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O presidente do Egito, Mohamed Morsi, anulou um decreto emitido por ele mesmo no mês passado para expandir seus poderes, segundo Selim al-Awa, um político islâmico, após uma reunião entre o presidente e líderes políticos. No entanto, o referendo sobre a Constituição acontecerá conforme o planejado, em 15 de dezembro.

As duas questões - o decreto e o referendo - são as razões dos protestos contra Morsi que irromperam no Egito nas últimas duas semanas. As informações são da Dow Jones.

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As Forças Armadas do Egito alertaram para "efeitos desastrosos" se a crise política que atinge o país não for solucionada por meio do diálogo, em comunicado lido por um porta-voz na TV estatal neste sábado. "O caminho do diálogo é a melhor e única maneira de chegar a um acordo e atender aos interesses da nação e de seus cidadãos", destacou o porta-voz. "O oposto disso nos levará para um túnel escuro com efeitos desastrosos."

Violentos protestos e confrontos entre partidários do presidente Mohammed Morsi e seus adversários mataram civis e deixaram escritórios do partido de Morsi, Irmandade Muçulmana, em chamas desde que a crise começou, no mês passado.

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Na sexta-feira (07), o Egito adiou a votação antecipada da proposta. Assessores disseram que a medida iria aliviar alguma pressão e daria espaço para negociações com a oposição. Mas os adversários Morsi têm rejeitado negociar, dizendo que ele deve primeiro cancelar o referendo e atender a outras demandas. Na sexta-feira (07), um grupo que reúne vários membros da oposição a Morsi conclamou um protesto sem previsão de término em frente ao palácio presidencial.

Milhares de pessoas marcharam em direção ao palácio depois de empurrar cercas de arame farpado instaladas pelo exército e pedir a renúncia de Morsi. Manifestantes também seguem acampados na Praça Tahrir, berço da revolta que derrubou Hosni Mubarak, em 2011.

O ministro de Assuntos Jurídicos, Mohammed Mahsoub, disse que o governo avalia várias propostas, inclusive o cancelamento do referendo e a devolução do projeto à assembleia constituinte para mudanças. Outra possibilidade foi a dissolução da constituinte e a formação de uma nova por voto direto ou acordo entre as forças políticas. "Nós temos uma grande chance amanhã (se referindo a este sábado)", disse Mahsoub à rede de televisão Al-Jazeera na sexta-feira (07), sobre o que seria uma reunião entre Morsi e outros políticos. "No sábado ou dias depois, podemos chegar a um bom acordo."

O vice-presidente, Mahmoud Mekki, também disse que tinha contatado Mohamed ElBaradei para se juntar Morsi em um diálogo. ElBaradei lidera a recém-constituída Frente de Salvação Nacional, um grupo de liberais e jovens que se opõem aos decretos de Morsi e lideraram os protestos no Cairo. No entanto, a Frente de Salvação Nacional rejeitou, em nota, as negociações com Morsi, organizando o novo protesto em frente ao palácio e alertando para ataques contra os manifestantes.

"Nós rejeitamos o diálogo falso, que Morsi pediu. No mesmo comunicado, o grupo disse que não haverá discussões antes que os mandantes do "derramamento de sangue sejam responsabilizados". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Em uma aparente concessão para acalmar a oposição, o presidente do Egito, Mohammed Morsi, propôs que o referendo constitucional seja adiado, se a oposição concordar em não desafiar nos tribunais a nova data que será marcada para o referendo. A proposta de adiar o referendo, marcado para 15 de dezembro, foi feita na noite desta sexta-feira pelo vice-presidente Mahmoud Mekki. Líderes da oposição estão reunidos na noite de hoje e agora analisam se aceitarão a oferta de Morsi para o referendo ser adiado. Eles também analisam se aceitarão uma reunião com Morsi no sábado para discutir as divergências.

As informações são da Dow Jones.

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A coalizão opositora ao regime de Mohamed Morsi rejeitou nesta sexta-feira o diálogo proposto pelo presidente egípcio, para acalmar os sangrentos protestos contra os amplos poderes assumidos pelo chefe de Estado com o objetivo de acelerar a aprovação de uma nova Constituição.

A Frente de Salvação Nacional disse que decidiu "recusar a participação no diálogo proposto pelo presidente, amanhã, sábado".

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A oposição convocou para esta sexta-feira outro dia de grandes manifestações contra as medidas mais recentes adotadas por Morsi, dois dias depois de violentos confrontos terem provocado a morte de seis pessoas e deixado pelo menos 700 feridas.

Os manifestantes exigem que Morsi anule o decreto que dá a ele poderes quase absolutos e que ele não coloque em referendo um projeto de Constituição favorável aos preceitos islamitas no dia 15 de dezembro.

Os grupos opositores organizam marchas até o palácio presidencial. Os militares intervieram pela primeira vez na quinta-feira, quando instalaram tanques ao redor do palácio e colocaram arame farpado no local.

Por outro lado, islamitas ultraconservadores também organizam sua própria manifestação para esta sexta-feira. O protesto será contra o que chamam de cobertura tendenciosa da questão política pelos canais pagos privados do país. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Exército do Egito enviou nesta quinta-feira tanques para o palácio presidencial, localizado na capital Cairo, após a ocorrência de confrontos entre partidários e oponentes do presidente Mohammed Morsi, que deixaram cinco pessoas mortas e cerca de 500 feridas.

Seis tanques e dois veículos blindados pertencentes à Guarda Republicana, unidade de elite que tem como tarefa proteger o presidente e seus palácios, estão estacionados do lado de fora do complexo.

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Após uma noite de violência, a oposição pretende realizar outra manifestação do lado de fora do palácio nesta quinta-feira, com o objetivo de pressionar Morsi a engavetar um projeto de Constituição adotado por seus aliados islamitas e anular os decretos que dão amplos poderes ao presidente.

A situação estava calma na manhã desta quinta-feira. Milhares de partidários de Morsi estavam acampados do lado de fora do palácio após expulsarem ativistas opositores, que realizavam uma manifestação pacífica no local, o que resultou em violentos confrontos de rua. As informações são da Associated Press.

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A crise política no Egito já dura duas semanas. Na última quarta-feira (05), centenas de opositores permaneceram em frente ao Palácio Presidencial no Cairo para protestar contra o decreto que oferece poderes especiais ao presidente egípcio, Mohammed Mursi. Entre os pedidos dos manifestantes, é a anulação desta medida. 

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O Supremo Tribunal Constitucional, instância mais alta da justiça no Egito, declarou ontem greve por tempo indeterminado, no dia em que deveria pronunciar-se sobre a legitimidade de duas assembleias controladas por aliados do presidente Mohammed Morsi.

Os magistrados deveriam ter decidido, neste domingo, sobre a legalidade do conselho que criou uma nova e controversa Constituição para o país. Além disso, também deveriam ter analisado a legitimidade da alta câmara do parlamento egípcio. No entanto, a corte acabou adiando as sessões e anunciando a greve.

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A paralisação se soma aos planos da oposição de fazer um protesto no palácio presidencial amanhã, levando a crise política do país ao pior nível em quase dois anos desde que o levante popular resultou na deposição do ex-ditador Hosni Mubarak.

Os juízes dos tribunais de apelação já estavam em greve por tempo indeterminado, juntando-se aos colegas de outras cortes que suspenderam o trabalho na semana passada para protestar contra o que eles consideraram um assalto de Morsi ao judiciário. Há cerca de duas semanas, Morsi ampliou seus próprios poderes, impedindo que futuras decisões suas sejam contestadas judicialmente.

A última vez em que o Egito registrou uma greve geral do judiciário foi em 1919, quando magistrados se juntaram a um levante contra o domínio colonial britânico.

As informações são da Associated Press.

O Supremo Tribunal Constitucional do Egito adiou neste domingo uma sessão em que analisaria a legalidade do conselho que criou uma nova e controversa constituição para o país, após centenas de muçulmanos favoráveis ao presidente Mohammed Morsi realizarem um protesto do lado de fora do prédio, informou a TV estatal egípcia.

Uma autoridade judicial disse à AFP que o tribunal nem chegou a iniciar os trabalhos quando decidiu por um "atraso administrativo" para a sessão, que também examinaria o status do Senado de maioria muçulmana. Os manifestantes começaram a se reunir em frente ao local no sábado à noite.

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A autoridade e a televisão estatal não mencionaram quando o tribunal retomaria as discussões. Um advogado disse que o adiamento ocorreu porque os juízes acharam que não poderiam entrar no local em razão dos manifestantes. As informações são da Dow Jones.

O Tribunal Superior Constitucional do Egito anunciou neste domingo que iniciou uma greve sem previsão de término no que chamou de "dia negro" para o judiciário, após manifestantes muçulmanos bloquearem o acesso ao tribunal em protesto contra a análise da nova constituição do país, informou a AFP. A instituição informou que "suspenderia os trabalhos por período indeterminado" em nota divulgada pela agência estatal Mena. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, convocou hoje um referendo para o dia 15 de dezembro para a aprovação da disputada Constituição.

Morsi pediu aos egípcios que participem do referendo e elogiou o papel do judiciário em observar as últimas eleições. Ele disse que o referendo será um marco na experiência democrática do Egito. As informações são da Associated Press.

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Uma multidão tomou nesta sexta-feira a Praça Tahrir, na região central do Cairo, em protesto contra o projeto de Constituição aprovado mais cedo pelo painel incumbido de elaborar uma nova Carta magna para o Egito. Organizadores estimaram em mais de 200 mil o número de pessoas presentes na Praça Tahrir. Dezenas de milhares de egípcios também saíram às ruas de Alexandria e outras cidades do país.

Os protestos começaram horas depois de o Painel Constituinte do Egito ter aprovado na manhã desta sexta-feira um rascunho de Constituição, que será levada a referendo, para substituir a Lei magna egípcia que vigorou durante a ditadura de Hosni Mubarak. O anúncio foi feito pelo deputado Hossam el-Ghiriani.

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A Assembleia, dominada pelos islamitas, aprovou os 234 artigos em uma maratona de 16 horas que começou na quinta-feira e avançou pela madrugada de hoje. O documento foi redigido nos moldes da Constituição da era Mubarak, mas com ênfase maior no aspecto religioso.

Os aliados do presidente Mohammed Morsi aceleraram a aprovação da proposta em meio a temores de que o Judiciário tente dissolver a Assembleia Constituinte em uma reunião prevista para o fim de semana.

A Assembleia Constituinte passará agora o documento a Morsi e, segundo deputados constituintes, ele será submetido a um referendo nacional dentro de até duas semanas.

O Painel Constituinte passou a ser dominado por islamitas após deputados cristãos e seculares terem se retirado em protesto contra menções à lei islâmica (sharia) incluídas na Constituição. Os delegados que abandonaram a assembleia foram substituídos por políticos religiosos.

Grupos laicos, de esquerda e nacionalistas, acusam o governo da Irmandade Muçulmana - o primeiro eleito democraticamente no Egito - de tentar impor leis religiosas e retomar os poderes ditatoriais de Mubarak, deposto no início do ano passado. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

A Assembleia Constituinte do Egito aprovou na manhã desta sexta-feira um rascunho de Constituição, que será levada a referendo, substituindo a Lei magna egípcia que vigorou durante a era de Hosni Mubarak. O anúncio foi feito pelo deputado Hossam el-Ghiriani. A Assembleia, dominada pelos islamitas, aprovou os 234 artigos em uma maratona que começou na quinta-feira. O painel constituinte se apressou em aprovar a Constituição antes da reunião da Corte Constitucional do Egito, a qual poderia dissolver a Assembleia no domingo. A Assembleia passou a ser dominada pelos islamitas após os deputados cristãos e seculares se retirarem em protesto contra menções à lei islâmica (Sharia) incluídas na Constituição.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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O presidente do Egito, Mohammed Morsi, defendeu nesta segunda-feira os decretos emitidos por ele na semana passada e assegurou que não haverá ingerência do Poder Executivo sobre o Judiciário, declarou um porta-voz do governo.

Em reunião com representantes do Judiciário egípcio ocorrida nesta segunda-feira no Cairo, Morsi salientou que agiu dentro dos limites constitucionais ao emitir, na última quinta-feira, a série de decretos por meio da qual acumulou uma série de poderes, disse Yasser Ali, porta-voz da presidência, a jornalistas.

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Apesar disso, prosseguiu o porta-voz, Morsi assegurou que os decretos não "infringem" de nenhuma maneira o Judiciário e disse que não haveria interferência.

Os comentários de Ali sobre a posição de Morsi na reunião sinalizam a intenção de presidência de não recuar dos decretos, o que deve acirrar a crise política entre situação e oposição no Egito.

O decreto define que o presidente pode tomar, em caráter definitivo e irrevogável, "qualquer decisão ou medida para preservar a revolução", o que deu início a uma nova queda de braço com o Judiciário em um momento no qual um painel tenta elaborar uma nova Constituição para o país.

Entre outras coisas, os decretos deixam Morsi e um painel incumbido de redigir uma nova Constituição para o Egito fora do alcance do Poder Judiciário.

