Tópicos | Copa América

De acordo com a pesquisa da revista Exame, em parceria com o instituto IDEA, 61% dos brasileiros são contra a realização da Copa América no país. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (11) e ouviu entrevistados do dia 7 ao dia 10 de junho.

Segundo a pesquisa, 61% dos brasileiros não estão de acordo com a realização do torneio no país. 24% dos entrevistados são a favor e 16% não souberam opinar. Foram ouvidos por telefone 1.252 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

##RECOMENDA##

A pesquisa também questionou se os entrevistados acreditavam que a competição impactaria diretamente nos números de casos de Covid-19 no Brasil. 75% acreditam que a Copa América pode piorar a pandemia, 25% discordam. A competição tem início neste domingo (13) com o duelo Brasil x Venezuela.

O Flamengo entrou com um pedido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na noite de quinta-feira, para tentar paralisar o Campeonato Brasileiro durante a realização da Copa América. O clube carioca entende que a competição nacional deve parar enquanto acontece o torneio da Conmebol, assim como aconteceu em 2019. A revelação foi feita pelo vice-presidente Rodrigo Dunshee no Twitter. A ideia, segundo ele, é que os clubes com atletas nas seleções não sejam sacrificados.

A decisão do Flamengo em solicitar a paralisação é motivada pela quantidade de atletas rubro-negros convocados. Isso porque o clube conta com cinco desfalques durante a realização da Copa América: o meia Arrascaeta (Uruguai), o lateral-direito Mauricio Isla (Chile), o volante Piris da Motta (Paraguai) e o meia Everton Ribeiro e o atacante Gabriel (Brasil).

##RECOMENDA##

A abertura da Copa América está agendada para este domingo e a final está prevista para o dia 10 de julho. Sendo assim, os atletas serão desfalques até, pelo menos, o dia 28 de junho, quando se encerra a fase de grupos. A partir desta data, as ausências dependem das classificações das seleções nas fases de mata-mata. Chegando à final, o Flamengo pode sofrer por até 11 jogos sem seus jogadores.

"Fla venceu apertado hoje o jogo de ida da Copa do Brasil com o time desfalcado pela ausência de 4 jogadores brasileiros e 2 estrangeiros. Palmeiras foi desclassificado e estava sem jogadores cedidos. Vem a Copa América e, ao contrário de 2019, não querem suspender o campeonato. A CBF precisa promover o equilíbrio das competições. A base da competição é a isonomia entre os concorrentes e isso está no artigo primeiro do regulamento. Somos a favor da seleção, mas com paralisação do campeonato. O mundo civilizado funciona assim", escreveu Dunshee no Twitter.

Depois que a CBF não atendeu ao pedido do Flamengo, o clube entrou com o pedido no STJD. O tribunal confirmou que a ação foi protocolada e encaminhada ao presidente Otávio Noronha, que será o responsável por dar o parecer. A entidade, contudo, não estabeleceu prazo para liberar a decisão, seja a favor ou contra ao pedido do time carioca.

A tabela do Campeonato Brasileiro teve uma modificação por conta da realização da Copa América no país. A CBF anunciou que a partida Cuiabá x Atlético Goianiense, anteriormente marcada para a próxima segunda-feira (14), na Arena Pantanal, em Cuiabá, foi adiada por conta da utilização do estádio na competição continental.

A solicitação foi feita pelo Departamento de Competições da CBF, que posteriormente agendará uma nova data para a disputa do jogo, válido pela terceira rodada do Brasileirão.

##RECOMENDA##

A partida foi alterada porque na mesma data será realizado na Arena Pantanal o duelo entre as seleções de Paraguai e Bolívia, a partir das 21 horas (de Brasília), pela primeira rodada do Grupo A da Copa América. Na mesma chave estão Argentina, Chile e Uruguai.

Com o adiamento, Cuiabá e Atlético Goianiense ganham tempo de preparação para a quarta rodada do Brasileirão. Os dois jogarão no próximo dia 17, uma quinta-feira. O time do Mato Grosso enfrentará o América-MG, no estádio Independência, em Belo Horizonte. Já a equipe rubro-negra receberá o Fortaleza, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia.

A Havan anunciou nesta quinta-feira (10) que vai patrocinar a transmissão dos jogos da Copa América no SBT. O torneio começa neste domingo e a final será no dia 10 de julho, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Ligado ao presidente Jair Bolsonaro, o dono da Havan, Luciano Hang, festejou nas redes sociais o acordo com o SBT. "Tenho certeza que será uma competição que irá alegrar toda a população brasileira. Nós temos um slogan na Havan de que 'Patrocinar é acreditar' e a Havan acredita no SBT e no Brasil. Estamos todos juntos torcendo pela nossa seleção e pelo sucesso desta competição", disse.

##RECOMENDA##

O acordo entre Havan e SBT refere-se exclusivamente às transmissões dos jogos e ocorre justamente após empresas que patrocinam diretamente a Copa América desistirem de exibirem as suas marcas no torneio em meio a críticas à competição. A Mastercard foi a primeira a anunciar a sua saída da Copa América, na terça-feira. Depois, Ambev e Diageo fizeram o mesmo.

Inicialmente, o torneio continental seria realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de Covid-19. O Brasil, então, decidiu receber a competição na semana passada.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) encaminhou na segunda-feira ofício para que a CBF, Estados e municípios sedes de jogos da Copa América sejam investigados por eventuais "atos violadores dos direitos à vida e à saúde". Também serão alvos do Ministério Público Federal o SBT e a Disney, responsáveis pela transmissão dos jogos, além das patrocinadoras. Foram citadas Mastercard, Ambev, Latam, Semp TCL, Diageo, Kwai, Betsson e TeamViewer21 e Betfair22.

