Tópicos | esporte

Uma pergunta simples: o que significaria para o  futebol pernambucano um jogador do nível de um Rivaldo vestindo a camisa de um dos três times da capital? Como sonhar é gratuito, vamos viajar...

Rivaldo no Arruda: Se o Santa fizesse um amistoso pra apresentação oficial do novo camisa dez, mesmo que o adversário fosse o time da imprensa (um dos piores da história), a renda do jogo pagaria o salário dele até o fim do ano. Cinco empresas usufruiriam da imagem do jogador e o Santa ainda ganharia uma boa grana.

Rivaldo no Náutico: Esqueçam o ciúme que a chegada dele possa causar à Família Lemos. Rapidamente, o custo/benefício da contratação seria constatado. O Brasil inteiro referir-se-ia ao nosso campeonato relacionando-o, de alguma forma, ao nome de Rivaldo. Na primeira divisão então...

Rivaldo na Ilha: Pergunta ao torcedor do Sport se ele não gostaria de vê-lo com a camisa rubro-negra? Só pelo sarro que tiraria dos tricolores já valeria a pena. O aspecto financeiro seria o de menos. Com um bom grupo bancando a ideia, todos teriam retorno: Jogador, clube e patrocinadores.   

O que impede, então, uma contratação desse nível para o nosso futebol? Medo!!! Medo de ousar, de arriscar. A frase dita nos últimos anos por alguns aficionados da bola, parece ter traumatizado os nossos dirigentes: “Contrata que a torcida paga”. Não! Quem paga é a imagem do próprio jogador!

Amigos dirigentes: Pequem por ação. Nunca por omissão. Pensem grande, pensem alto. Ousadia já!

No programa Jogo Rápido de hoje, Léo Medrado recebe, como convidados, o repórter esportivo do Portal Leia Já Marcos Leandro e o jornalista Fernando Barros. 

Programa dedicado a comentar e debater conteúdos esportivos, com foco principal no bom e velho futebol, o Jogo Rápido tem apresentação de Léo Medrado e vai ao ar toda segunda-feira pelo Portal LeiaJá.

Confira fotos da cerimônia de premiação promovida pela Secretaria Estadual de Esportes de Pernambuco que elegeu os maiores destaques no esporte e paraesporte do Estado em 2011. Votação contou com mais de 19 mil votos, segundo os organizadores.

O ex-secretário executivo do Ministério do Esporte Waldemar Manoel Silva de Souza, exonerado desse cargo semana passada, agora será assessor especial da pasta. A nomeação na nova função está publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) de hoje. Waldemar é suspeito de envolvimento em irregularidades no Esporte que levaram à demissão do ex-ministro Orlando Silva. A permanência de Waldemar no Esporte, apesar das suspeitas sobre ele, já havia sido garantida pelo novo ministro Aldo Rebelo em meados de novembro, quando anunciou novos nomes para assessorá-lo.

Também saiu na edição de hoje do D.O.U a nomeação de Afonso Barbosa para o cargo de secretário Nacional do Esporte,Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte. Para assumir a função, Barbosa, que é vice-almirante reformado da Marinha, deixou a diretoria da Bunge.

##RECOMENDA##

As nomeações foram assinadas pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que também exonerou da Pasta José Lincoln Daemon do cargo de diretor de Gestão Interna da Secretaria Executiva do Esporte; Wadson Nathanael Ribeiro do cargo de secretário Nacional do Esporte,Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte; e Danilo Moreira da Silva da função de assessor especial da Pasta.

Suspeitas de corrupção obrigaram um dos cartolas mais poderosos do mundo, o brasileiro João Havelange, a pedir sua renúncia como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Sob a ameaça de ser condenado e expulso da entidade, ele optou por enviar uma carta anunciando que estava se retirando de suas funções por "problemas de saúde" - está com 95 anos.

Ao pedir sua renúncia do COI por motivos de saúde, Havelange consegue evitar o pior: ficar manchado com a constatação pública de corrupção nos anos em que ele comandou a Fifa com braço de ferro. Pelas regras do Comitê Olímpico Internacional, a saída do dirigente brasileiro encerra o caso e a investigação é obrigada a ser abandonada.

