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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro aprovou, nesta terça-feira (20), o requerimento de convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, general Gonçalves Dias, o G.Dias, e de Saulo Moura da Cunha, que atuou como diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O presidente do colegiado, Arthur Maia (União Brasil-BA), também incluiu de última hora a convocação do coronel Jean Lawand, que, por meio de mensagens, pediu ao ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid para pressionar o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado para evitar a posse de Lula.

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A Polícia Federal (PF) interceptou as trocas de mensagens entre Lawand e Cid no final do ano passado. O coronel pedia ao então ajudante de ordens que orientasse Bolsonaro a ordenar uma ruptura institucional, pois teria respaldo entre militares. "Cid, pelo amor de Deus, o homem [Bolsonaro] tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem", escreveu Lawand em uma das mensagens.

Quanto a G.Dias, está foi a segunda vez que o pedido de convocação do ex-ministro foi analisado pelo plenário. Na sessão da última terça-feira (13), os parlamentares da base do governo Lula fizeram uma manobra para evitar a presença de aliados do Palácio do Planalto na comissão e convocar apenas as pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

G.Dias pediu demissão do governo do Lula após aparecer em imagens do circuito interno do Palácio do Planalto sem confrontar invasores que depredaram o prédio nos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Os vídeos divulgados pelo Planalto após a crise gerada pela demissão de G.Dias mostram que o ex-ministro participou das reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar os prejuízos causados pela depredação. Como mostrou o Estadão, G.Dias, porém, não relatou ao chefe que esteve presente no prédio no dia 8 de janeiro até que os vídeos viessem à tona.

Inquéritos do STF

Os parlamentares também a aprovaram cinco requerimentos que solicitam o acesso aos inquéritos sigilosos em curso no Supremo Tribuna Federal (STF) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro. Os pedidos foram apresentados por parlamentares de oposição ao governo Lula, como os deputados delegado Ramagem (PL-RJ) e Marco Feliciano; e das senadoras Damares Alves (PL-DF) e Augusta Brito.

A CPMI do 8 de Janeiro pode apreciar mais de 200 requerimentos na próxima semana. A pauta da primeira reunião deliberativa do colegiado deverá colocar em votação os pedidos de informações e relatórios à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e convocações como a de Anderson Torres, do tenente-coronel Mauro Cid, dos ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno e Gonçalves Dias, e do ex-ministro da Defesa, Braga Neto, entre outros. A previsão é que os parlamentares votem o conjunto de requerimentos que está anexado ao plano de trabalho da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) aprovado na terça-feira (6). A pauta, no entanto, ainda não foi divulgada pela secretaria da comissão parlamentar de inquérito. 

Para Eliziane Gama, essa primeira fase de tomada de depoimentos e análise de provas poderá possibilitar a conexão com novos fatos. Ela disse que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pode ser ouvido pela comissão, para o que já há requerimento. Quanto ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, a relatora disse que o decorrer das investigações e o entendimento da maioria da CPMI serão soberanos.

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— Sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, é uma pergunta que já me fizeram. É o andar da CPMI que dirá se ele virá ou não. Nós estamos trabalhando com a devida responsabilidade, eu deixei isso muito claro durante cada detalhe do nosso plano de trabalho. Agora nós vamos receber inquéritos, nós vamos ter oitivas, e eu acredito que nas próximas semanas nós teremos de fato um parâmetro melhor se ele será de fato convocado ou não a esta comissão — disse Eliziane em entrevista coletiva.

Os requerimentos apresentados pela relatora também sugerem a convocação de nomes como de Ricardo Garcia Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e ex-interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal; e o ex-diretor-feral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. 

Supremo

Também devem ser analisados os requerimentos inseridos pelo presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA). A intenção, segundo Maia, é realizar pelo menos duas reuniões na próxima semana, na terça-feira (13) e na quinta-feira (15) para encerrar a votação desses primeiros requerimentos e iniciar a fase de análise dos relatórios, imagens e informações que vão subsidiar as oitivas. Grande parte dos requerimentos pede acesso a inquéritos e documentos que estão sob sigilo no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Arthur Maia disse que vai se reunir com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, para tratar desses documentos. 

