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A ex-deputada federal Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019 no Rio de Janeiro. Flordelis foi considerada culpada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada.

A pastora foi apontada como a mandante do assassinato do marido, ao depor durante o júri ela negou. A sentença foi expedida pela 3ª Vara Criminal de Niterói após seis dias de julgamento em júri popular.

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Além da ex-deputada, a sua filha biológica, Simone dos Santos Rodrigues também foi condenada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.

Já a neta, Rayane dos Santos, e os filhos adotivos de Flordelis, Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, foram inocentados de todas as acusações.

Simone, Marzy e André respondiam por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada; enquanto Rayane era acusada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.

Por 16 votos a um, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados recomendou nesta terça-feira (8) a perda do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar. A deputada ainda poderá recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A decisão final pela cassação ou não caberá ao Plenário. Para cassar o mandato, são necessários os votos de pelo menos 257 deputados (maioria absoluta) em votação aberta e nominal.

Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). Ela nega.

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Os deputados que votaram pela cassação de Flordelis concordaram com as razões apontadas pelo relator do processo no conselho, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), para a perda do mandato. Segundo Leite, a parlamentar não conseguiu provar sua inocência, tentou usar o mandato para cooptar um de seus filhos para assumir a autoria do crime, era a única da família com recursos para comprar a arma do crime e também teria abusado de prerrogativas parlamentares. Sete filhos de Flordelis foram presos acusados de envolvimento no caso. Flordelis não pode ser presa em razão da imunidade parlamentar.

Defesa

Presente à reunião do Conselho de Ética, Flordelis voltou a negar que tenha mandado matar o marido e pediu, chorando, que os parlamentares aguardassem seu julgamento pela Justiça, antes de tomar uma decisão.

“Venho perante vocês pedir que não cassem o meu mandato, pois o efeito dessa cassação viria de imediato tirar o sustento da boca da minha família, abrir para que meus detratores me mandem para a prisão, fazer com que eu perca minha capacidade de defesa. A Constituição diz que, para o crime de que sou acusada, os juízes competentes me julguem. Os juízes competentes que têm que me julgar são os jurados do Tribunal do Júri.”

Flordelis disse ainda ter sido vítima da transformação de seu caso em espetáculo. “Todos sabem como desconstruir político dá ibope.”

Por sua vez, a advogada de defesa Jandira da Rocha argumentou que as razões para a perda do mandato listadas por Alexandre Leite dizem respeito ao processo que corre no júri em Niterói e, portanto, não seriam inerentes ao processo legislativo.

“Seria mais honesto dizer aqui que é um processo político e que essas questões políticas levam com que esta Casa faça o julgamento antecipado da deputada, do que fazer de conta que esse processo responde aos requisitos necessários para que essa deputada seja colocada como tendo quebrado o decoro parlamentar”, declarou a advogada.

Jandira da Rocha reclamou que outros parlamentares que também enfrentam processos têm tratamento diferenciado e não são arrastados a um “tribunal de exceção”. “A deputada Flordelis não foi condenada em nenhuma instância. Por que 50 parlamentares têm seus direitos respeitados e a deputada Flordelis não tem? Será porque ela é mulher? Será porque é negra? Será porque é periférica?”

Imagem desconstruída

O relator Alexandre Leite respondeu que todas as formas de defesa no âmbito do Conselho de Ética foram concedidas, mas que a principal defesa de Flordelis tinha sido a argumentação de que ainda apresentaria provas de sua inocência.

Ainda segundo Leite, a resposta sobre o caso para a sociedade não pode ser a de um Parlamento corporativista nem a sensação de impunidade. “Nesse relatório, com infinitas horas de depoimento, acompanhei a trajetória pelos depoimentos da deputada Flordelis desde os anos 90. Desde lá, o histórico de conduta vem sendo descontruído dessa imagem altruísta que foi pregada durante a sua eleição. Eu diria que, se existisse o crime de estelionato eleitoral, o conceito dele estaria embasado no seu caso”, afirmou.

Alguns deputados se manifestaram favoravelmente ao parecer de Alexandre Leite. Carlos Sampaio (PSDB-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Mário Heringer (PDT-MG) argumentaram que o que está em jogo são as implicações éticas e políticas do caso e os prejuízos para a imagem da Câmara.

