Trump já impôs tarifas de 25% sobre o valor de US$ 50 bilhões em produtos chineses, com o objetivo de punir Pequim por alegadas práticas comerciais injustas e roubo de propriedade intelectual.

LeiaJá também

--> Apple anuncia recall do iPhone 8 por falha na placa lógica

Pequim, 08/09/2018 - O superávit comercial da China registrou leve retração em agosto, em meio a ameaças dos EUA de imposição de novas tarifas. O país asiático informou que teve superávit comercial de US$ 27,91 bilhões no mês passado, ante US$ 28,05 bilhões informados em julho, segundo dados da Administração Geral da Alfândega divulgados neste sábado. Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam US$ 30,6 bilhões.

As exportações chinesas medidas em dólares cresceram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, na sequência de um aumento de 12,2% registrado em julho. Analistas previam alta de 11%. Já as importações cresceram 20% em agosto no comparativo anual, desacelerando de um crescimento de 27,3% informado no mês anterior. O resultado, nesse caso, veio dentro do estimado pelos economistas.

##RECOMENDA##

O superávit da China com os EUA, entretanto, aumentou de US$ 28,09 bilhões em julho para US$ 31,05 bilhões em agosto, de acordo com os cálculos do The Wall Street Journal com base em números oficiais.

Os dados foram divulgados um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que sua administração esta pronta para impor tarifas adicionais sobre outros US$ 267 bilhões em produtos chineses, além das barreiras sobre US$ 200 bilhões em bens chineses que o governo norte-americano vem preparando.

Trump já impôs tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses, a maior parte máquinas industriais e peças eletrônicas. As negociações comerciais entre Washington e Pequim não tem produzido qualquer sinal de progresso. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou um alívio nas cotas de importação de aço para o Brasil e outros parceiros comerciais, conforme apurou a agência de notícias Reuters. Citando o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a agência informou que o aço brasileiro, da Coreia do Sul e da Argentina, além do alumínio argentino receberão alívio nas cotas de importação.

"As companhias podem solicitar exclusões de produtos com base em quantidade insuficiente ou na qualidade disponível dos produtores de aço e ou alumínio dos EUA", disse o Departamento do Comércio, de acordo com a Reuters. "Nesses casos, uma exclusão da cota pode ser concedida e nenhuma tarifa seria devida."

##RECOMENDA##

Até então, as exportações brasileiras de aço semiacabado estavam sujeitas a uma cota baseada na média vendida para os norte-americanos de 2015-2017, já a exportação de aço acabado estava limitada à cota de 70% da média desses anos. Com o anúncio de ontem, na prática, as empresas americanas ficam autorizadas a comprar os produtos desses três países sem pagar a sobretaxa mesmo que a cota seja ultrapassada.

Na Coreia, as ações de empresas do setor, como a Hyundai Steel e a Posco, dispararam após a notícia.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou em 4,3911% os tetos das tarifas dos aeroportos internacionais de Fortaleza (CE) e de Porto Alegre (RS), conforme decisões publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (29).

O aumento abrange as tarifas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia. As taxas de embarque doméstico e embarque internacional, por exemplo, agora serão de R$ 31,08 e de R$ 55,04, respectivamente, nos dois terminais. Os novos valores poderão ser cobrados pelas concessionárias daqui a 30 dias.

##RECOMENDA##

Conforme prometido, os Estados Unidos impuseram tarifas de 25% sobre mais US$ 16 bilhões em produtos chineses nesta quinta-feira, 23. O movimento foi confirmado em meio às negociações comerciais entre os dois países, em Washington. Logo em seguida, Pequim respondeu impondo sobretaxação a produtos americanos na mesma intensidade.

Automóveis dos EUA e maquinário industrial e componentes eletrônicos chineses estão entre os itens atingidos pelas novas taxas, que ocorrem após o aumento realizado em julho, que atingiu US$ 34 bilhões em importações.

##RECOMENDA##

O governo chinês afirmou que o aumento por parte dos americanos viola as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Por isso, a China vai recorrer ao mecanismo de solução de controvérsias na entidade para defender seus interesses e as regras multilaterais do comércio.

Sem nenhum acordo à vista, economistas alertam que o conflito pode se espalhar e reduzir em 0,5 ponto porcentual o crescimento econômico global até 2020.