— Esses pedidos vão dar substância, inclusive, para que possamos inquirir melhor os convocados. E também a convocação e convite de cerca de 40 pessoas e isso, sem dúvida, dá um ponta pé inicial nas investigações propriamente ditas. O ministro [Alexandre de Moraes] está realizando um inquérito e, por motivos que naturalmente ele tem, manteve em sigilo de justiça alguns desses [documentos]. Obviamente que ele tem esses motivos e eu quero, antes de simplesmente solicitar a divulgação de algo que é sigiloso [...], conversar com ele e entender as razões para que possa fazer tudo em comum acordo. A investigação que está sendo feita na CPMI e a investigação que está sendo feita no STF não são inimigas, elas podem se complementar. Uma ajudará a outra — afirmou o deputado após a reunião da CPMI.

Abin

Outros pedidos da senadora e também de outros parlamentares pedem que a Abin reclassifique de sigilosos para públicos os relatórios de inteligência produzidos desde dezembro de 2022 e que contenham alertas e análises dos riscos relacionados aos ataques aos prédios públicos ocorridos em janeiro. Há também requerimentos para que sejam compartilhados os relatórios de inteligência produzidos pela Abin supostamente adulterados pelo ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias.

Os integrantes da CPMI poderão votar ainda a convocação do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no dia das invasões, e Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

Imagens

Também devem ser analisados os requerimentos para acesso a imagens de todas as câmeras do circuito interno de prédios como do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. Há ainda solicitações de informações e relatórios às forças de segurança pública do Distrito Federal, como a Força Nacional, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o GSI. E de pedidos de relatórios da Advocacia Geral da União (AGU), da Procuradoria Geral da República (PGR), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal (MPF).

Outro bloco de solicitações está relacionado às plataformas digitais. Os requerimentos buscam ter acesso as imagens e mensagens compartilhadas em cada canal e que estejam ligadas aos ataques do dia 8 janeiro.

*Da Agência Senado

 

 

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os ataques às sedes dos Poderes em 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), disse nesta terça-feira (6) que cinco pessoas serão convocadas a prestar esclarecimentos para o colegiado. O ministro da Justiça, Flávio Dino, será convidado, de acordo com Maia.

"Fiz o requerimento de convocação para cinco dessas pessoas. E para o ministro Flávio Dino, em respeito à sua condição de ministro da República, estamos fazendo um convite. Falei com o ministro, tenho certeza de que ele virá", declarou o presidente do colegiado.

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Os requerimentos de convocação e convite devem ser votados na quarta-feira (7). Estão na pauta as convocações de:

Anderson Torres - ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;

Mauro Cid - oficial do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;

Gonçalves Dias - general da reserva ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Luiz Inácio Lula da Silva;

Jorge Eduardo Naime Barreto - coronel da Polícia Militar do Distrito Federal e ex-chefe do Departamento de Operações da PMDF;

Saulo Moura da Cunha - ex-diretor-adjunto da Abin.

A CMPI está analisando seu plano de trabalho na manhã desta terça-feira. Quem o apresenta é a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

O Governo de Pernambuco divulgou, no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (26), a convocação de 868 profissionais da segurança pública. Foram nomeados novos 729 policiais militares, 55 delegados, 45 auxiliares de peritos e 39 médicos.

Anteriormente, em outubro do ano passado, o governado tinha anunciado que o estado teria um acréscimo de 2.077 novos profissionais até junho de 2022. No mesmo mês, foram convocados 152 novos profissionais da segurança pública.

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A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) anunciou que nesta quarta-feira (15) serão feitas as últimas convocações dos concursos públicos, zerando a fila de espera. A divulgação das chamadas será realizada pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), órgão responsável pelos certames.

Serão convocados 74 peritos papiloscopistas, 62 delegados de Polícia Civil e 23 auxiliares de perito. As matrículas terão início no dia 22 de dezembro, na Academia de Polícia Civil (Acadepol). Os cursos de formação começam em janeiro de 2022.

