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Começou às 16h desta sexta-feira (4) a décima edição da Fenahall, feira de artesanatos que ocorre de 04 a 13 de janeiro no Chevrolet Hall, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Os duzentos e vinte expositores que participam da feira vieram de diversos estados do Brasil e também de outros países.

A área de sete mil metros quadrados está tomada por centenas de pessoas, a organização do evento acredita que ele deve gerar uma receita de R$ 2 milhões. O show de abertura ficou a cargo do pernambucano Almir Rouche, que animou o público presente e não deixou ninguém parado.

Um dos organizadores do evento, Dinairam Cavalcanti falou com a reportagem do LeiaJá e revelou que a expectativa para esta edição é muito boa, pois o público neste primeiro dia já se mostrou bastante receptivo. Ainda segundo Dinairam, todo o espaço expositivo da feira está ocupado, o que mostra a consolidação do evento, que é planejado desde julho do ano anterior.

Presente desde a primeira edição o comerciante de Gravatá, interior de Pernambuco, André Emerenciano acredita que a feira é uma excelente oportunidade para realização de negócios e que seu stand, Oficina do Artesanato, cresce a cada ano. Ele trouxe um dos produtos que promotem ser a sensação do evento: a vela infinita. O segredo não nos foi revelado, mas o Sr. André deixou feito o convite para que nossos leitores possam conferir.

Outra atração é o stand Egito, com produtos vindos diretamente da terra dos faraós. Saloah, filha dos responsáveis pela barraca, conta que sempre ouviu falar muito bem da Fenahall e, por este motivo, seus pais resolveram investir na feira pela primeira vez este ano.

E, por acreditar na paixão dos pernambucanos por artesanatos, é que expositor Élcio Pereira viaja anualmente desde 2007 do Distrito Federal até Recife. “O que me atrai nesse evento é o povo do Recife, que amam e valorizam o artesanato. Nos outros estados as pessoas gostam de artesanato, mas aqui em Recife o pessoal parece gostar mais que em outras regiões”, afirma Élcio.

Por outro lado, a artesã de Jaboatão Roberta Cunha, que expõe a quatro anos na Fenahall, acredita que o movimento neste primeiro dia foi fraco mas que deve melhorar nos próximos dias. “Primeiro dia é sempre assim, eu vendo pouco, mas ainda temos nove dias pela frente, então não é possível que não melhore” completa Roberta.

Seu Jesiel Nascimento e sua esposa Vanusa não perderam tempo e resolveram vir logo no primeiro dia da Fenahall, eles que estavam com diversas sacolas em mãos, acreditam ter feito um bom negócio. O casal veio pela primeira vez a feira e levou para casa uma garrafa de vinho, jogos americanos para a cozinha, uma panela de titânio e bijoux. O passeio foi bastante proveitoso, segundo Jesiel, que afirma querer voltar em outro momento para o evento.

Outra visitante que garante voltar a feira é a sra. Lucrécia, ela que foi nesse primeiro dia para pesquisar preços e conferir as novidades do local disse que ficou em dúvida sobre o que levar. “As peças estão muito bonitas, bem feitas, é um trabalho muito delicado”. Ela ainda destaca a organização do evento e a atenção dos vendedores. E, se você tiver sorte, ainda vai ver uma canjinha do famoso boneco Benedito, nós gravamos esse vídeo especialmente para mostrar um pouco do clima do evento, não vá perder.

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Serviço:

Fenahall | 04 a 13 de janeiro
Chevrolet Hall (Av. Agamenon Magalhães,s/m, Olinda)
Seg a Sex: R$ 6 (inteira) R$ 3 (meia)
Sáb e Dom: R$ 8 (inteira) R$ 4 (meia)
3427 7500

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O líder do maior partido ultraconservador islâmico do Egito anunciou hoje que está formando um novo partido político e abandonando o Salafi Al-Nour, partido que emergiu como o segundo maior grupo político do país. O novo partido aparece como mais um entre os vários partidos com base religiosa que se proliferaram no Egito. Um proeminente pregador ultraconservador da TV, que se candidatou à presidência, também anunciou planos de formar um novo partido. Ambos os anúncios antecipam-se à convocação de eleições, a qual o presidente, Mohammed Morsi, pode fazer em dois meses.

Os Salafis estão entre os mais conservadores no Egito, com uma visão do Islã ainda mais rigorosa do que o partido Irmandade Muçulmana, de Morsi. Os Salafis são conhecidos por terem uma ampla variedade de clérigos como líderes espirituais e várias escolas de pensamento, e, como são novos na cena política, têm pouca experiência em estruturas políticas.

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Al-Nour vinha em uma luta interna pelo poder desde setembro, porque seus líderes discordavam sobre o papel de um grupo de clérigos. O partido emergiu após as eleições para 25 assentos no Parlamento, ficando atrás somente da Irmandade Muçulmana, a força política mais bem organizada do Egito. Mas os ruídos começaram quando alguns líderes políticos de Al-Nour tentaram tirar o controle dos clérigos.

