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Três pessoas morreram e 43 foram resgatadas em uma operação nesta quarta-feira (14) no Canal da Mancha, entre França e Reino Unido, após o naufrágio de uma "pequena embarcação" que transportava migrantes sem documentos.

A Guarda Costeira britânica havia anunciado algumas horas antes uma "operação de busca e resgate após um incidente com uma pequena embarcação nas costas de Kent", sudeste da Inglaterra.

França e Reino Unido registram há vários dias uma onda de frio intenso, com temperaturas que chegaram a 10 graus negativos em algumas regiões, o que provocava o temor de um balanço elevado de vítimas em um naufrágio nas águas gélidas que separam os dois países.

Navios e equipes de emergência de várias cidades da região foram mobilizados, assim como dois helicópteros britânicos e um francês. As autoridades do norte da França também informaram que uma patrulha da Marinha foi enviada como reforço.

O serviço de emergência da região informou que recebeu um alerta da Guarda Costeira às 3h40 (0h40 de Brasília).

Quase seis horas depois, a operação conseguiu resgatar 43 pessoas e encontrou três corpos, informou a imprensa britânica, com base em fontes governamentais, sem revelar a idade e a origem dos migrantes.

- 27 mortos em novembro de 2021 -

O termo "pequena embarcação" é utilizado no Reino Unido como referência aos botes com migrantes que tentam cruzar de maneira clandestina o Canal da Mancha da França em direção à costa da Inglaterra.

Desde o início do ano, quase 45.000 migrantes tentaram fazer a travessia perigosa, contra 30.000 no ano passado.

Um naufrágio matou 27 migrantes que atravessavam o Canal da Mancha no ano passado.

Na madrugada de 24 de novembro de 2021, 27 migrantes com idades entre 7 e 46 anos - 16 curdos do Iraque, um curdo do Irã, quatro afegãos, três etíopes, um somali, um egípcio e um vietnamita - morreram no naufrágio de um bote inflável na costa francesa quando tentavam chegar à Inglaterra.

Apenas dois passageiros, um curdo iraquiano e um sudanês, foram resgatados com vida.

O jornal francês Le Monde afirmou que os migrantes fizeram 15 ligações para as autoridades francesas para pedir ajuda, mas sem sucesso.

Ao menos 205 migrantes morreram ou desapareceram ao atravessar o Canal da Mancha desde 2014, de acordo com o Projeto Migrantes Desaparecidos da ONU.

- Tensão entre Londres e Paris -

As travessias de migrantes sem documentos pelo Canal da Mancha, da França em direção ao Reino Unido, são motivo de tensão entre os governos de Paris e Londres.

E um tema particularmente delicado para os conservadores britânicos, que prometeram reforçar o controle de suas fronteiras após o Brexit - que entrou em vigor no início de 2021 -, mas não conseguiram e observam o aumento do número de migrantes sem documentos.

Para tentar reduzir a tendência, os dois países assinaram em novembro um acordo que inclui um pacote de 72,2 milhões de euros que os britânicos pagarão à França em 2022-2023, com o objetivo de aumentar de 800 a 900 o número de policiais nas praias francesas a partir das quais zarpam os migrantes.

O naufrágio desta quarta-feira aconteceu um dia depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciar um novo acordo com a Albânia para frear o fluxo de imigrantes que atravessam o Canal da Mancha a partir da Europa continental.

Um terço de todos os que chegaram às águas britânicas este ano - quase 13.000 - eram albaneses, segundo o governo do Reino Unido.

Sunak afirmou que, com o acordo, os albaneses que chegarem em botes pelo Canal da Mancha, uma das rotas marítimas mais utilizadas por grandes cargueiros, serão imediatamente devolvidos ao seu país.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 26, que o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, deveria "levar a sério" a crise migratória no Canal da Mancha ou "permanecer calado". O dia de fúria de Macron começou após Johnson publicar um plano de ação com cinco pontos no Twitter, em vez de recorrer aos canais diplomáticos tradicionais. "A comunicação de um líder com o outro, sobre questões tão graves, não pode ser feita por tuítes", disparou o francês.

No plano, Johnson sugere que a França receba de volta todos os imigrantes apreendidos em praias britânicas após a travessia do Canal da Mancha. Gabriel Attal, porta-voz do governo francês, chamou a carta do premiê britânico de "medíocre em termos de conteúdo e inapropriada no que diz respeito à forma". "Estamos cansados dessa conversa fiada e da terceirização de problemas do Reino Unido", disse Attal, em entrevista à BFM TV.

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A irritação de Macron fez o tom de agressividade entre os dois vizinhos subir ontem mais um degrau. Mas não ficou apenas na retórica. A França também retirou o convite à ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, para participar de uma discussão com vários países sobre o assunto no domingo. O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que a reunião com Holanda, Bélgica e Alemanha está de pé, mas sem a presença dos britânicos.

TRAGÉDIA

A mais nova troca de acusações entre os dois países começou na quarta-feira, após a morte de 27 imigrantes que se afogaram perto de Dunquerque, a caminho da Inglaterra. Paris reclama que o Reino Unido atrai imigrantes ilegais com uma política frouxa de fiscalização. Londres diz que autoridades francesas não têm se empenhado em conter os botes que partem de suas praias.

Macron e Johnson, segundo analistas, estariam se aproveitando da crise para marcar pontos políticos. O presidente francês disputa a reeleição em abril e precisa conter o avanço da extrema-direita, que deve explorar a questão migratória na campanha.

O premiê britânico enfrenta um fogo cerrado de radicais conservadores e nacionalistas, como Nigel Farage. Para eles, o objetivo do Brexit era retomar o controle das fronteiras. Em vez disso, milhares de imigrantes têm chegado às praias do país sob o olhar perdido de Johnson.

A oposição aproveitou a crise para atacar o premiê. Nick Thomas-Symonds, um dos líderes do Partido Trabalhista, disse que publicar uma carta no Twitter foi um "erro de julgamento grave". "Retirar o convite à ministra do Interior é uma humilhação para o primeiro-ministro, que perdeu completamente o controle da situação no Canal da Mancha", disse.

DISPUTAS

A questão migratória é apenas um capítulo na rápida deterioração da relação entre os dois vizinhos. Nos últimos meses, França e Reino Unido vivem às turras em disputas relacionadas ao Brexit, principalmente sobre licenças de pesca.

Nesta sexta, pescadores franceses ameaçaram bloquear o acesso a três portos no Canal da Mancha, e também ao Eurotúnel, para exigir a concessão rápida de autorizações pesqueiras, previstas após a saída dos britânicos da UE.

Macron também não engoliu o acordo militar que Johnson costurou com os EUA para fornecer submarinos nucleares para os australianos. A França, que tinha um contrato para a venda de submarinos convencionais à Austrália, teve um prejuízo de US$ 66 milhões. Paris considerou o episódio uma "punhalada pelas costas". (Com agências internacionais)

Cinco pessoas foram indiciadas nesta sexta-feira (2) na cidade francesa de Lille por suspeita de terem organizado uma "importante rede" de migração clandestina, do norte da França à Inglaterra em barcos que cruzavam o Canal da Mancha, informou a promotoria.

Os suspeitos foram detidos na França nesta semana durante uma operação coordenada pela agência europeia de cooperação judicial Eurojust e a agência policial Europol.

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A rede é formada principalmente por iranianos que vivem na França, na Holanda e no Reino Unido, de acordo com a Eurojust.

Desde abril, os investigadores franceses "descobriram uma rede estruturada de contrabandistas que cuidavam de migrantes e lhes forneciam barcos semi-rígidos para a travessia marítima, colocando-os em perigo", disse a promotoria de Lille em um comunicado.

Na segunda-feira, com o apoio da Eurojust e da Europol, uma operação coordenada por autoridades judiciais e policiais francesas, inglesas, holandesas e belgas levou à prisão de três suspeitos no Reino Unido, dois na Holanda e sete na França.

A rede é suspeita de ter obtido grandes lucros com o tráfico de migrantes, cobrando uma média de 3.000 euros por pessoa pela travessia.

A polícia apreendeu 10 barcos infláveis, veículos, mais de 150 coletes salva-vidas e cerca de 48.000 euros em espécie, disse a Eurojust.

Uma americana se tornou nesta terça-feira (17) a primeira pessoa a atravessar o Canal da Mancha a nado quatro vezes sem interrupção, uma proeza que demorou 54 horas nas águas frias que separam a França do Reino Unido.

Sarah Thomas, de 37 anos, chegou durante a manhã a Dover, na costa sul da Inglaterra, sob os aplausos de um grupo de admiradores.

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"Me sinto um pouco mal", reconheceu em um vídeo de sua chegada divulgado no Facebook.

A nadadora, que há um ano se recuperou de um câncer de mama, dedicou a aventura a "todos os sobreviventes", em uma mensagem publicada no sábado.

"Isto é para aqueles de nós que rezaram por nossas vidas, que se questionaram com desespero sobre o que viria depois e que lutaram contra a dor e o medo para vencer", escreveu.

Sarah Thomas fez duas idas e voltas entre Dover e Cap Gris-Nez, localidade do norte da França.

A americana admitiu à BBC que o mais difícil das travessias foi a água salgada, que irritou sua boca e a garganta. Também foi atingida por uma água-viva no rosto.

O nadador de resistência Lewis Pugh elogiou a proeza no Twitter, que chamou de "extraordinária, assombrosa, sobre-humana".

"Quando pensamos que atingimos o limite da resistência humana, alguém quebra os recordes", escreveu.

Em sua segunda tentativa, ele conseguiu: o francês Franky Zapata, conhecido como "homem voador", cruzou neste domingo o Canal da Mancha a bordo de seu "Flyboard" em pouco mais de 20 minutos, após uma breve parada em um barco para reabastecimento.

O francês de 40 anos decolou às 8H15 (3H15 de Brasília) a bordo de sua "prancha voadora" da praia de Sangatte, norte da França, diante dos olhares de centenas de curiosos.

Ele seguiu rumo à baía de St Margaret, sul da Inglaterra, onde pousou 22 minutos mais tarde, depois de sobrevoar o canal a 15-20 metros de altura. Assim, ele se tornou o primeiro homem a cruzar o Canal da Mancha a bordo de uma "prancha voadora".

O inventor, ex-campeão mundial e europeu de jet ski, fez o trajeto de 35 km escoltado por três helicópteros. A "prancha voadora" é um dispositivo voador autônomo alimentado por querosene armazenado em uma mochila, está equipado com cinco mini-turborreatores, que permitem atingir uma velocidade de até 190 km/h durante dez minutos.

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Ao chegar à costa britânica, Zapata celebrou a façanha com seus colaboradores.

"Tudo saiu bem. Mesmo o que foi complicado (o abastecimento no barco)... Depois, eu via a Inglaterra se aproximando e tentei aproveitar para não pensar na dor. As pernas queimavam", declarou Zapata.

Ele fez questão de ressaltar que este foi um "trabalho de equipe".

"Voei a 160-170 km/h ao longo de quase toda a travessia", disse o francês, informado pelo indicador de velocidade sonora que tem no capacete.

Zapata se declarou cansado e afirmou que precisa de férias, mas também disse que tem outros desafios em mente, como concluir seu "carro voador".

"Quero voar a 2.000 metros e voar acima das nuvens. É a próxima etapa", declarou à AFP.

"Me sento bem, feliz, afortunado".

Pouco depois de completar o percurso, Zapata não conseguiu conter as lágrimas ao conversar com o filho por telefone. "Você é o melhor, papai", disse o menino".

Em 25 de julho, 110 anos depois do êxito do francês Louis Blériot, primeiro aviador a atravessar o Canal da Mancha, Zapata tentou realizar uma nova façanha com sua invenção. No entanto, poucos minutos depois de entrar no território inglês caiu na água, depois de bater levemente na plataforma do barco de abastecimento em que tentava pousar.

Ao ser questionado se poderia ser considerado um sucessor Bleriot, Zapata respondeu: "Não é realmente comparável, ele foi um dos primeiros homens a voar. Digamos que realizei meu sonho".

O francês Franky Zapata, também conhecido como "homem voador", tentará novamente, neste domingo, atravessar o Canal da Mancha em sua "prancha voadora", após fracassar na última semana, informou um conhecido seu à AFP nesta terça-feira.

A decolagem, que será realizada pela manhã, sairá do mesmo local da quinta-feira passada, próximo à praia de Sangatte (norte da França), acrescentou.

O objetivo é percorrer os 35 km do braço de mar até a baía de St. Margaret, na margem inglesa, sobrevoando a água a uma altitude de 15 a 20 metros, em pé sobre seu dispositivo.

No dia 25 de julho, 110 anos após a façanha do aviador e construtor francês Louis Blériot, o primeiro a atravessar o canal por via aérea, Zapata decolou sem problemas, mas caiu no mar em águas inglesas, depois de atingir o convés do barco no qual ia reabastecer.

"Escolhemos um navio maior, um rebocador e águas francesas para o reabastecimento", explicou o gerente de comunicações de Zapata, esclarecendo que as autoridades marítimas deram autorização para o reabastecimento em águas francesas.

Campeão da Europa e do mundo de jet ski, o francês de 40 anos, natural de Marselha (sul da França), tentará novamente fazer essa travessia, que duraria cerca de 20 minutos.

A "prancha voadora", um dispositivo voador autônomo alimentado por querosene armazenado em uma mochila, está equipado com cinco mini-turborreatores, que permitem atingir uma velocidade de até 190 km/h durante dez minutos.

Em 14 de julho, durante o desfile militar da festa nacional francesa, Zapata fez uma demonstração na Champs-Élysées, voando dezenas de metros acima do solo em sua invenção.

A performance foi exibida no final de 2018 no Fórum de Inovação e Defesa, em Paris. Em demonstração das forças especiais, a "prancha voadora" foi usada como a plataforma de um franco-atirador, em apoio às tropas atacadas por navios no rio Sena.

Essa plataforma voadora interessa às forças de segurança francesas, que veem um grande "potencial de emprego em operações especiais em áreas urbanas".

O inventor francês Franky Zapata fracassou nesta quinta-feira em sua tentativa de cruzar o Canal da Mancha em uma prancha voadora e caiu na água a 18 km da costa francesa, antes de ser resgatado.

Zapata, de 40 anos, decolou por volta das 07h05 GMT (04h05 de Brasília) perto da praia de Sangatte, no noroeste da França, diante de uma dúzia de curiosos.

Ele planejava cruzar o estreito de 35 quilômetros e aterrissar na costa inglesa, na área da baía d St Margaret's, mas caiu na água pouco mais da metade do percurso, quando devia pousar em um navio para reabastecer o combustível.

De acordo com uma conversa por telefone via satélite ouvida por um jornalista da AFP, ele foi resgatado "consciente".

"Está tudo bem e ele está sendo levado de volta para a costa. Ele foi resgatado por mergulhadores que estavam no navio. Falou com a esposa ao telefone para tranquilizá-la", disse à AFP o prefeito de Sangatte, Guy Lallemand.

"Ele teve um problema com o abastecimento entre as águas francesas e inglesas. Então não conseguiu concluir o trajeto. A travessia do Canal da Mancha foi cancelada", disse uma porta-voz da equipe de Zapata, recusando-se a confirmar explicitamente sua queda.

Logo após o fracasso, a atmosfera era de pesar na praia de Sangatte. Sua equipe técnica começou a empacotar o material e o público que o esperava foi embora rapidamente.

O ex-campeão mundial de esqui aquático causou sensação no desfile de 14 de julho em Paris, quando sobrevoou os Champs-Elysées sob os olhares de milhares de pessoas, incluindo o presidente Emmanuel Macron.

Seu dispositivo, chamado "Flyboard" e inventado pelo próprio Zapata, é propulsado por cinco turbinas a ar que permitem avançar a até 190 km/h, com uma autonomia de cerca de dez minutos.

Esse inventor francês se preparou seis meses para esse desafio técnico e físico, 110 anos depois que o francês Louis Bleriot realizou o primeiro voo de avião sobre o Canal da Mancha.

Zapata lançou seu "Flyboard Air" em 2016, o mais recente objeto incorporado à sua marca homônima, que inclui uma prancha flutuante propulsada a água e um jet ski.

O dispositivo é alimentado por cinco pequenos motores a jato e controlado por um acelerador manual, que Zapata ativa para decolar depois de calçar um par de botas presas à prancha.

O governo francês elogiou essa invenção e chegou a sugerir um potencial militar.

O presidente Emmanuel Macron postou um vídeo das acrobacias de Zapata no desfile de 14 de julho no Twitter, com a legenda "Orgulhoso do nosso exército, moderno e inovador".

A Força de Fronteira Britânica interceptou 74 pessoas neste sábado em oito navios que tentavam atravessar o Canal da Mancha para a Grã-Bretanha. Dois outros barcos foram parados pelas autoridades francesas.

As nacionalidades dos imigrantes não foram divulgadas. Autoridades disseram que uma investigação criminal estava em andamento. A Guarda Costeira britânica informou que os incidentes se estenderam ao longo da costa sudeste da Grã-Bretanha, do porto de Dover até a praia de Winchelsea, perto de Hastings, a 80 quilômetros de distância.

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O secretário do Interior do Reino Unido, Sajid Javid, disse que trabalharia com as autoridades francesas de fronteira para impedir o aumento do tráfico de pessoas do outro lado do canal.

As intercepções em um dia excepcionalmente ensolarado elevam as preocupações de que a melhora do clima da região encoraje os contrabandistas a tentar a sorte de levar mais imigrantes da França para o Reino Unido.

"Aqueles que escolherem fazer essa jornada perigosa em uma das mais movimentadas rotas marítimas do mundo estão colocando suas vidas em grave perigo - e vou continuar fazendo tudo o que puder para detê-los", disse Javid, em um comunicado.

"É um princípio estabelecido que aqueles que precisam de proteção devem reivindicar asilo no primeiro país seguro e, desde janeiro, mais de 30 pessoas que chegaram ilegalmente no Reino Unido em pequenos barcos foram devolvidas à Europa", disse Javid. "Continuaremos a tentar devolver qualquer pessoa que tenha entrado ilegalmente no Reino Unido".

Os relatos sobre imigrantes usando pequenos barcos para atravessar o Canal da Mancha são politicamente explosivos, apesar de a Grã-Bretanha não ter chegado nem perto do número de travessias imigratórias que registradas em países como Espanha, Itália e Grécia. Até agora, neste ano, mais de 21.300 imigrantes cruzaram o Mar Mediterrâneo para a Europa, e pelo menos 519 morreram tentando, de acordo com a Organização Internacional para Imigração. Autoridades culpam o fluxo de gangues de contrabando.

No geral, a imigração para a Europa diminuiu substancialmente desde que mais de 1 milhão de requerentes de asilo e imigrantes chegaram ao continente em 2015, mas a questão ainda ressoa politicamente, inclusive nas eleições para o Parlamento Europeu da semana passada.

Fonte: Associated Press

Nesta segunda-feira(4), o avião que transportava e jogador argentino Emiliano Sala foi localizado no canal da mancha. Dentro da aeronave, um corpo ainda não identificado. Em entrevista à emissora “América Notícias” Maximiliano Duarte, amigo de Sala, culpou o empresário do atleta Willie Mckay, pela tragédia.

Segundo Maximiliano, Sala não queria entrar na aeronave naquele dia, as condições climáticas eram desconhecidas, mas o empresário pressionou para que Emiliano Sala entrasse no avião contrariando a vontade do atleta.

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“Ele é o responsável. Há uma grande verdade por trás de tudo isso e existe um culpado. Porque Emiliano nunca decidiu subir neste avião. São todas obrigações que alguém tem, que, como jogador profissional, vai aceitando”, disse Maximiliano.

O amigo lembrou que chegou a pedir a Sala que não entrasse na aeronave devido ao mau tempo, mas segundo ele, Sala foi “forçado” a entrar no avião no dia 21 janeiro. Mckay foi o responsável pelo aluguel do Pipen Malibu, avião que sumiu quando levava Sala. Além de Sala, o piloto David Ibbotson também estava no avião.

Eles sonham em chegar ao Reino Unido, mas os menores de idade da "Selva" de Calais transferidos para os centros de acolhida na França após o desmantelamento do acampamento de imigrantes continuam à espera de uma decisão de Londres, que parece endurecer sua postura.

Em 24 de outubro começou o desmonte deste grande acampamento ilegal situado no porto de Calais, em frente à costa britânica, onde viviam mais de 7.000 migrantes, em sua maioria afegãos, eritreus e sudaneses. Entre eles também havia 1.900 menores de idade. Todos foram expulsos em poucos dias e logo evacuados, antes de serem levados para centros de acolhida espalhados por toda a França.

Um mês depois de seu fechamento, o local onde estava a "Selva" está agora vazio e é vigiado pelas forças de segurança. A cerca de 500 metros de distância, o porto de Calais, o mais importante da França e o segundo da Europa, parece ter recuperado sua atividade normal. Desde o início de novembro, os transportadores voltaram ao porto e o tráfego aumentou em 10%. Mas a 40 quilômetros de Calais continua existindo outro acampamento, situado no povoado de Grande-Synthe.

As instalações, abertas em março pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) e pela Prefeitura de Grande-Synthe, que hoje tem o apoio do governo, acolhem 1.000 migrantes e às vezes têm que fazer frente a grupos de traficantes violentos. O acampamento, com capacidade para 1.500 pessoas, não tem data de fechamento e não aceita novos migrantes, mesmo que sejam mulheres ou crianças.

Critérios restritivos

Os menores de idade que estavam em Calais agora se encontram instalados em centros ao longo da França, onde esperam uma resposta a suas demandas de transferência para o Reino Unido, e que são examinadas por Londres. Segundo o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, os britânicos se comprometeram a acolher os menores isolados que estavam em Calais e os que conseguissem comprovar laços familiares.

Desde meados de outubro, 300 jovens cruzaram o Canal da Mancha, mas agora Londres endureceu seus critérios. Para poderem ser acolhidos, deverão ter 12 anos ou menos ou terem sido expostos a um alto risco de exploração sexual. No caso de sírios e sudaneses, eles devem ter 15 anos ou menos, mas poderão aceitar menores de 18 anos acompanhados de outro menor que cumpra um dos três critérios.

A esses parâmetros acrescenta-se mais uma condição: os menores devem ter chegado a Calais o mais tardar em 24 de outubro, dia que começou o desmantelamento da "Selva". Alf Dubs, deputado trabalhista da Câmara dos Lordes e impulsionador de uma emenda para acolher as crianças refugiadas, criticou esses critérios e acusou o governo de "não cumprir sua promessa (...) para acolher apenas uma parte das crianças".

Por isso, o futuro dos que vivem na "Selva" é incerto. "Existe o risco de que voltem para Calais ou fiquem em Paris", afirma Christian Salomé, da associação Auberge de Migrants, pois muitos dos que aceitaram ir para outros centros de acolhida "acreditaram que logo passariam" para o lado britânico. Um sonho que agora parece cada vez mais distante.

A alfândega francesa apreendeu duas toneladas de qat, uma droga estimulante, durante uma inspeção no lado britânico do túnel do Canal da Mancha, informou neste sábado o serviço alfandegário francês.

A droga, apreendida na noite de quinta-feira, estava em um furgão conduzido por um letão, que se dirigia à França, indicou à AFP o diretor da alfândega do túnel, Laurent Pasquier.

A apreensão de 2,1 toneladas de qat é "a maior já realizada no túnel do Canal da Mancha", ressaltou Pasquier. Em 2013 foram apreendidos no total 49 toneladas desta droga na França, 18 delas neste túnel que conecta a França com o Reino Unido.

O qat é uma planta presente no leste da África e na península arábica, cujas folhas frescas mascadas produzem efeitos estimulantes similares aos das anfetaminas. Na maioria dos países da União Europeia esta droga é ilegal.

Os fortes ventos que atingiram o Reino Unido ontem deixaram uma taxista morta, após seu carro ter sido atingido por pedaços de alvenaria que despencaram de um prédio. Outra vítima fatal foi um idoso, após uma onda gigante ter atingido o navio onde estava no canal da Mancha, deixando ainda outras 15 pessoas feridas.

O acidente com a motorista do taxi, identificada como Julie Sillitoe, de 40 anos, ocorreu no centro de Londres, no final do dia ontem, próximo à estação de Holborn, do metrô. Os passageiros que se encontravam no veículo, um homem e uma mulher, foram hospitalizados com ferimentos leves, segundo a polícia. Um pedestre também ficou ferido no incidente.

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O passageiro de 85 anos foi morto após os ventos de 130 quilômetros por hora terem provocado uma onda gigante no Canal da Mancha na tarde de ontem, colocando em risco todas as embarcações que utilizam o canal. A onda quebrou cinco janelas do navio de viagem Marco Polo, inundando o restaurante Waldorf. Segundo o porta-voz do navio, Paul Foster, o homem morreu antes que o socorro aéreo pudesse levá-lo para receber atendimento de emergência.

Um segundo passageiro, entretanto, foi transportado para atendimento em terra, enquanto outros 14 receberam socorro à bordo, de acordo com o porta-voz. O Marco Polo carregava 735 passageiros, a maioria britânicos, e 349 pessoas da tripulação.

Em outro incidente, o exército foi chamado para resgatar 30 pessoas que estavam em um restaurante de frente para o mar, em Hampshire, ao sudeste de Londres, após os ventos terem quebrado as janelas e inundado o local.

Autoridades informaram haver 22 alertas de enchentes, em locais onde há risco de vida para as pessoas que estão nessas regiões. Espera-se por mais chuvas fortes. Fonte: Associated Press.

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