Os procuradores alegam que a realização da Copa América no Brasil não tem garantias de que não haverá alta transmissibilidade e também que o evento colocará em risco a saúde dos funcionários ligados à competição - jogadores, comissão técnica, jornalistas, seguranças e serviços auxiliares.

No próximo domingo (13) começam a ser disputados os primeiros jogos da Copa América no Brasil. Inicialmente, o torneio estava programado para acontecer na Colômbia e Argentina, mas por motivos políticos e sanitários, em virtude da Covid-19, ambos abriram mão de sediar o evento. A pedido da Conmebol, o governo brasileiro aceitou o convite para receber o evento, mesmo com os números altos de infecções e mortes pelo novo coronavírus.

Com a definição do país sede, a página oficial da Copa América divulgou que Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro serão as regiões brasileiras responsáveis por receber as partidas de futebol. Em resposta na publicação, um dos comentários de maior repercussão, foi de um brasileiro que disse: “Não queremos Copa América”. Entre outras reações, até mesmo estrangeiros se expressaram: “Pobres brasileiros. Milhares morrendo por dia e agora vão sediar a Copa América”.

##RECOMENDA##

Apesar da repercussão negativa que a realização da  Copa América neste momento tem gerado, segundo Marco Antonio Pedroni,  especialista em medicina esportiva e professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), é possível realizar competições esportivas de grande escala, desde que todos os protocolos de saúde contra o vírus sejam seguidos com rigor por todos os profissionais envolvidos, desde atletas, treinadores e membros das delegações esportivas.

Dentre os protocolos recomendáveis  é a testagem destes participantes, para identificar se os indivíduos têm o vírus. A partir das qorientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Pedroni aponta que diante da suspeita ou no diagnóstico da doença, é necessário realizar o afastamento do indivíduo dentro de um período que varia entre 10 a 14 dias. “Nós não temos uma casuística de aumento de casos quando se seguem todos os protocolos de gerenciamento de risco e cuidado”. Já quando se trata da possibilidade de torcedores e plateia nos estádios, é necessário entender o que as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde orientam.

Apesar da possibilidade em se realizar os eventos esportivos, na visão do especialista, existem chances de novas variantes do coronavírus chegarem ao Brasil, não apenas por conta de eventos esportivos, mas também quando se trata de viagens, caso os protocolos não sejam seguidos. “Temos pacientes chegando nos nossos aeroportos internacionais onde não é realizado nenhum tipo de teste. Então, da mesma forma que os atletas podem trazer novas variantes, nossos viajantes também podem”, afirma.

Este foi o caso de um homem de 32 anos, morador do município de Campos de Goytacazes no Rio de Janeiro, que estava na Índia e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 22 de maio deste ano. Após o diagnóstico de sua testagem, foi identificado que o indivíduo carregava consigo a variante indiana do vírus: B.1.617. Entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou o caso quando o homem já estava no Rio de Janeiro.  

Algumas regiões do planeta estão realizando eventos esportivos, como as Olimpíadas no Japão e podem servir de exemplo sobre como lidar com a organização de uma competição que abrange dezenas de pessoas envolvidas. Segundo o especialista, este é um caso em que os cuidados estão sendo tomados com todo o rigor possível. “Fazendo esse controle, não acredito ser um fator preocupante na vinda de novas variantes com os participantes dessas atividades. Mas, novamente:desde que sejam respeitados os critérios e cuidados de averiguação, se as pessoas têm ou não alguma suspeita de contaminação”, finaliza.

 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira para permitir a realização da Copa América no Brasil. Os ministros Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram contra pedidos para vetar a competição marcada para começar no próximo domingo, em Brasília, com a partida entre a seleção brasileira e a Venezuela.

O debate se dá agora em torno da necessidade ou não de apresentação de um plano ao STF, a ser elaborado pelo governo federal, com medidas preventivas para evitar a disseminação do coronavírus durante o evento. A proposta partiu de Lewandowski e foi subscrita por Fachin.

##RECOMENDA##

"O Governo Federal tem a obrigação de tornar públicas, com a celeridade que as circunstâncias exigem, considerada, especialmente, a proximidade do início dos jogos da Copa América 2021, as providências que adotou, ou que pretende adotar, para garantir a segurança da população durante o evento e, de modo particular, a dos torcedores, jogadores, técnicos, integrantes das comitivas e profissionais de imprensa que ingressarão no País", diz um trecho do voto de Lewandowski, que é relator de um dos pedidos para vetar o torneio.

O tribunal analisa, ao mesmo tempo, três processos movidos pelo PT, pelo PSB e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos contra a realização da competição. Os julgamentos simultâneos estão sendo feitos no plenário virtual - plataforma que permite aos ministros analisarem os processos e incluírem os votos no sistema sem a necessidade de reunião presencial ou por videoconferência.

O requerimento do PT foi enviado a Lewandowski na forma de adendo dentro da ação que obrigou o governo federal a apresentar um plano nacional de imunização contra o coronavírus. Já as ações do PSB e da Confederação Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos acabaram sendo distribuídas ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, que solicitou a sessão virtual extraordinária para discutir o caso.

Os seis ministros defenderam negar o pedido da associação de classe por questões processuais. Já sobre a ação enviada pelo PSB, a maioria considerou que a decisão sobre a realização do evento cabe aos gestores públicos estaduais e municipais que vão sediar os jogos. Apesar do sinal verde, Cármen Lúcia observou que eles podem ser responsabilizados caso coloquem em risco a saúde da população.

