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O Real Madrid denunciou, nesta segunda-feira, os insultos racistas sofridos pelo brasileiro Vinicius Júnior na derrota por 1 a 0 diante do Valencia, fora de casa, neste domingo, pelo Campeonato Espanhol. O clube da capital afirma que está tomando a sua atitude "mais enérgica" com a formalização da queixa, em mais um lamentável episódio de perseguição ao atacante.

Em comunicado, o Real Madrid considera que "os ataques constituem um crime de ódio", por isso apresentou denúncia perante o Ministério Público contra crimes de ódio e discriminação. O clube exige que os fatos sejam investigados e apuradas as responsabilidades.

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"O artigo 124 da Constituição espanhola estabelece as funções do Ministério Público para promover a ação da justiça em defesa da legalidade e dos direitos dos cidadãos e do interesse público. Por este motivo, e dada a gravidade dos fatos ocorridos, o Real Madrid recorreu à Procuradoria, sem prejuízo de seu caráter privado no processo instaurado", disse o clube madrilenho, em nota.

O sindicato dos jogadores de futebol da Espanha (AFE), juntamente com a associação Movimento Contra a Intolerância, também foram à Procuradoria pelo novo incidente contra Vinicius Júnior. Ambas as organizações afirmam que os casos não são isolados e pedem medidas "agora, e com força".

"Tanto o Governo como o Ministério Público podem e devem agir imediatamente sobre o assunto para adotar as medidas necessárias diante de eventos tão graves", acrescentou a nota do sindicato dos jogadores de futebol.

Aos 27 minutos do segundo tempo, torcedores do Valencia iniciaram gritos racistas contra Vini Jr. e o jogo foi paralisado após dez minutos de conversas entre o atacante, o técnico Carlo Ancelotti e o árbitro Ricardo de Burgos Bengoechea. Nos minutos finais, o brasileiro foi expulso depois de discussão com Hugo Duro. O jogador do Valencia aplicou um "mata-leão" no brasileiro depois de ele apontar na torcida rival quem estava lhe insultando. O lance foi para o VAR, mas apenas o atleta da seleção brasileira levou vermelho.

"O RACISMO É O NORMAL NA LALIGA"

Após a partida, Vinícius Junior foi às redes sociais fazer uma forte declaração contra a LaLiga, responsável por organizar o Campeonato Espanhol. "Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas", afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que o país passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. "Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas."

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a Procuradoria-Geral da cidade de Garanhuns, Agreste de Pernambuco, adote medidas judiciais cabíveis contra a empresa Renova Medical Indústria e Comércio de Produtos Médicos e Hospitalares Ltda, que vendeu testes para a Covid-19 com prazo de validade vencida.

A Promotoria de Justiça de Defesa de Garanhuns recebeu documentação apontando que o município perdeu os testes rápidos para a detecção da Covid-19 que foram comprados porque a empresa etiquetou as 500 caixas com a indicação de um novo prazo de validade. O original gravado nas embalagens individuais dos testes era 26/9/2020, e o que constava nas etiquetas das caixas era 23/3/2021, induzindo ao erro os funcionários da Secretaria de Saúde.

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O MPPE quer que os cofres públicos sejam ressarcidos e que a empresa sofra sanções previstas na Lei de Licitações e Contratos. 

"A referida empresa foi contratada no mês de setembro, através de uma licitação realizada em meio à demanda por aplicação da testagem da população de Garanhuns. Os testes foram entregues em 18 de setembro, apenas oito dias antes da perda de sua validade. Esse fato, conforme verificado nos autos, não foi percebido de pronto pelo município, que só descobriu a inconsistência em 7 de novembro, após iniciar a testagem", detalha o promotor de Justiça Domingos Sávio Pereira Agra.

A investigação conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Garanhuns apontou ainda que não foram identificados indícios de dolo ou culpa capazes de gerar responsabilização de agentes públicos, tendo em vista que a contradição entre a data informada nas caixas lacradas e nas embalagens individuais não foi percebida por dezenas de profissionais envolvidos na recepção, armazenagem e aplicação dos testes rápidos.

Além disso, as etiquetas afixadas pela empresa contratada afirmavam que a alteração do prazo de validade do reagente havia sido autorizada pela Anvisa, o que induziu os servidores municipais ao erro.

O Ministério Público de Pernambuco também cobra que a gestão municipal estabeleça, no prazo máximo de 30 dias, um procedimento geral para conferir a validade de medicamentos e produtos adquiridos pela Secretaria de Saúde da cidade.

O MPPE aponta que outro ponto que chama atenção neste caso é a discrepância entre o valor máximo da licitação (R$ 716.700,00) e o preço pedido pela Renova Medical, que ofereceu os testes com 76% de desconto sobre o valor máximo.

A Procuradoria-Geral da República irá explicar, na tarde desta sexta-feira, 24, a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão.

Mais cedo, a Interpol na Itália confirmou que o país autorizou a extradição de Pizzolato ao Brasil, após a disputa legal e as negociações políticas sobre o assunto. Atualmente, Pizzolato está preso em Módena, na Itália.

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A expectativa é que a PGR confirme a informação da Interpol e explique os trâmites para que a extradição ocorra a partir de agora. O Ministério da Justiça brasileiro ainda não confirmou o recebimento de comunicação oficial da Itália sobre a decisão.

A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deve divulgar, até esta terça-feira (27), um parecer com a análise constitucional da candidatura do deputado Guilherme Uchoa (PDT) ao quinto mandato de presidente da Casa. A decisão do procurador-geral, Ismar Cabral, está sendo aguardada com expectativa pelos deputados. Ele analisa o caso desde novembro de 2014, por um pedido do deputado Eriberto Medeiros (PTC), que também almeja ser reeleito ao cargo de 4° secretário.

Com a emissão do documento, a procuradoria baterá o martelo se legalmente é ou não possível que o deputado dispute a quinta reeleição na Alepe. Desde que se colocou novamente na disputa, Uchoa vem sendo alvo de críticas intensas. A polêmica até já ultrapassou os corredores da Alepe, chegando ao judiciário e à sociedade civil. Ao ser questionado sobre a expectativa da análise, o dirigente informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comentaria o assunto até a divulgação oficial do parecer. Nos bastidores, conta-se com um aceno positivo do procurador.

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Um dos críticos ávidos de Uchoa, o deputado Alberto Feitosa (PR) afirmou que a expectativa sobre o parecer de Ismar Cabral é grande na Alepe. “Se eu concordar, posso até dar o braço a torcer. Mas mesmo que ele convença sobre a constitucionalidade, fere a alternância do poder”, frisou. Feitosa é um dos articuladores do grupo de parlamentares que divulgou um manifesto defendendo o princípio da alternância do poder na Casa Joaquim Nabuco.

Uma disputa acirrada marcou a escolha da lista tríplice para Procuradoria-Geral de Pernambuco. Ao longo desta segunda-feira (5), promotores e procuradores de Justiça de Pernambuco elegeram três nomes para sucessor do promotor Agnaldo Fenelon, que está à frente da Procuradoria-Geral do Estado desde 2010. A eleição foi realizada no auditório do Centro Cultural Rossini Couto, em Santo Amaro.

De acordo com o promotor de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico-Cultural, Geraldo Magela, que também compôs a mesa de votação, a legislação habilita todos os promotores e procuradores a votar e ser votado. No entanto, apenas nove se declararam candidatos: Dirceu Barros, Carlos Guerra, Clóvis Sodré, Charles Hamilton, Maviael Sousa, José Paulo Xavier, Rosimery Souto Maior, André Silvani e Herbert Ramalho. Apesar da obrigatoriedade do voto, dos 386 promotores aptos a votarem, 362 cumpriram a exigência da legislação. 

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Segundo o promotor Magela, o Ministério Público tem até três dias para encaminhar o nome dos candidatos mais votados ao governador, mas adiantou que a mesa eleitoral poderá enviar os nomes ainda esta segunda (5). 

O voto trinominal, o qual se elege três nomes por ordem de preferência, contemplou Carlos Guerra, Dirceu Barros e Charles Hamilton e um deles será escolhido pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para ocupar o cargo durante o biênio 2015/2017. 

O candidato mais votado foi o atual secretário-geral, Carlos Augusto Guerra Holanda, com 199 votos. Ele era tido como candidato da situação, pois contou com o apoio de Agnaldo Fenelon. O segundo colocado foi promotor de Justiça Criminal e Eleitoral, Dirceu Barros (157 votos), seguido pelo promotor de Patrimônio Público, Charles Hamilton (146 votos).

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