Tópicos | CPI da Petrobras

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou, para a tarde desta terça-feira (06), uma reunião com os líderes partidários do Senado e da Câmara para resolver o impasse sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar denúncias envolvendo a Petrobras. Existem dois requerimentos aprovados sobre a abrangência do colegiado, uma para que seja composta apenas por senadores e outro com a participação dos deputados federais. 

Governo e oposição seguem em desacordo em relação à questão. Para o líder do DEM na Câmara, o deputado Mendonça Filho, a apuração mista tem "mais força e poder". "Defendo a CPI mista até porque não dá para você abrir mão da participação da Câmara. Esse é um assunto que o Congresso precisa apurar", cravou. 

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Já para o senador Humberto Costa e líder do PT na Casa, a CPI mista vai cravar "mais disputas políticas do que investigação". "A CPI da Petrobras no Senado tem condições de fazer um resultado muito mais sereno e chegar ao que a população deseja que são as investigações de supostas irregularidades da Petrobras. Já tivemos episódios de CPI mistas como a do Cachoeira  que foram oito meses de ataques recíprocos e no final, não tivemos nenhuma resolução nem relatório”, exemplificou Costa. 

 

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso Nacional, deverá ser o indicado para assumir a relatoria da CPI da Petrobras no Senado. Segundo o petista, a bancada na Casa já debateu o assunto, mas a questão só será fechada definitivamente na próxima terça-feira (6), data em que o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito.

Além de Humberto e Pimentel, Anibal Diniz (AC), Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) e Acir Gurgacz (PDT-RO) também participarão da CPI como representantes do Bloco de Apoio ao Governo. “A maior probabilidade é de que o relator seja o senador José Pimentel. Já conversamos e chegamos a prever essa possibilidade de o PT ficar com a relatoria. Com a materialização dessa possibilidade, o nome é o dele”, expôs Humberto no seu site, após o anúncio do líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), de que o partido decidiu escolher a presidência do colegiado. 

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O líder do PT também voltou a defender a instalação da CPI exclusiva do Senado. “Foi aqui que iniciamos o debate e daqui surgiram as provocações ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nós temos não somente legitimidade, mas também a possibilidade de fazer uma investigação mais serena, até porque aqui são 20 integrantes (13 titulares e sete suplentes). Se fizermos uma CPI mista serão 40 membros, fora as centenas de deputados que passam pela CPI”, explicou. 

Apesar das decisões estarem em formulação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) anunciou nessa quarta-feira (30) que vai pedir aos líderes partidários do Congresso a indicação dos nomes de 13 senadores e 13 deputados para compor a CPI Mista da Petrobras na próxima terça-feira (6).

Após participar de reunião com o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e partidos da base aliada o senador Humberto Costa (PT) afirmou, nessa segunda-feira (28), que há uma concordância para indicar os integrantes da CPI da Petrobras no Senado "o mais rapidamente possível". Segundo o parlamentar, a Casa ainda aguarda a comunicação oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a decisão da ministra Rosa Weber de instalar a CPI exclusiva da Petrobras.

“Assim que chegar a notificação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve fazer o pedido para os partidos indicarem os seus integrantes. Cada um dos partidos e blocos vai sentar para discutir os seus nomes e rapidamente colocaremos a CPI em funcionamento”, declarou Humberto.

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Sobre a relatoria da CPI, Humberto garantiu que durante a reunião o assunto não foi tratado. Para ele o PMDB, maior partido do Senado, vai definir se quer ficar com a presidência ou a relatoria da comissão. “A nossa expectativa e a nossa certeza são de que isso vai ser dividido também entre os demais líderes. Qualquer que seja a decisão do PMDB, para nós está bem”, frisou.

Segundo Humberto, depois de ter a CPI da Petrobras autorizada pelo STF, a oposição no Senado ensaia desistir dela para buscar uma comissão mista de deputados e senadores. “Eles vão tentar jogar as insatisfações que eventualmente possam existir na Câmara para dentro da CPI. Mas achamos que o Senado está perfeitamente capacitado a fazer a investigação que a sociedade deseja ver sobre a Petrobras", observou.

 

Depois da liminar da ministra Rosa Weber que exige a instalação imediata da CPI da Petrobras e o anúncio de que o Senado irá recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão, governistas e oposição correm para garantir a apuração de denúncias em diferentes frentes.

A oposição comemorou a decisão de Rosa Weber. "A decisão da ministra fez cumprir a Constituição Federal e garante algo que é sagrado: o direito das minorias", sustentou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República. Segundo ele, o Senado não pode mais adiar a instalação da CPI. "A partir da notificação oficial, o presidente deve solicitar aos líderes as indicações [dos senadores que comporão o colegiado]. A CPI está pronta para ser instalada. Que o governo faça o embate político dentro da CPI", sustentou.