##RECOMENDA##

O COI passou a investigar Havelange por conta das alegações de corrupção, sendo que as conclusões deveriam ser divulgadas nesta semana. O que pesa sobre ele é o caso envolvendo a ISL, empresa que vendia os direitos de TV da Fifa. Um tribunal suíço teria concluído, segundo a rede britânica BBC, que o dirigente brasileiro teria recebido suborno.

Havelange era o mais antigo membro do COI. Depois de ser nadador olímpico nos Jogos de 1936, o brasileiro passou a fazer parte da entidade em 1963. Ele foi eleito presidente da Fifa em 1974, posto que ocupou até 1998 - ainda é o presidente de honra. Mais recentemente, teve papel importante na eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.

Brasília – Um decreto da presidenta Dilma Rousseff criou hoje (1) a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, órgão que será vinculado ao Ministério do Esporte. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e faz parte do compromisso do Brasil assumido na ocasião em que a cidade do Rio de Janeiro candidatou-se à sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

A função da autoridade é o controle do doping no país. Trata-se de uma exigência da Agência Mundial Antidoping.

##RECOMENDA##

A estrutura de pessoal do novo órgão vai ser garantida por 24 cargos a serem criados, conforme consta do Projeto de Lei 2.205/11, atualmente tramitando na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.

Enquanto o projeto não for votado pelo Congresso Nacional, o ministro do Esporte poderá designar funcionários do ministério para cumprir as tarefas do órgão.

Na decisão administrativa mais drástica tomada até agora em relação ao antecessor, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) suspendeu a nomeação de 25 indicados por Orlando Silva para cargos de confiança na Pasta. As duas dezenas e meia de postulantes a cargos DAS (Direção de Assessoramento Superior) aguardavam a publicação das contratações pela Casa Civil. A decisão abre um conflito entre "padrinhos" comunistas.

Entre os que tiveram a nomeação suspensa está Edmilson Valentim, militante histórico do PC do B, eleito o mais jovem deputado federal constituinte em 1986, pelo Rio de Janeiro. Metalúrgico, negro, Valentim não conseguiu a reeleição em 2010. Atualmente integra as direções nacional e estadual do PC do B. Ele havia sido indicado para a gerência de Projetos na representação do Ministério do Esporte no Rio.

##RECOMENDA##

Por intermédio de sua assessoria, o ministro Aldo Rebelo disse que a suspensão das nomeações foi natural porque houve troca no comando da Pasta. Ainda segundo a assessoria, o ministro quer examinar todos os nomes da lista antes de decidir se manterá algumas indicações ou se fará outras. O salário médio de um cargo DAS-6 (o maior, é de R$ 21,6, de acordo com boletim do Ministério do Planejamento; de um DAS-5, R$ 20,3 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enfrentar dificuldades, superar obstáculos e mostrar a todos a alegria de viver. Esta foi a lição repassada nesta quarta-feira (23) por um grupo de quase 500 pessoas que participaram da 3ª edição dos Jogos Inclusivos de Olinda, realizadas na Vila Olímpica Professor Barreto Guimarães, no bairro de Rio Doce. A iniciativa contou com a prática de diversos esportes, palestras e oficinas para crianças, jovens, adultos e idosos. As atividades seguem até esta quinta-feira (24) pela manhã.

Em 2011, o evento tem o seguinte tema: “Ser Humano: um ser incrível”. Pensando dessa maneira, um grupo de 300 idosos acompanhou palestras sobre “Unificação dos Esportes”, “Sexualidade e Envelhecimento”, e ainda informações sobre a associação brasileira de Alzheimer, além de oficinas de xadrez, dominó, dama e jogos de tabuleiro.

##RECOMENDA##

Nesta quarta-feira (23), eles ainda mostraram que o vigor físico continua em dia e praticaram handebol, vôlei, basquete e futsal.  Se não bastasse toda essa movimentação, também participaram de oficinas de recreação, pilates e exercícios funcionais – que remetem às funções diárias, como abrir uma porta ou pegar um objeto que se encontra em um lugar alto, onde a finalidade é estimular tais movimentos do dia-a-dia, uma vez que o idoso pode vir a perder a agilidade.

Uma das coordenadoras gerais do evento, Luana Pantoja, explicou como a iniciativa surgiu na cidade patrimônio histórico e cultural. “O governo estadual e a prefeitura do Recife já desenvolviam atividades há quase 10 anos. Os grupos daqui (Olinda) precisavam ir até lá para participar. Tínhamos a idéia de construir a nossa edição. E nós conseguimos em parceria com o secretário municipal de esportes, Fernando Ramos. Inicialmente toda movimentação era só com idosos, mas depois ampliamos para surdos, cegos e portadores de deficiência. Estamos há três anos na ativa e melhorando sempre”, comentou.

