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O Exército norte-americano intensificou seu foco no Iraque na última semana, conduzindo 22 ataques aéreos na sexta-feira e no sábado contra o grupo extremista Estado Islâmico. Os Estados Unidos também realizaram uma ofensiva nas proximidades da cidade fronteiriça síria de Kobani.

Na última semana, os EUA diminuíram os intervalos entre os ataques aéreos no país. Oficiais apontaram para as condições meteorológicas ruins no Iraque e a importância crescente de Kobani como explicações para o motivo de terem concentrado suas ofensivas no município sírio.

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Metade dos ataques realizados na sexta-feira e no sábado foram conduzidos nas proximidades da represa de Mosul, no Iraque, onde, segundo autoridades, as forças do Estado Islâmico deram início a uma nova tentativa de avanço. Os EUA realizaram 11 ofensivas na região, atacando unidades do grupo e destruindo um edifício.

Autoridades do Comando Central norte-americano afirmaram que as forças de segurança iraquianas não estão prontas ainda para montarem uma contraofensiva a combatentes do Estado Islâmico, mas que eles conduziram ataques estratégicos e desenvolveram um plano para retomar o Iraque. As forças de segurança do país estão em confronto contra extremistas nas cidades de Tikrit e Beiji, região onde fica localizada a maior refinaria de óleo iraquiana. Fonte: Dow Jones Newswires.

Autoridades iraquianas afirmaram que um bombardeio suicida matou oito combatentes xiitas ao norte de Bagdá. Policiais do Iraque disseram que o ataque ocorreu na tarde deste sábado (25), quando um homem-bomba detonou os explosivos presos ao seu corpo em uma reunião de milícias na cidade de Taji. A explosão feriu 17 pessoas.

Autoridades médicas confirmaram o número de mortes. Todos falaram em condição de anonimato porque não foram autorizados a divulgar informações. Em junho, milhares de xiitas iraquianos responderam a um chamado para que se unissem às forças que combatem militantes sunitas do Estado Islâmico. O grupo já tomou o controle de diversas regiões do norte e do leste do país. Fonte: Associated Press.

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Militantes do grupo Estado Islâmico bombardearam a cidade de Kobani, no norte da Síria, na manhã deste sábado (25), afirmaram ativistas e uma autoridade curda. Os extremistas continuam a combater as tropas do Curdistão na cidade.

Idriss Nassan, um oficial de alto escalão em Kobani, disse que o conflito se concentrou nas fronteiras leste e sul da cidade. O Observatório Sírio para Direitos Humanos, organização com sede no Reino Unido, afirmou que o município foi cercado por combatentes do Estado Islâmico em três frentes.

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O grupo extremista lançou os primeiros ataques a Kobani no meio de setembro, após tomar o controle de diversos vilarejos no entorno. No começo desta semana, o Comando Central norte-americano disse que suas forças conduziram mais de 135 ataques aéreos contra os militantes na região da cidade, matando centenas de militantes. Fonte: Associated Press.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, prometeu nesta terça-feira que o país seguirá aliado ao vizinho Iraque na luta contra os extremistas sunitas do grupo Estado Islâmico. Em visita ao primeiro-ministro iraquiano Heidar al-Abadi, Rouhani disse que o Irã "permanecerá neste caminho até o último dia", segundo a agência de notícias IRNA.

Rouhani disse também que o Irã continuará a fornecer conselheiros militares e armas a Bagdá, e criticou os Estados Unidos por supostamente falharem no apoio ao Iraque contra os insurgentes.

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Nesta terça-feira, novos ataques mataram 26 pessoas em Bagdá. Policiais afirmaram que o atentado mais forte ocorreu durante a tarde, quando houve as explosões de dois carros-bomba em um restaurante do bairro de Talibiya, no leste da cidade, matando 15 pessoas e deixando outras 32 feridas. Antes, uma bomba havia explodido em um mercado no bairro de Abu Dashir, deixando quatro mortos e nove feridos. Os dois distritos atingidos têm maioria xiita.

