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A conta de luz dos consumidores dos Estados do Piauí terá reajuste médio de 12,64%. O aumento foi aprovado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para os consumidores de alta tensão do Piauí, o reajuste será de 13,61%. Para os consumidores de baixa tensão, ou seja, residências e pequenos comércios, a alta será de 12,40%. Os novos valores passam a ser cobrados a partir da semana que vem, no dia 2 de dezembro.

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A distribuidora Companhia Energética do Piauí (Cepisa) atende todos os 244 municípios do Estado, com 1,26 milhão de consumidores.

Em julho deste ano, a Cepisa, que pertencia ao grupo Eletrobras, foi a leilão, sendo adquirida pela empresa Equatorial Energia, única a fazer proposta pela distribuidora. A Equatorial adquiriu 89,94% do capital da Cepisa, pagando R$ 45.521,52 à Eletrobras. A empresa também firmou compromisso de pagamento de um bônus de outorga de R$ 95 milhões ao governo e investimentos próximos de R$ 1 bilhão na distribuidora, nos próximos cinco anos.

Segundo a diretoria da Aneel, o leilão ajudou a reduzir o valor de reajuste da Cepisa, que sem a oferta chegaria a 20,64%. A queda se deve à redução de 8,52% que a Equatorial ofereceu no leilão.

A dois meses do fim do governo Michel Temer, o Ministério de Minas e Energia decidiu propor medidas polêmicas que podem trazer custo de R$ 4,8 bilhões aos consumidores de energia e aumento de quase 3% na conta de luz, segundo a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace).

Entre as ações propostas está o acionamento de usinas térmicas a gás, que hoje estão paradas devido ao custo fixo elevado, e a realização de um leilão para contratação de térmicas na modalidade de reserva, sob a justificativa de elevar a segurança do sistema. O governo também aprovou uma resolução que dobrou o preço da energia da usina nuclear de Angra 3, cujas obras foram interrompidas após o envolvimento de empreiteiras em denúncias de corrupção.

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O presidente da Abrace, Edvaldo Alves de Santana, questiona o momento para o governo adotar políticas que elevam o custo da energia em meio ao calendário eleitoral. Outro ponto é a tentativa de acionar térmicas mais antigas e caras em outubro, início do período chuvoso, o que já permitiu a adoção da bandeira amarela nas contas de luz em novembro, reduzindo o valor extra pago nas contas.

Segundo a Abrace, o reajuste de Angra 3 vai adicionar um custo de R$ 2,5 bilhões por ano nas contas de luz, depois que a usina estiver pronta. A contratação das térmicas mais antigas deve adicionar outros R$ 300 milhões por ano. "Acho incompreensível a pressa para implementar as medidas, além de deselegante com o governo que vai entrar. Tem tanto equívoco que se corre o risco de gastar com térmicas no período de chuvas", disse Santana.

Na semana passada, o governo também lançou, para consulta pública, uma portaria e um decreto que permitiriam a realização de uma licitação para termoelétricas, mas numa modalidade inédita. Uma vez que os estudos de planejamento energético indicam sobra de energia, o governo pretende realizar um leilão para contratação de potência associada à energia de reserva, sob a justificativa de elevar a segurança do sistema no Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul.

Especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast avaliam que o leilão não tem base legal, pois a lei não prevê essa modalidade de contratação. Fontes destacam a falta de rumo do ministério, que se propôs a lançar um programa para reduzir a conta de luz, mas adota medidas isoladas que vão no sentido contrário, em atendimento a interesses de setores específicos.

Questionado, o Ministério de Minas e Energia reconheceu que a consultoria jurídica do MME "ainda não se debruçou sobre o mérito jurídico de tal proposição" e que só vai se pronunciar após a consulta pública em curso. Fontes ouvidas pela reportagem consideram improvável que o novo governo aceite fazer a licitação nessas condições.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro, alerta para o custo das medidas. "É um grupo de medidas que reforça a tendência de aumento de tarifas para os consumidores", afirmou. "Por que essa ansiedade para fazer um leilão para contratar térmicas agora, se todo o planejamento do setor é de longo prazo?" No caso do leilão das térmicas, serão R$ 2 bilhões por ano a cada 1 mil MWs contratados, diz a Abrace. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5 aprovou, por unanimidade, o pedido da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para aplicar um reajuste na tarifa de energia. Com a decisão, a correção será de 8,41% para os consumidores residenciais, e 9,9% - em média. 

A decisão da 3ª Vara Federal de Pernambuco aconteceu após uma ação popular movida pelo deputado Danilo Cabral (PSB/PE) no último dia 25. A ação era contra a Celpe e Aneel, solicitando a suspensão imediata do reajuste tarifário da energia elétrica.

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 “Enquanto a inflação acumulada de 2017 foi de menos de 3%, o aumento é três vezes maior. O povo pernambucano precisa ficar atento. É por isso que estamos fazendo um enfrentamento contra essa privatização”, declarou o deputado na época.

Nesta quinta-feira (10), o deputado informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que recorreu da decisão. 

A partir desta terça-feira (1º) as casas lotéricas não receberão mais pagamentos de contas da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). No entanto, conforme a concessionária, os clientes continuam contando com milhares de pontos para quitação em todos os municípios pernambucanos.

A empresa também disponibiliza a possibilidade de quitação das faturas online, pelo site, aplicativo Celpe ou por meio de débito automático, sem a necessidade de deslocamento do cliente.

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Segundo informações da Celpe, as casas lotéricas deixarão de aceitar o pagamento "devido às dificuldades enfrentadas nas negociações com a Caixa Econômica Federal (CEF), que inviabilizaram a renovação do convênio de arrecadação, especialmente em função de seu alto custo para a empresa e, futuramente, aos próprios consumidores".

Com informações da assessoria

Por André Cabral

A lista de penduricalhos lançados sobre a conta de luz do consumidor de energia de todo o País passou a incluir, nos últimos meses, o pagamento de contas de água de usinas térmicas do Ceará. A origem da cobrança - que ultrapassa R$ 81 milhões - está em um "encargo emergencial" que o governo do Ceará criou em 2016 para combater a crise hídrica, aumentando o preço do insumo para duas térmicas instaladas no porto de Pecém.

Para inibir o consumo das usinas, o governo cearense criou o encargo que aumentava em quase cinco vezes o preço da água usada para resfriar as turbinas das térmicas. Depois de longa disputa judicial, as empresas EDP e Eneva, donas das usinas Pecém I e II, respectivamente, obtiveram na Justiça o direito de repassar a taxa extra para o custo da energia que entregam. Como essa energia é enviada para o "mercado regulado" do setor elétrico, no qual estão todos os consumidores do País, o custo migrou para a conta de luz.

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Desde setembro de 2016, quando o encargo foi criado, até janeiro deste ano, mais de R$ 81 milhões foram cobrados do consumidor nacional. Por mês, a taxa custa R$ 5 milhões e a cobrança não tem data para acabar. Em agosto, o governo do Ceará emitiu decreto definindo que o "encargo hídrico emergencial" será cobrado enquanto houver escassez hídrica no Estado, vigorando por tempo indeterminado.

"Olhamos aqui para a questão da água e, como Estado, achamos por bem estabelecer normas para lidar com essa situação. Essa questão do ressarcimento é algo que envolve os geradores e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que regula o setor. Não temos relação com isso", disse Francisco Teixeira, secretário de Recursos Hídricos do Ceará.

Quando as taxas passaram a ser cobradas, a Aneel foi procurada pelas empresas, que queriam repassar o custo para a conta de luz. A agência negou o pedido. No ano passado, porém, as empresas conseguiram decisão favorável na Justiça.

As térmicas de Pecém se conectam à rede de abastecimento que acessa a água do Açude do Castanhão, o maior do Ceará, a 280 quilômetros de distância de suas instalações. O reservatório está com apenas 4,6% de seu volume total de água.

Reportagem publicada pelo Estado na semana passada mostrou que, no ano passado, o consumidor de energia bancou R$ 4 bilhões em programas públicos que não têm relação com o setor elétrico e, segundo o Tribunal de Contas da União, não são fiscalizados pelo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com base em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), será protocolado nesta terça-feira (2), na Câmara dos Deputados, um decreto legislativo que prevê o fim do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz de todo o País. A proposta é do deputado federal Eduardo da Fonte.

De acordo com a auditoria, em 17 meses as distribuidoras de energia elétrica arrecadaram com as bandeiras vermelhas quase R$ 19 bilhões, além do reajuste anual. "Vamos pedir para sustar as bandeiras imediatamente e entrar com pedido de ressarcimento ao prejuízo de R$ 18,9 bilhões constatado pelo acórdão do TCU", ressaltou Eduardo da Fonte.

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O TCU também apontou que “o sistema não faz com que o consumidor economize energia e privilegia somente as distribuidoras ao permitir que elas façam reajustes mensais na conta de luz”. 

Eduardo da Fonte acredita que em ano eleitoral o projeto de decreto tenha mais chances de ser aprovado. Depois de aceita pela Câmara, a proposta passa pelo Senado. O projeto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado. Caso seja aprovado, o sistema de bandeiras tarifárias é suspenso sem o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do presidente da República.

Por André Cabral

Um projeto que deve ser apresentado na semana que vem na Câmara dos Deputados prevê o fim da taxa extra na conta de luz, com a suspensão do regime de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015. O projeto é do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), Presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Conta de Luz na Câmara em 2009.

A proposta terá como base o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que concluiu que a inclusão das bandeiras, que aumentam o preço da energia conforme a falta de chuvas, não tem cumprido sua missão de inibir o consumo, mas sim contribuído para aumentar a arrecadação do setor.

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O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar aos consumidores o custo da produção de energia no País. O objetivo é permitir que os consumidores adotem medidas de economia para evitar que suas contas de luz fiquem mais caras nos momentos em que esse custo está em alta.

Com a estiagem, o sistema elétrico fica dependente de usinas térmicas, que geram energia mais cara, pois funcionam por meio da queima de combustíveis. "Vamos pedir para sustar as bandeiras imediatamente e entrar com pedido de ressarcimento ao prejuízo constatado pelo acórdão", disse Fonte.

O prejuízo a que o deputado se refere é o valor de R$ 18,9 bilhões que, segundo o TCU, foram pagos pelos consumidores brasileiros durante os 17 meses de adoção da bandeira tarifária vermelha, a que tem o valor mais alto, desde janeiro de 2015, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) instituiu esse regime.

Para derrubar as bandeiras tarifárias, o projeto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado com votos da maioria dos presentes. A inclusão da proposta na pauta do plenário, porém, depende dos presidentes das duas casas, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Eunício Oliveira (MDB-CE). "Vamos fazer uma mobilização das entidades de defesa do consumidor. Acho que o Rodrigo não vai se opor a isso", afirmou Fonte. Ele acredita que, em ano eleitoral, o projeto de decreto tem mais chances de ser aprovado. "Este ano quem vai votar contra isso?"

No acórdão, o TCU afirma que as bandeiras tarifárias são "um mecanismo de arrecadação de recursos que visa fazer frente a importantes obrigações financeiras de curto prazo que recaem sobre o fluxo de caixa das distribuidoras". A hipótese já tinha sido levantada pela área técnica do tribunal no ano passado. Pelas regras atuais, há quatro bandeiras em vigor. Na verde, não há taxa extra. A amarela custa R$ 2 para cada 100 quilowatts (kWh) consumidos, valor que sobe para R$ 3 na bandeira vermelha "patamar 1" e para R$ 5 na vermelha "patamar 2".

O TCU deu prazo de 180 dias para que o Ministério de Minas e Energia e a Aneel façam um "realinhamento" das bandeiras aos "reais objetivos almejados" com a cobrança extra. Também deu prazo de 30 dias para que a Aneel, em articulação com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), publique relatórios mensais com informações detalhadas sobre as bandeiras.

Contas de abril terão bandeira verde

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as contas de luz continuarão com bandeira verde no mês de abril. Com isso, os consumidores não terão de pagar taxa adicional no próximo mês. A bandeira verde está em vigor desde janeiro.

A bandeira verde sinaliza manutenção de condições de geração de energia favoráveis. "Apesar da bandeira verde, é importante que os consumidores mantenham as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica", informou a Aneel.

O sistema leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista (PLD). A bandeira verde continua sem taxa extra. Anteriormente, o custo da energia era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros, a Selic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao consumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz. A Aneel deverá anunciar a bandeira tarifária que vigorará no mês de maio no dia 27 de abril.

A partir desta segunda-feira (1º) uma nova modalidade tarifária de energia elétrica estará disponível para consumidores com média mensal superior a 500 quilowatt/hora (kWh) e para novas ligações. É a tarifa branca, que mostra a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo e será oferecida para unidades consumidoras que atendidas em baixa tensão, como residências e pequenos comércios. 

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), todas as distribuidoras do país deverão atender aos pedidos de adesão à tarifa branca das novas ligações e dos consumidores com média mensal superior a 500 kWh.

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A tarifa branca dá ao consumidor a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana em que a energia elétrica é consumida. Se o consumidor usar a energia elétrica nos períodos de menor demanda, como pela manhã, início da tarde e de madrugada, por exemplo, o valor pago pela energia consumida será menor.

Se o consumidor, porém, achar que a tarifa branca não apresenta vantagem, ele pode solicitar sua volta à tarifa convencional. A distribuidora terá 30 dias para atender o pedido. Todavia, se voltar à tarifa branca, o consumidor terá um período de carência de 180 dias. Por isso, é importante que, antes de optar pela tarifa branca, o consumidor examine seu perfil de consumo para ver qual tarifa lhe atende melhor.

De acordo com a Aneel a tarifa branca não é recomendada para quem concentra o consumo nos períodos de ponta e intermediário porque o valor da fatura pode subir. Para ter certeza do seu perfil, o consumidor deve comparar suas contas com a aplicação das duas tarifas. Isso é possível por meio de simulação com base nos hábitos de consumo e equipamentos.

A tarifa branca não se aplica aos consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em Lei, e à iluminação pública.

Para mais informações sobre a tarifa branca, o consumidor pode consultar o site da Aneel.

A conta de luz mais cara pressionou a inflação ao consumidor registrada pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,33% no último mês, após uma deflação de 0,02% em setembro.

Quatro das oito classes de despesa apresentaram taxas de variação maiores. A contribuição de maior magnitude para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Habitação, que saiu de uma queda de 0,40% em setembro para aumento de 0,70% em outubro, sob impacto da tarifa de eletricidade residencial, que passou de redução de 3,31% para crescimento de 3,37% no período.

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Os demais acréscimos ocorreram nos grupos Alimentação (de -0,48% para 0,24%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,27% para 0,42%) e Comunicação (de -0,02% para 0,55%), com destaque para os itens hortaliças e legumes (de -7,31% para 10,29%), medicamentos em geral (de -0,04% para 0,17%) e tarifa de telefone móvel (de -0,17% para 1,37%), respectivamente.

Na direção oposta, os resultados foram menores em Transportes (de 0,50% para 0,08%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para -0,12%), Vestuário (de 0,64% para 0,05%) e Despesas Diversas (de 0,35% para 0,32%). Houve influência dos itens gasolina (de 2,70% para -0,18%), passagem aérea (de 12,25% para -6,88%), roupas (de 0,93% para 0,19%) e alimentos para animais domésticos (de -0,02% para -1,63%).

O núcleo do IPC registrou alta de 0,24% em outubro ante avanço de 0,28% em setembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 50 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 57,40% em outubro, 5,33 pontos porcentuais acima do resultado de 52,07% registrado em setembro.

A conta de energia elétrica vai ficar 24,37% mais cara a partir da próxima segunda-feira (23) em Guarulhos. O aumento foi aprovado ontem (17) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e é referente ao reajuste nas tarifas da EDP São Paulo, antiga EDP Bandeirante.

Para consumidores conectados à alta tensão, o aumento será de 27,31% e, para a baixa tensão, a alta será de 22,67%. A distribuidora atende 1,8 milhão de unidades consumidoras em 28 municípios paulistas nas regiões do Alto do Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte.

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Entrou em vigor ontem (1º) a mudança na bandeira tarifária das contas de luz, que passou a ser a vermelha patamar 2: cobrança de R$ 3,50 a cada 100 Quilowatt-hora (kWh) consumidos.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária das contas de luz foi amarela no mês de setembro, com taxa de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos. Segundo a Aneel, a alta na tarifa é motivada pelo aumento da operação das usinas térmicas, cujo custo de produção é mais alto do que a energia produzida nas hidrelétricas. A mudança foi anunciada na última sexta-feira (29).

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A agência reguladora aponta que ainda não há risco de desabastecimento de energia e alerta para a importância da utilização consciente de energia elétrica.

A partir de hoje (4) os clientes da AES Eletropaulo pagarão mais caro pelo consumo da energia elétrica. Em média, o valor da conta de luz aumentou 4,48%. De acordo com o reajuste autorizado no último dia 27 de junho pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tarifa subiu 5,37% para as residências e 2,37% nas indústrias.

Esse aumento está sendo aplicado a 20,1 milhões de clientes, em 24 municípios do estado de São Paulo (SP). Desse total, 6,9 milhões estão localizados na região metropolitana e no oeste do estado.

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A AES Eletropaulo responde pela distribuição de 34,1% da energia consumida em São Paulo e representa 9,8% do consumo nacional.

A conta de luz deve continuar com bandeira vermelha até novembro. A previsão do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Barata, é de que a conta ficará mais cara até o fim do período seco, quando o volume de chuvas aumentar o nível dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras.

A bandeira tarifária vermelha é acionada quando é preciso ligar usinas termelétricas, que produzem energia com custo maior que as hidrelétricas. “As nossas avaliações são de que, ao longo do período seco, o preço vai subir, porque cada vez mais vamos precisar das usinas térmicas. Se o lado benéfico delas é o fato de serem presumíveis e gerenciáveis e termos o controle dos combustíveis, o outro lado é de serem mais caras”, disse o diretor.

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De acordo com o diretor do ONS, em novembro, os reservatórios do Sudeste estarão com 20% da capacidade, e os do Nordeste, provavelmente estarão abaixo dos 10%. 

Em 2017, a bandeira patamar 1 está em vigor desde o mês de abril.

Diversos fatores podem influenciar a conta de luz e o consumidor deve estar atento às informações do setor para se programar e tentar economizar quando as condições estiverem menos favoráveis, como na vigência da bandeira vermelha, por exemplo, que encarece o preço da energia. 

A fatura de eletricidade é composta por diversos itens, como o custo da geração de energia, da transmissão, além de impostos e encargos. Todos os anos, ela passa pelo processo de reajuste, que tem como objetivo corrigir os preços cobrados pelas distribuidoras. A cada quatro anos, em média, ocorre a revisão tarifária, quando são revistas as regras de cálculo das tarifas e a transferência dos ganhos de produtividade das distribuidoras. No ano em que há a revisão tarifária, não é aplicado o reajuste anual.

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Tanto os reajustes quanto as revisões tarifárias são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Recentemente, a agência tem estabelecido alguns percentuais negativos de reajustes, ou seja, o preço da energia para os clientes de algumas distribuidoras têm caído em vez de aumentar. Isso acontece quando a Aneel faz um ajuste dos valores que foram estimados no processo tarifário anterior.

Bandeiras

Além dos reajustes nas tarifas, desde 2015 a conta de luz sofre o impacto das bandeiras tarifárias, que refletem o custo de geração da energia. Quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.

Em abril, a bandeira tarifária em vigor é a vermelha patamar 1, que significa um adicional de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, explica que a bandeira tarifária não é um pagamento adicional, porque os consumidores já pagavam pelo uso das termelétricas, mas isso entrava no cálculo dos reajustes anuais. “Não é um pagamento adicional, é apenas mais alinhado no tempo com a realidade. Se você está acionando mais termelétricas hoje, está fazendo o pagamento tempestivamente, com a bandeira amarela ou vermelha.”

Indenizações

Outro fator que deverá aumentar a conta de energia nos próximos anos é o pagamento de indenizações às transmissoras de energia. O total, de R$ 62,2 bilhões, será pago pelos consumidores em oito anos. Em 2017, o impacto será de 7,17%, segundo a Aneel.

Essa indenização será necessária para remunerar os ativos das transmissoras de energia elétrica. A remuneração é uma gratificação paga pelos investimentos feitos pelas empresas que renovaram suas concessões antecipadamente em 2012, mas só recentemente a Aneel definiu como será feito o ressarcimento.

“Do ponto de vista do consumidor, isso é um incômodo absolutamente indesejável, mas é vital para a sobrevivência das empresas”, avalia Sales, lembrando que a indenização é uma consequência da Medida Provisória 579, que em 2012 determinou a renovação antecipada das concessões do setor elétrico.

Desconto

Por outro lado, os consumidores terão um alívio nas contas de luz de abril por causa da devolução de valores cobrados a mais no ano passado. Os percentuais de redução na tarifa que será aplicada em abril variam de 0,95% a 19,47% para 90 distribuidoras. 

A devolução vai ocorrer porque o custo da energia proveniente da termelétrica de Angra 3 foi incluído nas tarifas do ano passado, mas a energia não chegou a ser usada porque a usina não entrou em operação. O valor total a ser devolvido será de R$ 900 milhões.


Alguns consumidores de São Paulo estão recebendo cobranças de planos odontológicos e seguros em suas contas de luz. Temendo ficar sem energia, os clientes pagaram as contas, mesmo com a cobrança abusiva. De acordo com o Procon-SP, as pessoas que encontrarem divergências na conta de luz devem procurar a concessionária imediatamente e registrar a reclamação. Valores e códigos que não possuírem descrição deverão ser relatados e questionados.

Segundo a AES Eletropaulo, as cobranças indevidas aconteceram devido a um erro na base de dados da MetLife (empresa responsável pelo seguro odontológico). A empresa se responsabilizou pelos valores e informou que entrará em contato com os clientes afetados para ressarcir os valores cobrados indevidamente.

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Às pessoas que já pagaram, o Procon diz que é necessário formalizar a queixa para receber o valor de volta, em dobro e corrigido pela inflação, e suspender a cobrança. Essa modalidade de cobrança foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2012 e recebeu críticas dos órgãos de proteção ao consumidor na época, pois havia o risco de corte no fornecimento de energia se o seguro não fosse pago.

A diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou hoje (6), em reunião pública, a criação da tarifa branca para as distribuidoras de todo o país. Com a medida, todas as concessionárias poderão beneficiar os consumidores de baixa tensão (que compreende a faixa dos 110 aos 440 volts), classificados como grupo B pela agência com uma cobrança diferenciada do consumo de energia.

Essa nova modalidade de cobrança passa a vigorar em 1º de janeiro de 2018 e a adesão depende do pedido do próprio cliente, ficando a prestadora responsável por informar os benefícios a quem aderir. Os consumidores que têm média mensal de 500kWh/mês serão contemplados no primeiro ano, seguidos em 2019 pelos que consomem metade disso e, a partir de 2020, para todos os consumidores de baixa tensão, não importando o consumo. A tarifa só não será aplicada caso o usuário já receba algum desconto previsto em lei e às famílias classificadas como baixa renda.

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A ANEEL espera com isso migrar os horários de consumo e reduzir a carga sobre o sistema nos horários de pico. O cliente será informado dos horários críticos de sua região e, conseguindo utilizar energia elétrica fora desses horários, será contemplado com desconto na tarifa. A própria agencia recomenda que o consumidor faça um estudo antes de reivindicar a cobrança da tarifa branca, para mensurar se é possível mudar de hábitos para obter descontos significativos. Para aderir a tarifa branca basta entrar em contato com a distribuidora e, para aqueles que não aderirem, fica valendo a cobrança tradicional que tem valor único com base em R$/kWh, válida para qualquer dia e hora.

Por Wagner Silva

A conta de luz continuará na bandeira verde em setembro, o que significa que o consumidor não terá aumento do custo da energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem manter a bandeira verde no próximo mês, um indicativo de que as represas das hidrelétricas estão com bom volume e não será preciso acionar as usinas térmicas, que têm energia mais cara. Além disso, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o mesmo deve acontecer pelo menos até dezembro.

O governo muda a bandeira da conta de luz - verde, amarela ou vermelha - toda vez que as hidrelétricas não produzem o suficiente para atender à demanda. Com a seca na região Nordeste, o nível dos reservatórios caiu, o que levou o mercado a apostar na adoção da bandeira amarela em setembro. Mas, segundo o operador do sistema, a queda do consumo tem ajudado a garantir o abastecimento.

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Segundo a Aneel, com exceção do Nordeste, a incidência de chuvas tem ajudado a recompor os reservatórios. Além disso, novas hidrelétricas foram incluídas no sistema. "O balanço (entre produção e consumo) está permitindo isso (manter a bandeira verde). Não vem sendo necessário despachar muitas térmicas", disse Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do ONS.

O megawatt-hora (MWh) é comercializado hoje a R$ 130. Esse é o custo marginal de operação (CMO), definido pelo ONS. Para que seja determinada a alteração da bandeira verde para amarela, o valor deveria ultrapassar R$ 211. Quando isso acontece, o consumidor paga mais R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kW/h), como aconteceu em março deste ano.

No Nordeste, no entanto, o cenário é crítico. Os reservatórios têm caído na proporção de 0,1 ponto porcentual a 0,2 ponto porcentual por dia e estão com apenas 20% da capacidade sendo utilizada, menos da metade do nível do Sudeste, de 47%.

Para evitar crises de abastecimento no futuro, o operador alertou a Aneel, a Chesf e o Ibama sobre a necessidade de poupar água do Rio São Francisco no reservatório da hidrelétrica de Sobradinho. A ideia é reduzir a vazão do rio de 800 para 700 metros cúbicos por segundo. De acordo com Barata, a medida seria preventiva, para evitar um total desabastecimento no futuro.

Transmissão

A hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, pode ter dificuldade de escoar parte da energia que produzirá no fim de 2017, segundo Barata. No fim do ano que vem, entrará em operação uma turbina com capacidade de 600 megawatts (MW). Para inserir essa energia no sistema e transportá-la até o mercado consumidor, uma linha de transmissão deve ser construída. Mas, em crise financeira, a espanhola Abengoa, concessionária da obra, desistiu do projeto.

A Aneel vai leiloar a linha novamente. Mas, até que a concorrência aconteça e a rede seja instalada, é possível que a usina fique descoberta por um tempo. "Dificuldades na transmissão serão um gargalo nos próximos anos", disse Barata. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta sexta-feira, 26, manter a bandeira verde nas contas de luz no mês de setembro. Será o sexto mês seguido em que não haverá cobrança extra nas tarifas.

A bandeira verde é acionada quando o Custo Marginal de Operação (CMO), indicador que demonstra o custo de geração da usina mais cara em operação em todo o País, fica abaixo dos R$ 211,28 por megawatt-hora (MWh) em todas as regiões.

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Havia uma expectativa no mercado de que fosse necessário acionar a bandeira amarela em razão da piora das condições de geração de energia no Nordeste, devido à seca, mas isso não se efetivou neste mês.

A bandeira amarela, que adiciona R$ 1,50 a cada 100 killowatt-hora de consumo na conta de luz, vigorou em março deste ano. Desde abril, a bandeira é verde.

De acordo com a Aneel, os principais fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde foram a evolução positiva do período úmido neste ano, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas, as sobras de energia, em razão da redução da demanda, e a entrada em operação de novas usinas no sistema elétrico brasileiro.

De janeiro de 2015 a fevereiro de 2016 vigorou a bandeira vermelha, que sinaliza piores condições de geração de energia. Atualmente, a bandeira vermelha adiciona uma cobrança de R$ 3,00 ou R$ 4,50 a cada 100 kWh de consumo, dependendo do custo e da quantidade de térmicas ligadas.

A bondade concedida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Paraguai pela energia da usina de Itaipu vai custar caro para o consumidor. Sete anos após o acordo que triplicou o valor pago ao país vizinho pela cessão de eletricidade, o governo decidiu livrar o Tesouro Nacional dessa conta e transferi-la integralmente ao consumidor. Cálculos preliminares de fontes do setor indicam que a tarifa da hidrelétrica terá que subir 12% para bancar essa despesa. Para a conta de luz, o impacto médio será de um aumento de 2%.

No dia 23 de junho, o governo publicou a Medida Provisória 735, que transferiu toda a despesa para as tarifas de energia. O texto teve efeito retroativo e passou a valer a partir de 1º de janeiro deste ano, mas só deve ser incluído nas contas de luz no ano que vem. Neste ano, o Paraguai teria que receber cerca de R$ 900 milhões por ceder seu excedente de energia ao Brasil. Para o ano que vem, as tarifas terão que arrecadar R$ 1,8 bilhão, para fazer jus ao pagamento de 2016 e 2017.

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Na tarifa de Itaipu, esse custo deve gerar uma alta da ordem de 12%. Para o consumidor final o impacto será diluído e deve atingir, em média, 2%. A conta será paga apenas pelos clientes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, pois Itaipu não atende as outras regiões do País. O efeito para cada distribuidora vai variar entre 1,5% e 3%.

O acordo que reajustou o preço da energia de Itaipu foi fechado pelos ex-presidentes Lula e Fernando Lugo. A produção da usina, de cerca de 14 mil megawatt-hora (MWh), é dividida igualmente entre os dois países. Como não consome toda a eletricidade a que tem direito, o Paraguai vende o excedente para o Brasil. O valor que cada País recebe pela produção pela usina é o mesmo, US$ 25,78 por kW. Mas o Paraguai recebe uma parcela apenas pela cessão de energia, como se fosse um royalty. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A conta de luz vai cair a partir de julho. De R$ 190 milhões a R$ 200 milhões serão economizados porque será acionado um número mínimo de usinas térmicas, que produzem energia a um preço mais elevado do que as hidrelétricas. Com a recuperação dos reservatórios e a queda do consumo, será possível abrir mão das térmicas e o preço de venda da eletricidade volta a ser o principal critério de definição das usinas que devem ser interligadas à rede nacional de transmissão.

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, os consumidores serão beneficiados nas datas de revisão tarifária das suas distribuidoras de energia. Cada uma das distribuidoras tem uma data no ano em que definem com a agência reguladora a tarifa de energia a ser paga pelo consumidor nos 12 meses seguintes. Nesse processo, é considerado o custo da tarifa que pagam às usinas geradoras. Quanto menos térmicas forem acionadas, menor o valor do megawatt-hora e a conta de luz.

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A Eletropaulo, distribuidora de São Paulo, revisará a tarifa em julho e já deve considerar no cálculo a queda do custo da energia. A Light, do Rio, passará pelo mesmo processo em novembro. Mas o consumidor só deve perceber a retração da conta, de fato, no ano que vem, segundo Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo ele, somente após um período mais longo de preços de venda de eletricidade mais baixos a redução tem efeito sobre o custo das distribuidoras e a conta de luz.

Barata assumiu o ONS na última terça-feira, 17, depois de deixar o Ministério de Minas e Energia. Na primeira reunião que coordenará, para definir as usinas que serão acionadas para cobrir a demanda de eletricidade em junho, vai indicar a retomada do método que prioriza o critério preço, conhecido no setor como "despacho por ordem de mérito".

"Muitas vezes, por uma questão de responsabilidade, o ONS ignora o que indica o modelo (de preço) e despacha um número maior de térmicas", disse ele. O cenário atual, porém, permite abandonar essa prática. O operador já vem optando, gradativamente, por acionar cada vez mais hidrelétricas, o que permitiu reduzir a tarifa de energia e chegar à bandeira verde da conta de luz.

Ainda assim, o número de térmicas interligadas ao sistema é superior ao ideal. Ao todo, 7,5 mil megawatts (MW) de capacidade térmica estão sendo acionados mensalmente pelo operador. A perspectiva, a partir de agora, é limitar o volume a 3,5 mil MW, quase à metade.

Meio ambiente

Presente ao 13º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio, Barata defendeu a redução do prazo de licenciamento de projetos de transmissão de energia. O prazo total de instalação de uma linha é de 60 meses, a maior parte consumida na fase de licenciamento, segundo ele. Com isso, há um descolamento entre os prazos de instalação de usinas geradoras de energia e da rede de transmissão utilizada para escoar a eletricidade produzida.

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