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O governo federal não tem mais recursos em fundos setoriais para as indenizações que terá de pagar às empresas do setor elétrico. Essas empresas aderiram ao pacote de renovação antecipada das concessões, que bancou o desconto médio de 20% na conta de luz para os consumidores. A redução foi anunciada por Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão. Com saldo insuficiente para essa despesa, caberá ao Tesouro Nacional e, em última instância, ao contribuinte, desembolsar pelo menos R$ 6,7 bilhões nos próximos quatro anos para reembolsar as companhias.

Parte do dinheiro do fundo que foi criado para indenizar as concessionárias foi transferido para bancar outra despesa. Em maio, R$ 2,5 bilhões saíram da Reserva Global de Reversão (RGR) para outro fundo, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que financia o gasto com as usinas térmicas, programas para a população de baixa renda, Luz para Todos e alguns subsídios.

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Essa operação, descoberta pelo Estado, vem sendo mantida sob sigilo pelo governo. O motivo da transferência é que a CDE não tinha saldo suficiente para pagar as despesas com as térmicas e com subsídios que tiveram de ser elevados porque Cesp, Cemig e Copel não quiseram renovar suas concessões. Com a operação, o saldo da RGR baixou para algo em torno de R$ 2,4 bilhões.

Conforme dados da movimentação financeira do fundo, o governo pagou R$ 7,9 bilhões em janeiro para as empresas que optaram por receber o dinheiro à vista. Restavam R$ 12,1 bilhões, a ser pagos em parcelas mensais nos próximos quatro anos. Três parcelas foram pagas, em fevereiro, março e abril, totalizando R$ 1,5 bilhão. Como os dados de maio, junho e julho não foram disponibilizados, estima-se que outros R$ 1,5 bilhão tenham sido pagos nesse período. Faltariam, portanto, R$ 9,1 bilhões em indenizações.

Como o saldo do fundo está em R$ 2,4 bilhões, faltam recursos para pagar, pelo menos, R$ 6,7 bilhões em números de hoje. Esses valores serão atualizados pelo IPCA e acrescidos de remuneração de 5,59% ao ano. Como a RGR foi praticamente extinta, a entrada de recursos no fundo é insuficiente para pagar essa conta. Ainda com base na média mensal de indenizações, de cerca de R$ 500 milhões, até o fim do ano o saldo da RGR terá chegado a zero, sem que o total das indenizações tenha sido pago. Para se ter ideia do tamanho da conta, no início do ano, o fundo contava com um saldo de R$ 15,258 bilhões.

Não se sabe como o governo vai cobrir esse buraco. Fontes confirmam que a equipe econômica também não sabe ainda como repor as perdas. A ideia do governo era usar dinheiro a receber da usina de Itaipu, mas, na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou essa hipótese e confirmou que serão despesas primárias.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que a transferência de recursos da RGR à CDE é permitida por lei. Conforme o ministério, a legislação também autoriza repasses da CDE à RGR, até mesmo para o pagamento de indenizações. "É natural da gestão dos fundos que haja transferência de recursos entre a RGR e a CDE, e vice-versa", afirma o MME.

Por fim, o ministério afirma que a gestão dos fundos setoriais é delegada por lei à Eletrobrás e que o Ministério da Fazenda é o órgão responsável por autorizar aportes do Tesouro à CDE. O Ministério da Fazenda e a Eletrobrás foram procurados, mas não se pronunciaram até o fechamento desta edição. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O governo publicou nessa quarta-feira (29) à noite, em edição extraordinária do Diário Oficial da União, o Decreto 8.020, permitindo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorize a Eletrobras a repassar recursos às distribuidoras de energia para garantir os descontos na conta de luz dos brasileiros. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o decreto vai permitir um repasse total antecipado de R$ 2,8 bilhões.

A ação foi adotada pelo governo porque a Medida Provisória (MP) 605, que permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético para compensar os descontos concedidos pelo governo no custo da energia elétrica, não será aprovada em tempo hábil pelo Senado. O governo vai incluir a proposta em outra MP mas, até que ela seja aprovada, o decreto garantirá que os recursos sejam antecipados para garantir os descontos, já que a MP 605 vence na próxima segunda-feira (3).