Confira a galeria de imagens do evento

Já os 185 participantes com deficiências também mostraram determinação e entraram forte nas disputas de natação, futsal e atletismo. Com muita alegria e disposição, eles fizeram bonito. Entre os competidores, estava Raquel Santos, de 27 anos, estudante da Escola Municipal Norma Coelho/Caíque. Ela contou a sensação em participar das atividades.  “É muito bom. Todo mundo é alegre. Espero participar outras vezes”, afirmou.

O coordenador do segmento das pessoas com deficiência e professor de educação física, Alexandre Lima, explicou sobre o crescimento da ação e sobre as entidades que participam do evento. “Estamos melhorando a cada ano. Podemos estimar, inclusive, que a participação dos atletas aumentou em 20%, o que é muito significativo e gratificante para todos nós. Além disso, diversas instituições como a ASO (Associação de Surdos de Olinda), APABB (Associação de Pais e Amigos do Banco do Brasil), as escolas públicas Norma Coelho e Jerônimo Albuquerque, além do colégio Santa Emília, que é da rede privada, estiveram presentes e abrilhantaram ainda mais a edição de 2011”, comemorou.

Para esta quinta-feira, a programação conta com uma gincana com 10 atividades, que trabalham coordenação motora, equilíbrio, velocidade de reação e atividades em grupo. Fechando a terceira edição do evento, haverá apresentações culturais com participantes dos jogos. Entre elas, danças como coco, ciranda, carimbo, entre outros.

Em um torneio onde os maiores campeões são a inclusão e o sentimento de igualdade, no final, todos são medalha de ouro e o que realmente vale é sorrir.  


Sob fogos de artifício e prestigiado por "estrelas" petistas, como o ex-ministro José Dirceu e o deputado Rui Falcão, presidente nacional do partido, o governador Agnelo Queiroz (PT) comemorou ontem, numa churrascaria, seu aniversário de 53 anos. O evento, que teve a presença de dirigentes de 14 partidos da base aliada, serviu de desagravo a Agnelo, alvo de pedidos de impeachment e abertura de CPIs por denúncias de corrupção e desvio de dinheiro público.

Mais de mil militantes compareceram à festa, que se prolongou até altas horas e abarrotou o salão, com capacidade para 600 pessoas. Embora o cardápio fosse churrasco com arroz, os cartazes sugeriam pizza. Houve saudações do presidente da Câmara Distrital, deputado Cabo Patrício (PT), com faixas de "parabéns, companheiro". À tarde, a Casa havia arquivado dois pedidos de abertura de CPI e até a convocação de testemunhas para depor.

##RECOMENDA##

Agnelo, que foi ministro do Esporte de 2003 a 2006, é acusado de envolvimento em irregularidades do Programa Segundo Tempo que derrubaram o ministro Orlando Silva e de receber propina de uma indústria farmacêutica quando foi diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2007 a 2010. O lobista Daniel Tavares entregou à Polícia Federal (PF) o extrato de um depósito de R$ 5 mil na conta do governador e um áudio em que confessa que entregava propina regularmente a Agnelo.

Para Dirceu, foi tudo armação da oposição e a crise está superada, após o recuo do lobista, que disse ter sido subornado para denunciar Agnelo. "Que crise?", indagou o ex-ministro, réu no processo do escândalo do mensalão petista, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). "É denúncia vazia, desmoralizada, de um denunciante que voltou atrás", enfatizou. Para ele, governo do DF retornou aos trilhos. "Era tudo uma patacoada de derrotados".

O público retribuiu o apoio do ex-ministro com o brado que mais o agrada: "Dirceu/ guerreiro/ do povo brasileiro". Para agradar Agnelo, os militantes, na falta de uma rima original, apelaram para um jingle da seleção brasileira: "A copa do mundo é nossa/ Com o Agnelo/ Não há quem possa!".

Oradores se revezaram em discursos triunfalistas. "Acabou seu inferno astral, companheiro", bradou o deputado Chico Vigilante (PT), líder da tropa de choque que blinda o governador na Câmara Distrital. Rui Falcão lembrou que sua presença simbolizava "a solidariedade integral do PT do Brasil inteiro" a Agnelo. "Não nos acuarão com calúnias e mentiras torpes. Eles nos atacam de forma covarde, protegidos pelo anonimato. Você age à luz do dia, de forma transparente", disse o dirigente petista.

Animado, Agnelo comparou-se a Juscelino Kubitschek que, conforme destacou, também foi alvo de calúnias e difamações. "Isso nada mais é que uma mentira da UDN do passado, repetida pela direita do presente", afirmou. "Acham que destruindo a imagem das pessoas, nivelam todos por baixo e assim podem voltar ao poder. Mas nesse caso, foi desmascarada a testemunha comprada".

O governador começou o discurso saudando o vice, Tadeu Filipelli (PMDB), o maior beneficiário de uma eventual derrocada do titular. E reafirmou seu compromisso com uma mudança radical no modo de governar Brasília. "Hoje a cidade está em outro patamar, tem uma agenda positiva com a Copa e os grandes eventos que ocorrerão nos próximos cinco anos", disse. "Tudo dentro da legalidade, ética e compromisso público."

Ele afirmou ainda que, em dez meses de governo, não houve um só escândalo ou denúncia contra seu governo, insinuando que os problemas com a Justiça são coisa do passado. O que ocorre agora seria fruto de revanche sórdida da oposição de extrema direita. "O nosso rigor em investigar as maracutaias do passado incomoda. Daí os ataques para desestabilizar o governo. Não vamos abrir mão um milímetro do caminho que adotamos para a cidade", afirmou.

Depois de passar por cinco regiões do Recife, o Pré-Esporte no Mangue chega à sua última fase antes do grande evento municipal. O encontro final de preparação será realizado na RPA 6, mais especificamente na UR-01, bairro do Ibura, hoje e amanhã, a partir das 14h. A programação conta com oficinas esportivas e culturais, campeonato de skate, break e futsal, além de apresentações musicais.

Entre as atrações desta edição, estão previstas oficinas de circo, slackline, parkour, jogos populares, capoeira e penteado afro. Para aqueles que gostam de competir, haverá disputa de jiu jitsu, break, skate e futsal. Finalizando os dois dias de eventos, vão subir ao palco as bandas Avoante, Anthology, Gamb Garage, Patuá Sonoro Pois Zé, Procurados, Reggai Por Nós Seu Furtado, Surdo Lavo, além de Gabriel Rasta.

##RECOMENDA##

Até o momento, no total, cerca de 1.200 jovens já participaram das atividades desenvolvidas na Rua da Aurora, Alto de Sta Terezinha, Praça do Trabalho (Casa Amarela), Praça do Poeta (Caxangá) e o CSU Bido Krause (Totó). O projeto visa integrar e mobilizar os jovens da cidade para discutir os problemas na área esportiva. O diálogo também é a base para a estruturação do grande encontro municipal Esporte no Mangue, que será realizado no início do ano que vem.

A "faxina" exigida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério do Esporte obriga o novo titular da pasta, Aldo Rebelo, a mexer num "paredão" de comunistas, boa parte composta por ex-dirigentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), alocados em áreas estratégicas e suspeitos de desvio de recursos públicos. Aldo vive um dilema. Recebeu a ordem da presidente para mudar o comando da pasta, mas sabe que as trocas em meio a um escândalo de corrupção respingam nas pretensões eleitorais do PC do B em 2012.

A tropa do partido dentro do ministério não é técnica, mas política e com objetivos concretos na disputa municipal do ano que vem. São dirigentes regionais e nacionais da legenda, homens de comando do PC do B nos Estados, que agora temem a exposição pública. Temem ainda ser demitidos a partir de amanhã, quando Aldo Rebelo toma posse, numa "faxina" semelhante à que ocorreu no Ministério dos Transportes em julho.

##RECOMENDA##

Por enquanto, Aldo Rebelo só confirmou a saída do secretário executivo, Waldemar Souza, do PC do B do Rio - uma espécie de número dois da pasta. Há pelo menos mais sete pessoas que podem entrar na forca após a queda de Orlando Silva: Wadson Ribeiro, Ricardo Capelli, Ricardo Gomyde, Alcino Reis Rocha, Fábio Hansen, Vicente José de Lima Neto e Antonio Fernando Máximo.