Outras duas bombas explodiram no Iraque. Uma foi colocada próxima a um restaurante no centro da capital e a segunda detonou em uma rua comercial da cidade de Madian, ao sul de Bagdá.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos últimos ataques, mas todos apresentam indícios de terem sido realizados pelo Estado Islâmico, que capturou porções do território do país e instaurou seu próprio regime. Nos últimos meses, o grupo terrorista tem realizado uma série de atentados em Bagdá e outras cidades do Iraque. Fonte: Associated Press.

O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou nesta segunda-feira que o país permitirá a passagem de curdos vindos do Iraque para que possam reforçar o combate ao grupo Estado Islâmico na cidade síria de Kobani.

"O governo regional curdo do Iraque anunciou que está em cooperação com a Turquia e os Estados Unidos", disse Cavusoglu. "Na verdade, estamos auxiliando forças curdas a entrar em Kobani para prestar socorro".

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O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa após o Exército norte-americano confirmar que entregou armas, munição e medicamentos aos combatentes curdos em Kobani na noite do domingo. O material foi lançado na cidade por meio de aviões utilizados nos bombardeios ao Estado Islâmico na Síria.

A ação dos norte-americanos ocorreu apesar de Ancara afirmar que é contrária à transferência de armas aos rebeldes curdos no país vizinho. A Turquia considera os militantes uma extensão do grupo conhecido como PKK, que liderou uma insurgência de 30 anos no país e é classificado como terrorista pelos Estados Unidos. A decisão de permitir o acesso de curdos do Iraque ao seu território, no entanto, pode sinalizar que a Turquia está adotando uma posição mais branda para ajudar os membros da etnia na Síria.

Nos últimos dias, os ataques da coalizão liderada pelos norte-americanos foram focados nos arredores de Kobani, cidade que os extremistas islâmicos tentam conquistar desde o mês passado. O conflito já levou cerca de 200 mil sírios a fugir pela fronteira para a Turquia. Fonte: Associated Press.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, confirmou nesta segunda-feira que o país entregou armas e munição aos curdos que enfrentam o grupo Estado Islâmico na cidade síria de Kobani. Os equipamentos foram lançados aos militantes de aviões americanos utilizados pela coalizão aliada em bombardeios contra os extremistas.

Em discurso em Jacarta, na Indonésia, Kerry afirmou que seria "irresponsável" e "moralmente muito difícil" não apoiar os curdos no combate em Kobani. O apoio norte-americano é complicado sobretudo por questões diplomáticas, já que os curdos em questão são ligados ao PKK, um partido separatista da Turquia.

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Kerry disse entender os motivos que levam à Turquia se opor ao apoio dos Estados Unidos aos rebeldes, mas diz que o países tomaram "um esforço de coalizão para desintegrar e destruir o Estado Islâmico, e o grupo está presente em grande número nesse lugar chamado Kobani".

Segundo ativistas consultados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, os aliados lançaram "uma grande quantidade de armas e munição" para os militantes curdos na madrugada desta segunda-feira. A coalizão liderada pelos EUA também realizou cinco ataques aéreos na região de Kobani.

O secretário de Estado afirmou ainda que os Estados Unidos pediram permissão à Turquia para que combatentes curdos do Iraque entrem em Kobani pelo país para ajudar no combate aos extremistas. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos anunciaram a expansão dos ataques aéreos na província de Anbar, dominada pelos sunitas e um forte reduto do Estado Islâmico no Iraque.

Aviões de guerra norte-americanos atingiram uma barreira construída próximo à barragem de Fallujah que, segundo os militares, vinha sendo utilizada pelos militantes do Estado Islâmico para inundar as cercanias próximas ao leste de Fallujah. Os oficiais disseram que o acostamento é um alvo militar legítimo porque era usado para inundar canais e controlar o fornecimento de água.