A instabilidade financeira da Turquia voltou a assustar os mercados, na segunda-feira, 13, levando a mais um dia de valorização do dólar, principalmente, em relação às moedas emergentes. No Brasil, a moeda americana atingiu a cotação máxima de R$ 3,92 no início da tarde e fechou o dia em R$ 3,88, uma alta de 0,53%. Na Argentina, os reflexos foram mais graves. O dólar superou os 30 pesos. Para conter o derretimento da moeda, a autoridade monetária elevou o juro básico em cinco pontos porcentuais, para 45% - a maior taxa do mundo.

A escalada da tensão no mercado financeiro argentino ocorre também porque, nesta terça-feira, 14, vencem títulos do Banco Central que somam US$ 500 bilhões. Há uma preocupação com a possibilidade de não haver interesse na renovação da dívida, o que pode desvalorizar o peso argentino ainda mais.

##RECOMENDA##

Na segunda, o Banco Central da Turquia anunciou que adotará "todas as medidas necessárias" para evitar a desvalorização da lira turca, a moeda nacional, mas não dirimiu as dúvidas crescentes dos investidores sobre os riscos de contágio de países emergentes e da Europa em caso de agravamento da crise.

A principal preocupação de economistas e investidores europeus é com o nível de exposição de bancos do continente. Só as instituições financeiras das cinco maiores economias europeias - Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha - têm € 171 bilhões investidos no país.

A lira é alvo de um ataque especulativo que tem ao mesmo tempo razões econômicas estruturais, como a forte inflação anualizada - de 16% em julho - e o déficit em contas correntes, além de problemas políticos conjunturais. O último deles é o confronto entre Donald Trump e Recep Tayyip Erdogan, que criou a principal causa de turbulência recente: o aumento das tarifas para importação de aço e alumínio do país por parte dos EUA, medida tomada em retaliação à prisão do pastor evangélico americano Andrew Brunson, preso pelo regime turco desde 2016, acusado de espionagem e terrorismo.

A decisão de Trump de dobrar as barreiras alfandegárias causou princípio de pânico no mercado de câmbio, quando a lira perdeu 16% de seu valor frente ao dólar. "A moeda da Turquia continua em rota de depreciação. Embora a deterioração das relações com os EUA tenha sido um catalisador, em muitos aspectos trata-se de uma crise monetária convencional e que já vem ocorrendo há algum tempo, culminando com a erosão da credibilidade política", disse o economista Michael Cahill, do Goldman Sachs.

Na segunda, para estancar a crise, a autoridade monetária prometeu dar "toda a liquidez necessária" aos bancos do país para tentar frear a desvalorização da moeda, que caiu 40% frente ao dólar e ao euro em 2018. Uma primeira medida foi reduzir as reservas obrigatórias dos bancos de forma a liberar liquidez ao sistema financeiro. O BC turco anunciou ainda que injetaria US$ 6 bilhões e mais o equivalente a US$ 3 bilhões em ouro nas instituições.

Mas as dúvidas continuam. "A redução das reservas obrigatórias permite colocar alguns bilhões no mercado, mas em relação ao déficit corrente da economia turca, da ordem de US$ 60 bilhões, é uma gota d’água no oceano", disse Deniz Akagul, professor de Economia da Universidade de Lille.

Em um ano, a lira perdeu 46% de seu valor frente ao euro, dos quais 24% nos últimos dias. Desde a crise financeira de 2001 a situação não era tão inquietante aos olhos de investidores europeus. O mercado financeiro teme os efeitos de uma eventual bancarrota dos bancos turcos sobre instituições europeias. Entre os bancos mais expostos estão o francês BNP Paribas, o italiano UniCredit e o espanhol BBVA. Só nas instituições espanholas, os empréstimos de bancos turcos somam US$ 80 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comércio mundial começa a sentir os efeitos negativos das medidas protecionistas impostas pela guerra comercial iniciada pelo governo de Donald Trump. Dados publicados na quinta-feira, 9, pela Organização Mundial do Comércio (OMC) apontam que o fluxo de exportação vai sofrer uma desaceleração nos próximos meses e, para a entidade, a tensão política é o principal problema.

Essa é a primeira vez que a OMC apresenta dados concretos, desde que americanos e chineses passaram a impor sanções, elevar tarifas e recorrer ao protecionismo.

##RECOMENDA##

No quarto trimestre de 2017, a expansão do comércio havia sido de 1,1%. Mas, nos três primeiros meses de 2018, o crescimento foi de apenas 0,2%. A OMC não traz uma previsão de quanto seria a taxa de crescimento ou a queda no segundo semestre. Mas admite: "a expansão comercial deve desacelerar ainda mais no terceiro trimestre de 2018".

Para medir a tendência do comércio, a OMC criou um indicador que coleta dados de exportação, carga e outros índices setoriais considerados como pilares da economia mundial. Uma taxa de 100 pontos significa estagnação do crescimento do comércio. Para o terceiro trimestre do ano, o resultado apontou 100,3 pontos, o que significa uma expansão insignificante. No trimestre passado, foi 101,8.

Em 2017, a expansão do comércio internacional em volume foi de 4,7% e em valores atingiu US$ 17 trilhões, o melhor desde 2011. Para 2018, a previsão original é de que cresça 4,4%; e em 2019, 4,0%. Para o diretor da OMC, Roberto Azevêdo, os dados mostram uma "forte escalada no uso de medidas restritivas nos últimos seis meses". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o uso de tarifas para obter acordos comerciais mais justos e disse que os agricultores americanos irão se beneficiar "eventualmente" das políticas tarifárias de seu governo. "Fiquem com a gente. Não acreditem na porcaria que vocês leem na mídia 'fake news'", disse o republicano em evento com veteranos em Kansas City.

Trump afirmou desejar acordos comerciais justos "e não estúpidos como os que temos atualmente". Durante seu discurso, ele também lembrou que irá negociar as relações comerciais entre EUA e União Europeia com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nesta quarta-feira. "Eles vieram negociar comigo depois que eu ameacei tarifar os veículos deles. O que a UE faz conosco no comércio é incrível", comentou o líder americano. Novamente, Trump disse que os acordos comerciais americanos são "um desastre" e que precisa lutar contra eles.

##RECOMENDA##

Trump também anunciou um plano de US$ 12 bilhões em ajuda de emergência a agricultores que foram afetados pela política tarifária. O anúncio havia sido antecipado por fontes do Wall Street Journal, que informaram que a ajuda tem como objetivo atenuar os efeitos das disputas comerciais envolvendo Washington.

Em relação à sua política de defesa, Trump comentou que está aberto a ter um "acordo real" com o Irã, mesmo após a troca de ameaças entre ele e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, no fim de semana. "Vamos ver o que acontece", disse o republicano.

Em resposta à guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos e ao aumento do protecionismo no mundo, representantes de entidades empresariais de países do G-20 divulgam nesta quinta-feira (19) um manifesto.

O documento pede que os líderes do grupo se comprometam a manter mercados abertos e não imponham novas barreiras protecionistas, reforcem o funcionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) e tomem medidas contra a concorrência desleal e os subsídios industriais, entre outros pontos. "Apelamos aos líderes do G-20 no sentido de que assumam a sua responsabilidade e garantam as bases necessárias para a cooperação multilateral", afirma o manifesto, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso.

##RECOMENDA##

A manifestação ocorrerá em Buenos Aires, após reunião da Coligação Mundial de Empresas (GBC), na sigla em inglês, que reúne representantes de 14 países do G-20. O encontro precede a reunião de ministros de Economia do G-20 marcada para sexta-feira, também em Buenos Aires. O Brasil é representado no grupo pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Assinam o documento, ainda, entidades dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e União Europeia.

O diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, disse que o agravamento da guerra comercial é a questão mais preocupante no momento para o setor empresarial e que o tema será discutido também no encontro dos ministros do G-20. "A manifestação mostra que o comércio é importante e o multilateralismo está sob ameaça. O protecionismo tem aumentado e os países estão submetidos a ações unilaterais", afirmou.

As entidades abrem o texto reforçando que o comércio e os investimentos entre os países é essencial para o crescimento sustentável e a criação de empregos, mas, apesar disso, o "consenso a favor da cooperação multilateral está perdendo força no G-20". Segundo o documento, os membros do G-20 adotaram mais de 600 medidas restritivas ao comércio no período de outubro de 2008 a outubro de 2017, antes mesmo das tarifas que vêm sendo impostas pelos EUA e por outros países neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alterou o valor das tarifas aeroportuárias do Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos e Viracopos, em Campinas. A taxa de embarque em Guarulhos será de R$ 30,94 para voos domésticos e R$ 54,76 para voos internacionais. E em Viracopos será de R$ 29,30, para voos domésticos, e R$ 51,85, para voos internacionais.

O reajuste alcança as taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia.

##RECOMENDA##

Os novos valores poderão ser cobrados pelas empresas daqui a 30 dias.

A China adotou tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos às 12h01 desta sexta-feira pelo horário de Pequim, em retaliação a tarifas implementadas hoje pelo governo americano contra US$ 34 bilhões em bens chineses, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

A Xinhua citou como fonte um funcionário não identificado da Administração Geral de Alfândega.

##RECOMENDA##

Minutos após a entrada em vigor das tarifas dos EUA, o Ministério de Comércio chinês afirmou que Washington lançou "a maior guerra comercial da história econômica" e que Pequim seria obrigada a contra-atacar. Fonte: Dow Jones Newswires.

Empresas americanas e o governo da China se uniram ontem nas críticas à decisão de Donald Trump de impor tarifas sobre a importação de US$ 50 bilhões em produtos do país asiático. Mas a medida deve agradar à base do presidente, a cinco meses da eleição crucial que definirá o controle do Congresso e o futuro de seu governo.

"No presente momento, lançar uma guerra comercial não é do interesse do mundo", disse nota divulgada pelo Ministério do Comércio da China. "Nós conclamamos todos os países a atuarem em conjunto para frear com firmeza esse movimento ultrapassado e retrógrado."

##RECOMENDA##

Presidente da principal entidade empresarial americana - a Câmara de Comércio dos Estados Unidos -, Thomas Donohue divulgou declaração contrária à medida. "A imposição de tarifas coloca o custo das práticas comerciais desleais da China diretamente sobre os ombros dos consumidores, fabricantes, fazendeiros e rancheiros americanos. Essa não é a abordagem correta."

Arthur Kroeber, da consultoria Gavekal, disse ver chance "zero" de Pequim modificar as políticas industriais previstas no programa Made in China 2025 em razão das tarifas de Trump. Segundo ele, setores importantes de ambos os lados serão prejudicados, mas as economias como um todo não sofrerão tanto.

Como exporta mais para o mercado americano do que importa, a China tem mais a perder em um primeiro momento, observou Kroeber. Mas a continuidade da guerra comercial deve afetar a imagem dos EUA e reduzir no longo prazo a sua credibilidade internacional.

Em sua avaliação, as restrições a investimentos no setor de tecnologia que deverão ser impostas por Trump dentro de duas semanais serão mais prejudiciais para a China do que as tarifas. "Investimentos chineses no setor de tecnologia nos EUA, na Europa e no Japão são um dos elementos da estratégia de Pequim para avançar no setor tecnológico", observou Kroeber.

Estratégia. Monica de Bolle, do Peterson Economic Institute, também não vê possibilidade de a guerra comercial forçar a China a mudar sua política industrial. Em sua opinião, o que o governo Trump chama de "roubo" de tecnologia é uma estratégia legítima de desenvolvimento adotada por um país emergente. "A China exige que certas empresas americanas que queiram entrar em seu mercado façam parcerias com empresas locais e transfiram tecnologia. A empresa tem a escolha de entrar ou não."

Trump usou a necessidade de proteger o setor tecnológico dos EUA como justificativa da medida protecionista anunciada ontem. "Nós temos o poder de grandes cérebros no Vale do Silício, e a China e outros roubam esses segredos e nós vamos proteger esses segredos. Eles são as joias da coroa deste país", declarou o presidente em entrevista à rede Fox News.

Mas representantes desse setor supostamente beneficiado também criticaram a imposição de barreiras às importações. "Tarifas são a resposta errada às práticas comerciais discriminatórias e prejudiciais da China. Ao impor sanções sobre bens de consumo e componentes essenciais desses bens, o presidente vai tirar dinheiro do bolso dos americanos de maneira desnecessária, prejudicando as pessoas que ele espera ajudar, não punindo a China", declarou Dean Garfield, presidente do Information Techology Industry Council, que reúne grandes empresas do setor, entre as quais Amazon, Apple e Google.

Com uma cadeia de produção que se estende dos Estados Unidos à China e abrange outros países asiáticos, a Apple foi uma das empresas que se manifestaram de maneira mais aberta contra as tarifas no período anterior ao anúncio de Trump. O presidente da companhia, Tim Cook, se reuniu com o presidente na Casa Branca em abril, e disse ter levantado a questão do protecionismo.

"Eu falei sobre o comércio e a importância do comércio e como eu acredito que dois países realizando comércio entre eles tornam a torta maior", disse Cook no mês seguinte em entrevista à Bloomberg Television. "Eu senti que tarifas não eram a abordagem certa. Eu mostrei a ele (Trump) algumas coisas analíticas que demonstravam o por quê."

A julgar pela decisão de ontem, Cook não foi convincente o bastante. No fim, Trump foi fiel à sua retórica de campanha e à sua promessa de confrontar a China quando chegasse à Casa Branca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando