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Neste sábado (9), morreu o sociólogo italiano Domenico de Masi, aos 85 anos de idade, em Roma. De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o estudioso havia descoberto uma "doença invasiva" no dia 15 de agosto, enquanto passava férias na comuna de Ravello, na região de Campania, na Itália. 

Em seguida, médicos do hospital Gemelli, em Roma, informaram ao sociólogo que ele não teria muito tempo de vida. De Masi nasceu na comuna de Rotello no dia 1 de fevereiro de 1938. O intelectual tornou-se famoso por seu conceito de "ócio criativo", segundo o qual o ócio humano pode ser um importante elemento de estímulo à criatividade.

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De Masi foi professor emérito de Sociologia do Trabalho na Universidade La Sapienza, em Roma, onde também ocupou o cargo de reitor da faculdade de Ciências da Comunicação. Sua produção acadêmica era voltada para a sociologia do trabalho e das organizações, a sociedade pós-industrial, o desenvolvimento e subdesenvolvimento, os sistemas urbanos, a criatividade, o tempo livre, além dos métodos e técnicas de investigação social.

O intelectual nutria amizade com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O último encontro entre os dois ocorreu em junho deste ano, em Roma.

Na manhã deste sábado (4), morreu a cantora e compositora paraense Sueli Costa, aos 79 anos. Ícone da MPB, ela escreveu canções como "Jura Secreta", gravada por Fagner, “20 Anos Blues”, interpretada por Elis Regina e "Face a Face", imortalizada na voz de Simone.

O falecimento da artista foi divulgado nas redes sociais de sua sobrinha e afilhada, Fernanda Cunha. A causa da morte não foi revelada pelos familiares. “Minha rainha, meu amor, minha tia e madrinha, foi descansar. Velório será neste Domingo no São João Batista as 11 horas. Avisaremos o número da capela até o final do dia”, escreveu.

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Nascida em uma família de músicos, Sueli é filha de uma pianista e cantora, que ministrava aulas de canto coral. Ainda na adolescência, aprendeu sozinha a tocar a violão. Aos 18 anos, compôs sua primeira canção, "Balãozinho".

No início de sua carreira, a artista paraense contou com a ajuda de Nara Leão no início de sua carreira, em 1967. Em 50 anos de carreira, lançou seis álbuns e foi gravada por intérpretes como Elis Regina ("Altos e Baixos"), Maria Bethânia ("Coração Ateu"), Beth Carvalho ("Rosa Vermelha"), Gal Costa ("Vida de Artista"), Fagner ("A Canção Brasileira e Jura Secreta"), Simone ("Jura Secreta"), Fafá de Belém ("Dentro de mim mora um anjo"), dentre outros artistas.

 

Ex-padre se descobriu gay quando trabalhava como reverendo em uma universidade. (Reprodução/Youtube)

O ex-padre norte-americano Norm Self, de 83 anos, chocou a opinião pública dos Estados Unidos ao acumular trabalhos como ator no mercado pornográfico gay. De acordo com o jornal The Sun, ele abandonou o sacerdócio para se casar com uma mulher e dar início a uma união que durou 28 anos.

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Segundo a reportagem, Self só se descobriu gay com mais de 60 anos de idade, quando se percebeu atraído por jovens rapazes do campus universitário em que atuava como ministro religioso, em meados de 1997. Dez anos depois, o ex-padre realizou seu primeiro filme pornô, após aceitar o convite de um colega de quarto.

Durante entrevista no documentário "OAPS On The Game: The Sex Business", citado pelo The Sun, Self se disse realizado com a carreira de ator pornô. "É quase como fazer uma festa, isso é uma das coisas que admiro nesse jeito de fazer pornô. Nós vamos fazer sexo de qualquer maneira. Então, por que não fazer disso uma experiência libertadora e de união, em vez de escondê-la nas sombras?", afirmou.

Atualmente, Self concilia o trabalho de ator pornô com o de reverendo, cobrando entre US$ 75 e US$ 375 para ministrar sessões de 'intimidade sagrada'. Para isso, ele se dedicou por três anos ao estudo do Tantra.

 Na tarde desta terça (3), faleceu o ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco Cavalcanti, no Hospital Português, na área central do Recife. Aos 73 anos, o político recebia tratamento contra câncer na unidade de saúde.

Joaquim Francisco também foi prefeito da capital pernambucana, deputado federal e ministro do Interior, no governo de José Sarney. Ele deixa esposa e filhos.

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Luto

Dentre os políticos que lamentaram o falecimento de Joaquim Francisco, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), frisou a importância do ex-governador na construção da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Como prefeito e governador deixou incontáveis obras. Mas acima disso tudo, sua principal virtude foi a dedicação permanente por um Brasil justo. Expresso aqui minhas condolências a todos os familiares e amigos do governador Joaquim Francisco", destacou Coelho, por meio de nota.

Já o prefeito do Recife, João Campos (PSB), usou suas redes sociais para informar que decretará luto oficial de sete dias na capital pernambucana em respeito à morte de Joaquim Francisco. "De longa e expressiva trajetória política e atuação no serviço público, sua passagem à frente da nossa cidade foi marcada pela dedicação e compromisso com os recifenses. Meus mais profundos sentimentos à sua família e amigos. Que possam encontrar conforto nesse momento de dor", escreveu Campos.

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A deputada federal Marília Arraes emitiu uma nota de pesar pela morte de Joquim Francisco e destacou que ele "era mestre na arte de conversar". "A capacidade de dialogar sempre foi uma das marcas do ex-governador Joaquim Francisco, que faleceu hoje. Uma vida dedicada a Pernambuco e a política, que ele sempre dizia fazer parte do ar que respirava. E fazia. Com um humor peculiar e uma curiosidade grande sobre tudo, era mestre na arte de conversar, fosse qual fosse o tema. Em sua trajetória ocupou dezenas de cargos no Executivo (municipal, estadual e federal) e no Legislativo (estadual e federal). Foi prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco, deputado federal e ministro do Interior. Toda minha solidariedade à família".

O líder da oposição na Alepe, deputado Antonio Coelho também lamentou a morte do ex-governador. "Foi com grande pesar que recebi a triste notícia do falecimento do ex-governador Joaquim Francisco. Pernambuco perde, hoje, mais uma de suas importantes lideranças políticas. Um homem público ético, conhecedor dos problemas do nosso Estado, comprometido com o desenvolvimento do seu povo e com uma folha ampla de serviços prestados aos pernambucanos. O mesmo entusiasmo apresentava para defender os interesses dos brasileiros assim como o fez no papel importante que exerceu no período de redemocratização do Brasil como deputado federal constituinte. O diálogo e o debate de ideias sempre foram seus principais instrumentos em toda a sua atuação pública. É mais uma voz forte que nos fará falta. Na memória ficarão guardadas a admiração e a inspiração de trabalhar pelo nosso povo.A familiares e amigos, os meus sinceros sentimentos!".

 

 

Diante da falta do procurado “kit intubação”, ainda mais requisitado diante da alta de casos de Covid-19 no Brasil, o governo federal declarou, nesta segunda-feira (22), que a responsabilidade pela aquisição dos equipamentos é dos estados e municípios. O polêmico posicionamento foi divulgado por meio de nota conjunta da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e do Ministério da Saúde.

No informe, a Secom e a Saúde alegam que o governo federal tem atuado em várias frentes para garantir assistência aos estados e municípios. Também foram elencadas ações para garantir tal apoio, a exemplo da requisição dos estoques excedentes das indústrias, aquisições internacionais e pregões eletrônicos nacionais.

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"Em relação aos medicamentos do chamado 'kit intubação' (IOT), cuja aquisição é de responsabilidade de Estados, Distrito Federal e municípios, o Ministério da Saúde, em reforço às ações das Unidades da Federação, monitora, de forma inovadora toda a rede SUS, semanalmente, desde setembro de 2020, a disponibilidade em todo território nacional e envia informações da indústria e de distribuidores para que estados possam realizar a requisição", diz a nota do governo.

O kit inclui sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares. Sua escassez não atinge apenas a rede pública, mas prejudica o funcionamento dos hospitais filantrópicos e da rede privada. Na última quinta (18), o coordenador do tema da vacinação no Fórum Nacional dos Governadores, Wellington Dias (PT-PI), enviou ofício para o presidente Jair Bolsonaro, no qual faz um alerta para o fato de que, àquela altura, pelo menos 18 estados só tinham mais 20 dias com cobertura garantida de todos os componentes do kit.

 Aos 73 anos, o arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19, neste sábado (13), na capital pernambucana. Este é o dia em que a Prefeitura do Recife passa a vacinar idosos a partir de 70 anos, com imunizantes do tipo Coronavac, produzidos pela parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan.

“Eu me sinto feliz pela oportunidade de receber a vacina hoje, mas claro que me lembro também de tantos que gostariam de ter essa oportunidade. Seria muito importante que todo o Brasil se empenhasse para, o quanto antes, oferecer mais oportunidades para as pessoas receberem a vacina e ficarem mais tranquilas com relação a esse vírus”, pontua o arcebispo, em depoimento compartilhado nas redes sociais da Prefeitura.

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Dom Fernando Saburido também fez um apelo para que a população siga as medidas sanitárias, com o objetivo de reduzir o número de contaminações, que cresce em todo o País. “Recomendo às pessoas todas que respeitem as normas de higienização, o uso de máscara, evitem aglomerações, porque, de fato, são as saídas que temos para evitar o maior número de contaminações. Os hospitais estão saturados, não podemos brincar com uma coisa tão séria”, frisa.

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Segundo a Prefeitura do Recife, nesta nova etapa, serão 27 mil pessoas com 70, 71 e 72 anos aptas a fazer o agendamento. Desde a semana passada, a vacinação está liberada para idosos com 73 anos e mais. O público autorizado a se vacinar deve realizar cadastro e agendamento da vacinação no portal https://minhavacina.recife.pe.gov.br/ ou no aplicativo Conecta Recife.

Idosos acamados precisam fazer menção da situação durante o cadastro e aguardar o atendimento de uma equipe volante da Secretaria de Saúde em casa. Para quem não tem acesso à internet, as Unidades de Saúde da Família (USFs) servem como pontos de apoio. O usuário deverá levar comprovante de residência e documento com foto.

De acordo com informações do Disque 100 e do Ligue 180, as denúncias de violações contra idosos, mulheres, crianças e pessoas com deficiência, feitas até setembro de 2020, cresceram 32,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros nove meses deste ano foram contabilizados 237.992 registros, enquanto em 2019 os canais de atendimento registraram 179.051 casos.

No caso dos idosos, por exemplo, o número de denúncias passou de 36.181 para 62.109, apresentando aumento de mais de 70% nos primeiros nove meses deste ano. O recorte que contempla as mulheres, registra um crescimento de 67.880 para 91.043 ligações, correspondente a mais de 34%.

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As denúncias de violações de direitos de pessoas com deficiência foram de 9.778 em para 11.530, um salto de 18%. Quanto às crianças e adolescentes, o aumento foi de 12,4%, de  65.212 queixas para 73.310.

"Parte desse aumento é justificada pela nova metodologia adotada. Antes, havia uma subnotificação. Cada ligação era registrada sob um número de protocolo, que comportava apenas uma denúncia. A partir da unificação da Central de Atendimento do Disque 100 e do Ligue 180, no final de 2019, cada protocolo passou a comportar mais de uma denúncia, que é definida pela relação entre suspeito e vítima", comenta o ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando Ferreira.

Segundo Ferreira, cerca de 94% dos atendimentos foram realizados em até 30 segundos. "Nós ampliamos e facilitamos a comunicação do cidadão com a nossa central de atendimento. Fizemos isso antes do previsto em razão da pandemia que enfrentamos, que já sabíamos que demandaria maior atenção com violações de direitos humanos em todo o país ", destaca.

Canais

O Disque 100 e o Ligue 180 podem ser acessados pelo site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) e por outros aplicativos como o Direitos Humanos Brasil. O serviço também está disponível no WhatsApp e no Telegram. As denúncias são gratuitas e anônimas, podendo ser realizadas em qualquer horário de qualquer dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

Na madrugada da última sexta (6), faleceu, aos 26 anos, o rapper norte-americano King Von. Ele foi vítima de um tiroteio entre dois grupos quando estava em frente a uma boate em Atlanta, no estado da Geórgia. O empresário do artista também foi atingido, mas sobreviveu e segue internado em um hospital da cidade.

Nascido Dayvon Daquan Bennett, King Von se notabilizou por canções como “Took Her To The O”, “The Code” e “Crazy Story, Pt. 3”. Ele havia anunciado o lançamento, para este sábado, de seu novo single. No dia 9 de outubro deste ano, ele disponibilizou a música “I Am What I Am” em todas as plataformas digitais.

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Após dois meses de internação, o veterano da 2ª Guerra Mundial, Lloyd Falk venceu mais uma batalha. Aos 100 anos, ele comoveu os profissionais de saúde do Henrico Doctor’s Hospital, de onde saiu recuperado da Covid-19. Há poucos meses, Falk havia perdido sua esposa, de 74 anos, para a doença.

Em um vídeo publicado nas redes sociais do hospital, é possível observar o momento que em que o veterano cruza os corredores, aplaudido pelos médicos e enfermeiros. "Nós o saudamos, senhor Falk. Sua coragem e resiliência inspira a todos nós", celebrou a unidade de saúde, na postagem.

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"Municípios pobres do interior de Pernambuco não vão receber nada", disse Coelho. (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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Em entrevista ao LeiaJá, o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) esclareceu seu posicionamento contrário à PLP 149/2019, que visa assegurar ajuda do governo federal aos estados e municípios com base em suas arrecadações médias até outubro, aprovada por 431 a 50 votos pelo congresso, no dia 13 de abril. Coelho, único pernambucano contrário ao projeto, disse que o debate “alimenta briga política entre Dória e Bolsonaro”, além de preterir a região Nordeste, que possui menor arrecadação do que o eixo Sul e Sudeste do país.

“O projeto foi feito num acordo político para ajudar o governador Dória, de São Paulo. Não tenho nada contra o estado de São Paulo, agora sou representante de Pernambuco, eu não posso aceitar um projeto que pega todo o recurso de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] do Brasil e envia para São Paulo e Rio de Janeiro. O Nordeste tem 33% da população do Brasil, estão sendo repassados somente 17% dos recursos para a região”, defende Coelho, pontuando ainda que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) é fluminense.

Coelho acredita que a PLP 149/2019 erra ao não garantir que os recursos serão destinados às demandas de saúde pública de estados e municípios. “Além disso, por essa regra que foi colocada, os municípios pobres do interior de Pernambuco não vão receber nada, as regiões mais pobres vão ficar totalmente desassistidas. Espero que o senado não aprove a matéria, até porque começa a ter repercussão negativa dentro do Nordeste. Você não pode, só para fazer oposição ao presidente, massacrar sua região”, conclui.

Câmara aprovou matéria por 431 a 50 votos. (Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

Para o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, o Congresso acerta ao aprovar a PLP. “É um projeto que tem méritos, tem qualidades em virtude da crise do coronavírus, pois estados e municípios precisam de recursos e são eles que estão na ponta para ofertar a saúde pública eficiente. Um projeto de suma importância”, pontua. 

Apoio dos governadores

Questionado pela reportagem, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos) frisou que a matéria teve apoio de quase todos os governadores das unidades federativas do país, da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e todos os secretários da Fazenda do Brasil. “Ou seja, ele foi fruto de um diálogo, independente da coloração partidária”, colocou. Costa Filho afirmou ainda que a matéria se apoia em dois pilares básicos. “A compensação pelo período de seis meses do valor nominal da arrecadação ocorrida em 2019 frente a que está sendo arrecadada em 2020, para fins de recomposição, dos dois tributos que representam as maiores fontes de receitas de estados e municípios (ICMS e ISS), superior ao proposto pelo Governo Federal que é de apenas três meses”, explica.

O parlamentar mencionou ainda a suspensão do pagamento de dívidas dos entes junto aos bancos nacionais, havendo ainda possibilidade de refinanciamento e alongamento do prazo da dívida. Assim, a recomposição seria importante para que, na prática, estados e municípios não “quebrem” durante a pandemia, podendo inclusive quitar os pagamentos da folha de servidores, garantindo investimentos em saúde, educação e segurança. “Todos sabemos que o ICMS é a principal fonte de receita de Pernambuco. Por exemplo, em relação a arrecadação do mês de abril, o Estado receberá R$ 500 milhões. Já no mês de maio, o valor será de R$ 600 milhões.  Ou seja, quem é contra a proposta, quer que o Estado perca o valor da recomposição, que poderia ser utilizado para reforçar a saúde durante 6 meses, e aperte ainda mais a corda ao redor das cidades. Além de ser contra a autorização a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal para que municípios executem de forma mais célere os investimentos”, comentou Costa Filho.

Ele destacou ainda que o projeto “dialoga com o PL 1161, que aprovamos recentemente, que prevê a recomposição do FPM e FPE relativos a 2019” e que o valor que os estados vão deixar de pagar em dívidas aos bancos públicos, no período da pandemia do coronavírus, também será muito importante. “O Estado de Pernambuco, por exemplo, vai deixar de pagar R$ 482 milhões, recursos que poderão ser utilizados no combate ao coronavírus. Por isso, reforço que o momento exige unidade. É hora de ajudarmos Pernambuco e o Brasil”, completa o parlamentar.

"O Estado de Pernambuco, por exemplo, vai deixar de pagar R$ 482 milhões", afirmou Silvio Costa Filho (LeiaJá Imagens/Arquivo)

O deputado Tadeu Alencar (PSB), que também votou a favor da PLP 149/2019, colocou a matéria como “incontroversa”. “É muito importante e significativo para o Estado de Pernambuco, bem como para os seus municípios, já beneficiados com a recomposição do FPE/FPM, já aprovado pela Câmara e que leva em conta, este sim, critérios como a população e a renda per capita, que favorece o Nordeste. Claro que a queda de receita nos Estados ricos, dada a robustez  das suas economias, é mais significativa, mas todos receberiam rigorosamente o que perderam e o projeto, tal como aprovado, de recomposição nominal, foi critério de melhor absorção, facilitando a sua aprovação”, comenta. 

Alencar admite, contudo, que estão contidas no projeto “injustiças federativas indesejáveis”. “Se quiséssemos resolvê-las nesse projeto, o risco de divergências insuperáveis poderia sacrificar a sua aprovação. Ainda mais com o governo e o Ministério da Economia trabalhando contra. O meu voto, como da grande maioria da Câmara dos Deputados, foi pragmático, de assegurar o auxílio, para o nosso Estado e seus municípios. Prevaleceu o velho ditado: ‘é melhor um pássaro na mão do que dois sobrevoando’”, acrescenta.

O deputado disse que a demora na aprovação da matéria poderia tê-la feito “desandar” e que a crise causada pela pandemia impunha celeridade ao processo. “Havia várias outras questões importantes, além dessa, como a inclusão das dívidas com a União e com os organismos multilaterais, que poderiam ser incluídas na suspensão e não o foram, bem como um novo espaço fiscal para contratação de novas operações de crédito, que também foi deixado de lado. A política é a arte do diálogo e do possível. E o possível no momento foi isso. Andou bem na Câmara. Paisagem bonita é a que os olhos vêem, não a que está atrás dos montes”, considera.

O Projeto

O texto apresentado pelo relator do PLP 149/19, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), visa socorrer estados e municípios durante a pandemia da Covid-19, a partir de medidas de curto prazo, como a suspensão do pagamento de dívidas dos estados com a União; um auxílio emergencial para compensar a queda na arrecadação em decorrência da pandemia de Covid-19; e novos limites de endividamento. A matéria substitui o chamado Plano Mansueto, que previa ajustes com efeitos de médio e longo prazo. O projeto sugere a recomposição das perdas de arrecadação de ICMS e Imposto Sobre Serviços (ISS) deste ano em relação a 2019.

A União, considerando os ganhos obtidos nos meses de abril a setembro de 2019, repassaria os recursos entre maio e outubro deste ano. A matéria está sendo analisada pelo senado, mas ainda não tem data para votação.

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