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Ao todo, as forças aéreas miraram 10 alvos no Iraque e conduziram 13 ataques na Síria entre ontem e hoje. Os ataques aéreos na Síria foram realizados com aviões de guerra da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

Durante o final de semana, os ataques feitos pelos Estados Unidos e sua coalizão se intensificaram. Com o ataque à barragem e a outras refinarias de petróleo, os militares atingiram mais e variados alvos no Iraque e na Síria.

Onze das ofensivas na Síria ocorreram próximas a Kobani, local dos mais intensos conflitos com militantes do Estado Islâmico nas últimas semanas. O Comando Central dos Estados Unidos disse que esses ataques atingiram 20 posições de guerra do Estado Islâmico, cinco veículos do grupo e duas construções utilizada pelos militantes.

O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou nesta segunda-feira (13) que não houve acordo com os Estados Unidos para utilização de uma base aérea no país no combate ao grupo Estado Islâmico. Em entrevista à agência de notícias estatal Anadolu, no entanto, ele disse que as duas nações firmaram acordo para treinar e equipar forças de oposição aos extremistas.

"Até o momento não há decisão relativa a Incirlik (base aérea no sul do país) ou qualquer outra questão", disse Cavusoglu. Um representante do governo turco já havia desmentido a informação, divulgada pelos Estados Unidos na véspera, citando também que não foram atendidas as demandas da Turquia para estabelecer uma zona livre de tráfego aéreo e criar abrigos para refugiados.

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Em entrevista ao jornal turco Milliyet no domingo, Cavusoglu disse que a base em questão já estava sendo utilizada para voos de reconhecimento no Iraque, mas que um acordo com os Estados Unidos para realizar operações militares da coalizão aliada estaria atrelado ao atendimento das demandas turcas.

Também no domingo, autoridades norte-americanas de Defesa afirmaram que a Turquia havia permitido aos Estados Unidos e as forças da coalizão a utilizarem a base aérea para operações contra os militantes do Estado Islâmico.

Turquia e Estados Unidos também estão em uma queda de braço diplomática em relação ao avanço dos extremistas na Síria. Os EUA exigem que o país tome uma posição firme e ataque os militantes na cidade de Kobani, invadindo o território do país vizinho por terra. O governo turco, no entanto, defende que só defenderá a cidade se houver apoio militar internacional. Fonte: Associated Press.

A Turquia vai permitir que os EUA e seus aliados usem suas bases militares para lançar operações contra os militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. A informação foi dada por funcionários do Departamento de Defesa dos EUA em Arequipa, no Peru, onde o secretário Chuck Hagel estava em visita oficial neste domingo (12).

O progresso das negociações entre os EUA e a Turquia pode não ser suficiente para impedir que o Estado Islâmico tome o controle da cidade síria de Kobani, junto à fronteira turca. A região é de etnia preponderantemente curda e combates intensos prosseguiam no domingo entre os militantes do Estado Islâmico e as milícias curdas, chamadas Peshmerga; aviões militares dos EUA e de seus aliados lançaram pelo menos cinco ataques hoje contra os militantes, mas eles continuaram a reforçar seu controle sobre partes da cidade.

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Washington vem pressionando a Turquia a assumir um papel maior no combate ao Estado Islâmico, uma força extremista que nos últimos meses assumiu o controle de regiões na Síria e no Iraque. Mas, como os curdos tentam construir seu próprio Estado nas regiões onde são maioria (norte da Síria e do Iraque e leste da Turquia), Ancara até agora evitou atacar o Estado Islâmico diretamente.

Assim como os EUA, a Turquia quer ver derrubado o governo do presidente Bashar al-Assad, na Síria, que também combate o Estado Islâmico. Segundo os funcionários norte-americanos, o governo turco concordou em treinar "forças moderadas sírias". Um funcionário do governo da Turquia disse que poderão ser treinados ali até 4 mil combatentes de oposição a Assad, mas que eles terão de passar antes por verificações de segurança.

Aviões de combate dos EUA e dos outros países envolvidos na ofensiva poderão usar bases aéreas turcas, inclusive a de Incirlik, no sul do país, normalmente usada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar liderada pelos EUA), da qual a Turquia faz parte. Fonte: Associated Press.

Combatentes curdos tentam defender a cidade síria de Kobani, na fronteira com a Turquia, mas sofrem para conter os avanços do grupo Estado Islâmico, que ataca em duas frentes e se aproxima cada vez mais, afirmaram ativistas sírios e autoridades do Curdistão neste sábado.

Na sexta-feira, os militantes invadiram o chamado quartel de segurança curdo - uma área no leste da cidade na qual os combatentes do Curdistão mantêm sedes das forças de segurança e onde o departamento de polícia, a prefeitura e outros gabinetes do governo local ficam localizados.

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A autoridade curda Ismet Sheikh Hasan disse que os conflitos tinham como foco as partes sul e leste da região. Ele afirmou que a situação no local era terrível e pediu ajuda internacional. "Nós estamos defendendo a cidade, mas temos apenas armas simples e eles têm armas pesadas", acrescentou ele. "Eles não estão cercados e podem se mover facilmente".

O confronto por Kobani continua violento apesar das mais de duas semanas de ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra os militantes em volta da cidade. As ofensivas, que tem como objetivo fazer o Estado Islâmico recuar, parecem ter tido pouco efeito para conter o avanço dos extremistas na região.

Hasan disse que os ataques aéreos não foram eficientes e pediu que a comunidade internacional e as Nações Unidas intervenham, prevendo um massacre se a cidade de Kobani for invadida pelos militantes. Ele também pediu que a Turquia abra um corredor que permita a saída de civis e o fluxo de armamentos para a cidade.

Desde que a ofensiva do grupo Estado Islâmico contra Kobani começou, ao menos 500 pessoas foram mortas e mais de 200 mil foram obrigadas a fugir para a Turquia. Segundo Hasan, os turcos estavam permitindo, agora, apenas a entrada de civis feridos.

Rami Abdurrahman, diretor do Observatório Sírio para Direitos Humanos - organização com sede no Reino Unido -, confirmou que os combatentes curdos na cidade estavam "resistindo a um combate duro", mas possuíam armamentos muito inferiores aos dos militantes. Fonte: Associated Press.

Manifestantes curdos realizaram protestos em várias cidades da Europa nesta terça-feira, pedindo ajuda mais efetiva dos países do continente para combater o avanço do grupo Estado Islâmico contra a cidade síria de Kobani, também chamada de Ayn al-Arab, localizada na fronteira com a Turquia.

Um manifestante curdo morreu ao participar de um confronto com policiais durante um protesto na cidade turca de Varto, segundo informam agências de notícias do país.

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Segundo a agência de notícias Dogan, a vítima de 25 anos morreu por um disparo de arma de fogo. Já a agência estatal Anatólia diz que o jovem foi atingido por uma lata de gás lacrimogêneo. O composto foi utilizado pelas forças policiais, juntamente com canhões d'água, para conter a multidão na cidade de Kucuk Kenderciler, que fica próxima a Kobani, onde os curdos enfrentam o grupo extremista.

Os manifestantes afirmam que as medidas adotadas pelos países europeus para combater o Estado Islâmico não são suficientes, apesar de algumas nações estarem armando os curdos ou bombardeando os extremistas islâmicos. Alguns chegaram a acusar o governo turco de estar colaborando com os militantes do grupo militante.

As tensões são especialmente fortes na Turquia, onde os curdos há muito vivem em desacordo com as autoridades e onde a violência na Síria tem reflexos importantes. Protestos ocorreram em ao menos seis cidades do país nesta terça-feira.

Em outros países da Europa, centenas de milhares de curdos se mobilizaram pelas redes sociais para organizar manifestações.

Em Bruxelas, cerca de 50 manifestantes quebraram uma porta de vidro, ultrapassaram a barreira policial e conseguiram entrar no Parlamento Europeu. Uma vez lá dentro, foram recebidos pelo presidente do Parlamento, Martin Schulz, que prometeu discutir a questão com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e líderes da União Europeia.

