Tópicos | Dia dos Avós

Nesta quarta-feira (26), é comemorado o Dia dos Avós, no Brasil. Para celebrar a data, o Leia Já separou uma lista com cinco filmes para assistir com os avós, confira:

Um Senhor Estagiário (2015): Protagonizado por Robert De Niro e Anne Hathaway, com direção e roteiro de Nancy Meyers. Na trama, Ben Whittaker (De Niro) é um viúvo de 70 anos, que está entediado com a aposentadoria. Então, ele decide voltar à ativa e se candidatar ao estágio sênior de um site de moda, criado e administrado por Jules Ostin (Hathaway). O elenco também conta com Adam DeVine, Rene Russo e Christina Scherer;

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Viva - A Vida é Uma Festa (2017): Dirigido por Lee Unkrich (Toy Story 3) e Adrian Molina (Universidade Monstros), o filme da Pixar conta a história do jovem Miguel, que sonha em ser músico, mas não tem a aprovação dos familiares. Até que um dia, ele acaba entrando no Mundo dos Mortos, onde conhece Hector e com ajuda dele, tentará descobrir a verdade sobre sua família. Em 2018, o longa venceu o Oscar de Melhor Animação e Melhor Canção Original com “Remember Me”. Já na bilheteria, arrecadou cerca 814, 3 milhões de dólares;

O Diário da Princesa (2001): Estrelado por Julie Andrews e Anne Hathaway, a  história é baseada na série de livros homônima, escrita por Meg Cabot. A trama segue a jovem Mia (Hathaway), uma jovem comum de São Francisco. Porém, ela tem sua vida virada de cabeça para baixo, quando descobre que seu pai era da realeza de um país chamado Genóvia. Agora, Mia precisará ter aulas de etiqueta com Clarisse (Andrews), sua avó e Rainha de Genóvia. Em 2004, o longa ganhou uma sequência “O Casamento Real” e atualmente o terceiro filme está em desenvolvimento;

UP - Altas Aventuras (2009): O longa-metragem da Pixar segue o vendedor de balões e viúvo e Carl Fredricksen, que sonha em viajar pelo mundo. Um dia, ele resolve colocar diversos balões em sua casa, para fazê-la voar dos Estados Unidos e ir até à Venezuela. Durante a jornada, ele terá a companhia do jovem Russel, um menino de 8 anos. O filme venceu o Oscar 2010 de Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora, além de arrecadar mais 735 milhões de dólares;

Vovó…Zona (2000): A comédia é estrelada por Martin Lawrence. O filme acompanha o agente do FBI Malcom Turner, que resolve se disfarçar da avó da namorada de um suspeito, para conseguir informações sobre o caso. Em 2006, o longa ganhou uma sequência, onde Malcom mantém o disfarce da Vovózona e se torna babá de uma família com três filhos, para investigar o pai das crianças. Além disso, há um terceiro filme “Tal pai, tal filho”, quando o enteado de Malcom testemunha um crime, Malcom usa o personagem da Vovózona para se esconder com o jovem numa escola de artes;

Para marcar a passagem do Dia dos Avós, comemorado no Brasil nesta quarta-feira (26) – mesma data em que se celebram as figuras de Sant’Ana e São Joaquim, avós de Jesus e pais de Maria – o cemitério, crematório e funerária Morada da Paz lança um livro de receitas digital que resgata o preparo de pratos que foram compartilhados entre as antigas e as novas gerações, se perpetuando nas lembranças afetivas de diversas famílias.

Intitulado “Heranças Culinárias”, em formato de e-book, pode ser acessado gratuitamente através de um cadastro no site: bit.ly/moradareceitas. Nas páginas do livro, o leitor vai conhecer e se emocionar com a herança culinária de diferentes famílias, que compartilharam receitas e as suas histórias, que passam de geração em geração, graças ao empenho dos avós na cozinha.

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A iniciativa de lançamento do livro é parte da campanha Instantes, lançada em 2023 pelo Morada da Paz, e celebra as lembranças ao lado de entes queridos que se foram, mas deixaram seu legado para sempre marcado na história de quem ficou.

Galinha guisada, arroz de frango e angu salgado são algumas das receitas que constam no livro, que traz também o depoimento dos familiares que, ainda hoje, fazem as receitas deixadas pelos avós. No caso de Kacia Siqueira, a receita deixada pela sua mãe, Sônia, do biscoito doce chamado Lolita, foi transmitida para seus filhos e netos, e marca todas as gerações.

“Eu e minha mãe sustentamos a casa e a família por alguns anos vendendo Lolita e revendendo para alguns colégios particulares de Olinda e Recife. Minha mãe fazia, e eu saia vendendo e revendendo quando mais jovem”, conta Kacia. “Essa foi a melhor época da minha vida. A receita passou para meus filhos e agora passarei aos netos com muito amor e orgulho”, complementa.

Escritor perpetua lembranças da avó em livro

Quem também tem muitas memórias de sua avó e resolveu compartilhá-las em um livro, como forma de homenageá-la, foi o escritor, jornalista e ilustrador Aureliano Medeiros. Em 2021, com apoio do Morada da Paz, o livro A Viagem do Barco Azul foi lançado e segue disponível até hoje de forma gratuita no site: bit.ly/barcoazul, marcando o processo de despedida de Dona Noêmia, avó do autor. “Eu tinha um carinho muito silencioso pela minha avó. Gostava de chegar na casa dela aos domingos e me deitar no sofá enquanto ela, na poltrona, assistia à missa na televisão”, recorda.

“Queria que ela pudesse durar para além dos seus já muitos anos. Que pudesse ser eterna, mesmo que na forma de um livrinho azul”, descreve Aureliano. De forma poética, ele narra a trajetória de sua avó que, apesar do medo que tinha de morrer, partiu de forma serena, deixando uma história digna de um livro. A leitura da obra é um convite à percepção de que o processo de luto pode ter diversas nuances e mostra que é possível manter viva a memória daqueles que foram e são tão especiais.

“Escrever esse livro não foi fácil, mas foi a única coisa que eu podia fazer. Escrevi um dia depois de sua partida, que foi tão suave, de modo a processar a presença importante que ela tinha sido na vida de tantos, e na minha”, explica Aureliano. “Quando apresentei a ideia para o Morada da Paz, eles logo entraram junto no barco, e desenvolvemos a parte visual e ilustrada, que eterniza dona Noêmia em traço e verso”, finaliza.

*Da assessoria de imprensa

Belisário é avô da Luiza, de 8 anos, e do Noah de 1 ano; Alvelina é avó do Eric, de 6 anos; e Anita é avó do Vitor, também de 6 anos. Além de serem avós apaixonados pelos netos, o que estes três personagens têm em comum é uma outra paixão, pela corrida, que os coloca em movimento e traz diversos benefícios para quem é idoso.

O aposentado Belisário Pessoa da Rocha, de 65 anos, também pedala e pratica corrida três vezes por semana. Ele começou há quatro anos por incentivo do filho e hoje colhe os resultados da atividade. “Corrida  é  tudo  para  mim. Traz benefícios em tudo, no humor, melhora  o astral, é excelente. Corro três vezes por semana, de 10 quilômetros (km) a 15 km, depende muito no meu ritmo”.

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Ele está no grupo de corrida do Sesc Pinheiros, na capital paulista, onde também estão a Alvelina, a Anita e muitos outros idosos que neste Dia dos Avós, celebrado hoje (26), podem comemorar além dos netos, a saúde que a atividade física proporciona.

No momento o grupo não tem se reunido por conta da pandemia. Belisário lembra que ficou seis meses sem fazer nenhuma atividade física quando começou a isolamento social, ano passado. “Fui ficando muito estressado, chato mesmo, depois voltei a correr sozinho”. E ele tem um lema que o faz acordar às 5h para correr. “Nem sempre teremos motivação. Por isso é fundamental que tenhamos sempre disciplina. Esse é meu lema, não podemos parar”.

Colega de grupo de corrida, a autônoma Anita Hermann Gionfredo, de 59 anos, também tem um lema. “Não me preocupo com a idade é a idade que se preocupa comigo!”. Ela pratica corrida há dez anos. “Minha filha me chamou para participar de uma prova de 5 km, a Lotus, só para mulheres, mas eu nunca havia corrido. Fazia academia e para mim foi um desafio, mas no meio daquela multidão foi uma alegria, todos felizes, isso me contagiou e desde então não parei”. Ela não parou e já até levou o neto Vitor, na época com dois anos, para sua primeira corrida infantil.

A corrida também ajudou Anita com um problema de saúde. “Tinha endometriose e com a prática associada a exercícios focados para corrida, eu melhorei. Fora a disposição que ganhei, não me sinto com a minha idade”, revela. Ela corre de duas a três vezes na semana e recomenda o exercício. “A corrida é qualidade de vida, é prazerosa, só fazendo para entender”. Além de correr, ela ainda cursa o último semestre da faculdade de pedagogia.

Já a pedagoga Alvelina Machado Costa (imagem de destaque), de 59 anos, corre desde 2011 e coleciona várias medalhas de competições em que participou, tendo alcançado vários pódios como a Corrida Sargento Gonzaguinha e a Ultramaratona de Revezamento Bertioga x Maresias, por exemplo.

Ela tinha três hérnias de disco e sentia dores nas costas. Com orientação médica, iniciou a prática e, hoje, conta que a corrida trouxe outros benefícios. “A corrida traz qualidade de vida, educação corporal, disposição, desafios pessoais, novas amizades e educação alimentar”. Ela corre de quatro a cinco vezes por semana e ainda pedala aos domingos. Alvelina recomenda a atividade para as pessoas da terceira idade: “basta a pessoa aceitar o desafio da mudança”.

Benefícios

A atividade física para idosos é de importância multifatorial, diz o profissional de educação física e instrutor de atividades aquáticas da Bodytech Goiânia, Alexandre Ricardo da Silva. “Destaco os benefícios na mobilidade, que a curto prazo já proporciona maior independência e autonomia nas atividades cotidianas, o controle e prevenção de diversas doenças e o bem estar físico e mental”.

A corrida é uma boa sugestão, mas o profissional destaca que existem treinos que atendem de forma segura a terceira idade. “A indicação deve ser feita individualmente, de acordo com o gosto, histórico e necessidade de cada aluno. A individualização e adaptação dos treinos, melhora a adesão ao processo proposto e proporciona resultados significativos de curto e médio prazo”.  

Colega de profissão dele, o professor de Educação Física, Wagner Roberto Benevenuto Junior, concorda. “A atividade mais indicada é a que mais agrada a pessoa, pois facilita a permanência, sem que se torne uma obrigação. Desde que permitida pelo médico, toda atividade física é benéfica”, diz Wagner, que também é fisioterapeuta.

Ele destaca que nesta faixa etária as principais lesões são as ortopédicas, como fraturas de ossos longos (o fêmur, principalmente), musculares e articulares (tendinites e artrose) e ainda as doenças socioemocionais, como a depressão. “A atividade física é essencial em todas as idades, mas na terceira idade ela é fundamental para a melhora física, mental e social”, reforça Wagner.

Nunca é tarde para começar

Antes de iniciar uma atividade física, deve-se consultar um médico para avaliar o histórico clínico da pessoa. Após o aval médico, é importante procurar orientação de profissionais de educação física ou fisioterapeutas.

O fisioterapeuta especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Daniel Vicentini de Oliveira, explica que a atividade física não se resume a um esporte específico, e engloba qualquer ação que movimente o corpo: “a caminhada é uma boa opção além de exercícios domésticos: sim, limpar a casa é um bom exemplo de atividade física!”, sugere Daniel, que também é profissional de educação física e doutor em Gerontologia pela Universidade de Campinas (Unicamp).

Ele reforça que não há uma modalidade de exercício físico específica para os idosos. “Cada idoso tem um objetivo particular com a prática do exercício físico. Alguns terão mais resultados com exercícios recreativos, outros com exercícios de força, outros com os aeróbios. Tudo dependerá do objetivo e necessidade do idoso, além de sua capacidade física e motivação. Posso citar alguns exemplos como musculação, treinamento funcional, dança, Pilates, exercícios aquáticos, dentre outros”.

Atividade doméstica e lúdica

É o que faz a Hermínia Pineda Vicente, de 85 anos. “Sou super ativa, não gosto de ficar parada, gosto de carpir, de plantar flores, gosto de andar bastante no quintal. Se eu fico parada me sinto mal, sinto dor nas pernas, gosto muito de fazer movimento”, conta a avó da Fernanda, de 30 anos, e do Kaique, de 26 anos.

Mas não é só no quintal que ela se movimenta. “Faço essas atividades todos os dias, inclusive eu gosto de dançar também, danço bolero, samba, sertanejo…”, diz a aposentada que trabalhou como tecelã.

“O que não pode é ficar só sentada olhando televisão, que isso não adianta nada. O negócio é andar, se movimentar, fazer força, fazer movimento com os braços e as pernas para mais tarde não sentir muita diferença”, aconselha Hermínia.

Segundo o fisioterapeuta Oliveira, algumas doenças que atingem o idoso brasileiro podem ser amenizadas com atividade física. “As doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão arterial, diabetes tipo dois, osteoporose, osteoartrite, aterosclerose dentre outras, podem ser tratadas - mesmo que sem cura -, com o exercício físico. Porém é importante destacar que o trabalho interdisciplinar deve ser o foco no atendimento ao idoso”, explica o especialista em Gerontologia.

O profissional acrescenta que a atividade física mantém e melhora os componentes da aptidão física do idoso, como o condicionamento cardiorrespiratório, o equilíbrio, a força muscular e a composição corporal.

“Além disso, estimula a socialização e interfere positivamente em questões psicológicas, como autoestima, bem-estar, estresse, ansiedade e humor. Porém, o ideal é que essa atividade física seja feita na forma de exercício físico, programado, sistematizado e com objetivos! Dessa forma, o idoso conseguirá resultados mais eficientes, motivantes e seguros, melhorando sua funcionalidade geral”, finaliza.

Na proa da canoa, o menino Francisco Uruma olhava para o pai e para o avô, que, em concentração, buscavam o pirarucu nas águas do rio, no Alto Solimões. Era mais do que uma pesca. Da mesma forma, o caminho pela mata para buscar açaí era mais gostoso até que a pequena fruta. O que importavam mesmo eram as histórias ao longo dos caminhos. Uruma de 40 anos de idade, é cacique da Aldeia Tururucari-Uka, do povo da etnia Omágua-Kambeba. Eles vivem em terra na área rural de Manacapuru (AM) desde 2004. O cacique já tem três netos (que vivem em outra aldeia, a sete horas de barco) e espera ser para eles o que os ancestrais representaram na sua vida. Domingo, o pai, de 82 anos, ainda trabalha e gosta de contar histórias. Até pelos exemplos que teve, o cacique orienta que toda a comunidade mantenha contato permanente com os mais velhos para que as tradições e os saberes não se percam. Neste domingo (26), porém, Dia dos Avós, vai ser mais um dia em que os mais velhos serão ouvidos, mas com distância.