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O líder do DEM, senador José Agripino (RN), explicou que a ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN), que está em viagem oficial à Itália, não deve atrapalhar a imediata instalação da CPI. "O Senado tem um vice-presidente que assume a função quando da ausência do presidente. Acho que não há o que discutir. Se havia alguma dúvida jurídica, a dúvida foi elucidada. O que importa agora é a instalação", frisou.

Apesar de a liminar ser relacionada à instalação da CPI no Senado, os parlamentares vão trabalhar por um colegiado misto. "Há um desejo muito forte da Câmara de participar das investigações", explicou o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Para ele, o objetivo da comissão é “salvar a Petrobras e restabelecer sua credibilidade”.

Para os governistas, a CPI exclusiva da Petrobras não representa uma derrota, apesar de considerarem que a determinação fere a autonomia do Senado, que já havia aprovado em plenário a instalação de uma CPI ampla. Nesse caso, a proposta era investigar, além das denúncias referentes à estatal, as supostas irregularidades em obras no metrô de São Paulo e no Porto de Suape (PE), que estão sob o comando do PSDB e PSB.

"Em nenhum momento nos recusamos a investigar a Petrobras. Agora, se a oposição pensa que nós vamos deixar de lado a investigação sobre o Metrô de São Paulo, e sobre outras suspeitas que pairam de má aplicação de recursos públicos federais, está enganada", disse o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).

Segundo ele, os governistas irão protocolar requerimento para apurar as denúncias contra esses empreendimentos numa CPI mista. Humberto informou que estão sendo colhidas assinaturas dos senadores e que todos os apoios necessários na Câmara já foram confirmados.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota, nesta quinta-feira (24), em que informa que irá recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da ministra Rosa Reber para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) específica para investigar irregularidades na Petrobras. A liminar que determina a criação imediata do colegiado foi concedida nessa quarta-feira (23).

Para Calheiros, "diante da imperiosidade de pacificar o entendimento em torno da matéria", o Senado terá que recorrer ao plenário do Supremo. Na nota, ele considerou "bastante sensata" a premissa do regime interno da Câmara, que estabelece que, na "ocorrência de requerimentos com objetos coincidentes, prevalecerá aquele de espectro mais abrangente". Ele também disse que sempre buscou "o  entendimento sobre o alcance das CPIs respeitando o sagrado direito da minoria".

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Confira a íntegra da nota de Renan Calheiros:

A independência dos poderes é um dos pilares das democracias modernas. Tal preceito tem sido observado ao longo dos anos e, em 2013, o pleno do Supremo Tribunal Federal, após a paralisia processual derivada de uma liminar, decidiu, em última instância, que não lhe cabia controlar preventivamente o processo legislativo.

A compreensível divergência acerca da amplitude das Comissões Parlamentares de Inquérito caracteriza uma situação inédita. Ela obriga a reflexão de todos os poderes a fim de evitarmos um precedente que implique futuras investigações seletivas, restritivas ou mesmo persecutórias a serviço de maiorias circunstanciais.

Os regimentos internos do Congresso Nacional, leis internas do Parlamento, são importantes instrumentos para elucidar a matéria. O regimento interno da Câmara dos Deputados, por exemplo, explicita que na ocorrência de requerimentos com objetos coincidentes, prevalecerá aquele de espectro mais abrangente. É uma premissa bastante sensata e que se aplica ao caso.

Desde o primeiro momento, busco o entendimento sobre o alcance das CPIs respeitando o sagrado direito da minoria. Se fatos podem ser acrescidos durante a apuração, entende-se que muito mais eles são possíveis na criação da CPI. O poder investigatório do Congresso se estende a toda gama dos interesses nacionais a respeito dos quais ele pode legislar.

Diante da imperiosidade de pacificar o entendimento em torno da matéria, o Senado Federal recorrerá da liminar ao plenário do Supremo Tribunal Federal.

Senador Renan Calheiros
Presidente do Senado Federal

Em semana curta devido ao feriadão da Páscoa, o Congresso Nacional terá dias decisivos. Nesta terça-feira (15), deve ser definido se será criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) específica para investigar a Petrobras ou se haverá um colegiado mais amplo, incluindo várias denúncias. 

Na sessão conjunta da Câmara e Senado, nesta terça, às 19h, será feita a leitura e votação de dois pedidos de criação de CPI. 