Na Alemanha, que possui a maior população curda do oeste europeu, cerca de 600 pessoas protestaram em Berlim. Em Frankfurt, entre 500 e 600 manifestantes marcharam do consulado da Turquia até o consulado dos Estados Unidos.

Os curdos também ocuparam pacificamente o Parlamento holandês por diversas horas na noite de segunda-feira e se encontraram com congressistas para pressionar o governo a tomar mais ações contra os insurgentes islâmicos. A Holanda já enviou seis jatos F-16 para bombardear tropas do Estado Islâmico no Iraque, mas o governo diz que não prevê a realização de ataques em território sírio.

A França também ataca posições do Estado Islâmico no Iraque, mas não na Síria, com receio das implicações internacionais de uma ação contra o governo do presidente Bashar Assad. Os curdos protestaram durante a noite de segunda-feira no Parlamento da França e planejavam uma nova manifestação para hoje.

Nesta terça-feira também foram realizadas manifestações de apoio aos curdos na Áustria, Suécia, Finlândia e Noruega. Fonte: Associated Press.

Militantes do Estado Islâmico (EI) executaram seis soldados iraquianos na província de Anbar, onde o grupo extremista continua fazendo avanços, apesar de uma crescente campanha de ataques aéreos liderada pelos EUA no Iraque.

Segundo relato de testemunhas, os soldados - um dos quais trajava uniforme militar e os demais, roupas civis - foram alinhados contra uma parede, na cidade de Hit, e baleados na cabeça.

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As testemunhas, que falaram sob condição de anonimato por temerem uma represália, disseram ainda que o EI atacou um posto policial em Hit, que fica 140 quilômetros a oeste da capital iraquiana, Bagdá.

O EI chegou a Hit na quinta-feira, na última vitória do grupo contra militares iraquianos em Anbar. Os EUA lançaram ataques contra posições dos militantes na província. Fonte: Associated Press.

Os pais do americano Peter Kassig, refém do grupo Estado Islâmico (EI), divulgaram vídeo em que pedem pela liberdade de seu filho. 

Ed e Paula Kassig divulgaram o vídeo no sábado (4), um dia após a divulgação do vídeo do Estado Islâmico (EI), com ameaças contra o americano, de 26 anos.

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Ed Kassig afirma que seu filho foi capturado no dia 1º de outubro de 2013, na Síria, onde fazia trabalho humanitário para a população vítima da guerra civil.

Kassig conta que Peter cresceu em Indianapolis, em uma família com longo histórico de trabalho humanitário. No vídeo, a mãe segura uma foto do filho e diz: "Nós imploramos para aqueles que te seguram para que mostrem clemência e usem seu poder para te deixar ir". Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que o país irá fazer tudo que estiver ao alcance para "caçar" os responsáveis pelo assassinato de Alan Henning, após um vídeo que parece mostrar a decapitação do membro da ajuda britânica ser divulgado por militantes Estado Islâmico (EI) na sexta-feira. O vídeo foi apresentado dias depois de o Parlamento britânico autorizar uma ação militar contra o EI, seguida de participação da Força Aérea Real na luta liderada pelos EUA contra o grupo extremista.

Cameron, que recém havia retornado de uma viagem ao Afeganistão para encontrar o novo presidente do país, foi informado neste sábado sobre o vídeo por autoridades das agências de inteligência britânicas, segundo as Forças Armadas e o Escritório de Relações Exteriores. "O assassinato de Alan Henning é absolutamente repugnante", disse Cameron após a reunião em entrevista à British Broadcasting. A vítima era "um homem de grande paz, bondade e gentileza", disse o primeiro-ministro, falando da sua residência de campo oficial Chequers.

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Henning deixou seu trabalho como motorista de táxi no Reino Unido para dirigir um comboio na Síria para fornecer ajuda, incluindo fraldas e fórmula infantil, a refugiados. Ele foi levado como refém em dezembro.