Mais cedo, antes da reunião de Morsi com os magistrados, o ministro de Justiça do Egito, Ahmed Mekki, disse que a solução para a crise política era "iminente".

Mekki tem atuado como mediador entre o presidente e o Judiciário na tentativa de abater a crise. Ele não disse qual seria a solução iminente.

Simpatizantes e opositores de Morsi têm manifestações programadas para amanhã no Cairo.

Na próxima semana, a corte administrativa do Egito vai examinar um pedido de anulação dos decretos de Morsi. Até agora, mais de uma dúzia já foram registrados na justiça contra os decretos.

A oposição a Morsi acusa-o de assumir "poderes ditatoriais" e promete continuar os protestos nas ruas até que o presidente volte atrás. As informações são da Associated Press.

O ministro de Justiça do Egito, Ahmed Mekki, disse nesta segunda-feira que é "iminente" uma resolução à crise política originada pela decisão do presidente Mohammed Morsi de aumentar seus poderes. Ele falou aos repórteres horas antes de Morsi se encontrar com membros do Judiciário do país para discutir o decreto anunciado na última quinta-feira.

O decreto define que o presidente pode tomar, em caráter definitivo e irrevogável, "qualquer decisão ou medida para preservar a revolução", o que deu início a uma nova queda de braço com o Judiciário em um momento no qual um painel tenta elaborar uma nova Constituição para o país.

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Mekki tem sido intermediador do presidente e do Judiciário na tentativa de abater a crise, apesar de não dizer qual deve ser a solução iminente. A oposição a Morsi acusou-o de estar assumindo "poderes ditatoriais", e prometeu continuar os protestos nas ruas até que o presidente volte atrás.

As informações são da Associated Press.

Rebeldes invadiram neste domingo um diretório da Irmandade Muçulmana no norte do Egito, segundo informaram autoridades policiais. No episódio ocorrido na cidade de Damanhoor, próxima ao rio Nilo, um manifestante adolescente foi morto e 40 pessoas ficaram feridas.

Essa foi a primeira morte em três dias de conflitos nas ruas após o presidente do país, Mohammed Morsi, ter assumido poderes mais amplos. Na quinta-feira, o presidente egípcio emitiu decreto constitucional por meio do qual pode tomar, em caráter definitivo e irrevogável, "qualquer decisão ou medida para preservar a revolução".

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Neste domingo, o índice EGX-30 da bolsa de valores egípcia, que compreende Cairo e Alexandria, fechou em queda de 9,54%, em 4.917,73 pontos, em reação aos protestos da população contra a decisão do presidente Mohammed Morsi de assumir amplos poderes no Egito. Por causa do decreto, Morsi já está sendo chamado na imprensa egípcia e internacional de "o novo faraó". As informações são da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, assegurou neste domingo (25) que os amplos poderes por ele assumidos na semana passada são temporários, e pediu a abertura de um diálogo político mais amplo no país.

"A presidência reitera a natureza temporária das medidas. O objetivo delas não é concentrar poder, mas sim devolvê-lo ao Parlamento democraticamente eleito, assim como preservar a imparcialidade do Judiciário e evitar sua politização", divulgou a assessoria de imprensa de Morsi.

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Na quinta-feira, o presidente egípcio emitiu decreto constitucional por meio do qual pode tomar, em caráter definitivo e irrevogável, "qualquer decisão ou medida para preservar a revolução".

O decreto deu início a uma nova queda de braço com o Judiciário em um momento no qual um painel tenta elaborar uma nova Constituição para o país. Ao mesmo tempo, a oposição acusou Morsi de estar assumindo "poderes ditatoriais".

Na nota divulgada neste domingo, a presidência egípcia "reforça seu firme compromisso com o engajamento de todas as forças políticas em um diálogo inclusivo e democrático para alcançar posições comuns e superar as divergências na busca por um consenso nacional sobre a Constituição, que será o pilar das modernas instituições" do país. As informações são da Dow Jones.

Confrontos eclodiram entre detratores e simpatizantes do presidente Mohammed Morsi em três cidades do Egito nesta sexta-feira, após o líder egípcio ter assumido novos poderes.

Milhares de pessoas de ambos os grupos jogaram pedras umas nas outras na cidade de Alexandria. Protestantes invadiram um escritório da Irmandade Muçulmana e pelo menos 15 pessoas se feriram. Confrontos semelhantes aconteceram também nas cidades de Assiut e Gizé. Em outras três cidade do canal de Suez, os protestantes atearam fogo nos escritórios da Irmandade Muçulmana, ao qual Morsi é ligado.

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Os protestos ocorrem um dia após Morsi ter emitido emendas constitucionais por decretos que reforçam o próprio poder da presidência e dão imunidade aos parlamentares que redigem a nova Constituição do país.

As emendas blindam qualquer tentativa do judiciário de dissolver o painel constituinte, dominado por políticos islamitas, e reabrem os julgamentos dos ex-funcionários públicos do regime de Hosni Mubarak.

As medidas de Morsi também blindam de dissolução a câmara baixa do Parlamento, a qual também é dominada pelos islamitas. As informações são da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, emitiu nesta quinta-feira emendas constitucionais por decretos que reforçam o próprio poder da presidência e dão imunidade aos parlamentares islamitas que redigem a nova Constituição do país. As emendas blindam qualquer tentativa do judiciário de dissolver o painel constituinte e além disso reabrem os julgamentos dos ex-funcionários públicos do regime de Hosni Mubarak. As medidas de Morsi também blindam de dissolução a Câmara Baixa do Parlamento, a qual também é dominada pelos islamitas.

Vários tribunais egípcios examinam no momento pedidos feitos para a dissolução do painel constituinte e da Câmara Baixa. Morsi também decretou que todas as decisões judiciais tomadas entre junho deste ano e até a entrada em vigor da nova Constituição não poderão sofrer apelos, uma medida que coloca o presidente acima de qualquer supervisão judiciária. O decreto que permite um novo julgamento para Mubarak, bem como para os ex-dirigentes do antigo regime, diz que aqueles que ocuparam cargos de chefia "política ou executiva" na administração derrubada em fevereiro de 2011 poderão ser afetados.

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Grupos de seculares, de defesa dos direitos humanos, das mulheres e da minoria cristã têm se manifestado contra a visão excessivamente islamita que o painel constitucional e a Câmara Baixa têm da sociedade egípcia.

As medidas de Morsi foram criticadas. O prêmio Nobel Mohammed ElBaradei disse que Morsi virou um "novo faraó" ao atribuir a si próprio os amplos poderes por decreto nesta quinta-feira. "Hoje Morsi usurpou todos os poderes do Estado e apontou a si próprio como o novo faraó. Foi um golpe duro na revolução que poderá ter consequências medonhas", escreveu ElBaradei em sua conta no Twitter.

Morsi também demitiu o procurador-geral do Egito, Abdel-Maguid Mahmoud. Em outubro, Morsi tentou demiti-lo pela primeira vez, mas teve que recuar quando descobriu que o poder presidencial não lhe permitiria tal medida. Mahmoud, indicado ainda na era Mubarak, é acusado de ser leniente na apuração de provas contra policiais e militares que atiraram e mataram pelo menos 850 manifestantes entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011, quando caiu o governo de Mubarak. Para o cargo, Morsi nomeou Talaat Ibrahim Abdallah.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A chancelaria do Egito anunciou na tarde desta quarta-feira que um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, entrará em vigor às 17h desta quarta-feira (hora de Brasília; 19h, no horário internacional). A emissora Al Jazeera, do Catar, confirmou com fontes palestinas na Faixa de Gaza que uma trégua foi firmada. Um funcionário palestino no Cairo disse à Associated press que o Egito será o fiador da trégua.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse que a "agressão" de Israel contra Gaza vai se encerrar nesta terça-feira. Falando a jornalistas na cidade de Zagazig, Morsi não forneceu qualquer evidência para ancorar sua previsão de que o fim da ofensiva de Israel contra Gaza, que já dura uma semana, é iminente. Ele apenas afirmou que as negociações entre Israel e o grupo Hamas vão chegar a "resultados positivos" durante as próximas horas, sem dar mais detalhes.

Mais cedo nesta terça-feira, um alto funcionário israelense havia dito que ministros de Israel decidiram durante a noite adiar o lançamento de uma invasão por terra da Faixa de Gaza, a fim de dar aos esforços de trégua liderados pelo Egito uma chance para funcionar.

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"Uma decisão foi tomada, que por enquanto seja deixada de lado uma incursão terrestre, para dar à diplomacia uma chance para que tenha sucesso", afirmou ele à France Presse (AFP), após uma sessão do fórum dos nove principais ministros do governo de Benjamin Netanyahu. "Eles discutiram tanto o estado da diplomacia quanto a operação militar", afirmou, sob condição de anonimato.

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