Desses, apenas um tem o respaldo do Palácio do Planalto para continuar: Alcino Rocha, secretário nacional de Futebol, que tem atribuições ligadas à Copa de 2014. Para o governo, Alcino está desvinculado do esquema montado no ministério e Aldo Rebelo já foi avisado que, se quiser, poderá mantê-lo. Alcino foi quem assinou um convênio de R$ 6,2 milhões, em dezembro de 2010, com um sindicato de cartolas para um projeto de cadastramento de torcedores que não sai do lugar. O Estado publicou reportagem, em agosto, em que o presidente do Sindicato das Associações de Futebol (Sindafebol), Mustafá Contursi, admitia que a entidade não tinha estrutura para tocar o convênio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Emendas parlamentares que destinam dinheiro público para as bases políticas de deputados e senadores por meio de convênios - sobretudo para a construção de quadras esportivas - são o motor do Ministério do Esporte. Recém-separada do Ministério do Turismo, a pasta foi entregue ao PCdoB em 2003 e, desde então, seus gastos ultrapassam R$ 5 bilhões.

Projeções feitas pelo Ministério do Planejamento para o ano que vem mostram que os investimentos e despesas do Esporte vão se multiplicar, na carona de eventos mundiais. Só os jogos olímpicos receberão em 2012 R$ 835 milhões.

##RECOMENDA##

O ritmo de gastos nos últimos oito anos e nove meses desenha uma curva cujo ápice coincide com a realização dos jogos Pan Americanos de 2007. A explosão de gastos nos jogos aumentou as preocupações com realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, eventos que dão maior visibilidade ao ministério. Em 2007, os gastos estimados em R$ 409 milhões saltaram para R$ 3,7 bilhões, em meio a denúncias de superfaturamento nas obras do Pan.

Entre 2003 e 2010, as pontas da curva de gastos, o orçamento do Ministério do Esporte cresceu 500%. Análise feita com base em dados registrados pelo Tesouro Nacional e pesquisados pela ONG Contas Abertas mostra, porém, que nenhuma ação do ministério supera os custos do programa Esporte e Lazer na Cidade, de grande apelo político no Congresso Nacional.

Destinado ao desenvolvimento e implantação de núcleos de esportes nos municípios, o Esporte e Lazer na Cidade é destino de boa parte das emendas parlamentares apresentadas no Congresso. Desde o início da gestão PCdoB, consumiu R$ 1,2 bilhão.

O valor é três vezes maior do que o destinado ao treinamento de atletas no programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento. E 24% maior do que o custo do Rumo ao Pan.

O programa Esporte e Lazer na Cidade foi alvo de auditorias da Controladoria Geral da União (CGU), que identificaram o desvio de verbas públicas, além da falta de prestação de contas ou licitações com suspeita de favorecimento. Em São Valério da Natividade (TO), uma quadra de esportes foi construída ao final de estrada de terra e tão distante do centro que caiu em desuso. Em Santo Antonio de Palma (RS), outra quadra foi construída com dinheiro público e reservada a uma comunidade religiosa.

O Orçamento de 2012 ainda ganhará o reforço de emendas no Congresso Nacional. A proposta inicial do governo partiu de R$ 1,6 bilhão de gastos. Além dos R$ 835 milhões destinados aos Jogos Olímpicos, sobretudo por meio de repasses às confederações, o projeto de lei orçamentária prevê R$ 230 milhões de gastos em ações de promoção e monitoramento da Copa do Mundo. O programa Segundo Tempo, pivô da queda de Orlando Silva, o governo prevê a aplicação de R$ 190 milhões em 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de receber a missão da presidente Dilma Rousseff de promover uma "faxina" no Ministério do Esporte, o novo ministro Aldo Rebelo sinalizou ontem que pretende convidar "gente do mercado" para postos-chave na estrutura da pasta. São cinco os cargos considerados de primeira linha: secretaria executiva, chefia de gabinete e três secretarias (a de Esporte Educacional, a de Desenvolvimento de Esporte e Lazer e a de Alto Rendimento).