Referindo-se ao Estado Islâmico, Cameron afirmou: "Qualquer um que tenha qualquer dúvida sobre esta organização pode agora ver como ela é realmente repugnante e bárbara". O premiê disse que o Reino Unido, em colaboração com os aliados, vai continuar usando todos os recursos que tem para combater militantes no exterior e dentro do território britânico. "Faremos tudo o que pudermos para encontrar e caçar as pessoas responsáveis por isso", disse Cameron. Questionado sobre se o Reino Unido e aliados poderiam impedir que a mesma coisa acontecesse com outros reféns, Cameron disse: "O que vemos com esta organização é que não há um nível de perversidade a que não possa descer."

Outro vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra pelo menos um outro refém britânico, que parece ser fotojornalista John Cantlie. O Ministério das Relações Exteriores não quis comentar o caso. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um vídeo divulgado nesta sexta-feira (3) sugere que o grupo extremista Estado Islâmico decapitou o refém britânico Alan Henning e ameaça matar o americano Peter Kassig, também refém do grupo. É a quarta decapitação divulgada dessa forma pelo grupo alvo de bombardeios liderados pelos EUA.

O vídeo é similar aos anteriores, que também mostram decapitações. Ele termina com um combatente do Estado Islâmico ameaçando um homem identificado como americano. "Obama, você começou seu bombardeio aéreo na Síria, que continua atingindo o nosso povo, então é apenas correto que nós continuemos a cortar os pescoços do seu povo", afirmou o militante mascarado.

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A agência de notícias Associated Press não confirmou a autenticidade do vídeo, mas ele foi divulgado da mesma maneira que os anteriores e a voz do homem mascarado é similar a das outras gravações.

O britânico Henning, de 47 anos, foi capturado em 26 de dezembro, após atravessar a fronteira da Turquia com a Síria. No início da semana, sua esposa, Barbara, pediu que militantes o libertassem. "Por favor, soltem ele. Nós precisamos que ele volte para casa."

O Departamento de Relações Exteriores do Reino Unido não comentou o caso imediatamente. Um oficial americano, que falou na condição de anonimato, confirmou que Peter Kassig tem sido mantido refém pelo Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório nesta quinta-feira informando que os dez meses de atividades do Estado Islâmico no Iraque deixaram mais de 9 mil mortos.

Segundo a ONU, os combates deixaram um rastro "assustador" de abusos aos direitos humanos e "atos de violência de crescente natureza sectária" cometidos pelos militantes, assim como pelas forças de segurança iraquianas e forças associadas.

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Em relatório de 29 páginas, a missão especial da ONU no Iraque e do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da instituição diz que dentre os abusos está o fato de ter como alvo direto civis e prédios civis; o assassinato de civis; sequestros; estupros e outras formas de violência sexual e física contra mulheres e crianças; o recrutamento forçado de crianças; a destruição ou profanação de locais de significado religioso ou cultural, destruição gratuita e pilhagem de propriedade e a negação de liberdades fundamentais.

Em comunicado, a ONU diz que o número de mortos entre civis até agora neste ano é de pelo menos 9.347, enquanto 17.386 ficaram feridos. O documento diz que mais da metade das mortes aconteceu desde que o Estado Islâmico começou a tomar grandes partes do território norte do país, em junho.

"Este relatório é aterrorizante", disse o representante especial do secretário-geral da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, dizendo que centenas de outras acusações de assassinatos de civis não foram incluídas no documento porque não foram suficientemente comprovadas. "Os líderes iraquianos devem agir em unidade para retomar o controle sobre as áreas que foram tomadas (pelos combatentes do Estado Islâmico) e implementar reforças sociais, políticas e econômicas", diz o texto.

Também nesta quinta-feira, militantes do grupo do Estado Islâmico lançaram um ataque nesta quinta-feira a pequena cidade de Hit, no oeste iraquiano, informou um porta-voz militar.

O Iraque enfrenta sua pior crise desde a retirada, em 2011, das forças norte-americanas do país. Grupos rebeldes sunitas liderados pelo Estado Islâmico tomaram um terço do território iraquiano desde o início desde ano. Durante uma ofensiva relâmpago do grupo no verão (no hemisfério norte), militares e forças de segurança iraquianos - que receberam treinamento dos Estados Unidos - não conseguiram conter os extremistas, que invadiram cidades no norte do país.

Nas regiões capturadas no Iraque e no leste da Síria os militantes declararam a instalação de um califado e impuseram sua própria e rígida interpretação da lei islâmica da sharia. Eles também ameaçam minorias religiosas, mataram milhares de pessoas e expulsaram outras centenas de milhares de suas casas.

O ataque desta quinta-feira contra Hit começou ao amanhecer, quando os militantes, com pelo menos três suicidas, atacaram postos de verificação nas entradas da cidade, disse o porta-voz militar Qassim al-Moussawi. Segundo ele, há vítimas entre as forças de segurança, embora não tivesse dados precisos.

O Exército dos Estados Unidos informou que aviões norte-americanos realizaram três ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico na Síria, perto de Kobani, durante a noite e à luz do dia nesta quarta-feira, destruindo um veículo armado, uma peça de artilharia e um tanque.

A batalha por Kobani, também chamada Ayn al-Arab, se estende há mais de duas semanas. A violência da guerra fez com que mais de 150 mil sírios fugissem para a Turquia, informaram autoridades curdas na cidade sitiada.

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Aviões norte-americanos e britânicos também realizaram cinco ataques no vizinho Iraque, destruindo dois veículos armados, um prédio ocupado pelos militantes e duas posições de ataque a noroeste de Mosul, a segunda maior cidade do país, que caiu nas mãos do Estado Islâmico em junho.

Um dos bombardeios atingiu o reservatório de Haditha, na província de Anbar, e destruiu um veículo armado. Um outro ataque, mas proximidades de Bagdá, eliminou outros dois veículos armados.

Os EUA continuaram as operações militares contra o grupo extremista Estado Islâmico na segunda-feira (29) e na terça (30), conduzindo 11 ataques na Síria sem a assistência de parceiros do Oriente Médio e 11 no Iraque, informaram autoridades.

Dois ataques dos EUA próximos à cidade de Deir ez-Zor, no leste da Síria, destruíram um veículo blindado e um veículo armado usado por militantes do Estado Islâmico. Cinco ataques no nordeste da Síria destruíram um posto de artilharia dos extremistas, três veículos armados, dois postos de atividades e um posto de observação, além de atingirem quatro posições militares.

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Os EUA também seguem com os ataques próximos à fronteira da Síria com a Turquia. Foram realizados três perto da cidade de Mazra Al Duwud, no lado sírio da fronteira a nordeste de Alepo. Esses ataques destruíram um posto de artilharia e dois atiradores de foguetes, de acordo com autoridades. Em outra ataque no nordeste de Alepo, os EUA destruíram prédios do Estado Islâmico.

No Iraque, os EUA conduziram sete atraque no nordeste do país, sendo dois perto da cidade de Mosul Dam, um no nordeste de Bagdá e outro em Falluja. Os ataques destruíram veículos blindados do Estado Islâmico, veículos armados, um ponto de encontro e um local de posição de combate.

Nenhum dos cinco países aliados do Oriente Médio participaram dos ataques liderados pelos EUA na Síria desde a última semana. Autoridades americanas afirmaram que forças distintas vão se juntar às missões em tempos distintos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O subsecretária-geral de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Valerie Amos, disse que dezenas de milhares de pessoas estão deixando a Síria à medida que o grupo extremista Estado Islâmico expande o controle em grandes partes do país, apesar da campanha de bombardeiros aéreos liderada pelos EUA.

"Nas últimas duas semanas, forças do Estado Islâmico avançaram no norte de Alepo e mais de 160.000 pessoas, a maioria mulheres e crianças, fugiram para a Turquia em poucos dias", informou a subsecretária ao Conselho de Segurança da ONU. "O medo é tão grande que muitas pessoas atravessaram campos minados para procurar abrigo".

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O relatório mensal da situação humanitária da síria continuou negativo, apesar da abertura da fronteira com a Turquia em Qamishli, que Valeria afirmou ser responsável por auxiliar a obtenção de ajuda para mais 225.000 pessoas. Em julho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a entrega de ajuda por meio de quatro fronteiras com a Turquia, a Jordânia e o Iraque sem a aprovação do governo sírio, o que Valerie vê como motivo para o atraso do processo.

De acordo com a subsecretária, 11 milhões de pessoas dentro da Síria precisam de ajuda humanitária urgente. Ela também elogiou a doação de US$ 1 bilhão estipulada na Assembleia Geral da ONU na semana passada, mas disse que é preciso mais. "Sem fundos adicionais, o Programa Mundial da Fome vai ser forçado a encerrar suas operações completamente em dois meses", alertou.

O embaixador da Síria nas Nações Unidas, Bashar Ja'afari, respondeu aos comentários de Valerie dizendo que "ela ainda insiste em interpretar incorretamente os fatos e a realidade da Síria". Ele criticou a subsecretária por agradecer países vizinhos pelo envio de ajuda e não agradecer ao governo sírio, que ele afirma ser fonte de 75% da ajuda humanitária. Fonte: Associated Press.

A coalizão liderada pelos Estados Unidos atacou cidades e vilas em áreas do norte e no leste da Síria controladas pelo grupo Estado Islâmico. Um desses ataques atingiu um silo de grãos e matou civis, informaram ativistas nesta segunda-feira.

Washington e seus aliados árabes iniciaram os ataques aéreos contra o grupo extremista na semana passada, tendo como alvo instalações militares, campos de treinamento, armamentos pesados e instalações petrolíferas. A campanha é uma extensão das ações que os Estados Unidos vêm conduzindo contra militantes do grupo no Iraque desde o início de agosto.

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Segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, durante a noite as forças da coalizão atingiram instalações do Estado Islâmico localizadas nas províncias de Alepo, Raqqa, Hassakeh e Deir el-Zour. O Observatório afirmou que houve vítimas, dentre elas civis, mas não apresentou dados concretos.

Um dos ataques atingiu um silo de grãos na cidade de Manbij, província de Alepo, incendiando o depósito de cereais, informaram o Observatório e o grupo ativista Centro de Mídia e Alepo. Outro coletivo de ativistas, os Comitês de Coordenação Locais, também relatou que houve ataques da coalizão em Manbij.

O diretor do Observatório, Rami Abdurrahman, disse que o ataque ao silo matou civis, mas não divulgou números. "Eles mataram apenas civis no local, que eram trabalhadores. Não havia membros do Estado Islâmico no interior da instalação", disse ele, lembrando que os ataques aéreos "destruíram a comida que estava estocada".

Estados Unidos e seus aliados não havia comentado ou confirmado a realização dos ataques.

Na província de Deir el-Zour, um ataque noturno atribuído à coalizão atingiu a entrada de uma instalação de processamento de gás da Conoco, a maior da Síria, segundo o Observatório, informando também que a instalação não ficou danificada.

Outros ataques atingiram a cidade de Tel Abyad, na fronteira entre Síria e Turquia, segundo um morador do lado turco da divisa. Mehmet Ozer disse à Associated Press por telefone que os ataques atingiram uma base militar abandonada e uma escola vazia. Segundo ele, combatentes do Estado Islâmico deixaram a base militar cerca de três ou quatro meses atrás. "Eles (a coalizão) não devem ter informações de inteligência atualizadas", disse Ozer.

A campanha liderada pelos Estados Unidos tem como objetivo reverter os ganhos dos extremistas na Síria e no Iraque e, por fim, destruir o grupo. Fazem parte da coalizão Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Catar e Jordânia. Vários países europeus também contribuem com os esforços norte-americanos no Iraque, dentre eles França, Holanda, Dinamarca, Bélgica e Reino Unido. Fonte: Associated Press.

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