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Dezembro é um mês repleto de tradições e rituais que marcam a chegada de um novo ano, além do Natal. Muitos desses ritos são ligados à religiosidade e fé, passando a ter um significado mais profundo e importante para quem os pratica. No entanto, em cada religião, o momento é vivenciado de maneira diferente - alguns nem mesmo consideram a data - e, sendo assim, o LeiaJá foi em busca de descobrir como algumas das diferentes crenças existentes no mundo comemoram (ou não) o período natalino e o Réveillon. 

No Brasil, país onde a maioria da população se diz cristã - de acordo com dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), esse número gira em torno de 86,8% - é comum vermos nas casas a típica celebração natalina que reverencia o nascimento do menino Jesus, com troca de presentes e ceia servida pontualmente às 0h. Porém, essas práticas sequer existem, ou fazem sentido, para os praticantes de outras religiões que vivenciam esse momento do final de ano de outras maneiras. 

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Na cultura judaica, por exemplo, não existe o modelo de Natal cristão. Ao invés disso, a comunidade celebra o Chanucá, ou Hanukkah, a Festa das Luzes. O rabino Clifford Kulwin explica a tradição: "O Natal não tem um papel na religião judaica. Por acaso, uma festa judaica acontece na mesma época do ano, o Hannukah. Ela está ligada ao calendário hebraico e nela comemoramos uma vitória de mais de dois mil anos atrás, onde os macabeus estavam vitoriosos contra os gregos. Comemoramos a vitória deste momento e também o milagre dado por Deus por ter facilitado essa oportunidade de entrar no templo sagrado". 

Em dezembro, os judeus celebram o Hannukak. Foto: Pixabay

Segundo o rabino, quando chegaram ao templo, os macabeus perceberam que só haveria luz na Menorá, o candelabro de oito braços, para um dia, foi quando houve um milagre que manteve a luz acesa por oito dias - tempo que hoje dura a festa. Mas, apesar das diferenças nos rituais, os judeus se alegram pelo momento de celebrações entre os diferentes povos. "É importante lembrar que o cristianismo nasceu no judaísmo, então no Natal os cristãos celebram o nascimento de Jesus, é um momento de alegria e reflexão e nós, como bons parceiros na comunidade mais ampla, estamos felizes em ver os outros festejando os dias importantes deles".  

Matrizes indígena e africana

No Recife, existem mais de 1.200 terreiros de religiões de matriz africana e indígena. O levantamento foi feito pelo historiador, mestre em Ciências da Religião e sacerdote juremeiro, Alexandre L'Omi L'Odò. Ele recebeu o LeiaJá na Casa das Matas do Reis Malunguinho, em Olinda, para explicar como são as festividades de fim de ano para os fiéis dessas crenças. 

Na Jurema Sagrada, existem dois rituais bastante particulares que marcam o fim de ano, é um momento de resgate que tem sido reavivado por alguns terreiros, como o de Alexandre. "Sou extremamente tradicionalista, dentro do conceito da religião, mas existem coisas da questão histórica que a gente quer mudar. É um processo decolonial, para que a gente se encontre com nosso próprios conceitos de mundo. É uma luta a gente conseguir fazer isso porque sempre tem aqueles filhos de santo que querem fazer a festa de Natal. A gente respeita, mas todo mundo sabe meu posicionamento em relação a isso.", explica.

No dia 25 de dezembro, é feito o Corte do Pão, ritual em que o alimento é oferecido como símbolo de abundância: "É um dia que celebra a fartura para dentro do terreiro. O pão, pra gente, também é sagrado, não pela lógica de que ele seja o corpo de Cristo, mas o pão é um alimento que a população pobre se utiliza bastante. É um ritual mais interno, muito simples. Pra gente de terreiro é muito importante essa questão da comida e da sobrevivência, porque muitos dos nossos ainda está em situação de risco". 

Alexandre L'Omi L'Odò faou sobre as tradições da Jurema Sagrada e do Candomblé. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Além disso, também  há celebrações "dentro da mesa da Jurema para os senhores mestres e para as senhoras mestras, e para Malunguinho, que é o dono da casa". No final do ano, os juremeiros fazem uma celebração que "fecha" o ano, para depois ser reaberto um novo ciclo, no dia seis de janeiro, o Seis de Reis. 

No Candomblé, também há dois rituais específicos para marcar o final do ano. Alexandre, que é de tradição jeje-nagô, membro do Ilê Iemanjá Ogunté, conta que na casa nagô é feita, no dia 25, a obrigação de Olofin. Segundo o sacerdote esse orixá é a "sustentação da casa". "Pra gente, ele é o orixá mais importante, ele é o ‘ododuá’, que é o civilizador do povo yorubá -, não é todo terreiro que conhece esse ritual, ele é muito fechado".

Já no dia 31, são feitas oferendas para todos os orixás e às 0h, em ponto, o Pai de Santo joga os búzios para descobrir qual orixá será o regente da casa naquele ano. "Antigamente, (a prática) era mais rígida. Os filhos de santo eram obrigados a passar o ano novo dentro do terreiro, ninguém tinha vida social no final do ano. Já ficava da obrigação de Olofin até o dia 31 dentro do terreiro, acompanhando todos os rituais até chegar a jogar os búzios, primeiro pra casa geral, depois o jogo para cada filho, até cear. Depois era feito uma festa".

Outras crenças

Para os budistas, doutrina de origem oriental, a figura de Jesus Cristo não existe. Sendo assim, o Natal, de tradição cristã, não existe para quem professa o budismo. Para os fiéis da religião Testemunhas de Jeová, qualquer festividade de aniversário é considerada pagã, sendo assim, eles não comemoram no dia 25 de dezembro. Além disso, segundo eles, não há nada na Bíblia que indique essa data como sendo o dia do nascimento de Jesus, portanto, não há celebração. 

Diferentes mas iguais

Apesar das diferenças no que se acredita e na maneira de se colocar a fé em prática, uma coisa pode ser considerada unanimidade: toda religião busca o bem estar dos seus e o cultivo do amor e respeito. Que assim seja nos lares de quem comemora, e de quem não comemora as festas de fim de ano, e que em 2020, todos possam professar sua fé livres de todo e qualquer preconceito.  

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As autoridades religiosas chinesas iniciaram nesta quinta-feira uma investigação sobre um monge budista acusado de ter assediado sexualmente seis monjas, uma denúncia desmentida por seu monastério.

Um relatório elaborado por duas ex-monjas e divulgado pela internet no início desta semana provocou um escândalo que atingiu o mestre Xuecheng, membro do Partido Comunista, e o monastério Longquan, que ele dirige.

Xuecheng é acusado de enviar mensagens de celular com tom desinibido ou ameaçador a seis monjas para forçá-las a ter relações sexuais com ele.

Quatro delas aceitaram sua petição, depois dele ter lhes assegurado que o sexo fazia parte de sua formação budista, segundo o relatório, que também denuncia a situação precária das finanças do monastério.

"Recebemos os elementos e o conteúdo descrito no relatório e começamos uma investigação e um trabalho de verificação destas afirmações", indicou nesta quinta-feira a administração estatal encarregada dos assuntos religiosos.

Segundo o jornal oficial Global Times, as autoridades convocaram e interrogaram Xuecheng, mas em seguida o deixaram em liberdade.

O monastério de Longquan desmentiu as acusações em um comunicado. Além disso, criticou que no relatório aparecem "provas traficadas" e denunciou "uma tentativa deliberada de prejudicar" o mestre Xuecheng e seu monastério.

Xuecheng, chefe da Associação budista chinesa e membro da câmara consultiva do Parlamento chinês, é uma celebridade na China, onde milhões de fiéis acompanham suas publicações no Weibo, o equivalente ao Twitter no país.

Na China, não existe nenhuma definição legal do abuso sexual, uma prática muito estendida no país. A campanha #MeToo, que teve um impacto mundial após a revelação do caso Weinstein, motivou estudantes chinesas a denunciarem casos de agressão e de assédio sexual em campi universitários.

Onze dos 12 jogadores do time de futebol "Javalis Selvagens", que ficaram presos por duas semanas na caverna de Tham Luan, na Tailândia, iniciarão um retiro de nove dias em templos budistas da província de Chiang Rai, no norte do país asiático. O treinador do time, que é ex-monge, também participará da atividade espiritual.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23) por membros do governo da província. O único dos "Javalis" que não se juntará ao grupo é o garoto Adul Sam-on, que é cristão.

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O retiro tem data de início prevista para esta terça-feira (24), um dia antes de uma cerimônia de ordenação.

Na coletiva de imprensa em que apareceram pela primeira vez em público, na semana passada, os jovens manifestaram interesse em realizarem o retiro para homenagear o mergulhador Saman Kunan, que morreu durante as operações de resgate.

Segundo o jornal tailandês "Chiang Rai Times", o governo local planeja fazer um evento de agradecimento a todos os envolvidos no resgate no próximo dia 1º de agosto. Serão convidados os tailandeses e estrangeiros que participaram das operações, além da mulher do mergulhador morto no resgate e de membros da mídia local e estrangeira.

Da Ansa

Uma vida cheia de horários apertados, compromissos, trânsito e estresse afasta cada vez mais o cidadão do seu interior. A retomada ou conhecimento de si próprio estão cada vez mais sendo buscados, diante do cenário tão desgastante vivido pelas pessoas atualmente. No Recife, a procura pela meditação não tem sido pequena. 

“Essencialmente o que a meditação vai nos trazer, a princípio, é deixar que a nossa mente fique mais dócil que é o que todo mundo quer. Como se livrar da ansiedade, como ser uma pessoa melhor, por exemplo”, explica Roberto Barreto Sampaio, tutor do Centro de Estudos Budistas Bodisatva. Ele explica ainda que a busca pela meditação tem crescido e "as pessoas estão cada vez mais interessadas, curiosas e têm buscado muita informação por conta própria. Já chegam trazendo referências de leituras, inclusive". 

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Em busca dessas melhorias individuais e coletivas, pessoas visam aprender mais sobre o método e buscam estudos em cursos, afinal, existem passos a serem traçados e conhecimentos a serem adquiridos. “Cheguei aqui por curiosidade de ver outro método de enxergar a vida. Este é outro paradigma do modo como a gente pensa a vida, por conta disso eu vim para o encontro e a gente vai achando interessante”, contou a aposentada Luiza Nóbrega. Ela contou já ter recebido o apoio da filha budista, mas decidiu buscar outros meios, pois explica que “no fundo, todo mundo procura uma forma melhor de viver”.

Independente da idade, a busca por formas de se livrar de insatisfações move as pessoas a terem curiosidade pela meditação e irem ao seu encontro. “Vi no Facebook o anúncio do curso e resolvi comparecer. Quis buscar conhecimentos e a primeira impressão foi muito boa, ainda mais porque eu não tinha muita expectativa”, contou o autônomo Aldair Oliveira, frisando não ter sentido sono nem nos momentos de meditação. 

Embora haja pessoas com suas primeiras impressões, há aqueles já conhecedores do método e que buscam ampliar as questões trabalhadas. Natália Macedo é voluntária do Centro e explicou como foi sua busca pelos ensinamentos. “Me movi a buscar a meditação por achar interessante o fato de todo budista sorrir muito e eu queria isso pra mim. Fui conhecendo mais e há três anos frequento o Centro Budista. Queria me cuidar e descobrir novas técnicas para cuidar das pessoas. Este já era um aspecto importante pra mim e se tornou ainda mais”.

O Centro de Estudos Budistas Bodisatva recebe interessados em aprender meditação e discutir as questões do ser humano. Tanto iniciantes quanto budistas podem comparecer aos encontros e cursos promovidos com contribuição simbólica e não obrigatória. No site da instituição é possível verificar horários dos encontros em suas unidades espalhadas pelo Recife. 

O monge budista Genshô, paraibano da cidade de Sapé, irá ministrar a palestra “O Zen Budismo e a Felicidade de Viver”, nesta terça-feira (25). O evento acontece às 19h30, no Auditório do Hardman Praia Hotel, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. A contribuição sugerida é de R$ 20.

Esta é a primeira vez que o Monge Genshô traz o ensinamento Zen Budista na Paraíba. Neste encontro, ele abordará a relação entre o Zen budismo e a felicidade na tradição Zen. Também será discutido como relacionar a prática da meditação e dos preceitos budistas para treinamento da mente como instrumentos para alcançar a verdadeira realização.

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O Budismo é baseado nos preceitos do Buda histórico, Sidarta Gautama. O professor Ivo Dantas, mestre em Filosofia pela UFPB e professor de Yoga, explica que o budista Sidarta Gautama teve sua mente desperta a partir de um longo período de meditação embaixo de uma árvore na Índia, há mais de 2500 anos. Depois disso, ele passou a ensinar as pessoas o Dharma - “a doutrina do despertar”, que se baseia, de modo geral, em como lidar com as mudanças dessa vida, com a insatisfação e com o sofrimento, e buscar uma felicidade mais permanente.

“A prática principal do Budismo Zen é o sentar em meditação. O praticante senta-se voltado para uma parede branca observando sua respiração e seus pensamentos”, conta o professor.

Meihō Genshō Oshō

Monge Genshô iniciou Zen Budismo em 1973, teve sua investidura leiga em 1992 com o nome de Meihō, sendo ordenado monge na forma limitada de ordenação particular em 2001. No Japão, em 2005, foi então ordenado oficialmente pelo Superior Geral da América do Sul, Dosho Saikawa Roshi, monge da Soto Zen, o qual lhe deu a Transmissão do Dharma em 2011.

Tendo estudado em mosteiros na Califórnia e no Japão, é um dos sucessores de Saikawa Roshi. Também dirige a Comunidade zen budista de Florianópolis, a qual tem grupos relacionados sob sua responsabilidade em 20 cidades brasileiras.

É autor do livro “O pico da montanha é onde estão os meus pés” e possui um blog com o mesmo nome. Na vida leiga atua como consultor de empresas de grande porte, dirigindo uma empresa de consultoria em gestão. Foi nomeado missionário oficial da SotoShu na América Latina em dezembro de 2016.

Um monge budista birmanês foi preso neste domingo depois que autoridades encontraram mais de 4 milhões de metanfetaminas escondidas em seu mosteiro, no noroeste do país, informou a polícia nesta segunda-feira.

"Quando a polícia o prendeu, encontraram 400.000 comprimidos em seu carro", explicou à AFP Kyaw Mya Win, da polícia da província de Maungdaw.

Ao revistar o mosteiro, as forças da ordem encontraram "4,2 milhões de comprimidos escondidos", acrescentou.

De acordo com a mídia local, trata-se do primeiro monge preso por posse de drogas nesta área isolada do país. Em 2016, 98 milhões de comprimidos da droga sintética foram apreendidos em todo o país, contra 50 milhões em 2015.

Mianmar, país que acaba de sair de décadas de ditadura, é um dos centros de trânsito do tráfico de drogas no Sudeste Asiático. A região do Triângulo Dourado - Laos, Tailândia e Mianmar - foi por muito tempo o principal centro de produção de ópio e heroína até que o Afeganistão tornou-se o maior país produtor.

A apreensão de metanfetamina na região da Ásia-Pacífico quadruplicou em cinco anos, de acordo com a ONU, que estima que a produção e consumo de drogas sintéticas disparou na região.

Na Tailândia, cerca de trinta monges tiveram que abandonar os hábitos em 2013 por uso de drogas. O mesmo ano foi marcado por inúmeros escândalos envolvendo religiosos no país.

Milhares de partidários de um poderoso monge budista, acusado de ter desviado milhões de dólares em doações, mobilizaram-se nesta quinta-feira na Tailândia e formaram uma muralha humana para impedir a detenção do religioso.

Vestidos de branco, eles se concentraram dentro do gigantesco templo de Dhammakaya, na periferia norte de Bangcoc. "Se alguém infringe a lei, ações legais devem ser adotadas contra a pessoa", afirmou no local Suriya Singhakamol, oficial do Departamento de Investigações Especiais.

A polícia, que tinha uma ordem de busca e apreensão, não conseguiu ter acesso a determinadas partes do templo porque os fiéis impediram a passagem. Também não conseguiram deter o monge Dhammachayo, em paradeiro desconhecido.

"Está dentro do templo, descansando, porque está muito doente, afetado por oito enfermidades", declarou Sanitwong Wuttiwangso, monge responsável pela comunicação do movimento de defesa do acusado.

O monge Dhammachayo é acusado de ter desviado milhões de dólares de doações feitas por fiéis budistas. Algumas pessoas afirmam, no entanto, que a investigação pretende punir um movimento que teria o apoio do ex-premier Thaksin Shinawatra, destituído em 2006 pelo exército e detestado pelas elites conservadoras do país.

O movimento Dhammakaya, fundado nos anos 1970, tem um dos templos mais ricos do país. A questão da possível detenção de seu fundador e líder é destaque nos jornais há várias semanas.

Nem todas as pessoas comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. Algumas culturas, nem sequer comemoram o Natal, como referência ao nascimento de Jesus Cristo (ou Jesus de Nazaré).

Natal é um feriado e festival religioso cristão originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e adaptado pela Igreja Católica, no terceiro século d.C., pelo imperador Constantino para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.

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Porém, nem todas as culturas absorveram a tradição de celebrar o dia 25 de dezembro, seja como uma homenagem ao nascimento de Jesus, ou, pela adoração da passagem do sol ao redor da Terra.

Islamismo

Ao contrário das religiões cristãs - para as quais Jesus é o Messias, o enviado de Deus - o islamismo dá maior relevância aos ensinamentos de Mohamad, profeta posterior a Jesus (que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C.), pois este teria vindo ao mundo completar a mensagem de Jesus e dos demais profetas.

Em relação à celebração do Natal, os muçulmanos mantêm uma relação de respeito, apesar de a data não ser considerada sagrado para o seu credo.

Para os muçulmanos, existem apenas duas festas religiosas: o Eid El Fitr, que é a comemoração após o término do mês de jejum (Ramadan) e o Eid Al Adha, onde comemoram a obediência do Profeta Abraão a Deus.

Judaísmo

Os judeus não comemorem o Natal e o Ano Novo na mesma época que a grande maioria dos povos, mas para eles, o mês de dezembro também é de festa. Apesar de acreditarem que Jesus existiu, os judeus não mantêm uma relação de divindade com ele.

Na noite do mesmo dia 24 de dezembro os judeus comemoram o Hanukah, que do hebraico significa festa das luzes. Esta data marca a vitória do povo judeus sobre os gregos conquistada, há dois mil anos, em uma batalha pela liberdade de poder seguir sua religião.

Apesar de não ser tão famosa no Brasil, a festa de Hanukah, que, tradicionalmente, dura 8 dias, em outros países é tão "pop" como o Natal. Em Nova Iorque, por exemplo, as lojas que vendem enfeites de Natal também vendem o menorah (candelabro de 8 velas considerado o símbolo da festividade judaica). "Para cada um dos 8 dias acendemos uma vela até que o candelabro todo esteja aceso no último dia de festa", explica o rabino.

O peru e bacalhau típicos do Natal católico são substituídos por panquecas de batata e bolinhos fritos em azeite. E em vez de desembrulharem presentes à meia-noite, as crianças recebem habitualmente dinheiro.

Budismo

Não há envolvimento do budista com a característica particular da comemoração do Natal do mundo ocidental, ou seja, da comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Mas, os budistas admiraram as qualidades daqueles que lutam pela humanidade e, por isso, respeitam a tradição já estabelecida, respeitando a figura de Jesus Cristo, que para eles é considerado um “Bodhisattva” – um santo ou aquele que ama a humanidade a ponto de se sacrificar por ela. Para os budistas ocidentais, o dia 25 de Dezembro tem um cunho não cristão, mas sim, espiritual.

Protestantismo

Embora seja uma religião cristã, é subdividida em diversas “visões” da Bíblia. Algumas comemoram o Natal como os católicos, outros buscam na Bíblia e no histórico religioso, cuja data de nascimento de Cristo é discutida, um fundamento para não comemorar a data tal como é comemorada no catolicismo. É o caso das testemunhas de Jeová, por exemplo. Já a Assembleia de Deus e a Presbiteriana comemoram o Natal com o simbolismo da presença de Cristo entre os homens, onde a finalidade é levar a uma instância reflexiva a respeito de Cristo. Festejar condignamente o Natal é uma bênção e inspiração para todos quantos nasceram do Espírito ao tornarem-se filhos de Deus pela fé em Cristo, para os evangélicos.

Afro-Brasileiras (Candomblé e Umbanda)

Yemanjá, Yansã e Oxum são entidades comemoradas ao longo do ano nas religiões afro-brasileiras, que têm no mês de dezembro um simbolismo todo especial. Mas para os umbandistas a comemoração do natal cristão é algo mais natural, porque a maioria dos seus seguidores e médiuns praticantes veio da religião cristã. A umbanda encontrou um lugar para Cristo no rol de suas divindades – ele é associado a Oxalá, considerado o maior Orixá de todos. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à entidade que, segundo a sua crença, comanda todas as forças da natureza.

Alguns terreiros de Candomblé também oferecem algum ritual especial à data, mas a prática não configura uma passagem obrigatória em todos os centros.

Hinduísmo

As mais importantes celebrações do hinduísmo são ocorridas na Índia, por meio da Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. O Durga Puja é a festa da energia divina. Já o festival de Ganesh é celebrado nos estados do sul da Índia, com danças alegres e cantos. O Diwali é o “festival das luzes” em que em cada casa, em cada templo são colocadas milhares e milhares de luzes, acesas toda a noite. O significado destas festas é adorar a Energia Divina.

Taoísmo

O taoísmo, religião majoritariamente vista na China, não tem qualquer celebração no Natal. No entanto, a religião tem inúmeras datas onde se comemora o nascimento de grandes mestres ou sua ascensão. O Ano Novo Chinês, assim como no budismo, é a data mais comemorada para os taoístas. Nesse dia se celebra o Senhor do Princípio Inicial.

Nesta quinta-feira (27), às 19h, será lançado o livro O Recomeço, do advogado José Humberto Espíndola, na Academia Pernambucana de Letras (APL). O romance segue uma linha espiritual e de questionamentos a religiões como o budismo e o hinduísmo.

O livro conta a história de Reginaldo, um cearense de meia idade e divorciado que, numa viagem ao sul do México, encontra Madalena, uma jovem guia turística. Ambos se descobrem reencarnações de reis da civilização maia. E Reginaldo acredita que o mundo está próximo de um novo cataclismo. 

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Além do México, o livro tem como cenário de fundo a cidade de Putaparthi, na Índia, e a fictícia Aldeia Canidé, no Brasil. Para escrever a obra, José Humberto Espíndola passou quatro anos estudando o México e a Índia.

O Recomeço tem prefácio de Dirceu Rabelo, membro da Academia Pernambucana de Letras, e apresentação do jornalista Antônio Portela. Este é o segundo livro do autor, que já lançou a coletânea de ensaios A civilização do não ser – Silêncio do curiango. O livro tem capa de Paulo Montanheiro e ilustrações de André Persi.

Serviço

Lançamento do livro O Recomeço - um itinerário de tempo cíclico, de José Humberto Espíndola

Quinta (27) | 19h

Academia Pernambucana de Letras (Avenida Rui Barbosa, 1596 - Graças)

Um dos maiores centros do budismo tibetano na China, o instituto Larung Gar, na província de Sichuan (sudoeste), sofreu um incêndio que danificou grande parte de suas instalações, informou o site oficial Zhongguo Winwen Wang. As causas do incêndio, declarado na noite de quinta-feira e que foi combatido por 450 bombeiros, policiais e socorristas, ainda não foram esclarecidas.

O incêndio provocou importantes danos materiais, ao menos 10 estruturas do local foram destruídas, mas não deixou vítimas. O instituto Larung Gar está situado no condado de Seda, a mais de 4.000 km de altura e longe das cidades. A mais próxima se encontra a centenas de quilômetros.

O instituto budista foi fundado em 1980 e rapidamente se converteu em um dos maiores centros mundiais do budismo tibetano, com uma população de 10.000 pessoas entre monges, monjas e estudantes. Em 2001, a polícia chinesa obrigou centenas de monges e monjas tibetanos a abandonarem o instituto e destruiu mil casas. A polícia exigia que os religiosos assinassem um documento que denunciava o Dalai Lama, líder espiritual tibetano.

Após este incidente, o fundador do centro, Khenpo Jigme Phuntsok, que faleceu em 2004, permaneceu detido por um ano. Desde 2009, mais de 120 tibetanos se imolaram ou tentaram fazê-lo para protestar contra a repressão religiosa e cultural que sofrem.

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Uma descoberta que pode mudar a história do Budismo. Após três anos de escavações no santuário mais antigo do mundo, foram encontrados vestígios de uma estrutura de madeira no lugar do nascimento de Buda, o que permite datar pela primeira vez o começo desta religião.

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Estudos do material achado debaixo do templo, sugerem que Buda nasceu no século VI a.C. Dois séculos antes do que se pensava. A vida de Buda, que segundo estudiosos, renunciou a riqueza material para buscar a luz, é conhecida apenas pela tradição oral.

Evidências de uma estrutura de madeira desconhecida, escavada no local onde Buda nasceu, sugerem que o sábio pode ter vivido no século VI a.C., dois séculos antes do que se pensava, afirmaram arqueólogos nesta segunda-feira (25). Traços de uma antiga estrutura de madeira foram encontrados debaixo de um templo de tijolos que fica dentro do Maya Devi, um local sagrado do budismo situado em Lumbini, no sul do Nepal, perto da fronteira indiana.

Seu desenho lembra o templo Asokan, erguido em seu topo e era dotado de uma área aberta, desprotegida dos elementos, onde aparentemente uma árvore nasceu. "Isto lança luz a um debate muito, muito antigo" sobre quando Buda nasceu e, por sua vez, quando a fé nascida de seus ensinamentos fincou raízes, explicou o arqueólogo Robin Coningham em teleconferência.

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É amplamente aceito que Buda nasceu debaixo de uma árvore conhecida na Índia como shorea ('Shorea robusta') em Lumbini e sua mãe, a rainha Maya Devi, esposa do líder de um clã, estava viajando para o reino de seu pai onde daria à luz. Mas muito do que se sabe sobre sua vida tem origem na tradição oral, com poucas evidências científicas para separar os fatos do mito.

Muitos estudiosos sustentam que Buda - que renunciou à riqueza material para buscar uma vida de iluminação - viveu e no século IV a.C. e morreu aos 80 anos. "O que nosso trabalho demonstrou é que este templo foi estabelecido (onde Buda nasceu) no século VI a.C", o que sustenta a hipótese de que Buda viveu bem antes, afirmou Coningham.

Técnicas de radiocarbono e luminescência estimulada opticamente foram usadas para datar os fragmentos de carvão vegetal e grãos de areia encontrados no local. Enquanto isso, pesquisas geoarqueológicas confirmaram a existência de raízes na área aberta do tempo central.

Coningham foi co-diretor de uma equipe internacional de arqueólogos em Lubini, em parte financiada pela National Geographic Society, com sede em Washington. Suas descobertas, revistas por partes, serão publicadas na edição de dezembro do periódico Antiquity. Atualmente, Lumbini integra o patrimônio da Unesco, e é visitada por milhões de peregrinos anualmente.

A cantora Tina Turner se casará no próximo domingo, aos 73 anos, com Erwin Bach, 57, um alemão da indústria fonográfica, em uma cerimônia budista organizada em sua mansão, às margens do lago Zurique.

Várias personalidades da música, como os artistas David Bowie, Eros Ramazzoti e Sade, são esperados entre os 120 convidados para a cerimônia na pequena cidade de Kusnacht, localizada na "Goldküste" (a costa dourada), parte nobre do lago.

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A famosa apresentadora de TV americana Oprah Winfrey também deve participar, de acordo com o jornal suíço Schweiz am Sonntag, que garante que o casal pediu que os convidados se vestissem de branco.

A noiva deve vestir um vestido do estilista Giorgio Armani, indicou o jornal, sem citar suas fontes.

Tina Turner, que se tornou cidadã suíça em abril, e Erwin Bach celebraram seu casamento civil em segredo, há algumas semanas, segundo o jornal Schweiz am Sonntag, citando a revista alemã Bunte.

Questionado pela AFP, um funcionário da prefeitura de Kusnacht indicou que "não haverá cerimônia oficial" domingo, mas ele não respondeu sobre os detalhes do casamento civil.

Domingo, o casal se unirá em uma cerimônia budista tradicional, de acordo com os meios de comunicação suíços. Um pequeno palco para concerto também foi planejado.

Tina Turner e Erwin Bach enviaram uma carta aos seus vizinhos para se desculpar com antecedência "do barulho" que poderá acontecer durante a festa.

A cantora, que emplacou vários sucessos como "Simply the best" e "We Don't Need Another Hero" durante sua longa carreira, aprendeu alemão e estabeleceu-se na Suíça, em 1995, para seguir Erwin Bach.

Em janeiro, aos 73 anos, a roqueira americana obteve a cidadania de Küsnacht. Em abril, o cantão de Zurique e a Confederação permitiram a sua naturalização, depois de aplicarem uma prova.

"Eu estou muito feliz na Suíça e me sinto em casa. Eu não posso imaginar um lugar melhor para se viver", disse em janeiro a estrela, nascida Anna Mae Bullock, à revista Blick.

Ela agradeceu o respeito pela privacidade que o país garante. A cantora se retirou da vida pública após a sua turnê de 2008/2009.

Várias explosões de baixa potência deixaram dois feridos no templo indiano de Bodh Gaya, um dos principais locais santos do budismo, anunciou a polícia.

A árvore sagrada em cuja sombra Buda conheceu a Iluminação, visitada por adeptos de todo o mundo, não foi danificada, indicou à AFP o chefe da polícia do Estado de Bihar (leste).

"A árvore santa de Bodhi está intacta, não sofreu danos", disse.

Os feridos seriam dois monges.

Testemunhas e policiais afirmaram que ocorreram de quatro a oito explosões. Segundo a rede de televisão NDTV, um dos artefatos não chegou a ser detonado.

"Foram mobilizadas forças de segurança suplementares" no local, indicou à AFP um responsável da polícia local, N.H. Jan.

O templo de Bodh Gaya, situado 110 km ao sul da capital do Estado, Patna, foi inscrito em 2002 como patrimônio mundial da Unesco.

Abriga a árvore Bodhi, uma estátua gigante de Buda e muitos altares que marcam sua presença depois de sua Iluminação.

Depois de meditar debaixo da árvore Bodhi, Buda consagrou sua vida aos seus discípulos. Fundador de uma ordem de monges errantes, faleceu aos 80 anos.

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