Uma das dificuldades apontadas pelo novo ministro para cooptar quadros na iniciativa privada é o salário oferecido pelo governo federal. "Para você trazer uma pessoa, precisa olhar o salário que ela vai ganhar. É natural que eu encontre (dificuldades em trazer pessoas para o Ministério). Você quer trazer alguém e o cara ganha não sei quanto no setor privado", disse ontem em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

Segundo na hierarquia de qualquer ministério, o cargo de secretário executivo é considerado de "natureza especial" e tem um salário de R$ 11.431,88. Já os demais secretários têm cargo de Direção e Assessoramento Superior (DAS) de nível 6, cuja remuneração é de R$ 11.179,36. Um chefe de gabinete ganha R$ 8.988,00 (DAS5). Há ainda cargos de DAS de nível 4, com salário de R$ 6.843,76, que podem ser preenchidos livremente.

Conveniência

Ao comentar a saída de Orlando Silva da pasta, Aldo disse que não há demissão justa ou injusta e que a troca ministerial foi uma conveniência.

Ao mesmo tempo em que procura quadros na iniciativa privada, o novo ministro não descarta a manutenção do PC do B em postos-chave. "Minha ideia é contar com pessoas que são do PC do B e pessoas que não são", afirmou. "O critério é a competência, a responsabilidade, a capacidade executiva. Meu principal critério não vai ser ou não ser do PC do B."

A dois dias da posse, Aldo conversou ontem com aliados, sem formalizar convites. "Tenho um monte de nomes. Mas não posso ligar para alguém para dizer que estou pensando no seu nome para tal cargo. Só posso ligar se for para convidar", observou. "São funções que dependem da disponibilidade das pessoas."

"Só posso pensar na equipe quando tomar pé das estruturas e de quais são as atribuições exatas de cada cargo, de quem cuida da Copa, da Olimpíada, do Programa Segundo Tempo", disse.

Ele não quis adiantar se um convite para Nádia Campeão, presidente do PC do B em São Paulo e ex-secretaria de Esportes na gestão de Marta Suplicy (PT) na Prefeitura, está em seus planos. "Ela é uma pessoa que tem experiência em gestão", limitou-se a comentar.

ONGs

Garantindo não ter recebido a incumbência de "desmontar" o que quer que seja no ministério, defendeu novamente o fim dos convênios com ONGs, centro da crise que derrubou Orlando Silva. "Não estou dizendo que as ONGs são desonestas. Mas dinheiro público indo para ente público é mais fácil de controlar e de fiscalizar. É mais lógico", afirmou Aldo Rebelo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo depois de passar a ser formalmente investigado pelo Supremo Tribunal Federal, o ministro do Esporte, Orlando Silva, reafirmou ser inocente da acusação de desvio de recursos do programa Segundo Tempo. Em entrevista após participar de uma audiência na comissão da Câmara que debate a Lei Geral da Copa se disse vítima de uma "campanha" contrária. "Quem solicitou apuração fui eu. Eu propus que fosse feita a apuração, com toda a responsabilidade que tenho. Não há nenhum fato que altere minha condição de inocente", disse o ministro.

Ele ressaltou não ter visto o detalhe da decisão da ministra Carmem Lúcia, mas afirmou não aceitar "julgamento sumário". "O que existe é uma campanha, uma tentativa de desestabilização política. Eu não aceito julgamento sumário. Meu combate vai seguir".

##RECOMENDA##

Questionado se haveria alguma circunstância que o levaria a pedir demissão do cargo, colocou seu destino nas mãos da presidente Dilma Rousseff. "Quem nomeia e exonera ministro é a presidente da República. Função de ministro é de confiança". Aproveitou para ironizar os pedidos da oposição para que deixe o cargo. "Imagino que a oposição está muito preocupada comigo, tantos os conselhos que me dão".

O policial militar João Dias, delator do suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte, presta novo depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no começo desta tarde. Ele informou à imprensa, na entrada do prédio, que foi até o local entregar 13 mídias e vários documentos detalhando como funcionava o esquema. "Devagar vamos trazendo novidades para reforçar tudo que afirmamos", afirmou.

Entre as mídias, ele disse que estão dois áudios, publicados pela revista Veja nesse fim de semana, nos quais dirigentes do ministério instruem o policial a fraudar documentos de prestação de contas de dois convênios firmados com a pasta por meio de duas ONGs que o policial dirige.

##RECOMENDA##

Segundo as denúncias de João Dias, no Ministério do Esporte funcionava um esquema montado pelo PC do B para arrecadar "pedágio" de ONGs que atuavam na pasta por meio do Programa Segundo Tempo. Ele disse que o PC do B fazia esse esquema para arrecadar recursos para campanhas. Ele ressalvou, porém, que nos áudios não aparece a voz do ministro Orlando Silva, acusado por João Dias como o mentor do suposto esquema.

A presidente Dilma Rousseff decidiu manter o ministro Orlando Silva no Esporte. Orlando foi chamado pela presidente Dilma Rousseff no final da tarde desta sexta-feira, 21, para conversar. Orlando, que passou o dia em despachos internos no ministério, chegou ao Planalto pela entrada dos fundos pouco depois das 19h. Esperou cerca de meia hora até ser recebido por Dilma. Ao deixar a o Planalto, depois de uma hora e meia de conversa, o ministro afirmou que Dilma se mostrou "tranquila e confiante" e o orientou a "continuar trabalhando". Segundo o ministro, ela lhe recomendou serenidade e paciência e reafirmou confiança em seu trabalho.

"Foi um encontro para que eu esclarecesse todos os fatos, todas as acusações que tenho sofrido nos últimos dias. Dei detalhes, desmascarei todas as mentiras", afirmou Orlando. O ministro repetiu que havia pedido investigações à Polícia Federal e ao Ministério Público e aberto seus sigilos fiscal e bancário e que recebeu o apoio da presidente.

##RECOMENDA##

Indagado se continuava no cargo, garantiu que sua saída nunca havia sido discutida. Afirmou que, depois de dar suas explicações, ainda conversou com Dilma sobre a agenda do ministério para as próximas semanas - uma visita do presidente da Federação Internacional de Futebol, Joseph Blatter e um programa para atletas olímpicos - e sobre os resultados do Panamericano de Guadalajara.

Visivelmente abatido, o ministro mostrava no rosto os efeitos da semana difícil. Ao final da entrevista concedida no Salão Nobre do Palácio do Planalto, era esperado pelo assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, de quem recebeu um forte abraço e palavras de apoio.

Orlando passou o dia despachando normalmente no ministério. Evitou conversar com a imprensa durante todo o dia, mas investiu em redigir uma longa nota, publicada no site do ministério, com explicações sobre todas as denúncias que surgiram ao longo dessa semana. Chegou ao Planalto no início da noite com o carro oficial, mas evitou a entrada principal e preferiu os fundos.

Com a agenda atrasada, a presidente recebeu primeiro o empresário Eike Batista e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que vieram tratar de investimentos em uma fábrica de Tablets no Brasil. Eram 19h40 quando a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou oficialmente que o ministro estava com a presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi mantido no cargo após reunião com a presidente Dilma Rousseff. Em um rápido pronunciamento após o encontro, Silva afirmou que apresentou todas as explicações à respeito das denúncias que envolvem o seu nome no comando da pasta e que também implicam a gestão do PC do B no ministério. "Na conversa esclarecemos todos os fatos e todas as acusações que tenho sofrido. Desmascarei todas as mentiras diante da presidente", disse o ministro.

De acordo com ele, a orientação da presidente foi no sentido de que o trabalho continue. "A presidente me sugeriu serenidade e paciência. Dilma reafirmou a confiança no nosso trabalho", disse.

##RECOMENDA##

Segundo o ministro, tanto ele quanto o partido não hesitarão em fazer suas defesas diante das acusações. Silva afirmou que a revista Veja "não apresentou provas porque não houve, não há e não haverá essas provas. É uma mentira, uma farsa".

Silva disse ainda que continuará prestando esclarecimentos aos órgãos competentes, como o Ministério Público e a Comissão de Ética do Governo. "A obrigação do homem público e prestar esclarecimento à sociedade. Papel do gestor público é corrigir qualquer erro que seja identificado", afirmou.

O ministro voltou a atacar o policial militar João Dias, delator do esquema de corrupção no Ministério do Esporte, e disse que a acusação só foi feita porque o ministério agiu de forma dura contra os desvios feitos pelo ex-militante do PC do B. "Os caluniadores que me atacam o fazem porque combatemos o mal feito. Eu determinei a devolução de todos os recursos públicos desviados", disse.

Durante a reunião, o ministro também relatou à presidente Dilma informações sobre a viagem da comitiva brasileira à abertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, e discutiu detalhes sobre a preparação de uma visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao Brasil. Sobre a disputa entre o organismo que comanda o futebol mundial e o governo brasileiro, em relação organização da Copa do Mundo de 2014, Silva reconheceu que existem divergências, mas garantiu que ambos os lados da disputa trabalham com o mesmo objetivo, que é o de organizar um bom mundial.

Documentos obtidos pelo Grupo Estado mostram que Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro do Esporte, Orlando Silva, recebeu dinheiro da União por meio de uma ONG comandada por filiados ao PCdoB, partido do marido e ministro.

É a própria Anna Petta quem assina o contrato entre a Hermana e a ONG Via BR, que recebeu R$ 278,9 mil em novembro do ano passado. A Hermana é uma empresa de produção cultural criada pela mulher do ministro e sua irmã, Helena. Prestou serviços de assistente de pesquisa para documentário sobre a Comissão da Anistia.

##RECOMENDA##

A empresa foi criada menos de 7 meses antes da assinatura do contrato com a entidade. Pelo trabalho, recebeu R$ 43,5 mil.

A ONG Via BR tem em seus quadros Adecir Mendes Fonseca e Delman Barreto da Silva, ambos filiados ao PC do B. A entidade também foi contratada em maio do ano passado pelo Ministério do Esporte, para promover a participação social na 3ª Conferência Nacional do Esporte. No negócio, recebeu mais R$ 272 mil.

A informação sobre negócios da União com a empresa de familiar de Orlando Silva teria preocupado a presidente Dilma Rousseff, que deve se reunir ainda hoje com o ministro. Silva poderá deixar o Palácio do Planalto na condição de ex-ministro do Esporte.

Documentos obtidos pela reportagem mostram o curto espaço de tempo transcorrido entre a criação da empresa de Anna Peta e a celebração de convênio da ONG Via BR com o Ministério da Justiça. A Hermana foi criada apenas três meses antes da assinatura do convênio para a produção de documentário sobre a Comissão da Anistia e no mesmo mês em que a Via BR foi contratada pelo Ministério do Esporte.

Furioso com o PT, o comando do PC do B se movimentou ontem para não perder o Ministério do Esporte e partiu para a ofensiva: deixou claro que abrirá guerra contra o governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, caso seja abandonado à própria sorte. Antes da chegada da presidente Dilma Rousseff ao Brasil, porém, o governo agiu para apagar o incêndio e os comunistas receberam a garantia de que o Esporte continuará sob direção do PC do B, mesmo sem Orlando Silva.

A saída de Orlando é considerada uma questão de tempo pelo Palácio do Planalto. Acusado pelo policial militar João Dias Ferreira de coordenar um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, o ministro do Esporte enfrenta forte desgaste político e deve deixar o governo em breve. O PC do B, porém, exige que o PT dê a ele a oportunidade de se defender, já que não admite sair da Esplanada com a pecha de corrupto.

##RECOMENDA##

"Eu estou vivendo um verdadeiro linchamento moral e vou até o fim para lavar a minha honra", disse Orlando, que se reuniu ontem por cinco horas com a cúpula do PC do B, em Brasília. Até agora, o nome mais cotado para substituí-lo é o da ex-prefeita de Olinda (PE) Luciana Santos, hoje deputada federal. Ela era o nome que Dilma gostaria de ter chamado quando montou a equipe, mas o PC do B cerrou fileiras em torno de Orlando.

Na reunião do comando comunista, dirigentes do partido não pouparam críticas ao PT, acusado de estar por trás do inferno astral de Orlando, de olho no milionário orçamento da Copa de 2014, e decidiram partir para o enfrentamento contra petistas e a imprensa. A portas fechadas e sob pressão, lembraram, ainda, que o suposto esquema de irregularidades nos convênios começou quando Agnelo - então filiado ao PC do B - era o ministro.

Revanche

As denúncias contra Agnelo, alvo de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), preocupam muito o Planalto. A irritação do PC do B é vista como rastilho de pólvora, com potencial para estragos ainda maiores. Foi por isso que ontem, antes de voltar de Angola, Dilma defendeu Orlando e o PC do B, definido por ela como um aliado histórico.

"Não vamos fazer apedrejamento moral de ninguém", afirmou a presidente. No Planalto, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) se reuniram à tarde com o presidente do PC do B, Renato Rabelo, e fizeram de tudo para pôr panos quentes na crise. "Ninguém vai tirar o Esporte do PC do B", assegurou Carvalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando