Tópicos | campo de concentração

Após a chuva de críticas nas redes sociais, a Riachuelo suspendeu a venda do conjunto de roupas listrado em azul e branco, semelhante aos uniformes dos campos de concentração nazistas. A loja pediu desculpas e disse que a venda das peças foi uma infelicidade.

Ao longo dos anos, as roupas listradas foram impostas dentro das cadeias para segregar os presos e facilitar a identificação. Pelo baixo custo de produção, as listras produzidas em azul e branco foram usadas pelo regime nazista e representa o cárcere do povo judeu.   

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Conjunto listrado em uma das lojas da rede. Reprodução/Redes Sociais

A especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP Maria Eugênya comentou sobre a falta de bom senso e o desrespeito à memória histórica do modelo.

"Tendências de moda não são isoladas da estética, da semiótica, da história, e nenhuma tendência deve estar acima da decência, da memória e do respeito", apontou.

A Riachuelo pediu desculpas e disse que não teve intenção de fazer alusão ao período que feriu os direitos humanos. A rede afirmou que a escolha do modelo foi uma infelicidade e ressaltou que todas as peças serão retiradas das lojas e do site.

Hoje (27) é celebrado o Dia Internacional em Memórias às Vítimas do Holocausto, conforme a Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, aprovada em 2005. A data escolhida marca a libertação dos prisioneiros do maior campo de concentração nazista, Auschwitz, na Polônia. Porta-vozes da ONG destacaram que a data é observada no contexto de um “aumento alarmante de antissemitismo” e consideram que o mundo assiste à tentativa de reescrever a história e de distorcer os fatos do Holocausto.

Alguns filmes retratam sobre a perseguição aos judeus, que viviam em condições de vida deploráveis, escravizados até a morte nos campos de extermínio ou em constante fuga, como “A lista de Schindler” (1993), “O Menino do Pijama Listrado” (2008) e “O Diário de Anne Frank” (1959), que retraram esses horrores. Mas há outros longas que também abordam o tema. Confira:

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A amarga sinfonia de Auschwitz (1980) - Capturada pelos nazistas e enviada para Auschwitz, uma musicista é responsável pela tarefa terrível de amenizar a caminhada dos condenados à câmara de gás. O drama ganhou o Prêmio Emmy do Primetime de Melhor Atriz Coadjuvante em Filme, Melhor Roteiro em Filme ou Especial Dramático e Melhor Especial de Drama. Disponível no YouTube. 

A Vida é Bela (1997) - Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele precisa usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência ao redor. O drama recebeu indicações ao Oscar de Melhor Ator, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Filme Internacional, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. Disponível no YouTube e Apple TV. 

Noite e Neblina (1955) - Dez anos após o Holocausto, Alain Resnais (1922-2014) documenta os locais abandonados de Auschwitz enquanto reflete sobre a ascensão da ideologia nazista e as vidas angustiantes dos prisioneiros do campo usando imagens assustadoras de guerra. Disponível na Amazon Prime Video.  

O Fotógrafo de Mauthausen (2018) - Um prisioneiro em campo de concentração, o fotógrafo espanhol Francisco Boix (1920-1951), que conseguiu guardar, esconder e depois mostrar ao mundo uma imensa série de negativos de fotos das atrocidades cometidas no campo de concentração de Mauthausen, na Áustria. O filme recebeu indicações ao Prêmio Goya de Melhor Direção de Produção, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Cabelo e Melhor Direção Artística. Disponível na Netflix. 

O Pianista (2002) - Um pianista judeu polonês vê Varsóvia mudar gradualmente à medida que a Segunda Guerra Mundial começa. Szpilman (1911-2000) é forçado a ir para o Gueto de Varsóvia, mas depois é separado de sua família durante a operação Reinhard. A partir desse momento, até que os prisioneiros dos campos de concentração sejam liberados, Szpilman se esconde em vários locais entre as ruínas de Varsóvia. O drama recebeu indicações ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Montagem. Disponível no YouTube. 

 

Na próxima segunda-feira (27) está previsto no SBT o retorno de Marcão do Povo. Afastado do comando do Primeiro Impacto desde o início de abril, após sugerir a construção de um campo de concentração no Brasil para viabilizar o tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus, o apresentador terá algumas limitações ao retomar sua função à frente do telejornal.

Por causa da polêmica, Marcão do Povo não vai poder opinar sobre os assuntos que estejam relacionados com a Covid-19, de acordo com informações do Uol. Além de seguir essa ordem, ele também não irá fazer ações publicitárias. A apresentadora Márcia Dantas ficou encarrega de gravar a parte do merchandising. Assim que foi suspenso do telejornal, Marcão do Povo quebrou o silêncio e se pronunciou.

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Ele declarou que consequências surgem por conta das atitudes. “Tudo passa. Deus tem a resposta para todas as perguntas. Obrigado a cada um vocês que está do lado da verdade. A vida é assim, gente, nós temos que pagar alguns preços altíssimos para que possamos chegar onde Deus quer", explicou. Na época do imbróglio, o SBT lamentou a postura do apresentador: “A todos que de alguma forma possam ter se ofendido ou mesmo se indignado com as opiniões pessoais do apresentador, nossas mais sinceras desculpas".

Depois de sugerir a construção de um campo de concentração no Brasil, visando no cuidado para pacientes infectados pelo novo coronavírus, Marcão do Povo gerou revolta na internet. Em seguida à fala dele no telejornal Primeiro Impacto, na manhã desta quarta-feira (8), o SBT decidiu se pronunciar sobre o episódio.

Em um comunicado, segundo informações do Uol, a emissora se retratou após a polêmica: "Lamentamos que o apresentador tenha usado nossa plataforma de modo que contraria tão profundamente os nossos princípios. A todos que de alguma forma possam ter se ofendido ou mesmo se indignado com as opiniões pessoais do apresentador, nossas mais sinceras desculpas".

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A direção do canal de Silvio Santos também informou que Marcão do Povo foi afastado. "Nossos profissionais de Jornalismo seguirão na dura missão de bem informar, sempre preocupados com o bem estar de todos os brasileiros. O apresentador foi suspenso de suas funções", diz a nota. Dudu Camargo e Márcia Dantas foram escolhidos para substituir o apresentador.

Um ex-guarda de 94 anos do campo de concentração nazista de Sutthof, na Polônia, é julgado a partir desta terça-feira (6) em Münster, Alemanha, pela cumplicidade em centenas de assassinatos, um caso com um peso simbólico e moral.

O alemão, residente em Münster, é acusado de ter servido entre junho de 1942 e setembro de 1944 nesse campo, situado a 40 quilômetros de Gdansk. A procuradoria não divulgou a identidade do acusado, que, segundo o jornal Die Welt, seria um paisagista aposentado chamado Johann.

"Ele tinha entre 18 e 20 anos no momento dos fatos. Como vigilante, custodiou o campo, as cercas, as torres de vigilância" enquanto centenas de pessoas "morreram por gás, fuziladas ou de fome", afirmou à AFP o procurador de Dortmund, Andreas Brendel.

"O acusado sabia de todos os métodos para matar e por isso foi cúmplice do assassinato de centenas de pessoas", embora não participasse diretamente, informa a ata de acusação.

Segundo o Die Welt, o nonagenário negou à polícia, em agosto de 2017, ter estado a par das atrocidades cometidas no campo e afirmou que os soldados também padeciam da escassez de alimentos.

Em Stutthof, primeiro campo de concentração nazista estabelecido fora do território alemão no final de 1939 e um dos últimos a ser liberado pelos aliados, em maio de 1945, 65.000 dos cerca de 110.000 deportados morreram, segundo o museu Stutthof de Sztutowo.

Controlado pelas SS e auxiliares ucranianos, primeiro serviu para a detenção de prisioneiros de guerra e opositores polacos, noruegueses e dinamarqueses, antes de que os judeus dos países bálticos e da Polônia, sobretudo mulheres, fossem deportados a partir de 1944 no contexto da "solução final" nazista.

Desde a sua libertação, menos de uma centena de funcionários do campo, dos mais de 2.000, acertou as contas com a justiça, principalmente em Gdansk e na ex-RFA, segundo o museu.

- Questão moral -

As audiências acontecerão "em um dia, durante duas horas no máximo", para que o acusado possa estar "em boa forma física", segundo o procurador, também responsável por investigações de crimes do nacional-socialismo na Renânia do Norte de Westfália.

Ele será julgado até janeiro no mínimo por um tribunal para menores, já que tinha menos de 21 anos na época.

Um segundo ex-guarda das SS, de 93 anos, pode ser julgado, mas ainda está sendo avaliado se ele é apto para comparecer ou não aos tribunais.

O acusado enfrenta uma pena máxima de 15 anos de prisão. Para Brendel, a pena pouco importa, trata-se principalmente de "uma questão jurídica e moral".

"A Alemanha deve a familiares e às vítimas dos crimes do nacional-socialismo que se investiguem, ainda hoje, os fatos e perseguir esses delitos", disse o procurador.

Nos últimos anos, a justiça alemã condenou vários antigos integrantes da SS por cumplicidade em assassinatos: John Demjanjuk, Reinhold Hanning, Hubert Zafke e Oskar Gröning.

Todos eram muito idosos e ocuparam cargos subalternos durante a guerra. Nenhum deles chegou a ser preso por seu estado de saúde. Gröning morreu pouco antes de ser preso.

Desde 2011, uma nova jurisprudência permite abrir diligências por "cumplicidade de assassinato" contra aqueles que participaram no funcionamento dos campos.

Até então, eles somente eram processados suspeitos diretamente envolvidos nos assassinatos dos deportados.

Uma estatueta de porcelana de Mickey Mouse, que pode ter pertencido a uma criança deportada ao campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, foi descoberta recentemente, mais de 70 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, informou à AFP uma fundação local.

"É um objeto muito triste, pois recorda uma criança que sem dúvida morreu no campo. Foi encontrado pouco depois da guerra, às margens do Vístula, a mais de um quilômetro do campo pelos moradores de uma granja, que o colocaram ao lado de outros pequenos objetos e nos entregaram recentemente", afirmou Agnieszka Molenda, presidente de uma fundação que reúne peças vinculadas à história do campo.

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A organização, que colabora com o museu Auschwitz-Birkenau, reuniu milhares de objetos que eram preservados pelos moradores da região.

"Não sabemos nada e talvez nunca saberemos a quem pertencia a estatueta", disse.

"Sabemos apenas, após examiná-la, que foi fabricada na Alemanha nos anos 1930 sem direitos autorais da Disney. É um modelo que esteve à venda na Alemanha entre 1929 e 1932 e foi exportado para países europeus vizinhos", explicou Molenda.

"O homem que nos entregou a peça, e que pediu anonimato, contou que seu avô, ao trabalhar nos campos depois da guerra, desenterrou a estatueta junto com moedas do gueto de Lodz (centro da Polônia) e escovas pequenas. Ele guardou os objetos em casa".

Quase 1,1 milhão de pessoas, principalmente judeus de vários países europeus, morreram no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Quase 80.000 poloneses, 25.000 ciganos e 20.000 soldados soviéticos também foram assassinados. O campo foi libertado pelo Exército Vermelho em janeiro de 1945.

Historiadores calculam que 232.000 crianças morreram no campo de extermínio.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, visitou nesta terça-feira o que restou do campo de concentração nazista de Dachau, no sul do país, onde mais de 43 mil pessoas mortas pelo regime de Adolf Hitler entre 1933 e 1945.

Merkel é a primeira chefe de governo alemã a visitar Dachau. Ela esteve no local a convite de Max Mannheimer, libertado do campo de concentração por soldados norte-americanos no crepúsculo da Segunda Guerra Mundial.

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"O que aconteceu nos campos de concentração foi e continua a ser incompreensível", declarou Merkel, que disse ter ficado comovida pelo convite de Mannheimer. Ele tem hoje 93 anos de idade.

No último sábado, Merkel afirmou que o racismo e o antissemitismo continuam a representar ameaças à democracia na Europa. Fonte: Associated Press.

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