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado aprovou nesta terça-feira, 28, a convocação do empresário Otávio Fakhoury, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, para prestar depoimento aos senadores. O autor do requerimento é o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

"O senhor Otávio Fakhoury foi identificado como o maior financiador dos canais de disseminação de notícias falsas, como o Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo. Esses canais estimularam o uso de tratamento precoce sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia", afirmou o senador no pedido.

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Fakhoury deve ser ouvido na quinta-feira, 30. Ele é presidente do PTB-SP e alvo da CPMI das Fake News, que voltará a funcionar após a conclusão da CPI da Covid.

A CPI também aprovou outro requerimento de Randolfe pelo compartilhamento de informações da Operação Pés de Barro, deflagrada semana passada pela Polícia Federal para apurar fraudes na aquisição de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde, entre maio 2016 e abril de 2018, período em que a pasta teve como chefe o atual líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), no governo Michel Temer. O caso apura um rombo de R$ 20 milhões pagos antecipadamente à Global Gestão em Saúde.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na reta final dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A convocação do chefe da pasta, no entanto, não tem consenso entre os integrantes do colegiado.

A convocação de Braga Netto chegou a ser solicitada por alguns senadores, como Renan e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), mas não foi aprovada. O argumento é ouvir Braga Netto sobre o período em que ele chefiou a Casa Civil, responsável pela articulação do governo na pandemia de covid-19.

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A pressão para o depoimento do ministro da Defesa aumentou após Braga Netto assinar uma nota com os comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). O senador atacou o que chamou de "lado podre das Forças Armadas" ao determinar a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, ex-integrante da Força Aérea Brasileira (FAB).

A CPI mira na atuação de militares no Ministério da Saúde no período em que Eduardo Pazuello chefiou a pasta e promoveu a nomeação de uma série de integrantes e ex-integrantes das Forças Armadas em cargos estratégicos. Por isso, a comissão quer implicar os militares nas denúncias contra o governo por atos praticados na pandemia. Outro alvo de um novo depoimento é o ex-secretário-executivo do ministério Elcio Franco.

"Ele (Braga Netto), mais do que qualquer um, por ter sido o coordenador do comitê de enfrentamento da covid, precisa vir. Mas esse é o ponto de vista do relator. Para que seja o ponto de vista da comissão, nós precisamos ter maioria nesse encaminhamento", disse Renan Calheiros em entrevista a jornalistas no Senado.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid retirou da pauta a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto. A decisão foi tomada após senadores discordarem da tentativa de chamar o chefe da pasta na comissão e tumultuar a relação entre os Poderes. Braga Netto entrou em conflito com a cúpula da CPI ao assinar uma nota em conjunto com os comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

No âmbito da CPI, senadores querem coletar informações do período em que Braga Netto chefiou a Casa Civil, entre fevereiro do ano passado e abril deste ano, e sobre a atuação do ministro na pandemia. Ele chefiou o comitê interministerial de combate à crise do novo coronavírus. A convocação dividiu os senadores e será reapresentada para votação em outro momento.

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"No momento de maior dificuldade da pandemia, quem estava coordenando era o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e não o general. Se eu tiver que votar, meu voto é favorável à convocação do general Braga Netto", disse o presidente da CPI.

O relator da comissão, Renan Calheiros, classificou a convocação do ministro como um "dever funcional". "Nós não queremos trazer apenas porque ele está tentando desestabilizar os Poderes, emporcalhar a democracia, promover retrocessos institucionais. Não é por isso. Nós precisamos trazer porque ele foi o coordenador do comitê de crise de enfrentamento à pandemia de Covid-19 e certamente tem responsabilidade grande sobre mortes que poderiam ter sido evitáveis", disse Renan.

Autor do requerimento de convocação, Alessandro Vieira argumentou que Braga Netto precisa ser chamado para explicar sua atuação no governo envolvendo a pandemia "Esta é a figura que tem que explicar porque ele, como coordenador, foi incapaz de evitar esse desastre", disse.