"A promoção de eventos que convidam ou possibilitam a aglomeração, restritos às opções políticas e à condução administrativa de competência do Poder Executivo, é ainda mais gravosa em ambiente de colapso do Sistema Único de Saúde, castigado pela carência de recursos no atendimento hospitalar da fração de pessoas internadas ou à espera de leitos de tratamento intensivo, sem os quais a mortalidade é significativamente maior e terrivelmente sofrida", escreveu.

Como adiantou o Estadão, a maior parte dos ministros não vê problemas na realização da competição uma vez que os jogadores serão submetidos a testes para diagnosticar infecção por covid-19 e a disputa não terá público.

A Copa América começa neste domingo (13), com a partida entre Brasil x Venezuela. Os direitos de transmissão são do SBT. Mas, segundo o portal Notícias da TV, a Globo teria prometido comprar os direitos do torneio para que a Conmebol desistisse de processo movido contra a emissora.

Apesar de toda a polêmica sobre a realização da Copa América no Brasil em meio à pandemia, os problemas da Globo com a Conmebol vem de antes.

##RECOMENDA##

A celeuma começou quando a TV Globo rompeu o contrato dos direitos de transmissão da Libertadores, com dois anos de antecedência, alegando crise econômica causada pela pandemia do Covid-19. O contrato previa pagamento de $ 60 milhões de dólares por ano.

Por conta da rescisão, a Conmebol acionou a Globo, pedindo $ 120 milhões de dólares de indenização. De quebra, a ação na justiça impossibilitava a emissora de concorrer aos direitos de transmissão da Copa América.

Com isso, segundo o Notícias da TV, Jorge Nóbrega (Presidente executivo da Globo), Paulo Marinho (Diretor dos canais Globo) e Pedro Garcia (Diretor de Aquisição de Direitos) foram pessoalmente ao Paraguai pedir desculpas e tentar convencer a Conmebol a desistir do processo movido contra eles, prometendo a compra dos direitos da Copa América e da Libertadores até 2025, antecipadamente.

Após a decisão de Mastercard de não ativar suas marcas na Copa América, torneio no qual é patrocinadora, outras empresas estão tomando o mesmo caminho. Nesta quarta-feira (9), a Ambev anunciou sua decisão. "Ambev informa que suas marcas não estarão presentes na Copa América. A companhia segue com seu compromisso e apoio ao futebol brasileiro", disse.

O afastamento de importantes patrocinadores ocorre em um momento turbulento da principal competição de seleções na América do Sul. Segundo Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports & Marketing, a postura da Mastercard, e agora da Ambev, é inédita. "Achei um posicionamento extremamente estratégico, nunca tinha visto uma situação como esta. A sacada da Mastercard faz com que outras sigam esse caminho. Não me surpreenderei se isso ocorrer", comenta.

##RECOMENDA##

A Copa América deveria ter sido disputada em 2020, mas, por causa da pandemia de Covid-19, foi adiada. A realização conjunta entre Colômbia e Argentina rompeu quando o primeiro, por problemas sociais no país, abriu mão de receber as partidas. Depois, a Argentina também optou por pular fora, por causa da dificuldade em lidar com o coronavírus.

A partir daí, o Brasil sinalizou que poderia receber, mas em um momento que a pandemia registra números altíssimos. "O evento vem demonstrando uma insegurança há um certo tempo e o cenário não é favorável à imagem. Quando a gente pensa em evento esportivo, imagina algo alegre, que vai unir os povos, que terá interação. Mas as polêmicas provocam desgastes e o resultado disso é o posicionamento da Mastercard. Ela (a empresa) continua achando a Copa América um baita evento, mas preferiu não se associar neste momento", explica Wolff.

O especialista em marketing lembra que as marcas estão se posicionando cada vez mais, seja de forma natural ou por pressão dos consumidores. "Uma postura como a da Mastercard e agora da Ambev mostra que as empresas não estão muito à vontade com o que está acontecendo. Então elas se posicionam de forma estratégica, mas também existe um marketing por trás disso, pois as pessoas enxergam os valores da empresa."

Procuradas pelo Estadão, outras empresas como Kwai, TCL, Betsson e Diageo, que patrocinam ou negociam para apoiar a Copa América, ainda não se manifestaram.

MAIS POLÊMICAS - A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) encaminhou na segunda ofício para que a CBF, Estados e municípios sedes de jogos da Copa América sejam investigados por eventuais "atos violadores dos direitos à vida e à saúde". Também serão alvos do Ministério Público Federal o SBT e a Disney, responsáveis pela transmissão dos jogos, além de algumas patrocinadoras.

Os procuradores alegam que a realização da Copa América no Brasil não tem garantias de que não haverá alta transmissibilidade e também que o evento colocará em risco a saúde dos funcionários ligados à competição - jogadores, comissão técnica, jornalistas, seguranças e serviços auxiliares. Para piorar o cenário, nesta quinta o Supremo Tribunal Federal fará uma sessão virtual extraordinária para discutir uma eventual suspensão da realização da competição.

E tudo isso ocorre em um momento de tensão na CBF. O presidente, Rogério Caboclo, está afastado por 30 dias do cargo para se defender da acusação de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade. Ele foi o principal articulador da vinda da Copa América para o Brasil junto à Conmebol e ao governo federal - o presidente Jair Bolsonaro está dando total apoio à realização do torneio no País.