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O conteúdo da Medida Provisória 605, aprovada terça-feira (28) pela Câmara dos Deputados, será colocado como emenda à MP 609, que trata da desoneração da cesta básica e pode ser votada até 5 de julho.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira que a redução de 20% na conta de energia elétrica "veio para ser definitiva". Lobão anunciou que a presidente Dilma Rousseff assinará nesta quarta-feira um decreto, que será publicado em edição extra do "Diário Oficial" da União (DOU), que permite à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar a Eletrobras a repassar recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 64 distribuidoras de eletricidade em todo o País.

O decreto permitirá o repasse, até segunda-feira, 3, de um total de R$ 2,8 bilhões para essas empresas. Esses recursos servirão para bancar o custo da não adesão das Companhias Energéticas de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paranaense de Energia (Copel) ao pacote de renovação antecipada das concessões do setor elétrico.

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Caso o decreto não fosse editado, a conta de energia do brasileiro poderia aumentar, em média, 4,6%. "Em alguns Estados, seria menor e, em outros, chegaria a 15%", disse. "Como estamos tomando todas essas providências, nada vai se alterar na conta de energia dos brasileiros. A redução de 20% veio para ser definitiva", afirmou ele.

Essa solução foi necessária porque o Senado não votou a Medida Provisória (MP) 605, que amplia os descontos na conta de luz e que perde a validade na segunda-feira. O decreto será necessário, de acordo com Lobão, para cobrir o intervalo entre essa data e o prazo da MP 609, que terá de ser votada no Congresso até 5 de julho. O ministro de Minas e Energia disse que o objetivo era esclarecer ao País as consequências da não votação da MP. Lobão disse que examinou a questão com líderes parlamentares e com o governo.

"Quaisquer que sejam os percalços que tenhamos de enfrentar, como tivemos anteriormente, eles serão removidos, legalmente, para que a população brasileira, a indústria e o comércio se beneficiem dessa medida do governo", declarou. Lobão garantiu ainda que o conteúdo da MP 605 será introduzido em outra medida, que deve ser a 609, que desonera a cesta básica.

Após o Congresso Nacional regulamentar, na tarde desta terça-feira (29), a Medida Provisória encaminhada pela presidente Dilma Rousseff (PT) que garante a redução em 18% da conta de energia do País, o deputado federal, Eduardo da Fonte (PP) ressaltou a iniciativa.

A redução foi anunciada pela presidente em janeiro deste ano, período em que começou a vigorar. “A aprovação desta MP é uma conquista do povo brasileiro. A redução significa mais dinheiro no orçamento familiar”, destacou o deputado Eduardo da Fonte. A matéria agora segue para votação no Senado Federal.







O Projeto Vale Luz Celpe visitará os moradores de oito comunidades do Recife e de Olinda esta semana. A ação da concessionária consiste em recolher resíduos sólidos e conceder abatimento nas contas de energia elétricas para os clientes de baixa renda.

Desta vez, as localidades atendidas serão Aritana, Jordão Baixo, Bode, Rabo da Lacraia, Bomba do Hemetério e Ibura de Baixo, no Recife, além de Aguazinha e 3ª Etapa de Rio Doce, em Olinda. Para garantir o desconto é necessário depositar no caminhão do projeto produtos com papel, papelão, metal e plásticos.

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Os papéis devem estar secos, limpos e as caixas de papelão desmontadas. As latinhas precisam estar vazias. O material recolhido é encaminhado para as associações de catadores das duas cidades parceiras da ação. 

Além de oferecer os descontos, a equipe da concessionária estará disponível para cadastrar os moradores que desejam participar das atividades. Para a inscrição, é necessário apresentar a última fatura de energia paga e um documento de identificação com foto. O horário de atendimento é das 8h30 às 11h30 e/ou das 13h30 às 16h30.

 

Terça-feira (2)

Aguazinha 

3ª Etapa de Rio Doce

 

Quarta-feira (3)

Aritana, no bairro da Imbiribeira 

Jordão Baixo

 

Quinta-feira (4)

Comunidade do Bode, no bairro do Pina

Comunidade do Rabo da Lacraia, na Imbiribeira

 

Sexta-feira (5)

Bomba do Hemetério

Ibura de Baixo

 

Com informações da assessoria

O Projeto Vale Luz Celpe visitará os moradores de oito comunidades do Recife e de Olinda esta semana. A ação da concessionária consiste em recolher resíduos sólidos e conceder abatimento nas contas de energia elétricas para os clientes de baixa renda.

Desta vez, as localidades atendidas serão Cafezópolis, Tabaiares, Nova Descoberta, Dois Unidos, Alto Nova Olinda I e II, Caranguejo e Sítio Grande. Para garantir o desconto é necessário depositar no caminhão do projeto produtos com papel, papelão, metal e plásticos.

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Os papéis devem estar secos, limpos e as caixas de papelão desmontadas. As latinhas precisam estar vazias. O material recolhido é encaminhado para as associações de catadores das duas cidades parceiras da ação. 

Além de oferecer os descontos, a equipe da concessionária estará disponível para cadastrar os moradores que desejam participar das atividades. Para a inscrição, é necessário apresentar a última fatura de energia paga e um documento de identificação com foto.

 

Confira abaixo o calendário de visitação:

Segunda-feira (25)

- Manhã

Comunidade de Cafezópolis, na Imbiribeira

- Tarde

Comunidade de Tabaiares, na Ilha do Retiro

 

Terça-feira (26)

- Manhã

Bairro de Nova Descoberta

- Tarde 

Bairro de Dois Unidos

 

Quarta-feira (27)

- Manhã

Bairro do Alto Nova Olinda I

- Tarde

Bairro do Alto Nova Olinda II

 

Quinta-feira (28)

- Manhã

Comunidade do Caranguejo

- Tarde

Bairro de Sítio Grande

 

Com informações da assessoria

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) disponibiliza uma agência móvel em frente ao teatro da Paixão de Cristo, no município do Brejo da Madre de Deus, na praça de eventos de Fazenda Nova. A medida será realizada até o dia 30 deste mês e os moradores poderão adquirir descontos na conta de energia através da Tarifa Social.

Fora a inscrição na Tarifa Social, a Agência Móvel também proporciona serviços comerciais disponíveis nas unidades como segunda via de faturas, negociação de débitos e solicitação de ligação das 9h até às 17h. Quem quiser conferir os serviços através da internet, basta acessar o site www.celpe.com.br.

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Uma possível redução na conta de luz será discutida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) juntamente com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) na próxima quinta (28). A terceira revisão tarifária será realizada na Faculdade Frassinetti (Fafire), localizada no bairro da Boa Vista, área central da cidade.

Presidida pelo diretor da Aneel, Julião Silveira Coelho, a sessão debaterá a redução de até 3,63% na conta de energia, além de discutir a qualidade do serviço. Quem quiser enviar sugestões podem pode mandar um email para a Aneel para melhorar os serviços tarifários.

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Além de participar da sessão presencial, os interessados podem enviar contribuições até o dia 8/03/2013 para os endereços de e-mail: ap008_2013rv@aneel.gov.br.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira (24) que o Brasil hoje tem justas razões para comemorar a entrada em vigor das medidas que reduzem a conta de luz. "É uma das mais importantes e arrojadas iniciativas do governo para impulsionar o crescimento, um fato histórico pelo ineditismo e amplo alcance", afirmou.

Lobão citou o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, na quarta-feira (23). "Ela não apenas cumpriu o que prometeu na ocasião, mas comunicou um desconto ainda maior na conta de luz", afirmou. Segundo ele, a conta de luz para consumidores vai baixar, no mínimo, 18%, e para indústria, comércio, agricultura e serviços, até 32%.

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O ministro ressaltou que o sistema elétrico brasileiro é robusto, forte e regulado e apenas por essa razão foi possível reduzir a conta de luz. Ele ressaltou que a decisão contou com o apoio do Congresso Nacional e dos setores produtivos, como a Fiesp e a CNI. O ministro disse que o governo foi democrático e que as medidas levaram em conta o interesse público.

Nesta quarta-feira (23), será veiculado um pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) em cadeia nacional de rádio e televisão, a partir das 20h30. No discurso, a petista reiterará a determinação do Governo Federal em reduzir o preço da energia elétrica.

O comercial é uma resposta do Palácio do Planalto às insinuações vindas de diversos setores que acreditam que a promessa do governo de reduzir a conta de luz em 16%, em média, para os consumidores residenciais e em 20% para a indústria, não será cumprida 

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Enquanto o governo ainda estuda como ratear os custos da operação das usinas térmicas e diminuir o impacto dessa energia mais cara para os consumidores, uma medida aprovada, ainda em novembro de 2011, encarecerá - a partir de janeiro do próximo ano -, as contas de luz de quem consome mais eletricidade, sempre que os reservatórios estiverem em níveis críticos como os de hoje em dia.

A partir de março deste ano, todos os usuários contarão com um novo quadro explicativo nas contas mensais de energia, com as chamadas "bandeiras tarifárias" de sua região do Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o cronograma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovado há mais de um ano, esse período de março a dezembro de 2013 servirá para que os consumidores se acostumem com a informação antes da medida entrar efetivamente em vigor.

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Já a partir de janeiro de 2014, as bandeiras significarão um acréscimo na cobrança a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Quando os reservatórios estiverem cheios e as condições de geração forem favoráveis, a bandeira para a região ficará verde e não haverá pagamento adicional pelos consumidores. Já com a bandeira amarela, cada 100 kWh utilizado custará R$ 1,50 a mais para o usuário. E na bandeira vermelha - situação em que se encontram todas as regiões do País atualmente - a cobrança adicional será de R$ 3 por 100 kWh.

Para a Aneel, a criação das bandeiras tarifárias permitirá aos consumidores acompanharem mais de perto as variações dos custos de geração da eletricidade no País e irá beneficiar as pessoas que saibam economizar energia. Atualmente, o repasse do custo da utilização da energia térmica é feito com atraso, apenas nas revisões tarifárias, e vale da mesma maneira para todos os usuários. Com a mudança, os consumidores poderão controlar a quantidade de energia consumida para evitarem assim o pagamento de um adicional mais alto em períodos de seca.

O órgão regulador já publica em sua página na internet as bandeiras tarifárias de cada uma das quatro divisões regionais do SIN, desde o início deste mês. Se a medida já estivesse em vigor hoje, todos os consumidores do País pagariam R$ 3 a cada 100 kWh consumido, visto que os reservatórios de todas as regiões se encontram em estado crítico, ou seja, na bandeira vermelha.

Mas, com as chuvas dos últimos dias, o Operador Nacional do Sistema (ONS), divulgou dados, nesta segunda-feira (14), que mostram uma ligeira melhora nos níveis das barragens dos subsistema Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o que pode melhorar a bandeira para esses Estados para amarela até março, quando a sinalização será informada nas contas de luz. Já o subsistema Nordeste deve continuar sob bandeira vermelha por mais tempo, pois a seca que atinge a região não dá sinais de trégua.

Em mensagem de Natal publicada na coluna "Conversa com a presidenta", Dilma Rousseff voltou a pedir que os empresários acreditem no País e invistam. Em discurso na TV no último domingo (23), a presidente já havia pedido que investidores mantivessem a confiança no Brasil. No texto publicado nesta terça-feira no site do Palácio do Planalto e distribuído a vários jornais do País, Dilma reiterou: "Este é um governo que confia no seu povo, no seu empresariado, que respeita contratos, que se empenha em novas parcerias entre os setores público e privado."

De acordo com ela, 2013 será "o ano de ampliarmos ainda mais o diálogo com todos os setores da sociedade, acelerar obras, melhorar a qualidade dos serviços públicos e continuar defendendo o emprego e o salário dos brasileiros". A presidente pediu que os empresários "acreditem e invistam" e que todos os brasileiros "mantenham a confiança" no País. "Sei dos desafios da crise internacional, mas os momentos de crise podem ser transformados em grandes oportunidades, e esse é o propósito de cada ação que implementamos em 2012", afirmou Dilma.

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A presidente mencionou, ainda, que o governo trabalhou "com afinco para deter os efeitos da crise internacional sobre o nosso País e para fixar as bases do crescimento de 2013, com aumento da competitividade de nossa economia". Ela relembrou o esforço para ampliar crédito, diminuir impostos, juros e desonerar folha de pagamento das empresas. "Mantivemos a inflação sob controle, melhoramos o câmbio e elevamos nossas reservas para US$ 379 bilhões, o que dá mais segurança para o Brasil diante da instabilidade da economia mundial", afirmou.

Dilma fez um balanço dos avanços registrados no ano de 2012 e afirmou que em 2013 a conta de luz ficará menor e haverá investimento em infraestrutura. "Isso trará redução dos custos de produção e mais empregos. Na infraestrutura, vamos construir 10 mil quilômetros de ferrovias, ampliar e duplicar 7,5 mil quilômetros de rodovias e expandir e dar mais eficiência aos portos brasileiros. Estamos modernizando nossos grandes aeroportos, e vamos construir e expandir aeroportos regionais."

A redução da conta de luz no ano que vem deve custar quase R$ 7 bilhões aos cofres públicos. Quando anunciou a intenção de diminuir o preço de energia elétrica, a presidente Dilma Rousseff transferiu do consumidor para o Tesouro Nacional a responsabilidade de alguns encargos que incidem sobre a tarifa. Mas, além desta parcela, de R$ 3,3 bilhões, serão necessários mais R$ 3,5 bilhões para atingir o prometido corte de 20,2% nas contas de 2013.

Um dos principais formuladores das mudanças no setor elétrico, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo ainda não definiu se essa conta de R$ 3,5 bilhões recairá integralmente sobre o Tesouro. A definição só deve sair em janeiro.

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Esses recursos adicionais serão necessários para "cobrir" a diferença entre o corte obtido com a renovação dos contratos com empresas de geração e transmissão de energia, de 16,7% em média, e o anunciado por Dilma, de 20,2% em média.

"O corte de 20,2% está garantido", reforçou Tolmasquim, "mas ainda não sabemos como essa diferença será coberta". Um dos caminhos pode ser a transferência de mais encargos setoriais para o chapéu do Tesouro, além daqueles já previstos na Medida Provisória (MP) 579, que definiu as regras de renovação antecipada com redução de tarifas e receitas.

Aprovada nessa terça-feira (18) no Congresso, a MP 579 prevê a retirada de três encargos das contas de consumidores e empresas. Esses impostos financiam programas federais, como o Luz Para Todos, passarão a ser cobertos pelo Tesouro. Em 2013, essa soma será de R$ 3,3 bilhões. A MP segue agora para a sanção presidencial.

Tolmasquim esclareceu outro ponto importante dessa medida: o corte médio de 20,2% no preço da energia não será obtido na comparação entre as contas de luz de 2013 e 2012, mas sobre o que seria a tarifa de energia elétrica em 2013, caso as concessões das usinas de geração e das linhas de transmissão com contratos que vencem até 2017 não fossem renovadas sob novas bases.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta segunda-feira (17), o consumidor disposto a produzir a própria energia em casa no País terá respaldo legal para reivindicar sua integração à rede elétrica comum. Com a promessa de reduzir custos na conta de luz dos interessados, a norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a aposta do mercado de energia solar para impulsionar o setor, que ainda esbarra no alto custo dos equipamentos.

A expectativa é de que em 2013 a ampliação nas vendas de painéis fotovoltaicos reduza os gastos com a instalação - atualmente, o sistema completo custa, em média, R$ 25 mil. "Nos últimos três anos, o preço caiu pela metade. Com a comercialização em escala, a tendência é que diminua ainda mais nos próximos anos", diz Luis Felipe Lima, proprietário da Minha Casa Solar.

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A empresa de Lima, como a maioria em atividade, é especializada em fornecer painéis para casas situadas em áreas rurais, que usam baterias para armazenar a energia produzida. Com a nova regulamentação, abre-se a possibilidade de que a geração de energia seja absorvida nas cidades pela rede elétrica, em um sistema de compensação. "Durante o dia, com um consumo normalmente reduzido de eletricidade, a residência será fornecedora da rede", explica Lima.

A ideia é que, no fim do mês, a soma da energia enviada para a rede seja equivalente à quantidade consumida. O valor pago na conta de luz será apenas a diferença - caso haja excedente, a energia produzida a mais será usada como crédito nos meses seguintes. As regras, porém, ficam a critério da concessionária.

A AES Eletropaulo, principal distribuidora da capital paulista, determina que esses créditos sejam usados em até 36 meses. Dessa forma, períodos de muito sol fornecem créditos para serem usados em época de pouca geração. A empresa afirma que começou a atender os pedidos de acesso dos clientes desde o sábado (15).

Com as diretrizes definidas, o setor espera agora facilidades para atrair interessados. "A regulamentação foi um passo fundamental, mas temos de pensar em incentivos a financiamento dos equipamentos e políticas de atração de fabricantes para o País", diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha Clima e Energia do Greenpeace.

Tecnologia nacional

Todos os equipamentos para a produção de energia solar são importados. Professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o engenheiro eletricista Marcelo Villalva desenvolveu em seu projeto de doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) o primeiro inversor eletrônico nacional para sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. O aparelho injeta na rede a energia produzida pelas placas e permite o uso simultâneo dos dois sistemas.

Ele explica que, no exterior, a autoprodução de energia residencial é feita em larga escala. "Na Itália, Alemanha e Inglaterra, há subsídios financeiros para quem produz energia limpa. Em alguns Estados americanos, o sistema de crédito de energia já é realidade há muito tempo", afirma Villalva. "O que se espera é que no Brasil, com o grande potencial natural que tem, esse sistema, enfim, deslanche".

Ele estima que o medidor digital para a geração em residências, que será vendido pelas concessionárias, deverá custar entre R$ 200 e R$ 300. "Uma casa normal, de duas pessoas, consome em torno de 250 quilowatts-hora por mês e precisaria de meia dúzia de painéis, com um custo de cerca de R$ 16 mil", calcula Villalva. "Em São Paulo, levaria cerca de oito anos para amortizar o investimento. No interior e outros Estados do Brasil, com maiores níveis de insolação, pode chegar até a três anos".

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Tribunal de Contas da União (TCU), decidiu nesta segunda-feira (10) que não tem competência para definir se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as empresas de distribuição precisam ou não ressarcir os clientes por um erro na metodologia de cálculo dos reajustes das contas de luz, que vigorou entre 2002 e 2009. Segundo entidades de defesa dos consumidores, a falha teria gerado cobranças indevidas de pelo menos R$ 7 bilhões nesse período.

O caso se arrasta desde 2007 e possui diversos desdobramentos em todas as esferas judiciais. Mas, por cinco votos a dois, o TCU optou por não opinar sobre a questão. Para a maioria dos ministros do órgão, o erro nas contas de luz trata-se de uma relação de consumo, que não está ao alcance das deliberações do tribunal de contas. O órgão de controle determinou, no entanto, que a Aneel disponibilize as metodologias utilizadas no imbróglio para subsidiar eventuais processos judiciais.

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O ministro relator do caso, Valmir Campelo, tinha proposto que a Aneel calculasse a diferença entre o valor arrecadado e o valor repassado dos encargos setoriais e dos custos de transmissão por concessionária, desde o primeiro reajuste. A partir desse ponto, o órgão regulador aplicaria um redutor nos próximos processos tarifários das distribuidoras.

Mas Campelo foi vencido pela tese do ministro Raimundo Carreiro, de que o TCU não tem competência para julgar o caso. Segundo Carreiro, houve sim uma "omissão regulatória" por parte da Aneel, mas os consumidores devem buscar a Justiça comum para reaverem esse prejuízo. "Se condenasse as empresas, também teria condenar parte dos consumidores, pois sete companhias de distribuição tiveram perdas com o erro no cálculo", acrescentou Carreiro.

Em setembro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, havia dito que o governo não trabalhava com a hipótese de devolução dos recursos. "A Aneel diz que não há devolução a ser feita. Então esses recursos surgiram da imaginação de alguém e, na prática, não há o que ser devolvido", disse Lobão na ocasião.

Em meio à polêmica da falta de interesse de 14 concessionárias de energia em renovar a concessão nos moldes do governo, a presidente Dilma Rousseff voltou a prometer nesta quarta-feira a redução da conta de luz dos brasileiros a partir de janeiro do ano que vem.

"Pagamos toda a universalização, então uma parte do que a gente recolhia para fazer isso estamos devolvendo para o povo. É por isso que vamos reduzir a conta de luz em janeiro", afirmou Dilma, durante a inauguração da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Tocantins com o Maranhão.

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Dilma ocupou cadeia de rádio e televisão na véspera do feriado de 7 de setembro para anunciar que renovaria as concessões do setor elétrico que venceriam nos próximos anos, obtendo ao mesmo tempo uma redução de 16,2% na conta de luz do consumidor e de até 28% para a indústria, que consome mais. Parte da estratégia visava a aceitação dos termos pelas atuais concessionárias, mas na terça-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou que 14 empresas não se interessaram pela renovação.

A presidente fez um discurso na inauguração da usina de Estreito, que pode injetar até 1.087 megawatts (MW) de energia no sistema interligado nacional. A concessão ocorreu antes da alteração do marco regulatório do setor, mas foi construída sob as novas regras. "Inaugurar essa usina de Estreito é para mim um momento especial, porque estamos comemorando anos a fio de dedicação, trabalho, empenho e teimosia", afirmou. "Porque tem muito de teimosia para fazer essa usina, considerando todos os problemas de ordem institucional, regulatório e de equacionamento econômico e financeiro."

Modelo

No discurso, marcado pela celebração do novo marco regulatório do setor elétrico, desenvolvido por ela quando ministra de Minas e Energia no governo Lula, a presidente defendeu a opção pela hidreletricidade como uma fonte renovável e o retorno à sociedade dos investimentos feitos na construção de usinas.

"Fizemos um grande esforço para estabilizar o setor elétrico no Brasil, para que não haja racionamento, para que as melhores práticas de segurança sejam implantadas", declarou. "Tinha uma coisa que me incomodava muito e me deixava até envergonhada, era o fato de que vivíamos num país muito grande e muita gente vivia sem energia elétrica."

Ao descrever ações sociais para pescadores na região, organizados em sete cooperativas que passarão a explorar a pesca na área do reservatório de Estreito, Dilma ressaltou o fato de o Brasil continuar crescendo, apesar da desaceleração observada neste ano. Também voltou a defender seu modelo econômico.

"Estamos na encruzilhada que mostra que isso é possível, é possível crescer e distribuir renda. É possível manter a austeridade e ao mesmo tempo investir, é possível manter empregos mesmo quando a crise bate forte no mundo e nos atinge de alguma forma. Vamos continuar crescendo e, para continuar crescendo, temos que ser competitivos, energia elétrica é um fator de competitividade", disse.

No último ano do governo Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) do País avançou 7,5%, reduzindo a marcha para 2,7% no ano passado. Para 2012, o Banco Central prevê crescimento de 1,6% e o Ministério do Planejamento, de 2%.

Brasília - O governo federal oficializou, nesta terça-feira (11), a redução das tarifas de energia elétrica que será feita a partir de janeiro de 2013. A medida já havia sido anunciada na última quinta-feira (6), durante pronunciamento de Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e TV.

A redução para os consumidores residenciais será de 16,2%. Já a eletricidade paga os grandes consumidores ficará até 28% mais barata. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o corte será possível graças à eliminação de encargos setoriais, como a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Geral de Reversão (RGR), e a redução da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 25% do valor atual..

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A renovação de contratos de concessão do setor também integra a medida. O governo enviará uma medida provisória ao Congresso com esse fim. Ao todo, 73 contratos de geração, transmissão e distribuição, que venceriam entre 2015 e 2017, poderão ser renovados antecipadamente, para que os benefícios sejam sentidos já no próximo ano.  Para a renovação dos contratos, as empresas do setor elétrico terão que garantir a qualidade dos serviços e se submeterem às remunerações calculadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os contratos que não forem prorrogados serão licitados.

Segundo Lobão, os programas Luz para Todos e Tarifa Social, que beneficiam a população de baixa renda, serão mantidos, mesmo com a redução. Para garantir a continuidade a União fará um aporte anual de R$ 3,3 bilhões, com recursos do Tesouro Nacional.

“O que ocorre hoje é uma verdadeira evolução. Isso não é fruto de uma ação improvisada, mas é fruto de estudos exaustivos feitos com responsabilidade e espírito público iniciados em 2003, quando a presidente Dilma era ministra de Minas e Energia. O planejamento feito apontas ações de curto, médio e longo prazo”, frisou o Lobão.

A presidente Dilma Rousseff salientou que os benefícios serão sentidos em toda a economia. “Além de elevar a nossa competitividade, essa redução aumenta os níveis de eficiência na distribuição de renda, geração de empregos e combate à pobreza. É um efeito sistêmico que, inclusive, reduz a inflação e estimula o crescimento”, disse.

Ela também ressaltou a importância das hidrelétricas para o Brasil. “Não chegaríamos a essa mudança sem elas. São ‘velhas senhoras’ que continuam a gerar benefícios para o país. A população brasileira financiou esses investimentos. Chegou a hora de devolver a ela os benefícios”, destacou.

Em discurso, Dilma criticou a gestão Fernando Henrique Cardoso, lembrando-se do período de racionamento, que "gerou grandes prejuízos às empresas do país e impôs restrições à qualidade de vida da população".

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje um novo sistema de cobrança que pode deixar mais barata a conta de luz. O consumidor residencial, que hoje paga uma tarifa única de energia, independentemente do horário de uso, poderá aderir ao novo sistema de cobrança e pagar tarifas mais baratas se usar eletricidade fora do horário de pico. A medida, entretanto, só deve entrar em vigor dentro de dois anos.

O novo sistema de cobrança estabelece preços de energia específicos. Para o horário de ponta, que corresponde ao pico de consumo, a tarifa será cinco vezes maior do que o horário em que a demanda por eletricidade é menor. No horário intermediário, o preço da energia será três vezes maior que no período de baixo consumo.

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"A nova modalidade torna-se vantajosa para consumidores com flexibilidade para alterar seus hábitos de consumo durante os horários de maior carregamento do sistema elétrico, apresentando redução em suas faturas", argumentou o diretor Edvaldo Santana, relator da matéria, em seu voto. O diretor garante, porém, que a conta de luz não ficará mais cara para os consumidores que não têm flexibilidade de uso da energia elétrica. "Ressalta-se que não haverá majoração de custos para aqueles que a tarifa branca não é vantajosa, haja vista que continuarão na modalidade convencional", garantiu Santana.

Conforme a nova estrutura tarifária do setor de distribuição aprovada pela Aneel, o horário de pico terá três horas de duração. A faixa intermediária durará duas horas - uma antes e outra após o horário de pico. Os horários de maior e menor demanda serão fixados pelas distribuidoras, mas terão de ser submetidos a audiência pública e aprovados pela Aneel.

Opcional. A nova modalidade tarifária terá caráter opcional, exceto para a cobrança de iluminação pública e para o mercado de baixa renda, com vigência a partir de janeiro de 2014. Em 2013, serão feitas as simulações dos valores das tarifas e os resultados serão divulgados pela Aneel, a fim de que o consumidor saiba se será vantajoso ou não para ele aderir ao novo sistema. A alteração da forma de cobrança também dependerá da implantação dos medidores eletrônicos de energia, os chamados "medidores inteligentes", que ainda estão em fase de desenvolvimento no País.

A Aneel também vai criar "bandeiras tarifárias" nas cores verde, amarela e vermelha, para alertar toda a sociedade sobre os custos de geração de energia ao longo do tempo. Quando a Aneel anunciar a "bandeira verde", isso indicará um cenário de custos baixos para gerar a energia que chega ao consumidor. A "bandeira amarela" representará um sinal de atenção, pois alertará que os custos de geração estão aumentando. Já a "bandeira vermelha" indicará que uma situação mais grave, na qual, para suprir a demanda, estão sendo acionadas uma grande quantidade de termelétricas para gerar energia, que é uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas, por exemplo.

Com a implementação das bandeiras tarifárias, o consumidor saberá se a energia que ele está recebendo em sua casa está mais cara ou mais barata em função da abundância ou falta de chuvas, que afetam diretamente o nível dos reservatórios e, consequentemente, o preço da tarifa. Hoje, o impacto da falta de chuvas e da necessidade do acionamento de térmicas, por exemplo, só é sentido pelo consumidor na época do reajuste da tarifa.

Prazo para recadastramento da tarifa social da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) termina nesta terça-feira (1). Os dados podem ser atualizados pelos beneficiários do programa em um dos pontos de atendimento da Companhia, basta levar um documento com foto, CPF e o Número de Inscrição Social (NIS) do Governo Federal.

Estão cadastrados no programa cerca de 300 mil clientes. Eles recebem descontos que variam entre 10% e 65% do valor da conta de energia. Para fazer parte do grupo de beneficiários, o consumo médio do imóvel deve ser menor ou igual a 30 kWh nos últimos 12 meses.

Mais informações sobre o recadastramento podem ser obtidas através do 0800-081-3217.

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