“O proceder da parlamentar feriu a imagem da Câmara. É uma conduta para a qual cabe a perda do mandato”, disse Carlos Sampaio. Já Mário Heringer afirmou que as provas acumuladas no voto do relator não deixam dúvida de que houve tentativas de obstruir a Justiça.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

A Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça-feira (8) para discutir e votar o parecer do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), referente ao processo (REP 2/21) contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), por quebra de decoro parlamentar.

A reunião acontece no plenário 11, a partir das 14 horas. Assista pelo YouTube.

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No último dia 1º, Alexandre Leite recomendou a perda do mandato da parlamentar. Um pedido coletivo de vista, no entanto, adiou a votação do relatório por dois dias úteis.

Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). A deputada nega.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

A juíza do 3° Tribunal do Júri de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce, decidiu levar a júri popular a deputada federal Flordelis dos Santos e mais nove acusados pela morte do pastor Anderson Carmo, em junho de 2019. A definição foi divulgada nessa terla-feira (4).

Em razão de sua imunidade parlamentar, Flordelis só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável, e cumpre medidas cautelares, monitorada por tornozeleira eletrônica. Ela é denunciada como mandante do assassinato, e responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

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A juíza decidiu manter a prisão de todos os outros acusados. Em nota, a magistrada disse que “não houve modificação da situação de fato que justificasse sua alteração”, acrescentando ainda que a prisão domiciliar dos réus não seria “suficiente” em prol da aplicação da lei penal e em favor da ordem pública.

Quem são os outros acusados?

Entre os acusados, estão Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Rayane dos Santos Oliveira, Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia, Marcos Siqueira Costa.

A Justiça informou que só Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho não biológico de Flordelis, e Flávio dos Santos Rodrigues – também levados à júri por executar o crime – não mais responderão por associação criminosa.

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiram pela suspensão do exercício das funções públicas da deputada federal Flordelis na Câmara dos Deputados. Os magistrados acompanharam, por unanimidade, o voto do relator, desembargador Celso Ferreira Filho, que determinou, no prazo de 24 horas, o encaminhamento da decisão à Câmara dos Deputados para apreciação e deliberação.  Também votaram pela suspensão da deputada o desembargador Antonio José Ferreira de Carvalho e a desembargadora Kátia Maria Amaral Jangutta.

A parlamentar é acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo. Além do afastamento do cargo, Flordelis e mais 10 acusados, entre filhos naturais e adotivos, aguardam a decisão da 3ª Vara Criminal de Niterói para saber se irão a júri popular.

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“Estou votando, portanto, para conhecer do recurso no sentido de dar a ela provimento para determinar a suspensão do exercício de qualquer função pública da recorrida, inclusive, a parlamentar até o exaurimento completo do julgamento final, pelo prazo máximo de um ano, remetendo-se a presente decisão, em 24 horas, à colenda Câmara dos Deputados, para que delibere na forma prevista do artigo 53, parágrafo 2º, da Constituição Federal”, declarou.

Em seu voto, o desembargador Celso Ferreira Filho destacou o fato de a condição de parlamentar possibilitar à deputada uma situação privilegiada em relação ao demais réus em relação à construção de sua defesa no processo.

“Inicialmente é de se assinalar ser irrefutável que a condição de parlamentar federal que ostenta, no momento, a ora recorrida, lhe proporciona uma situação vantajosa em relação aos demais corréus da ação penal originária. Tanto assim, que não foi ela levada ao cárcere. Inquestionável, também, que o poder político, administrativo e econômico da ora recorrida lhe assegura a utilização dos mais diversos meios, a fim de fazer prevalecer a sua tese defensiva.”

O desembargador afirmou que as ações da deputada citadas nos autos do processo podem significar interferência na apuração da verdade dos fatos.

“Veja-se que nas redes sociais há evidências de diálogos indicativos do poder de intimidação e de persuasão que a ora recorrida exerce sobre testemunhas e corréus. Igualmente, não há dúvidas de que, pela função que exerce, possui ela meios e modos de acessar informações e sistemas, diante dos relacionamentos que mantém em virtude da função parlamentar”, completou.

Da assessoria do TJ-RJ

Durante a audiência do caso que investiga a morte do pastor Anderson do Carmo, na última sexta-feira (13), a delegada Barbara Lomba afirmou que relações sexuais ocorriam entre os primeiros integrantes da casa, incluindo a deputada federal Flordelis dos Santos e os jovens que teriam sido supostamente adotados pelo casal. 

