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A deterioração da liquidez em mercados relevantes como os de títulos soberanos de países desenvolvidos e as incertezas econômicas globais podem desencadear eventos adversos com riscos à estabilidade financeira que preocupam bancos centrais ao redor do mundo, inclusive o brasileiro. Com os temores, os BCs podem ser obrigados a manter sob sua guarda por mais tempo do que o previsto a montanha de ativos que compraram durante o auge da pandemia de Covid-19, em um momento em que estão tentando controlar a disparada da inflação.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS), uma espécie de Banco Central dos BCs, reforçou o alerta quanto ao tema em seu mais recente relatório trimestral, publicado nesta semana. Segundo a entidade, a liquidez do mercado de títulos soberanos deteriorou-se na maioria das economias avançadas em meio às incertezas de investidores quanto ao rumo das taxas de juros.

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"À medida que as taxas subiam rapidamente e a volatilidade aumentava, os mercados de bonds tornaram-se progressivamente menos líquidos", diz a entidade, com sede em Basileia, na Suíça. Um indicador baseado nos preços de bônus soberanos de economias desenvolvidas teve piora acentuada e atingiu o seu nível mais baixo desde a crise financeira de 2008, conforme o BIS.

Nos Estados Unidos, as condições de liquidez começaram a se deteriorar ainda no verão e permaneceram visivelmente piores do que no auge da covid-19, em março de 2020, em mercados como os "treasuries", que são os títulos do Tesouro norte-americano, e os que apoiam o financiamento imobiliário no país, os chamados "mortgages".

PERDA. Do outro lado do Hemisfério Norte, no Reino Unido, o Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) foi obrigado a comprar bilhões em gilts, o título do governo britânico, após o anúncio do malsucedido pacote fiscal, para evitar que a turbulência se espalhasse para além do estrago causado aos fundos de pensão.

"Os juros dos títulos de dívida do Reino Unido subiram cerca de 1,5 ponto porcentual ao ano. Em títulos de 30 anos, a perda do valor dos papéis foi de 45% a 50%", destaca o sócio-fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro brasileiro, Carlos Kawall, mencionando os problemas para seguradoras e fundos de pensão, com riscos para a estabilidade financeira. "É uma perda patrimonial absurda. No Brasil, já estamos mais vacinados contra essas instabilidades. Lá foi um terremoto", completa.

Para o BIS, o estresse no mercado de gilts é um sinal de alerta não só às fundações, que garantem as aposentadorias dos indivíduos, mas às instituições financeiras não bancárias (NBFIs, na sigla em inglês) como empresas de securitização e fundos de private equity, que compram participação em empresas, diante do processo de aperto monetário nas economias. Enquanto longos períodos de juros baixos motivaram uma maior alavancagem por parte desses grupos, a mudança neste quadro, alerta, pode desencadear pressões de liquidez e levar à disfunção dos mercados, pressionando os bancos centrais a fornecer apoio.

Contra o ressurgimento da inflação global, a receita é alta de juros e redução do balanço de ativos dos BCs, que engordaram bastante durante a pandemia, para dar suporte aos mercados. Além do episódio britânico, o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, lembra que a indicação do Banco Central Europeu (BCE) de que iria começar a redução do seu balanço gerou transtornos para os papéis de Portugal, Grécia e Itália, resultando em maior cautela pela autoridade monetária europeia. O BCE deve voltar a discutir o tema no dia 15 deste mês.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O aperto monetário colocado em marcha pelos principais bancos centrais para tentar controlar a alta da inflação pode deflagrar um cenário de recessão global em 2023, alertou o Banco Mundial em relatório divulgado na semana passada. O estudo adverte para o crescente risco de crises financeiras em economias emergentes e em desenvolvimento.

Segundo estimativas da entidade, para controlar a escalada dos preços, os BCs ao redor do mundo terão que subir juros em uma média de 2 pontos porcentuais. Se acompanhado por estresse nos mercados financeiros, esse ritmo desaceleraria o crescimento do PIB do planeta a 0,5% em 2023 e de 0,4% em termos per capita.

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Esse resultado cumpriria os critérios técnicos para definir uma recessão. O documento destaca ainda uma série de evidências que apontariam para um quadro recessivo no horizonte. Segundo a análise, a economia global registra a mais acentuada desaceleração desde os anos 1970.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Bank of America (BofA) estima que há 40% de risco de os Estados Unidos entrarem em recessão no ano que vem, em meio à combinação de crescimento econômico fraco e inflação persistentemente elevada no país.

Em relatório, o banco explica que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ficou "atrás da curva", demorando para agir no combate à escalada inflacionária, e enfrenta um horizonte desafiador.

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Nesse cenário, a instituição prevê que os juros chegarão ao pico acima de 4%, antes de a inflação se estabilizar em cerca de 3% - superior à meta de 2% do Fed.

O BofA também cortou a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, de 2,5% para 1,5%, após contração de 1,5% no primeiro trimestre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio a tantos protestos, notícias de corrupção e surpresas políticas, o que mais chama atenção são os sintomas atuais da crise no Brasil:  inflação, queda no volume de vendas no comércio, alta do dólar americano e o desemprego. O mercado define recessão econômica somente a partir da  queda consecutiva do PIB de um país em dois trimestres, o que já ocorre no Brasil, que já prevê mais quedas para os proximos meses também 

 O PIB é o indicador que mede o crescimento total da economia de um país em determinado período de tempo. Quando o PIB cai, isso traduz alguns dos sinais de uma crise, pois representa diminuição do consumo das famílias, redução dos níveis de produção nas empresas e no comércio, aumento de desemprego, entre outros.

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“No Brasil, a elevação da inflação, a piora da situação fiscal com aumento de gastos públicos, taxa de desemprego alta são desafios para o crescimento econômico. Acrescente-se a estas questões a corrida eleitoral em 2022 que traz mais incertezas ao cenário econômico e afeta decisões de investimentos, que são fundamentais para impulsionar o crescimento do país”, afirma a economista e professora da FATEC, Nilza Siqueira.  De acordo com dados mais recentes do IBGE, o nível médio de desemprego no Brasil aumentou para 7,6% da população ativa.

Para constatar outros aspectos da crise em um país, basta verificar também o aumento no número de pedidos de falência e recuperação judicial que prosseguem nos tribunais de justiça estaduais, bem como nas juntas comerciais estaduais. Algumas empresas encerram suas operações, enquanto outras buscam se estruturar para continuar suas atividades. 

Sobre a redução das taxas de juros, o governo federal recolhe imposto de renda de grande parte das pessoas jurídicas no país e uma das formas de tributação é por meio do lucro real obtido por essas empresas. Quando há diminuição desse recolhimento de tributos, é um outro sinal de crise, pois representa queda no lucro real das empresas.  

Por Camily Maciel

O Brasil está oficialmente saindo da recessão, afirmou nesta sexta-feira (13) o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao participar virtualmente do 39º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex). “Recebemos hoje a notícia de que o Brasil está oficialmente está saindo da recessão”, disse Guedes.

Ele destacou que sua “hipótese de trabalho” é que as contaminações pelo novo coronavírus estão em queda e que a “vacina está chegando”. “O Brasil está conseguindo combater a doença. Isso é um fato que está acontecendo do lado da saúde. Do outro lado, da economia, é um fato que o Brasil está saindo da recessão”, enfatizou.

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Para o ministro, o governo tem cerca de um ano e meio para transformar a retomada da economia em crescimento sustentável. “Em vez de uma onda de consumo, em uma forte recuperação cíclica, o desafio é transformar isso na ampliação da capacidade produtiva.”

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado nesta sexta-feira, mostrou crescimento de 9,47% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. Em setembro, comparado a agosto, houve expansão de 1,29%.

Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, foi registrada queda de 3%. Em 12 meses encerrados em setembro, houve retração de 3,32%.

Empregos

Guedes ressaltou que o país criou 300 mil empregos em setembro. Segundo o ministro, o “ritmo está tão forte que talvez seja difícil manter” a criação de emprego nesse patamar.

O ministro lembrou que, em anos anteriores de crise, as perdas de emprego foram maiores no que na atual. Neste ano, até setembro, a perda chegou a 550 mil postos de trabalho, contra 650 mil na recessão de 2015 (de janeiro a setembro) e 687 mil em igual período de 2016. “Os erros de política econômica causaram mais dano do que a pandemia”, afirmou.

Teto de gastos

O ministro da Economia voltou a defender o controle das contas públicas, por meio do teto de gastos. “Não vamos aumentar impostos, então precisamos do controle de gastos”, disse.

Para Guedes, o teto de gastos é uma “barreira contra a irresponsabilidade com as finanças públicas”. “É importante que lutemos para manter esse teto para mudar o eixo da economia brasileira que era baseada nos investimentos dirigidos pelo governo.”

Guedes destacou ainda que os servidores públicos “aceitaram com patriotismo” o congelamento de salários neste ano e em 2021 como contribuição para o enfrentamento da pandemia. “Os salários estavam muito acima da média do setor privado, e o funcionalismo, com patriotismo, porque não houve grandes reclamações, aceitou essa contribuição de não pedir aumento durante este ano de pandemia e o ano que vem, quando estaremos ainda com o efeito devastador sobre as finanças públicas”, afirmou.

Depois da Índia na segunda-feira (31), o Brasil revelou nesta terça uma queda histórica de seu PIB no 2º trimestre, um tombo sofrido por quase todas as principais economias do mundo em razão da pandemia de Covid-19. Apenas a China escapou da recessão.

Veja as principais variações do Produto Interno Bruto (PIB), calculadas em relação ao trimestre anterior. Os valores são, salvo indicação, dos respectivos institutos nacionais de estatísticas.

O Brasil, maior economia da América Latina, divulgou nesta terça-feira (1°) uma queda recorde de 9,7% de seu PIB entre abril e junho. O segundo país mais atingido pela pandemia, com mais de 121.000 mortes, o gigante sul-americano entrou oficialmente em recessão após um recuo (revisado) de 2,5% no primeiro trimestre.

"O PIB já está no mesmo nível do final de 2009, no auge da crise financeira internacional", explicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em nota.

A Índia, outro gigante emergente que paga um alto preço pela covid-19 (mais de 65.000 mortos), revelou 24 horas antes uma queda sem precedentes de 23,9% de seu PIB ano a ano. Sem recessão, entretanto, já que Nova Délhi registrou crescimento de 3,1% entre janeiro e março.

- China sai das sombras -

Nos Estados Unidos, maior economia do mundo, a queda foi de 9,5% no segundo trimestre, após queda de 1,3% no primeiro, segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As estatísticas do governo americano publicam variações a uma taxa anualizada (-32,9% no segundo trimestre), como o Canadá, que na sexta-feira lamentou uma queda sem precedentes de 38,7% em seu PIB na primavera (outono no Brasil).

Único sinal de luz na escuridão vem da segunda maior economia do mundo: a China evitou a recessão ao conter a epidemia. O PIB recuperou 11,5% no segundo trimestre, após queda de 10% no primeiro. Em um ano, a queda foi de 6,8% no primeiro trimestre e a retomada de 3,2% no segundo.

Um nível de crescimento que permanece, porém, muito inferior ao registrado pela China nas últimas décadas.

O vizinho japonês teve mais três meses difíceis: no segundo trimestre, seu PIB caiu 7,8% em relação ao de janeiro a março. Esta é a queda mais acentuada desde que dados comparáveis foram estabelecidos em 1980, e o terceiro trimestre consecutivo de contração do PIB.

- Europa mergulhada na recessão -

No Velho Continente, toda a zona do euro viu seu PIB contrair 12,1% na primavera, após -3,6% no trimestre anterior, "de longe" a queda mais significativa "desde o início das séries temporais em 1995" do Serviço de Estatística Europeu Eurostat.

A Alemanha, maior economia da Europa, viu seu PIB despencar 10,1% no segundo trimestre, após cair 2% no primeiro (a pior queda registrada até agora foi de 4,7%).

Menos afetada pela pandemia do que outros países do continente, emitiu um pequeno sinal de esperança nesta terça-feira ao revisar sua projeção de queda da atividade econômica para -5,8%, contra -6,3% estimada anteriormente.

Para a França, que experimentou um confinamento mais rigoroso e mais longo do que seu vizinho do Reno, o impacto é mais severo, com um PIB despencando 13,8% na primavera, após -5,9% entre janeiro e março. O pior trimestre já registrado desde o pós-guerra pelo Instituto Nacional de Estatística era, até então, na primavera de 1968, devido à greve geral de maio.

A Itália, que experimentava um crescimento lento antes da crise da saúde e cuja região mais rica, a Lombardia, foi o epicentro europeu da pandemia por várias semanas, entrou em recessão com uma queda do PIB de 5,4 % no primeiro trimestre, depois 12,4% no segundo.

A Espanha viu sua economia encolher 18,5% no segundo trimestre, após 5,2% no primeiro, incluindo uma queda de 60% nas receitas do turismo na primavera e um declínio de mais de um terço nas exportações.

O Reino Unido, o país europeu mais enlutado pela pandemia, vive a pior recessão do continente, enquanto sua economia continua ligada à da UE até o final do ano. O PIB caiu 20,4% no segundo trimestre, após recuar 2,2% no primeiro.

Quanto à Rússia, sua economia se contraiu 8,5% no segundo trimestre em um ano, de acordo com a primeira estimativa da agência de estatísticas Rosstat. Além dos efeitos da pandemia, o gigante russo também sofreu com a crise do petróleo.

A Itália tenta salvar sua economia que afundou pela crise do coronavírus: o governo apresentou ao Parlamento nesta quinta-feira um novo pacote de ajuda, temendo uma recessão de mais de 10%, ainda mais forte do que a prevista até então.

Terceira maior economia da zona do euro, a península, duramente atingida pela pandemia com cerca de 28.000 mortes, registra um resultado particularmente desastroso, com uma queda de 4,8% de seu PIB no primeiro trimestre, contra uma média de 3,8 % na zona do euro.

Foi na Itália que a epidemia atingiu a Europa primeiro, bem no coração econômico da península: Lombardia, Veneto e Emilia-Romagna. Essas três regiões do norte, que representam 45% do PIB nacional, concentram as atividades orientadas para a exportação, como automóveis e bens de luxo.

Os italianos estão confinados desde 10 de março. A partir de 22 de março todas as atividades produtivas consideradas não essenciais tiveram que ser interrompidas, paralisando o tecido econômico.

Nos últimos dez dias, as empresas retomaram gradualmente suas atividades, mas de maneira extremamente limitada.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte apresentou aos parlamentares as mudanças nas previsões orçamentárias, com um aumento do déficit de 55 bilhões de euros e um pacote de ajuda adicional para apoiar a renda e o emprego (25 bilhões de euros) e empresas (15 bilhões).

O novo texto orçamentário espera uma contração de 8% do PIB em 2020, com uma recuperação esperada no último trimestre.

Mas Giuseppe Conte não descartou um cenário mais sombrio em caso de "persistência do vírus", com uma recessão que pode ultrapassar -10%, alertou.

Um número jamais mencionado pelo governo até então, que dá "a medida da seriedade do cenário".

Nas últimas previsões de crescimento, o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma contração do PIB de 9,1% este ano.

Somente no primeiro trimestre, o PIB caiu 4,7% em relação ao período anterior, anunciou o Instituto Nacional de Estatística Istat nesta quinta-feira.

- Desemprego -

E a queda de 0,9 ponto percentual no desemprego em março (8,4%) é enganosa: esse número só leva em consideração aqueles que procuram ativamente trabalho e não aqueles que interromperam a busca devido à cessação quase total da economia ou do confinamento. Ao mesmo tempo, o número de pessoas inativas aumentou 2,3%, segundo a Istat.

Para tomar a decisão de baixar sua nota sobre a dívida italiana para BBB-, com uma perspectiva estável, a agência Fitch se baseou no cenário de uma recessão de 8%.

"Os fundamentos da economia e das finanças públicas italianas são sólidos", reagiu o ministério das Finanças da Itália.

Com esse rating degradado, a Fitch coloca a dívida soberana italiana um nível acima da categoria especulativa ("junk"), uma decisão tomada pela Moody's em outubro de 2018, mesmo antes da crise do coronavírus.

Essas notas são cruciais para os Estados, porque afetam as taxas pelas quais podem tomar empréstimos para financiar sua dívida.

Na semana passada, a Standard and Poor's manteve seu rating em BBB, com perspectivas negativas.

Em apoio a essa decisão, que surpreendeu alguns analistas, a Standard and Poor's apontou a dívida privada como "a mais baixa do G7" e as virtudes de uma "economia diversificada e rica".

A agência também previu que "a maior parte da dívida soberana italiana criada recentemente este ano após a pandemia será comprada pelo BCE", como parte do apoio às economias europeias.

Segundo previsões oficiais, o déficit público subirá para 10,4% do PIB, contra 2,2% esperado antes do início da pandemia e 1,6% registrado em 2019. A dívida pública deve saltar para 155,7 % do PIB este ano, contra 135,2% previstos antes da epidemia e 134,8% registrados em 2019.

O Programa Bolsa Família reduziu as taxas de extrema pobreza em um quarto (25%) e de pobreza em 15%. A conta é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que analisou a evolução das condições de vida dos mais pobres entre os anos de 2001 e 2017.

“Em 2017, as transferências do programa retiraram 3,4 milhões de pessoas da pobreza extrema e 3,2 milhões da pobreza”, descreve estudo publicado esta semana e disponível na internet. Os dados sobre a renda dos mais pobres foram obtidos nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicilios (Pnad/IBGE), que eram bianuais e a partir de 2016 passaram a ser contínuas.

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Somados, os contingentes de pessoas que se beneficiaram com essa mobilidade de classe (6,5 milhões) equivalem à população do Maranhão (Censo de 2010). No total, o Bolsa Família transfere recursos a 14 milhões de famílias ou 45 milhões de pessoas, número semelhante a de toda população da Argentina.

Para Luiz Henrique Paiva, especialista em políticas públicas e um dos autores do estudo, o Bolsa Família “é um instrumento muito bom para reduzir a pobreza. Ele não é só não é mais efetivo porque ainda é modesto”, opina fazendo referência à média de R$ 188 que cada família recebe.

Liberalismo econômico

Paiva reconhece que o Bolsa Família é um programa inspirado nas correntes do liberalismo econômico. “O programa é na sua natureza um programa liberal. É focalizado nos mais pobres, transfere quantias modestas, custa pouco para o país (0,4% do Produto Interno Bruto, PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país). Não é de espantar que economistas liberais, como o ministro [da Economia] Paulo Guedes, gostem e conheçam as avaliações do programa”.

Segundo o especialista, o foco na população mais pobre aumenta a eficiência do programa. Outra vantagem é o custo. Ele estima que o programa este ano chegue a R$ 33 bilhões, com o pagamento anunciado da 13ª prestação aos segurados - assim como o 13º salário dos trabalhadores formais. O valor equivale a menos de 1% do Orçamento Geral da União em 2019 (R$ 3,38 trilhões), aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro do ano passado.

Além da redução da pobreza, o Bolsa Família teria contribuído para a diminuição de 10% da desigualdade, calculada pelo coeficiente de Gini, indicador que mede a distância entre a distribuição real e ideal da riqueza.

Recessão

Luiz Henrique Paiva admite, no entanto, que nos últimos anos, após a recessão econômica. houve piora no quadro social, por causa do desemprego e o programa não foi suficiente para evitar essa situação. “Quando tem muito desemprego, há muitas pessoas sem renda. O Bolsa Família é um programa de complementação e não de substituição de renda”, aponta.

Ele acredita que o Bolsa Família tenha vida longa. “Há literatura sobre isso: programas sociais que são efetivos e alcançam muita gente tendem a ter robustez tendem à resiliência, a resistir ao longo do tempo”.

Paiva acrescenta que “todos os países ricos têm um programa de transferência para a população mais pobre. Não importa quanto o país vai crescer. Sempre vai ter um programa, de orçamento relativamente modesto, tentando encontra aquelas famílias mais pobres – especialmente as com crianças – para fazer alguma transferência a elas”.

“É um mecanismo que veio para ficar. Infelizmente há sempre uma categoria de excluídos e você fazer transferência para que as crianças possam comer, estudar, gozar de saúde e ter a chance de se tornar trabalhadores atividades”, projeta.

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, comentou nesta terça-feira (15) sobre as últimas notícias envolvendo a economia do Brasil.

“Jornais trazem hoje cenário de piora da economia. O risco já é de recessão e o governo resolve impor mais corte no orçamento, agora de R$ 10 bilhões. Qual é a mensagem para os 13 milhões de desempregados? Reforma da Previdência e pauta neoliberal, que só agravarão a situação”, disse Gleisi.

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 A parlamentar fez menção ao tempo que Lula foi presidente do Brasil. “Lembro hoje do presidente Lula, que com uma comitiva foi até a ilha de Goré, no Senegal, pedir perdão ao continente africano, ao povo negro pela escravidão no Brasil. Um ato simbólico mas de grande significado, reconhecendo a luta árdua que população negra trava pela plena liberdade”, recapitulou.

 Por fim, a petista continuou reafirmando que Lula é inocente, “Contra Lula, todos erros foram cometidos. É vítima de condenação sem provas, preso por ‘fato indeterminado’ em sentença com ilações. A confirmação que a juíza tomou decisão baseada em outra sentença é um vexame. Gabriela Hardt precisa se declarar impedida para o caso Lula”, declarou.

Quatro dos seis Estados que vão superar o nível econômico pré-crise, estão com as contas públicas penduradas. Roraima, por exemplo, que deve terminar 2019 com o Produto Interno Bruto (PIB) quase 5% acima do patamar anterior ao da recessão, está sob intervenção federal por descontrole nas finanças e na segurança pública.

Segundo o levantamento da Tendências Consultoria Integrada, o mesmo ocorre com o Mato Grosso do Sul, cujo PIB deve superar em 0,1% o de 2014. Os gastos do Estado com pessoal ultrapassaram 70% enquanto o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 60%, segundo dados do Tesouro Nacional. Mato Grosso e Santa Catarina também estão acima do limite.

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A melhora da economia deve ajudar os governadores a colocar a conta no azul, mas não resolve o problema da crise fiscal nos Estados. "Eles continuam muito endividados e com os gastos públicos elevados", afirma a professora de economia do Insper, Juliana Inhazs. Segundo ela, o aumento do PIB vai agravar ou empurrar o problema para frente.

Isso significa que a situação pode ser maquiada pelo aumento da arrecadação, que passará a cobrir a escalada dos gastos, especialmente com pessoal. Alguns dos governadores eleitos prometem escapar dessa armadilha. Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão fora do grupo que vai recuperar o desempenho econômico pré-crise neste ano, mas seus gestores prometem atuar nas duas pontas: criar condições para acelerar o crescimento econômico e cortar gastos.

Para Romeu Zema (MG) e Eduardo Leite (RS), uma das saídas é melhorar o ambiente de negócios para atrair investimentos e elevar a arrecadação. Do outro lado, eles afirmam que farão o corte de gastos para equilibrar as contas.

No Nordeste, os governadores terão trabalho dobrado uma vez que estão longe de voltar ao nível pré-crise. "Na Região, estão os Estados onde a crise econômica bateu mais forte e onde a recuperação tem sido pior, e mais lenta", afirma o economista Adriano Pitoli. Segundo ele, até 2013, o Nordeste era um destaque positivo, especialmente por causa dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Além disso, a região é muito dependente de aposentadorias.

Segundo dados da Tendências, 26% da renda familiar do Nordeste vem do Bolsa Família e do INSS. Pitoli explica que as duas fontes de renda eram muito influenciadas por reajustes acima da inflação para o salário mínimo. "Com a crise do setor público, isso mudou. O que era impulso positivo virou negativo."

2020

A economia paulista, que responde por cerca de um terço do PIB nacional, só deve voltar ao nível pré-crise em 2020 ou 2021. Em 2019, São Paulo deve registrar um crescimento de 2% - igual à média nacional - mas esse porcentual ainda será insuficiente para alcançar o patamar de 2014. Segundo projeção da consultoria Tendências, o PIB de SP ficará 4,1% abaixo do patamar pré-crise. O economista da consultoria, Adriano Pitoli, diz que São Paulo acompanha de perto o ciclo econômico por causa do desenvolvimento de sua indústria (automobilística, construção civil e metalurgia).

Os dados de 2018 do PIB trimestral de São Paulo compilados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) indicam um crescimento de 2,7% no resultado dos quatro trimestres encerrados em junho na comparação com o período anterior. A tendência de expansão começou a ser observada no segundo trimestre de 2017, mas ainda é insuficiente para compensar as perdas dos últimos anos.

Em termos fiscais, o Estado tem uma dívida elevada e também vê uma escalada dos gastos com pessoal. Por ora, as despesas estão abaixo do teto de 60% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Social (LRF), mas já superaram o limite de alerta de 54% das receitas correntes líquidas, segundo dados do Tesouro Nacional.

A dívida do Estado é da ordem de R$ 200 bilhões, o quem em 2017 representava 1,71% da receita corrente líquida - indicador considerado elevado. O desafio do novo governo é reduzir esse endividamento. O enxugamento da máquina pública é parte central da proposta do novo governador, João Doria (PSDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apenas seis Estados vão conseguir apagar neste ano os estragos causados pela recessão econômica. Levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada mostra que Pará, Roraima, Mato Grosso, Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso do Sul serão os únicos a superar o Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2014 - quando o País entrou na pior recessão da história.

O desempenho, puxado pela iniciativa privada, deve dar um pouco de fôlego aos novos governadores, que terão de cortar gastos e reduzir a folha de pagamento para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Quase todos estão com as despesas de pessoal acima do limite de 60% e enfrentam dificuldade para pagar servidores. Mas, com crescimento maior, a arrecadação tende a aumentar e dar ligeira folga aos cofres públicos.

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Nos demais 20 Estados e no Distrito Federal, os novos governadores não vão ter o mesmo alívio. Pelo levantamento, eles terão crescimento abaixo da média nacional e não conseguirão voltar ao nível pré-crise. Alagoas, Maranhão e Sergipe são os que estão mais distantes do patamar de PIB registrado em 2014. "Em vários locais, esse nível só deverá ser alcançado em 2020 ou 2021", diz o economista da Tendências, Adriano Pitoli, responsável pelo levantamento 'Cenários Regionais 2019-2023'.

Ele explica que, no caso dos seis Estados, a economia foi impulsionada pelo bom desempenho do agronegócio, pela maior exposição ao mercado internacional e pela maturação de projetos de mineração, como o da Vale, no Pará. Há ainda aspectos inusitados que devem ter impacto no PIB, diz Pitoli. É o caso do crescimento do número de imigrantes venezuelanos em Roraima - que esteve sob intervenção federal até 31 de dezembro. "Mesmo que de forma atabalhoada, há um movimento maior da economia, com mais pessoas buscando ocupação e suporte do governo federal."

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul serão influenciados pela expectativa de safra recorde de soja em 2019. A agricultura também reforçará a economia de Rondônia. "Em Santa Catarina, o dólar favorável vai ajudar a indústria de carne e metalurgia", diz.

Pelos dados da Tendências, em 2017 e 2018, esses Estados já tiveram um desempenho acima da média nacional. E devem continuar assim neste ano. Em termos regionais, o Norte terá o maior avanço do PIB em 2019 por causa da recuperação de algumas áreas, como a indústria eletroeletrônica do Amazonas muito sensível ao ciclo econômico. Junto com o Nordeste, a região foi uma das que mais sofreram com a recessão econômica.

"Temos uma recuperação econômica lenta e fraca especialmente por causa das incertezas em relação às reformas que precisam ser feitas no Brasil", afirma o economista do Itaú Unibanco, Artur Passos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O brasileiro vai ter de esperar mais cinco anos para conseguir recuperar o padrão de vida que tinha antes da recessão. Com a crise prolongada, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, medida que serve de referência do nível de riqueza da população, só deve retornar ao patamar de 2013 entre 2021 e 2023.

A expectativa é que o PIB per capita alcance R$ 33,5 mil, em números deflacionados, em quatro ou cinco anos, superando o patamar de 2013, de R$ 33,4 mil, segundo a consultoria 4E.

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A recessão fez com que os ganhos no período de forte crescimento do País regredissem. Como reflexo da perda de renda e alta do desemprego, o brasileiro freou o consumo, adiou planos e aprendeu a viver com menos.

O relojoeiro José Clemente da Silva, de 56 anos, sentiu que a crise havia se agravado quando os clientes mais fiéis da loja na região metropolitana do Recife passaram a procurá-lo para consertar aparelhos, em vez de comprar novos. "Acabei diminuindo o negócio. Troquei o ponto por uma banca em que só faço reparos de relógios e eletrônicos. Cada um se vira como pode."

No período de vacas magras, a compra de equipamentos novos foi substituída pela manutenção de aparelhos antigos. Enquanto a comercialização da linha branca, de televisores e de eletroportáteis caiu entre 10% e 21% nos anos de crise, segundo a Eletros (associação do setor), os reparos de aparelhos eletroeletrônicos subiram quase 8%, de acordo com a Abrasa.

Para Bruno Lavieri, da 4E, um dos fatores que afetaram o desempenho do País foi a queda nos investimentos nos últimos anos e os aportes mal feitos antes da crise, em setores que nem existem mais. "O PIB potencial também sofreu com o baixo crescimento da População Economicamente Ativa (PEA)."

O advogado Bruno Porto, de 46 anos, lembra do dia em que contou para a filha de dez anos que ela teria de mudar para uma escola com uma mensalidade menor. "A gente dizia que era um sacrifício, mas que ela iria estudar mais perto da casa nova - menor que a antiga. Foram dois anos em que a nossa vida mudou por completo, perdi o emprego, vendemos um dos carros e fui fazer bicos. No começo do ano, consegui outro emprego, mas que pagava menos da metade do anterior. Foi difícil, mas a gente se acostuma com tudo."

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, concorda que ainda será um longo caminho até que o PIB per capita do Brasil recupere o patamar pré-crise. "Ainda assim, a atual inflexão da economia é emblemática e deverá causar impacto na eleição de 2018", afirma.

"O Brasil precisa correr muito para não ficar para trás. A crise de 2015 e 2016 foi quase que exclusivamente nossa, diferentemente de 2008, quando a crise foi generalizada", diz Lavieri.

Crise particular

Quando se leva em conta o crescimento da renda, países emergentes de porte semelhante ao do Brasil registraram avanços entre 2013 a 2016 em comparação aos quatro anos anteriores, de 2009 a 2012. A economia brasileira teve o pior desempenho segundo esses critérios.

"O Brasil está muito aquém de outros países. Segundo projeções para 2022, nosso PIB per capita vai crescer em média 0,9%, de 2017 a 2022, quase a metade da média de Chile, Argentina, México, Colômbia e Peru", diz o economista Marcel Balassiano, do Ibre/FGV.

Em dólar, o PIB per capita do Brasil foi de US$ 16,2 mil, em 2014, para US$ 15,1 mil no ano passado, enquanto México e Tailândia subiram para US$ 17,9 mil e US$ 16,9 mil, respectivamente, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) compilados pelo Banco Fibra.

"É preciso considerar as variações cambiais na comparação com outros países, mas o problema é que a política econômica anterior também desacelerou o crescimento do PIB potencial, por isso a recuperação sem reformas estruturais é lenta", diz Cristiano Oliveira, do Banco Fibra. "A agenda reformista atual havia sido traçada, mas abandonada, por Fernando Henrique Cardoso e Lula. Para recuperar o tempo perdido, é preciso persistir numa política econômica que promova crescimento com produtividade e sem artificialismos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cidades turísticas não podem prescindir de eventos culturais e festas populares de rua, mesmo diante da brutal crise e do processo avançado de recessão no País. Prova disso mostraram as cidades de Petrolina, no Sertão, Caruaru e Gravatá, no Agreste, durante os festejos juninos. Geraram milhares de empregos diretos e indiretos, movimentando o comércio e a rede hoteleira.

No mesmo caminho, Triunfo, a 400 km do Recife, está em festa há dez dias, realizando a Festa do Estudante, que, na verdade, está sendo resgatada, com muita coragem e disposição, pelo prefeito João Batista (PR). O Governo do Estado, através da Fundarpe, estendeu o seu chapéu, patrocinando shows de artistas de renome nacional, que contribuíram para atrair um público muito maior.

Na quinta-feira, primeiro dia da abertura da segunda semana do evento, a vedete da noite veio de Manaus – a atriz global Márcia Felipe, ex-vocalista do grupo Garota Safada. Encheu, literalmente, a praça. Na semana passada, quem conseguiu esta façanha foi o cantor Frejat. Ontem, teve a forrozeira Lucy Alves, finalista do The Voice Brasil, da TV-Globo, e Daniel Diau, ex-vocalista da banda Calcinha Preta.

Para hoje, último dia da programação festiva, o cearense Dudé Casado faz um tributo a Belchior, depois tem Alceu Valença e, por fim, Amigos Sertanejos. Pelas estimativas dos organizadores, a grade de hoje deve atrair o maior público, em torno de 15 a 20 mil pessoas.

A combinação entre belezas naturais e clima ameno torna Triunfo num dos destinos turísticos mais desejados do Nordeste. Com temperaturas que variam de seis a 15 graus nos meses de frio, a cidade é um cartão postal com imponente conjunto arquitetônico numa paisagem que fica coberta pela neblina na temporada de inverno.

Com a Festa dos Estudantes, que acaba hoje, poucas cidades têm o privilégio de reunir tantos atrativos, a começar pelo clima que contradiz com a aridez do Sertão. A vegetação é completamente diferente da que predomina na região e a variedade de lugares a se visitar não tem similar em todo o Brasil.

SERRA EM FESTA – Quem vai passar pela mesma experiência, de 4 a 7 de setembro, é Serra Talhada, com a tradicional festa de Nossa Senhora da Penha, a padroeira do município. O prefeito Luciano Duque (PT), mesmo sem o apoio do Governo do Estado, anunciou, ontem, uma grade artística bastante atrativa. Entre os nomes que irão se apresentar, Marília Mendonça, Aviões do Forró, Matheus e Kauan, Israel Novaes, Fábio Diniz, Mano Walter, Jonas Esticado e Caninana. “Conseguimos apoios de patrocinadores privados, mas do Governo nem um só centavo”, reclamou Duque.

Filho bem, pai mal – Em Alagoas, a reeleição do governador Renan Filho (PMDB) é dada como certa, segundo nova pesquisa divulgada, ontem, naquele Estado. Diferentemente do filho, o pai Renan Calheiros, também do PMDB, investigado na operação Lava Jato, não aparece bem no levantamento e por isso mesmo arma a estratégia de uma aliança com o PT, para pegar carona na popularidade do ex-presidente Lula no Nordeste, caso este venha mesmo a entrar na disputa.

Votação garantida - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou, ontem, que é preciso concluir a votação do prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara para que a Casa retome a análise das reformas, como a da Previdência e a tributária. O plenário da Câmara vai decidir se a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa Temer de corrupção passiva deve ou não seguir para o Supremo Tribunal Federal (STF). A votação está marcada para a próxima quarta-feira. Segundo ele, haverá quórum suficiente para votar. 

Cortes afetam educação – Representantes de universidades e de trabalhadores do ensino superior afirmam que o impacto do corte de gastos imposto pelo Ministério da Educação já muda a rotina de campi pelo País, e que muitas instituições só têm dinheiro para custeio até setembro. Cortes em diferentes setores, demissões de terceirizados e busca por parcerias viraram estratégia para fugir das dívidas. O "custeio" das universidades representa os gastos como contas de luz, água, manutenção e pagamento de funcionários terceirizados.

Já catando apoios – Na visita que fez, ontem, ao prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, para tratar sobre parcerias no setor de energia, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, da ala dissidente do PSB, tratou da sucessão estadual em 2018. Não foi muito explícito, mas deixou transparecer que se o pai, o senador Fernando Bezerra, não sair candidato a governador, terá que ir ao sacrifício em nome do grupo. Anderson não tem candidato a governador. Está indeciso entre apoiar a reeleição de Paulo Câmara ou a candidatura do oposicionista Armando Monteiro (PTB).

CURTAS

RENEGOCIAÇÃO – Boa notícia para os produtores rurais da região Nordeste, norte de Minas Gerais e Espírito Santo, que integram a área de atuação da Sudene: o Banco Central publicou a resolução nº 4591 autorizando a renegociação de dívidas de operações de custeio e investimento, contratadas de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2016. Para o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, a medida chegou em boa hora.

PROTESTO – Donos de postos de combustíveis de 22 estados definiram um protesto nacional para o dia 1º de agosto contra o aumento da alíquota do PIS e Cofins que incide sobre a gasolina. Além de faixas pretas que serão colocadas nas bombas de combustíveis em sinal de luto, em vários estados também haverá cartazes com a seguinte mensagem: “Aumentar impostos sobre os combustíveis não é a solução! Basta!”.

Perguntar não ofende: Por que Lula não incluiu Pernambuco no giro da sua caravana de ônibus?

A economia da África do Sul entrou em recessão técnica no primeiro trimestre do ano, segundo dados oficiais publicados hoje.

Pesquisa da agência de estatísticas Stats SA mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) sul-africano diminuiu a uma taxa anualizada de 0,7% entre janeiro e março, após encolher 0,3% no quarto trimestre de 2016.

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De modo geral, uma recessão é definida por dois trimestres consecutivos de contração econômica.

A última recessão técnica da África do Sul terminou em 2009. Desde 1961, o país já enfrentou oito recessões, a mais longa das quais foi em 1991 e 1992, informou a agência.

O Banco Central da África do Sul prevê que o PIB do país crescerá 1% em 2017, após mostrar leve expansão de 0,3% no ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Apesar das comemorações do presidente Michel Temer e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que a alta do PIB após oito trimestres seguidos no vermelho crava o fim da recessão que o País atravessa, economistas ponderam que o resultado deve ser analisado com cautela e que ainda é cedo para comemorar. Segundo o economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central e membro do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da FGV, que estabeleceu oficialmente o início da atual crise econômica no segundo trimestre de 2014, é "extremamente prematuro" analisar o resultado como evidência para o fim desse ciclo, tanto sob o ponto de vista técnico quanto em uma análise mais ampla do cenário econômico. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Em termos técnicos, é possível afirmar que o PIB positivo deste trimestre, que interrompe um longo ciclo de contração, crava o fim da recessão?

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Para dizer que acabou a recessão, o Codace tem de se reunir e verificar se existem ou não dois trimestres consecutivos de crescimento, que é o critério adotado. Se crescer também o PIB do segundo trimestre, aí você decreta o fim da recessão no último trimestre de queda - que, no caso, seria o quarto trimestre de 2016. Agora, se no segundo trimestre de 2017 o PIB voltar a cair, o Codace não tem condições de decretar o fim do processo recessivo. Mas, para além do PIB, é preciso avaliar todos os indicadores econômicos. Uma coisa é certa: é muito cedo ainda para decretar o fim da recessão.

Por quê?

No resultado do primeiro trimestre, nós tivemos um crescimento do PIB da agricultura que é o maior da história. Sem ele, o PIB não teria subido 1%, mas sim 0,2%. Isso não irá se repetir no segundo trimestre, de forma que essa força desaparece. O crescimento do PIB da indústria não é uma recuperação, é apenas um carry over (espécie de herança estatística) do dado de dezembro. A boa notícia da indústria é que ela parou de cair, está estável, mas ainda não mostrou tendência de crescimento. Outra notícia muito negativa é a queda da Formação Bruta de Capital Fixo, que mostra que a economia não está investindo. E, sem investimento, não há crescimento.

Há alguma boa notícia?

Uma notícia que pode ser considerada positiva é a redução do ritmo de queda do consumo. Neste trimestre, tivemos um PIB positivo e o consumo ainda contraiu. Porém, trimestre após trimestre o consumo das famílias vem caindo menos do que no período anterior.

Quais as perspectivas para o resultado do segundo trimestre?

No PIB, você olha para trás - o que aconteceu no trimestre passado. Para saber se acabou a recessão ou não, porém, você tem de olhar para os indicadores do segundo trimestre que já existem, como produção industrial, vendas reais do comércio e os indicadores mensais que o IBGE publica e são utilizados como base para o cálculo do PIB. E todos mostram ainda uma economia ainda muito fraca. Há, portanto, um risco grande de que haja queda do PIB no segundo trimestre. Então, o ponto central dessa história é que afirmar que acabou a recessão é no mínimo uma coisa extremamente prematura.

Qual deve ser o impacto da crise política que vive o governo no resultado do PIB de 2017?

Olha, é muito simples: se a crise política for resolvida, o impacto é menor; se não for resolvida, o impacto é maior.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A internet está presente na vida da grande maioria das pessoas e, sem dúvidas, para muitos, ficar longe dos sites e aplicativos é quase uma tortura. Na semana em que um ataque hacker global afetou 74 países e provocou um alerta mundial, voltam-se ao debate questões como a segurança na web e como é possível se proteger deste problema.

A empresa russa de segurança cibernética Kaspersky estimou que, apenas em um dia, foram dezenas de milhares de computadores infectados por hackers usando vírus do tipo ransomware – em que o computador é “sequestrado” e fica inutilizado. Os criminosos pedem um pagamento como forma de resgate para devolver o comando da máquina ao usuário, sendo este considerado um ataque sem precedentes no mundo.

Hospitais, empresas, escolas, órgãos públicos. Todos tiveram que desligar os equipamentos e deixar de funcionar ou realizar atendimento para proteger seus sistemas. O lançamento do vírus se deu depois do vazamento de documentos da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) e pela exploração de uma falha nos sistemas da Microsoft. De acordo com os especialistas, o foco principal foi a Espanha, com nomes como a Telefônica, maior empresa de telecomunicações do país, e bancos como Santander e BBVA sendo os principais alvos.

Diante de situações como esta, em que nossos dados e documentos ficam vulneráveis, cabe questionar: como é possível ter segurança na web? A globalização chegou e com ela a utilização em larga escala da internet, cada vez mais dinâmica, interativa e repleta de conteúdo. Estamos, cada vez mais, cercados de facilidades no mundo digital.

A troca de informações entre servidores e usuários é rápida e é aí que mora o perigo para pessoas leigas. Os hackers invadem um servidor web e podem implantar códigos maliciosos e redirecionar os usuários para sites falsos, conseguindo, assim, os dados ou fazer qualquer outra informação para utilizar de forma maliciosa.

Com as informações captadas, os golpistas costumam efetuar transações financeiras online, abrir contas bancárias ilegítimas, criar empresas fantasmas , etc. A forma mais simples de se proteger é mantendo os sistemas de computador, tablete e celular atualizados. Uma simples atualização dos sistemas por uma versão mais nova já resolve muitos problemas de segurança. Outro ponto importante é manter, sempre, cópias de segurança dos arquivos, assim, casos como o vírus ransomware, que pede o pagamento de um valor para liberação de acesso ao computador, perdem força.

Infelizmente, a internet ainda é considerada um território “sem dono” e problemas como estes não são incomuns. Todos os dias, fraudes bancárias, roubos de senhas, etc. acontecem com usuários e empresas e cabe a nós, usuários, seguir os protocolos de segurança das redes para ficarmos, pelo menos  um pouco, mais protegidos. Para finalizar, vale ressaltar que o uso sem moderação da Internet, assim como de outras tecnologias, pode colocar em risco a sua saúde física, diminuir a sua produtividade e afetar a sua vida social ou profissional.

A maior recessão desde 1948 – quando começa a série histórica de registro. Esse é o retrato da economia brasileira, que recuou 3,6% em 2016 e fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) voltasse ao mesmo nível de 2010. A constatação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estava dentro das expectativas dos analistas. O Brasil tem retração acumulada de 7,2% em apenas dois anos.

O ciclo de recessão no Brasil começou no segundo trimestre de 2014 e completou, em dezembro de 2016, onze trimestres – ou seja, quase 3 anos -, já tendo alcançado a mesma duração da crise do governo Collor. A queda não foi decorrente de apenas um setor, mas foi consequência de contração em todos os setores - primeira vez que isso aconteceu desde 1996.

Desde 2014, o setor industrial brasileiro registrava queda, entretanto, o setor de serviços continuava crescendo. O ano seguinte, 2015, foi registrado quedas nos setores de serviços e indústria. Já em 2016, a agropecuária teve queda. Esta última sob justificativa de que condições climáticas afetaram a produção de milho, cana e soja, responsáveis por 60% da produção agrícola brasileira.

Entre uma lista de 38 países que divulgaram seus resultados até o momento, o Brasil teve o pior desempenho, segundo o ranking da agência de classificação de risco brasileira Austin Rating. Depois do Brasil, aparecem Grécia e Noruega, que registraram crescimento de 0,3% e 0,6%, respectivamente.

Dizer que voltamos ao PIB registrado em 2010 é como apagar a história do desenvolvimento econômico que o Brasil viveu desde então. Preocupante, também, é o registro do PIB per capita, que caiu 11% desde 2014, em comparação ao crescimento de 0,9% da população ao ano. Isso significa dizer que a população empobreceu, reduzindo o consumo e isso impacta diretamente na economia.

Se o Brasil vai sair da crise? Os especialistas dizem que sim e complementam afirmando que o pior já passou. Entretanto, acredito que ainda há muitos pontos que atrapalham a recuperação de fôlego econômico, principalmente depois desta grave crise pela qual passam os produtores brasileiros de carne, já que o Brasil é o maior exportador do mundo. Os juros ainda estão muito altos, mesmo com o início de redução da taxa Selic; ainda há uma forte restrição ao crédito; e o nível do desemprego continua aumentando.

A crise brasileira é, sem dúvidas, resultado de anos de uma política econômica sem controle. O único fator que pode estimular a retomada consistente do desenvolvimento econômico é o investimento público. Entretanto, avaliando que o governo não tem recursos para investir, as parcerias e concessões público-privadas seriam parte da solução.

A queda da inflação e dos juros, a alta do preço das commodities e o crescimento da confiança dos consumidores e dos empresários vem reforçando que o Brasil pode e irá sair da crise, mas a passos curtos. A liberação do FGTS inativo também pode acelerar a retomada do crescimento. Além disso, as vendas de minério de ferro e petróleo cresceram nos dois primeiros meses do ano, levando a balança comercial brasileira a um patamar confortável. Já a indústria deve aquecer mais por uma necessidade de repor os estoques e o Brasil deve produzir em 2017 um total de 221 milhões de toneladas de grãos, a maior safra da história do país. E isso movimenta toda a cadeia produtiva.

Acompanhando todas as mudanças internas, ainda temos que ficar de olho nas movimentações externas. O presidente americano, Donald Trump, tem adotado políticas protecionistas que podem afetar o mercado de exportação brasileiro.

Porém, é preciso mais. A Lava Jato não pode parar e é preciso pensar em maturar as reformas previdenciária, política,  tributária, trabalhista, etc. É preciso fazer o dever de casa internamente, para que a economia e, por consequência, o Brasil volte a ter bons índices de crescimento.

A deterioração do cenário macroeconômico nos últimos anos obrigou as empresas, sobretudo as pequenas e médias, a escolherem entre o pagamento de fornecedores ou o recolhimento de impostos. Na opinião do economista Juarez Rizzieri, professor sênior da Faculdade de Economia e Administração da USP, a decisão geralmente pende para o lado da sonegação.

"Normalmente, a empresa para de pagar os impostos municipais e estaduais e tenta ao máximo pagar as dívidas com a Receita Federal, onde ela sabe que a punição é rápida e maior. Mas essa busca pela sobrevivência vem destruindo a segurança jurídica do ambiente corporativo", diz o especialista.

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No caso de Humberto Gonçalves, dono de uma indústria de forja e estamparia há 24 anos na cidade de São Paulo, a recessão levou à suspensão completa de pagamento de impostos. "Os últimos quatro anos estão críticos. Teve um mês em que eu não consegui pagar o ICMS de 18%. No outro mês eu estava, portanto, devendo o novo mês, o mês passado e mais 20% de juros pelo atraso. Daí para frente, a situação se desenrolou como uma bola de neve", conta ele, que contabiliza uma dívida de mais de R$ 1 milhão em impostos.

Para Marcio Morgado, da rede de franquias Nat Fruit Ice, as dívidas com o Fisco resultaram na perda de crédito com os fornecedores. "Eu vivo de revender produtos para os franqueados e da cobrança dos royalties sobre a receita deles. Mas parei de cobrar royalties, se não eles quebram, tenho de comprar tudo à vista. Se pagar os impostos, não tenho o que vender."

Setor

Por ramo de atividade, a pesquisa do Ibracem e da FGV-SP aponta as empresas de comércio como líderes em irregularidades - só 4% dos empreendimentos não têm pendências. O ramo industrial vem na sequência, com 91,83% de negócios irregulares, empatado com o setor de serviços. O problema atinge até empresas de auditoria e contabilidade, que teoricamente têm no controle da burocracia e do pagamento de impostos sua atividade principal.

Quase 90% delas têm hoje algum tipo de irregularidade, incluindo as multinacionais de auditoria, como a americana Grant Thornton. A empresa tirou uma certidão negativa em novembro, com validade de seis meses. No entanto, consta em seu registro uma pendência na prefeitura de São Paulo.

"Nós temos um parcelamento na prefeitura e, em virtude disso, não é possível fazer a emissão da certidão de maneira online", diz o sócio da área de tributos da empresa, Murilo Pires. "É por esse motivo que temos uma certidão válida e, na medida em que está para vencer, é preciso levar ao conhecimento do órgão, apesar de ele já ter essa informação, mostrar todos os documentos que estamos honrando com o pagamento para que seja possível a emissão de uma nova certidão", explica Pires, que faz um paralelo do ambiente de negócio do País com o da Índia. "Sem dúvida, (o Brasil) é um País complexo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No plenário do Senado Federal, nesta terça-feira (7), a senadora Gleisi Hoffmann (PT) falou sobre a queda do PIB [Produto Interno Bruto] afirmando que é a maior da recessão da história desde 1930. Um vídeo da sessão foi publicado em sua página do Facebook.  

“Uma notícia corriqueira afetando as famílias, a indústria e o desenvolvimento brasileiro. O “pibinho”do governo Michel temer. O PIB, em 2016, caiu 3,6% em relação ao ano anterior. Houve recuou 6.6% na agropecuária, 3.8% na indústria e 2.7% nos serviços”, discursou. 

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A petista declarou que era o oitavo resultado negativo consecutivo da queda do produto interno definindo a situação como vergonhosa. “Não era esse o governo que dizia que bastava tirar a presidente Dilma que o PIB iria crescer? Que a economia do país iria melhorar porque nos iríamos resgatar a expectativa. Que as pessoas iriam ter fé no país novamente? É uma vergonha esse PIB”, ironizou.

“Não era esse o governo do Michel temer que dizia isso? Não era o ministro Meirelles [Fazenda] que dizia isso? Não era o PMDB e o PSDB que diziam isso? Tirem a Dilma que resolve, que a expectativa vai ficar positiva e a economia vai crescer? Essa gente não ia trazer a confiança para o pais?  Não era uma varinha mágica?”, acrescentou.

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB), nesta quinta-feira (23), participou da entrega de um conjunto habitacional, no município de Olinda, ao lado do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Em conversa com o LeiaJa.com, Betinho disse que sua primeira constatação é de que o Brasil precisa de reformas trabalhista, tributária e previdenciária. 

“São questões que todos compreendemos que precisam ser enfrentadas. Agora, é preciso também que o governo e o próprio Congresso tenham a capacidade de convencer a sociedade da importância delas. Alguns setores compreendem isso, outros não”. 

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Para que as reformas sejam aprovadas, o parlamentar declarou que é necessário fazer um debate tranquilo e profundo dando todas as informações que forem possíveis para que a população compreenda a importância de cada uma. 

“A gente não pode ter a ilusão de imaginar, principalmente, no caso da previdência, que o texto que está lá vai ser aprovado sem modificações. Acho que tem que ser modificado. Alguns pontos mais críticos podem ser atenuados numa perspectiva de se aprovar uma reforma da previdência de mais longo prazo. Se o governo tiver o bom senso e o juízo, vai negociar isso com a sua própria base, com a sociedade, e apresentar um texto que seja possível de receber aprovação”.

O tucano também criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) afirmando que “o processo de crise profunda construída pelo PT e pela incapacidade de gerenciar da presidente Dilma, que nos levou à maior recessão da história com 12 milhões de desempregados. Agora, começa a ter retomada do crescimento por conta dos ajustes que estão sendo feitos na economia”. 

Betinho acredita que a economia começou a reagir com o governo Temer. “A inflação está sendo controlada e, os juros, em queda. Nunca tivemos uma taxa de juro tão baixa como nos últimos anos e há previsão de crescimento para este ano, tímido, mas previsto e, 2018, com mais crescimento. A economia começa a reagir ao desmando que foi deixado pelo governo do PT. Isso é um bom sinal”, concluiu.

 

 

 

 

 

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