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Um dos requerimentos foi protocolado pela oposição e prevê a investigação de denúncias sobre a Petrobras. A proposta é de fazer a apuração dividida em quatro eixos: o processo de aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras; denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores; e indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

O outro pedido é da base governista e foi feito em resposta à proposta da oposição. A base aliada quer que senadores e deputados investiguem, além da Petrobras, irregularidades nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Os mesmos pedidos foram protocolados também no Senado. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a criação da CPI ampla. Esse parecer será analisado pelo plenário também nesta terça, às 15h, antes da reunião do Congresso. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) acredita que a decisão do Senado influencie a votação sobre a CPI mista.

Enquanto isso, a oposição aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação de uma CPI, de preferência mista, para investigar especificamente a Petrobras. A base governista também recorreu à Corte para tentar arquivar o pedido dos senadores do PSDB.

Comissões

A terça-feira também terá a Petrobras como centro das discussões em algumas comissões. Às 10h, a presidente da Petrobras, Graça Foster, deve comparecer à audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado. Ela irá falar sobre as denúncias contra a empresa, como a que envolve a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

No mesmo dia, às 14h30, Foster estará na audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, como convidada, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias envolvendo contratos firmados entre a estatal e a empresa SBM Offshore, bem como as providências adotadas no âmbito interno sobre essas denúncias.

Na próxima terça-feira (15), o Congresso Nacional irá se reunir para a leitura e votação de dois pedidos de criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). A pauta foi confirmada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Um dos requerimentos foi protocolado pela oposição e prevê a investigação de denúncias sobre a Petrobras. A proposta é de fazer a apuração dividida em quatro eixos: o processo de aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras; denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores; e indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

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O outro pedido é da base governista e foi feito em resposta à proposta da oposição. A base aliada quer que senadores e deputados investiguem, além da Petrobras, irregularidades nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Os mesmos pedidos foram protocolados também no Senado. Nesta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a criação da CPI ampla. Esse parecer será analisado pelo plenário na terça-feira, às 15h, antes da reunião do Congresso. Calheiros acredita que a decisão do Senado influencie a votação sobre a CPI mista.

Enquanto isso, a oposição aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação de uma CPI, de preferência mista, para investigar especificamente a Petrobras.

O pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras pode ser lido, nesta terça-feira (1º) no plenário do Senado. O documento foi entregue na semana passada à Mesa Diretora pelos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Cyro Miranda (PSDB-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Apesar de não confirmar a leitura nesta terça, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ser inevitável a instalação da CPI. “Eu vou conversar por telefone e ver com eles, do ponto de vista do encaminhamento, a necessidade de nós instalarmos rapidamente, quando é que nós iremos fazer", informou ele.

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Para a instalação do colegiado é preciso a assinatura de, no mínimo, um terço dos senadores. Como o requerimento entregue tem 28 apoios, a exigência já foi cumprida. 

O senador Alvaro Dias explicou que a CPI terá quatro eixos de investigação: o processo de aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras; denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores; e indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

A iminência da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Petrobras levou o Palácio do Planalto e o comando da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff a começar um processo de reaproximação com o PMDB, após semanas de uma intensa disputa política com o principal aliado. O objetivo é consolidar apoios no Congresso Nacional que ajudem a blindar Dilma durante a investigação. Em troca, o PT cede espaços na elaboração dos palanques regionais.

O primeiro caso a ser revisto foi justamente onde as negociações estavam mais complicadas: Ceará. No Estado, a crise na Petrobras pôs fim à disputa de meses entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e o senador Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo. Eunício, que chegou a ser convidado para assumir o Ministério da Integração Nacional para abrir caminho para os irmãos Gomes, rejeitou a oferta feita por Dilma e afirmou que só aceitaria a candidatura ao governo. Passou, desde então, a frequentar todas as reuniões de grupos dissidentes. Mas os problemas na estatal aceleraram a solução. Com o aval da presidente, ele será o candidato da base.

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A crise na Petrobras também deverá empurrar o PT do Maranhão para uma aliança com o senador José Sarney (PMDB-AP) e com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Na Paraíba, a ordem é levar o PT para o PMDB do senador Vital do Rêgo. Dilma decidiu que o PT deverá apoiar o candidato Veneziano do Rêgo, irmão dele, ao governo. A CPI da Petrobrás deverá mudar também o quadro político em Goiás. O PT havia decidido que só se aliaria ao PMDB se o candidato fosse o ex-governador Iris Rezende. Mas o partido passa por uma disputa interna, com favoritismo de José Batista Júnior, o Júnior da Friboi. Há, nesse instante, uma pressão interna do PT para que o partido desista de lançar a candidatura do prefeito de Anápolis, Antonio Gomide, e apoie o nome do PMDB, mesmo que seja Júnior da Friboi.

