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Com pulso firme, o governo da Espanha ameaçou nesta segunda-feira (28) fazer "o que for preciso" se o Executivo de Madri não tomar medidas contundentes para conter o avanço descontrolado da Covid-19 na capital, epicentro da epidemia no país.

Se o governo regional de Madri, dirigido pelos conservadores, não retificar e endurecer sua estratégia contra o vírus, "não tenha dúvidas de que (o governo central) está preparado para fazer o que for preciso", alertou o ministro da Justiça, Juan Carlos Campo, em entrevista à rádio pública RNE.

Esta ameaça faz parte de uma estratégia de pressão total lançada no final da semana passada pelo governo do presidente socialista Pedro Sánchez para tentar forçar o Executivo madrilenho que, assim como ocorre com todas as regiões autônomas da Espanha, é o único competente em saúde.

Diante de uma incidência do vírus que com 722 casos por cada 100.000 habitantes dobra a de toda a Espanha - por si só o país da União Europeia com o pior índice -, o governo regional de Madri impôs há uma semana limitações à mobilidade nas áreas mais afetadas.

Nesta segunda-feira, essas restrições - que impedem as pessoas de saírem de seus bairros, exceto para trabalhar ou ir ao médico - foram ampliadas para pouco mais de 1 milhão dos 6,6 milhões de habitantes da região.

Algo insuficiente para o governo central, que exige a limitação dos movimentos em toda a capital (mais de 3 milhões de habitantes) e outras áreas com alta incidência do vírus na região de Madri, que concentra um terço dos casos confirmados e mortes de toda Espanha na pandemia (716.481 casos e 31.232 óbitos), e reduzir ainda mais a capacidade de bares e restaurantes.

Evitar um desgaste político

Se Madri, o "navio-almirante" da direita contra o governo de Pedro Sánchez, não der seu braço a torcer, o Executivo central tem "instrumentos legais" para agir, explica à AFP Cristina Monge, cientistas política da Universidade de Zaragoza.

Esses instrumentos podem ser "menos agressivos", como usar um decreto de junho que regulamente a "nova normalidade" após o confinamento, o que permite ao governo decidir medidas em "situações de necessidade urgente".

Ou "mais fortes", como declarar um estado de alarme em Madri - um estado de exceção que permitiria ao Executivo nacional assumir o controle em matéria de saúde -, ou até mesmo aplicar um artigo da Constituição que permite suspender a autonomia regional, como foi feito com a Catalunha após a declaração de independência frustrada em 2017, indicou Monge.

O governo, no entanto, quer que Madri tome a iniciativa, porque "sabe que se aplicar medidas de intervenção direta, pode surtir um efeito contraproducente, já que Díaz Ayuso e o PP podam acusá-lo de ser culpado pela gestão (da crise), de ter modos autoritários e invadir suas competências", explica Pablo Simón, cientista político da Universidade Carlos III de Madri.

Ambos os governos "tentam evitar o desgaste político, ninguém quer assumir o custo de tomar medidas impopulares, mesmo que sejam necessárias para o controle da pandemia", resume Simón.

No segundo ano da faculdade de Administração Pública, Samira Ferreira, de 21 anos, aprendeu de um jeito dolorido o que é déficit. Hoje, sua dívida pessoal soma R$ 50 mil, metade com o banco, outra parte com a instituição de ensino. "Minha dívida cresce para que eu possa estudar", diz ela, que está com o nome sujo e não sabe o que fazer para resolver a situação. "Tenho de me concentrar em uma coisa por vez, mas espero que isso não me prejudique lá na frente."

A situação de Samira não é muito diferente de parte de seus amigos. Histórias que, agora, ganham contornos por meio de um levantamento inédito feito pela Câmara Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo birô de crédito SPC Serasa. As instituições mapearam a situação financeira dos brasileiros entre 18 e 24 anos, que dão os primeiros passos profissionais.

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Atualmente, 4 entre 10 jovens estão ou já estiveram com o nome sujo. O principal motivo é a necessidade de contribuir com as despesas domésticas, associado ao descontrole com as finanças pessoais.

