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Milhares de manifestantes saíram às ruas de Roma neste sábado para protestar contra as medidas de austeridade, convocadas pelo sindicato metalúrgico Fiom, e para exigir "o direito ao trabalho, à educação e à saúde". "Não podemos esperar mais", declarou o secretário da Fiom, Maurizio Landini.

"As decisões do governo de Berlusconi e Monti, anteriores ao atual Executivo de Enrico Letta, estão na origem da dura situação que vivemos hoje. Precisamos voltar a colocar o trabalho no centro do debate", disse.

Pelo menos 100.000 pessoas participaram no protesto, segundo os organizadores. A Itália tem uma taxa de desemprego de 11,5%, mas entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos o índice chega a 38,4%.

Dezenas de milhares de partidários da esquerda marcharam pelo centro de Paris neste domingo para expressar a frustração com o primeiro ano de governo do presidente François Hollande. Os manifestantes criticaram Hollande por ele renegar as promessas de campanha de controlar o mercado financeiro e pôr em prática estímulos econômicos.

Hollande, que é socialista, chegou à presidência em maio de 2012, prometendo deixar a França de fora das medidas de austeridade impostas em outros países da Europa. O governo francês evitou em grande parte os profundos cortes de gastos, elevações de impostos e amplas reformas adotadas pelos vizinhos.

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Em vez disso, fez cortes modestos com reduções de gastos de 10 bilhões de euros (US$ 13 bilhões) e aumento de impostos, principalmente para os ricos, em 20 bilhões de euros. Isso é relativamente pouco para um país com uma economia de 2 trilhões de euros, dos quais 57% são gastos do governo.

Ainda assim, a economia da França continuou a se deteriorar, com estagnação do crescimento e taxa de desemprego acima dos 10%. Os franceses que saíram às ruas neste domingo são na maioria de partidos à esquerda do Socialista, do presidente, e não concordam que ele tenha evitado o pior para o país.

De acordo com a polícia, 30 mil ativistas participaram da manifestação, embora os organizadores tenham afirmado que havia 180 mil. Vários manifestantes reconheceram que votaram em Hollande um ano atrás, para evitar que o ex-presidente Nicolas Sarkozy fosse reeleito ou porque tinham expectativas num governo socialista.

O fracasso de Hollande em manter o apoio da esquerda não assegura a ele a adesão da direita, que considera que as reformas econômicas e orçamentárias não foram suficientes. Esse cenário faz de Hollande um dos presidentes menos populares da história moderna da França. Cerca de 15 mil manifestantes, principalmente de direita, se reuniram em outra parte da capital francesa neste domingo para protestar contra a aprovação da lei que legaliza o casamento gay. As informações são da Associated Press.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta quarta-feira que a austeridade não é um fim em si, mas tem o objetivo de tornar a Europa mais competitiva e criar empregos.

Merkel também apelou aos políticos da zona do euro que trabalhem juntos para ampliar a austeridade fiscal, com o argumento de que isso vai ajudar a fortalecer a economia.

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Em pronunciamento no Conselho Alemão de Cidades, Merkel afirmou que é preciso haver "uma certa coordenação" das políticas econômicas na zona do euro, sem transferir todas as responsabilidades para Bruxelas.

Merkel disse ainda que a "Alemanha só irá bem no longo prazo, se toda a Europa estiver bem também." As informações são da Dow Jones.

O governo da França apresentou nesta quarta-feira um plano para diminuir o ritmo das medidas de austeridade, permitindo que sua dívida continue se expandindo por mais um ano em meio à dificuldade da economia local de crescer.

O plano de estabilidade será entregue à Comissão Europeia (CE) no fim do mês, antes de ser submetido à aprovação do gabinete e Parlamento franceses. Paris vinha pressionando para que Bruxelas desse ao país mais tempo para reduzir seu déficit aos limites estabelecidos pela União Europeia sem correr o risco de sofrer sanções.

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"Medidas adicionais levariam a França à recessão num contexto em que a zona do euro já está, em média, em recessão", disse o governo no plano que apresentou.

A França prevê que sua economia crescerá apenas 0,1% este ano, antes de se recuperar e apresentar uma expansão moderada de 1,2% em 2014.

Em face do fraco desempenho econômico, o déficit do país cairá para apenas 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, de 4,8% no ano passado, prevê o governo, que espera reduzir ainda mais o déficit para 2,9% do PIB em 2014. A CE pede um déficit "claramente abaixo" dos 3% estipulados nos tratados da UE.

As previsões de déficit significam que a dívida francesa atingirá o pico de 94,3% do PIB em 2014, antes de começar a cair no ano seguinte. Durante a campanha eleitoral, há menos de um ano, o presidente francês François Hollande prometeu manter a dívida abaixo do patamar de 90% e até mesmo começar a reduzi-la a partir deste ano.

Após implementar fortes elevações de impostos desde que chegou ao poder há um ano, Hollande diz que agora vai se concentrar na redução de gastos para equilibrar as finanças do país. Em 2014, 70% da redução prevista no déficit deverá vir de cortes de gastos.

Em relação ao PIB, o governo prevê que os gastos públicos vão cair a 53,9% do PIB em 2017, de 56,9% este ano. Em 2014, Paris planeja reduzir os gastos em 1,5 bilhão de euros e diminuir transferências para governos locais na mesma quantia. As informações são da Dow Jones.

A polícia espanhola prendeu 45 pessoas, incluindo nove menores de idade, após uma manifestação contra austeridade fiscal ocorrida do lado de fora do Parlamento. Dezenas de pessoas sofreram ferimentos leves.

Dezenas de milhares de pessoas marcharam para o Parlamento para protestar contra aumentos de impostos, cortes de gastos, desemprego elevado e corrupção no país. Após o fim do protesto na noite de sábado, um grupo de jovens jogou cadeiras de bares na rua e queimaram latas de lixo. A polícia encontrou ainda quatro bombas incendiárias em uma mochila abandonada em uma rua.

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O Ministério do Interior disse que os agentes apreenderam 22 bombinhas, cinco foguetes e um bastão com dois menores de idade perto da principal estação ferroviária de Madri. Segundo o Ministério, 40 pessoas, incluindo 12 oficiais da polícia, sofreram ferimentos leves nos confrontos. Dois policiais foram levados ao hospital. As informações são da Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff afirmou ao jornal espanhol El País que o problema da Europa é a aplicação de "soluções inadequadas para a crise", cujo resultado será um empobrecimento das classes médias. "Neste ritmo, se produzirá uma recessão generalizada", afirmou ao jornal, em entrevista publicada neste domingo (18) pela edição impressa e concedida em Brasília às vésperas da 22.ª Cúpula Ibero-Americana, que ocorre em Cádiz, sul da Espanha, e da qual Dilma participa.

"Nós já vivemos isso. O Fundo Monetário Internacional (FMI) impôs um processo que chamaram de ajuste, agora dizem austeridade. Tínhamos de cortar todos os gastos. Asseguravam que assim chegaríamos a um alto grau de eficiência. Esse modelo levou a uma quebra de quase toda a América Latina nos anos 80", disse a presidente. "As políticas de ajuste por si só não resolvem nada se não há investimento, estímulos ao crescimento. E se todo o mundo restringe gastos de uma vez, o investimento não chegará."

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Neste sábado (17), em discurso durante a Cúpula Ibero-Americana, Dilma criticou a política de austeridade em curso na Europa e enfatizou o "risco de agravamento" da recessão. Na ocasião, a presidente já havia evocado a influência do FMI na economia brasileira nos anos 80.

Na entrevista publicada pelo El País, Dilma disse já ter feito as mesmas críticas nas reuniões do G-20. "A Europa passa por algo que conhecemos na América Latina. Há uma crise fiscal, uma crise de competitividade e uma crise bancária", afirmou.

De acordo com a presidente, as medidas que estão sendo aplicadas levarão a uma "crise brutal". "Claro que você precisa pagar as dívidas, a consolidação fiscal é necessária, mas é preciso tempo para que os países o façam em condições sociais menos graves. Não só por uma questão ética, como também por exigências propriamente econômicas", afirmou. Ela reiterou posteriormente que distribuir renda é uma exigência moral, mas também é uma premissa para o crescimento.

De acordo com a presidente, a recessão europeia está "alargando os prazos" para uma maior recuperação das economias que não têm problemas fiscais nem financeiros, estão em crescimento positivo e praticam políticas anticíclicas, como o Brasil. "Estamos fazendo de tudo para impulsionar de novo nosso crescimento", disse. "Reduzimos os custos de capital, os de trabalho também, e baixamos muitos impostos para impulsionar o consumo."

Sobre a situação brasileira, a presidente comentou que o tripé macroeconômico que tem sustentado a ação do governo é composto por contas públicas austeras, inflação controlada e acumulação de reservas cambiais para proteger a moeda de especulação. "Mas, ao mesmo tempo, nos pusemos a construir um mercado interno, sobretudo combatendo o déficit habitacional", afirmou.

Dilma comentou que o euro "é um projeto inacabado" e que a Europa precisa "completá-lo", mediante supervisão e união bancária. "A moeda única europeia é uma das maiores conquistas da humanidade, precisamente de um continente tão castigado por guerras e disputas internas. Trata-se de um fenômeno econômico, social, cultural e político que significa um avanço formidável, mas está incompleto", disse a presidente, ressaltando a importância de se ter uma liderança para construir os consensos. Com relação à China, Dilma afirmou na entrevista que o melhor que o país asiático sabe fazer é "definir suas metas".

De acordo com a agenda oficial da Presidência da República, Dilma passa este domingo em Madri sem compromissos oficiais e na segunda-feira (19) pela manhã se encontra com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, para discutir uma possível flexibilização da imigração entre os dois países.

A polícia grega decidiu reagir contra os manifestantes reunidos em frente ao Parlamento que protestam contra o pacote multibilionário de austeridade da Grécia exigido pelos credores internacionais em troca da liberação da próxima parcela do segundo pacote de resgate.

Após os manifestantes jogarem coquetéis Molotov, pedras e fogos de artifício contra a polícia, os policiais reagiram com gás lacrimogêneo, granadas e canhões de água. Muitos manifestantes também removeram pedras das calçadas para lançá-las e usaram barras de ferro para quebrar os vidros das lojas localizadas ao redor da praça onde ocorre o protesto.

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Segundo estimativas da polícia, entre 60 e 70 mil trabalhadores, empresários e estudantes se reuniram em torno de uma praça em frente ao Parlamento, onde congressistas debatem o pacote de austeridade no valor de 13,5 bilhões de euros, cuja votação está prevista para às 20h (de Brasília).

As informações são da Dow Jones.

O Partido Socialista da Grécia (Pasok), um pilar da coalizão governista local, perdeu hoje um aliado após enfrentar uma difícil votação no Parlamento que expôs a resistência a um novo pacote de medidas de austeridade, necessário para a liberação de mais empréstimos do pacote de ajuda do país.

O parlamentar Michalis Kassis anunciou que decidiu tornar-se independente após o líder do Pasok, Evangelo Venizelos, determinar que os socialistas apoiem as medidas a qualquer custo. "Já não sou mais um deputado socialista", disse Kassis à uma estação de TV grega.

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A decisão deixa o Pasok com 32 deputados no Parlamento de 300 assentos e a coalizão governista com 175 membros. O governo conseguiu aprovar ontem uma importante lei de privatização, mas a votação mais crucial, sobre o orçamento e reformas pendentes, deverá ocorrer na semana que vem.

"Quem não puder seguir este caminho, não deve fazê-lo, devemos seguir trajetórias distintas", disse Venizelos aos parlamentares, acrescentando: "Chegou o momento da verdade".

A expectativa é que outros legisladores socialistas se oponham às reformas, como acontecerá também com o pequeno Esquerda Democrática, que faz parte da coalizão.

A Grécia precisa aprovar as medidas de austeridade até 12 de novembro, quando ministros das Finanças da zona do euro vão discutir a liberação de uma nova tranche de 31,2 bilhões de euros (US$ 40 bilhões) de seu segundo programa de assistência, concedido pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

O primeiro-ministro Antonis Samaras tem alertado que o eventual colapso do acordo trará "caos" à Grécia. As informações são da Dow Jones.

O governo de Portugal anunciou hoje a versão final do pacote de austeridade baseado em aumento de impostos para 2013. O plano orçamentário para o próximo ano foi marcado por preparativos incomuns - como o anúncio de medidas que depois foram debatidas em reuniões ministeriais que duraram 20 horas - que mostram a dificuldade que o governo português vem enfrentando para equilibrar a implementação de medidas de austeridade com a manutenção da estabilidade política e social do país.

Enquanto o ministro de Finanças, Vitor Gaspar, anunciava o plano orçamentário do governo para 2013, um protesto em frente ao Parlamento local era organizado por meio da rede social Facebook, previsto para o começo da noite (horário local). O ministro alertou que, sem essa proposta orçamentária, significaria dizer não a todo o programa de resgate externo obtido por Portugal. "Não há espaço de manobra", alertou.

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O pacote, que foi em grande parte antecipado no começo deste mês, recebeu críticas de centrais sindicais, partidos de oposição e membros de governos anteriores, que defendem que o mais novo pacote de austeridade vai sufocar a classe média e as pequenas empresas portuguesas. "Isso é uma bomba atômica fiscal", criticou o presidente do maior partido de oposição, Antonio Jose Seguro, do Partido Socialista.

De acordo com a proposta orçamentária apresentada hoje, o governo pretende arrecadar 4,3 bilhões de euros em impostos, incluindo 2,8 bilhões de euros a partir de um corte no número de faixas para tributação sobre renda. No próximo ano, as alíquotas de imposto de renda irão de 14,5% a 48%, além de uma sobretaxa extraordinária de 4% sobre a renda.

Em entrevista, Gaspar afirmou que a proposta orçamentária foi desenhada de forma que os portugueses que ganham mais paguem mais e os contribuintes de renda mais baixa sejam protegidos.

"O orçamento para o próximo ano é difícil para os portugueses, mas também é o mais justo em termos de equalização fiscal", explicou o ministro. Também haverá um aumento na tributação sobre ganhos de capital, imóveis, aluguéis, automóveis e um imposto sobre transações financeiras.

Do lado da despesa, o governo português pretende economizar 2,7 bilhões de euros no próximo ano com medidas como o aumento na idade para aposentadoria no setor público para 65 anos, igualando ao setor privado. Além disso, haverá cortes expressivos nos contratos temporários de trabalho e redução no valor pago por horas extras e licenças de saúde. A maior parte da economia, entretanto, virá de um corte de um salário dos 14 que os servidores públicos recebem por ano.

Gaspar terá agora duas semanas de debates no Parlamento, que deverá votar as linhas gerais do Orçamento no fim de outubro. As negociações de cada medida se estenderão ao longo do mês de novembro. Embora o governo de coalizão tenha maioria no Parlamento, sua popularidade vem caindo rapidamente.

Uma pesquisa nacional de opinião realizada no começo deste mês mostrou que quase 70% dos portugueses não confiam no governo. Além disso, quase 53% afirmam que o governo vai cair antes do fim de seu mandato, embora 33% afirmem que o atual governo vai chegar ao fim de seu mandato, em 2015. As informações são da Dow Jones.

O governo grego vai chegar a um acordo com a delegação internacional de inspetores na reunião de 18 de outubro, embora o acordo final deva ser fechado pelos ministros de Finanças da zona do euro em encontro marcado para o fim de outubro, afirmou hoje (13) Yannis Stournaras, ministro de Finanças da Grécia. Segundo ele, esse acordo vai pavimentar o caminho para o aguardado desembolso da parcela de resgate do país no começo de dezembro. "Precisamos concluir o pacote de austeridade, dentro do acordo que temos com os inspetores internacionais para a reunião do dia 18", afirmou. "Estimamos que o acordo final com o Eurogrupo será feito no final de outubro", completou.

A Grécia está em negociações com a delegação de inspetores da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu (BCE) - conhecida como Troica - desde o começo de setembro. As discussões se referem ao plano de austeridade de dois anos no valor de €13,5 bilhões. A Troica discorda de alguns pontos do plano de austeridade e quer que o país faça mais cortes de gastos no próximo ano do que o planejado pelo governo grego.

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Um acordo sobre essas medidas, bem como sobre outras reformas estruturais, é a precondição para que a Grécia receba a próxima parcela de ajuda prometida pelos credores europeus e internacionais sob os termos do último resgate no valor de €173 bilhões e para garantir a possibilidade de extensão na redução das metas para o déficit nesse acordo de resgate. "Após o encontro do Eurogrupo, a parcela será desembolsada", afirmou Stournaras.

Enquanto isso, as discussões entre a Grécia e a equipe de inspetores da Troica continuam hoje e devem terminar amanhã. "Estamos próximos de chegar a um acordo, e espero que a reunião na próxima semana resolva a maior parte dos assuntos", informou ontem um funcionário do Ministério das Finanças que preferiu não se identificar.

As medidas incluem cortes em salários do setor público, pensões, pagamento de benefícios e aumento na idade para aposentadoria, que passaria de 65 para 67 anos. A Grécia também será obrigada a implementar 89 ações prioritárias - reformas prometidas que contemplam aumento nas tarifas de eletricidade para centenas de organizações do Estado - que ainda não foram colocadas em prática.

Essas e outras medidas devem ser votadas pelo Parlamento grego após a reunião da União Europeia, afirmou Stournaras. Com a probabilidade de enfrentar falta de caixa no fim de novembro, o governo grego quer garantir que a próxima parcela de ajuda chegue antes desse prazo.

As informações são da Dow Jones.

Os governos europeus devem acompanhar atentamente os planos sobre cortes no orçamento para se certificarem de que eles não prejudicarão muito o crescimento econômico, embora alguns países não tenham escolha a não ser avançar urgentemente com os profundos cortes. A declaração é de Vitor Constancio, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

"Alguns países perderam o acesso ao mercado e não têm opção a não ser buscar a consolidação no curto prazo", afirmou o dirigente do BCE, em um debate organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em sua reunião anual. Ele acrescentou, contudo, que os países nos quais há mais margem de manobra por parte dos investidores devem ter cuidado para que a austeridade não prejudique demais o crescimento e torne as metas orçamentárias ainda mais difíceis de serem alcançadas.

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Ignazio Visco, presidente do Banco Central da Itália e membro do conselho do BCE, alertou que cortes mal feitos no orçamento irão minar a credibilidade com os mercados. Ele disse que a falta de confiança nos esforços para reduzir os níveis da dívida e do déficit orçamentário estavam contribuindo para os atuais problemas na zona do euro. "Isso é claramente algo para ser trabalhado." As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, jogou um balde de água fria sobre a perspectiva de assumir um novo mandato ao dizer que "deixará o emprego para outros em poucos meses", segundo publicaram nesta terça-feira os jornais italianos Corriere della Sera e La Repubblica, citando comentários feitos pelo premiê durante uma conferência sobre cooperação internacional. "Espero que deixemos um país um pouco mais calmo e menos derrotista", disse Monti, de acordo com as publicações.

Na semana passada, Monti havia dito que consideraria a possibilidade de continuar no cargo de primeiro-ministro após as eleições gerais de abril, se as circunstâncias assim exigissem. Para a maioria dos analistas, isso significa que ele só ficará no cargo se o resultado da votação não garantir maioria clara a nenhum partido.

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Austeridade

Enquanto isso, o ministro de Economia do país defendeu as medidas de austeridade adotadas pelo governo. Vittorio Grilli, disse nesta terça-feira que não existe um "curto-circuito" entre austeridade e crescimento, rebatendo comentários feitos mais cedo pelo presidente do Tribunal de Auditoria, Luigi Giampaolino.

"Austeridade e crescimento precisam ser compatíveis. Crescimento sem rigor fiscal é como construir uma casa sobre a areia", comentou Grilli às margens de uma conferência sobre cooperação internacional em Milão.

Segundo Giampaolino, o documento de planejamento econômico trienal do governo italiano, conhecido como DEF, destaca "o perigo de um 'curto-circuito' entre o rigor e o crescimento". Em audiência no Parlamento, Giampaolino também comentou que o plano de ajuste fiscal da Itália depende de aumento de impostos. Para ele, a meta de atingir um orçamento equilibrado em 2013 é precária.

Já Grilli argumentou que a Itália está trabalhando para reafirmar sua credibilidade no cenário global e assim ter mais influência em organizações internacionais. "Para termos influência é necessário termos credibilidade e sermos competentes nos setores em que essas organizações internacionais operam". As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, jogou um balde de água fria sobre a perspectiva de assumir um novo mandato ao dizer que "deixará o emprego para outros em poucos meses", segundo publicaram nesta terça-feira os jornais italianos Corriere della Sera e La Repubblica, citando comentários feitos pelo premiê durante uma conferência sobre cooperação internacional. "Espero que deixemos um país um pouco mais calmo e menos derrotista", disse Monti, de acordo com as publicações.

Na semana passada, Monti havia dito que consideraria a possibilidade de continuar no cargo de primeiro-ministro após as eleições gerais de abril, se as circunstâncias assim exigissem. Para a maioria dos analistas, isso significa que ele só ficará no cargo se o resultado da votação não garantir maioria clara a nenhum partido.

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"Austeridade e crescimento precisam ser compatíveis. Crescimento sem rigor fiscal é como construir uma casa sobre a areia", comentou Grilli às margens de uma conferência sobre cooperação internacional em Milão.

Segundo Giampaolino, o documento de planejamento econômico trienal do governo italiano, conhecido como DEF, destaca "o perigo de um 'curto-circuito' entre o rigor e o crescimento". Em audiência no Parlamento, Giampaolino também comentou que o plano de ajuste fiscal da Itália depende de aumento de impostos. Para ele, a meta de atingir um orçamento equilibrado em 2013 é precária.

Já Grilli argumentou que a Itália está trabalhando para reafirmar sua credibilidade no cenário global e assim ter mais influência em organizações internacionais. "Para termos influência é necessário termos credibilidade e sermos competentes nos setores em que essas organizações internacionais operam". As informações são da Dow Jones.

O líder do partido grego Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, confirmou que a coalizão tripartite da Grécia chegou nesta quinta-feira a um acordo básico para um pacote de austeridade de 13,5 bilhões de euros (US$ 17,4 bilhões), entre cortes de gastos e medidas para aumentar a receita de impostos, após semanas de negociações.

"Fechamos um acordo sobre os pontos básicos. Ainda há algumas questões pendentes", disse Kouvelis a repórteres, após se reunir por mais de duas horas com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, líder do partido conservador Nova Democracia, e Evangelos Venizelos, líder do partido socialista Pasok.

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Inspetores dos credores internacionais da Grécia, que incluem a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, estarão em Atenas no fim de semana para avaliar as últimas medidas de austeridade propostas pelo governo grego.

A missão da troica de credores vai determinar se a Grécia merece receber outro pagamento de seu programa de ajuda de 173 bilhões de euros, o segundo concedido ao país desde a crise iniciada no final de 2009.

Se os inspetores derem seu aval ao novo pacote de austeridade e os ministros das Finanças da zona do euro aprovarem o relatório da troica, a Grécia receberá mais 31,5 bilhões de euros em ajuda no mês que vem. As informações são da Dow Jones.

O governo de Portugal realizará em breve conversações com sindicatos comerciais e empresários sobre alternativas para as medidas de austeridade, após uma tempestade de críticas aos planejados cortes de gastos. A decisão foi tomada após uma reunião de oito horas do Conselho Consultor de Estado convocada na sexta-feira pelo presidente do país, Aníbal Cavaco Silva. A iniciativa surge após um comunicado do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de que ele estava aberto ao diálogo, depois que suas propostas enfrentaram forte oposição.

As propostas incluíam aumento da contribuição social dos empregados de 11% para 18% dos salários e cortes dos rendimentos de 23,75% para 18%, na esperança de criar empregos. "O governo não é cego, nem surdo e eu não vou ficar calado", declarou Passos Coelho no Parlamento. "Eu não confundi determinação com intransigência", disse.

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O cumprimento das metas de déficit é essencial para que Portugal receba mais dinheiro do pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) negociado no ano passado, no valor de 78 bilhões de euros.

Mas os cortes de gastos e as reformas econômicas exigidas como parte do pacote de socorro provocaram uma recessão no país. A economia portuguesa teve contração de 1,2% no segundo trimestre, muito maior que a queda de 0,1% registrada no primeiro trimestre. No ano cheio, a projeção é de que a economia do país tenha um declínio de 3%. As informações são da Dow Jones.

Portugal decidiu retirar um salário inteiro dos trabalhadores do setor privado e reduziu a renda anual do país em 7%. O anúncio ocorreu justamente no momento em que indicadores apontaram que a recessão é mais profunda do que se imaginava. Ontem, a Europa divulgou uma série de novas medidas de austeridade.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou que os trabalhadores do setor privado passarão a sofrer um desconto de 18% de seus salários para financiar a Segurança Social, taxa que era de 11% até agora. Na prática, a medida representa o fim do 13.º salário no país, algo que já havia sido cortado dos funcionários públicos. A medida entrará em vigor em 2013 e aliviará a tributação que era cobrada sobre as empresas. O governo também indicou que a mesma situação será mantida aos funcionários públicos em 2013 e aposentados também ficam sem os benefícios.

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Em junho de 2011, a Justiça portuguesa havia declarado ilegal o fim do 13.º salário apenas para os funcionários públicos, argumentando que essa seria uma injustiça em relação aos demais. O governo decidiu, portanto, que ninguém receberá o benefício, acabando com a "injustiça".

Para receber 78 bilhões, Portugal adotou um duro plano de cortes, incluindo a elevação do IVA (equivalente ao ICMS no Brasil) para 23%, privatizações e corte de salários.

As medidas foram anunciadas no mesmo dia em que dados oficiais mostraram uma agonia na economia. O Produto Interno Bruto (PIB) desabou 3,3% no segundo trimestre, queda bem mais forte que a redução de 2,3% no primeiro trimestre do ano.

Na França, o presidente François Hollande prometeu apresentar até o fim do mês o orçamento, que terá de vir com duros cortes e elevações de impostos. Para atingir a meta de déficit, ele terá de ajustar as contas em 30 bilhões. Cerca de 10 bilhões serão economizados em estatais, mantendo a ajuda a essas empresas sem qualquer tipo de aumento.

Mas grande parte do esforço virá do aumento de impostos, principalmente dos mais ricos. Hollande confirmou que vai manter sua ideia de cobrar impostos de até 75% daqueles que tenham uma renda superior a 1 milhão por ano. Essa era uma de suas promessas de campanha.

Enquanto isso, na Espanha, o governo de Mariano Rajoy informou que desempregados que estejam recebendo o seguro desemprego poderão ser convocados por prefeituras a trabalhar para limpar ou reconstruir áreas atingidas por incêndios e outros desastres.

O governo espanhol, que precisa atender a 24% da população que está desempregada, também alertou que quem não cumprir com a convocação será "sancionado". Entre as penalidades, os desempregados podem perder três meses do seguro e até mesmo ver o fim do benefício. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, está pedindo mais tempo para fazer cortes de gastos e reformas destinados a levantar fundos para manter o país à tona. "Tudo que queremos é um pequeno espaço para respirar, para reavivar a economia rapidamente e ampliar a renda estatal", afirmou Samaras em entrevista ao jornal alemão Build. O premiê grego se reunirá com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na sexta-feira.

Hoje Samaras vai se encontrar com Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, o grupo de ministros de Finanças da zona do euro, e no sábado viajará para a França, onde conversará com o presidente François Hollande. "Deixe-me ser bem claro: não estamos pedindo dinheiro adicional. Nós estamos mantendo os nossos compromissos e estamos cumprindo todas as exigências", disse Samaras ao jornal.

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"Nós precisamos sair dessa psicologia negativa, que é como um buraco negro. Os gregos votaram em um novo governo que colocasse o país em um novo caminho", declarou. "Estamos fazendo progresso nas reformas estruturais e privatizações e não é justo quanto alguém na Europa quer continuar nos empurrando para esse buraco", acrescentou.

Em troca de um pacote de assistência financeira internacional, a Grécia se comprometeu a cortar cerca de 11,5 bilhões de euros (US$ 14,2 bilhões) em gastos dentro de um prazo de dois anos a partir de 2013. No entanto, o governo quer estender o prazo em mais dois anos e Samaras deverá conversar sobre isso nas reuniões desta semana. As informações são da Dow Jones.

O Parlamento espanhol aprovou nesta quinta-feira cortes de 65 bilhões de euros a serem implementados no decorrer dos próximos dois anos e meio. Pouco depois da aprovação, milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri e de dezenas de outras cidades em protesto contra o pacote.

O programa de austeridade aprovado pelos legisladores prevê cortes nos salários dos funcionários públicos e a elevação do imposto sobre valor agregado, entre diversas outras medidas. Trata-se do maior corte no orçamento desde o restabelecimento da democracia na Espanha, no fim da década de 1970.

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Dos 312 votos contabilizados, 180 deputados votaram a favor, 131 contra. Houve uma abstenção. O primeiro-ministro Mariano Rajoy contou somente com os votos de seu Partido Popular, que dispõe de maioria no Parlamento, para aprovar as impopulares medidas de austeridade, informa o jornal El País.

Protestos contra os cortes de despesas governamentais têm ocorrido quase diariamente na Espanha. Segundo a agência de notícias Reuters, o Parlamento espanhol está praticamente cercado por manifestantes há pelo menos uma semana.

Hoje, milhares de pessoas saíram às ruas de Madri em protesto contra as medidas de austeridade aprovadas mais cedo pelo governo. Organizações sindicais convocaram manifestações em mais de 80 cidades espanholas, reunindo trabalhadores e artistas para ruidosos protestos contra o governo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O ministro de finanças da Grécia, Yannis Stournaras, afirmou neste sábado (7) ao parlamento que o novo governo do país vai se concentrar nas privatizações como plano central de sua estratégia de reforma, enquanto tenta convencer os credores de que a Grécia está comprometida com os termos do pacote de ajuda europeu.

Stournaras também reiterou o compromisso da Grécia aos termos do acordo, embora tenha alertado que o país precisa de mais tempo para alcançar as metas assumidas para o déficit orçamentário, acrescentando que isso exigirá dos parceiros na zona do euro a liberação de mais dinheiro - além do recente pacote de 173 bilhões de euros.

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O novo governo grego, formado por uma coalização triangular - conservadores do partido Nova Democracia, socialistas do Pasok e pequenos partidos de Esquerda Democrática - foi eleito em 17 de junho. Os comentários de Stournaras vêm à tona como parte do debate no parlamento, de três dias, que levará a um voto de confiança à meia-noite do domingo. O voto é considerado uma formalidade: os três partidos combinaram de controlar 179 assentos no parlamento de 300 membros.

O pronunciamento também ocorre depois que um grupo de inspetores da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) visitaram Atenas para revisar o problemático programa de reformas da Grécia, que foi praticamente paralisado quando o país discutia as eleições nacionais (vistas como um referendo sobre seu futuro na zona do euro).

Até o momento, a Grécia fracassou nos compromissos de reduzir o setor público, vender ativos estatais, recapitalizar os bancos, revisar o sistema tributário e detalhar cortes de gastos de 11,5 bilhões de euros (US$ 14,2 bilhões) nos próximos dois anos. As informações são da Dow Jones.

Manifestantes contrários ao programa de austeridade fiscal do governo britânico fazem demonstrações em frente à residência do vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, em Londres. Os protestos deste sábado envolvem 200 pessoas, que fazem piqueniques e distribuem panfletos, segundo o porta-voz do grupo britânico Uncut, Murray Worthy. Clegg não foi visto em sua residência.

Clegg é líder do Partido Liberal Democrata, da coalizão do governo. A coalizão chegou ao poder em 2010 e introduziu um amplo programa de austeridade de cortes de gastos e reformas, com objetivo de reduzir o déficit do país. O posicionamento do partido levou a grandes perdas nas eleições locais recentes. As informações são da Associated Press.

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