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Na última semana, um grupo de mulheres sofreu queimaduras graves após a passagem por um espaço de bronzeamento em Olinda, no Grande Recife. As clientes já eram familiarizadas com o procedimento da "marquinha de fita", mas uma possível reação dos produtos, associados à longa exposição ao sol, acabou provocando lesões de segundo grau por todo o corpo, em especial na região torácica.

A causa das lesões ainda está sendo investigada, mas traz à tona os vários riscos que a população — geralmente as mulheres — aceita enfrentar para estar dentro das tendências estéticas. No caso da pele bronzeada, o traço cultural fala mais alto. A cultura do bronze que, no Brasil, é antiga e teve uma expansão nos anos 90, voltou a ser tendência entre as gerações mais jovens, com o frequente exemplo de modelos, influenciadores e artistas, espalhados nas redes sociais.

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O hábito se dividia em duas formas de conseguir a cor dourada: exposição ao sol durante horas, uso de parafinas e óleos na praia; ou a conquista da cor através da máquinas de bronzeamento artificial, proibidas no Brasil desde 2009. À época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela proibição, pautava o câncer de pele junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), que alertou para chances crescentes em 75%, devido ao bronze em máquinas.

Após a medida, o bronzeamento natural passou a ser a opção mais popular e também mais acessível. O nome "natural" indica que é feito com cuidados à pele enquanto há exposição ao sol, mas está longe de significar que é um processo sem riscos e que não agride a derme. 

“Não existe forma segura de longa exposição solar. Sempre poderão ocorrer danos a longo e curto prazo, seja na agressão aguda pela radiação solar - como o caso de Olinda, onde provavelmente usaram substâncias para "acelerar" o bronze, chamadas furocumarinas, presentes em perfumes, frutas cítricas e cosméticos; ou na agressão crônica, causando envelhecimento cutâneo e câncer de pele pelo dano contínuo ao DNA celular”, explica a dermatologista Clara Florêncio, entrevistada pelo LeiaJá

 A resistência ao protetor solar também é um outro fator. Além do bronze ser associado à boa saúde, pelo aspecto corado da pele, o Brasil tem uma população de maior parte preta ou parda, o que muitas vezes vai implicar na negligência com os cuidados à pele.

Com uma incidência alta de radiação solar durante todo o ano, os cuidados cotidianos também passam despercebidos. Assim, o câncer da pele não melanoma é um dos mais incidentes na população e a cada ano quase 200 mil brasileiros são diagnosticados com a doença. Confira mais informações sobre o assunto com uma especialista.

— Clara Florêncio, médica dermatologista do SESI Saúde

LeiaJá: De que forma a “cultura do bronze” pode ser prejudicial à nossa sociedade, a longo prazo? 

CF: A longo prazo, a cultura do bronze na sociedade aumenta muito os danos cutâneas, levando ao aumento do número de casos de câncer de pele e envelhecimento cutâneo precoce da população. 

LeiaJá: Exposição desde cedo pode piorar os danos à saúde? 

CF: Sempre houve a cultura do bronzeamento no Brasil. Há algumas décadas, era sinônimo de "saúde" e era feita em câmaras artificiais, felizmente proibidas, apesar de contínuas solicitações pela liberação desses equipamentos. Sabe-se que o bronzeamento em câmaras artificiais, feito até os 35 anos, aumenta em 75% a chance de uma pessoa desenvolver melanoma. Com o bronzeamento em fita, apesar de não haver estudos específicos, com certeza aumenta e muito os danos à pele. 

Isso não só pela agressão aguda através do uso das substâncias usadas no método, que pode ter uso oral e tópico; mas também por causa das dermatites de contato e queimaduras com bolhas, até os danos à longo prazo, que são o envelhecimento precoce da pele e câncer cutâneo. 

LeiaJá: Quais as alternativas ao bronzeamento com exposição ao sol? 

CF: Não existe alternativa segura ao bronzeamento com exposição solar. A única forma de bronzeamento seguro é o bronzeamento cosmético, onde produtos são aplicados na pele sem exposição solar, em uma maquiagem corporal duradoura com efeito de bronzeamento. 

LeiaJá: Pessoas pretas/pardas precisam de menos proteção? A quantidade de melanina tem a ver com a rotina de cuidados? 

CF: Pessoas com fototipo 1 e 2 (mais claras) nunca se bronzeiam, só ficam avermelhadas, mostrando dano cutâneo mais intenso, por isso precisam de proteção solar mais intensa diariamente. Pessoas de pele 3 e 4 (mais escuras) já conseguem produzir uma quantidade maior de melanina mediante ao estímulo solar como forma de proteção ao corpo, mas também devem desenvolver o hábito diário de proteção solar. 

LeiaJá: Como se proteger no verão? 

CF: Os cuidados com pele devem ser intensificados no verão, mas como vivemos em um país ensolarado o ano todo, os cuidados devem persistir mesmo passado o verão. Cuidados que seriam uso de roupas com proteção solar, chapéus, evitando o sol das 10h às 16h, e claro, bons filtros solares, além de hidratação oral intensiva. O uso de produtos pós sol também ajuda muito na hidratação da pele. 

 

Nos últimos anos, mais de 40 milhões de brasileiros sofrem com a queda capilar, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O fio nasce do couro cabeludo virgem de danos externos, mas ao longo do tempo, podem ser expostos a fatores que contribuem diretamente no seu desgaste. Isso faz com que os fios fiquem mais opacos, secos, quebradiços e com menos brilho. 

“Logo com o passar dos dias e os milímetros de crescimento, essa fibra é exposta a uma variabilidade grande de fatores que podem levar a um desgaste de sua integridade e, dependendo destas ações, danos irreversíveis”, explicou o Dr. Felipe Chediek. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que atua com tricologia sistemática e Medicina Funcional Integrativa.  

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Os cuidados específicos e orientação médica adequada são fundamentais para a saúde e beleza dos fios. “Não deixe também de sempre seguir com uma boa alimentação e qualidade de vida, além da adequada suplementação de nutrientes”, aconselhou o especialista. O médico elaborou uma lista com os cincos fatores mais comuns que causam danos nos cabelos: 

1 – Banhos quentes: quanto mais elevada a temperatura do banho pior é para as madeixas (porções de cabelos que apresentam uma cor diferente do restante), fora a qualidade de água que vem da estação de tratamento; 

2 – Danos térmicos de outras maneiras: uso excessivo do secador, uso de pranchas ou baby-liss; 

3 - Químicas: sejam elas quais forem, causam menos ou mais desgaste da fibra capilar. Alguns podem causar danos irreversíveis, cuidado com o que faz e com quem realiza; 

4 – Sol, mar e piscina: radiações solares oxidam a queratina dos cabelos e consequentemente desgastam os fios. A salinidade do mar e a presença de muitos elementos minerais na água do mar, assim como a presença de agentes químicos na água da piscina que exercem efeitos danosos à fibra dos cabelos; 

5 - Cosméticos não adequados: produtos para lavar e condicionar os fios podem provocar danos na fibra capilar, deixando-a menos protegida e com mais risco de desgaste superficial. A forma como seca os cabelos também devem se atentar, não fazer aquele “esfregaço”. 

  Uma foto de uma idosa de 92 anos, que usou protetor solar por ao menos 40 anos apenas no rosto viralizou nas redes sociais e criou uma grande repercussão sobre o uso do filtro e saúde da pele. Na imagem é visível a diferença na qualidade da pele do rosto e do pescoço da idosa. Após essa repercussão, muitas dúvidas sobre o uso do protetor solar surgiu. Por isso, o LeiaJá convidou a dermatologista e professora do curso de Medicina da Unisa, Rossana Vasconcellos, para esclarecer sobre o assunto. 

De acordo com a dermatologista, o protetor solar tem a função de proteger a pele dos danos causados pelo sol. Em contato com a pele, esses raios podem causar vermelhidão e até queimaduras, devido à radiação UVB. Já a reação mais bronzeada, é causada pela a radiação UVA. Ambas podem resultar em um câncer de pele. 

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 “A função do protetor é proteger dessas queimaduras do vermelho desencadeado pelo sol, proteger do câncer de pele, da formação de manchas, como melasma por exemplo, e do fotoenvelhecimento que é o envelhecimento desencadeado pela solar”, afirmou. 

 Tipos de protetores 

Sobre os tipos de protetores, a Dra. Rossana Vasconcelos esclareceu. “ O tipo de protetor UVB, tem uma correlação direta ao  FPS (fator de proteção). Para proteger adequadamente da luz visível, o precisa ter cor”. 

Doenças 

Além do câncer dele, existem outras doenças desencadeadas pelo sol. Como, o lúpus eritematoso, foto alergias, que são alergias, que aparecem por causa da radiação e por causa da exposição à luz. 

 “Se a gente englobar todos os fatores do protetor, junto da proteção do câncer de pele, do fotoenvelhecimento, da proteção de manchas, a gente também tem a prevenção de algumas dermatoses que são desencadeadas pelo sol e que com o uso do protetor solar podem ser prevenidas”, explicou. 

 Qual é a quantidade ideal de protetor solar? 

Como foi dito anteriormente, é indispensável o uso do protetor solar para previnir doenças desencadeadas pelo sol. Porém, para assegurar a eficácia, o produto precisa ser aplicado de forma correta. 

 É necessário que a aplicação do filtro solar seja feita diariamente, mesmo em dias nublados, pelo menos 30 minutos antes da exposição solar, com reaplicação de três em três horas. O ideal é que possua dois tipos de protetor, um para a área do rosto e outro para as demais partes do corpo. 

Dessa forma, a quantidade correta equivale a uma colher de chá no rosto, pescoço e cabeça; uma colher de chá na parte da frente do tronco e outra na parte de trás; uma colher de chá em cada braço e uma colher de chá na parte da frente de cada perna e outra na parte de trás.

Com mais de 45 anos de atuação, o doutor Emmanuel França, um dos mais renomados dermatologistas do Brasil, lança, nesta segunda-feira (7), o curso “Laser e Tecnologia na Dermatologia”. Online, a formação aborda as principais técnicas e conceitos do segmento, possibilitando aos médicos aprendizado para tratamento de lesões cicatriziais, queloide, acromias, hipercromias, alopecia, melanose, melanoma, entre outros problemas.

Oferecido pela GoKursos, plataforma de educação continuada, o curso do especialista Emmanuel França conta com temáticas essenciais para dermatologistas, tais como, noções básicas de laser, princípios de segurança, IPL, laser de CO2, laser de Erbium Yag, lasers flacionados não ablativos, remoção de tatuagens e rejuvenescimento, plasma e tecnologia para a genitália feminina.

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A qualificação também proporciona aos alunos network com outros médicos renomados, a exemplo de Álvaro Boechat, Paulo Barbosa, Valéria Campos, Francisco Assis, Yana Carvalho, Luíza Pitassi e Shirley Borelli. Os participantes receberão certificados ao final do curso.

O investimento é de seis vezes, no cartão de crédito, de R$ 416,67, ou à vista, no valor de R$ 2.500. Participantes do Dermato Vip Club, também no Telegram, ganham um desconto especial e podem adquirir o curso por R$ 2 mil.

Sobre Emmanuel França

Formado em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1979, e com Livre-docência em dermatologia (1990) pela UNIRIO, Emmanuel França é doutor em dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. França ainda possui subespecialidades, como a dermatoscopia.

O médico, em sua trajetória, já tratou mais de 40 mil casos só com laser de CO2. Referência em dermatologia, Emmanuel França foi um dos pioneiros da utilização da técnica a laser na década de 90.

"O grande problema é o paciente sentar na minha frente. Se ele chegar aqui, o resto é comigo . Quando você descobre a dermatologia, ela é fantástica", destaca o médico.

GoKursos

Plataforma de educação continuada com mais de 9 mil cursos em várias áreas, tais como, tecnologia, empreendedorismo, comunicação e negócios, a GoKursos nasceu sob a tradição do Ser Educacional, um dos maiores grupos do segmento no Brasil. São oferecidos cursos livres e acadêmicos, com planos a partir de R$ 7,90 mensais. Para mais informações, acesse o site da GoKursos.

Da assessoria de imprensa

A pandemia de Covid-19 no Brasil, que completa dez meses em dezembro, levou a população a evitar os hospitais a não ser em situações de urgência. Com isso, ligou um alerta na Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A entidade verificou que a pandemia afastou pacientes de câncer de pele de consultórios e ambulatórios, comprometendo o diagnóstico da doença e, consequentemente, o tratamento precoce. Em 2019, foram 210.032 pedidos de biópsias para detecção do câncer de pele, entre janeiro e setembro. Em 2020, no mesmo período, foram 109.525, 48% a menos.

Com exceção de Sergipe, todos os estados do país registraram queda. Os dados foram apurados pela SBD a partir de informações disponíveis do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Proporcionalmente, o Acre foi o estado com a maior redução nesse tipo de demanda, com 64% a menos em relação ao mesmo período de 2019. Outros estados com queda significativa foram Roraima e Bahia (-63%), Alagoas (-58%), Maranhão e São Paulo (-57%), Piauí (-50%), Santa Catarina (-49%), Goiás (-48%) e Paraná (-46%).

Para o presidente da SDB, Sérgio Palma, esses números fazem parte do “triste legado” da pandemia. Ele lembra que, no início da crise, os próprios serviços de saúde desestimularam a ida de pacientes sem gravidade, para evitar a exposição desnecessária ao vírus. Mas após esse primeiro momento, o cenário não mudou por iniciativa dos próprios pacientes.

“Depois, a população, por medo de contaminação pelo vírus, passou a evitar as consultas, mesmo com a retomada dos atendimentos. Os gestores não têm responsabilidade por esse cenário, mas recai sobre eles o desenvolvimento de estratégias para resolver o problema”.

Houve queda expressiva na procura por esse atendimento, entre 50% e 60%, em quase todas as faixas etárias. Pessoas com idade de 44 a 80 anos foram as que mais deixaram de fazer as avaliações dermatológicas na comparação entre períodos. Por exemplo, entre adultos entre 50 e 54 anos, a redução foi de 51%. Em 2019, foram 17.017 atendimentos, já em 2020 foram 8.287.

A situação traz um problema adicional, já que a tendência é que, nos próximos meses, ocorra um acúmulo de atendimentos na rede pública, com a ida de pessoas que deveriam ter ido em 2020, além de outras com chance de iniciar o tratamento precoce da doença.

“As consequências desse problema serão percebidas em médio e longo prazos. O paciente, ao retardar o seu diagnóstico e início de tratamento, perde a chance de efetivamente reduzir os efeitos nefastos que um câncer de pele pode causar e que, no limite, pode levar o paciente à morte. Temos que pensar em estratégias para reduzir essa lacuna”, disse a coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Jade Cury.

A chegada do inverno coloca em evidência alguns problemas, entre eles, a pele ressecada, que acontece por conta do clima seco e da redução de umidade do ar. Além disso, as pessoas tendem a tomar banhos quentes e demorados, o que prejudica ainda mais a pele.

De acordo com o dermatologista Franklin Verissimo, a pele ressecada pode trazer diversas consequências para o corpo, como por exemplo, diminuir sua capacidade regenerativa e reduzir sua função de barreira, podendo deixar a pessoa vulnerável a agentes externos.

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“A pele pode ficar ressecada por fatores externos, como, exposição à radiação ultravioleta, rotina de cuidados inadequada, uso excessivo de sabonetes ou outros produtos químicos, ou internos, como por exemplo algumas doenças como psoríase e dermatite atópica, idade, influência genéticas e hormonais, dieta e tabagismo”, alerta Verissimo.

Apesar de estar nublado, os raios ultravioletas ainda são emitidos e penetram a pele, o que torna o protetor solar indispensável. “Nossa pele pode perde a elasticidade e se torna flácida, o que gera as famosas rugas na pele. O frio agride e resseca o nosso rosto, por isso não devemos abandonar os cuidados com a pele nessa estação e não esquecer dos cremes rejuvenescedores”, orienta a dermatologista da clínica Dr. André Braz, do Rio de Janeiro, Laís Rezende.

A pele seca pode ser uma consequência genética, como em pessoas com dermatite atópica ou ictiose, ou hormonal, como na menopausa ou hipotireoidismo. “A pele ressecada acaba sendo um sintoma, que acontece em indivíduos com a pele seca, normal ou oleosa”, afirma a dermatologista Fabiana Seidl.

Se a pele está áspera, grossa, vermelha e com descamação, é um sinal de que ela está ressecada. Em indivíduos com dermatite atópica, surgem marcas cheias de pontinhos brancos, que são mais aparentes e ásperos. “Além disso a pele ressecada tende a coçar muito, isso faz com que o paciente venha a desenvolver infecções com mais facilidade”, explica Fabiana.

Para tratar a pele ressecada, Fabiana orienta a usar sabonetes com compostos que não agridam a pele; tomar no máximo dois banhos por dia, evitar banhos quentes e demorados, hidratar a pele assim que sair do banho, com a pele ainda um pouco úmida, ingerir cerca de dois litros de água por dia, para manter a saúde da pele.

A dermatologista também aconselha o uso do composto, o “lipowheat”, um derivado da porção oleosa do trigo, em gotas, que ajuda a evitar o ressecamento da pele. O tratamento de pele ressecada consiste nas mudanças de hábitos e no uso correto dos produtos hidratantes.

“O ideal é escolher hidratantes sem fragrâncias ou conservantes, que possuam ativos calmantes com alto poder de hidratação. Existem também os que possuem probióticos e ajudam no equilíbrio da flora da pele. Recomendo sempre buscar a opinião do médico antes de comprar um produto por conta própria”, destaca Fabiana.

Durante o inverno, a pele precisa de cuidados especiais, principalmente na região do rosto. Basca cair a temperatura para a tez ficar mais seca, áspera e até irritada. Mas, é só ter alguns cuidados e será possível mantê-la linda e hidratada.

No inverno, a recomendação é utilizar máscaras faciais e até hidratação injetável em consultórios dermatológicos. Por isso é importante proteger sempre a pele. "Qualquer hidratação é melhor do que nenhuma hidratação", ressalta a dermatologista Camila Moulin.

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Segundo a especialista, pessoas que têm a pele oleosa também precisam cuidar da hidratação. O ideal, nesses casos, é optar por produtos que sejam livre de óleo em sua composição. "Você estará entregando a água que sua pele precisa no inverno, sem piorar a oleosidade ou desencadear acne", explica Camila.

Para quem pensa que maquiagem e esfoliação não ajudam na hidratação da pele do rosto está enganado. Porém, antes de maquiar a pele é importante hidratá-la. Quanto a esfoliação, ela ajuda a renovar a pele, eliminando células mortas. "No ar frio e tempo seco, as células da pele se desidratam e morrem mais rápido. Esfoliar o rosto duas vezes por semana já é o suficiente", afirma Camila.

A especialista explica que os homens também precisam ter cuidado com a pele. A dermatologista Camila orienta o uso de bálsamos. "Os homens devem usar hidratante também, mas no inverno o uso de bálsamos repara, recupera e defendem a pele, principalmente no pós-barba", conclui.

O Brasil é um país tropical, onde maior parte do ano o sol se destaca. No Nordeste, conhecido pelas altas temperaturas, sobretudo nos meses que marcam o verão (dezembro, janeiro e fevereiro), o calor é mais intenso e por conta dessa intensidade alguns cuidados com a pele, principalmente se está na praia - muito exposto a raios ultravioletas, devem ser tomados. Proteção é a palavra de ordem nessa estação do ano. A falta dela, aliada ao uso de produtos que acabam atingindo o maior órgão do corpo humano, pode acarretar num câncer de pele, o mais frequente no Brasil, correspondente a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Para conseguir o almejado bronzeamento, muitas mulheres e homens passam no corpo produtos de procedência duvidosa, ou seguindo indicações de amigos. Além disso muitas dessas pessoas não mantêm o hábito de colocar um protetor solar de 3 em 3 horas (indicado pelos dermatologistas), não se hidratam constantemente e ficam muito expostas ao sol, causando queimaduras na pele. Segundo alerta a dermatologista Mecciene Mendes, tudo isso acarreta para problemas futuros, já que os raios emitidos pelo sol têm um fator cumulativo que só mostra os resultados desses “desgastes” com o passar de anos.

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“O indivíduo que até os 18 anos de vida teve uma exposição excessiva ao sol, que queima a pele, é muito propício para desenvolver o câncer de pele”, afirma. Segundo a dermatologista, a radiação ultravioleta atinge as células, que no início se recompõem, “mas se a pessoa continuar danificando a pele e insistindo nessa ‘queima’ todos os dias, acarreta no surgimento das lesões pré-cancerígenas, já que essas células não conseguem se recompor por conta dos desgastes de toda uma vida”.

A estudante Datiane Alice, de 27 anos, aproveita o verão na praia se bronzeando, mas ciente dos cuidados, principalmente porque o seu tio já desenvolveu um câncer de pele. Segundo ela, o familiar pegou muito sol por conta do trabalho e na época não mantinha um cuidado. “Apareceu uma manchinha no rosto, ele começou a coçar, acabou ferindo e quando foi ao médico descobriu que se tratava do câncer. Mas ele conseguiu descobrir quando ainda era benigno, fez a cirurgia e alcançou a cura”, afirma.

Banho de Coca-Cola, óleo de cozinha, parafina, água oxigenada. Você já fez uso de algum desses produtos na hora de se bronzear? Eles são extremamente prejudiciais para a saúde da sua pele, podendo acarretar em queimaduras de 1º, 2º e até 3º grau. “As pessoas que têm a mania de se bronzear usando Coca-Cola e óleos de cozinha, por exemplo, podem adquirir uma dermatite de contato. Esses produtos têm substâncias capazes de aumentar a absorção da radiação ultravioleta e causar queimaduras mais sérias e mais profundas”, explica a médica.

Confirmando esses alertas feitos pela dermatologista, Thalita Lorena é um exemplo de quem já sofreu queimaduras na pele por ter utilizado Coca-Cola na tentativa de ficar “bem moreninha”. “Parei porque da última vez fiquei toda vermelha e apareceram várias manchas no meu corpo. Minha mãe falou que fiquei com queimaduras de primeiro grau” recorda. Mesmo sabendo das complicações causadas por produtos e métodos não indicados na hora da praia, a administradora revela: “Eu sou consciente dos problemas causados por esses produtos, mas mesmo assim eu uso. Tudo em busca das marquinhas”.

Mecciene reforça: “o bronzeamento nada mais é do que uma proteção lançada pela pele para evitar os danos da radiação ultravioleta. As queimaduras sofridas, depois de um dia descuidado na praia, só aparecem após 18 horas aproximadamente”. A descamação é um dos efeitos de proteção e renovação das células da pele. “Uma forma de proteção para a queimadura sofrida. No início a gente não sente os efeitos, mas depois a gente começa a ver que a pele está vermelha, podendo causar até queimaduras” atenta a estudiosa. Essa falta de atenção e importância com a pele resulta em cerca de 176 mil novos casos anualmente; sendo 81 mil dos envolvidos homens e 95 mil mulheres, segundo o INCA.

São várias as indicações dadas pelos médicos, mas uma que se repete a cada duas frases é: passar protetor solar sempre. Segundo afirmado pela dermatologista, até dentro de casa é indicado passar o produto, para se proteger dos raios que incidem e acabam ‘atacando a pele’.

“No dia a dia a gente dá uma relaxada na hora de colocar um protetor solar, eu mesmo só coloco quando estou na praia. Sei que o adequado é passar todos os dias, mas eu não tenho esse hábito, principalmente porque tenho uma pele muito oleosa”, revela o contador André Luna. Ele credita ser uma questão cultural dos brasileiros não manter o costume de cuidar da pele. “Os próprios produtos, nas embalagens, colocam um sol induzindo o uso na praia. Eu nunca vi uma propaganda de protetor solar que não fosse na praia ou piscina”, lembra.

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Cuidado redobrado com as crianças

Ainda segundo informado pela dermatologista, a criança não pode ter exposição alta ao sol até os seus 2 anos, depois desse tempo, é preciso ter cuidado - sempre usando fotoprotetor - jamais ser exposta ao sol entre as 9h e às 15h. “As camisas UVs, usadas para proteger, devem ser acompanhadas de um protetor solar de marcas confiáveis, tanto a camisa, tanto o produto de proteção” reforça.

Melrica Danielle, assistente de sala, frequenta a praia com o filho Guilherme Antônio, de 3 anos. A mulher diz sempre ter cuidado com a pele da criança, não descarta a camisa UV e um protetor solar. “Sempre estou repondo o protetor, principalmente no rosto, porque as doenças de pele estão aí, né?! Ele é muito branquinho”, reforçou.

Cuidado na hora de escolher e usar óculos de sol

Engana-se quem pensa que os cuidados, principalmente nessa época do ano, devem ser voltados apenas para a pele. Segundo reforça a oftalmologista Daniele Arcoverde, a visão também sofre muito com o sol intenso tanto nas ruas, quanto nas praias. A hora de escolher um óculos de sol, para se proteger dos raios ultravioletas, deve sempre prezar pelos de 'boa qualidade'. “No momento de escolha não se deve prezar apenas pelo modelo ou pela cor, porque ele não vai trazer nenhum benefício na questão de proteção da saúde ocular; precisa ter os cristais adequados para a proteção dos olhos”, salienta.

De acordo com a oftalmologista, esses cristais previnem doenças como catarata, câncer das pálpebras, entre outras. Segundo a especialista, os raios ultravioletas trazem um prejuízo tanto para a pele, quanto para os olhos. Óculos piratas não trazem benefício nenhum e, se quer, protegem os olhos do sol. “Devem ser comprados em óticas adequadas, lá você terá a garantia de que encontrará os em condições de proteger de raios UVA e UVB. São diferentes de óculos de grau, mas protegem dos problemas causados por esses raios solares”, apontou Daniele.

O ressecamento dos olhos é outro problema constante que assola os brasileiros, principalmente num país tropical como o Brasil. “A Hiperemia Conjuntival (olhos vermelhos, irritados e resultam em dor) é causado pela excessiva exposição ao sol, principalmente quando passa o dia todo na praia", afirma a oftalmologista.

Daniele Arcoverde ressalta: “o óculos de sol além de bonito, vai te prevenir de muitas doenças (oculares) futuras. Desde que comprados em lugares confiáveis, que vão te garantir uma verdadeira proteção”, finaliza.

O mercado das jóias, assim como o de vestuário, vive em constante mutação. Afinal, assim como um bom vinho, que precisa harmonizar com os pratos que o acompanham, as jóias devem complementar a ideia ou conceito transmitido pelo look que o endossa. Essa relação consecutiva e condicional estende a variedade dos artigos disponibilizados ao público feminino. Jóias que harmonizam com quaisquer tons de pele, cores de cabelo, estilos de roupas.

Mas a temporada primavera-verão está se chegando por aí e a pergunta que fica é: quais tendências ditarão moda nesta nova estação? O programa Na Social desta semana responde a este questionamento e ainda traz a opinião delas, consumidoras assíduas das correntes, pulseiras e brincos, sobre como encontrar a sintonia ideal entre jóias e looks.

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Confira também nesta edição do programa uma matéria especial sobre um tema que nunca sai de moda: os cuidados com a pele. Desta vez, a preocupação é com o clima instável, favorável ao ressecamento do tecido da epiderme ou ainda ao surgimento de manchas. Saiba como se prevenir desses males.

O programa Na Social vai ao ar todas as sextas-feiras no Portal LeiaJá e é apresentado pela jornalista Fernanda Gomes.

Confira a edição completa no vídeo abaixo:    

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O protetor solar é realmente eficaz para proteger a pele das crianças? Devo aplicar o produto nos meus filhos mesmo quando está nublado? Dúvidas como essas motivaram um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) a respeito da frequência da aplicação do produto nos pequenos. Ao todo, foram ouvidos 823 pais e 157 educadores de todo o país a respeito das medidas para controlar a exposição das crianças ao sol. A pesquisa revelou que, apesar de estarem cientes da importância da proteção da pele, os pais e professores ignoram alguns hábitos fundamentais para preservar a saúde dermatológica das crianças.

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“O dado mais preocupante é que, de fato, tanto os pais como os educadores acreditam que estão atuando da forma correta na proteção solar”, comenta o dermatologista Paulo Criado, presidente daSBD – Regional São Paulo. Embora 69% dos entrevistados afirmem que sempre estimulam os filhos a se proteger do sol nos horários de maior incidência dos raios (10h às 15h), 45% dos educadores afirmaram deixar os alunos expostos à radiação solar nas horas menos favoráveis para a pele. Do total, 29% dos professores ainda revelaram nunca terem estimulado a proteção solar para as crianças.

A pesquisa também constatou que a proteção extrema contra os raios solares também acontece, mesmo que com menos frequência: 6% dos pais e 27% dos educadores afirmam nunca deixar seus filhos e alunos ficarem expostos ao sol, o que também representa um risco à pele, segundo Paulo Criado. “O sol tem propriedades importantes para o crescimento. É preciso encontrar o equilíbrio e percebemos que isso não acontece no país”, lamenta o dermatologista.

Crianças abaixo dos três anos de idade são ainda mais vulneráveis, segundo a pesquisa. Cerca de 32% dos participantes afirmam ter iniciado o uso de protetor solar depois dos três anos de idade, o que representa um longo período de exposição da pele dos bebês, apesar de 57% dos pais e 71% dos educadores acreditarem que é preciso acostumar as crianças a se protegerem do sol.

No Lubienska Centro Educacional, no bairro do Zumbi, Zona Oeste do Recife, o protetor solar é um item da lista de material para os infantis I, II e III (turmas de crianças de um a três anos). “Temos uma área aberta no colégio e, todos os dias, os meninos brincam no local. Como o sol é muito intenso, pedimos para que os pais comprem o produto para aplicarmos nas crianças. Infelizmente, percebemos que há uma cultura de aplicar o protetor solar somente na praia e queremos criar um hábito diferente nos nossos alunos”, explica Ana Paula Figueiredo (à esquerda), coordenadora da educação infantil. 

Apesar de ser um item incomum na lista, os responsáveis não questionam a solicitação do colégio. “Os pais se surpreendem positivamente, até. Cada aluno tem seu protetor individual que é guardado na sala e a aplicação é feita sempre antes de ir ao parque”, explica a coordenadora. Sobre a adaptação dos pequenos à aplicação diária do produto, a educadora Paulina Januária explica que, no início, há resistência. “Preferimos introduzir o uso do protetor solar depois de umas duas semanas de convivência, já que o ambiente escolar é novo para os meninos e provavelmente o uso do protetor solar também, já que eles são pequenininhos. No início, eles estranham a textura, mas depois até pedem para passarmos”, diz a professora do Infantil II. 

A empresa de cosméticos ACOS promove minicursos voltados para as áreas de beleza, estética e dermatologia, durante este mês. O evento será realizado no Centro Técnico de Treinamento da organização. Nas ocasiões,  serão oferecidas oficinas destinadas à capacitação e qualificação de profissionais do ramo.

Dentre os cursos disponibilizados estão tratamento dreno-detox, anti-rugas com ação botox, massagem dermoativadora e peeling. As inscrições podem ser realizadas através do telefone (81) 3031-3303. Confira a programação completa abaixo:

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Segunda-feira (15)

9h às 12h – Inovação e Tecnologia para ativação e conexão compartimental dérmica

14h às 17h – A importância da conexão celular para dupla ativação lipolítica

Segunda-feira (22)

9h às 12h – Tratamento anti-rugas com ação botox like

14h às 17h – Massagem dermoativadora

Segunda-feira (29)

9h às 12h – Peelling das quatro estações

14h às 17h – Tratamento dreno-detox termoredutor nas infiltrações corporais

ADCOS COSMÉTICA DA TRATAMENTO RECIFE

Rua Tito Rosas, 83, Parnamirim

(81) 3031-3303

 

 

Além do famigerado filtro solar, outras medidas podem ser tomadas para auxiliar no cuidado com a pele, principalmente durante o verão. Uma alternativa que tem conquistado cada vez mais espaço é a roupa com proteção aos raios solares, as chamadas roupas UV.

As roupas UV geralmente possuem Fator de Proteção Ultravioleta (FPU) superior a 50, protegendo dos raios UVA, responsáveis pelo envelhecimento da pele e que podem causar câncer de pele, e UVB, que causa vermelhidão, queimadura solar e que também pode gerar câncer. 

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O material é recomendado principalmente para quem possui doença dermatológica, pele clara, sensibilidade, ou para quem tem longa exposição ao sol. São oferecidas diversas opções de vestimenta como camisa, calça, chapéu, luva, blusa, e também guarda-sol.

De acordo com a dermatologista do Hospital do Câncer, Dra. Merciene Mendes Rodrigues, o material realmente funciona. “É importante que seja sintético e quanto mais escuro melhor. Também vale a pena adquirir para crianças a partir dos dois anos, quando começam a ter uma vida também fora de casa”, recomenda a especialista. 

A vendedora Anaíse dos Santos é funcionária da loja Recife Náutica, responsável por vender roupas com fotoproteção, e comenta que as vendas aumentaram muito nos últimos anos. “O lucro cresce principalmente no período entre novembro e o carnaval”, diz Anaíse. A vendedora também explica que os principais compradores eram pescadores mas que hoje o público é variado. “Esportistas que praticam ciclismo, natação ou fazem caminhada costumam comprar. Também vejo muitas pessoas com problemas de pele que passam aqui por recomendação médica”, lembra. 

Mas a Dra. Merciene não descarta o uso do filtro solar, mesmo com a roupa especial. “É preciso que esteja acompanhada de protetor solar, mesmo com camisa ou chapéu, pois há áreas que ficam desprotegidas. Além disso, esse material costuma diminuir o nível de proteção quando molhado”, conclui a dermatologista.

Também é recomendável a limpeza da pele, a hidratação, e evitar tomar sol  entre 10h e 16h. Os raios ultravioleta podem causar queimaduras de primeiro e segundo grau, cancêr de pele, melanoma (câncer mais agressivo), envelhecimento da pele, inflamação, lesões oculares, surgimento de sardas e desidratação. 

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