Outros senadores, porém, foram contra em função do risco político. Para Eduardo Braga (MDB-AM), a CPI precisaria ter acesso a uma série de informações antes de convocar o ministro da Defesa. "Criar um factoide político e não termos questionamentos, esta conclusão da CPI, me parece a construção inoportuna diante de um cenário político nacional", disse o emedebista. Otto Alencar (PSD-BA) disse que a melhor decisão seria adiar a convocação.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pautou para esta terça-feira, 3, a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto. O pedido ainda divide os senadores da comissão, até mesmo dentro do grupo majoritário. Na terça, a CPI retoma os trabalhos após o recesso parlamentar. A cúpula do colegiado deve discutir na noite desta segunda-feira, 2, a possibilidade de chamar o ministro para depor.

Braga Netto entrou em conflito com a cúpula da CPI ao assinar uma nota em conjunto com os comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). Durante depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde Roberto Dias, Aziz afirmou que o "lado podre das Forças Armadas" estava envolvido em "falcatruas" do governo.

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A insatisfação dos senadores cresceu ainda mais após o Estadão relevar que o ministro condicionou, por meio de um interlocutor, a realização das eleições ao voto impresso. No âmbito da CPI da Covid, senadores querem coletar informações do período em que Braga Netto chefiou a Casa Civil, entre fevereiro do ano passado e abril deste ano. A comissão quer apurar se houve pressão sobre o Ministério da Saúde para fechar contratos que viraram alvo da CPI, entre eles o da compra da vacina indiana Covaxin.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do requerimento para convocar o ministro, justificou o pedido para detalhar a atuação do ministro na pandemia. O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, durante depoimento na comissão, apontou atuação de Braga Netto na tentativa de mudar a bula da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. O incentivo ao chamado tratamento precoce, na contramão de evidências científicas, é uma das linhas de investigação que colocou o presidente Jair Bolsonaro na mira da CPI.

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugeriu a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, à CPI. De acordo com Calheiros, a presença do ministro é "fundamental" para avançar os trabalhos do colegiado. Senadores querem coletar informações do período que Braga Netto chefiou a Casa Civil

O atual ministro da Defesa foi criticado pelo relator do colegiado, que declarou que Netto faz ameaças diuturnas de golpe no País "na defesa de um governo corrupto e impopular". O pedido de Renan ocorre após uma tensão entre as Forças Armadas e o Senado. Na semana passada, o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas divulgaram uma nota criticando o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Aziz afirmou que o "lado podre" das Forças estava envolvido em "falcatruas do governo".

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Os senadores querem chamar Braga Netto para esclarecer a atuação do ministro na chefia da Casa Civil, cargo que ocupou o cargo entre fevereiro do ano passado e abril deste ano. A CPI suspeita de ação da Casa Civil na compra de vacinas e contatos com o ex-diretor de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Dias, acusado de pedir propina.

As críticas de Renan também foram direcionadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que afirmou que o chefe do Executivo trocou a cúpula das Forças Armadas "em um aparelhamento incompatível".

O Broadcast Político apurou que Aziz ainda apresenta resistência em pautar a convocação de Braga Netto, apesar do clima com as Forças Armadas e da pressão de colegas.

A CPI da Covid aprovou na manhã desta quarta-feira (30) a convocação do líder do governo e deputado federal, Ricardo Barros (Progressistas-PR), apontado como suspeito de participar das negociações do contrato da vacina indiana Covaxin. Os senadores também deram aval a convocação do ex-diretor Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply e afirmou ter recebido Ferreira Dias pedido de propina de US$ 1 para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo Bolsonaro, conforme disse ao jornal Folha de S. Paulo.

Após cobrança do líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), Aziz marcou para a próxima quinta-feira (8) a oitiva de Barros. Na quarta-feira (7) será a vez de Ferreira Dias. Já Luiz Pereira terá de comparecer à comissão nesta sexta-feira (2).

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Ferreira Dias foi exonerado nesta quarta-feira pelo governo. A demissão acontece quatro dias após os depoimentos à CPI da Covid do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Os dois disseram que há indícios de corrupção no contrato fechado pelo governo na compra da vacina indianda Covaxin.

A CPI também aprovou a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Ferreira Dias. Além disso, pediu informações ao Brasília Shopping e ao restaurante Vasto, onde teria ocorrido a reunião entre Luiz Pereira e o ex-diretor do Ministério da Saúde.

A realização de uma oitiva secreta para ouvir o deputado Luis Miranda também foi chancelada pela CPI. O depoimento deve ocorrer na próxima terça-feira (6). Os senadores ainda pediram informações ao Ministério da Saúde sobre os acessos aos sistemas da pasta pelo servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do Luis Miranda. Neste domingo, o deputado afirmou que o Ministério da Saúde bloqueou o acesso do servidor ao sistema do ministério. Os senadores ainda aprovaram a convocação de Marcelo Bento Pires, ex-funcionário do Ministério da Saúde também apontado como responsável por pressionar no negócio da Covaxin.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou aos senadores da CPI da Covid que o governo decidiu exonerar o diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, para "facilitar toda a apuração" que estaria sendo feita pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Ao falar sobre a exoneração, o governista Bezerra afirmou que a Astrazeneca já teria "desmentido" a representação pela Davati. "Governo não coaduna com qualquer tipo de irregularidade, exonerou para justamente facilitar toda a apuração que está sendo feita pela CGU", disse.

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (23) a convocação de representantes das plataformas Google, Facebook e Twitter para falar à comissão. O colegiado quer que essas empresas prestem esclarecimentos sobre a veiculação e exclusão de conteúdos falsos ou desinformativos que circulam por suas redes. Por trás da iniciativa, que partiu do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), está a tentativa de enquadrar o presidente Jair Bolsonaro e os materiais sobre a pandemia do novo coronavírus postados por ele nessas plataformas.

Quando os requerimentos foram apresentados na semana passada, senadores reforçaram as críticas às falas do chefe do Planalto durante transmissão nas redes sociais com informações contrárias a evidências científicas no combate à covid-19. A aposta na imunidade de rebanho por meio da infecção, alinhada à demora na compra de vacinas, é uma das linhas de investigação da CPI.

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Em "live" transmitida na quinta-feira passada (17), Bolsonaro afirmou que "todos que contraíram o vírus estão vacinados" e que a contaminação é mais eficaz do que a própria vacinação porque "pegou o vírus para valer".

"Recentemente, estamos vendo o movimento de interrupção de exclusão de conteúdos falsos ou desinformativos pelas plataformas da empresa, de modo que é essencial que representante da empresa Facebook, que gerencia uma série de plataformas de compartilhamento de conteúdo, compareça a esta Comissão para esclarecer os motivos para a mudança de comportamento. Com efeito, apesar dos notórios esforços promovidos pela empresa, sabemos que muito ainda precisa ser feito para combater essa avalanche de desinformações sobre a pandemia e garantir que as informações corretas cheguem à população", afirmou Randolfe no pedido de convocação.

A CPI da Covid aprovou, nesta quarta-feira (9), uma série de novas convocações, entre elas do ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra. Ele é apontado por membros da CPI como um dos integrantes do suposto "gabinete paralelo" do governo Bolsonaro, um grupo extraoficial que aconselharia ações a serem tomadas no combate à Covid-19. Os senadores também aprovaram a convocação do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) que teria produzido um documento sobre mortes na pandemia do novo coronavírus, Alexandre Figueiredo Costa e Silva.

Terra estava presente no encontro com presidente Jair Bolsonaro que reuniu defensores do tratamento precoce para a Covid-19, em que o virologista Paulo Zanotto sugere a formação de um "shadow cabinet", com integrantes que não fossem expostos publicamente, para aconselhar o governo sobre vacinas contra o coronavírus.

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Durante a pandemia, Terra recorreu diversas vezes às redes sociais para divulgar informações imprecisas sobre a pandemia do novo coronavírus. Ele também é apontado como um dos aliados do presidente que teria o influenciado sobre a tese da "imunidade de rebanho".

O requerimento para convocar o auditor do TCU foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). "Para que seja possível esclarecer os detalhes de sua participação na elaboração de 'estudo paralelo' apontando que metade das mortes no País pelo coronavírus não teriam ocorrido, tratando-se de expediente de Governadores para obterem mais recursos do Executivo Federal, faz-se necessária a convocação do Sr. Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União", disse o senador.

O documento que teria sido elaborado por Alexandre Silva foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de comprovar sua tese de que cerca de metade das mortes registradas como Covid-19 não seriam causadas pela doença.

Entre os demais convocados estão o ex-secretário de saúde do Distrito Federal Francisco de Araújo Filho, o desenvolvedor do aplicativo TrateCOV, o Secretário de Comunicação Institucional, Felipe Cruz Pedri, o empresário José Alves Filho, e o presidente da Apsen Farmacêutica, Renato Spallicci.

Sigilo

Os senadores governistas resistiram à votação de vários requerimentos, e fizeram um apelo para que ao menos parte das solicitações fossem analisadas nesta quinta-feira (10) pelo colegiado. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a ler os requerimentos de quebras de sigilo telefônico e telemático de seis pessoas, entre elas o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o auditor do TCU. A votação foi adiada para amanhã.

Os pedidos de transferências de sigilo também atingem o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina", o tenente-médico Luciano Dias Azevedo, que teria sugerido um decreto sobre distribuição de cloroquina nas unidades de saúde para pacientes com Covid-19, e o ex-assessor especial de Pazuello Zoser Plata Bondim.

O senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) voltou a pedir que a CPI votasse o requerimento de convocação do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. A solicitação foi apresentada por Girão no contexto de esforço de aliados do governo para que a CPI direcione seu foco às suspeitas de desvios de recursos públicos em Estados e municípios. No entanto, os colegas do senador voltaram a questionar a legalidade em se convocar o diretor da PF e negaram o requerimento.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), pediu destaque sobre o pedido, para que ele não fosse votado em bloco com os demais requerimentos. Com isso, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), colheu os votos de cada senador da comissão separadamente, e a convocação de Maiurino foi rejeitada por oito votos a um.

A CPI da Covid aprovou, nesta quarta-feira (9), a convocação de Francieli Francinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, para prestar depoimento à comissão. Além disso, os senadores deram aval a realização de uma acareação entre Francieli e a infectologista Luana Araújo, que foi vetada pelo governo para assumir a Secretaria de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, após trabalhar por dez dias na pasta.

O requerimento foi apresentado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). "A Doutora Franciele Francinato editou nota técnica aos Estados, recomendando a vacinação de gestantes que tinham recebido a primeira dose da Astrazeneca, com qualquer vacina que estivesse disponível, sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência disso em gestantes", justificou Alencar.

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O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), comunicou aos colegas que o depoimento do governador do Amazonas, Wilson Lina (PSC), à comissão foi antecipado para a próxima quinta-feira (10). O pedido de adiantar a oitiva foi feito pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), no início da sessão, em razão da deflagração pela Polícia Federal da quarta fase da Operação Sangria, para investigar supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha no Amazonas.

Entre os alvos da operação estão o governador e secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, que também já tem depoimento marcado na CPI da Covid.

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Inicialmente, no dia 10, falaria à comissão Marcos Eraldo Arnoud Marques, conhecido como "Markinhos Show", ex-assessor especial do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello. Já o depoimento do governador do Amazonas estava originalmente previsto para o dia 29 de junho.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), negou que, com as recentes operações da Polícia Federal (PF) no Estado do Amazonas, tenha havido qualquer mudança no cronograma de convocações. Na manhã desta quarta-feira (2), a PF deflagrou a quarta fase da Operação Sangria, para investigar supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha no Amazonas. Entre os alvos da operação estavam o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo. Ambos com data marcada para prestar depoimento ao colegiado.

Aziz afirmou que "até agora", não existe a possibilidade de mudar o cronograma já apresentado. "Se tiver alguma decisão contrária ao que nós já aprovamos aqui a gente discute, não dá pra mim colocar a carroça na frente dos bois", afirmou o presidente, reafirmando que Campêlo - que está considerado como foragido pela PF após a operação desta manhã - prestará depoimento no próxima dia 15, e o governador amazonense, no próxima dia 29.

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O senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos integrantes governistas do colegiado, e que tem defendido que a grupo se foque na investigação dos repasses federais a Estados e municípios, comentou sobre operação da PF. O senador fez um apelo para que a oitiva de Wilson Lima fosse adiantada para a próxima semana, afirmando não haver "urgência maior" para o grupo do que este adiantamento.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), marcou para esta quarta-feira (2) o depoimento da médica infectologista Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. A data estava prevista antes para a audiência de especialistas a favor e contra o uso de medicamentos sem a eficácia comprovada para o tratamento da Covid.

A mudança na pauta não agradou aos membros governistas do colegiado. O senador Marcos Rogério (DEM-RO), que já havia reclamado da convocação de autoridades para falar sobre a realização da Copa América no Brasil, dizendo que fatos que "vão acontecer" tornavam a CPI ilegal. Ele reclamou também da falta de "previsibilidade" nos trabalhos da comissão e das "reiteradas" mudanças de pauta.

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Aziz rebateu Rogério afirmando que o entendimento da Mesa é de que não faz parte dos trabalhos da CPI a realização de Audiência Pública. Para Aziz, quem tem que discutir se a cloroquina é boa ou não é a ciência, e não a CPI.

Aziz se desculpou com os especialistas que tinham sido convidados a falar nesta quarta-feira, mas justificou que a decisão foi baseada no tempo. "Nós queremos terminar a CPI em 90 dias, nós não queremos prorrogar a CPI", afirmou. Aziz concluiu sua fala dizendo que "com certeza absoluta", a depoente de hoje, a médica oncologista Nise Yamaguchi, "dará um show defendendo a cloroquina aqui muito mais do que qualquer outro especialista", afirmou.

O presidente do colegiado aproveitou para comentar sobre as mudanças na pauta e as discussões que envolvem convocações. Segundo Aziz, na tentativa de ter "um bom relacionamento" com os membros da comissão, ele tem tentado apresentar a pauta das votações 48h antes, mas devido a dinâmica das investigações, ele não vê a necessidade de pautar requerimento de senadores dois dias antes para votar. "O erro não foi na quarta-feira passada a convocação de governadores, foi quando se apensou, lá atrás, o requerimento do senador Eduardo Girão que é muito claro em investigar" afirmou o Aziz dizendo que as reclamações referentes ao requerimentos deveriam ter sido feitas "lá atrás".

Fábio Wanjgarten

"Vamos reconvocar o senhor Fábio Wanjgarten à CPI da Covid. Percebemos que a comunicação do governo foi para promover a expansão do contágio e estamos colhendo os frutos mais fúnebres. Vivemos a 3ª onda por causa da sandice deste trabalho. Precisamos de mais esclarecimentos!"

A frase é senador e membro da CPI da Covid, Rogério Carvalho (PT-SE), em publicação no Twitter, sobre a reconvocação do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, à comissão. Carvalho apresentou o pedido à sessão desta terça-feira.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou na noite dessa segunda-feira (24) que o colegiado vai votar, na próxima quarta-feira (26), requerimentos para a convocação de "pelo menos" nove governadores e 12 prefeitos e ex-prefeitos. "Estados e capitais onde a PF investiga suspeitas de desvio de recursos de combate à covid", esclareceu o senador em seu Twitter, após uma reunião com líderes da comissão parlamentar. Os nomes dos gestores estaduais e municipais, contudo, não foram detalhados.

A convocação de governadores e prefeitos é uma bandeira do governo federal para tentar enfraquecer os questionamentos sobre a postura do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia. A possibilidade de inquirir chefes de Executivos de Estados e municípios na CPI, inclusive, foi uma tônica do debate político antes da instalação do colegiado, feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Pacheco definiu, à época, que a CPI poderia investigar governadores e prefeitos dentro de suspeitas de desvio de recursos enviados pelo Palácio do Planalto para o combate à covid.

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A CPI da Covid retoma seus trabalhos nesta terça-feira (25), com o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina".

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a quebra de sigilos e a convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Vieira enviou os requerimentos na última segunda-feira (17) solicitando que o filho "02" do presidente Jair Bolsonaro seja obrigado a abrir os sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático. Outros integrantes do chamado "Ministério da Saúde paralelo", como ele batizou o aconselhamento informal ao presidente durante a pandemia, também são alvos dos pedidos.

Os requerimentos do senador, que é suplente da CPI, vêm na esteira do depoimento de Carlos Murillo, presidente da Pfizer na América Latina. Murillo afirmou aos senadores que Carlos Bolsonaro participou de uma reunião de negociação de vacinas com integrantes do governo no Palácio do Planalto, em dezembro de 2020. Estavam no encontro a diretora jurídica da Pfizer, Shirley Meschke, a gerente de Relações Governamentais, Eliza Samartini, o então secretário de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins.

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"A potencial existência de um 'Ministério da Saúde' paralelo, responsável por aconselhar extraoficialmente o presidente da República quanto às medidas de combate da pandemia, deve ser amplamente esclarecida quanto à extensão de sua atuação, à periodicidade de encontros e reuniões, aos membros que dele participavam, ao conteúdo das discussões e ao efetivo poder de cada qual no convencimento para a tomada de decisões", escreveu Vieira no pedido que passará pelo crivo da CPI.

Na sua avaliação, é igualmente necessário avaliar a movimentação financeira de Carlos Bolsonaro "desde o início da pandemia, aferindo-se se houve acréscimo em seu patrimônio que tenha sido compatível com a sua capacidade econômica, de modo a afastar qualquer dúvida a respeito de eventual locupletamento ilícito".

Não foi apenas em Carlos, porém, que o senador mirou. Vieira também fez requerimentos cobrando a quebra de sigilos de Fabio Wajngarten e de empresas ligadas a ele; do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; de Filipe Martins e do empresário Carlos Wizard. Há também pedidos de convocação de Martins e Wizard.

"O regular procedimento da quebra de sigilo se torna incontornável, sem o qual seria praticamente impossível a esta CPI alcançar a verdade dos fatos, seu compromisso com a sociedade brasileira, com a Constituição, com a democracia e, de forma candente, com os familiares e amigos das mais de 430 mil vítimas da pandemia e de seu agravamento decorrente de atos omissivos e comissivos do governo federal", justificou o senador.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 começou o dia de trabalhos com a votação de uma série de requerimentos. Entre eles, foi aprovada a convocação da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que ficou conhecida como "capitã cloroquina".

A comissão também aprovou nesta quinta-feira o convite para que a Dra. Nise Yamaguchi compareça ao colegiado. Antes da aprovação, o requerimento foi tema de debate entre os senadores governistas, que defenderam que a doutora não poderia ser convocada a comissão na posição de testemunha, e sim, convidada como especialista. O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM) concordou com o ponto.

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Também foram aprovados requerimentos que solicitam ao Ministério das Relações Exteriores e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informações acerca das declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre uma "guerra química". Os senadores também querem do Itamaraty todas os dados, telegramas e documentos sobre a obtenção de cloroquina para o Brasil durante a pandemia da Covid-19, além de vacinas.

Na mesma linha, foi aceito o requerimento que pede cópia de telegramas ou outras comunicações formais do Itamaraty para embaixadas brasileiras no exterior, organismos internacionais ou para empresas solicitando agilização ou intervenção no processo de aquisição, importação ou fornecimento de medicamentos "supostamente indicados" para Covid.

O vice-presidente da CPI ainda quer da Secretaria Especial de Comunicação Social do governo dados sobre canais no Youtube que teriam propagado fake news sobre a pandemia, e que eventualmente possam ter recebido verbas públicas.

Outro requerimento aprovado solicita informações do presidente da farmacêutica EMS, Carlos Sanches, sobre a produção de alguns medicamentos que compõem o denominado "kit covid". E o requerimento do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), solicita o comparecimento de diversos médicos para falar a favor da eficácia do tratamento precoce contra a Covid-19.

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