Emad Abdel-Ghaffour, que chefiou o Al-Nour, disse que um novo partido, o Al-Watan (terra natal), estava se formando, e que a lei islâmica, a justiça social e a recuperação da dignidade humana são seus maiores princípios.

Abdel-Ghaffour, que também é conselheiro presidencial, tem sido um defensor da separação do partido do grupo de clérigos Salafi, que apoiou a criação do partido. Ele e mais de uma centena de membros do Al-Nour, muitos deles ex-membros do parlamento agora dissolvido, estão no novo grupo.

Os Salafis estão conscientes da posição política da Irmandade. Mas a separação pode ser um sinal de novas alianças políticas com a poderosa Irmandade antes das eleições parlamentares.

O proeminente ultraconservador pregador de televisão, Hazem Abu Ismail, anunciou que está lançando um novo partido e que participará das eleições como parte de uma aliança com o novo partido de Abdel-Ghaffour.

Abdel-Ghaffour, que demonstrou certo pragmatismo, está mais inclinado a cooperar com a Irmandade Muçulmana para garantir um melhor desempenho nas eleições.

Os grupos seculares reclamam, por sua vez, que os grupos islâmicos estão tentando monopolizar o poder e conduzir o Egito a um sistema de governo baseado na teocracia. As informações são da Associated Press.

Autoridades suíças congelaram US$ 300 milhões depositados em contas dos filhos de presidente deposto egípcio Hosni Mubarak no banco Credit Suisse em Genebra, informou neste domingo o jornal suíço Le Matin Dimanche.

Os recursos estão em contas pertencentes a Alaa e Gamal Mubarak, filhos do ex-presidente que estão atualmente detidos em uma prisão egípcia. Os irmãos são acusados de usar sua posição como descendentes do ex-governante para adquirir moradias, carros de luxo e participações em empresas importantes do país.

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Segundo o jornal, os fundos foram depositados no Credit Suisse em 2005, depois de a Suíça endurecer as regras que regem transações feitas por depositantes com exposição política. Um porta-voz do Credit Suisse não comentou o assunto, citando a política de sigilo do banco.

O Le Matin Dimanche informou ainda que fundos ligados ao Egito também foram congelados no escritório suíço do banco francês BNP Paribas.

A Suíça abriu uma sindicância para investigar 14 pessoas próximas ao regime de Mubarak, suspeitas de desvio de recursos públicos e corrupção em larga escala. No início deste mês, autoridades suíças recusaram-se a fornecer às homólogas egípcias o acesso às suas descobertas até o momento, citando preocupações com a "situação institucional" no Cairo. As informações são da Dow Jones.

O governo do Egito decidiu que o Campeonato Nacional de futebol será retomado no dia 1º de fevereiro, após ficar um ano suspenso em razão de um tumulto em um estádio que acabou com várias mortes. O tumulto aconteceu em uma partida na cidade de Port Said entre o time mais popular do Egito, o Al Ahly, e o local Al Masry.

No dia 1º de fevereiro deste ano, os torcedores da equipe da casa atacaram os visitantes. O incidente acabou com a morte de 74 pessoas. As tentativas de reiniciar o campeonato desde então falharam porque a torcida do Al Ahly exigiu que os responsáveis pela confusão fossem condenados antes da retomada do futebol. Um veredicto sobre o caso será dado em 26 de janeiro, em julgamento que envolve 73 oficiais de segurança e torcedores.

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A Associação de Futebol do Egito declarou neste domingo que os ministérios encarregados da segurança e dos esportes no país avaliaram que reiniciar o torneio é "positivo para a economia, o esporte" e significaria estabilidade. Não será permitido a presença de espectadores nos estádios durante a primeira temporada.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse neste sábado (29) na Câmara Alta do Parlamento que a nova Constituição do país garante direitos iguais a todos os cidadãos e fez um apelo à oposição para que trabalhe junto ao governo em um momento de grave crise econômica. A Câmara Alta (Shura), de 270 cadeiras, equivale ao Senado e foi investida com poderes legislativos até que um novo parlamento seja eleito em dois meses. Desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, a economia do Egito está em crise. O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu recentemente um empréstimo de US$ 4,8 bilhões ao país e as reservas internacionais do Egito caíram de US$ 36 bilhões em 2010 para US$ 15 bilhões atualmente.

"Todos precisam perceber as necessidades do momento", disse Morsi, e trabalhar "dentro de uma democracia amadurecida, evitando a violência". "Rejeitamos todas as formas de violência feitas por indivíduos, grupos e instituições. Isso é totalmente rejeitado" afirmou. Morsi disse que o Egito precisa mudar o foco para "a produção, o trabalho, seriedade e esforço". Em novembro, Morsi ampliou os próprios poderes por decreto e se colocou acima do judiciário. Os protestos da oposição secular, que acusa Morsi e seu grupo, a Irmandade Muçulmana, de arrogância e monopólio do poder, deixaram pelo menos 10 mortos no Cairo. Morsi revogou os decretos.

