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Responsável pela prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que as parcelas do tríplex no Guarujá sejam restituídas ao ex-presidente. Antes de falecer em 2017, a ex-primeira-dama Marisa desistiu da compra e chegou a pedir a devolução do dinheiro.

Segundo a análise da Justiça, a ex-esposa de Lula adquiriu o imóvel da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) em 2005, mas desistiu da compra em novembro de 2015. Ela e outros compradores teriam solicitado a restituição porque a entrega dos apartamentos atrasou e a cooperativa havia falido.

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O empreendimento foi assumido pela OAS, que mudou o nome do Edifício Navia para Condomínio Solaris. A construtora tentou negociar com os compradores a devolução de 90% do valor pago pelo imóvel ou esperar por uma unidade no condomínio. Após um ano e meio da desistência de Marisa, o tríplex foi considerado como propina e Lula foi condenado.

O TJSP afirma que não existe evidência de que a ex-primeira-dama ou os familiares usufruíram do apartamento e que a devolução dos pagamentos é justificada pelo atraso na entrega. "Não há prova nos autos de que, em algum momento, a autora tivesse recebido a posse do imóvel ou de que ele tivesse sido disponibilizado em seu favor", afirmou em seu voto a desembargadora Mônica de Carvalho, relatora do processo.

"Se a construtora descumpre o prazo de entrega da obra, podemos dizer que a rescisão ocorreu por fato contra ela imponível, pelo que a autora [Marisa] tinha direito à devolução integral dos valores que pagou, devidamente atualizados e com imposição de atualização monetária, a qual representa meramente a recomposição do valor da moeda, e juros moratórios, que devem ser fixados na taxa integral", prosseguiu.

Em abril de 2019, o juiz Adilson Rodrigues, da 34ª Cível de São Paulo, já tinha determinado o ressarcimento. Ele estipulou que o Bancoop e a OAS devolvessem 66% dos valores pagos por Marisa, e não integralmente, como o TJ-SP indicou.

Conversa escondida

No dia 1º de março, a revista eletrônica Consultor Jurídico, revelou uma conversa interceptada e escondida pela Operação Lava Jato, onde a ex-funcionária da OAS responsável pelo empreendimento, Mariuza Aparecida Marques, deu a entender que Lula não quis o apartamento.

Prisão de Lula

O ex-juiz Sergio Moro condenou Lula a nove anos e seis meses ao entender que o imóvel se tratava de propina por contratos obtidos pela construtora na Petrobras. O petista tornou-se inelegível e foi sentenciado em 2018, quando ficou preso por 580 dias na sede da Polícia Federal em Curitiba.

A Justiça de São Paulo concedeu três liminares contra a decisão da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) de se dissolver para pagar uma dívida de R$ 60 milhões. As liminares preveem multa de R$ 30 mil em caso de descumprimento.

A juíza Juliana Pitelli da Guia, da 39ª Vara Cível, afirma em uma das liminares que a Bancoop “não atua como verdadeira cooperativa e que a dissolução lhes trazia inegável prejuízo".

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A decisão judicial aponta também que “a ré teria sido constituída como cooperativa da categoria profissional dos bancários, mas, no curso de suas atividades, a finalidade se desvirtuou, passando a atuar como incorporadora imobiliária".

 Ainda de acordo com a liminar, a entidade tem “práticas abusivas gravíssimas", porém que "a dissolução pretendida pelos dirigentes da Bancoop, a ser votada em assembleia, à evidência não atenderá as necessidades dos cooperados".

A Bancoop foi responsável por lançar o edifício Solares, em Guarujá, no litoral paulista, condomínio conhecido por ter um triplex atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mesma investigação do Ministério Público de São Paulo que resultou na prisão do ex-presidente petista apurou irregularidades na transferência de empreendimentos da entidade para a construtora OAS, investigada na Operação Lava Jato.

Alvo de denúncia do Ministério Público de São Paulo ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro escalão da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) renunciou. A debandada inclui os membros da diretoria e dois integrantes do Conselho Fiscal. Deixaram seus cargos o diretor presidente Vagner de Castro e a diretora administrativo-financeira Ana Maria Érnica, ambos acusados pela Promotoria da prática de 2364 crimes de estelionato na gestão da cooperativa.

A acusação, levada à Justiça no dia 8 de março, alcançou 16 investigados, entre os quais Lula, a mulher dele, Marisa Letícia, o filho mais velho do casal Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, o ex-tesoureiro e ex-presidente da Bancoop João Vaccari Neto e o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS - empresa que assumiu diversos empreendimentos que a Bancoop não finalizou, entre eles o Condomínio Solaris, no Guarujá, onde fica tríplex 164/A, supostamente de propriedade do ex-presidente - o que é negado por Lula e seus advogados.

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A Promotoria acusa o petista por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A Promotoria requereu a prisão preventiva de Lula, mas a juíza da 4.ª Vara Criminal da Capital, mandou os autos para o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. O caso está nas mãos do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A renúncia do primeiro escalão da Bancoop deixou perplexos muitos cooperados. Eles temem que ocorrerá "em momento próximo" a dissolução extrajudicial da cooperativa que foi criada nos anos 1990 por um núcleo do PT.

Uma Assembleia Geral Extraordinária está sendo convocada, por edital a ser publicado nesta quarta-feira, 30, para o dia 19 de abril, ocasião em que deverá ser eleita nova diretoria para finalização dos mandatos até 18 de fevereiro de 2017.

A Bancoop foi alvo da Operação Triplo X, 22ª fase da Lava Jato, deflagrada em janeiro. Agentes da Polícia Federal fizeram buscas em um endereço da cooperativa no Centro de São Paulo em busca de documentos. A PF informou que essa etapa da investigação apurou a ocultação de patrimônio por meio do Condomínio Solaris, "havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras".

A Polícia Federal incluiu o tríplex 164-A, que seria de Lula, no rol de imóveis com "alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade".

Defesa

Os advogados Rubens de Oliveira e Rodrigo Carneiro Maia Bancieri, da Bancoop, esclarecem: "Vagner de Castro foi Diretor Presidente por sete anos e Ana Maria Ernica foi Diretora Administrativa Financeira por onze anos. Nesse ínterim cumpriram com lisura e dedicação o Acordo Judicial realizado em 20.05.2008 nos autos de ação civil pública de autoria do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Nesse contexto, contaram com a participação e apoio da imensa maioria dos cooperados para solucionar diversos problemas relacionados à cooperativa, tendo sido entregues cerca de 5.697 (cinco mil e seiscentas e noventa e sete) unidades habitacionais, restando apenas três empreendimentos em busca de solução.

Mesmo assim, membro do Ministério Público do Estado de São Paulo atribuiu, por mais de uma vez, aos acordos judicialmente homologados, incidência penal.

Assim, com o desígnio de não prejudicar as atividades da Bancoop, bem como voltar esforços às defesas técnicas, foram por nós, orientados a renunciarem."

Com as investigações da Operação Lava Jato apertando o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSDB tenta viabilizar a criação de uma CPI para apurar irregularidades envolvendo a Bancoop (Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários).

Deputados discutem com os correligionários do Senado a possibilidade de formar uma comissão mista de investigação, mas, caso a ideia não prospere, contentam-se com um colegiado apenas na Câmara.

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Dentre as principais estratégias da oposição a Dilma Rousseff e ao PT neste ano está a criação de CPIs com potencial de desgastar o partido e a presidente. Até março, devem ser abertas três vagas de CPI na Câmara. A primeira a ser instalada deve ser a do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a segunda será a da Fifa e a terceira, por ordem de inscrição, seria do DPVAT, que pode ser derrubada para dar lugar a uma CPI que mire a Bancoop.

O alvo da CPI, por trás da cooperativa, seria o ex-presidente Lula e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba por causa da Operação Lava Jato e foi presidente da Bancoop.

A mulher do ex-presidente Lula, Marisa Letícia, comprou cotas da cooperativa para o condomínio Solaris, no Guarujá (SP), empreendimento que foi assumido pela empreiteira OAS, investigada pela Lava Jato, após a falência da Bancoop. Segundo a defesa de Lula, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foi quem teve a iniciativa de fazer a reforma em um tríplex que caberia ao casal Lula da Silva. Porém, ainda conforme a assessoria, o petista nunca soube dos valores da obra.

Em nota, a assessoria também confirmou que Lula chegou a visitar o condomínio Solaris junto com Léo Pinheiro.

Ministro

Nesta terça-feira, 2, em reunião com líderes da base aliada da Câmara, o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, fez um desabafo aos presentes. Segundo alguns líderes ele se queixou do que chamou de "perseguição ao ex-presidente Lula". Citou ocasiões em que disse ter sido alvo de acusações que foram "estampadas", porém nunca comprovadas, e pediu a união de todos na defesa das propostas do governo Dilma Rousseff.

Wagner se referia a mensagens de telefone interceptadas por investigadores da Lava Jato que apontaram a relação dele com Léo Pinheiro, um dos condenados por participação no esquema de corrupção da Petrobras.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou no mês passado diálogos entre os ministro e Pinheiro durante a segunda gestão Wagner (2011-2015) no governo da Bahia. Os investigadores suspeitam que parte das conversas trate de doações para a campanha petista na disputa pela prefeitura de Salvador. Wagner nega qualquer irregularidade nas conversas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto - preso na Operação Lava Jato desde 15 de abril - foi interrogado nesta quarta-feira, 4, na 5ª Vara Criminal de São Paulo, onde responde a uma outra ação penal por suposto desvio de R$ 70 milhões da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). Ele presidiu a Bancoop entre 2004 e 2008.

Durante sua gestão verbas destinadas à construção dos edifícios de apartamentos dos cooperados teriam sido desviadas. Ele negou todas as acusações do Ministério Público Estadual, que lhe imputa os crimes de formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica.

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Vaccari foi escoltado pela Polícia Federal desde Curitiba, base da Lava Jato, onde está preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, para o Fórum Criminal da Barra Funda, São Paulo. Nas ações a que responde sobre desvios na Petrobras, Vaccari escolheu o silêncio como estratégia. Ele é acusado de arrecadar para o caixa do PT valores da corrupção na estatal petrolífera. Nas audiências perante o juiz federal Sérgio Moro, o ex-tesoureiro do PT se recusou a responder as indagações. Seus advogados afirmam que ele não coletou dinheiro ilícito para a legenda.

Na audiência da 5ª Vara Criminal de São Paulo Vaccari respondeu as perguntas e negou ilícitos durante sua gestão na presidência da Bancoop, entidade criada nos anos 1990 por um núcleo do PT.

A defesa do ex-tesoureiro, a cargo do criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, pediu o adiamento do interrogatório sob alegação de que o Ministério Público 'corrigiu' a denúncia sobre desvios de R$ 70 milhões da cooperativa. "O Ministério Público refez a denúncia. Neste caso Bancoop, o Ministério Público Estadual corrigiu a denúncia contra Vaccari, mas ainda não tivemos acesso a essa alteração", disse Luiz D'Urso antes do início da audiência.

"Apontamos em alegações finais do processo uma série de erros nos cálculos do Ministério Público e eles fizeram um novo laudo, um novo relatório. Esse documento foi apresentado na quinta-feira, 29, da semana passada. É uma nova denúncia. Na sexta-feira, 30, foi feriado (Dia do Servidor), emendou com Finados. Precisamos ter acesso a esse relatório. Por isso pedimos adiamento (do interrogatório)."

A 5ª Vara Criminal de São Paulo rejeitou o pedido de adiamento.

O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deve prestar depoimento nesta quarta-feira (4), às 13h30, na 5ª Vara do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade de São Paulo, no processo que apura a suspeita de irregularidades na Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).

Vaccari Neto saiu de Curitiba na manhã de hoje, sob a escolta da Polícia Federal. Atualmente, ele cumpre pena no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, pela condenação em outro processo por envolvimento na Operação Lava Jato.

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No período de 2005 a 2010, o ex-dirigente petista comandou a Bancoop que está sob investigação desde 2010. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo e acatada pela Justiça neste ano, entre as irregularidades consta que, durante a gestão de Vaccari, os imóveis não teriam sido entregues dentro do prazo e a movimentação de recursos teria servido de captação para o caixa dois do PT. As acusações foram negadas pelo ex-dirigente como também pelo partido.

Em ação de 118 páginas, o Ministério Público Estadual requereu, liminarmente, a intervenção judicial na Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), com o afastamento do presidente e de duas diretoras e a indisponibilidade de seus bens - os que bastarem para efetivar a liquidação das obrigações da entidade. A promotora de Justiça do Consumidor, Karyna Mori, pediu, ainda, decretação do sigilo dos autos.

"Esgotou-se a expectativa de que os srs. administradores observassem seus deveres e regularizassem eventuais desmandos", adverte a promotora, apontando diretamente para os principais quadros da Bancoop.

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São citados Wagner de Castro, diretor-presidente da cooperativa, presidente dos Sindicatos dos Bancários do ABC e de São Paulo, e, segundo a ação "militante do PT de Santo André, inclusive, coordenador de campanha local"; Ana Maria Ernica, diretora financeira desde 2005, e Ivone Maria da Silva, diretora técnica, diretora do Sindicato dos Bancários, "militante petista, diretora da Concaf (Confederação Sindical do Ramo Financeiro, ligada à CUT), que inclusive consta como doadora da campanha de Ricardo Berzoini, ex-diretor da Bancoop e deputado federal".

"A atual diretoria da Bancoop é intimamente ligada ao Sindicato dos Bancários e a seus antecessores, João Vaccari (denunciado por lavagem de dinheiro) e Berzoini, entre outros", destaca a ação, distribuída para a 4.ª Vara Cível da Capital. "Inegável a estreita ligação dessa diretoria com os antecessores denunciados criminalmente, e ainda, a continuidade das práticas achacantes para cobrir os rombos verificados até o momento."

Outro lado

O advogado da Bancoop, Pedro Serrano, reagiu com veemência à acusação do Ministério Público. "A demora entre a decisão do Conselho Superior do MP, de agosto de 2011, e a propositura da ação demonstram intenção político-eleitoral", rechaçou. "Por que o MP demorou tanto tempo para ajuizar a ação? A promotoria pede concessão de liminar, mas se pretende decisão tão rápida da Justiça por que demorou quase um ano para propor a ação?"

Serrano entregou petição à 4ª Vara, "levando ao conhecimento do juiz essa situação". O advogado é taxativo. "O mais adequado seria que a liminar não fosse concedida, para dar tempo ao debate e à defesa. A demora (do Ministério Público) revela desejo inconfessável de levar essa questão para as próximas eleições, dando caráter político à demanda e não o caráter jurídico que deve ter."

Pedro Serrano anota que o Ministério Público "já havia apresentado uma ação com mesmo objetivo, com pedido de extinção da cooperativa. "Na ocasião, foi firmado um acordo com o MP, considerado legal pelo Tribunal de Justiça. O MP está tentando reiniciar algo que já existe, ofende a regra do processo civil, viola coisa julgada. É um erro formal grave." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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