A Copa América tem início agendado para domingo. Em Brasília, no estádio Mané Garrincha, às 18h, a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, pelo Grupo B. No mesmo dia, às 21h, Colômbia e Equador duelarão na Arena Pantanal, em Cuiabá. Os jogos também ocorrerão em Goiás e o no Rio de Janeiro. A final do torneio está marcada para 10 de julho, no Maracanã.

O técnico Tite revelou, nesta quarta-feira, a lista com o nome dos 24 jogadores que defenderão a seleção brasileira na disputa da Copa América, com início previsto para o próximo domingo.

Tite manteve o mesmo grupo que disputou as duas últimas partidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, com vitórias sobre Equador e Paraguai. A única alteração é a ausência do zagueiro Rodrigo Caio, que foi chamado nos dois jogos para substituir Thiago Silva, recuperado de lesão.

##RECOMENDA##

Os jogadores se apresentam na sexta-feira, em São Paulo. O Brasil estreia na Copa América, domingo, contra a Venezuela, na Arena Mané Garrincha, em Brasília.

Confira a lista:

GOLEIROS

Alisson - Liverpool (ING)

Ederson - Manchester City (ING)

Weverton - Palmeiras

LATERAIS

Alex Sandro - Juventus (ITA)

Danilo - Juventus (ITA)

Emerson - Barcelona (ESP)

Renan Lodi - Atlético de Madrid (ESP)

ZAGUEIROS

Éder Militão - Real Madrid (ESP)

Felipe - Atlético de Madrid (ESP)

Marquinhos - Paris Saint-Germain (FRA)

Thiago Silva - Chelsea (ING)

MEIO-CAMPISTAS

Casemiro - Real Madrid (ESP)

Douglas Luiz - Aston Villa (ING)

Everton Ribeiro - Flamengo

Fabinho - Liverpool (ING)

Fred - Manchester United (ING)

Lucas Paquetá - Lyon (FRA)

ATACANTES

Everton - Benfica (POR)

Gabriel Barbosa - Flamengo

Gabriel Jesus - Manchester City (ING)

Neymar Jr. - Paris Saint-Germain (FRA)

Richarlison - Everton (ING)

Roberto Firmino - Liverpool (ING)

Vini Jr - Real Madrid (ESP)

Na manhã desta quarta-feira (9), em entrevista à Rede Meio Norte, emissora de TV de Teresina, no Piauí, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que a realização da Copa América no Brasil seria “desnecessária”.

“O Bolsonaro resolveu trazer pra cá porque o Bolsonaro tá querendo recuperar o prestígio, e ele sabe que o futebol é uma coisa muito importante do ponto de vista da população brasileira. Eu sinceramente não sei qual será a decisão, eu fico preocupado porque eu gosto de futebol, gosto de ver a seleção brasileira jogar, mas eu, sinceramente, acho desnecessário ”, disse o petista, quando questionado sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que irá debater, nesta quinta-feira (10), se mantém o campeonato no país.

##RECOMENDA##

O ex-presidente também afirmou que sua candidatura para as eleições presidenciais de 2022 ainda não está confirmada, e que, caso dispute com Jair Bolsonaro (sem partido) um eventual segundo turno, não entrará em brigas. “Eu não sou de instigar ódio. Toda vez que perdi uma eleição nunca contestei o resultado. Vamos fazer uma campanha do jeito que a gente sabe fazer: conversando com o povo e não fazendo o jogo rasteiro dos nossos adversários. Da minha parte será 'Lulinha paz e amor' sempre", disse.

Sobre a articulação de uma “terceira via”, defendida por adversários de centro-direita e alguns setores progressistas para evitar uma eventual polarização, Lula rebateu: “Não existe neutralidade em eleição. É bom que o povo saiba bem claro o que cada um representa”. Ele ainda disse que a suposta polarização “só acaba depois das eleições”, citando os exemplos de quando disputou o cargo no Planalto com candidatos do PSDB.

Também durante a entrevista, o ex-presidente teceu críticas ao governo federal e o enfrentamento da pandemia. De acordo com ele, o Brasil poderia ter evitado “pelo menos metade das mortes”, se os acordos de vacinas não tivessem sido ignorados. “A verdade é que o presidente não está nem aí para a saúde do povo brasileiro”, finalizou Lula.

A realização da Copa América no Brasil está cercada de grande polêmica. Uma competição continental que reunirá delegações de vários países em meio à pandemia que já matou quase 500 mil pessoas no Brasil. Uma pesquisa divulgada pelo colunista Lauro Jardim mostra que a maioria dos brasileiros – cerca de 65% - é contra a realização do torneio por aqui.

O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Locomotiva e apontou que 65% dos brasileiros são contra a Copa América no Brasil, enquanto 35% são a favor. Segundo Jardim, a pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 7 de junho, com cerca de mil pessoas, entre homens e mulheres, acima de 16 anos.

##RECOMENDA##

A seleção que deixou em dúvida sua participação na Copa América, confirmou presença na última segunda (7). A competição começa no domingo (13), em partida de abertura entre Brasil x Venezuela, às 18h, no Estádio Nacional de Brasília.

Capitão da seleção brasileira na vitória sobre o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, o zagueiro Marquinhos afirmou na noite desta terça-feira (8) que o elenco atual da equipe não se negou a defender o Brasil na Copa América, que será disputada em solo nacional a partir de domingo. Mas evitou confirmar a participação dos jogadores do time na competição.

"Sabemos de todo o contexto da Copa América. Creio que foi muito discutido nos últimos dias internamente e externamente. A gente vê tudo o que as pessoas falam mesmo sem saber da verdade dos fatos", disse Marquinhos, sem especificar os "fatos".