“Como a aldeia é em círculo, conversamos aos gritos, cada um da sua casa”. Todos de máscara. A aldeia tem 60 pessoas. Nas conversas, os mais velhos contam histórias de superação e de lendas que revigoram a raiz da comunidade. Falam também que é necessário se proteger e se isolar, caso o vírus contamine alguém. No único caso positivo confirmado, a doença não evoluiu. “Precisamos cuidar dos mais velhos que estão conosco”.

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Para Uruma, que também tem curso de coaching, é preciso que os mais jovens, também em situações como essa, tenham atenção e respeito cada vez que os mais velhos falam. Estar com os netos é mostrar união, dedicação, passar conhecimentos vividos e mostrar que ser avô indígena também faz parte da sabedoria milenar”, diz o jovem avô cacique, que é pedagogo e agente de saúde. Em tempos de pandemia, ele organizou o povo para não receber visitantes. Nem mesmo a família. A saudade dos netos é uma parte dolorosa dessa história. A aldeia que recebia grupos de turistas teve que se fechar para se proteger. Assim, nem mesmo os familiares que vivem em outras regiões podem entrar. “A gente se fala por telefone e mensagens”.

Ouvir os idosos

A geógrafa Márcia Kambeba, que é mestre e pesquisadora sobre a identidade de sua etnia, ratifica que os avós na aldeia ocupam espaço destacado. “Quando criança, nós somos orientados a ouvir as narrativas dos nossos avós. Os avós são fundamentais na construção do ser-pessoa. É normal na aldeia a gente se reunir ao redor da cadeira de um idoso. Enquanto ele fala, todos têm que ouvir em silêncio. Nós somos treinados a ouvir”, afirma.

Ela lembra que a família a estimulava a visitar casas dos mais velhos para ouvir, a cada dia, uma história diferente. “É preciso prestar atenção em cada detalhe falado. Assim, fui aprendendo sobre o rio, sobre a mata e a espiritualidade. Isso contribui para crescermos num ambiente saudável. Os idosos são o eixo de transmissão dos saberes de um povo”. Como pilar de vida, Márcia destaca que a avó, Assunta, falecida em 2001, foi referência fundamental de vida para ela.

“Deitada em uma rede com fibra de tucum, ela contava sobre as dificuldades que eu iria enfrentar”. E apontou os caminhos. A avó falava de natureza à literatura. Hoje, Márcia, que também é escritora, leva poesia a asilos em grandes cidades. “O lugar do idoso não é no quarto do fundo da casa. Eles são nossos troncos velhos e não podem ser silenciados nem ficar à margem de uma família. Há jovens que não querem mais ouvir narrativas. Isso entristece os mais velhos”.

Transmissão da cultura e saberes

O agricultor Simplício Arcanjo Rodrigues, de 59 anos, um dos fundadores da Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), vive na comunidade de Rio das Rãs, em Bom Jesus da Lapa (BA), onde vivem pelo menos 800 famílias e mais de duas mil pessoas. Ele é avô de quatro netos. Todos estão longe: três, a 150 km de distância, em outra comunidade na Bahia, e uma caçula em São Paulo. A pandemia adiou os encontros que costumavam ser frequentes nas férias.

Ele entende que um dever de avô é garantir a transmissão da cultura e dos valores de luta do povo dele. Rodrigues reconhece que a invasão de outras influências acabam afastando os jovens mesmo das comunidades centenárias. “O que eu passo para eles é a cultura afro-brasileira, e os valores de respeito à família e a história do povo negro aqui no país. Conhecimento representa empoderamento”. Escravidão, mortes, fugas e preconceito fazem parte das discussões na comunidade.

Ele testemunha uma conquista local que foi direito à terra onde a comunidade vive. A vitória na justiça, mediante laudo antropológico, completou 14 anos, mesmo havendo registro da presença de quilombolas no local há mais de dois séculos. “Foi muita luta porque havia disputa dessa área por outros grupos”. Essa história é uma das preferidas dos mais jovens. Tanto que ele faz questão de visitar as três escolas da comunidade quilombola para repetir a história do lugar. Por isso, ele se considera um avô também para a comunidade. “Nossos ancestrais morreram na esperança que a gente melhorasse a situação. A história não pode morrer na gente”. E não morre. Há um cemitério nas proximidades da comunidade. E ele considera isso importante para “lembrar de onde viemos”. "Os mortos carregaram os vivos. São nos nossos ancestrais que nós buscamos força e resistência”.

Mesmo com as influências de fora, afinal uma comunidade “não é uma bolha”, Simplício Arcanjo testemunha que tradições são mantidas, como pedir as bênçãos aos mais velhos e as festas religiosas em várias denominações. “Uma das coisas que a gente combinou por aqui é que um deveria respeitar a religião do outro”. São os mais velhos que devem passar isso para os mais jovens. “Aí tanto faz se é neto de sangue ou não”. Simplício sabe que, quando há eventos turísticos na região, que atraem brasileiros e até estrangeiros, os mais jovens conseguem explicar de onde vieram.

Mesmo de longe, a pequena Emanuele, de sete anos, neta de Simplício, diz que tem muito orgulho do que representa o avô para a comunidade. “Ele é um homem batalhador. Ele é muito bom”. A esposa de Simplício, Paulina Souza Rodrigues, de 59, professora de escola da comunidade, sente muito a falta da neta e está angustiada porque sabe que dificilmente terá a visita da neta no final do ano. “Temos nos falado sempre. Ela diz que está com muita saudade. A neta não desgruda dos avós nas férias. Quando ela vem, não para de brincar. Vai no rio comigo e pede para a gente contar histórias. Agora, está sendo por telefone”. Paulina considera que o papel dos avós está sendo desafiador porque as crianças estão encantadas pelas novidades tecnológicas e nem sempre eles nos escutam.

Quem celebra ter escutado a avó é a professora de português Rosângela do Socorro Ramos, de 52 anos, que nasceu e foi criada na comunidade quilombola de Curiaú, em área rural de Macapá (AP). Hoje, a docente mora na cidade em função do trabalho, mas ela recorda que foi Maria Jovina Ramos (já falecida), que não pôde estudar, que estimulou que ela fosse fazer faculdade na Universidade Federal do Pará. Na formatura, em 1991, a avó esbanjava orgulho da neta. “Minha avó me mostrou uma visão muito além do tempo dela. Mais do que escolaridade, ela e outras mulheres de minha comunidade fizeram questão de passar para a gente que as mulheres deveriam estudar e ocupar espaço”.

Rosângela é professora em área urbana, mas sempre volta à comunidade. Um dos compromissos é com a Associação das Mulheres Mãe Venina do Quilombo do Curiaú. A missão do grupo é promover discussões com mulheres de várias faixas etárias sobre independência feminina. “Mesmo com tantas influências que os mais jovens recebem de fora, as avós que criaram muitas pessoas na comunidade querem ser ouvidas”. Entre as mensagens, o estímulo ao estudo e ao trabalho para que não fiquem confinadas em uma perspectiva doméstica. “A associação foi criada por inspiração de mulheres como a minha avó”. E de outras mulheres, como a professora Celeste Silva, de 75 anos, 30 netos e 15 bisnetos. “Os dias são difíceis com as novas gerações, mas nós precisamos continuar ensinando o respeito, independentemente de ser família ou não. Aqui na comunidade quilombola, tentamos trazer essas conversas sempre. Nesse momento, ficamos mais distantes por causa do vírus”.

Em grandes cidades

A aposentada Antônia Braz da Silva, de 74 anos, mora na zona leste de São Paulo desde a infância, quando os pais deixaram o distrito de Pedra Tapada, na cidade de Limoeiro (PE), para começar tudo de novo na capital econômica do país. Avó de sete netos e viúva, ela mora sozinha e tem se sentido angustiada e “presa” com a pandemia. A comunicação passou a ser apenas por videoconferência.

“Não sei quando os verei de perto de novo e quando virão aqui (três dos quatro filhos não vivem mais em São Paulo)”. Mesmo acostumada com a distância, ela se sentiu agora mais isolada. Sente falta, por exemplo, da possibilidade da presença e de contar histórias da família. “Quando eles eram menores, faziam mais perguntas e ouviam mais. Hoje, já são adultos e têm menos tempo”. Ficou mais satisfeita no ano passado, quando precisou fazer uma cirurgia, e os netos passaram a perguntar mais sobre ela. Durante a quarentena, vibra com cada ligação que recebe.

Cada ligação também tem um sabor especial para a enfermeira Eleuza Martinelli, em Brasília. Só que, no caso dela, ser avó é uma novidade que surgiu durante a pandemia. “Sempre sonhei em me tornar avó e em julho de 2019 recebi a notícia de que este sonho iria se realizar. Tudo muito escolhido e preparado para recebermos a Rafaela. Minha primeira neta”. A menina nasceu em Goiânia (GO), em 26 de fevereiro, data em que foi registrado o primeiro caso de covid-19 no país.

“Não imaginávamos que a doença iria trazer tantos transtornos e mudar muitos nossos planos. A alegria era muito grande. Uma mistura de sentimentos de avó e de mãe que é indescritível. Porém a pandemia mudou nossos planos e achamos melhor nos distanciar”. A partir daí, as conversas, orientações e carinhos tornaram-se virtuais, mesmo que tão reais. “Trocas de mensagens e chamadas de vídeos viraram rotinas. Neste domingo (26), ela faz 5 meses e está cada dia mais esperta”. Não era de longe como Eleuza e o marido, Jaime, esperavam passar o dia dos avós, mas...“Falo todos os dias com minha filha Mariana, recebemos vídeos e fotos de cada novidade. Sempre reinventando uma nova forma de compensar o contato físico. Aprendemos uma nova maneira de amar que transcende todas as barreiras que a pandemia trouxe”.

A comerciante Graça Carvalho, de 61 anos, avó de três netos, mora em Parnamirim (RN), na Grande Natal, e optou por ficar longe para se proteger e também à mãe dela, Maria, de 95 anos. Está passando um tempo na casa da família, em Santana do Matos, a 200 km da capital potiguar. Graça foi avó pela terceira vez durante a pandemia. Ana Letícia completou um mês de vida. “O que a gente deseja para os netos é amor, proteção. Nesse momento, a forma de fazer isso é todo mundo se cuidar ficando longe”.

O cuidado com os idosos

Avós têm razão em estar em alerta e serem cuidadosos, mas a contaminação não significa uma sentença de morte, segundo o médico Thiago Rodrigues, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, no Distrito Federal. Ele testemunha que a possibilidade da infecção tem elevado a tensão entre os mais velhos, mas é necessário, sobretudo, fazer a prevenção adequada. “Nesse momento, guardar distanciamento é importante. Os idosos são elos mais fracos e vulneráveis. Nesse Dia dos Avós, a celebração tem que ser com distanciamento dos mais jovens”. O médico explica que o organismo dos idosos é mais suscetível principalmente por causa da pneumonia que o vírus pode provocar.

“A pneumonia viral acaba inflamando o nosso pulmão e diminui a capacidade de oxigenação do nosso sangue. Nos idosos, pelo processo de envelhecimento natural, eles estão mais vulneráveis às doenças crônicas que afetam o organismo de forma sistêmica. Quem tem alguma comorbidade acaba tendo uma descompensação das doenças que já possuía”, explica. Além da preocupação com o distanciamento, o médico indica que é necessária também atenção com o estado emocional dos mais velhos. “O distanciamento físico não deve significar isolamento de carinho. Um reflexo positivo desse momento tem sido uma preocupação das pessoas se conectarem mais. Uma condição de muitos idosos em momento de não-pandemia já era o de isolamento e eram colocados à margem. Nesse momento, os jovens também estão experimentando isso e percebem também que existe solidão. Uma ligação nesse Dia dos Avós é um gesto importante nesse contexto. Após a pandemia, imagino que pode haver um renascimento do desejo de abraçar e de estar mais perto dos idosos”.

No outro lado desse abraço, pode estar a criança. Presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo, o médico Marco Aurélio Sáfadi, explica que as complicações com crianças e bebês são muito raras. “Não quer dizer que não exista risco. A maioria das crianças que tem a doença passa de uma forma tranquila. Temos dúvidas sobre o papel das crianças na transmissão do vírus. Dados preliminares indicam que os principais transmissores são adultos jovens. Mas é necessária muita cautela e especial cuidado em caso de convivência entre crianças e avós”. O médico recomenda que as crianças, de todas as idades, devem utilizar máscara para proteção dos mais velhos. No aspecto emocional, ele considera que, em uma situação de pós-pandemia, os mais novos terão condições de se readaptar à realidade. “Elas têm uma capacidade de superar o que ocorreu. Mas devemos considerar os contextos sociais de muitas famílias em situação de precariedade”.

A psicóloga Daniela Taborianski Lima, que atua em Bauru (SP), concorda que as crianças têm uma compreensão maior e capacidade de readaptação que os adultos desconhecem. Mesmo diante da distância dos avós, há um lugar reconhecido pelos menores. “Os avós trazem um modelo de amorosidade, que representa segurança. Tanto é assim que, em momentos de dificuldade e dor, costumamos recordar da experiência com eles e elas”. A psicóloga recomenda que os adultos devam conversar abertamente sobre a situação com os menores, explicando que essa situação é temporária e que, por isso, se deu o isolamento. Da mesma forma, ela salienta que, tanto para crianças como para os idosos, momentos como esse podem requerer acompanhamento profissional de forma que as pessoas sejam cuidadas emocionalmente. Inclusive, Daniela Lima experimenta aos 40 anos a experiência de ser avó. “Está sendo uma experiência enriquecedora e amorosa com minha pequena Alice, de dois anos”.

"Amorosidade também é ensinado"

Seja nas comunidades centenárias, em área rural, sob o movimento da natureza, ou apreendido nas correrias das vidas urbanas, chamar vó e vô costuma aliviar o dia. “Amorosidade também é ensinado”, explica a psicóloga. Amor para ensinar a pescar, lutar e traduzir os “mistérios da vida”. Por enquanto, de longe. “Em breve vamos nos encontrar em um novo normal. A vida vai seguir e em cada etapa vamos reinventar uma forma de viver intensamente esse amor que até então eu desconhecia”, diz a avó Eleuza Martinelle, em Brasília. “Eu não sei se tenho tanto a ensinar. Mas sei falar do passado”, como diz o avô Simplício Rodrigues, em comunidade quilombola na Bahia. Avós são feitos desse saber vivo, de uma saudade em andamento, e desse lugar-amor multiplicado.

É muito comum associar pessoas com cabelos brancos e rugas em evidência aos eternos bons velhinhos. A história que remete a avó fazendo tricô na cadeira de balanço e o avô escutando rádio na varanda, literalmente, não existe mais. No mundo das celebridades, por exemplo, o vigor se sobressai quando os netos chegam com tudo.

No Brasil, os artistas encantam na internet quando compartilham momentos de fofura na companhia dos pequenos herdeiros. Para celebrar o Dia dos Avós nesta sexta-feira (26), o LeiaJá escolheu cinco famosos que não aparentam ter netinhos.

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Preta Gil

Prestes a completar 45 anos em agosto, a cantora Preta Gil encanta os fãs quando surge ao lado da neta, Sol de Maria, de três anos. As duas sempre se divertem quando estão em casa, no Rio de Janeiro, aproveitando a agenda livre de Preta. Recentemente, Preta liberou na abertura dos shows o áudio onde Sol de Maria a chama de "Vovó Petinha".

 

Caco Ciocler

O ator Caco Ciocler, que interpretou o Edgar na novela "Segundo Sol", se tornou avô em 2018. O filho, Bruno Ciocler, presenteou Caco com a chegada de Elis. No dia do nascimento da neta, o ator de 47 anos comemorou. "Nasceu Elis e esse cara aí que eu amo e chamo por filho, agora é pai. Bem-vinda ao mundo minha neta, louco pra te mostrar as coisas incríveis que tem por aqui", escreveu o galã no Instagram.

 

Daniela Mercury

Sucesso na música brasileira, Daniela Mercury sempre foi uma artista que manteve a boa forma em dia. Com preparação de bailarina em suas apresentações, a cantora de 53 anos não tem aparência de avó, mas é. Daniela tem duas netas, Clarice e Mel. Clarice, a primeira neta, é filha de Gabriel Póvoas, e Mel, que nasceu em 2018, de Giovana Póvoas.

 

Luigi Baricelli

Conhecido por ter interpretado galãs nas novelas da Globo, Luigi Baricelli impressiona nas redes sociais ao compartilhar registros com a neta, a pequena Helena. O ator de 48 anos, que foi avô aos 44, acompanhou a chegada de Helena via celular. Em 2016, Luigi divulgou o nascimento da neta no seu perfil do Instagram. "Ainda é madrugada aqui em Bogotá, mas eu preciso compartilhar. Sou vovô! Minha neta nasceu. É uma coisa linda, fantástica, arranja um babador pra mim aí, vai?", escreveu, que na época se encontrava fora do Brasil.

 

Claudia Ohana

Mãe aos 20 anos. Foi com essa idade que Claudia Ohana trouxe ao mundo sua única filha, Dandara. Sempre adepta da vida saudável, a atriz foi avó do Martim aos 41 anos. Hoje, aos 56 anos, Claudia Ohana é avó de mais um neto, o Arto. Em entrevista à revista Marie Claire, Claudia falou da relação que tem com Martim e Arto. "Procuro não sair muito do que a mãe dita, já que as regras são dela. De qualquer forma, em casa eu deixo brincar, rolo no chão, deixo jogar videogame...", disse.

Fotos: Reprodução/Instagram

Nesta sexta-feira (26), é comemorado o Dia Mundial dos Avós, ou como é popularmente conhecido no Brasil, o Dia da Vovó, uma homenagem àquelas que são sinônimo de mimos, amor, carinho e cumplicidade. Esse laço afetivo é tão intenso que são muitas as histórias de avós que participam da vida de seus netos.

A estudante de administração Jocimara Santos, 24 anos, lembra sempre com muito carinho dos avós, especialmente os maternos, que moravam bem próximos de sua casa. "Eu ia toda semana para casa deles, passava o dia lá. Brincava, ouvia forró com meu avô Jonas, assistia programas da tarde com a vó Palmira", conta.

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Jocimara conta que seu apego era maior com o avô Jonas. Os dois adoravam apreciar uma garrafa de vinho e jogar conversa fora. "Quando eles se mudaram para Pernambuco, em 2012, um ano depois eu fui passar as férias com eles. Meu avô havia levado daqui [São Paulo] uma garrafa de vinho. Quando eu ligava, ele falava que a garrafa estava guardada esperando o dia que eu fosse visitá-lo para tomarmos juntos. Quando fui até lá, ele pegou a garrafa e tomamos o tal vinho. Minha vó ficou 'pistola', pois nós dois tomamos a garrafa infeira, como se fosse água", lembra.

O vovô Jonas faleceu em julho de 2012, mas deixou todas as memórias felizes vivas na lembrança da neta.

Jocimara Santos com o vovô Jonas Freire | Foto: Acervo pessoal

Momentos marcantes da convivência com os avós também estão na memória do autônomo Erick Fernandes da Silva, 27 anos. Ele morou por mais de dois anos com os avós e, depois deste período, passou a curtir as férias escolares e os fins de semana ao lado deles. "A história mais marcante com meu avô João foi na época em que ele estava muito doente. Ele sempre fazia bolo, mesmo que simples, para comemorar o aniversário de cada um dos netos. Mas em 2011, por estar debilitado e não poder ir no meu aniversário, um dia antes ele pediu para que eu o levasse em uma padaria onde ele comprou um pedaço de bolo para comemorarmos. Dias depois, ele foi internado e, antes que eu pudesse visitá-lo, faleceu", recorda.

Avô e neto costumavam realizar muitas viagens em família, e Silva conta que guarda todos esses momentos com muito afeto. "Meus avós representam um exemplo de vida. O homem que sou hoje devo muito aos ensinamentos deles. Mesmo não estando mais presentes, levo em minhas lembranças todo o amor e carinho que eles distribuíram para cada um da família. Tenho muito respeito e gratidão eterna por eles", destaca.

Erick Fernandes com os avós João Tavares e Aparecida Batista | Foto: acervo pessoal

Há também quem encontrou na avó uma importante figura materna. A auxiliar de e-commerce Thainá Gonçalves, 23 anos, foi criada pelo vovó Vilma até os 13 anos. "Ela era a melhor companhia que alguém poderia ter", afirma.

Segundo Thainá, sua avó era muito religiosa e sempre a ensinou sobre o assunto. "Os avós são anjos da guarda que Deus enviou para a Terra com a missão de cuidar da gente. Quando vão embora é porque o trabalho deles já está feito, deixando apenas a dor da saudade. Eu sou muito grata por ter os avós que tive e faria muito mais por eles se tivesse oportunidade ainda", conclui.

Thainá Gonçalves, ainda bebê, nos braços da avó Vilma Gabriel | Foto: Acervo pessoal 

 

O Centro de Convivência do Idoso (CCI) Gopoúva, em Guarulhos, irá comemorar o dia dos pais e do dia dos avós nesta quarta-feira (8), às 14h. A programação inclui café da tarde, apresentação musical de alunos do curso de violão da unidade e um baile que já ocorre às quartas-feiras, que contará com a presença do músico Rayk Lanza e da dupla sertaneja Mário Lopez e Luiza Garcia.

A CCI é administrada pela Prefeitura da cidade, e atende idosos a partir de 60 anos e oferecem atividades como alfabetização, baile, bingo, bordado, coral, costura, crochê, dança de salão, fotografia, musculação, aulas de violão, vários tipos de ginástica, informática, pintura em tela, pintura em tecido, entre outras.

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Serviço:

Comemoração do Dia dos Pais no CCI Gopoúva

Dia 8 de agosto (quarta-feira) – 14 horas

Local: Centro de Convivência do Idoso (avenida Leopoldo Cunha, 85, Gopoúva) 

Atualmente na pele do arquiteto Edgar, na novela "Segundo Sol", Caco Ciocler, de 46 anos, usou o Twitter para celebrar o Dia dos Avós nessa quinta-feira (26).

Pai de Bruno Ciocler, de 21 anos, o ator é avô da pequena Elis, que completou 2 meses. "Meu primeiro dia do avô! Já fiz ginástica, tratamento capilar e agora vou pra massagem desportiva. Cabe muita vida aqui", escreveu.

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Aproveitando a publicação, os seguidores do microblog não perderam a oportunidade ao comentar a boa forma de Caco. "Que avôzão", brincou um dos internautas. "Um vô desses, bicho", ironizou uma fã.

No dia de hoje, 26 de julho, é comemorado o dia dos avós, mas, poucos sabem a origem dessa data comemorativa. A verdade é que esse dia tem vínculo com a tradição cristão. Em 26 de julho é comemorado o dia de Santa Ana e São Joaquim, que de acordo com a história religiosa, foram os pais de Maria, sendo assim, avós de Jesus.

A data é comemorada no Brasil e em Portugal . O dia de São Joaquim também já chegou a ser comemorado no mês e março, e após em agosto. Somente depois da decisão do Papa Paulo VI é que o dia de São Joaquim passou a ser comemorado junto com o dia de Santa Ana.

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Segundo a história, Ana e Joaquim viviam em Nazaré, queriam muito ter filhos, porém ela não conseguia engravidar. Então, um anjo apareceu e anunciou que eles teriam um filho, mesmo com a idade avançada da mulher.

Dessa união, nasceu Maria, que anos mais tarde foi a escolhida para ser mãe de Jesus. Por isso, ela é conhecida por ser a padroeira das mulheres grávidas e das que querem ter filhos. Já Joaquim é padroeira dos avôs.

Um novo herdeiro deve chegar em breve à família Rousseff. A presidente Dilma utilizou as redes sociais para felicitar os avós pelo seu dia, comemorado neste domingo (26). Na mesma publicação no Facebook, ela comunicou que ganhará um novo netinho. “Com a felicidade de quem em breve ganhará mais um netinho, envio um abraço carinhoso aos brasileiros e brasileiras que, como eu, têm a satisfação de ser avô e avó”.

Dilma ainda aproveitou o post para externar o carinho que sente pelo pequeno Gabriel, de quatro anos, primeiro herdeiro da sua única filha, Paula Rousseff.  “Um beijo especial para o Gabriel, que torna os meus dias mais alegres!”, completou. 

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Em pouco mais de uma hora, a postagem conquistou quase 40 mil curtidas, além de aproximadamente três mil comentários e centenas de compartilhamentos.

 

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