Perto de completar 29 anos, Esmeralda pode ser a gata mais velha do mundo. A idade da felina começou a repercutir em Barbacena, em Minas Gerais, após ela ficar desaparecida por dois dias e ser encontrada ferida dentro de um bueiro. Agora, a família pensa em inscrevê-la no Guinness World Record.
Adotada por Maria da Conceição em 1995, Esmeralda foi registrada como nascida em 1º de dezembro de 1994. De acordo com a tutora, a idade da gata equivale a de uma idosa com mais de 120 anos.
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O atual posto de gata mais velha registrado no Guinness é da britânica Flossie, de 27. A família avalia a participação de Esmeralda na comissão, mas esbarra na taxa de R$ 4 mil da inscrição.
Apesar da longevidade das gatas, elas ainda estão um pouco distante do recordista Creme Puff, que viveu no Texas, nos Estados Unidos, até 38 anos e 3 dias.
Xuxa Meneghel foi uma das personagens na reportagem especial do Fantástico sobre ódio na web, televisionada no último domingo (5). Durante a entrevista, a eterna Rainha do Baixinhos revelou que sempre que publica uma foto acaba recebendo comentários maldosos, muitos se referindo a ela como velha e acabada.
"Em questão de segundos eles já começam a meter pau, sabem que isso vai chamar mais a atenção do que dizer eu te amo, eu te adoro. Inveja, primeiro. Depois, acho que são pessoas mal amadas", disse.
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A apresentadora diz que não costuma responder mensagens de ódio, mas que sente vontade: "Eu fico me coçando às vezes pra não entrar no nível da pessoa. Porque se eu entro no nível da pessoa, é o que eles querem. E é bem desagradável, porque aí realmente é uma guerra".
Questionada por Renata Capucci sobre o que gostaria de falar para os haters, Xuxa responde: "Essas pessoas não têm amor no coração, essas pessoas não conhecem a palavra respeito. Então, eu diria assim [para elas]: Vai cuidar da tua vida. Vai lavar uma roupa, vai limpar um chão. Sai na rua, cuida de um cachorro, de um gato. Vai olhar pro céu. Pra destilar todo o odiozinho que existe no corpinho delas, isso só pode acontecer se essas pessoas tomarem a coragem de cuidarem da vida delas do que da dos outros. Porque tem que ter coragem, né? É muito mais fácil ela cuidar da vida dos outros do que da dela".
Glória Maria participou do lançamento do filme Roberto Carlos em Jerusalém 3D na última segunda-feira, dia 2, na primeira aparição pública após realizar uma cirurgia no cérebro. Durante o evento, ela ainda protagonizou um momento fofo ao lado de Cid Moreira.
O jornalista, de 92 anos de idade, publicou um vídeo com a apresentadora em seu Instagram. Na gravação, ele diz:
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- Estou aqui com a minha velha amiga...
Glória, que não costuma revelar a idade, não gostou nem um pouco do uso da palavra velha, e respondeu, brincando:
- Volta tudo! Apaga essa porcaria, velha é a mãe, a avó!
[@#video#@]
Na legenda do vídeo, Cid explicou o motivo pelo qual publicou o registro mesmo assim:
Vou colocar esse vídeo com a Glória porque foi muito engraçado. Eu estava falando com ela que somos velhos amigos. Não que ela era velha.
Durante um assalto a uma loja, nessa terça-feira (15), um assaltante recusou o dinheiro de uma idosa e deu um beijo na testa da cliente. Cerca de mil reais e mercadorias foram roubados do comércio localizado no município de Amarante, no Piauí.
Segundo o proprietário do local, dois homens armados anunciaram o roubo por volta das 17h. Apenas um funcionário e a idosa estavam no local.
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“Eles anunciaram o roubo, pediram para o meu funcionário passar todo o dinheiro, aí ela estava perto e quis dar o dinheiro dela também, mas ele disse que não precisava. Deu um beijo nela e disse: 'não, senhora, pode ficar sossegada, não quero seu dinheiro'", detalhou Samuel Almeida ao G1.
A polícia foi acionada, realizou buscas na região, mas os criminosos ainda não foram presos. O proprietário afirmou que vai formalizar um boletim de ocorrência junto à Polícia Militar.
Crianças são público cativo da brincadeira que surgiu junto com a comunidade. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens e Arthur Souza/LeiaJá Imagens)
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Contra todos os impeditivos, o mar é democrático em sua soberania. Ignorando todas as barreiras humanas e naturais impostas, ele avança rumo aos arranha-céus da luxuosa Boa Viagem da mesma maneira que desafia as pedras de contenção da praia do Buraco da Véia, em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. Para os residentes da comunidade, contudo, a maré alta é sinônimo de diversão. Diante do inevitável futuro marinho de todo litoral, mulheres, meninos e velhos enfileiram-se à barreira e aceitam de bom grado o sobressalto da água que lhes trará uma peculiar sensação de cachoeira. A curiosa brincadeira, não se sabe desde quando, é chamada pelos moradores de “Banho de Choque” e, segundo relatam os mais mais velhos, acompanha Brasília Teimosa desde os primórdios de sua ocupação urbana, mesmo antes da tomada da costa do Recife pelos tubarões na década de 1970, que impossibilitou o banho em mar aberto.
Em sua infalível memória, o aposentado Antônio Manuel da Silva, de 90 anos, guarda a lembrança do dia em que pisou pela primeira vez em seu lar. “Dezoito de maio de 1958. Eu morava na Rua Carneiro Pessoa, no Pina, quando começou a invasão aqui. Meu irmão veio e construiu uma casa para mim”, conta. Caracterizada por uma contínua linha de recifes paralela à costa, a região estava destinada a receber a edificação do Parque de Inflamáveis, que nunca foi construída. As ruas da então ocupação de Areal Novo eram basicamente o resultado da inconsistente mistura entre areia fofa, palha de coqueiro e restos de cascas de marisco.
“Primeiro, começaram a fazer aquelas casinhas ‘arrodeadas’ de papelão, depois as pessoas compraram madeira. Com o tempo, saímos da tábua, para a alvenaria. Mas começamos foi na luta: a gente construía de manhã, de noite a polícia vinha e derrubava, por isso demos o nome de Brasília Teimosa, porque foi construída na teima”, orgulha-se. Já àquela época, Antônio, relata ter presenciado os moradores se divertindo com os “banhos de choque”. “Aqui era uma ilha, cheia de pescadores. Quando o governo quis mudar o nome do bairro para Brasília Formosa, a gente disse: ‘não, deixa Teimosa mesmo’”, conta.
Morador de Brasília Teimosa há 60 anos, Antonio Manuel da Silva lembra de uma comunidade repleta de pescadores e conta que banho de choque sempre fez parte da rotina do local. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)
Com o primeiro nome em homenagem à capital federal, também construída na década de 1950, Brasília Teimosa só teve as palafitas removidas da beira-mar no ano de 2003, durante o governo Lula (PT), que realocou seus antigos moradores para pelo menos novas 504 residências. Com nova orla e avenida, o Bairro enfim se urbanizou e a praia do Buraco da Véia passou a receber moradores de outras comunidades do Recife. “Boa Viagem gosto não. O Pina já é mais agitado, mas aqui é mais familiar. Venho faz tempo, relaxar e tomar um banho de choque”, diz o lavador de veículos Ronaldo Delmiro, conhecido como “Batata”, que vai, de bicicleta, da comunidade dos Coelhos ao Buraco da Véia.
Embora possa parecer imprevisível, o movimento das ondas propícias a desencadear o “choque” parece ter sido desvendado pelos moradores da comunidade. “Quando a gente vê logo de longe ela mais alta, é porque é mais perigosa. Eu acho que desde os quatro, cinco anos tomo esse banho praticamente todo dia”, conta a estudante Tâmara Patrícia dos Santos, de 13 anos, que saiu da escola direto para a praia, acompanhada das amigas. A garota relata que os finais de semana e feriados costumam ser de praia lotada, com espaço disputado entre os banhistas por um lugar para receber as pancadas do mar. “Já é uma tradição. Quando fui morar em Piedade só vivia aqui. Desde pequena apegada, aí é difícil sair”, confessa Tâmara.
De acordo com o tio da garota, o produtor audiovisual Dilson Rodrigues, conhecido como “Madrone”, as ondas, em sua época de menino, costumavam ser mais fortes. “As ondas estão mais fracas desde que colocaram mais pedras na arrebentação. Era onda que batia e carregava a gente dois, três metros para a frente. Isso aqui é patrimônio da Brasília”, comenta. De acordo com ele, até hoje é possível reconhecer os melhores dias para o banho de choque. “Em dias de maré alta, quem mora numa casa um pouco mais alta consegue escutar e ver quando a onda bate no paredão. As coisas aqui mudaram muito, quando eu era criança a praia era cheia de palafitas. Agora, temos essa orla bonita, cheia de quadras, e os meninos têm outras opções de lazer, se não estariam todos aqui”, acrescenta.
Quem é a velha do Buraco da Véia?
Ai de quem disser o contrário. Em mais de uma ocasião, a reportagem foi corrigida pelos moradores de Brasília Teimosa: “não é velha, é véia”, cravam. Natural da comunidade, Dilson conta que está produzindo um filme sobre as lendas do bairro. “Uma delas é a de que o Iate (Clube do Recife) fez um muro e ninguém tinha acesso à praia. Aí uma senhora muito corajosa fez um buraco no muro e vinha tomar banho aqui. Dizem que a origem do nome do Buraco da Véia é por conta disso”, conta. A professora aposentada Maria Valença, conhecida como Celeste, de 63 anos, frisa que a tese da população é mais do que uma lenda. “Tudo era praia, inclusive a parte da qual o Iate Clube se apossou dizendo que havia comprado. Sempre ouvimos que as terras não eram nossas, mas da Marinha. Então como eles podem ter comprado? Antes a gente tinha todo o espaço da orla, de uma ponta a outra, até o Pina”, lamenta.
"Isso aqui é patrimônio da Brasília", diz o morador Dilson Rodrigues. (Rafael Bandeira/leiaJá Imagens)
Celeste afirma ter testemunhado a existência de um muro construído pelo Iate Clube. “Queriam fechar a entrada da Rua Badejo (uma das principais do bairro) e o Buraco da Véia como uma praia particular. Só que a população, na época em que Brasília Teimosa era Brasília Teimosa, um bairro aguerrido e politizado, derrubou o muro, que ainda ficou um bom tempo de pé. Tiraram todo e qualquer vestígio do muro”, garante. Como o mar, a população, majoritariamente descendente de pescadores e egressos do êxodo rural dos anos 1950, avançou contra a especulação imobiliária. “A gente brigava por transporte, água, moradia, pela questão do lixo...O teatro estava na rua conscientizando a população dos problemas e os moradores se articulavam em associações”, lembra Celeste, que assistiu à transformação de sua excepcional Brasília em uma das poucas comunidades brasileiras a ter elaborado o próprio projeto de urbanização, batizado de “Teimosinho” e executado com recursos do Banco Nacional de Habitação (BNH).
Celeste celebra conquista da urbanização da orla da comunidade por parte dos moradores. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)
Tratamento de choque
Celeste garante que, no passado, era comum que médicos prescrevessem aos moradores da comunidade o banho de choque como medida terapêutica. “Eles aconselhavam, a quem sofria de questões nervosas, tomar o banho de choque, porque ele funcionaria como uma massagem. Muita gente, cedinho, acordava para vir se encostar no paredão”, conta. De acordo com ela, no entanto, não se sabe quem criou o termo “banho de choque” ou ainda quem inventou a brincadeira. “Acredito que a palavra ‘choque’ se deve ao impacto, à surpresa. É a sabedoria popular, alguém foi ,encostou, gostou e passou pro outro. E hoje, se não é trazido pelos mais velhos, hoje, os que chegam aqui em Brasília descobrem o prazer de tomar esse banho”, conclui.
Era para ser apenas mais um café da manhã na rotina do ministro da Economia, Paulo Guedes, no hotel onde ele "mora" quando está em Brasília, no meio da semana. Ao lado de sua mesa, porém, um rosto conhecido lhe chamou atenção. Sozinho, o ex-chefe da Casa Civil de Michel Temer, Eliseu Padilha, famoso pela habilidade em lidar com os humores e votações do Congresso, fazia seu desjejum. Padilha logo acenou: "Lembra de mim?". Guedes não hesitou e foi até o "homem da planilha" pedir conselho: "Com quem devo falar no Congresso para aprovar a reforma da Previdência?".
Padilha nem precisou refletir. Abriu o manual da "velha política" e foi direto: "Procure os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e o deputado Arthur Lira (PP-AL)." Guedes ouviu, assentiu com a cabeça, agradeceu e foi embora.
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O encontro ocorreu em uma quarta-feira, 29 de maio. O ministro já tinha jantado com Renan e conversado duas vezes com Braga, em reuniões da bancada do MDB. Dias após receber a dica de Padilha, o titular da equipe econômica também teve uma reunião com parlamentares do PP de Lira.
Guedes conheceu Renan no fim do ano passado, em Brasília. De lá para cá, os dois trocam "diagnósticos". O ex-presidente do Senado, no entanto, não assegura apoio integral às mudanças na aposentadoria propostas pelo governo. A cautela marca, ainda, o discurso de Braga e Lira sobre o assunto.
"Eu não tenho a pretensão de ser conselheiro do Paulo Guedes", disse Renan ao Estado. "Não é possível fazer uma única reforma, nem dá para cobrir o déficit fiscal com a economia desabando", emendou. Irônico, o senador afirmou que, antes de tudo, o governo precisa mesmo é ir atrás do apoio da bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
"Em um cenário desses na política, que papel é reservado à oposição?", provocou ele, na quarta-feira (5) ao assistir a um bate-boca entre o senador Major Olímpio (SP), que comanda a bancada do PSL, e a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso.
Adversário de Renan, Lira disse que, após a conversa de Guedes com deputados do PP, muitas dúvidas foram resolvidas. "Tenho mantido contatos diários com Rogério Marinho (secretário especial da Previdência e do Trabalho). Ninguém está mais atualizado do que ele", afirmou o líder do PP na Câmara. "Nós somos a favor da reforma, mas é preciso tirar de lá o BPC (Benefício de Prestação Continuada), a aposentadoria rural e os Estados e municípios."
Batizado de "Posto Ipiranga" na campanha eleitoral e hoje chamado de "PG" por Bolsonaro, Guedes procura medir bem os passos em suas incursões pelo mundo político. Além de seguir os conselhos de Padilha, ele acatou a ideia do assessor especial Guilherme Afif Domingos e abriu as portas de seu gabinete. Desde fevereiro, quando o Congresso iniciou a nova legislatura, o ministro recebeu 312 parlamentares de vários partidos.
As reuniões seguem sempre o mesmo ritual. Senadores e deputados são acomodados ao redor de uma longa mesa oval. O ministro embala, então, seu pedido de apoio à aprovação da reforma da Previdência com a defesa do pacto federativo e da descentralização de recursos para Estados e municípios. "O senhor constrói o céu, mas nós, deputados, não teremos a chave dele. Então, vamos ajudar o governo a construir o céu e viver no inferno", disse a Guedes o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA).
O Palácio do Planalto precisa do apoio de 308 deputados e 49 senadores, em duas votações, para que as mudanças propostas na aposentadoria saiam do papel. Rogério Marinho garantiu ao ministro, recentemente, que o número está "quase lá", mas, nos bastidores, deputados dizem haver muito chão pela frente. Ao participar de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, na terça-feira, 4, Guedes usou uma imagem forte para comparar a situação do Brasil à de uma "baleia ferida" por golpes de arpão, que não consegue se mover.
"Paulo Guedes é meu amigo, mas ele usa a frase errada quando vem a público explicar a quase recessão que o Brasil vive. Ele fala: 'Ah, é porque a Previdência está atrasada'. Só que a Previdência não está atrasada. Se eles tivessem se organizado, poderiam ter votado em março", afirmou ao Estado o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Nas conversas em seu gabinete, Guedes sempre diz que consertar o Brasil não é questão "de direita nem de esquerda", mas ouve queixas de muitos parlamentares preocupados em avalizar uma proposta com pouca aceitação popular. Ex-professor, ele adota o estilo "fala que eu te escuto" e procura convencer os mais resistentes.
"O ministro tem uma avaliação simplista, mas nós sabemos que não é bem assim", argumentou a deputada Professora Dorinha (DEM-TO). "Muitos do nosso partido que fizeram a defesa cega da reforma trabalhista (na gestão de Michel Temer) perderam as eleições." O próprio Rogério Marinho, então relator do tema na Câmara, foi derrotado, após oito anos de mandato. Não é só: dos 23 parlamentares que àquela época votaram a favor das mudanças na Previdência, na Comissão Especial, apenas cinco se reelegeram. Guedes, porém, sempre diz ser um homem de muita fé. E já virou adepto das planilhas de Padilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
“Sente aí, puxe uma cadeira”, convida Seu José Marinho. O tempo passa mais devagar no número 334 da Rua Velha, no Centro do Recife, onde, há 40 anos, o velho barbeiro mantém praticamente intactos a decoração e os móveis originais da fundação de seu salão. Alheio à correria da cidade, ele acredita que “tudo mudou, menos a Rua Velha” e aguarda pacientemente a chegada dos clientes na porta do estabelecimento, sediado no térreo de um pequeno edifício conjugado.
“Não tem nada de moderno nessas casas. Até as casas que eram para gente pintar, feito você vê aqui no prédio, não estão pintadas, por causa da molecagem que risca”, comenta Marinho. Um dos poucos negócios que permaneceram funcionando na Rua Velha, o Salão Marinho, segundo seu fundador, deve a manutenção de suas atividades à sua experiência na arte da barbearia. “Esse tipo de negócio caiu muito. Só sobreviveram aqueles que já têm um certo conhecimento e clientes fixos, principalmente numa rua como essa. Não chega ninguém, está vendo?”, aponta para os comércios vizinhos.
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Cinquentenárias, cadeiras do barbeiro são atração a parte. (Chico Peixoto/LeiaJá/Imagens)
Nem sempre foi assim. A pompa e a elegância do ofício da barbearia foram justamente as razões que atraíram Seu Marinho para a profissão. “Eu tinha uns 18 anos e trabalhava no Art-Palácio (antigo cinema). Em dia de chuva, enquanto eu estava todo molhado, carregando um monte de coisa pesada, vi um grupo de barbeiros saindo da sessão, todos de paletó e gravata e os sapatos engraxados. Aí pensei: vou aprender essa profissão”, lembra.
Elegância: barbeiros atendiam seus clientes com trajes finos. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)
O jovem Marinho juntou os trocados que ganhara no cinema e comprou os equipamentos necessários. “Tesoura, máquina manual e navalha. Cheguei na casa da minha tia, que ficava em Cavaleiro, arrumei um pano, uma cadeira e botei no terreiro. ‘Quer cortar o cabelo’, chamava todo menino que passava, todos pobres”, conta. Naquele dia, Marinho atendeu seus três primeiros clientes. “O pai de um deles veio me perguntar quanto era e respondi que ainda estava aprendendo e ele desse quanto pudesse. Aí ele me entregou uma certa quantia e fiquei tão contente…”, completa.
Fazendo o gostava, demorou apenas uma semana para que Marinho, por intermédio da irmã, conseguisse seu primeiro emprego como barbeiro. “Ela comentou, num salão que frequentava, que eu estava começando a trabalhar como barbeiro. A dona me chamou para trabalhar lá. Peguei uma sacola, botei minhas coisas e quando cheguei lá, não sabia nem movimentar a cadeira, então passei o dia todo vendo os outros a manusearem”, brinca. Depois, viriam passagens em barbearias nas Ruas da Conceição, da Matriz, até a mudança para o negócio próprio, na Gervásio Pires. “Três anos depois, o dono pediu o prédio e todos os lojistas tiveram que sair. Com os 3,5 mil cruzeiros que ganhei dele, me mudei para a Rua Velha”, conclui.
No atual endereço, acompanhou as mudanças da cidade e da moda, dos cabeludos hippies ao atuais “lumberssexuais”, como são conhecidos os rapazes que adotam o estilo lenhador, com a barba grande e bem cortada. “Na década de 1960, quase mudei de profissão. O pessoal só queria cabelo grande sem barba, por causa de Roberto Carlos. Isso atrapalhou todo mundo”, lembra. Deixando ele próprio a tradicional bata branca dos antigos barbeiros de lado, Seu Marinho acredita que os novos modismos masculinos voltam a impulsionar o ramo. “Tem muita gente nova. A maioria desses salões não sabe desenhar barba direito. Nossa diferença é que fazemos cortes mais tradicionais”, afirma.
De pai para filho
Filho mantém a tradição de José Marinho, priorizando cortes tradicionais. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)
O estilo mais discreto do corte é o que atrai o militar da reserva Erastro Trajano ao Salão Marinho, do qual é cliente há cerca de 15 anos. Para ele, o estabelecimento guarda intacta uma parte de sua história. “Minha sogra morou aqui na Rua Velha, então era caminho vir para cá. Muitas vezes dividi meus problemas com Marinho. Temos uma relação de confiança, não tem problema de sair daqui e ele espalhar as coisas”, conta. Para muitos outros clientes, a cadeira Ferrante de 50 anos de idade, funciona também como divã. “Muitos me dizem: ‘Marinho, vou falar uma coisa a você porque não tenho com quem desabafar’. Eu nunca disse a ninguém. Infelizmente, virei baú”, comenta Marinho.
Seu Marinho: o barbeiro da Rua Velha
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Com a espuma própria para barbearia, Erastro aguarda por Hélio Marinho. “Hoje em dia, o que me atrai é um serviço mais calmo. Além disso, o filho dele mantém uma linha mais tradicional”, comenta. Com problemas na vista, Seu Marinho só frequenta o Salão duas ou três vezes por semana, legando ao filho a incumbência de tocar o negócio. “Eu continuo porque desde pequeno ele me ensina a barbearia, aprendi e gostei da profissão. Muito bom ”, comemora.
Cuidadores da Tartaruga Jonathan, considerada pelos cientistas como a tartaruga mais velha do mundo, com 186 anos, descobriram que ele mantem por mais de 26 anos um relacionamento homoafetivo.
A descoberta aconteceu em Santa Helena, território ultramarino britânico no Atlântico Sul, quando sua então companheira, Frederica, que tem 150 anos, precisou de uma consulta médica por conta de um ferimento no casco.
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Após algumas averiguações, constataram que Frederica, na verdade, é Frederico. Já existia uma preocupação por parte dos cuidadores porque, desde 1991 - quando Jonathan ganhou sua "companheira" - eles acasalam com frequência, mas nenhum filhote nasceu desse relacionamento.
Segundo informado pelo jornal The Times, eles se comportavam como o esperado: gostam da companhia um do outro, comem e dormem juntos, além de praticarem atos de acasalamento com frequência.
Ainda segundo o jornal, a tartaruga viveu sozinha na ilha por muito tempo. Com 80 anos de idade, ele começou a se mostrar muito irritado, batendo em árvores e interrompendo jogos de cricket no quintal da mansão. Foi aí que Jonathan ganhou uma sua “parceira” Frederica.
Geralmente, as diferenças entre a tartaruga macho e fêmea são facilmente perceptíveis, no entanto, por se tratar de tartarugas muito grandes essas diferenças não são tão faceis de se perceber.
A neta mais velha da rainha Elizabeth II da Inglaterra perdeu o bebê que estava esperando, indicou no sábado uma porta-voz de Zara Phillips e seu marido, Mike Tindall.
"Infelizmente, Zara e Mike Tindall perderam seu bebê. Neste momento difícil, pedimos que se respeite sua privacidade", afirmou a porta-voz, sem dar detalhes sobre o aborto, mas dando a entender que a saúde de Zara não estava em risco.
O casal tinha anunciado em 30 de novembro que estava esperando seu segundo filho. O bebê teria sido o 18º na linha de sucessão ao trono britânico e o sexto bisneto da monarca, de 90 anos.
Ex-campeã de equitação, Zara Phillips, de 35 anos, é a filha mais velha da princesa Anne da Inglaterra. É casada com o ex-jogador de rúgbi Mike Tindall, com quem tem uma menina, Mia Grace, de quase três anos.