Com essa estratégia das concessões nos Estados, o governo pretende reduzir os danos políticos que a CPI deverá causar. O mais certo deles é que Dilma vai atravessar sua campanha presidencial precisando administrar as denúncias contra a Petrobras e as revelações que as investigações forem produzindo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Cyro Miranda (PSDB-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) protocolaram, na manhã desta quinta-feira (27), o requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a Petrobras. O documento, entregue à Secretaria-Geral da Mesa, foi assinado por 28 senadores.

Após a conferência das assinaturas, o pedido será entregue ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para a leitura em plenário. Calheiros, não entanto, não tem um prazo regimental para ler o requerimento.

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O senador Alvaro Dias explicou que a CPI terá quatro eixos de investigação: o processo de aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras; denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores; e indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

Nessa quarta-feira (26), a Petrobras instaurou uma comissão para apurar as denúncias de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Um acordo, também anunciado nessa quarta, garantiu que a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, compareçam às audiências públicas em comissões da Casa.

Para o líder  do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o comparecimento deles é "uma clara demonstração" de que o governo está interessado em cooperar com as investigações. Segundo ele, a oposição quer polemizar o caso devido a interesses eleitorais. "Não abriremos espaço para paralisar os trabalhos do Congresso e montarmos um palco para alguns que querem aparecer", frisou em discurso no plenário.

Com informações das agências Senado e Estadão Conteúdo.

Depois de passar a manhã em reunião de negociação com o governo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que colocará em votação o requerimento para a criação de uma CPI para apurar as denúncias de propina na Petrobras. Segundo ele, o projeto de lei do Marco Civil da Internet continua na pauta da Casa, mesmo com a intenção da base aliada de adiar a votação.

Na saída da reunião, Alves disse que as discussões devem ser feitas agora no plenário. A postura dura do presidente da Casa reflete a crise política vivida atualmente pelo Planalto e os partidos aliados, que descontentes com as interferências do Executivo, ameaçam votar contra os interesses do governo. 

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Enquanto a presidente Dilma Rousseff e até o vice-presidente Michel Temer tentar abafar o clima tenso, no Congresso, o chamado Blocão - formado por cerca de 240 deputados de oito partidos - mostra que está disposto a isolar o líder do governo, o deputado Eduardo Cunha (PT-RJ), e aprovar a instalação da CPI da Petrobras.

O caso envolve a empresa holandesa SBM Offshore. O governo da Holanda investiga denúncias de que a companhia teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O governo brasileiro demorou a se posicionar sobre o fato e gerou mal-estar no Congresso. Agora, os parlamentares querem acompanhar de perto a apuração.

Pauta

Enquanto o impasse político permanece, a pauta do plenário da Câmara continua trancada pelo Marco Civil da Internet. A polêmica em torno do projeto dura meses. Alguns partidos, inclusive da base aliada, resistem à votação. PSDB e DEM já aceitaram votar a matéria. Mas os demais partidos querem mais tempo para discutir

Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

Com a pauta trancada desde outubro, "bloco dos descontentes" em formação e pressão do governo, a Câmara dos Deputados terá dias decisivos na próxima semana. Dependendo do andamento dos acordos, uma nova CPI deverá ser criada e o marco civil da internet poderá, enfim, começar a ser votado.

O marco regulatório é prioridade para o Palácio do Planalto, mas muitos acordos precisam ser feitos para garantir o andamento na Casa. Um deles é com o PSDB, que exige a votação do requerimento para criação de comissão externa para acompanhar denúncias relacionadas à Petrobras. A matéria estava na pauta na semana passada, mas por falta de quórum a discussão foi adiada. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que o requerimento será priorizado e será colocado em votação na terça-feira (11).

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O caso envolve a empresa holandesa SBM Offshore. O governo da Holanda investiga denúncias de que a companhia teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O governo brasileiro demorou a se posicionar sobre o fato e gerou mal-estar no Congresso. Agora, os parlamentares querem acompanhar de perto a apuração.

Pauta

Se a chamada CPI da Petrobras for criada, abre uma possibilidade de votação do marco civil da internet. O impasse em torno do projeto dura meses. Alguns partidos, inclusive da base aliada, resistem à votação. PSDB e DEM já aceitaram votar a matéria. Mas os demais partidos querem mais tempo para discutir. 

Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

Também estão pautados os projetos de lei que destina multa extra do FGTS ao programa Minha Casa, Minha Vida; que concede porte de arma para agentes penitenciários; e que cria cotas para negros em concursos públicos; entre outras matérias.

Sessão extraordinária

Na terça-feira, os deputados retornarão à votação dos destaques ao projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC).

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