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Na primeira noite de flexibilização das regras contra a Covid-19, difícil era encontrar uma mesa vazia nos bares da Vila Madalena. Conhecido reduto da boemia de São Paulo, a região atraiu centenas de pessoas, dispostas a beber uma cervejinha até mais tarde, e registrou aglomerações e desrespeitos a protocolos sanitários e ao toque de recolher. A Força-tarefa do Comitê de Blitze, ação do governo do Estado e da Prefeitura, impediu a realização de duas festas clandestinas na zona sul da capital na madrugada deste sábado (10). Segundo a gestão estadual, os eventos somavam 100 pessoas e começaram após as 23 horas.

A partir desta sexta-feira (9), bares e restaurantes receberam aval do governo João Doria (PSDB) para estender o funcionamento por duas horas e só fechar as portas às 23 horas. Também puderam ampliar a capacidade de 40% para 60% até 31 de julho.

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O horário estendido coincidiu com o feriado em São Paulo, pelo dia da Revolução Constitucionalista de 1932. Para os comerciantes, esses fatores impulsionaram o movimento. "Foi o dia com maior movimentação desde o início da pandemia", comentou um funcionário de um bar. "A expectativa é que continue assim no sábado e domingo."

Para atrair o público, boa parte apostou em bandas ou músicas ao vivo, desde cover de É o Tchan!, a Pitty e Djavan. Na Rua Aspicuelta e na Rua Mourato Coelho, frequentadores formavam filas e se concentravam na frente dos bares, muitas vezes sem máscara e com copos de cerveja ou cigarro na mão.

Em um dos estabelecimentos, a reportagem chegou a contar 40 pessoas concentradas em uma calçada apertada. No bar ao lado, mais 20 pessoas.

Pelas calçadas, não se via fiscalização. Já o uso de máscara parecia facultativo. No miolo da boemia, flagrar pessoas com a proteção no queixo - quando não, no bolso - era tão comum quanto ver aqueles que seguiam corretamente as regras contra o coronavírus.

Na porta dos bares, os aglomeradores pareciam saber que o comportamento era reprovável em meio à pandemia. "Se eu aparecer nesta foto, você vai ter problema", ameaçou um homem que aparentava ter 30 anos.

Em quase todos os locais, a lotação estava esgotada às 20h30. Apesar das filas do lado de fora, a situação no interior dos estabelecimentos parecia estar mais regrada. Na maior parte dos casos, havia distância entre as mesas e janelas e portas de vidro foram abertas para aumentar a circulação do ar.

Nem todos os frequentadores, no entanto, se sentiam seguros com tanto movimento. Alguns preferiram se afastar das áreas de maior aglomeração. "Estou muito enfiado em casa, de home office, e pensei em tomar uma cervejinha", comentou o marqueteiro Roberto Moraes, de 34 anos, que foi com o namorado à Vila Madalena para tentar se divertir. "Mas, quando vi a situação, fiquei muito assustado."

"A gente está circulando desde que chegou, à procura de um lugar mais tranquilo, porque todos estão lotados", disse Moraes. Cirurgião dentista, o namorado está de acordo em priorizar os cuidados: "Estamos tentando ser mais prudentes e não nos colocar tanto em risco".

Às 22 horas, bares e restaurantes tiveram de encerrar a cozinha e expor placas de "Fechado". Só quem já era atendido podia continuar por mais uma hora. Sem poder entrar mais ou abrir comandas, parte dos frequentadores decidia sacar o celular para pedir o carro por aplicativo e ir embora ou ligar para amigos para perguntar sobre after.

Já outros tentavam aproveitar da calçada a música que, com as janelas escancaradas, vazava lá de dentro dos bares. Pelas regras do Estado, o toque de recolher é das 23 horas às 5 horas. A festa, contudo, continuou na calçada.

Às 23h25, duas quadras da Aspicuelta ainda estavam tomadas de pessoas, que continuaram bebendo e dançando ao som da música de carros que iam e voltavam da rua. Vendedores ambulantes de bebidas também se faziam presentes nas ruas.

Nos dias atuais, além da elegância do traje e a habilidade de equilibrar alimentos e bebidas, o trabalho de um garçom tem sido fundamental para a boa relação entre o estabelecimento e o público consumidor. Contudo, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez com que muitas incertezas passassem a rondar o imaginário desses profissionais.

A crise chegou e atrapalhou alguns planos do garçom Michell Saraiva, 37 anos, que, além de se manter empregado no Badaró Art Café, no Centro de São Paulo, aproveitava os finais de semana para levantar valores extras em um clube de tênis da cidade. "Senti o efeito da crise com a perda desse serviço por fora. Lá, eu conseguia ganhar quase R$ 1 mil aos sábados e domingos. Então tive que parar a reforma em casa", lamenta ele, que está na função há 19 anos.

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O garçom Michell Saraiva, do Badaró Art Café | Foto: Arquivo Pessoal

Mesmo comemorando a permanência dos companheiros na cafeteria em que atua, o garçom sente falta do movimento intenso. "Entramos pela manhã e trabalhamos até às 16h. Porém quase não temos clientes. É uma rotina monótona e triste", comenta o garçom, que afirma o uso constante de máscara e álcool em gel para não correr riscos de contágio durante o expediente. Para Saraiva, a profissão pode ser comparada ao ofício praticado por artistas de renome. "Ser garçom é ser ator, pois quase nunca podemos expressar o que realmente sentimos e, mesmo tristes, mostramos um belo e largo sorriso no rosto", conclui.

Novos hábitos no expediente

A preocupação com o desemprego atingiu alguns familiares que atuam na mesma área e chegou a assustar a garçonete Marli Barbosa, 39 anos. No entanto, ela conta que os donos do bar em que trabalha há meia década fizeram questão de manter os funcionários cientes de que não haveria demissão. "Ficava preocupada se ia continuar conseguindo pagar as contas que não paravam de chegar, mas eles gravaram vídeos e nos avisaram que o nosso trabalho seria mantido", cita a garçonete de O Pasquim Bar e Prosa, na Vila Madalena, zona oeste paulistana.

A autorização de reabertura dos estabelecimentos, anunciada pelo governo do estado no final de julho, fez com que a realidade do bar mudasse bastante. "Medimos a temperatura sempre ao entrar, trocamos as máscaras durante expediente, pedimos para os clientes não circularem pelo salão sem máscara, e eles têm sido compreensivos. É um zelo pela proteção nossa e deles", conta Marli.

Embora tema o contágio, a garçonete está confiante com o retorno gradativo. "Temos medo por saber que a doença é perigosa, mas seguimos todas as normas para conviver com essa situação e entendo que dá para voltarmos aos poucos se todos tomarem os cuidados".

Dos eventos para a bandeja

A garçonete Juliana de Oliveira, 25 anos, deixou de trabalhar com eventos para se dedicar a servir na Vero Coquetelaria e Cozinha, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, em setembro de 2019. Para ela, o "normal" do pré-pandemia é coisa do passado. "Acho que o que era antes não veremos mais, pois por mais que voltamos a estar próximos dos clientes, hoje temos cuidados que não existiam antes da pandemia e que são necessários para o bem estar de todos", aponta.

A garçonete Juliana de Oliveira, da Vero Coquetelaria e Cozinha | Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com Juliana, além de assegurar o emprego dos funcionários e seguir à risca as recomendações sanitárias, a assepsia do ambiente em que atua a faz ter mais medo de contágio pela Covid-19 no trajeto de ida e volta no transporte público. "Tenho mais receio do caminho de casa até o trabalho, com a condução lotada e a falta de consciência de várias pessoas, mesmo que tentamos tomar o máximo de cuidados possíveis", reflete.

Embora os riscos sejam iminentes em meio a uma crise de saúde, Juliana afirma que aproveita a experiência em lidar com o público para oferecer muito mais do que refeições e bebidas neste momento crítico. "É uma profissão que eu criei muito carinho e o que faço vai muito além de servir. Estou proporcionando momentos e sorrisos para as pessoas", declara a garçonete, que se sente lisonjeada quando recebe elogios da clientela em recados colados na parede do bar. "São atitudes simples como essa que fazem perceber que estou no caminho certo e fazendo um bom trabalho", finaliza.

O juiz Paulo Henrique Ribeiro Garcia, da 1ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros, condenou no último dia 23 um restaurante localizado na Vila Madalena, bairro da região oeste de São Paulo, a indenizar um homem que foi agredido após se recusar a pagar R$ 8 para usar o banheiro, não tendo consumido no local. O estabelecimento terá de ressarcir o homem em R$ 1.605 por danos materiais e em R$ 15 mil por danos morais.

Segundo os autos, o caso ocorreu em fevereiro de 2017, durante o Carnaval. Ao sair do restaurante, após se negar a pagar a taxa pelo uso do banheiro, o homem foi agredido por dois seguranças do bar vizinho. Ao juízo, os profissionais afirmaram que "quando solicitados, prestam excepcionalmente serviço para o restaurante".

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Em razão das agressões, o homem sofreu fraturas no nariz, na face, no queixo, na testa, nas costelas e na boca, perdendo dois dentes.

Citado, o restaurante alegou que não havia seguranças em seu quadro de funcionários e argumentou ainda que, como era época de Carnaval, era "comum confusão entre participantes, os quais são impedidos de ingressar embriagados e alterados nos estabelecimentos comerciais nessas condições".

Na sentença, Garcia indicou que não havia dúvidas sobre o nexo causal entre os atos do restaurante e os danos relatados pela vítima. O magistrado considerou que o depoimento dos seguranças sobre os serviços prestados excepcionalmente evidenciavam vínculo de subordinação. Além disso ressaltou que os autores do delito estavam em frente ao estabelecimento comercial.

"O dano moral é evidente, pois caracterizado pela dor e sofrimento que a vítima sentiu em virtude das lesões decorrentes da agressão. Constata-se, ainda, que as lesões acarretaram sequelas ao autor, com limitações das atividades habituais e profissionais, conforme demonstrado pela prova oral produzida", escreveu o juiz.

O magistrado também considerou a responsabilidade do empregador em relação aos atos de seus empregados. "De se observar que o artigo 933 do Código Civil estabelece a responsabilidade civil do empregador, ainda que não haja culpa de sua parte, ou seja, não se discute culpa in eligendo ou in vigilando."

A Polícia Militar prendeu um suspeito de matar um homem de 30 anos na noite de quinta-feira (18) em um estacionamento na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo. O crime aconteceu por volta das 22h.

Segundo a polícia, o autônomo Wilker Kendy Marinho Sousa foi morto a tiros dentro de um estacionamento localizado na Rua Fidalga. Após o crime, o suspeito fugiu em uma caminhonete Toyota Hilux de cor prata, que foi localizada por policiais militares.

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No momento da abordagem, Reinaldo Francisco Ribeiro, de 43 anos, dirigia o veículo. Ele foi preso em flagrante. Ainda não se sabe se há outros envolvidos no crime. A PM também apreendeu três celulares e o caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa) como homicídio qualificado e localização/apreensão de veículo.

A cantora Camila Cabello, ex-integrante da girlband Fifth Harmony, aproveitou sua folga entre os shows de sua turnê pelo Brasil para visitar o “Beco do Batman”, na Vila Madalena, em São Paulo. 

A cantora compartilhou com seus mais de 25 milhões de seguidores no Instagram algumas fotos em que posa em frente a alguns grafites no local. 

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Na legenda de uma das publicações, Camila brincou sobre estar bem arrumada em um dia de folga. “Essa é uma foto rara minha em um dia de folga com uma roupa linda. Normalmente, parece que eu pulei da cama e vou voltar para lá depois de uma corrida ao mercado. E depois, lá estão as minhas fotos online e eu penso comigo mesma que sou uma péssima pessoa famosa e que Rihanna não estaria orgulhosa” escreveu a cantora. 

Camila Cabello veio ao Brasil para quatro apresentações durante o Z Festival em Porto Alegre, Uberlândia, São Paulo e Curitiba. O último show, em Curitiba, acontece na noite desta terça-feira (16).

Um casal foi agredido após uma discussão de trânsito na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, na madrugada de domingo, dia 2 de abril. O caso ocorreu por volta das 2 horas na esquina das ruas Aspicuelta e Girassol.

Em boletim de ocorrência registrado no 14° Distrito Policial, em Pinheiros, uma das vítimas - um empresário de 31 anos - disse que o motorista de um Hyundai ficou alterado após ouvir que a faixa de pedestre teria de ser respeitada.

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Neste momento, conforme o relato da vítima, o motorista desceu do carro e atirou. Além do motorista, outros dois ocupantes desceram do automóvel e agrediram o empresário e a noiva. Ninguém foi atingido.

Imagens de câmeras de segurança mostram que um homem atirou na direção do empresário, mas foi contido por um indivíduo de capuz que passava no local. Em seguida, a mulher foi agredida com um soco e caiu.

As vítimas foram socorridas ao pronto-socorro do Hospital Beneficência Portuguesa, na região central da capital.

O caso foi registrado como lesão corporal pelo 14° DP, que requisitou exame do Instituto Médico-Legal (IML) para as vítimas. Eles foram orientados ainda a comparecer ao 91° DP para realizar possível reconhecimento dos autores pelo Projeto Félix - sistema que apresenta fotografias dos suspeitos - e a fazer representação no prazo máximo de 6 meses.

Segundo o delegado responsável pela ocorrência, Roberto Krasovic, a polícia civil aguarda depoimentos de testemunhas e intimou o comparecimento das vítimas à delegacia na tarde desta quarta. Uma equipe foi deslocada para o caso e foram instaurados inquéritos para apurar o episódio. Não há informações sobre os suspeitos.

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar o público da Vila Madalena, na madrugada deste sábado, 30, antes mesmo de o carnaval de rua oficial começar em São Paulo. A confusão começou por volta de 2 horas, se espalhou pelas Ruas Belmiro Braga, Horácio Lane e Inácio Pereira da Rocha e terminou às 3 horas. O público era formado principalmente por jovens.

"A gente escutou barulho de bomba, e o dono e a dona do bar onde estávamos na Rua Horácio Lane subiram na laje e pediram para a gente descer para evitar o efeito das bombas. Estava tudo bem. Não tinha fumaça", contou o psicólogo Kauê Freitas, de 26 anos. Eles temiam bombas de gás lacrimogêneo.

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Os policiais enfileirados formaram bloqueios nas ruas do bairro para impedir que os frequentadores voltassem para a região onde ficam concentrados bares, como as Ruas Aspicuelta, Fidalga e Wisard. Freitas relata que em um posto de combustíveis na Rua Inácio Pereira da Rocha havia uma fileira de motocicletas da Rocam. "A rua foi esvaziada totalmente", disse.

A estudante de Fotografia Martha Salomão de Moraes, de 20 anos, contou que um bloqueio formado por PMs na Rua Aspicuelta com a Fradique Coutinho complicou a volta para casa, a poucas quadras da Vila Madalena, em Pinheiros. "Os policiais começaram a avisar que teria toque de recolher, começaram a fechar as ruas. Meu amigo mora na Rua Fradique Coutinho e não conseguíamos chegar até a casa dele", contou.

Segundo a jovem, por volta de 0h30, a PM impedia o deslocamento com garrafas. "Os policiais começaram a barrar todo mundo e não tinha por onde sair. A única saída era apenas no sentido da Rua Teodoro Sampaio. Não tinha como volta para a Vila", disse Martha. "Os policiais foram tranquilos, mas não deixavam passar de jeito nenhum."

Um morador da Vila Madalena, que não quis se identificar, apoiou a ação da Polícia Militar. "A PM tem de agir. Não tem outro jeito. Caso contrário, o pessoal não vai embora", afirmou. "Tudo isso aconteceu sem que o carnaval tivesse começado de fato, o que nos preocupa muito."

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada pela reportagem às 10h57 deste sábado (30) e ate as 14h20 não havia respondido quantos policiais participaram da operação, quantas bombas de efeito moral foram usadas nem se foi registrada alguma ocorrência na região.

A temporada oficial do carnaval de rua de São Paulo só vai começar no dia 29, mas a passagem de blocos pela Vila Madalena, na zona oeste, já traz transtornos para os moradores. Eles reclamam que, no fim de semana passado, grupos atrapalharam a passagem de pedestres e motoristas. Além disso, relatam que uma loja foi depredada na madrugada de segunda-feira.

A festa tem causado polêmica no bairro por atrair grande número de foliões, algo que se intensificou após a Copa do Mundo, em 2014. No ano passado, até bombas de efeito moral foram usadas pela Polícia Militar durante a dispersão do público.

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Dona da loja Borogodó do Brechó, a empresária Erika Nigro, de 42 anos, afirma que ficou assustada ao se deparar com a porta do comércio totalmente destruída. "Acredito que jogaram uma pedra, que quebrou a porta de vidro. A loja estava toda aberta, mas ninguém chegou a entrar. O alarme não disparou. Vou ficar uns dez dias sem a porta original."

Erika ainda está fazendo orçamento para a compra de uma nova porta e não soube calcular o prejuízo. "É o meu primeiro ano na Vila (Madalena) e foi um susto tremendo. Isto é vandalismo. Qual é o prazer de destruir?", indaga.

Para enfrentar o período, ela pretende investir em mudanças no local. "Como o carnaval está muito pesado, estou pensando em colocar um tapume de três metros na frente da loja. Ainda tenho de ver como funciona, mas até penso em colocar um banheiro químico e ter alguém para cuidar deles. Vai ser um prejuízo."

Representante do grupo de moradores e comerciantes SOSsego Vila Madalena, Tom Green, de 50 anos, diz que faltou fiscalização de agentes da Prefeitura na região durante a passagem dos blocos. "São atividades não oficiais, que não foram autorizadas. Tivemos problema de fiscalização de ambulantes e havia muitos carros estacionados, que fecharam a Rua Fidalga no domingo à noite. O barulho foi até as 4 horas da madrugada. É uma situação difícil para nós", ressalta.

Green diz que os moradores têm levado queixas para a Prefeitura e para o Ministério Público e espera que o carnaval seja mais tranquilo do que nas edições anteriores. "Ninguém está contra o carnaval, mas queríamos algo tradicional, por causa do impacto que estamos tendo todos os anos."

Um dos blocos, chamado Pimentas do Reino, teria desfilado após participar de uma festa fechada realizada no sábado. Proprietária da casa Jongo Reverendo, Adriana Carvalhaes, de 45 anos, diz que os integrantes se apresentaram na casa. "Às 16 horas, eles saíram para a rua, por conta e risco deles. Não tenho autoridade para proibir." A reportagem buscou contato com o bloco pelas redes sociais, mas não obteve retorno.

Temporário

Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura afirma que os desfiles fora de época não são irregulares, mas precisam de uma licença especial. "Os blocos que optarem por desfilar fora do período oficial não são proibidos de fazê-lo. Entretanto, serão licenciados como eventos temporários em logradouros públicos e deverão custear as taxas municipais correspondentes e tomar todas as devidas precauções."

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura anunciou que grandes blocos não poderão desfilar na Avenida Sumaré e o número de desfiles na região será reduzido. Apresentações de maior porte, como as com uso de trio elétrico, serão realizadas no Parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade. A temporada de carnaval de rua se encerra no dia 14 de fevereiro.

"A Prefeitura não é a promotora do carnaval de rua, mas organiza os serviços para tornar a experiência o mais confortável e organizada possível, tanto para foliões quanto para moradores", afirma a pasta, que diz dialogar com moradores e comerciantes desde o ano passado.

Pela primeira vez, a Vila Madalena será enfeitada para o Natal. Mas nada de guirlandas, laços vermelhos ou bonecos de neve. No bairro boêmio da zona oeste de São Paulo, a decoração será em grafite, com o objetivo de valorizar o espaço urbano.

O projeto piloto 'Natal na Vila' vai promover intervenções em mais de 200 postes de luz das principais vias do bairro, como Girassol, Aspicuelta, Harmonia, Morato Coelho e Fradique Coutinho. A produção começou no último fim de semana, nos dias 14 e 15, e deve seguir até o final do mês.

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De acordo com o curador do projeto, o artista Rui Amaral, a ideia foi desenvolvida com moradores e comerciantes do bairro, que patrocinam a ação. "Os grafites terão 1,80m de altura. Acima das pinturas, um arranjo floral dará o acabamento", diz Amaral, que é um dos percussores da arte urbana na cidade.

Mais de dez artistas foram convidados por Amaral para participar do projeto. Eles terão liberdade para escolher os temas, que não necessariamente terão de estar relacionados com o Natal. Por enquanto, o tema mais explorado foi a natureza, ilustrada por meio de flores. Uma árvore de Natal também alegra um dos postes já grafitados.

"É um presente de Natal para a Vila e para a cidade. Tomara que as pessoas gostem", diz Amaral. Apesar de novo, o projeto Natal da Vila já entrou para a programação da Prefeitura, que promove ainda a Árvore de Natal do Parque do Ibirapuera e a iluminação de 2 mil árvores pela cidade. Neste ano, o patrocínio das ações será da Coca-Cola.

O secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, afirmou na segunda-feira (16) que pretende "enfrentar o problema da concentração dos blocos carnavalescos no bairro da Vila Madalena" em 2016. A ideia é reservar a área para os blocos que nasceram no bairro.

Nesta terça-feira (17), a Prefeitura deve abrir as inscrições para blocos e cordões interessados em receber apoio da administração municipal para o carnaval. O cadastro deve ser feito no site da Prefeitura. A inscrição é gratuita e termina no dia 13 de dezembro.

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O perfil da Vila Madalena, do Sumarezinho e da Vila Anglo, na zona oeste da capital, está em transformação desde que o novo Plano Diretor de São Paulo, elaborado pela gestão Fernando Haddad (PT), entrou em vigor. Apesar da crise econômica ter desacelerado o mercado imobiliário, pelo menos 90 casas foram derrubadas por construtoras no entorno da Estação Vila Madalena do Metrô para 15 lançamentos residenciais. Com o declive característico desses bairros, demolições já provocam danos estruturais em imóveis vizinhos das futuras torres.

Há dez dias, um deslizamento de terra em obra da Even interditou um hostel na Rua Girassol depois de a parede de um dos quartos ir ao chão. Nenhum dos três hóspedes que dormiam no local se feriu. Na casa de cima, com frente para a Rua Senador César Lacerda Vergueiro, parte do quintal também ficou fechada para a realização de reparos. A construtora informou que já concluiu a contenção na área e não há mais riscos.

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Na hora do incidente, porém, a movimentação de terra provocou pânico. "Tomamos um susto enorme, o estrondo estremeceu minha casa. Agora a tensão é constante, porque não sabemos o que mais pode acontecer. Os terrenos aqui são muito íngremes, não deveriam receber torres enormes de apartamentos", diz a administradora de empresas Yara Sanchez, uma das poucas moradoras que resistiram à pressão do mercado imobiliário. Na região, alguns sobrados chegaram a ser vendidos por mais de R$ 2 milhões.

Os trabalhos de demolição começaram no início deste ano, cerca de seis meses após a aprovação do Plano Diretor. A consequência direta da medida foi a procura por áreas vagas. Como elas são raras, as construtoras passaram a comprar e demolir casas. No local em que houve o deslizamento de terra, por exemplo, eram 13 lotes, todos já derrubados para a construção de uma torre de 22 andares e 166 apartamentos.

"É um cenário de destruição. Parece que caiu uma bomba atômica ali", diz a produtora Beatriz Torres, que faz parte do conselho participativo da Subprefeitura de Pinheiros.

Os moradores reivindicam que a Prefeitura reveja a liberação dos espigões e a marcação do perímetro a ser adensado - a proposta é que ele seja reduzido de 700 mil metros quadrados para 260 mil m². "Nossa luta é pela preservação das casas e dos sobrados que caracterizam a Vila Madalena. Em 2012, o prefeito Haddad, durante a campanha eleitoral, chegou a participar de um abaixo-assinado exatamente com essa finalidade. Não pode agora agir de forma tão contrária", afirma Beatriz, que guarda os documentos. A Prefeitura não se manifestou.

Sossego

Os futuros prédios tomarão conta de ruas tranquilas, até então formadas por sobrados de médio e alto padrão - alguns com piscina. É o caso da Rua Senador César Lacerda Vergueiro. A via tem três empreendimentos residenciais em projeto e com demolições em andamento. "Trabalho aqui há 17 anos e nunca vi tanta mudança ao mesmo tempo. Além das casas derrubadas, há outras vazias", diz o vigia José Gonzaga.

Outro exemplo fica no cruzamento das Ruas Luminárias e Paulistânia, onde a Camargo Corrêa abriu um terreno para uma torre de 23 andares. Durante a demolição, o muro de uma casa vizinha foi danificado. A empresa lamentou o incidente e afirmou que vai providenciar o reparo, mas os moradores da região temem mais problemas em função da declividade dessa parte do bairro.

Segundo o urbanista Francisco Luiz Scagliusi, que mapeou em outubro todas as 15 áreas abertas no bairro para verticalização, há casos em que a declividade dos lotes passa de 65°. "Nessas condições é impensável liberar prédios. Além disso, as vias ainda são muito sinuosas e com calçadas estreitas."

Com base no estudo feito por Scagliusi, cinco associações de bairro da Vila Madalena esperam convencer os vereadores da capital a promover as alterações pedidas a tempo de evitar mais lançamentos imobiliários com altas torres na região. "O próprio Plano Diretor abre brecha para a revisão do perímetro a ser adensado. Nosso mapeamento apresenta dados técnicos que justificam a necessidade dessa mudança", afirma Scagliusi. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Bombas de efeito moral foram lançadas na madrugada desta terça-feira (17) na esquina das Ruas Fidalga e Aspicuelta, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, tradicional reduto boêmio da capital paulista e que recebe foliões neste carnaval. A Polícia Militar (PM) soltou as bombas depois que um grupo jogou garrafas de vidro contra os policiais.

Antes disso, uma briga generalizada aconteceu na esquina quando grupos de torcedores começaram a entoar gritos de torcida. O clima já era tenso desde às 23 horas. Muitos dispersaram-se e os policiais começam a descer a Aspicuelta. Não havia até a 1 hora informações sobre detidos.

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Há mais de duas décadas o multiartista Antonio Nóbrega e sua esposa Rosane Almeida inauguravam, no bairro Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, o Instituto Brincante. Instalado num prédio de 800 metros quadrados, o espaço se denomina uma área de conhecimento e assimilação da cultura brasileira e atendeu diretamente a mais de 20 mil pessoas. Mas o instituto se tornou uma das mais recentes vítimas da especulação imobiliária em São Paulo. É que Antonio Nóbrega recebeu no começo de julho uma ação de despejo e terá até o dia 10 de agosto para tirar sua trupe do local. Para chamar a atenção da sociedade, o artista criou o movimento #FicaBrincante e realizará no próximo domingo (3), no Parque Ibirapuera, um evento chamado Brincada que contará com várias manifestações artísticas de alunos, ex-alunos e professores do instituto, além da sociedade civil, com direito a show do próprio Antonio Nóbrega e exibição de cenas do filme Brincante, de Walter Carvalho, sobre a trajetória artística de Nóbrega. O LeiaJá conversou com o artista pernambucano sobre o #FicaBrincante e a negociação para permanecer na casa na Vila Madalena, além de detalhes do filme Brincante. Nóbrega também comenta a perda de Ariano Suassuna, com quem sempre teve uma relação artística bastante íntima. Confira a conversa:

Qual a proposta deste encontro que vocês vão promover no próximo domingo (3)?

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O evento vai ser no Parque Ibirapuera e está dentro da proposta do #FicaBrincante (movimento em prol do instituto). Nós estamos organizando o que chamamos de Brincada, que é um evento de cultura no qual os participantes vão puxar rodas de dança aqui, se juntar pra tocar alfaias acolá, com a proposta de inundar o parque com várias atividades culturais. O evento no Parque Ibirapuera está marcado para começar às 16h, e às 18h eu subirei ao palco do Auditório Ibirapuera, que é um palco muito grande, ao lado de nove músicos para fazer uma apresentação.

É verdade que vocês receberam uma ação de despejo? Já houve alguma nova negociação com o dono do imóvel onde fica o Instituto Brincante? Qual o desejo de vocês neste sentido?

Sim, é verdade, mas até agora não houve nenhuma negociação. E pelo visto o proprietário do imóvel continua a manter a ação de despejo. Mas, da nossa parte, o desejo é de permanecer no local, uma área onde estamos há 21 anos. Nós devíamos ter sido os primeiros a ser consultados sobre o imóvel e não fomos. A Vila Madalena é um lugar que não tem espaços culturais e o Instituto Brincante vai fazer mais falta do que um edifício no local. Eu digo isso simplesmente pelo fato de que vivemos num mundo repleto de pressão, e os espaços culturais de hoje meio que têm essa função de ‘despressionar‘ a sociedade. Pode soar meio pretensioso, mas são equipamentos da arte que humanizam as pessoas, e isso vai fará muita falta naquela região da cidade.

Aqui no Recife há talvez uma situação que permite uma analogia a esta situação - apesar de não se tratar de um equipamento cultural - no Cais José Estelita. Em sua opinião, os espaços culturais e o patrimônio das cidades sucumbirão diante do dito desenvolvimento urbano?

Acho que cada caso é um caso. Eu sou contra a ocupação predatória e discriminada de espaços da cidade pela especulação imobiliária. Eu não posso dizer que estou inteiramente a par do que tem acontecido no caso do Cais José Estelita, no Recife, e teria até um certo cuidado em dizer que são casos parecidos. O Instituto Brincante existe há 21 anos e é um espaço atuante em São Paulo. Já o Cais José Estelita trata-se de uma região importante da cidade, mas que estava em desuso e acabou caindo nas mãos da especulação imobiliária. O que acho interessante nestes dois processos é que a sociedade está sendo convidada a discutir os problemas, sem ficar à revelia das construtoras e do absolutismo financeiro. Vivemos um novo tempo que não dá espaço para este tipo de prática.

Como surgiu a ideia de fazer o filme Brincante, com direção de Walter Carvalho?

Eu já tenho trabalhado com o Walter Carvalho há um tempo. Ele dirigiu meus três DVDs, Nove de Frevereiro, Lunário Perpétuo e Naturalmente. Fruto desse entendimento que construímos juntos, pensamos em fazer o filme Brincante, que é uma ideia de anos atrás. Vários diretores do país me procuraram pra dirigir este trabalho, mas por questões de agenda e desencontros isso acabou não sendo possível. Mas num certo dia eu acabei me encontrando com o Walter, e numa conversa sobre o projeto Brincante ele me disse ‘quem vai fazer esse filme sou eu’.

Na semana passada o Brasil perdeu um dos maiores agitadores culturais do país, Ariano Suassuna. Você teve uma relação próxima com ele, principalmente no que diz respeito ao Movimento Armorial. Para você, qual a maior contribuição que Ariano deixou aos brasileiros?

Ariano foi uma figura muito singular e que deixa ao Brasil a sua multidisciplinaridade. Ele era dramaturgo, romancista, cronista, ensaísta, poeta, dentre tantas outras coisas. A obra dele se ramifica em várias vertentes. Era um homem da ação, tanto pelo ativismo cultural, que lhe rendeu a ocupação de cargos públicos, como pela sua atuação nos palcos e com seus espetáculos. Certamente o país ficou órfão, mas ele deixou rastros que, se forem aprofundados, e certamente o serão, nós teremos muitas oportunidades de conhecer ainda mais esse cometa que foi Ariano Suassuna.

Bares e restaurantes na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, ficaram sem água nesta quarta-feira (30) até o fim da tarde e alguns fecharem as portas. "Já na terça-feira ficamos sem água a partir do fim da tarde e hoje (ontem) ela não voltou, então não conseguimos fazer almoço nem jantar. Tivemos de informar aos clientes que não poderíamos servir nenhuma comida", afirmou Solange Ribas, subgerente do Restaurante Alternativa Casa do Natural, na Fradique Coutinho.

Solange disse que, à noite, o abastecimento havia voltado, 24 horas depois de ser interrompido, mas com pouca pressão. "O chefe de cozinha chega às 7 horas da manhã. Se amanhã (hoje) estiver como está agora, não vai dar para fazer comida novamente", disse.

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Bares na Rua Wisard também relataram o mesmo problema. O bar Piratininga informou que ficou sem água todo o dia e que ela só retornou às 18h, mesmo caso do Empanadas Bar. Os estabelecimentos não registraram problemas com a clientela.

O Coffee Lab, por sua vez, não pôde abrir. Isabela Raposeiras, dona da marca, reclamou no Facebook que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não avisou sobre a falta de água. "Vamos aproveitar o dia para fazer treinamentos", afirmou.

À noite, ela avisou que o estabelecimento funcionaria normalmente hoje porque a água havia voltado.

A Sabesp informou em nota que o problema foi causado por "obras de reparo de uma rede de distribuição entre as Ruas Galeno de Almeida e João Moura" e que o abastecimento foi interrompido "temporariamente" na região. O serviço seria finalizado às 22h de ontem e a normalização, segundo a companhia, ocorreria gradativamente durante a noite.

Idec

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou ontem que enviou uma carta para a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) "com evidências de que está ocorrendo racionamento de água em São Paulo". O órgão investiga desde o fim de abril a suspeita de que a Sabesp esteja fazendo rodízio noturno ao reduzir a pressão da água na rede durante a madrugada.

Segundo o Idec, a campanha "Tô sem água", lançada no dia 26 de junho, recebeu 494 relatos de cortes no abastecimento até o dia 28 deste mês, uma média de 14 por dia. A Sabesp afirmou que "a amostragem da pesquisa está longe de retratar o universo de clientes atendidos pela companhia".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Não foram só os turistas que desapareceram das noites da Vila Madalena após o término da Copa do Mundo. Dois dias depois da final do torneio, moradores e comerciantes do bairro da zona oeste de São Paulo viram também a água escassear nos imóveis durante a madrugada.

Assim como acontece em bairros da zona norte há mais de quatro meses, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passou a reduzir a pressão na rede de abastecimento da Vila Madalena, o que tem causado falta de água nas partes altas do bairro. A diminuição na pressão é uma das medidas usadas pela Sabesp para reduzir o consumo de água por causa da seca no Sistema Cantareira.

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A companhia confirma a medida e diz que vai aumentar a pressão nos próximos dia. O desabastecimento mudou a rotina de alguns bares da região, que estão ficando sem água exatamente no período do dia em que há mais movimento e consumo de água. Um deles reduziu o horário de funcionamento e passou a servir bebidas em copos plásticos, para não precisar lavar os de vidro. Outro teve de contratar caminhão-pipa para encher a caixa d’água.

Segundo donos e funcionários dos bares, a redução no abastecimento tem ocorrido das 21h às 6h do dia seguinte. "Como nosso imóvel é antigo, a caixa d’água é pequena e a gente fica sem abastecimento mais rápido", conta Melquisedec Alves, de 38 anos, gerente do bar José Menino, localizado na esquina das Ruas Aspicuelta e Mourato Coelho, ponto mais movimentado durante a Copa.

Sem ter água para lavar a louça, o bar decidiu servir os clientes em copos plásticos. "Preferimos deixar a reserva de água para ser usada nos banheiros", diz o gerente. Para enfrentar o problema, o bar passou a fechar as portas à meia-noite, duas horas mais cedo do que o normal, e alterou o horário de entrada de um funcionário para o período da manhã. "Ele costumava entrar às 17h, mas está chegando às 7h para lavar a louça acumulada", diz Alves.

Perto dali, no bar Salve Jorge, os copos plásticos também foram adotados. "A orientação é não ficar lavando pequenos objetos à noite. A gente deixa a louça acumular para a manhã seguinte", explica o subgerente Altevir Fernandes, de 26 anos.

Os clientes não gostaram da mudança na forma de servir as bebidas. No bar José Menino, alguns reclamaram. "Beber no copo de plástico na Vila Madalena é complicado, ainda mais pagando R$ 7 pelo chope", diz o analista de sistemas Vinicius Dourado, de 21 anos. "É a primeira vez que vejo isso, e no copo de plástico, parece até que vem menos", afirma o empresário Michel Reis, de 24 anos.

Mais afetados

Os bares Quitandinha, Posto 6 e Comunidade da Villa, todos no mesmo quarteirão do José Menino e do Salve Jorge, também dizem ter sentido a redução no abastecimento de água.

No bar Comunidade da Villa, o proprietário teve de contratar um caminhão-pipa na semana passada. "Chamei o caminhão para encher a caixa e não ter o risco de ficar sem água durante o horário de atendimento. Gastei R$ 450", diz Sérgio Melo, de 43 anos, dono do local.

Proprietário de outros dois estabelecimentos na zona norte de São Paulo, Melo reclama da medida da Sabesp. "Tenho um bar na Vila Maria que fica sem água durante o dia. Fico sem abastecimento para o banheiro. Imagina você ter de dar um balde para o cliente poder dar a descarga."

Casas

Embora os quarteirões mais afetados pela redução da pressão reúnam poucas casas, alguns moradores também reclamaram de desabastecimento nos últimos dias. "Desde que começou, minha patroa já ligou três vezes para a Sabesp e eles dizem que não tem registro de nenhum problema aqui", conta a diarista Denise Silva, de 48 anos, que trabalha em uma casa na Rua Mourato Coelho.

Morador de uma casa na mesma via, o aposentado Alberto Stevano, de 79 anos, reclamou da postura da Sabesp. "Para mim, isso é um racionamento encoberto. Se for necessário para economizar, tudo bem, mas os moradores precisam ser avisados para se programarem", diz ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Militar usou bombas e gás de pimenta para tentar dispersar as centenas de jovens que ocupavam as Ruas Aspicuelta e Fidalga, na Vila Madalena, na zona oeste, na madrugada desta quarta-feira (9). Por volta das 2h, garrafas foram lançadas contra os policiais e houve corre-corre pelas ruas do bairro. Antes da intervenção policial, dezenas de brigas e confusões envolvendo argentinos e brasileiros estavam acontecendo no meio das ruas bloqueadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Até as 08h45 desta quarta-feira, a PM não confirmou o uso de bombas e gás de pimenta, presenciado pela reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".

É a terceira vez que a PM usa bombas e gás para tentar retirar as pessoas que ocupam as ruas da Vila Madalena. A medida passou a ser tomada após mobilização de moradores do bairro contra o vandalismo nas ruas ocorrido logo depois dos jogos da Copa.

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Após a derrota do Brasil nesta terça-feira, 8, a maioria dos bares fechou e uma multidão de torcedores foi embora. Mas muitos jovens continuaram ocupando as ruas bloqueadas pela CET.

Ainda durante o intervalo, a PM havia registrado brigas e ao menos uma bandeira do Brasil queimada na Rua Girassol. Mas o clima ficou ainda mais tenso após a chegada de grupos de torcedores argentinos, por volta das 21h30. Brasileiros cercavam os estrangeiros o tempo todo, tentando intimidá-los com empurrões e gritos de guerra.

Na esquina das Ruas Aspicuelta e Fidalga, por volta das 21h50, o jornal "O Estado de S. Paulo" presenciou brasileiros roubando os bonés e cachecóis da Argentina de grupo de torcedores.

Os brasileiros perseguiam os argentinos com cornetas e empurrões por todo o bairro. "Muito triste ver isso", afirmou o garçom argentino Diego Zambiazzi, de 25 anos, que mora na cidade de Mendoza.

Outras brigas entre grupos de brasileiros também foram registradas na Rua Aspicuelta, com princípio de corre-corre e tumulto.

Os torcedores que forem à Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, na noite desta sexta-feira (4) deverão deixar o bairro até a 1h deste sábado (5), horário em que os bares e restaurantes fecharão. Em entrevista à Rádio Estadão, o porta-voz da Polícia Militar (PM), capitão Emerson Massera, negou que seja um toque de recolher e definiu a ação como um "trabalho de desconcentração".

"Faremos uma abordagem para explicar às pessoas a necessidade de deixar o local, porque às 2h começa a limpeza. Elas não poderão ficar na região dos bares, mas o direito de ir e vir será respeitado", afirmou o capitão Massera. O porta-voz da PM acredita que não haverá resistência dos torcedores. Na madrugada da última quarta-feira, 2, a PM precisou usar bombas de efeito moral retirar torcedores argentinos das ruas do bairro e liberar as vias para o serviço de limpeza.

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Pelo menos sete pessoas foram atropeladas por um Pajero Mitsubishi cor preta durante a passagem de um bloco de carnaval de rua na Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, o acidente aconteceu por volta das 19h50, na esquina das Ruas Aspicuelta e Fidalga.

Seis pessoas foram encaminhadas para o Pronto-Socorro Municipal da Lapa, cinco delas com ferimentos leves e uma com fratura na tíbia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou outra vítima ao Hospital das Clínicas.

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Segundo testemunhas, o comerciante Sulivan Cândido, de 26 anos, acelerou o utilitário na direção de um grupo de foliões que fechava a rua. Ele teria forçado a passagem em duas ocasiões - na primeira, atropelou as pessoas e, na segunda, passou por cima de uma moto e acabou ficando preso. Nesse momento, a multidão avançou sobre o carro e começou a depredar o veículo e espancar o casal.

A esposa de Cândido, Luana de Souza Siqueira, de 29 anos, admitiu que o marido havia bebido. Segundo ela, foram os foliões que avançaram sobre o carro e começaram a agredi-los, antes dos atropelamentos.

"As pessoas começaram a bater no carro, depois abriram a porta do meu lado e começaram a me bater", disse Luana ao Estado. "Ele (Cândido) acelerou para me proteger."

Até as 23h de ontem, o casal permanecia no 14º Distrito Policial (Pinheiros), aguardando para prestar depoimento. Cândido estava com a cabeça enfaixada. Luana não sofreu ferimentos graves.

Algumas pessoas que tentaram impedir o linchamento do casal também foram agredidas pela multidão. A região foi uma das que mais concentrou blocos de rua na capital ontem. Seis blocos circularam entre Pinheiros e Vila Madalena, um quarto dos que saíram em toda a cidade (24). Entre eles estavam os blocos Nois Trupica Mais Num Cai e o Cordão Carnavalesco Confraria do Pasmado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mona Lisa del Giocondo é uma das principais obras de Leonardo Da Vinci, proeminente pintor do Renascimento italiano. Nesta obra, o artista inicia o uso de técnicas como o sfumato, que passa a ideia de perspectiva e, segundo alguns teóricos, esconde algumas mensagens entre suas pinceladas. Pintada em óleo sobre madeira, o quadro é a grande atração do Museu do Louvre em Paris e ganha releituras de artistas de diversos locais do Brasil.

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As obras foram criadas a partir de um desafio proposto pela galeria Urban Arts: se você fosse o Leonardo da Vinci, como seria sua Mona Lisa? Os participantes enviaram suas releituras através de uma rede social criativa e mais de 240 desenhos foram submetidos ao júri, que selecionou 30 para realizar a mostra que começa no dia 05 de fevereiro em São Paulo.

Sertanejas, cúbicas, mórbidas, conceituais, roqueiras, emo e leitoras de 50 tons de cinza, as Mona Lisas mostram diferentes olhares sobre uma mesma obra. Confira as imagens em nossa galeria.

Serviço

Se você fosse o Leonardo da Vinci, como seria a sua Mona Lisa?

Urban Arts - Vila Madalena (R. Aspicuelta, 237, Vila Madalena, São Paulo/SP)

05 a 16 de fevereiro

11 3032 1590

Gratuito

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