Responsável pela primeira fase das investigações, Bárbara foi a segunda testemunha de acusação a ser ouvida na audiência do processo, que acusa Flordelis de ser a mandante da morte do marido, Anderson. De acordo com o site Extra a delegada descreveu diversos aspectos que chamaram sua atenção ao investigar o crime e um deles teria sido a troca de parceiros pelo casal evangélico. "Havia relações entre todos ali. Flordelis não se relacionava só com o Anderson e o Anderson não se relacionava só com ela (Flordelis)", disse a delegada.

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Durante o depoimento, Bárbara descreveu com detalhes como era a relação entre integrantes da família e afirmou ter ouvido relatos informais de Flávio dos Santos, filho biológico da deputada, sobre as relações na residência. "As relações eram baseadas na mentira. Estabeleceu-se uma lógica de relação familiar baseada em estratégia e fachadas tinham que ser montadas. Muitas coisas que aconteciam na casa não poderiam aparecer", contou.

A delegada também enfatizou o poder de influência de Flordelis dentro da família e afirmou que ninguém faria o que fez sem conhecimento dela. Além disso, contou que Anderson, que chegou a casa de Flordelis ainda adolescente, foi eleito como marido da acusada por ser o mais preparado para função.

A audiência também contou com o relato do delegado Allan Duarte, responsável pela segunda fase das investigações, que fez declarações no mesmo sentido das de Barbara. "Eles (Flordelis e Anderson) se apresentavam como um casal amoroso para a sociedade, mas às escuras era totalmente diferente", disse.

Ainda de acordo com o site Extra, Flordelis chegou ao fórum com 45 minutos e chegou a ser repreendida, junto com seu advogado, pela juíza do caso, Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

No banco dos réus

Sentada no banco dos réus, Flordelis chorou ao ver os outros acusados, sete filhos e uma neta da parlamentar, entrando no plenário. Um policial militar e sua mulher também foram chamados pela juíza.  Dada a quantidade de participantes no caso, durante audiência, Nearis chegou a pedir que, conforme fossem sendo falados os nomes dos familiares citados, eles se apresentassem. "A gente não sabe quem é quem", afirmou a magistrada. No decorrer da audiência, Flordelis permaneceu fazendo sinal negativo com a cabeça ao ouvir os relatos das testemunhas, raramente concordando com aquilo que era dito.

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) voltou a fazer declarações de amor para o marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado em 2019. Nos seus perfis das redes sociais, a parlamentar afirmou que sofre diariamente sem a presença do esposo, e que o tempo irá se encarregar de curar toda a tristeza que sente. "Quanto mais o tempo passa, mais eu sofro e sinto a sua falta", iniciou ela no texto.

"Não sei explicar a dor que eu sinto todos os dias. Sei que nada vai ser como era antes, mas você foi extremamente importante na minha vida, foi tão especial que não consigo explicar como é viver sem a sua presença. Com você me sentia segura e plena. Nós éramos iguais, assim como estamos nessa foto, agarrados um ao outro", completou.

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Ainda na publicação, Flordelis garantiu que o desânimo tem afetado sua rotina. "Tem dias que não dá nem pra cantar, pra nem mesmo levantar da cama, mal consigo respirar... Mas, haja o que houver, não vou te esquecer, você deixou memórias que são impossíveis de serem apagadas. Podem falar o que quiserem, sei que a verdade é uma só - eu sempre te amei demais e vou continuar te amando", finalizou.

Na sequência à postagem, a deputada foi bombardeada pelos internautas. "Se o diabo tivesse metade desse talento pra atuação não tinha caído do céu. Ele aguarda você para uma sessão de autógrafos na boca do inferno", criticou uma pessoa. Usando tornozeleira eletrônica desde o dia 8 de outubro, Flordelis é ré no processo que investiga o assassinato de Anderson do Carmo, apontada como mandante.

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O corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), vai entregar hoje seu parecer sobre o pedido de representação contra a deputada Flordelis (PSD-RJ). A entrega será feita ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), às 11 horas, na residência oficial da Presidência.

Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).

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Em sua defesa, a deputada afirma que existe erro na conclusão das investigações e alega que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído.

Cabe ao corregedor da Câmara fazer a análise prévia da acusação e emitir parecer, que será encaminhado à Mesa Diretora. Em seguida, a Mesa poderá enviar o caso ao Conselho de Ética para abertura de processo contra a deputada (veja infográfico abaixo).

O pedido de representação contra Flordelis foi feito pelo deputado Léo Motta (PSL-MG).

*Da Agência Câmara de Notícias

A deputada Flordelis usou a sua conta do Facebook, nesta quarta-feira (16), para prestar uma homenagem ao marido, Anderson do Carmo, assassinado em 2019. Na rede social, Flordelis fez uma declaração de amor para o esposo, dizendo que sente muita falta de tê-lo por perto. "Meu Nem, sinto tantas saudades, não consigo me acostumar a viver sem você", iniciou ela no texto.

"Até tento, mas não consigo, fazíamos quase tudo juntos, sinto sua falta ao meu lado, tem sido muito difícil viver sem você. [...] Meu Nem, meu amor, você segue vivo dentro de mim. Um ano e três meses longe, parece uma eternidade, mas o que me acalma é a certeza de que mesmo que você não possa voltar, um dia eu vou poder ir até o seu encontro", completou.

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Na postagem, a parlamentar também falou que ele sempre será lembrado: "Deus tem sido meu Refúgio, minha Força, meu Socorro, em Deus tenho depositado minha confiança. Vou lembrar de você, todos os dias e em todas as situações que eu viver e você continuará vivo através de mim e da nossa família. Sempre te amarei, Nem! Até um dia!".

Depois que o texto foi publicado, diversos internautas criticaram Flordelis. "Toma vergonha nessa cara nojenta!", comentou um dos usuários da plataforma. Flordelis é acusada de ter mandado matar Anderson do Carmo, em junho do ano passado. Ela foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Anderson foi morto com 30 tiros na garagem da residência onde morava com Flordelis e a família.

Veja a homenagem feita por Flordelis:

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Na última segunda (16), a pastora e deputada federal Flordelis falou, pela primeira na televisão, sobre as acusações de ser a mandante do assassinato do seu próprio marido,o também pastor Anderson do Carmo. em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, ela garantiu ser inocente e deu detalhes da noite em que o crime aconteceu. Segundo a deputada, pouco antes de ser assassinado, Anderson e ela tiveram relações sexuais no capô do carro da família, em uma estrada deserta. 

Anderson do Carmo foi assassinado com 30 tiros na garagem da residência onde morava com Flordelis e a família, no dia 16 de junho de 2019. Segundo a investigação policial, o crime teria sido planejado pela própria Flordelis e executado por alguns de seus filhos; sete deles já estão presos.

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A deputada negou, durante toda a entrevista, o seu envolvimento na morte do marido. "Estou vivendo o pior momento da minha vida. Não estou preparada para ser presa, e não vou ser. Porque eu sou inocente, e a minha inocência será provada. Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando. Eu não fiz. Não é real, não é verdade. É uma injustiça", disse.

Flordelis também deu detalhes da noite em que o crime aconteceu e chegou a fazer uma restituição dos eventos na garagem de sua casa. Ela contou que, pouco antes da morte do pastor, eles tiveram relações sexuais em uma estrada deserta. "Fomos a Copacabana, andamos no calçadão, fizemos as brincadeiras, andamos na praia. Depois fomos para o carro, ele pegou uma pista deserta, não sei dizer o local, só se eu for lá, talvez eu consiga, mas não prestei atenção no caminho. 

Eu sei que ele chegou em um lugar que tinha muitos carros parados, mas não tinha bar, nada disso. Nós paramos ali, namoramos, que era uma coisa normal nossa, na estrada. Me beijou bastante, eu sentei no capô do carro e tivemos relações. Falei 'amor, amanhã a gente vai acordar cedo, né?'. Isso foi por volta de 2h e alguma coisa".

Na entrevista, a deputada também disse ser mentira que ela teria adotado Anderson e, em seguida, virado sua sogra. Segundo o inquérito policial, o pastor teria sido assassinado por questões financeiras e de poder na família. A viúva é apontada como mentora do crime mas, não pôde ser presa por conta da imunidade parlamentar. 

 

Após uma longa investigação, a pastora e deputada federal Flordelis foi denunciada como mandante do assassinato de seu próprio marido, o também pastor Anderson do Carmo. A denúncia deixou o país em choque, sobretudo, algumas pessoas que chegaram a ter algum contato com deputada, como os atores e o diretor de um documentário sobre ela. Alguns, como Letícia Sabatella e Thiago Martins, chegaram a se pronunciar a respeito do caso.  

Em 2009, o realizador Marco Antonio Ferraz reuniu um time de peso para contar, no cinema, a história da mulher que, na época, havia adotado mais de 40 crianças e jovens livrando-os do tráfico. Hoje, após a acusação de Flordelis, Marco se diz arrependido de ter feito o filme e outros atores da produção também se mostraram chocados com o desfecho da história da agora deputada.

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Letícia Sabatella disse, em entrevista ao UOL, ter caído em uma armadilha e se mostrou muito pesarosa com os fatos relacionados à mulher que parecia ser alguém de boa índole. “Um crime como este...Horrível. Aprendi com o tempo a ter mais cautela com quem ostenta tanto a sua autopromoção, beirando a divindade. Lamento demais pelas vítimas desses lobos em pele de cordeiro”, lamentou.

Já o ator Thiago Martins, que também integrou o elenco do documentário, pediu justiça pelo assassinato de Anderson. “Sei o quanto uma ajuda e um carinho são importantes. Fiquei muito triste e decepcionado. Espero que a justiça seja feita e que ela pague pelo seu erro, uma pena apagar toda admiração e respeito que tinha por ela”. 

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) investiga, em inquérito sigiloso, telefonemas recebidos pela deputada federal Flordelis (PSD-RJ) de uma pessoa que teria se passado por policial.

A deputada disse que recebeu ligações de uma pessoa que se identificou como policial civil e pediu dinheiro para interferir nas investigações do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.

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Flordelis disse ter procurado a Polícia Federal no último dia 30 para denunciar as tentativas de extorsão e outras ligações em que disse ter sofrido ameaças. A parlamentar acrescentou que entregou as gravações dos telefonemas aos agentes federais.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios desconhece a declaração da deputada à Polícia Federal e que nunca foi procurada pela parlamentar para comunicar tais fatos, que foram verificados pela Polícia Civil por meio de apuração própria.

Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Federal não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.

Assassinato

O assassinato do pastor Anderson do Carmo aconteceu na casa do casal, em 16 de junho, após ele chegar de carro na companhia da mulher. Anderson foi atingido por tiros na garagem da casa, quando retornou ao carro para buscar algo que tinha esquecido.

A Polícia Civil realizou a reconstituição do crime entre a noite de sábado (21) e a madrugada de domingo (22), em uma simulação que teve a colaboração de Flordelis e de familiares da vítima. De acordo com a Secretaria de Polícia Civil, 13 pessoas participaram da reconstituição

Na semana passada, policiais estiveram em quatro endereços da deputada e apreenderam celulares, computadores e documentos em busca de informações que possam ajudar a elucidar o crime.

Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos de Souza são réus no processo e cumprem prisão preventiva, decretada em agosto pela 3ª Vara Criminal de Niterói. 

 

Treze familiares do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSC) e assassinado no último dia 16 de junho, foram intimados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para realizarem uma reconstituição do crime. O procedimento deve ser realizado no próximo dia 21, na residência da família, onde o homem foi morto.

Segundo a investigação, Flordelis ainda não foi intimada porque está em atividade parlamentar em Brasília. A deputada chegava em casa com o marido no momento do crime. Eles moravam juntos com outros filhos - adotivos e biológicos - em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

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Por meio de uma nota divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira (10), “a delegacia está em contato com a defesa de Flordelis, que está em Brasília acompanhada de três filhos, para a entrega das intimações até o final de semana".

De acordo com Fabiano Migueis, advogado de Flordelis, a parlamentar participará da reconstituição. “Independentemente do recebimento, ela estará no dia e hora marcada para contribuir com as investigações, como sempre fez", enfatizou.

O corpo de Anderson teve 30 perfurações, de acordo com o laudo pericial. Dois dos 54 filhos do casal estão presos acusados de envolvimento no homicídio: Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos, de 38.

No Congresso Nacional, a bancada evangélica tem discutido sobre o que deve ser feito com a deputada federal Flordelis (PSC) após a suspeita da polícia da parlamentar ter envolvimento no assassinato do seu marido, o pastor Anderson do Camo.

O crime aconteceu no último dia 16 de junho, quando o casal chegava em casa de um jantar. A bancada está dividida, mas alguns parlamentares defendem o afastamento de Flordelis do cargo. Já outros acreditam que deve ser esperada uma acusação formal antes de tomar alguma decisão.

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De acordo com o jornal Extra, o deputado amigo de Anderson, pastor Abílio Santana (PL), publicou no grupo do Whatsapp da bancada notícias sobre o possível envolvimento de Flordelis no assassinato. Abílio pediu justiça para amigo. Flordelis está no grupo, mas não interage com os outros participantes por meio da ferramenta.

Os depoimentos colhidos pela polícia até o momento, inclusive de filhos da parlamentar, dão conta de uma série de acontecimentos improváveis que aconteciam na casa da família. Um dos filhos chegou a dizer que a mãe foi mentora intelectual do crime, já outra disse que na casa havia troca de casais.

A história por trás do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSC), não para de ganhar novos capítulos a cada novo depoimento colhido pela investigação do inquérito do crime.

De acordo com o que foi dito à política por uma das filhas da parlamentar, Érica dos Santos de Souza, dentro da casa da família havia corriqueiramente acontecimentos de traição, relacionamentos afetivos entre irmãos e troca de casais. “Algo bem incomum para uma família”, segundo a Érica.

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Na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, a mulher afirmou que Adriano dos Santos, filho biológico apenas de Flordelis, se relacionou com duas irmãs adotivas quando já namorava com sua atual esposa.

Além disso, a depoente disse que Simone dos Santos, também filha biológica apenas de Flordelis, se envolvia com Alexandre Freire, que é filho adotivo. Segundo a mãe de Anderson, Maria Edna, essa mesma Simone chegou a ter um relacionamento com o seu filho antes dele ficar com Flordelis.

De acordo com Érica, os relacionamentos entre irmãos não param por aí. Dois filhos adotivos da deputada, Iago e Francine, também tinham um envolvimento. Mas saíram de casa para poder assumir o relacionamento porque Anderson e Flordelis “não permitiam esse comportamento dentro de casa”.

Flordelis tem um total de 55 filhos, entre adotivos e biológicos. Érica foi a última filha a prestar depoimento para a polícia. Ela compareceu espontaneamente na delegacia.

Um dos filhos adotivos da deputada federal Flordelis (PSC) afirmou durante depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo que a parlamentar foi a ‘mentora intelectual’ do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada.

De acordo com Wagner Andrade Pimenta, mais conhecido como Misael, Flordelis manipulou os filhos e terminou por encontrar alguém com coragem para mandar Anderson. O crime aconteceu na madrugada do último dia 16 de junho, quando o casal chegava em casa de um jantar.

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Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico apenas de Flordelis, de 38 anos, e Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo do casal, de 18 anos, são réus pela morte do pastor. Os depoimentos de outros três filhos adotivos da parlamentar também comprometem a mãe. 

Misael acrescentou que sua mãe dizia que Anderson estava “dando a volta nela com relação à dinheiro”. Além disso, acrescentou que o pastor ficou hospitalizado no último mês de outubro e perdeu muito peso. Misael disse que, atualmente, entende que naquela época já estavam dopando seu pai.

Em nota enviada por sua assessoria, Flordelis negou as acusações feitas por Misael e afirmou que não há nenhuma prova de que ela tenha sido a mentora intelectual do assassinato. A polícia, agora, investiga a participação de outras pessoas da família na execução. 

Em depoimento à Polícia Civil, a sogra da deputada federal Flordelis (PSC), Maria Edna Virgínio Oliveira, de 64 anos, afirmou que uma das filhas da parlamentar era amante do pastor Anderson do Carmo - seu filho e marido de Flordelis, assassinado no último mês de julho.

De acordo com o jornal O Dia, que teve acesso ao depoimento, Maria Edna também contou que Anderson era envenenado nas refeições e que sua morte foi encomendada após o veneno não fazer o efeito esperado.

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As afirmações feitas pela sogra de Flordelis podem mudar o curso das investigações. Ela acrescentou que seu filho era maltratado pela parlamentar e que ele teve um relacionamento “mais sério” com a filha de Flordelis antes de oficializar o casamento com a deputada. Depois do casamento, eles mantiveram um caso extraconjugal.

O depoimento aconteceu no último dia 24 de julho, na sede da Delegacia de Homicídios de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Por fim, Maria Edna acrescentou que o discurso de Flordelis na Igreja havia mudado nos últimos dias.

Segundo ela, a parlamentar passou a pregar que o Diabo teria entrado na família dela e teria destruído toda a família. Anderson foi assassinado na madrugada do último dia 16 de julho, quando chegava em casa com Flordelis.

A família do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada Flordelis (PSD), acredita que o homem pode ter sido vítima de tentativas de envenenamento por membros de sua própria família.

De acordo com o advogado dos familiares do pastor, Angelo Máximo, a suspeita começou a surgir no depoimento de um dos filhos do casal à polícia. Anderson foi assassinado na madrugada do último dia 16 de junho, quando chegava em casa com a parlamentar.

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O advogado representa os interesses da mãe e da irmã de Anderson, Maria Edna Virgínio do Carmo e Michele do Carmo. A sogra de Flordelis, inclusive, já afirmou que rompeu com a nora, assim como outros filhos da deputada também já o fizeram.

O caso corre sob sigilo e aguarda um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que está de recesso. Após voltar às atividades, deve ser agendada uma reconstituição do crime. 

A investigação do crime foi levada à Justiça porque o Ministério Público acionou o STF alegando que Flordelis tem foro privilegiado e, por isso, não pode ser julgada pela Justiça comum.

Dois filhos da parlamentar seguem presos após confessarem participação no crime. Flávio dos Santos, de 38 anos, admitiu ter atirado contra o pastor. A arma do crime, inclusive, foi encontrada em seu quarto. Já Lucas dos Santos, de 18 anos, afirmou ter comprado a arma.

A sogra da deputada federal Flordelis (PSC) afirmou nesta quarta-feira (24) que não quer mais contato com a nora. Maria Edna Virginio do Carmo Oliveira, de 64 anos, é mãe do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar assassinado na madrugada do último dia 16 de junho.

Maria Edna prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói durante mais de três horas e, ao deixar o local, segundo o G1, afirmou acreditar que os culpados pela morte do filho serão encontrados em breve.

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"É muita saudade e muita angústia dentro de mim. Foi um pedaço arrancado dentro de mim. Eu estou muito triste e chocada. Só quero muita justiça. Que seja feita. Só isso. Eu perdi meu filho. Os culpados serão, muito em breve mesmo, Deus vai me abençoar e eu vou ter uma resposta", disse de acordo com o G1.

Anderson foi assassinado quando chegava em casa, acompanhado de Flordelis. Dois filhos do casal estão presos pela suspeita de participação no crime. A deputada também é investigada pela polícia responsável pelo caso.

"Ela não é minha nora. Nora que é nora não faz isso", opinou Maria de Edna sobre Flordelis, mas sem deixar claro o que a parlamentar teria feito antes ou depois do assassinato de Anderson. Além da sogra, outros filhos de Flordelis ‘romperam’ com a parlamentar e saíram de casa.

 

A deputada federal Flordelis (PSD) não compareceu a um ato em memória do seu marido, o pastor Anderson do Carmo, que aconteceu na tarde deste domingo (21) no Rio de Janeiro. Em caminhada, amigos e familiares do homem reivindicaram justiça por sua morte.

O percurso do grupo terminou em frente ao cemitério onde o pastor foi enterrado, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Flordelis publicou um vídeo em suas redes sociais justificando a sua ausência no movimento.

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“Eu estou aqui para agradecer a todo o apoio e orações que estou recebendo. Quero dizer para você, continue orando, porque eu creio no poder da oração. Hoje está acontecendo um protesto de pedido de justiça. Eu creio que a justiça para esse crime cruel e covarde que foi feito com o meu marido vai acontecer. Eu só não fui lá pessoalmente porque estão explorando demais a minha imagem e a minha dor. Mas eu creio que a justiça será feita”, afirmou a parlamentar.

Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do último dia 16 de junho, quando chegava em casa acompanhado da deputada, vindos de um jantar. Dois filhos do casal estão presos suspeitos pelo crime. Flordelis também está sendo investigada pela polícia.

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