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O número de lares aumentou mais nos últimos 12 anos do que o de habitantes no País. As famílias ficaram mais enxutas, com menos gente vivendo sob o mesmo teto, na média geral da população, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil chegou à marca de 90,688 milhões de domicílios no ano passado. O resultado significa um salto de 34% em relação aos 67,570 milhões de lares encontrados no Censo 2010, o equivalente a 23,118 milhões de lares a mais em pouco mais de uma década. No mesmo período, a população brasileira cresceu 6,5%.

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"A gente não pode dizer que existe relação com qualquer outra coisa. O que a gente observa aqui é que a população aumentou, mas aumentou proporcionalmente muito mais a quantidade de domicílios, principalmente domicílios não ocupados", disse o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte, quando questionados sobre eventuais motivos para o fenômeno.

O número de domicílios aumentou em todos os Estados e no Distrito Federal entre os Censos 2010 e 2022. O município de São Paulo, o mais populoso, concentrava o maior número de lares: 4,9 milhões, um crescimento de 27% ante 2010.

No conjunto de unidades domiciliares recenseadas em 2022, 90,6 milhões eram domicílios particulares permanentes, outros 66 mil domicílios particulares improvisados e mais 105 mil domicílios coletivos.

Entre os domicílios particulares permanentes, 72,447 milhões estavam ocupados em 31 de julho de 2022, data de referência do Censo Demográfico, enquanto 18,070 milhões estavam desocupados. Os domicílios ocupados aumentaram 26% em relação a 2010, e os não ocupados avançaram 80%.

Os lares desocupados foram divididos em duas categorias: ou estavam vagos ou eram de uso ocasional, o que inclui imóveis de veraneio. Os domicílios vagos totalizaram 11,4 milhões em 2022, aumento de 87% em relação a 2010, enquanto os de uso ocasional cresceram 70%, para um total de 6,7 milhões.

O presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, contou que o instituto usou durante a coleta informações sobre o consumo de energia de domicílios em áreas consideradas mais turísticas ou de veraneio para conferir a predominância de imóveis de uso ocasional. Ele lembra que o trabalho remoto durante a pandemia de covid-19 pode ter alterado a quantidade de domicílios de uso ocasional em determinados locais, com migração de parte da população de áreas urbanas para locais de veraneio.

"Isso pode ter aumentado (em alguns locais), isso pode ter diminuído em alguns lugares", disse Azeredo. "Esse esvaziamento urbano pode ter se dado em função disso, e pode ter reduzido até o número de domicílios que são considerados de uso ocasional em outros locais."

A redução da média de moradores por domicílio entre 2010 e 2022 ajudaria a explicar o avanço no número de lares, afirmou o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner. A média de moradores caiu de 3,31 pessoas por domicílio no Censo de 2010 para 2,79 pessoas em 2022.

"Então, para abrigar essa população, você precisa de mais domicílios. Esse processo é contínuo, não é novo agora, já há algum tempo a gente vem verificando isso. Cada vez a média de moradores por domicílio é menor. Então isso explica parte do crescimento dos domicílios de maneira tão expressiva. O restante é quantidade maior de domicílios vagos e de domicílios de uso ocasional", disse Stenner.

A densidade demográfica do País foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadrado, porém com ocupação desigual entre as regiões. No Norte, que tem área de 3.850.593 km?, ou 45,2% do território brasileiro, a densidade é de 4,5 habitantes por quilômetro quadrado. No Sudeste, região mais populosa, a média é de 91,8 habitantes por quilômetro quadrado.

Os municípios de Taboão da Serra (SP), Diadema (SP), São João de Meriti (RJ), Osasco (SP), Carapicuíba (SP) e São Caetano do Sul (SP) eram os seis únicos municípios brasileiros com densidade populacional superior a 10 mil habitantes por quilômetro quadrado.

O Censo Demográfico 2022, iniciado no dia 1º de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já passou por 20.290.359 domicílios no país, contando até o momento 58.291.842 pessoas. O primeiro balanço do levantamento nacional foi divulgado nesta terça-feira (30) pelo IBGE e considera os dados lançados pelos recenseadores até a segunda-feira (29).

O estado mais adiantado em termos percentuais é o Rio Grande do Norte, com 53% dos setores censitários trabalhados, seguido por Pernambuco (52,45%) e Distrito Federal (52,04%). O estado de Mato Grosso tem a menor proporção, com 21,81%, seguido de Roraima (25,75%) e São Paulo (29,63%).

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O IBGE divide o país em 452.246 setores censitários urbanos e rurais, dos quais 38,4% já estão sendo visitados pelos 144.634 recenseadores.

Até o momento, 88,2% dos domicílios (17.697.415) responderam ao questionário básico e 11,8% (2.365.208) ao ampliado. O tempo médio tem sido de 6 minutos para o questionário básico e de 18 minutos para o ampliado.

Ao todo, 99,7% da coleta foi feita de forma presencial. Um total de 34.055 domicílios optaram por responder pela internet e outros 30.202 pelo telefone. De acordo com o IBGE, 2,3% dos domicílios visitados se recusaram a responder.

É possível acompanhar o andamento da coleta por estado e por município pelo site do Censo 2022.

Primeiros dados

O gerente técnico do censo Luciano Duarte ressalta a contagem de indígenas (450.140) e de quilombolas (386.750) como um avanço no levantamento. “Quanto aos quilombolas, mesmo sendo parcial, esse já é um número inédito, pois é a primeira vez que estamos fazendo essa investigação”.

De acordo com ele, a pirâmide etária parcial já revela o envelhecimento da população. “Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente”.

Da contagem populacional feita até o momento, 47,8% são homens e 52,2% mulheres.

Processos seletivos

Duarte disse que o andamento da coleta de dados está ocorrendo dentro do previsto, mesmo com cerca de 20% das vagas disponíveis para recenseadores estarem ainda abertas.

“A produtividade individual dos recenseadores está dentro do esperado. Os setores estão sendo trabalhados no tempo adequado e os sistemas de coleta, acompanhamento e transmissão estão funcionando bem, assim como os equipamentos”, disse.

De acordo com o IBGE, há falta de pessoal para atuar em alguns locais e o instituto está com 78,8% do total de vagas de recenseadores preenchida no momento. O estado com maior déficit é o Mato Grosso, com 51,2% das vagas ocupadas. Alagoas está com 99,6% dos postos preenchidos.

Uma rotina prevista nos censos, o IBGE lança periodicamente editais de processos seletivos complementares. O último encerrou as inscrições em 29 de agosto, com 6.514 vagas de Recenseador e 251 vagas de Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor (ACS). Os editais podem ser acompanhados no site do IBGE.

No Brasil, um em cada dez domicílios ainda despeja os resíduos diretamente na rua ou na natureza, seja em fossas escavadas no terreno, valas, rios ou no mar. O número equivale a cerca de 9 milhões de lares em todo o território nacional que não têm acesso à rede de esgoto e crescem desde 2016. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2019, divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em apenas um ano, esse número aumentou cerca de quatro vezes, passando de 2,2 milhões em 2018, o que representava 3,1% do total dos domicílios pesquisados, para 9 milhões em 2019, que representam 12,6% do total. Antes disso, em 2016, 2,8% dos domicílios depositavam os dejetos diretamente na natureza, o que equivalia a 1,9 milhão de casas.

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De acordo com o IBGE, parte desse crescimento entre 2018 e 2019 deve-se a aprimoramentos na coleta de dados.

A pesquisa mostra que o cenário é mais crítico na Região Norte, com 29,6% dos domicílios (1,6 milhão de lares) sem rede de esgoto e com despejo de resíduos na rua ou na natureza. Esse percentual é maior do que o de casas com acesso à rede geral de esgoto, que é de 27,4%.

Na Região Nordeste, o índice chega a 22,1% ou 4,1 milhões de lares. Já no Sudeste, o percentual cai para 5,5% ou 1,7 milhão de domicílios.

Em todo o país, 62,3% dos domicílios são conectados à rede geral de escoamento do esgoto sanitário. Outros 5,6% têm fossa séptica ligada à rede, ou seja, o esgoto do banheiro está ligado a um ou mais tanques de concreto, plástico, fibra de vidro ou outro material impermeável, sendo a parte líquida canalizada para a rede geral de esgoto. Outros 19% têm fossa séptica que não está ligada à rede.

Rede de esgoto e coleta de lixo

A pesquisa mostra ainda que o percentual de domicílios ligados à rede de esgoto aumentou entre 2018 e 2019, tanto aqueles ligados diretamente quanto os que têm fossa séptica conectada à rede. Esse percentual passou de 66,3% para 68,3%. O levantamento indica que há, de alguma forma, canalização dos dejetos, mas não necessariamente que esse esgoto é tratado.

Todas as regiões apresentaram crescimento em relação a 2018, principalmente a Norte, que passou de 21,8% para 27,4% de cobertura em um ano, e a Centro-Oeste, que passou de 55,6% para 60%. “Apesar de apresentar a menor estimativa de acesso à rede geral, a Região Norte teve a maior expansão em relação a 2016, quando 18,9% dos domicílios tinham esse serviço”.

A pesquisa mostra também que aumentou a coleta direta do lixo por serviço de limpeza no Brasil. O índice de moradias atendidas passou de 82,7%, em 2016, para 82,9%, em 2017; 83% em 2018; e 84,4% em 2019. Entre 2018 e 2019, a expansão de 3,6% da coleta direta do lixo significou o crescimento de 2,1 milhões de domicílios atendidos por esse serviço.

De acordo com o IBGE, todas as regiões tiveram avanço da coleta direta. “Esse movimento foi acompanhado pela redução da participação da coleta em caçamba de serviço de limpeza nas regiões”.

Água canalizada

Dos 72,4 milhões de domicílios estimados pela Pnad Contínua em 2019, 97,6%, ou 70,7 milhões, tinham água canalizada e 88,2%, ou 63,8 milhões, tinham acesso à rede geral de abastecimento de água.

Em 85,5% dos domicílios a principal fonte de abastecimento de água era a rede geral de distribuição. Há, no entanto, diferenças regionais. No Norte, esse percentual é 58,8% e, no Sudeste, 92,3%. De acordo com a Pnad Contínua, na Região Norte, 21,3% dos domicílios tinham abastecimento de água por meio de poço profundo ou artesiano e 13,4% recorriam ao poço raso, freático ou cacimba.

Mesmo entre aqueles que têm acesso à água encanada, nem todos têm água na torneira todos os dias. Em 88,5% dos lares com acesso à rede geral, a disponibilidade de água é diária. Mas há locais em que ela chega apenas uma vez na semana.

Saneamento básico

Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente, são serviços de saneamento básico. Além de estarem previstos na Constituição Federal, o direito a esses serviços é assegurado em lei (Lei 11.445/2007).

Esses serviços “são de extrema importância para a melhoria das condições de vida e saúde da população”, diz a pesquisa do IBGE. Mundialmente, assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), para serem alcançados até 2030.

Os números são da Pnad Contínua para o tema Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores, de 2019, que consolida dados de aproximadamente 168 mil domicílios visitados pesquisadores. Eles são uma amostra que representa os 72,4 milhões de domicílios particulares permanentes estimados no país. Além das características dos domicílios, a Pnad Contínua investiga regularmente informações sobre sexo, idade e cor ou raça dos moradores.

Em um de cada dez domicílios brasileiros, com acesso à rede de distribuição, falta água pelo menos uma vez na semana, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua 2019, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso equivale a mais de 6 milhões de lares. 

Os dados mostram que em 85,5% das casas no país, a principal fonte de abastecimento de água é a rede geral de distribuição. Em cerca de 5% desses domicílios, no entanto, a rede está disponível de quatro a seis dias na semana. Em outros 5%, a disponibilidade é ainda mais reduzida, de um a três dias.

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Em relação à população, esses dados significam que 10,3% dos domicílios abastecidos pela rede de distribuição de água têm o fornecimento interrompido pelo menos uma vez na semana, o que equivale a 18,3 milhões de pessoas.

O abastecimento de água ajuda, entre outras coisas, na higiene e na prevenção de doenças. Lavar as mãos com água e sabão, várias vezes ao dia, está entre as recomendações para impedir o contágio pelo novo coronavírus.

Os dados mostram que poços profundos ou artesianos são a principal fonte de abastecimento de 5,1 milhões de domicílios, o equivalente a 7,1%; poços rasos, freáticos ou cacimbas, de 2,3 milhões de lares, ou 3,2%; e fontes ou nascentes, de 1,5 milhão, ou 2,1%.

Há também diferenças regionais. No Norte,o percentual de domicílios com a rede de distribuição como principal forma de abastecimento de água é 58,8% e, no Sudeste, 92,3%. De acordo com a Pnad Contínua, na Região Norte, 21,3% dos domicílios tinham abastecimento de água por meio de poço profundo ou artesiano e 13,4% recorriam ao poço raso, freático ou cacimba.

Os dados são da Pnad Contínua para o tema Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores, de 2019, que consolida dados de aproximadamente 168 mil domicílios visitados por pesquisadores. Eles são uma amostra que representa os 72,4 milhões de domicílios particulares permanentes estimados no país. Além das características dos domicílios, a Pnad Contínua investiga, regularmente, informações sobre sexo, idade e cor ou raça dos moradores.

O Brasil fechou 2016 com 116 milhões de pessoas conectadas à internet, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C) divulgada, nesta quarta-feira (21), pelo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, mais de 30% das residências do país ainda estão desconectadas. A maior quantidade de famílias offline foi registrada no Nordeste.

Em 2016, 8 milhões de domicílios nordestinos ainda não possuíam acesso à rede. Na região, o percentual de casas com internet era de apenas 56,6%, mais de dez pontos percentuais abaixo da média nacional. O maior índice de inclusão digital foi registrado no Sudeste, onde 76,7% dos lares tinham o serviço.

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Os dados da pesquisa levam em consideração o uso da internet por computador, celular ou tablet. O total de pessoas conectadas do país em 2016 equivale a 64,7% da população com 10 anos ou mais de idade. Entre os que acessaram a rede no ano, 94,2% usaram aplicativos e redes sociais para troca de mensagens de texto, voz ou imagens.

A segunda finalidade mais citada foi assistir a vídeos, programas, séries e filmes (76,4%), conversar por chamada de voz ou vídeo (73,3%) e enviar ou receber e-mail (69,3%). O estudo mostra ainda que 94,6% dos usuários se conectaram pelo telefone celular.

Segundo o IBGE, nos domicílios em que não havia utilização da internet, os motivos alegados para não a usar foram - falta de interesse (34,8%), serviço de acesso era caro (29,6%), nenhum morador sabia usar (20,7%), serviço de acesso não estava disponível na área (8,1%), equipamento necessário era caro (3,5%) e outro motivo (3,3%).

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O IBGE divulgou hoje (24) os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) que aponta que 47,2 milhões de domicílios no Brasil já estão pagos. Isso significa que do total de 69,2 milhões de moradias que existem no país, 68,2% estão quitadas e os donos possuem os respectivos títulos de propriedade.

As residências dos brasileiros estão divididas na pesquisa em casas (59,6 milhões ou 86%) e apartamentos (9,5 milhões). Os imóveis alugados representam 17,5% de todas as residências do país (12,1 milhões de moradias). Cerca de 143 mil domicílios figuram como invadidos na pesquisa.

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Outro dado analisado pelo levantamento é o acesso aos serviços básicos, como saneamento, lixo e energia elétrica. Dos 69,2 milhões de residências, 97,2% têm água canalizada, sendo que 85,8% são ligadas à rede geral de distribuição. O esgoto de 65,9% dos domicílios é ligado à rede e em 29,7% dos casos são utilizadas fossas particulares.

Também foram aferidos os bens e serviços de que essas residências dispõem. Em 92,3% as pessoas possuem telefones fixos ou móveis, 98% possuem geladeira, 97,4% têm TV e, em média, 63% possuem máquina de lavar. O automóvel está presente em 47,4% dos domicílios; a motocicleta em 21,8% dos lares e 10,4% dos domicílios têm ambos.

O número de brasileiros que acessa a internet através de celulares cresceu 106% em dois anos. Hoje, os que navegam através da telinha somam 52,5 milhões de usuários, representando 31% da população do País. As informações fazem parte da pesquisa TIC Domicílios 2013, divulgada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.Br). O estudo foi realizado em mais de 16 mil domicílios brasileiros, entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014.

Pela primeira vez, desde o início da realização da pesquisa, em 2008, o número de brasileiros que acessam a internet ultrapassou os 50% da população. O Brasil possui 85,9 milhões de usuários de internet. Em 2008, este número era de 34%. Em contraponto, o estudo também registrou que 24,2 milhões de domicílios com renda familiar de até dois salários mínimos ainda estão desprovidos de acesso à internet.

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Mobilidade em alta

A pesquisa também aponta que os brasileiros estão deixando de lado os computadores tradicionais. A preferência atual é por laptops, ao invés de desktops. Pela primeira vez, 57% dos domicílios do País possuem equipamentos portáteis.

E os tablets também entraram na onda portátil. Em 2013, 12% dos domicílios brasileiros com computador possuíam tablets. Em 2012, este percentual foi de apenas 4%.

Na última década, Pernambuco e a Região Metropolitana do Recife (RMR) registraram um avanço muito pequeno na situação dos domicílios, segundo o tipo de esgotamento sanitário. Conforme pesquisa realizada pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplam), o crescimento da rede geral de esgoto ou pluvial no Estado foi de 9,5%, enquanto a da RMR ficou em 7,1%.

Segundo dados do “Informe Especial: saneamento básico Brasil e Região Nordeste”, no ano 2000, um total de 34,2% dos domicílios possuíam rede de esgoto, enquanto em 2010 o número saltou para 43,7%. Já no Grande Recife, durante o mesmo período, o aumento foi de 34,3% para 41%. 

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De acordo com o sócio diretor da Ceplam, Jorge Jatobá, situações como esgoto a céu aberto, facilmente identificadas no Recife e RMR, provocam problemas como alto índice de mortalidade. “Na capital, os casos de mortalidade não diminuem por conta da falta de saneamento”, explicou. 

Segundo Jatobá, a falta de saneamento também provoca inúmeros tipos de doenças. “As crianças brincam nas ruas, com águas contaminadas, que causam várias viroses. Por ser pouco saneada, Recife pode ser considerada uma cidade insalubre”. 

Para o diretor, a lenta evolução de Pernambuco e da RMR pode ser explicada pela falta de prioridade e criação de políticas públicas por parte do governo. “Por ser um problema que está enterrado no chão e ninguém vê, muitos políticos não são atraídos para resolvê-lo. A rede de saneamento do nosso estado também é muito antiga, e isso contribui negativamente”, afirmou.

No entanto, Jatobá acredita que Pernambuco tenha começado a trilhar o caminho certo para resolver os atuais problemas de saneamento. Segundo ele, a solução teria sido encontrada através da parceria público-privada, assinada com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A proposta é elevar a cobertura do esgoto de 30% para 90%, num prazo de 12 anos. “Foi uma decisão acertada. Quando o governo não tem recurso ele deve recorrer ao setor privado”, concluiu.

Confira alguns números da pesquisa do Ceplam:





Os domicílios se consolidaram como a principal forma de acesso à internet no Brasil. Cerca de 67% das conexões à internet ocorreram em residências no ano passado, frente a uma participação de 40% registrada em 2007. Neste período, os acessos via lan house recuaram de 49% para 28%. Os dados fazem parte de levantamento divulgado nesta terça-feira pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

"Com o aumento da aquisição de computadores, notebooks e smartphones pela classe C, os acessos à internet nos domicílios também se expandiram", afirmou a associação. O crescimento dos acessos foi impulsionado pelo aumento da penetração de banda larga, que apenas nos últimos 18 meses cresceu 116%, ultrapassando 82 milhões de conexões. Por outro lado, mais de 60% dos acessos contam com velocidades inferiores à média mundial, de 2,3 megabits por segundo (Mbps).

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O aumento da participação da classe C no consumo de produtos e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) elevou ainda o índice de convergência digital medido anualmente pela Brasscom, que numa escala de 0 a 10 encerrou ficou este ano em 7,04 pontos. Este patamar representou uma alta de 4% sobre o ano passado. "A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe C entre 2003 e 2011 mudou o perfil do acesso aos recursos de TIC no Brasil", concluiu a associação.

Educação

O levantamento apontou, por outro lado, que o uso de computadores nas escolas atinge apenas 8% das instituições, o que dá uma média de 28 alunos por computador. Segundo a Brasscom, porém, cerca de 63% destes estudantes conectam-se à internet a partir de casa e apenas 7% por meio das instituições de ensino. Entre os professores, 94% deles possuem computador em casa e mais de 80% acessam a internet praticamente diariamente.

O Censo 2010 mostrou a melhoria dos domicílios no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera adequada a ocupação quando nos domicílios existem até dois moradores por dormitório. O percentual cresceu de 62,9% (1991) para 81,9% (2010). Mas as diferenças regionais ainda são grandes. Enquanto a região Sul apresenta 90,1% dos domicílios com até dois moradores por cômodo, no Norte apenas 66,2% tinham essa característica.

Em relação ao serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a região Nordeste foi a que apresentou o desenvolvimento mais acelerado no período. Em relação à presença de água encanada nos domicílios, o índice cresce de 52,8%, em 1991, para, 76,3%, em 2010. Sobre o serviço de esgotamento sanitário, o percentual cresceu de 24,2% de domicílios com esgotamento adequado, em 1991, para 45,4%, em 2010. A coleta direta e indireta de lixo por serviço de limpeza também cresceu (41,6% para 75,0%).

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Em todo o Brasil, em 2010, o fornecimento de energia elétrica por companhias de distribuição era o serviço mais abrangente, chegando à quase totalidade dos domicílios, principalmente no Sul (99,3%) e Sudeste (99,0%). O Norte (89,3%) e o Nordeste (96,9%) alcançaram os maiores avanços quando comparados a 1991(67,0% e 71,7%, respectivamente).

O País encerrou o mês de agosto com 15,1 milhões de domicílios com TV por assinatura, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O crescimento foi de 2,16% em relação a julho, com 319,5 mil adições líquidas. Em relação a agosto do ano passado, a alta foi de 305%, com quase 3,5 milhões de novas assinaturas feitas entre agosto de 2011 e agosto de 2012.

Segundo a Anatel, o serviço de TV por assinatura chegou a 25,5% das residências brasileiras e a aproximadamente 50 milhões de pessoas em agosto, considerando o critérios do IBGE.

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Do total da base de assinantes de agosto, 59% receberam o serviço por satélite e 39,8% por cabo. Entre julho e agosto, o crescimento dos assinantes do serviço via satélite foi de 2,9%, para 8,2 milhões de clientes, e o aumento dos clientes do serviço via cabo foi de 1,3%, para 6 milhões.

Por regiões, o maior crescimento na base de assinantes foi registrado no Norte, com 44,8% entre agosto de 2011 e agosto de 2012, seguido pelo Centro-Oeste, com 40,4%; Nordeste, com 39,7%; Sul, com 29,4%; e Sudeste, com 26,7%. Entre os Estados, São Paulo possui a maior base de assinantes, com 5,9 milhões de clientes.

A líder de mercado entre os prestadores de TV por assinatura é a Net/Embratel, com 8 milhões de assinantes em agosto; seguida pela Sky/Directv, com 4,6 milhões; Telefonica/Abril, com 637,1 mil; Oi, com 566,4 mil; GVT, com 308,5 mil; Algar, com 107,5 mil; ViaCabo, com 102,7 mil. Os demais grupos somam 663,4 mil assinantes.

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