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O Senado discute há duas horas a reforma administrativa do governo, mas ainda não começou a votar o texto da medida provisória e o destino do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Sem acordo, o texto que a Câmara aprovou, devolvendo o órgão ao Ministério da Economia, poderá ser votado nominalmente - exibindo o voto de cada um dos parlamentares. O pedido para que o Coaf continue no Ministério da Justiça e Segurança Pública ficará para uma votação separada. Senadores cogitam a possibilidade de deixar esse item para amanhã.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou o início da discussão e votação da reforma administrativa no plenário do Senado. Ainda não há, no entanto, acordo sobre se a Casa votará hoje o item que mantém o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

"O Senado fará seu papel institucional no dia de hoje", disse Alcolumbre, citando a carta do presidente Jair Bolsonaro e fazendo um apelo para que os senadores aprovem a medida conforme o texto da Câmara, que transferiu o Coaf para o Ministério da Economia, e evitem que a MP perca a validade no próximo dia 3. "Conclamo os senadores e senadoras para que possam dar ao presidente da República o que ele pediu no dia de hoje para esta Presidência", discursou Alcolumbre, afirmando que o pedido do Planalto dá "tranquilidade" para a estruturação do Estado brasileiro.

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Em coletiva de imprensa, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fez um apelo para que os senadores aprovem a medida provisória da reforma administrativa conforme o texto votado na Câmara, tirando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além do prazo apertado - a MP perde a validade no dia 3 de junho se não for aprovada - Alcolumbre citou que o órgão sempre funcionou mesmo quando pertencia ao extinto Ministério da Fazenda, hoje incorporado à pasta da Economia, comandada pelo ministro Paulo Guedes.

"Esse órgão de controle sempre atuou mesmo estando dentro do Ministério da Fazenda, agora Ministério da Economia, tanto é que o Brasil conhece os resultados em relação à fiscalização e ao trabalho do Coaf", declarou Alcolumbre. "Não há uma decisão de divisão, se é melhor em um ministério ou em outro. É uma decisão do parlamento."

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reforçou nesta terça-feira, 9, a defesa pela aprovação do pacto federativo, assim como fizeram os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Eles participaram juntos da abertura da 12ª Marcha dos Prefeitos em Brasília. Em apoio à pauta municipalista, Alcolumbre afirmou que o Senado "não irá se abster de responsabilidade como Casa da Federação".

Para Alcolumbre, há uma "abusiva centralidade fiscal" em Brasília e, por causa disso, prefeitos passam por "situação de mendicância". "Vemos prefeitos tendo que implorar recursos para ministros e parlamentares. Isso não pode mais continuar", declarou.

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Também disse que "tem certeza que o Congresso encontrará caminho para que tenhamos mais agilidade na destinação de recursos" para os municípios. "Essa marcha resume toda a luta municipalista do nosso País e traz em evidência as dificuldades dos prefeitos do Brasil afora. Esse convite vai ao encontro de meu histórico posicionamento de defesa de uma profunda rediscussão do pacto federativo e a formatação de um novo modelo."

Alcolumbre também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo, aprovado na semana passada, que reduz a autonomia do governo federal. "Podem argumentar que retira autonomia do governo federal, mas creio que ajude na descentralização (do orçamento)", avaliou. "Brasília tem testemunhado grande renovação seja no Executivo, seja no Legislativo. De um lado mostra democracia forte, mas e outro lembra que povo tem fiscalizado cada vez mais. Não podemos falhar, não podemos permitir que municípios continuem a caminhar para total insolvência. Temos que rediscutir o tão sonhado pacto federativo."

Essa foi a primeira vez que Bolsonaro e Maia se encontraram publicamente após protagonizarem uma série de troca de farpas em março. Em sua fala, Alcolumbre elogiou Maia, dizendo que ele conduz os trabalhos com "serenidade e tranquilidade, que é o que o momento impõe".

Sob pressão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), rejeitou nesta terça-feira (26) o requerimento para a criação da comissão parlamentar de inquérito para investigar o "ativismo judicial" em tribunais superiores, chamada de CPI da Lava Toga. Os autores da propostas acusam pressões externas de membros do "Supremo Tribunal Federal, empresários e do Executivo" para esvaziar o pedido.

Alcolumbre deixou para anunciar a decisão no final da sessão plenária desta terça. Antes, ele consultou a advocacia do Senado para avaliar uma nota técnica da consultoria legislativa que rejeitou os 13 pontos do pedido. Ele listou os pontos negando o parecer.

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A medida do presidente do Senado, no entanto, não enterra de vez a CPI da Lava Toga. Agora, a Comissão de Constituição e Justiça vai fazer um parecer sobre o arquivamento, e o plenário da Casa poderá derrubar a determinação de Alcolumbre.

Antes do presidente do Senado se pronunciar, senadores se revezaram ao microfone defendendo ou criticando a proposta. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que o papel da Casa é "interpretar o momento político que estamos vivendo" para justificar o apoio à decisão.

"Vamos aqui pregar a harmonia entre os poderes. Tem outros instrumentos e outras formas de condenar os excessos. Mas não é abrindo mais uma frente de batalha institucional", disse Bezerra.

Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo mostrou que estava em curso no Senado uma força-tarefa de governistas para barrar a instalação da CPI da Lava Toga. O objetivo era retirar cinco das 29 assinaturas do pedido de CPI. Para o autor do pedido, há pressão externa: "Tem pressão absurda do Supremo Tribunal Federal, a pressão absurda de setores do empresariado, pressão absurda de setores do Poder Executivo", afirmou, após sair da reunião de líderes ontem antes do anúncio oficial.

Na segunda-feira, foi vazada uma nota técnica da consultoria legislativa do Senado feita a pedido do Alcolumbre, que afirma não ser possível a abertura da CPI. De acordo com o documento, nenhum dos 13 fatos listados no pedido de abertura poderia ser investigado pelo Senado.

Segundo o parecer, "não se autoriza que o Poder Legislativo se imiscua no conteúdo das decisões" e não cabe ao Parlamento avaliar os despachos dos ministros, tampouco analisar se os magistrados estavam em situação de impedimento ou suspeição em determinados casos.

De acordo com interlocutores, o presidente do Senado esperava usar o documento para tentar evitar a abertura de investigação. Para o senador Major Olimpo (PSL-SP), o relatório foi feito "sob pressão externa" e suas conclusões não respeitam a Constituição.

Pressão externa

Eleito com um discurso de alternativa à chamada "velha política" e com a ajuda das mídias sociais, o presidente do Senado tem sido cobrado nas redes pela aprovação da proposta. Alcolumbre é alvo de duas investigações no Supremo. As apurações se referem a uso de documento falso e de notas fiscais frias para prestação de contas, além de ausência de comprovantes bancários e contratação de serviços posterior à data das eleições. Ele nega irregularidades.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recorreram ao Twitter para se solidarizar com as famílias das vítimas do atentado ocorrido na manhã desta quarta-feira (13), na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Oito pessoas, entre alunos e funcionários da escola, foram assassinados. Os dois atiradores se mataram na sequência.

"A tragédia de Suzano, hoje, mostra que é hora do Brasil unir forças e competências para compreender o que houve e impedir a repetição de massacres como este", escreveu Maia. "Precisamos ser solidários com as famílias, parentes e amigos das crianças e dos funcionários da escola Raul Brasil", completou o deputado.

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O parlamentar disse ainda que, "como homem público", está empenhado "para desarmar espíritos, buscar convergências e levar paz à sociedade."

O presidente do Senado se disse perplexo com a notícia do ataque e tuitou: "eu me solidarizo às famílias das vítimas e espero que as reais causas dessa tragédia sem descobertas".

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ironizou, em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira (22), o termo "banco de talentos" escolhido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para que parlamentares da base indiquem nomes e currículos para ocuparem vagas nos segundos e terceiros escalões do governo federal nos Estados.

"É (indicação política), só colocaram outro nome: banco de talentos. Será que no outro modelo as pessoas não tinham talentos? As pessoas também tinham talento antes", disse Alcolumbre, durante café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado Federal, em Brasília.

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A ideia do governo federal é que os deputados e senadores da base aliada apresentem nomes técnicos para as vagas disponíveis. Esses quadros serão avaliados pelos ministros, que farão uma espécie de processo seletivo para escolher o profissional. A interrupção nas nomeações tem irritado integrantes de partidos que podem integrar a base aliada do governo no Congresso.

Apesar de ironizar o nome escolhido, Alcolumbre disse ser favorável à criação do banco. "Acho que tem que fazer esse banco de talentos. É um nome bacana, né? O parlamentar na base quer prestigiar aliados", disse o presidente do Senado. "Todos os partidos têm talentos para indicar e o banco de talentos que o governo está apresentando é a possibilidade de o parlamentar se ver prestigiado especialmente em sua base eleitoral, especialmente em relação às respostas que a sociedade quer."

O presidente do Senado disse ainda que o governo de Bolsonaro está adotando um modelo em relação à escolha de nomes para cargos na administração pública que ainda não havia sido adotado no País. "Sempre tinha composição política, era claro. Partidos com ministérios, votos. Eram acordos. (O governo) Mudou uma coisa de 30 anos. Não dá para cobrar de um partido 'vota aí porque tem um ministério aí'. Mas acho que a questão da relação de prestigiar parlamentar no Estado não é troca-troca", afirmou.

O DEM comemora em dose dupla no início deste ano: tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, como o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, vitoriosos nas respectivas eleições para os cargos no Congresso, são filiados ao partido. A sigla também conseguiu três ministérios no governo Bolsonaro, além de espaços em governos estaduais 

A ascensão e queda de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e o processo de impeachment também foram essenciais no ressurgimento do DEM como partido de grande relevância a nível nacional. Na avaliação do cientista político Rodolfo Costa Pinto, o partido é um exemplo de que na política tudo pode acontecer. 

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“Após a eleição de 2014 o partido, que já havia sido o maior do país, quando ainda era o PFL, estava em extinção. Haviam conversas e negociações avançadas para uma fusão entre DEM e PSDB. O DEM havia virado um partido de tamanho mediano, cheio de herdeiros de grandes famílias políticas e nomes tradicionais na política. Talvez o afastamento do poder desde 2003, quando Lula assumiu a presidência, tenha ajudado o DEM a se tornar um partido mais ideologicamente coeso. Menor em tamanho, mas justamente por isso, capaz de atuar de maneira consistente no Legislativo”, recordou. 

Outro fator também contribuiu para a ascensão da legenda: a queda de Eduardo Cunha, que criou um vácuo de poder na Câmara. “O parlamento estava dividido, Rodrigo Maia, deputado do Rio de Janeiro, relativamente jovem, claramente oposto ao grupo petista de Dilma e herdeiro de César Maia, um nome de grande relevância na história política nacional surgiu como forte opção. A grande fortaleza de Maia na sua primeira eleição à Câmara foi a capacidade de diálogo com partidos tanto de direita quanto de esquerda, como PC do B e PDT. Maia derrotou Rogério Rosso, candidato apoiado por Michel Temer e virou, então, presidente da Câmara”. 

Costa Pinto explicou que para governar, o então presidente Temer precisava do Congresso, em especial da Câmara, controlada por Rodrigo Maia. “Essa situação deu a Rodrigo e ao DEM um grande poder de barganha. O DEM conseguiu espaços como o ministério da educação com Mendonça Filho e, com isso, voltou ao poder. Esses fatores, poder na Câmara, espaços no Executivo e a capacidade de coordenação legislativa nas votações fez do DEM um partido atrativo para figuras em ascensão na política”. 

O DEM, ainda segundo sua opinião, poderá se manter na posição de “protagonismo político” ainda por algum tempo, especialmente numa situação onde o governo Bolosonaro tem uma agenda reformista que depende muito de apoio Legislativo.

O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) por supostas irregularidades na prestação de contas da sua campanha de 2014, quando foi eleito para a Casa que passou a presidir agora. A manifestação de Jacques foi encaminhada em abril do ano passado ao TSE.

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá rejeitou cassar os mandatos, alegando que algumas irregularidades não teriam ocorrido, outras não teriam contado com a participação do atual senador e outras não seriam relevantes juridicamente a ponto de levar à cassação do diploma.

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Para Jacques, no entanto, Alcolumbre deve ser responsabilizado pelas informações lançadas na prestação de contas de campanha, ainda que tenha nomeado um administrador para cuidar disso.

"Entendimento em sentido contrário representaria claro indicativo aos candidatos de que a simples terceirização da responsabilidade pela prestação de contas é suficiente para protegê-los contra quaisquer consequências decorrentes de ilícitos praticados. Decerto, tal posicionamento induziria o desrespeito à norma eleitoral, já que garantiria o mandato conquistado sob a influência do abuso do poder econômico", ressaltou Jacques.

Uma das irregularidades apontadas pelo vice-procurador-geral eleitoral é a utilização de notas fiscais irregulares com falsificação na assinatura da Divisão de Declarações e Registros de Notas Fiscais do Município do Amapá.

"Foram utilizadas, em campanha, notas fiscais inservíveis para comprovação de despesas e, diante da constatação desse vício, os recorridos (Alcolumbre e os suplentes) fizeram juntar aos autos falsa autorização da Prefeitura Municipal para emissão daquela documentação fiscal, de modo a conferir aparência de regularidade à prestação de contas", apontou Jacques.

"Tal posicionamento merece reforma, na medida em que os elementos constantes dos autos atestam a responsabilidade dos recorridos pelos ilícitos relativos a gastos de campanha, a ensejar sua condenação", concluiu o vice-procurador-geral eleitoral.

Pressão

A campanha eleitoral de 2018 de Alcolumbre também está na mira da Justiça Eleitoral, desta vez sob a acusação de uso da máquina pública durante a campanha.

No ano passado, ele concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar. Na ação por abuso de poder político, o Ministério Público Eleitoral afirma que os servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Macapá (Semsa) estavam sendo pressionados, em pleno horário de expediente, a participarem dos atos de campanha de Alcolumbre e de sua vice, Silvana Vedovelli.

Defesa

Procurada pela reportagem, a assessoria de Alcolumbre não havia respondido até a publicação deste matéria.

O novo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, afirmou, em discurso durante sessão solene do Parlamento, que "inúmeros desafios" serão impostos à nova legislatura. Segundo ele, não há como evitar ajustes e reformas necessárias e citou a Previdência como a primeira delas. Alcolumbre ainda destacou as reformas tributária e administrativa.

"Não há como evitar os ajustes necessários e a avaliação de propostas sensíveis, sendo a primeira delas, a previdência", disse ele, citando a superação do desemprego e a garantia do desenvolvimento econômico como objetivos a serem perseguidos nas matérias votadas pelo Parlamento.

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O novo presidente do Congresso disse que caberá ao Legislativo "harmonizar os contrários e diminuir diferenças" para chegar a decisões que seja soberanas, mas justas com a sociedade. "Vamos garantir direitos fundamentais, mas conscientes de que temos também deveres", apontou.

Ele defendeu a necessidade de harmonização entre os poderes e citou a renovação do Congresso como um sinal de que a população quer uma "nova postura de seus representantes".

Segundo ele, as decisões tomadas pelo Parlamento não podem ser sigilosas e minimizou as diferenças entre maiorias e minorias (os chamados alto e baixo clero) do Congresso. "Não há que se falar em minorias e maiorias, em alto e baixo clero, estamos irmanados na igualdade", falou.

Alcolumbre citou o embate do último sábado entre ele e o senador Renan Calheiros pela presidência do Senado como exemplo do que não deve ocorrer. "O povo brasileiro não quer mais reprisar os acontecimentos do último sábado no Senado", disse.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, nesta segunda-feira (4), que a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para o comando do Senado foi fruto do esforço do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "Acho que foi um excelente trabalho do ministro Onyx, muito bem feito, ele está de parabéns", disse Mourão ao chegar ao Palácio do Planalto.

Questionado sobre os resultados das eleições nas duas Casas, na última semana, Mourão avaliou que "foram muito bons" e que agora é preciso esperar o começo dos trabalhos.

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Na Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reelegeu. Sobre a sessão de votação do Senado, que foi tumultuada e teve que ser refeita, o vice-presidente afirmou que o processo foi "confuso".

Horas após ser eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) recebeu convidados já na residência oficial e, por minutos, quase provocou a primeira saia justa da sua gestão. Convidados para a festa de comemoração da vitória do colega de partido, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o presidente reeleito da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram pelo local em horários diferentes, evitando um encontro - os dois são antigos desafetos. A eleição do senador foi atribuída à articulação do ministro. Já a de Maia, a despeito dela.

A festa de comemoração, que invadiu a madrugada de domingo (3) , foi organizada às pressas por aliados. A residência oficial havia sido solicitada na véspera e um grupo de novos senadores se dividiu para que o evento acontecesse. Enquanto uns cuidaram da comida, outros trataram de garantir as bebidas: vinho, whisky e água.

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Alcolumbre não bebe. No bufê, montado sobre um aparador da sala principal, foi servido arroz, carne com molho e salada. A comemoração coincidiu com o aniversário do pai do senador, que saiu do Amapá para ver a vitória do filho. Políticos locais também estavam presentes.

Nas rodinhas, o assunto que dominava era sobre estratégias que levaram o grupo de Renan Calheiros (MDB-AL) à derrota. Em uma delas, a abordagem de emedebistas aos novos senadores virou deboche. "Isso daqui não é a Câmara, aqui tem comando" era uma das frases atribuídas a aliados de Renan para intimidar novatos.

Sem música ambiente, a maioria das conversas se dava ao pé do ouvido. Alcolumbre era o mais procurado. Distribuía abraços e, a todo momento, era chamado para trás de uma pilastra na entrada da casa para tratar de assuntos particulares. A certa altura da festa, após algumas taças de vinho, um senador disse o considerar "muito chato". Na mesma hora, um deputado atribuiu a fama à timidez do presidente da Câmara, que riu.

À reportagem, Alcolumbre disse que não conseguia dormir direito havia cinco noites e que precisaria de ao menos um dia para descansar. Mesmo assim, prometia a aliados procurá-los no domingo para tratar da Mesa Diretora e dos comandos das comissões da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é classificado pelo Palácio do Planalto como um homem que cumpre missões. O governo avalia que, após a disputa tensa e acirrada no Senado para desbancar Renan Calheiros (MDB-AL), poderá contar com Alcolumbre no apoio à tramitação de seus projetos na Casa.

Lançado ao comando do Congresso como alternativa à "velha política", um discurso que incendeia as redes sociais, o senador foi avalizado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que decidiu enfrentar até mesmo críticas de correligionários do DEM para interferir na disputa.

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A cúpula do DEM não ajudou Alcolumbre porque avaliava que sua candidatura poderia prejudicar a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), do mesmo partido, o que acabou não ocorrendo.

Alcolumbre quer agora que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) comande a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada estratégica porque é por lá que passam todas as propostas. Simone desafiou Renan, lançou candidatura avulsa, mas desistiu para apoiar Alcolumbre.

Integrante do chamado "baixo clero", o novo presidente do Senado é visto pela maioria de seus pares como um hábil articulador, um político que "aprende rápido", embora não tenha a experiência dos mais tarimbados. Após a vitória na eleição, por exemplo, disse que tentará pacificar as relações no Senado e telefonará nos próximos dias até para Renan. "Minha bandeira vai ser o diálogo. Meus colegas vão ter de fazer dessa Casa o que o Brasil esperar", afirmou ele.

O senador iniciou sua campanha sem alarde, em novembro, e identificou um cansaço com a longa permanência do MDB na presidência do Senado. Pegou carona na onda de renovação após a eleição do presidente Jair Bolsonaro e decidiu ser o anti-Renan. A estratégia deu certo.

Aos 41 anos, Alcolumbre disputou o governo do Amapá em 2018 com uma ampla aliança, que incluiu até a Rede e o PSDB, mas perdeu para Waldez Góes (PDT). No primeiro mandato como senador, ele já foi deputado federal e vereador. Embora tenha crescido politicamente sob a sombra do ex-presidente José Sarney, enfrentou o clã de seu padrinho ao conquistar a vaga no Senado, em 2014.

De família judaica, Alcolumbre trabalhou no balcão da loja de autopeças do pai e tem formação incompleta em Ciências Econômicas. Cresceu vendendo peças para carros. Seu irmão Josiel é sócio de uma retransmissora da TV Bandeirantes em Macapá (AP). Um dos tios tem a retransmissora do SBT.

Processos

Davi Alcolumbre é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal que apuram irregularidades na campanha de 2014, quando foi eleito senador. As investigações apuram uso de documento falso e de notas fiscais frias e ausência de comprovantes bancários. Por meio da assessoria, ele diz estar convicto de que todas as alegações serão "esclarecidas e devidamente dirimidas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram irregularidades na campanha eleitoral de 2014, quando foi eleito senador.

Os dois casos começaram a ser apurados na esfera eleitoral, no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, onde foram arquivados. Mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura das investigações em 2016 e 2018. Na Corte, as ações tramitam de forma conjunta e estão sob a relatoria da ministra Rosa Weber. Um dos casos está sob segredo de Justiça.

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Em documentos que constam nos autos de um dos inquéritos, a PGR cita entre as suspeitas a utilização de notas fiscais falsas emitidas pela L.L.S. Morais - ME para a prestação de contas do parlamentar eleito.

A PGR chegou a pedir a quebra de sigilo bancário de Reynaldo Antônio Machado Gomes, contador da campanha de Alcolumbre, e da empresa R.A.M. Gomes, no período de 01/07/2014 a 31/10/2014. Os últimos documentos juntados aos autos do processo não informam se essa medida foi implementada.

Nos processos, a defesa de Alcolumbre tem alegado inocência e afirmado que não houve falsificação de notas. A reportagem procurou a assessoria de imprensa do parlamentar, mas não obteve resposta.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, usou uma passagem bíblica para comemorar a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência do Senado. "Davi respondeu: - Você vem contra mim com espada, lança e dardo. Mas eu vou contra você em nome do Senhor Todo-Poderoso, que você desafiou", postou o ministro na noite deste sábado, 2, no Twitter.

Trata-se de um trecho do primeiro livro de Samuel, do Antigo Testamento. A histórica bíblica conta que Davi, um jovem pastor de ovelhas, venceu o gigante Golias, com quase três metros de altura, por ter fé em Deus.

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Onyx Lorenzoni fez campanha para Alcolumbre, enquanto a equipe econômica preferia Renan Calheiros (MDB-AL), por considerar que ele teria mais capacidade para negociar as reformas econômicas, principalmente a da Previdência.

Renan, porém, desistiu da disputa e afirmou que o processo foi "deslegitimado" por "pressão" e disse que o senador Davi na verdade é um "Golias" e ele é o verdadeiro "Davi".

"(O processo) escancarou que estão passando sobre o Congresso Nacional com um peso enorme. Isso não pode acontecer. Eu retiro a postulação porque entendo que o Davi não é o Davi, é o Golias. O Davi sou eu. Ele (Davi) atropela o Congresso, o próximo passo é o Supremo Tribunal Federal sem o carro e sem o sargento. Estou saindo do processo por entendê-lo deslegitimado por tudo isso", afirmou em referência à polêmica declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em época de campanha.

Questionado se decidiu se antecipar ao final da votação por perceber que poderia perder a disputa, Renan negou e respondeu que a iniciativa de alguns senadores de cobrarem a abertura voto inibiu seus eleitores. "Eu estou saindo porque abriram o voto. Exigiram que o PSDB abrisse os votos para inibir quatro votos que tínhamos no partido. O próprio filho do presidente da República abriu o voto", disse, dando a entender que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP) poderia ter votado nele antes da anulação do primeiro processo de votação.

Com 42 votos, o democrata Davi Alcolumbre (DEM) foi eleito presidente do Senado Federal no início da noite deste sábado (2). O parlamentar agradeceu ao senador Alvaro Dias (Podemos) por abrir mão de sua candidatura “em gesto de nobreza”. “Quero agradecer a Deus a oportunidade de sentar nessa cadeira e assumo o compromisso com o Senado e com o Brasil", afirmou o novo presidente. 

No seu discurso, após o resultado, ele também falou que é preciso reunificar o Senado da República. “Em torno do que lhe deve ser mais caro: a República e o interesse público". O senador ainda ressaltou que o país necessita de reformas urgentes. “Estamos aqui para servir o povo brasileiro - e não para nos servirmos dele". 

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Davi Alcolumbre terminou seu discurso com agradecimentos ao povo, a Deus e aos colegas senadores. “O nosso país conta com cada um de nós. Não podemos nos dar ao luxo de falhar”. 

  Nascido em Macapá em 19 de junho de 1977, Alcolumbre entrou para a política em 2000, quando se candidatou a vereador da capital amapaense ainda pelo PDT. Passou dois anos na Câmara Municipal e foi eleito deputado federal em 2006. Após cumprir três mandatos, elegendo-se pelo DEM para os dois últimos deles, conseguiu vaga para o Senado em 2014. 

Disputaram o cargo: Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Fernando Collor (Pros-AL), Esperidião Amin (PP-SC) e Reguffe (sem partido-DF). Alvaro Dias (Podemos-PR), Major Olímpio (PSL-SP) e Renan Calheiros (MDB-AL) retiraram-se da disputa.

 

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