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Até agora, a oposição egípcia tem rejeitado o diálogo. Ahmed Maher, chefe do movimento 6 de abril, que ajudou a derrubar Mubarak no ano passado, disse que o discurso feito neste sábado por Morsi não oferece "nada de novo", além de reconhecer os graves problemas financeiros e econômicos do país. Ele afirmou que seu movimento não entrará em negociações com o governo enquanto a Irmandade Muçulmana "não abandonar parte da sua arrogância e teimosia".

O governo pediu o empréstimo ao FMI para cobrir o déficit no orçamento. Mas as negociações foram interrompidas, após Morsi ter derrubado um plano para subir os impostos sobre vários produtos, o que poderia irritar a população. Cortes nos subsídios aos alimentos e ao combustível também são uma grande preocupação entre os egípcios. Cerca de 40% dos 85 milhões de habitantes vive com menos de US$ 2 por dia, na linha da pobreza ou abaixo da linha da pobreza. Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito dos bônus egípcios para B-, seis patamares abaixo do grau de investimento. "A razão (para o rebaixamento) é a falta de estabilidade política no passado recente", disse Morsi.

"Todos nós sabemos quais são os interesses da nação. Alguém aqui ficaria feliz se a nação fosse à falência? Eu não duvido das boas intenções de todos. Mas pode alguém ficar feliz se o país for exposto à fraqueza econômica?" questionou Morsi.

Neste sábado, compareceram à Shura figuras de liderança política no país, como o novo papa da Igreja Copta, Tawdros II, sentado perto do principal clérigo islâmico sunita do Egito, o xeque Ahmed al-Tayeb, da mesquita de Al-Azhar. Os chefes da Irmandade Muçulmana e do movimento ultraconservador islâmico salafista também estavam na Shura, bem como o ministro da Defesa e outros integrantes do gabinete.

Morsi também afirmou que a nova Constituição garante a igualdade para todos. "Todos são iguais perante a lei e nesta Constituição", disse o presidente sobre o documento, acrescentado que haverá "liberdade para todas as pessoas, sem exceções". A Constituição tem sido severamente criticada por ativistas de direitos humanos e pela oposição secular do país. Segundo eles, o documento fracassou em garantir direitos às mulheres e possui potencial para limitar a liberdade de expressão e religiosa. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

Milhares de toneladas de materiais de construção, como cimento e aço, começaram a ser transportadas por meio da Faixa de Gaza neste sábado, segundo autoridades egípcias e palestinas, amenizando temporariamente o bloqueio de cinco anos sobre o território costeiro.

Um oficial de segurança egípcio, que preferiu não se identificar, disse que a remessa foi feita conforme consultas às autoridades israelenses, que estavam no Cairo na quinta-feira (27) para discutir a segurança na Península do Sinai e o acordo de cessar-fogo mediado pelo Egito entre o Movimento de Resistência Islâmica, ou Hamas, e o governo de Israel.

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O diretor da autoridade da fronteira de Gaza, Maher Abu Sabha, confirmou à Associated Press que o total de 20 caminhões que carregavam os materiais devem chegar à faixa litorânea ainda hoje, passando pela passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito.

O Catar está pagando pelos materiais brutos que foram comprados no Egito, acrescentou o oficial. O pequeno país do Golfo, rico em petróleo, se comprometeu a realizar 24 projetos equivalentes a US$ 425 milhões na Faixa de Gaza para melhorar as residências, escolas, hospitais e estradas. As informações são da Dow Jones.

O Egito adotará um novo sistema de compra e venda de moedas estrangeiras, informou o Banco Central do país, uma vez que os formuladores de políticas financeiras estão buscando solucionar o rápido esgotamento das reservas egípcias em moedas fortes.

As reservas de divisas estrangeiras do país caíram em mais de US$ 20 bilhões desde que a revolução do começo do ano passado retirou o ex-presidente do poder e conduziu o país a um caos político que já dura quase dois anos. No fim de novembro, o montante chegava a US$ 15,04 bilhões, pouco acima da cobertura de importações de três meses que o Fundo Monetário Internacional (FMI)recomenda como o valor mínimo de moedas estrangeiras.

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"O atual nível de reservas de moedas estrangeiras representa o limite mínimo e crítico", afirmou o banco em um comunicado. Em uma breve mensagem a repórteres, o Banco Central disse que o novo sistema de câmbio será colocado em prática no domingo, mas não indicou como ele funcionará.

Segundo a nota, o novo sistema vai permitir que o banco canalize verbas para aplicações críticas, como a proteção da "reputação do Egito nos mercados financeiros internacionais" e a cobertura de importações de commodities estratégicas.

No entanto, o banco central foi cauteloso ao ressaltar que o novo sistema "não vai afetar o dólar no sistema interbancário, mas complementar e apoiá-lo". As informações são da Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, minimizou, neste sábado, os problemas econômicos do país e afirmou que a nova constituição garante a igualdade para todos os cidadãos. As declarações de Morsi foram feitas em discurso ao Senado, que tem assumido responsabilidade pelo poder legislativo até que um novo parlamento seja eleito no período de dois meses.

"Todos são iguais perante a lei nesta constituição", disse o presidente sobre o documento, acrescentado que haverá "liberdade para todas as pessoas, sem exceções". A constituição tem sido severamente criticada por ativistas de direitos humanos e pela oposição secular do país. Segundo eles, o documento fracassou em garantir direitos às mulheres e possui potencial para limitar a liberdade de expressão e religiosa.

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"Indicadores gerais sobre a situação social e econômica têm mostrado um progresso notável", afirmou Morsi, apesar das preocupações com uma crise econômica. Com o enfraquecimento da moeda egípcia e a suspensão de um empréstimo de US$ 4,8 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de semanas de protestos que se tornaram, muitas vezes, violentos, o país está no limite de uma crise, dois anos após o declínio da economia provocada pelo levante que retirou Hosni Mubarak do poder.

As informações são da Dow Jones.

O ministro para Assuntos Legais e Parlamentares do Egito, Mohammed Mahsoub, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, um dia depois de o presidente Mohamed Morsi ter prometido uma reforma na tumultuada economia do país.

Mahsoub disse que estava deixando o cargo porque "muitas políticas e esforços (do governo) contradizem minhas convicções pessoais", de acordo com carta publicada na página do Facebook que pertence ao líder de seu partido, o moderado Wasat.

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Ele também criticou o fracasso do governo em recuperar os recursos supostamente desviados por membros do regime de Hosni Mubarak. Sua renúncia ocorre dois dias depois de o ministro de Comunicação de Morsi, Hany Mahmud, ter deixado o governo em razão da "atual situação do país".

Mahsoub, vice-líder do Wasat, havia apoiado Morsi contra a oposição laica durante a profunda crise política a respeito da nova Constituição, que se tornou lei na semana passada.

Semanas de protestos e confrontos violentos precederam o referendo constitucional. A nova lei foi redigida por um painel dominado por islamitas e boicotada por cristãos e liberais.

Em discurso feito na quarta-feira, Morsi elogiou a Constituição e disse que estudava mudanças ministeriais. "Vou implementar todas as minhas ideias para estimular a economia egípcia...e farei todas as mudanças necessárias para cumprir esta tarefa", declarou o presidente.

Ataque à oposição

O promotor chefe do Egito ordenou nesta quinta-feira a realização de uma investigação sobre os líderes da oposição, depois que um advogado os acusou de incitar a queda do regime do presidente Morsi, informou um funcionário do judiciário, em condição de anonimato.

A ordem, emitida por um funcionário indicado por Morsi, deve agravar as tensões políticas, que resultaram em violentos episódios de violência nas ruas.

A acusação, aberta no mês passado, diz que Mohammed ElBaradei - ganhador do prêmio Nobel da Paz e ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU -, juntamente com Amr Moussa, ex-ministro de Relações Exteriores, e Hamdeen Sabahi, que foi candidato à presidência, fizeram campanha para derrubar Morsi. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, declarou nesta quarta-feira que a Constituição recém-aprovada em referendo pelos eleitores egípcios estabelece uma nova república no país, convidou a oposição a participar de um diálogo que permita uma conciliação nacional e estabeleceu como meta a recuperação da economia.

Em seu primeiro discurso depois da divulgação do resultado oficial da consulta popular, Morsi enfatizou que reconhece a "respeitável" proporção do eleitorado que votou contra a nova Constituição, elaborada por um painel dominado por islamitas, mas não apresentou nenhum gesto concreto a uma oposição que por enquanto tem rejeitado o diálogo e prometido lutar contra a nova Carta.

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"Ao inaugurarmos uma nova fase, passando da primeira para a segunda república, uma república que tem nesta Constituição sua base mais forte, eu renovo minha promessa de respeitar a lei e a constituição", repetindo seu juramento de posse baseado no novo texto constitucional.

A declaração de Morsi representa uma ruptura com o sistema de governo vigente no Egito desde 1952, quando um golpe militar depôs a monarquia apoiada pelo Ocidente e o Egito foi declarado uma república.

A nova Constituição foi aprovada pouco menos de dois anos depois da deposição da ditadura liderada por Hosni Mubarak em um levante popular no início do ano passado.

A proposta de Constituição foi levada a votação às pressas pelo governo em meio a uma acirrada disputa de poder entre o Executivo e o Judiciário.

Críticos dizem que a nova Constituição egípcia restringe liberdades e estabelece um código de leis islâmico. Já seus apoiadores insistem que ela abrirá caminho para maior estabilidade e fortalecimento das instituições no Egito.

No discurso, Morsi anunciou ainda que promoverá uma reforma em seu gabinete de governo com o objetivo de fazer frente aos problemas econômicos enfrentados pelo país. No discurso, Morsi disse que estava em consultas com o primeiro-ministro Hisham Qandil para definir quais seriam as mudanças no gabinete. "Empenharei todos os meus esforços para recuperar a economia egípcia, que está diante de enormes desafios, mas também diante de grandes oportunidades de crescimento. Farei todas as mudanças que forem necessárias que atingir essa objetivo."

Em reação ao discurso, a opositora Frente de Salvação Nacional manteve sua rejeição ao diálogo. Segundo o grupo, a proposta de conciliação apresentada por Morsi "não passa de farsa e teatro" e sua adesão só ocorrerá quando houver uma "abertura real e efetiva" ao diálogo.

Mais cedo, o governo do Egito pediu ao Parlamento que priorize as legislações para organizar eleições parlamentares, regulamentar a mídia e combater corrupção. A câmara alta realizou hoje sua primeira sessão com os novos poderes temporários garantidos pela Constituição.

No primeiro dia após o referendo, a câmara alta recebeu 90 novos membros nomeados pelo presidente do país, Mohammed Morsi. Dois terços dos 270 membros são eleitos, e um terço é nomeado pelo presidente.

Na terça-feira foram divulgados os resultados do referendo da proposta de Constituição do Egito, com aprovação de 63,8% do eleitorado, segundo a Comissão Eleitoral.

O governo deve realizar eleições para a câmara baixa do Parlamento dentro de 60 dias. Morsi tem tido poderes legislativos desde que dissolveu a câmara baixa do Parlamento. As informações são da Associated Press.

Os egípcios aprovaram a nova Constituição do país em um referendo que terminou no sábado, informou o website do Partido Liberdade e Justiça, o braço político do grupo Irmandade Muçulmana. De acordo com os islamitas, 64% dos eleitores votaram favoravelmente à nova Constituição. A oposição, por sua vez, admitiu a derrota nas urnas, mas denunciou "fraudes", exigiu uma investigação e prometeu continuar combatendo a nova Constituição, o que deve prolongar o impasse político no Egito.

Os números divulgados pela Irmandade Muçulmana são preliminares. O resultado só deve ser conhecido amanhã. Se confirmada a vitória do "sim" no referendo sobre a Constituição, o resultado tende a fortalecer a posição do presidente Mohammed Morsi, eleito em junho. Morsi é ligado à Irmandade Muçulmana, agremiação que impulsionou a nova Carta magna.

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Apesar da aprovação da Constituição por quase dois terços do eleitorado, a população ainda se mostra receosa quanto ao futuro do país. Eleitores a favor e contrários à nova Constituição reclamam do processo de elaboração e votação, feito às pressas em meio a uma queda de braço entre os poderes Executivo e Judiciário.

Em vez de unidade, o nascimento da chamada "segunda república" no Egito é marcado por suspeitas, discriminação e violência. A oposição acusa o governo de, com a nova Constituição, tentar impor a lei islâmica no Egito. Também acusa os muçulmanos de tentarem "monopolizar o poder".

"Eu não posso votar por uma Constituição enquanto o Tribunal Constitucional está sitiado e o Judiciário está paralisado", critica Mohamed Said, um advogado de 34 anos que estava na fila de votação ontem no distrito rural de Fayoum, ao sul do Cairo. "Os artigos da Constituição são bons, no geral, mas existem cláusulas dúbias, que são flexíveis e podem ser alteradas dependendo da interpretação", acrescenta.

A votação do sábado encerrou a segunda etapa do referendo, que começou na semana passada, quando cerca de 56% dos eleitores se mostraram favoráveis à nova Constituição. Mas, na ocasião, apenas 32% dos eleitores que poderiam participar do referendo foram às urnas. Nesta segunda etapa, a votação se concentrou em áreas rurais, que são dominadas pela Irmandade Muçulmana e outros grupos islâmicos conservadores.

A maioria das 17 zonas que votaram ontem aprovou a nova Constituição, em alguns casos com mais de 90% dos votos. Entre as únicas duas zonas que votaram pelo "não" está Monoufiya, a terra natal do ex-presidente Hosni Mubarak e um bastião de simpatizantes do regime deposto em fevereiro de 2011.

Em meio às recentes turbulências, o autoritarismo de Morsi tem desagradado alguns membros do seu próprio governo. Ontem, seu vice-presidente, Mahmud Mekki, renunciou. Embora a decisão já fosse esperada, porque a nova Constituição não prevê o cargo de vice-presidente, ele aproveitou a oportunidade para criticar sutilmente o governo. "Eu percebi algum tempo atrás que a natureza do sistema político não se encaixa com minha formação profissional de juiz", disse Mekki na sua carta de renúncia. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Os egípcios aprovaram a nova Constituição do país em um referendo que terminou neste sábado, segundo informou o website do Partido Liberdade e Justiça, o braço político do grupo Irmandade Muçulmana. De acordo com os islamitas, cerca de 64% dos eleitores votaram favoravelmente à nova Constituição.

Esses números preliminares, entretanto, podem não ser confiáveis, já que a Irmandade Muçulmana apoiou fortemente a nova Constituição, que é baseada na Sharia, a lei islâmica. Os resultados oficiais do referendo serão divulgados apenas na segunda-feira. Mesmo assim, grupos oposicionistas que eram contra a nova Constituição também afirmaram que ela foi aprovada.

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Apesar da aprovação da Constituição por quase dois terços do eleitorado, os problemas no sistema político do Egito surgidos com a posse do presidente Mohammed Morsi, no fim de junho, continuam. E a população está receosa quanto ao futuro do país. Eleitores a favor e contrários à nova legislação reclamam do processo de elaboração e votação, feito às pressas e contrariando orientações do Judiciário.

Em vez de unidade, o nascimento da chamada "segunda república" no Egito é marcado por suspeitas, descriminação e violência. "Eu não posso votar por uma Constituição enquanto o Tribunal Constitucional está sitiado e o Judiciário está paralisado", comenta Mohamed Said, um advogado de 34 anos que estava na fila de votação ontem no distrito rural de Fayoum, ao sul do Cairo. "Os artigos da Constituição são bons, no geral, mas existem cláusulas dúbias, que são flexíveis e podem ser alteradas dependendo da interpretação", acrescenta.

A votação deste sábado encerrou a segunda etapa do referendo, que começou na semana passada, quando cerca de 56% dos eleitores se mostraram favoráveis à nova Constituição. Mas na ocasião, apenas 32% dos eleitores que poderiam participar do referendo foram às urnas. Nesta segunda etapa, a votação se concentrou em áreas rurais, que são dominadas pela Irmandade Muçulmana e outros grupos islâmicos conservadores.

A maioria das 17 zonas que votaram neste sábado aprovou a nova Constituição, em alguns casos com mais de 90% dos votos. Entre as únicas duas zonas que votaram pelo "não" está Monoufiya, a terra natal do ex-presidente Hosni Mubarak e um bastião de simpatizantes do antigo regime.

Em meio às recentes turbulências, o autoritarismo de Morsi tem desagradado alguns membros do seu próprio governo. Ontem seu vice-presidente, Mahmud Mekki, renunciou. Embora a decisão já fosse esperada, porque a nova Constituição não prevê o cargo de vice-presidente, ele aproveitou a oportunidade para criticar delicadamente o governo. "Eu percebi algum tempo atrás que a natureza do sistema político não se encaixa com minha formação profissional de juiz", disse Mekki na sua carta de renúncia. As informações são da Dow Jones.

A emissora estatal de televisão do Egito noticiou ontem que o presidente do Banco Central do país, Faruq El-Okda, havia renunciado, mas pouco depois a própria emissora divulgou outra notícia, citando uma fonte do gabinete de governo, negando a renúncia. Nos últimos dias aumentaram os rumores sobre a possível saída de Okda, em função de problemas de saúde.

Segundo a TV estatal, Okda, que presidente o banco central desde 2003, pode ser substituído por seu ex-vice, Hisham Ramez. As reservas internacionais do país despencaram nos últimos dois anos, em meio às turbulências após a queda do regime de Hosni Mubarak. Enquanto isso, os egípcios negociam há meses um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). As informações são da Dow Jones.

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O vice-presidente do Egito, Mahmud Mekki, anunciou sua renúncia neste sábado, informou a televisão estatal. A medida foi tomada no mesmo dia em que é realizada a segunda etapa do referendo sobre uma nova Constituição.

Mekki, de 58 anos, já era um respeitado juiz antes de o presidente Mohamed Morsi tê-lo nomeado para o cargo em agosto.

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Ele liderou a oposição do judiciário que derrubou Hosni Mubarak, mas não atendeu os pedidos para se candidatar à presidência, afirmando que desejava se manter politicamente independente. As informações são da Dow Jones.

Vários grupos de direitos civis no Egito pediram hoje a repetição da primeira rodada do referendo sobre a proposta de uma nova Constituição do país, alegando que o pleito foi marcado por uma série de violações. Grupos islâmicos que apoiam a nova carta constitucional disseram que lideravam a disputa, com a maioria dos votos optando pelo "sim".

Representantes de sete grupos alegam que a supervisão de juízes no referendo realizado no sábado foi insuficiente em dez das 27 províncias, e que monitores independentes foram proibidos de acompanhar a contagem dos votos.

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Em entrevista coletiva, esses representantes disseram que há relatos de que indivíduos se identificaram falsamente como juízes, mulheres foram proibidas de votar, e membros da Irmandade Muçulmana, do presidente Mohmamed Morsi, tiveram acesso permitido aos centros de votação. Eles também disseram que alguns centros de votação fecharam antes do horário previsto e que cristãos foram proibidos de votar.

"Pedimos que a comissão eleitoral evite essas violações na segunda rodada e repita a primeira rodada", disse um comunicado dos sete grupos. "A contagem dos votos aconteceu no escuro", disse Negad Borai, líder de um dos grupos. Segundo ele, a comissão eleitoral não apurou milhares de reclamações sobre violações e irregularidades.

Os resultados oficiais do referendo só devem sair após a segunda rodada, marcada para o próximo sábado (22).

A crise mais recente envolvendo a Constituição foi provocada por discussões que colocam, de um lado, aqueles que apoiam um estado religioso e, do outro, os que querem um estado que mantenha tradições seculares e um caráter islâmico. Determinada por Morsi, a nova carta constitucional proposta no referendo segue preceitos islâmicos.

Cerca de 120 mil soldados foram acionados para ajudar a polícia a proteger os centros de votação e sedes de órgãos do governo, depois que confrontos entre partidários de Morsi e opositores nas últimas três semanas deixaram pelo menos dez mortos e cerca de mil feridos.

Se a Constituição for aprovada por maioria simples dos votos, os islamitas que foram colocados no poder após a queda do presidente Hosni Mubarak terão mais cacife. A câmara alta do parlamento, dominada por islamitas, teria autoridade para legislar até a eleição de uma nova câmara baixa.

Se a proposta for rejeitada, haverá eleições dentro de três meses para escolher uma comissão que redigirá uma nova Constituição. Nesse meio tempo, os poderes legislativos continuariam nas mãos de Morsi.

Segundo o website da TV estatal do Egito, 68% e 72% dos eleitores votaram "não" no Cairo e em Alexandria, respectivamente. Além dessas, o "não" venceu apenas nas províncias de Gharbiyah e Daqahliya. As informações são da Associated Press.

O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, que cumpre sentença de prisão perpétua, machucou-se neste sábado ao escorregar no chuveiro da prisão, de acordo com a agência oficial de notícias MENA.

O ex-presidente, que foi condenado pela morte de manifestantes durante o levante que o derrubou no ano passado, foi tratado de um ferimento na cabeça e hematomas na ala médica da prisão. Mubarak, de 84 anos, governou o Egito por três décadas antes de ser forçado a renunciar no dia 11 de fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa. As informações são da Dow Jones.

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Cidadãos egípcios começaram a votar, neste sábado (15), o referendo sobre a proposta de uma nova Constituição do país. As urnas foram abertas no Cairo, na Alexandria e em outras oito províncias. Os primeiros resultados não-oficiais devem sair algumas horas após o encerramento da votação.

O pleito ocorre em meio a divergências políticas no Egito. Determinada pelo presidente Mohmamed Morsi, a nova carta constitucional proposta no referendo segue preceitos islâmicos, mas desencadeou uma luta com a oposição, apoiada por juízes, que acusam os islâmicos de excesso de poderes.

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A Irmandade Muçulmana Morsi tem organizado grandes comícios e campanhas a favor do projeto de Constituição. Por sua vez, a principal coalizão de oposição, Frente de Salvação Nacional, pede um boicote à proposta, alegando que o texto restringe a liberdade das minorias e das mulheres.

Ao longo das semanas anteriores, diversos protestos causaram conflitos por grupos rivais no Cairo. Oito pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Para manter a segurança até o final da apuração, Morsi mobilizou 130 mil policiais e 120 soldados. O presidente votou em uma sessão eleitoral próxima do palácio presidencial, no Cairo, mas não fez nenhum comentário à imprensa.

O pleito ocorrerá em duas rodadas para garantir que haja juízes suficientes para monitorar os locais de votação, por causa do racha dentro do poder judiciário provocado pelo referendo. A segunda etapa está prevista para o dia 22 de dezembro. As informações são da Dow Jones.

Islamitas egípcios, brandindo cimitarras, atacaram opositores seculares na cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, às vésperas da votação do referendo constitucional que deverá acontecer no país no sábado, deixando 19 pessoas feridas nesta sexta-feira. O confronto ocorreu após um clérigo ultraconservador local fazer um discurso e chamar os seculares de "infieis" e ter insuflado fanáticos salafistas. Os egípcios votarão amanhã e no próximo sábado, 22, a Constituição, formada por 234 artigos e baseada "nos princípios" da Sharia, a lei islâmica. Grande parte da população, contudo, é contra as menções à Sharia e defende uma Constituição secular que separe o governo da religião.

Mais de 51 milhões de egípcios estão habilitados a votar amanhã e no próximo sábado. Amanhã, o referendo será feito no Cairo, em Alexandria e em dez províncias, em um total de seis mil seções eleitorais. O voto não é obrigatório. A Constituição de 234 artigos foi redigida por 85 deputados, quase todos islamitas, após os deputados socialistas, cristãos, muçulmanos moderados e seculares deixarem a Assembleia em protesto.

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Existem dúvidas sobre a lisura do referendo. O judiciário egípcio ameaçou boicotar o referendo, mas no decorrer da semana parte dos juízes disseram que irão monitorar as seções. Pelo menos nove mil seções eleitorais serão montadas, seis mil para o dia 15.O Carter Center e a União Europeia não enviaram observadores, em grande parte porque o governo demorou para divulgar as regras de monitoramento do sufrágio.

No Cairo, opositores egípcios voltaram a se manifestar contra o presidente Mohammed Morsi perto do palácio presidencial e também na praça Tahrir, epicentro dos movimentos revolucionários que em fevereiro do ano passado levaram à queda do ditador Hosni Mubarak. Também ocorreram manifestações da Irmandade Muçulmana a favor da aprovação da Constituição, mas não foi registrada a mesma violência que em Alexandria - onde automóveis foram queimados à beira-mar. Os confrontos em grande parte envolveram os islamitas e muçulmanos seculares em Alexandria.

No Cairo, onde as manifestações aparentaram ser mais pacíficas, uma multidão de dezenas de milhares de cristãos egípcios (os coptas) fizeram uma vigília pelo futuro do país perto da Catedral de Samaan el-Kharaz, no bairro de Mokattam.

Autoridades religiosas ordenaram recentemente que as mesquitas não fossem usadas como palanque para o referendo. No entanto, diversos clérigos, especialmente os mais conservadores, aproveitaram para estimular seus eleitores a aprovarem a proposta elaborada por um painel constituinte dominado por islamitas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Uma aliança de oposição ao presidente Mohammed Morsi conclamou nesta quarta-feira (12) os egípcios a votarem pelo "não" ao referendo sobre a proposta de uma nova Constituição para o Egito, elaborada no decorrer dos últimos meses por um painel constituinte, mas deixou aberta a possibilidade de incentivar um boicote caso suas condições não sejam atendidas.

Hamdeen Sabahi, um dos líderes da opositora Frente de Salvação Nacional, disse durante entrevista coletiva concedida no Cairo que a aliança poderá recomendar um boicote se o referendo não for supervisionado pela justiça e se o Estado não fornecer segurança aos eleitores.

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A votação ocorrerá em duas etapas, uma no dia 15 e outra no dia 22. "A Frente decidiu incentivar os eleitores a irem às urnas e rejeitarem a proposta votando 'não'", declarou Sabahi.

As informações são da Associated Press.

O presidente Mohamed Morsi concedeu poderes de polícia ao Exército egípcio nesta segunda-feira (10). A medida foi anunciada às vésperas do controverso referendo constitucional, que deu origem a enormes e violentos protestos de rua no país e resultaram na morte de sete pessoas, além de deixar mais de 600 feridos. O referendo constitucional ocorrerá em 15 de dezembro, em momento de profunda divisão na sociedade egípcia, que também enfrenta a crise econômica. Tanto a oposição quanto partidários da Irmandade Muçulmana, grupo que apoia Morsi, marcaram enormes manifestações para a terça-feira no Cairo, Alexandria e Ismaília.

A oposição egípcia rechaça o referendo, mas ainda precisa definir se pedirá que a população boicote a votação ou pedirá que vote pelo "não" nas urnas. "Nós ainda discutimos se vamos boicotar o referendo ou pediremos para a população votar 'não'. Por enquanto, rechaçamos o referendo assim como rejeitamos o rascunho de Constituição", disse Hossam Moanis, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, formada por grupos seculares, cristãos, socialistas, muçulmanos moderados e feministas.

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O decreto, publicado hoje (10) no diário oficial, ordena que os militares cooperem com a polícia "para preservar a segurança e proteger as instituições estatais vitais, durante um período de tempo limitado, até o anúncio dos resultados do referendo", de acordo com uma cópia do documento obtida pela agência France Presse (AFP). Morsi também revogou nesta segunda-feira um outro decreto que havia emitido no domingo, o qual aumentava os impostos sobre cigarros, bebidas alcoólicas (legalizadas embora proibidas pelo Islã, mas consumidas por parte da população), telefones celulares e empréstimos bancários.

O judiciário egípcio entrou em greve após Morsi emitir um decreto em 22 de novembro que lhe deu superpoderes e o colocou acima do poder judiciário. Os juízes disseram que não monitorarão o referendo do dia 15. Nesta segunda-feira, o judiciário pareceu suavizar um pouco a sua posição, ao dizer que poderá acompanhar o referendo do dia 15, mas antes os partidários da Irmandade Muçulmana precisam suspender o cerco que fizeram à Corte Constitucional, tribunal máximo do país no Cairo. Desde a semana passada, partidários da Irmandade e os salafitas, mais radicais, cercam o prédio da Corte.

O Exército, que governou o Egito entre a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011 e a eleição de Morsi em junho deste ano, tem buscado permanecer neutro em relação à crise política, embora tenha advertido que "não vai permitir" que a situação se deteriore e pediu que os dois lados dialoguem.

Desde quinta-feira, tanques do Exército estão ao redor do palácio presidencial, mas os militares não entraram em confronto com os milhares de manifestantes que se reúnem no local toda noite.

A oposição, formada por seculares, liberais, esquerdistas, cristãos e feministas, afirmou que vai intensificar os protestos para prejudicar o referendo. Para os opositores, a nova Constituição, redigida principalmente por aliados islamitas de Morsi, enfraquece os direitos humanos, os direitos das mulheres, as minorias religiosas e prejudica a independência do Judiciário.

Na noite de domingo, a Frente de Salvação Nacional convocou a realização de enormes protestos no Cairo contra o referendo, marcado para 15 de dezembro.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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