Dos entrevistados, 78% possuem alguma fonte de renda, sendo que 65% afirmam contribuir financeiramente para o sustento da casa. O principal comprometimento é com a alimentação (51%). A pesquisa ouviu 801 jovens, entre homens e mulheres de todo o Brasil, de 20 de fevereiro a 6 de março.

O endividamento da moçada não é muito diferente do resto dos brasileiros mais velhos, já que 40% da população total do País terminou 2018 endividada, segundo a CNDL. Mas é mais preocupante, pois indica que as gerações mais novas não vêm sendo educadas financeiramente - e o problema tende a persistir.

"É necessário realizar algum tipo de política pública para aumentar a educação financeira dessa população", diz Daniel Sakamoto, gerente de projetos da CNDL.

Desemprego

Pelo fato de o estudo ter sido o primeiro a ser realizado com esse corte de faixa etária, é difícil inferir o impacto da crise econômica nessa população. Ou do desemprego, que chega a 30% entre os jovens, ante 13% da população geral. "Não há parâmetros de comparação, mas com certeza as famílias enfrentam agora alto desemprego e gargalo de consumo", diz. "Exatamente por isso, o jovem precisa contribuir mais com as contas de casa, o que aumentou o problema."

Samira, por exemplo, toma emprestado R$ 7 mil por semestre da instituição de ensino, como parte do programa de bolsa de estudos. É com esse valor que ela paga o aluguel da república na qual mora (R$ 650 por mês), cobre os gastos com alimentação, transporte e, de vez em quando, ajuda os pais, que moram em São José dos Campos (SP). "Estudo em período integral e não consigo trabalhar, faço apenas alguns bicos durante as férias", diz. No fim de semana antes do feriado de 1.º de maio, ela trabalhou na sorveteria do pai de uma amiga em Ubatuba para conseguir um dinheiro extra. "Minha família precisa de mim, tenho de ajudar."

Para Guilherme Prado, presidente do Bem Gasto, projeto de educação financeira nascido no Insper, além de trabalharem para completar o orçamento doméstico, os jovens entram no mundo adulto sem referências de como e onde gerenciar os novos recursos. "O descontrole financeiro dos jovens é, no momento, um grande problema nacional e sem atenção devida das autoridades", afirma Prado.

Segundo ele, o objetivo inicial do Bem Gasto era atender às comunidades carentes com técnicas de planejamento financeiro. "Neste ano, por conta da realidade que encontramos em nossas caminhadas pelo Brasil, resolvemos redirecionar a atuação para os jovens, justamente entre 18 e 24 anos", afirma.

Para ele, falar de dinheiro é um tabu dentro de casa. "Os pais não dizem quanto ganham nem para seus companheiros", diz ele. "Quando o filho começa a trabalhar, não faz a menor ideia do que fazer com o dinheiro. Só sabe que quer comprar um celular e trocar de tênis."

Dados da pesquisa mostram que, entre as dívidas de longo prazo, 26% dos jovens que se declaram endividados estão comprometidos com pagamentos de crediários e carnês, 21% têm parte do orçamento destinado à amortização de empréstimos pessoais e consignados e outros 21% tentam quitar as parcelas de financiamento para automóveis. "O que identificamos é que, com a crise, eles precisam ajudar em casa e acabam se enrolando com esses gastos de longo prazo", afirma Sakamoto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Clientes não conseguiram realizar compras na farmácia Big Ben da avenida Pedro Miranda, em Belém, na manhã da ultima quarta- feria (11). O fato cusou tumulto em frente à farmácia, entre clientes e funcionários.

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A confusão, segundo o advogado Luis Phelipe Melo, que estava tentando acessar o local, ocorreu porque os funcionários impediram que as pessoas finalizassem suas compras depois de um descontrole com os preços dos produtos no sistema. “Alguns preços estavam saindo com desconto maior que o registrado e outros com valores superiores. Então, os funcionários alegaram que não poderiam vender e começaram a impedir os consumidores de entrar no estabelecimento. Alguns tiveram que deixar suas compras lá dentro e sair”, explicou.

Luis Phelipe disse que o desrespeito da Big Ben com os clientes é o que causa insatisfação. “Ficamos aqui fora no sol com crianças, idosos e não pudemos entrar no estabelecimento. Não tem uma nota pública afirmando que não poderiam abrir, apenas arbitrariamente fecharam. Eu conheço os meus direitos e esse descaso é que causa revolta”, finalizou. A Big Ben não quis se pronunciar sobre o caso. Abaixo, veja vídeo enviado pelo advogado Luis Phelipe Melo.

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“No mangue o terreno não é de ninguém. É da maré”, já dizia Josué de Castro em 1935. A descrição dele ainda é atual, principalmente quando se aplica ao maior manguezal em área urbana do Brasil, o Parque dos Manguezais, que oficialmente é uma Unidade de Conservação da Natureza e desde 2009 leva seu nome. O que era para ser protegido está abandonado e sem controle, vítima da poluição, pesca predatória e desmatamento para construção de viveiros de camarão, palafitas ou grandes empreendimentos, porém, ainda vive, graças à maré. 

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São 320 hectares de manguezal, cercado por comunidades de pescadores que vivem, em sua maioria em palafitas, além da Via Mangue e do Shopping Rio Mar.  Desde 1965 é considerado área de preservação ambiental, já foi “protegido” por uma lei em 1986 e elevada à categoria de Parque em 2004. Um decreto o regulamentou e o projeto previa oceanário, mirantes, píers e torres de observação científica e turística. Estamos em março de 2015 e nada evoluiu.

A Marinha do Brasil fazia a fiscalização da entrada de barcos no local, quando se chamava Estação Rádio Pina, mas hoje só está presente nas áreas de terra firme, mesmo assim, com efetivo bem reduzido. IBAMA, Ministério da Pesca, Secretaria de Meio Ambiente e outros órgãos que deveriam se fazer presentes no local, não aparecem por lá. “Não existe setor específico para os manguezais. Tínhamos um projeto para fazer o primeiro centro nacional de estudos de manguezais no Parque. Encaminhamos à ministra, na época Marina Silva, e o projeto foi engavetado e caiu no esquecimento”, conta Renaldo Moura, autoridade julgadora do IBAMA, mestre em oceanografia e doutor em botânica.

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O funcionário do órgão federal admite que não há efetivo o suficiente para monitorar as áreas de preservação em Pernambuco. “Em 2009, a capitania dos portos mantinha dois guardas, mas hoje eu não sei se ainda tem. Não eximo a responsabilidade do IBAMA, mas essa questão mais específica deve ser tratada pelo município, já que é uma unidade de preservação de uso restrito da Prefeitura”, afirma Moura.

Segundo Ismael Cassimiro, gerente de controle ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Recife, o poder público faz seu papel de fiscalizar. “A gente sempre faz (fiscalização), mas não temos tido muito problema. Até porque a própria população ribeirinha sabe da importância de preservar. A cada 45 dias nós vamos lá e também fazemos monitoramento via satélite uma vez por mês”, afirma.

No entanto, Cassimiro não detalha de que forma a Prefeitura tem atuado no local, deixando claro apenas que o fluxo de embarcações não vem sendo monitorado. “Não há nenhum controle de entrada e saída de barcos por parte da Secretaria de Meio Ambiente do Recife”, disse.

Poluição

Há muito lixo no Parque dos Manguezais. Durante o percurso que o LeiaJá fez a bordo de um barco de pescadores, a viagem teve que ser interrompida quatro vezes para que fossem retirados sacos plásticos que prendiam a hélice do motor do barco. Moradores das comunidades que margeiam o rio afirmam que não há coleta no local, mas admitem que jogam tudo na água, mesmo sabendo que a atitude pode prejudicá-los em um futuro próximo. “Temos ações de educação ambiental, mas vamos levar muito tempo para que a população tenha consciência sobre o descarte de lixo”, afirma Cassimiro.

A cada dois meses, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) retira mais de 20 toneladas de lixo das margens do Rio Capibaribe, nas áreas de mangue. A maré se encarrega de levar grande parte do lixo embora do Parque dos Manguezais, mas há outro tipo de poluição muito pior. A que vem dos esgotos.

A falta de saneamento básico existente em mais de 70% do Recife provoca a chegada de muito material orgânico pelos afluentes do Capibaribe e isso tem provocado consequências graves no ecossistema. Algumas áreas estão sem oxigênio, principalmente porque algas crescem demasiadamente, devido à excessiva presença de fósforo e hidrogênio, e acabam formando uma camada na superfície do rio, impedindo a entrada dos raios solares e a fotossíntese.

 

Desaparecimento de espécies

Pescadores relataram que siri-mole, o camarão e o marisco têm aparecido em quantidades cada vez menores. Segundo eles, alguns companheiros de profissão não respeitam a época de reprodução das espécies. A Secretaria de Meio Ambiente do Recife não tem registros do que foi relatado, mas admite que pode estar acontecendo. O IBAMA também não tem essa informação. “Com a invasão do manguezal e mudança da água, com poluição, pode ocorrer o desaparecimento de algumas espécies, mas não significa necessariamente que seja um desequilíbrio ambiental, porque pode surgir uma espécie e depois voltar ao normal”, explica Renaldo Moura.

Apesar do apelo dos mais conscientes, os que pescam fora da época adequada podem sim causar o desaparecimento de algumas espécies, ainda mais quando aliada à poluição que mata vegetações que servem de alimento para alguns animais. Oficialmente, não há – ainda que seja discutível sua eficiência – o incentivo financeiro do poder público, já que muitas famílias dependem da pesca para sobreviver. “O Ministério da Pesca cadastra os pescadores para que eles possam dar entrada no seguro-defeso, que é pago pelo INSS. Funciona como um seguro desemprego. No entanto, aqui em Pernambuco, só os pescadores de lagosta e outras comunidades nas margens do Rio São Francisco tem direito a este benefício. Estes pescadores do Mangue não têm esse direito”, revela Josemir Barbosa de Vasconcelos, superintendente do órgão em Pernambuco.

Perpectivas e promessas

Na atual gestão da Prefeitura do Recife, a Lei Nº 18.014/2014, sancionada em maio, criou o Sistema Municipal de Áreas Protegidas (Smup), readequando os limites das áreas de conservação. O Parque dos Manguezais, segundo a PCR, ganhou mais 56 hectares.

A nova legislação pretende instituir regras mais efetivas de preservação da cobertura vegetal, além de estabelecer um mecanismo de compensação ambiental. O texto determina que os empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental terão de apoiar a implantação e manutenção de uma Unidade Protegida (UP).

Os recursos deverão ser usados pelo governo para fazer regularização fundiária; elaborar e executar projetos destinados à recuperação vegetal; adquirir bens ou serviços visando à implantação e proteção da área verde; desenvolver pesquisas científicas e programas de educação ambiental.

Em outubro do ano passado, a secretária de Meio Ambiente, Cida Pedrosa, deu uma palestra sobre o Parque dos Manguezais na UFPE. Na ocasião, a gestora afirmou, segundo o site do órgão, que “só se preserva o que se conhece. Aquilo que não se conhece, não se valoriza”.

Na última quarta-feira (10), Mike Tyson perdeu o controle e se desentendeu com o jornalista que o estava entrevistando. O apresentador mencionou a condenação por estupro que o ex-lutador havia sido indiciado, o que acabou irritando muito Tyson. 

O boxeador após ser lembrado de seu passado criminoso falou: "Você parecia ser um cara legal, mas, na realidade, é um pedaço de mer..Vá se f...". O âncora fez questão de mencionar que a entrevista era ao vivo, mas Mike não se sentiu coibido e continuou a insultar o apresentador. "Eu não me importo, o que você vai fazer sobre isso?". O jornalista decidiu encerrar a entrevista.

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Em 1992, Mike Tyson foi acusado de estuprar uma adolescente de 18 anos em Indianápolis, Estados Unidos, e ficou preso por três anos. Confira abaixo o trecho da entrevista:

 

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