##RECOMENDA##

A participação da seleção na Copa América havia se tornado uma incógnita em razão da insatisfação dos jogadores com a decisão da CBF de aceitar o convite da Conmebol em sediar a competição no Brasil sem consultar o elenco. O torneio estava marcado inicialmente para Colômbia e Argentina, mas os dois países desistiram por questões internas e também em razão da pandemia.

De última hora, a Conmebol consultou a CBF, que recebeu o aval do governo federal para receber o grande evento. Na sequência, a relação entre o elenco e o presidente Rogério Caboclo piorou em uma reunião em que os jogadores se sentiram desrespeitados. A situação, contudo, foi amenizado com o afastamento temporário de Caboclo da presidência da CBF devido a uma acusação de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade.

A Copa América, então, se tornou alvo da polarização política do País e o técnico Tite e os jogadores foram alvos de diversas críticas nas redes sociais. "Quero deixar claro que em momento algum os jogadores se negaram a vestir essa camisa. Porque isso aqui é o nosso sonho de criança, víamos todos na televisão e sonhávamos um dia estar aqui. E hoje estamos aqui. É o maior orgulho para a gente estar vestindo essa camisa da seleção brasileira", disse Marquinhos, em tom de desabafo.

O zagueiro, contudo, deixou em aberto qual será a postura dos jogadores em relação à Copa América, apesar de o elenco já ter indicado que disputará o torneio. "Fizemos o que tínhamos de fazer, nestes dois jogos (das Eliminatórias da Copa), que era o nosso foco do momento. E a partir de agora vamos ver o que será decidido", declarou.

"Como todos vêm falando, sabemos que existe uma hierarquia. Somos jogadores, somos cientes do nosso papel, que é importante, mas só queria deixar bem claro que em nenhum momento nos negamos a vestir essa camisa", reiterou.

Sobre o jogo, o zagueiro comemorou a vitória por 2 a 0, que encerrou um jejum brasileiro no Paraguai. "Graças ao bom trabalho, creio que fizemos um excelente jogo. Sabemos da dificuldade que é jogar aqui. Historicamente, desde 1985 o Brasil não ganha aqui e foi isso que viemos buscar. E estamos felizes de abrir esses pontos importantes na ponta da tabela contra o segundo colocado", afirmou, referindo-se à vantagem do Brasil na liderança da tabela - 18 contra 12 da Argentina.

"Creio que foi uma partida de alto nível. Gostei muito. O time do Paraguai cresceu muito nos últimos tempos. Foi um jogo de detalhes, onde a gente conseguiu fazer esse gol logo no começo. E isso nos deu uma tranquilidade muito maior de trabalhar a bola, de ter mais segurança. E o Paraguai teve que sair para buscar o resultado e conseguimos matar o jogo no final."

Por meio das redes sociais, os jogadores da seleção brasileira divulgaram o manifesto sobre a realização da Copa América no Brasil, após a vitória sobre o Paraguai nesta terça-feira (8), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. No texto, os atletas se posicionaram contra a competição que começa no domingo (13), em solo nacional, mas confirmaram a participação. "Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira."

No manifesto, os jogadores explicam que não houve tentativa ou sugestão de boicote à Copa América. Assim se limitaram a expor o desconforto com as mudanças de sede e dificuldades com a organização. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais, nos últimos dias, para criticar a postura da seleção, principalmente do técnico Tite, contrária ao evento no Brasil.

##RECOMENDA##

"Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil.Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização", dizem os jogadores, no manifesto.

"É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia, estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros."

As informações sobre o descontentamento de integrantes da seleção brasileira surgiram logo após o anúncio de que o Brasil passaria a receber o evento, diante das negativas de Colômbia e Argentina, países que originalmente abrigariam a competição. A insatisfação de jogadores e comissão técnica veio ao encontro da repercussão negativa em sediar a Copa América no Brasil mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus com números que ultrapassam os 470 mil mortos.

Além da situação da pandemia, outro fator que abalou a relação da seleção com a direção da CBF foi a falta de aviso e consulta aos atletas sobre a vinda do torneio para o País. Jogadores ficaram decepcionados com a postura do presidente afastado Rogério Caboclo. O dirigente é acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade. O afastamento será pelo prazo de 30 dias.

Antes do duelo com o Equador, na última sexta-feira, o técnico Tite já havia pedido que seus comandados se concentrassem na missão de levar o País a mais uma Copa do Mundo. Mas deixou clara a insatisfação de sua parte e também dos atletas. Após o jogo, o volante Casemiro não entrou em maiores detalhes e reforçou as informações anteriores repassadas pelo treinador.

Nesta quarta-feira, Tite fará uma nova convocação para definir os nomes que atuarão na competição sul-americana. A expectativa é que haja mudanças, uma vez que alguns atletas podem ser chamados para atuar pela seleção olímpica. O Brasil defende o ouro em Tóquio, e alguns jogadores já se mostraram interessados em participar novamente dos Jogos.

A Copa América tem início agendado para 13 de junho. Em Brasília, no estádio Mané Garrincha, às 18h, a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, pelo Grupo B. No mesmo dia, às 21h, Colômbia e Equador duelarão na Arena Pantanal, em Cuiabá. Em 14 de junho, será a vez da Argentina começar sua jornada na competição, enfrentando o Chile, no Engenhão, às 18h. Mais tarde, às 21h, Paraguai e Bolívia jogam em Goiânia. A final do torneio está marcada para 10 de julho, no Maracanã.

 

Confira abaixo o manifesto na íntegra:

"Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.

Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil.

Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.

É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia, estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.

Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira."

A Mastercard desistiu de expor a sua marca durante a Copa América no Brasil, que começa no domingo. Em meio à pandemia do novo coronavírus e com o aumento das críticas à realização do torneio no País, a empresa decidiu não mais exibir a sua marca nas placas de publicidade à beira dos gramados, nas entrevistas de jogadores e integrantes das comissões técnicas e também em outras ações de marketing.

"Após análise criteriosa, decidimos por não ativar nosso patrocínio à Copa América no Brasil", diz nota da Mastercard enviada ao Estadão.

##RECOMENDA##

Inicialmente, o torneio continental seria realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de Covid-19. O Brasil, então, decidiu receber a competição na semana passada.

A decisão da Mastercard ocorre depois que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) encaminhou na segunda-feira (7) ofício para que a CBF, Estados e municípios sedes de jogos da Copa América sejam investigados por eventuais "atos violadores dos direitos à vida e à saúde". Também serão alvos do Ministério Público Federal o SBT e a Disney, responsáveis pela transmissão dos jogos, além das patrocinadoras. Foram citadas Mastercard, Ambev, Latam, Semp TCL, Diageo, Kwai, Betsson e TeamViewer21 e Betfair22.

Os procuradores alegam que a realização da Copa América no Brasil não tem garantias de que não haverá alta transmissibilidade e também que o evento colocará em risco a saúde dos funcionários ligados à competição, como jogadores, comissão técnica, jornalistas, seguranças e serviços auxiliares.

A Copa América tem início agendado para domingo. Em Brasília, no estádio Mané Garrincha, às 18h, a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, pelo Grupo B. No mesmo dia, às 21h, Colômbia e Equador duelarão na Arena Pantanal, em Cuiabá. Em 14 de junho, será a vez da Argentina começar sua jornada na competição, enfrentando o Chile, no Engenhão, às 18h. Mais tarde, às 21h, Paraguai e Bolívia jogam em Goiânia. A final do torneio está marcada para 10 de julho, no Maracanã.

Cinco dias antes do início da Copa América, a Conmebol detalhou o protocolo sanitário que será implementado para evitar a disseminação da covid-19 entre atletas, membros da comissão técnica e todas as outras pessoas que farão parte do evento no Brasil, que decidiu sediar o torneio depois das desistências de Colômbia e Argentina.

É "altamente recomendado" que as dez delegações da competição tenham todos os integrantes vacinados. E com o respectivo comprovante em mãos aos visitantes a ser apresentado ainda no aeroporto. A recomendação se estende aos árbitros. No entanto, de acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, as delegações não precisarão ser vacinadas.

##RECOMENDA##

De acordo com o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, seis das dez equipes já estão imunizadas e duas vão completar a imunização nesta semana. Serão 650 pessoas de dez delegações, além de 450 funcionários ligados à Conmebol espalhados por Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro, as quatro sedes escolhidas para abrigar as partidas.

A Conmebol reforçou que as nove seleções visitantes, mais o Brasil, devem ficar isoladas no hotel de suas respectivas concentrações, saindo apenas para treinos e jogos. Não serão permitidas saídas sem autorização, tampouco a recepção de convidados. A entidade ameaça quem desrespeitar com multa inicial de US$ 15 mil. E todos os envolvidos nas delegações passarão por testes de covid-19 a cada 48 horas.

Os exames serão feitos com o RT-PCR e nenhum teste será realizado pelo SUS. Todos os atletas terão direito a seguro de vida e, caso haja necessidade, serão atendidos por hospitais privados.

Outra recomendação é que as hospedagens sejam individuais. Caso não seja possível, a distância indicada entre jogadores ou integrantes das determinadas seleções em seus quartos é de dois metros. O uso da máscara é imprescindível em todos os locais com mais de uma pessoa. Ficar hospedado em apenas um andar também é uma exigência.

A medida da temperatura será contínua. Na entrada do ônibus ou antes de iniciar o treinamento. Ninguém pode trabalhar caso tenha 37,4° ou mais. Os centros de treinamentos devem ter o mínimo de pessoas possível. Todos devem fazer desinfecção antes e após os trabalhos. Os banhos serão apenas no hotel e máscaras úmidas devem ser descartadas e trocadas. As equipes farão uso de voos fretados e ônibus individuais, que serão higienizados antes e depois da utilização.

Dentro de campo, alguns hábitos comuns não serão autorizados, como a tradicional troca de flâmulas antes de a bola rolar e de camisas entre os oponentes, mesmo após o apito final. Nada, também, de beijar a bola. As cuspidas, algo costumeiro de jogadores e, sobretudo, técnicos, estão vetadas, assim como ninguém pode assoar o nariz durante o jogo. Deu sede? Cada um deve usar sua garrafa individual.

Nas entrevistas coletivas, a máscara é item obrigatório. Os entrevistados podem abrir mão do item caso estejam em uma distância de dois metros. Repórteres não podem tirá-las.

O Ministério da Saúde aprovou todas as medidas adotadas pela Conmebol em conjunto com a CBF. O ministro Marcelo Queiroga disse nesta terça-feira que não existem provas de que "a prática de esportes aumenta o nível de contaminação dos atletas e da comissão técnica pelo coronavírus".

Afirmou, também, que os protocolos são seguros e permitem a realização da Copa América no Brasil. Ele reiterou, porém, que a decisão de fazer o evento no País não é de competência do Ministério da Saúde.

O Supremo Tribunal Federal marcou uma sessão emergencial para colocar em pauta as ações que pedem o cancelamento da realização da Copa América 2021 no Brasil. O pedido para a presidência do STF partiu da ministra Cármen Lúcia e vai acontecer na quinta-feira (10).

Cármen Lúcia solicitou ao ministro Luiz Fux, presidente da corte, que a ação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), através do deputado Júlio César Delgado, fosse apreciada com urgência pelo STF. Segundo o despacho, o tema é de extrema importância e requer ‘excepcional urgência’. 

##RECOMENDA##

A partir desta quarta-feira (9), a Advocacia Geral da União, que defende o governo na Ação, e os advogados do PSB iniciarão suas sustentações oral sobre o caso, que deve ter um desfecho até o fim da semana, podendo inclusive cancelar a realização do torneio, bastante defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Seleção Brasileira

Nesta terça-feira (8), também existe uma expecativa em torno de um manifesto dos jogadores da Seleção Brasileira que, descontentes com a gestão de Rogério Caboclo, afastado do cargo do presidente depois de sofrer uma denuncia de assédio sexual de uma funcionária da CBF, ameaçam não participar do torneio.

Porém, com Rogério fora do cargo, o tom, de acordo com informações, mudou e os jogadores devem participar da competição, sob protesto. Após o jogo desta terça pelas Eliminatórias da Copa do Mundo contra o Paraguai os jogadores prometem vir a público.

Em depoimento nesta terça-feira (8) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a realização da Copa América de Futebol no país não gera risco adicional de contaminação pelo novo coronavírus. De acordo com o ministro, a competição não vai gerar aglomeração de pessoas, e os protocolos de segurança, se seguidos, não vão colocar a saúde dos jogadores e das comissões técnicas em risco.

Após ser questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre as orientações da pasta para autorizar a realização do evento no Brasil, Queiroga disse que a prática de esportes está liberada no país e que até o momento a realização de competições, como o Campeonato Brasileiro de Futebol, não tem gerado risco de contaminação. O início da competição está previsto para o próximo dia 13.

##RECOMENDA##

“Não consta que essa prática [futebol] aumente o risco de circulação do vírus e que possa colocar em risco a vida dos jogadores ou das comissões técnicas”, disse Queiroga. “Esse evento [Copa América] não é de grande proporções, é um evento pequeno, sem um grande número de pessoas. Se os protocolos de segurança apresentados pelo ministério forem cumpridos, não teremos riscos adicionais aos jogadores dessa competição. Essa é a posição do Ministério da Saúde neste momento”, afirmou.

Queiroga disse ainda que não há exigência obrigatória de vacinação contra a Covid-19 dos atletas para a realização de competições esportivas no país e que, por isso, não poderia cobrar a vacinação das seleções de outros países. Ainda de acordo com o ministro, a circulação dos jogadores será restrita, com exigência do uso de equipamentos de proteção individual e testagem das delegações.

Esta é a segunda vez que Queiroga depõe à CPI. Ele foi reconvocado pelos senadores, um mês após dar seu primeiro depoimento à comissão. 

“O ministro retorna a essa comissão após uma depoimento repleto de omissões e algumas tentativas de obviamente não responder ao que nos havíamos perguntado, o que tornou a sua volta à CPI inevitável”, afirmou o relator.

Ao falar aos senadores, o ministro disse que a sua prioridade no comando da pasta é aumentar a vacinação no país e voltou a repetir que o país vai vacinar a população adulta até o final do ano.

“Acredito fortemente que o caráter pandêmico dessa doença só será cessado com uma campanha forte de vacinação. Por isso que trabalho todos os dias fortemente para acelerar essa campanha”, disse o ministro. “Já ultrapassamos a marca de 105 milhões de doses entregues a estados e municípios, o que coloca o Brasil em uma posição de estar entre os cinco países que mais doses de vacina distribuiu à sua população”, acrescentou.

Queiroga também foi perguntando sobre o comportamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a pandemia. Durante a reunião, Renan Calheiros mostrou vídeos em que o presidente aparece em aglomerações com apoiadores, sem máscara.

O ministro disse que sua função é aconselhar o presidente, mas que não poderia fazer juízo de valor a respeito do comportamento dele. “As imagens falam por si só. Eu estou aqui como ministro da Saúde para ajudar o meu país e não vou fazer juízo de valor a respeito do presidente da República”, disse.

No início da sessão, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), informou que o colegiado adiou a deliberação sobre requerimentos de convocação de testemunhas e de quebra dos sigilos telefônico e telemático. Segundo Aziz, a comissão deve votar os requerimentos até a próxima quinta-feira (10).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que a vacinação contra a covid-19 das comitivas que disputarão a Copa América no Brasil não será obrigatória. A competição começa no próximo domingo. "Exigir-se a vacinação ou vacinar os atletas neste momento não traria imunidade até o início da competição", afirmou Queiroga, durante entrevista coletiva.

O ministro citou outros exemplos de competições que têm acontecido sem a exigência de vacinação, como o Campeonato Brasileiro. Segundo Queiroga, outros eventos internacionais que, em contrapartida, exigiram a imunização dos participantes, como é o caso dos Jogos Olímpicos, não podem ser usados para comparação, uma vez que reúnem número maior de participantes, de todo o mundo, em uma única vila de atletas.

##RECOMENDA##

"Não será uma imposição a questão da vacina. Os que estiverem vacinados melhor, mas não se fará um esforço maior para se vacinar estes atletas agora, até porque a vacina poderia causar algum tipo de reação e isso poderia comprometer o ritmo competitivo dos jogadores", disse o ministro da Saúde.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.

Para o ministro da Saúde, sobre os encontros de torcidas vistos durante o Campeonato Brasileiro, as aglomerações acontecem independente da realização de partidas de futebol. Queiroga reforçou que "não há motivo sanitário para vedar a realização da Copa América no Brasil". "Pode torcer na sua casa. Se vai fazer festa em casa, a consciência é de cada um. Nós não recomendamos isso. Não é essa Copa América que vai fazer isso aumentar ou diminuir. Não é, nós sabemos", afirmou.

"Acho que (a Copa América) ser aqui no Brasil - sem fazer considerações aos sistemas sanitários dos outros países - oferece garantia aos nossos atletas de que teremos uma segurança sanitária adequada", afirmou. A realização do evento esportivo em território brasileiros acontece após a recusa de Colômbia e Argentina em sediá-lo.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.

O comentarista esportivo Walter Casagrande Júnior disse ser uma "covardia" o possível manifesto de jogadores da seleção brasileira sobre a disputa da Copa América no país. Ele comentou o caso na edição do Globo Esporte desta segunda-feira (7). 

Para Casagrande, os atletas precisam "tomar uma atitude de verdade, de homem". A Seleção Brasileira deve anunciar a participação no evento, mas publicar um manifesto criticando a realização da Copa América. "Manifesto? Esquece, gente. Ou joga ou não joga. Esquece esse negócio de 'vamos jogar, mas somos contra isso'. Toma uma atitude de verdade, de homem. Covardia isso que os jogadores vão fazer, é uma covardia."

##RECOMENDA##

Ele continua: "O Brasil estava precisando de uma atitude de homem e de peso da seleção brasileira. O Brasil está em uma crise sanitária enorme, e não é por causa do Caboclo que nós não queremos a Copa América aqui. Caboclo é outro problema."

O comentarista também criticou o vídeo em que Flávio Bolsonaro (Patriotas) faz acusações contra o técnico Tite. "Hoje o Flávio Bolsonaro gravou um vídeo acusando o Tite, jogando ele no meio da arena com os leões. Injustiça. O Tite é o treinador da seleção brasileira. Foi unânime lá atrás. Está em primeiro nas Eliminatórias. Qual o motivo de fazer isso com o Tite? É covardia", disse.

Casagrande ainda mencionou os casos recentes envolvendo assédio dentro do futebol. "Sobre o Caboclo, está pipocando muita coisa no futebol brasileiro. tem essa situação do Neymar, que a gente não sabe; tem o Robinho condenado na Itália; e agora o Caboclo sendo acusado. É muita coisa de assédio e de machismo dentro do futebol brasileiro e isso é só a ponta do iceberg", comentou.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) usou a sua conta no Instagram, no último domingo (6), para acusar o técnico da seleção brasileira de futebol, Tite, de ser “hipócrita” e “puxa-saco” do ex-presidente Lula (PT). No vídeo publicado na rede social, o filho do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda afirmou contar com os jogadores da seleção masculina para evitar um possível boicote à Copa América sediada no Brasil.

“A gente não viu o Tite falando nada quando a Copa América seria sediada na Argentina. Bastou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pedir para o presidente Bolsonaro a autorização para que ela acontecesse aqui no Brasil, para que o Tite se posicionasse politicamente. É um hipócrita, porque a gente tem vários vídeos dele no passado, onde ele faz referências e puxa o saco do ex-presidente Lula”, disse o parlamentar.

##RECOMENDA##

De acordo com o senador, os comentários negativos gerados em torno da realização da Copa América no país teriam relação com um embate existente entre a Rede Globo e SBT, emissora responsável pela veiculação dos jogos na chamada rede aberta. “Sobre essa polêmica da Copa América, todos nós sabemos que não é sobre saúde. E sim, sobre Globo ‘versus’ SBT, uma vez que é o SBT que vai transmitir com exclusividade a Copa América”, criticou.

Flávio Bolsonaro chegou a afirmar que a competição “seria perfeitamente possível de ser realizada aqui, uma vez que nós já vacinamos mais de 70 milhões de brasileiros”. A afirmação de Flávio, no entanto, não está completa. De acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de Saúde, o Brasil contabiliza 48.734.903 pessoas imunizadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, cerca de 43% da população. Já a segunda dose, foi aplicada em outras 22.896.108, totalizando 10,81% de brasileiros completamente imunizados contra a doença.

Segundo o parlamentar, o “nosso sistema de saúde tem suportado bem até o momento todas as demandas que são necessárias”. Até o final de maio, contudo, as solicitações por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento do novo coronavírus cresceram em todo o Brasil, resultando na ocupação de mais de 100% na rede pública de três capitais. Ao todo, eram dez capitais com ocupação de leitos acima de 90%.

Flávio Bolsonaro ainda usou como exemplo a transmissão feita pelo canal da TV por assinatura, SporTV3, do torneio de Roland Garros. “Estão vendo lá? Bastante gente nas arquibancadas, seguindo todos os protocolos”, afirmou. A competição é realizada na França, onde 20,38% da população já recebeu a segunda dose do imunizante contra a Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde francês.

“Então, pessoal, faço um apelo especial aos jogadores da seleção brasileira. Não se deixem ser usados num momento como esse”, afirmou. “Não abram mão de fazer o trabalho de vocês por qualquer razão que seja, porque hoje a pseudojustificativa é a Covid. Amanhã pode ser uma outra coisa com que vocês não concordem”, finalizou o senador.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando