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A Jordânia realizou 56 ataques aéreos contra depósitos de armas, centros de treinamento e quartéis do Estado Islâmico desde que o grupo extremista divulgou um vídeo em que eles queimam um piloto jordaniano até a morte, informou o chefe da Força Aérea da Jordânia neste domingo (8).

Autoridades jordanianas haviam dito que retaliariam duramente o assassinato do piloto, o tenente Muath al-Kaseasbeh, que foi incendiado enquanto estava preso em uma gaiola. "Conseguimos o que estávamos procurando: vingança por Muath", disse o general Mansour al-Jabour. "E este não é o fim. Este é o início."

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Os Estados Unidos e vários aliados árabes, incluindo a Jordânia, têm atacado o grupo Estado Islâmico na Síria desde 23 de setembro, enquanto aviões de guerra dos EUA e de outros países realizam uma campanha aérea contra os extremistas no Iraque por mais tempo ainda. A campanha visa reprimir a organização jihadista, depois que ela tomou grandes partes do Iraque e da Síria e declarou um "califado".

Al-Jabour disse que os aviões da coalizão voaram 5,5 mil missões desde o início da campanha aérea, incluindo 2 mil voos de reconhecimento. Ele não informou se esse número incluía os voos sobre a Síria e sobre o Iraque. De acordo com ele, a força aérea jordaniana participou de 946 incursões.

O general afirmou que cerca de 7 mil militantes do grupo Estado Islâmico foram mortos desde o início dos ataques aéreos da coalizão.

Fonte: Associated Press

Os Emirados Árabes Unidos informaram neste sábado ter ordenado a partida de um esquadrão de caças F-16 para a Jordânia. Segundo uma autoridade do país, o objetivo era ajudar nos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico. O país havia suspendido a sua participação nos ataques.

Os caças dos Emirados Árabes Unidos vão participar de ataques aéreos contra alvos do Estado islâmico, disse uma autoridade jordaniana que falou sob condição de anonimato por não estar autorizada a discutir o assunto com jornalistas.

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O anúncio dos Emirados Árabes Unidos, transmitido pela agência de notícias estatal WAM, não informou o papel que os aviões de guerra dos Emirados irão desempenhar. Ambos os países são membros de uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico.

No ano passado, os Emirados Árabes Unidos haviam suspendido seus ataques aéreos depois que um piloto da Jordânia caiu sobre o norte da Síria e foi capturado pelos militantes do EI, conforme autoridades dos EUA. Os Emirados Árabes, que hospedam bases aéreas utilizadas pelos parceiros norte-americanos e da coalizão, não haviam comentado a suspensão dos ataques.

Os militantes recentemente divulgaram um vídeo mostrando o piloto da Jordânia Muath al-Kaseasbeh sendo queimado até a morte, enquanto estava preso em uma cela. As imagens irritaram a Jordânia e o restante da região. A Jordânia prometeu dura retaliação e disse que vai intensificar ataques a alvos do grupo Estado Islâmico. A partir de quinta-feira, jatos jordanianos realizam ataques diários, de acordo com meios de comunicação militares e estatais.

O ministro do Interior da Jordânia, Hussein al-Majali, disse ao jornal estatal al-Rai que o país irá atrás dos militantes "onde quer que estejam". Fonte: Associated Press.

Um comunicado atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico esta sexta-feira (6) afirmou que a norte-americana Kayla Jean Mueller, que era refém do grupo, foi morta durante um ataque aéreo conduzido pela Jordânia. Segundo a mensagem, distribuída na internet, Kayla, de 26 anos, foi morta em um ataque à cidade de Raqqa, durante as orações muçulmanas, que são feitas perto do meio-dia às sextas. Ele diz ainda que os aviões bombardearam "a mesma área por mais de uma hora."

Em Washington, a Casa Branca afirmou que ainda não existem evidências o suficiente para corroborar a morte da norte-americana. Ainda assim, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Bernadette Meehan, afirmou que o governo está "profundamente preocupado" com os relatos.

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Já o porta-voz do governo jordaniano, Mohammed Al-Momani, disse que o país está checando a informação, mas que acredita se tratar de propaganda criminosa. "Como eles puderam identificar uma aeronave jordaniana no céu? E o que uma prisioneira norte-americana estava fazendo em um depósito de armas?"

A Jordânia, que faz parte da coalizão responsável pelos ataques aéreos, aumentou suas incursões à Síria após os extremistas divulgarem vídeo mostrando um piloto da Força Aérea do país sendo queimado vivo. O governo, entretanto, não divulga quais foram os locais atacados.

O anúncio do Estado Islâmico não pode ser confirmado por terceiros, de forma independente. Embora tenham também divulgado imagens do local após o bombardeio, a prisioneira não aparece em nenhuma delas. Ativistas de organizações de direitos humanos que estão na região, entretanto, confirmam que aviões coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam os arredores da cidade de Raqqa nesta sexta-feira.

Um coletivo conhecido como "Raqqa está sendo silenciosamente massacrada" afirmou que os aviões atacaram diversas posições do Estado Islâmico, levantando colunas de fumaça no céu. Eles não confirmaram nenhuma morte de civis ou militantes.

Kayla foi capturada enquanto trabalhava em um programa de ajuda humanitária na Síria, em 2013. No domingo, o presidente Barack Obama havia dito que os Estados Unidos estão "empregando todas as nossas ferramentas para salvá-la." Fonte: Associated Press.

O Pentágono acredita que não é coincidência que o grupo Estado Islâmico (EI) vista os reféns que vai executar com uniformes de cor laranja, semelhantes aos que os EUA utilizam nos presos de Guantánamo, disse nesta quinta-feira um alto funcionário, ao defender o fechamento da prisão no Congresso.

Brian McKeon, ligado ao secretário da Defesa, recordou que o presidente Barack Obama classificou há um tempo atrás o fechamento da prisão localizada em Cuba como um "imperativo de segurança nacional" em razão de seu "uso por parte dos extremistas violentos para provocar as populações locais".

"Não é coincidência que os vídeos recentes do EI mostrem a brutal morte de um piloto jordaniano queimado vivo e a execução selvagem de um refém japonês, ambos com um uniforme laranja, geralmente conhecido como o símbolo do centro de detenção de Guantánamo", declarou McKeon diante da Comissão das Forças Armadas do Senado.

Todas as vítimas dos jihadistas do EI até o momento foram mostradas vestidas de laranja antes de sua execução. Esta vestimenta foi utilizada pelos primeiros homens presos em Guantánamo em 2002, mas atualmente é reservada aos detentos desobedientes.

Várias pessoas vestidas de laranja interromperam a audiência dedicada ao futuro da prisão, organizada pouco antes de os senadores apresentarem um projeto de lei para bloquear a libertação de presos de Guantánamo e o fechamento da prisão.

Nicholas Rasmussen, diretor do Centro Nacional Contra Terrorismo, disse ainda que Guantánamo serve como ferramenta de propaganda 'jihadista'. Os serviços de Inteligência constataram a presença significativa de alusões à prisão inaugurada pelo ex-presidente George W. Bush na propaganda jihadista do EI e de outros grupos extremistas, explicou.

A ONU denunciou, nesta quarta-feira (4), o recrutamento no Iraque por "grupos armados", especialmente pelo Estado Islâmico (EI), de "um grande número de crianças", inclusive portadoras de deficiência, para se tornar combatentes, homens-bomba e escudos humanos.

É "um problema enorme", declarou em Genebra Renate Winter, membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos da Criança (CRC), cuja tarefa consiste em garantir que os Estados respeitem a aplicação dos tratados internacionais sobre os direitos infantis e que divulgou um relatório sobre a situação das crianças no Iraque.

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"As crianças (são) usadas como suicidas, incluindo crianças com deficiência ou aquelas que foram vendidas a grupos armados por suas famílias", dizem os autores do relatório. Eles também explicam como alguns menores foram transformados em "escudos humanos" para proteger as instalações do EI dos ataques aéreos, forçados a trabalhar em postos de controle ou utilizados na fabricação de bombas para os jihadistas.

O comitê exigiu que Bagdá criminalize expressamente o recrutamento de pessoas menores de 18 anos em conflitos armados. O CRC também denuncia os numerosos casos de crianças, principalmente aquelas pertencentes a minorias étnicas do país, submetidas a violência sexual e outras formas de tortura ou que foram simplesmente assassinadas pelo EI.

Embora o governo iraquiano seja responsável pela proteção de seus cidadãos, Winter reconheceu que é atualmente difícil processar membros de "grupos armados não-estatais" por tais crimes. Segundo ela, o governo deve tentar fazer todo o possível para proteger as crianças nas áreas que controla, e resgatá-las de lugares controlados pelo EI.

O comitê, no entanto, ressalta que algumas violações dos direitos das crianças não poderiam ser atribuídas apenas aos jihadistas. Relatórios recentes indicam que menores de idade foram obrigados a ficar de plantão em postos de controle das forças do governo e que crianças foram mantidas presas em condições difíceis depois de acusações de terrorismo. Além disso, relatou casos de casamentos forçados com meninas de 11 anos.

Uma lei que permite aos estupradores evitar qualquer tipo de processos desde que se casem com suas vítimas foi particularmente criticada pela CRC, que rejeitou o argumento das autoridades de Bagdá de que esta era "a única maneira de proteger a vítima da retaliação por sua família".

A mais nova execução divulgada pelo grupo extremista Estado Islâmico, que queimou vivo um piloto da Força Aérea Jordaniana, causou revolta entre líderes e políticos muçulmanos do Oriente Médio esta quarta-feira (4).

O diretor da faculdade islâmica sunita mais respeitada, a Universidade Al-Azhar, no Egito, afirmou que os militantes merecem a pena de morte prevista no Corão por serem inimigos de Deus e do profeta Maomé. "O Islã proíbe tirar a vida de um inocente", afirma Ahmed Al-Tayeb, acrescentando que a imolação do piloto Muath Al-Kaseasbeh é contra as regras da religião, mesmo em tempos de guerra.

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A aplicação da pena de morte é comum no Oriente Médio muçulmano, sendo o enforcamento um dos métodos mais usados. A decapitação é rotineiramente utilizada na Arábia Saudita, enquanto no Irã e no Paquistão, penas de apedrejamento, apesar de pouco utilizadas, estão previstas no código penal.

A imolação, entretanto, é um punição incomum. Segundo o clérigo saudita Sheik Salman Al-Oudah, a punição é proibida pelo Islã, uma vez que o próprio profeta Maomé afirmou que apenas Deus tem o direito de aplicá-la.

Youssef Al-Qaradawi, clérigo proeminente e respeitado pela Irmandade Muçulmana e outros islamistas, divulgou um documento de cinco páginas esta quarta-feira com citações do Corão em que mostra que não se deve tratar mau prisioneiros de guerra.

"A frouxidão da comunidade internacional em tratar com um presidente que mata seu povo (...) é o que criou esses grupos extremistas e deu a eles um ambiente fértil", disse, em alusão ao presidente sírio Bashar Assad.

Certos teólogos disputam essa visão. Hussein Bin Mahmoud, que é ligado ao Estado Islâmico, afirmou via redes sociais que dois dos sucessores do profeta Maomé aprovavam a imolação como pena para renegados árabes no século VII. Já o estudioso Bin Mahmoud escreveu que o livro sagrado dos muçulmanos os permite retribuir as ofensas feitas pelos inimigos na mesma moeda. Uma vez que os ataques aéreos pelo Ocidente "queima" os muçulmanos, ele argumenta, o Estado Islâmico pode fazer o mesmo.

Essa interpretação, entretanto, não é aceita pela maioria dos muçulmanos. Líderes e representantes de países muçulmanos como os Emirados Árabes Unidos, a Jordânia, o Catar e a Turquia, assim como de organizações islâmicas como a Cooperação Islâmica condenaram o ocorrido. O Irã, que ajuda tanto o Iraque quanto a Síria na luta contra o Estado Islâmico, afirmou que o incidente foi um ato "desumano" que violou os códigos do Islã, de acordo com um comunicado do porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Marziyeh Afkham.

"Quantos (...) foram as pessoas assassinada pelo Estado Islâmico e seus irmãos?", perguntava um artigo no jornal libanês Assafir. "Quantos Al-Kaseasbehs sírios morreram nos últimos quatro dias (...) sem que isso chegassem às manchetes dos jornais?" Fonte: Associated Press.

A polícia canadense acusou três homens de ligação com o grupo extremista Estado Islâmico e de tentarem recrutar militantes no estado de Ottawa, informaram oficiais esta terça-feira (3). Os acusados têm ligação com John Maguire, um canadense que recentemente apareceu num vídeo do Estados Islâmico na Síria, e que agora pode estar morto.

O oficial, entretanto, disse que Maguire também sofrerá processo, uma vez que a polícia não pode confirmar sua morte. "Estamos trabalhando sobre ele há algum tempo", afirmou o oficial. Além dele, Suliman Mohammed, de 21 anos, também será acusado de participar do grupo terrorista. Uma terceira pessoa também estaria envolvida na célula.

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Segundo o policial, o foco do grupo parecia ser recrutar pessoas para lutarem no exterior, e não em organizar ataques dentro do país. Fonte: Associated Press.

Um vídeo divulgado na internet mostra o que parece ser o assassinato do piloto jordaniano capturado pelo grupo Estado Islâmico. Nas imagens, o tenente Muath al-Kaseasbeh é queimado vivo no interior de uma jaula.

A Associated Press não pode confirmar a autenticidade das imagens, que foram divulgadas em sites militantes e trazem o logo do serviço de mídia do grupo extremista, o al-Furqan.

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O piloto jordaniano, de 26 anos, tornou-se prisioneiro dos militantes em dezembro, quando o caça F-16 que pilotava caiu perto de Raqqa, na Síria, a capital do califado instalado pelo grupo. Ele foi o primeiro piloto da coalizão liderada pelos Estados Unidos a ser capturado.

O grupo havia proposto trocar o piloto pela iraquiana Sajida al-Rishawi, condenada à morte na Jordânia por ter participado de um ataque que matou 60 pessoas em um hotel do país em 2005. O prazo final para a troca era quinta-feira, 29 de dezembro, até o pôr-do-sol no Iraque.

Para fazer a troca, a Jordânia exigiu uma prova de que o piloto estava vivo. O grupo não se manifestou e após o fim do prazo estabelecido, o grupo não falou sobre o destino do piloto, mas anunciou a morte do repórter japonês Kenji Goto. Fonte: Associated Press.

Um vídeo publicado na internet, neste sábado (31), supostamente mostra o grupo extremista Estado Islâmico assassinando o jornalista japonês Kenji Goto. A filmagem mostra um insurgente com sotaque britânico cortando o pescoço da vítima.

A gravação, divulgada por meio de websites ligados aos rebeldes, continha a mesma marca d'água presente em outros vídeos do Estado Islâmico. O governo do Japão afirma estar tentando confirmar a autenticidade das imagens. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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A família do piloto jordaniano mantido pelo Estado Islâmico disse neste sábado que não recebeu informações do grupo sobre o que aconteceu com o refém desde que os militantes ameaçaram matá-lo.

O Estado Islâmico ameaçou, em mensagem de áudio, matar o tenente Muath al-Kaseasbeh ao pôr-do-sol de quinta-feira (no Iraque) a menos que a Jordânia libertasse Sajida al-Rishawi, iraquiana condenada à morte por participar de um ataque suicida. O governo jordaniano disse que não libertaria a prisioneira sem provas de que o piloto está vivo.

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O destino do piloto de 26 anos está ligado ao do jornalista japonês Kenji Goto, que também foi capturado pelos militantes.

O vice-ministro de Relações Exteriores do Japão, Yasuhide Nakayama, disse na noite de sexta-feira que os esforços para libertar Goto estavam "em estado de impasse".

"O prazo final passou e a realidade é que várias horas transcorreram desde então, então estamos fazendo tudo o que podemos para conseguir mais informações", disse ele.

Em seu suposto ultimado, os militantes não disseram o que aconteceria com Goto se al-Rishawi não fosse libertada.

A família do piloto também disse que não recebeu qualquer tipo de informação. "Estamos esperando", declarou neste sábado Jawad al-Kaseasbeh, irmão de Muath al-Kaseasbeh. "Não recebemos nada de novo, nem do governo nem de fontes informais."

O avião de Al-Kaseasbeh caiu numa área controlada pelo Estado Islâmico no nordeste da Síria em dezembro. Ele é o primeiro piloto estrangeiro a ser capturado pelo grupo desde que a coalizão liderada pelos Estados Unidos iniciou os ataques aéreos contra os extremistas em setembro. A Jordânia faz parte da coalizão.

Goto foi capturado em outubro, após ter viajado para a Síria para tentar libertar o japonês Haruna Yukawa, que provavelmente foi assassinado pelo grupo extremista.

O drama dos reféns começou na semana passada, depois que os militantes ameaçaram matar Goto e Yukawa em 72 horas, a menos que o Japão pagasse um resgate de US$ 200 milhões.

Posteriormente, os militantes exigiram a libertação de al-Rishawi, de 44 anos, sentenciada à morte por enforcamento por sua participação num ataque a hotéis de Amã em 2005, que deixou 60 mortos. A mensagem dizia também que Yukaw havia sido morto.

Jordânia e Japão realizam negociações indiretas com os militantes, por meio de líderes tribais iraquianos. Fonte: Associated Press.

Uma série de ataques realizados por milícias do grupo extremista Estado Islâmico mataram um general do exército curdo e seis soldados nesta sexta-feira (30), afirmaram oficiais. Em outras partes do país, 27 pessoas morreram em ataques realizados pelos extremistas, incluindo uma explosão em um mercado de rua e um homem bomba que explodiu ao lado de um posto de vigilância controlado por milícias pró-governo.

Forças do governo e o exército curdo tentam expulsar o Estado Islâmico de Kirkuk, há cerca de 290 quilômetros de Bagdá. Hoje, um carro bomba explodiu em frente a um hotel vazio que fica ao lado do quartel policial da cidade, ferindo duas pessoas. Imediatamente, três homens entraram no prédio e começaram a atirar sobre alvos policiais e curdos. Segundo autoridades, eles morreram durante a troca de tiros.

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O exército curdo afirmou mais tarde que o general peshmerga Shirko Fatih foi morto em confronto com os extremistas no sul da cidade. A "rápida deterioração" da situação na cidade fez a missão de assistência da ONU no Iraque anunciar que iria evacuar todo o seu estafe estrangeiro. Com isso, as atividades de ajuda humanitária foram paralisadas.

Kirkuk está localizada em uma região rica em petróleo, e é habitada por árabes, curdos e turcos. Os curdos querem incorporar a cidade ao seu território autônomo no Iraque, e enfrenta forte oposição das outras etnias. Fonte: Associated Press.

Uma nova mensagem divulgada nesta terça-feira em contas de redes sociais ligadas ao Estado Islâmico apresenta uma voz, identificada como a do jornalista japonês Kenji Goto, afirmando que ele e o piloto jordaniano Mu'adh al-Kasasibah, ambos reféns do grupo extremista muçulmano, serão mortos em 24 horas a menos que o governo da Jordânia concorde em trocar reféns.

O Estado Islâmico quer a libertação da iraniana Sajida al-Rishawi, sentenciada à morte na Jordânia por sua participação num ataque suicida em 2005 em Amã. Os explosivos que al-Rishawi levava ao corpo não detonaram. A voz atribuída a Goto também pede que o governo japonês pressione politicamente a Jordânia a aceitar a troca de reféns.

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"Quaisquer atrasos do governo jordaniano significarão que ele será responsável pela morte de seu piloto, que será seguida pela minha", diz a mensagem. "Eu tenho apenas 24 horas de vida e o piloto tem menos ainda. Por favor, não nos deixe morrer. Quaisquer outras manobras para tentar ganhar tempo resultarão na nossa morte. A bola está agora no 'campo' jordaniano", afirma o homem que seria Goto.

Autoridades japonesas realizaram uma reuniões de emergência após a divulgação da nova mensagem. O porta-voz do governo do Japão, Yasuhide Suga, disse ter visto o vídeo com a mensagem, mas não fez comentários sobre a autenticidade de seu conteúdo.

Suga declarou que "neste situação extremamente difícil, continuamos, como antes, a pedir a cooperação do governo jordaniano para trabalhar na direção da imediata libertação de Goto."

O grupo Estado Islâmico libertou ao menos 200 yazidis, após cinco meses de cativeiro, disseram oficiais militares curdos neste domingo (18). A maioria do grupo é formada por idosos e prisioneiros enfermos.

O general peshmerga (termo usado para denominar curdos armados) Shirko Fatih, comandante das forças curdas na cidade de Kirkuk, ao norte, disse à Associated Press que quase todos os prisioneiros libertos estão com saúde fraca e sinais de abuso e negligência. Três deles são crianças pequenas, disse.

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Os militantes transportaram os cativos da cidade de Tal Afar, ao norte, onde passaram os últimos cinco meses presos, depois de os militantes invadirem as localidades em que viviam. Os militantes deixaram os prisioneiros neste sábado na ponte de Khazer, disse Fatih. Autoridades curdas mantiveram os libertos neste domingo para questionamentos, acrescentou.

Fatih disse que aparentemente os prisioneiros foram soltos porque eram um fardo. "Provavelmente, ficou muito caro alimentá-los e cuidar deles", explicou.

Dezenas de milhares de yazidis fugiram em agosto quando o Estado Islâmico capturou a cidade de Sinjar, ao norte do Iraque, perto da fronteira com a Síria. Mas centenas foram levadas como prisioneiras pelo grupo, principalmente mulheres. Autoridades do Iraque e internacionais disseram que mulheres yazidis foram vendidas como escravas.

Um ataque suicida contra forças de segurança iraquianas e subsequentes confrontos com extremistas do Estado Islâmico nesta terça-feira mataram pelo menos 23 militares e combatentes sunitas pró-governo na província iraquiana de Anbar, oeste do país.

A polícia informou que um suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo durante uma reunião de combatentes sunitas pró-governo na cidade de al-Baghdadi, cerca de 180 quilômetros ao noroeste de Bagdá, nas primeiras horas do dia.

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Logo depois, militantes do Estado Islâmico atacaram posições do Exército e da polícia nas proximidades, dando início a confrontos que duraram horas. Policiais e funcionários de hospitais informaram que 23 pessoas foram mortas e 28 ficaram feridas, todas do lado do governo. As fontes não falaram sobre o número de baixas do lado militante, dizendo apenas que eles "registraram algumas mortes" e negaram-se a fornecer detalhes. Todas as fontes falaram em condição de anonimato porque não têm autorização para falar com meios de comunicação.

Em Bagdá, o primeiro-ministro Haider al-Abadi prometeu que as forças iraquianas vão retomar todas as áreas que caíram nas mãos do Estado Islâmico durante a ofensiva do grupo, no ano passado.

"Vamos sair vitoriosos e o dia em que nossas terras serão libertadas está chegando", declarou o premiê a um grupo de oficiais do Exército recém-graduados na Academia Militar, no dia em que o país celebra o Dia do Exército. "Nosso objetivo...é que a paz e a prosperidade triunfem no Iraque e o que cheguemos ao fim deste período negro na história iraquiana." Fonte: Associated Press.

Combatentes curdos avançaram na cidade síria de Kobane, ao norte do país, nesta segunda-feira e ocuparam uma zona crucial de prédios governamentais após fortes conflitos com militantes do grupo extremista Estado Islâmico.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, as forças curdas sírias capturaram o chamado "quarteirão de segurança", que abriga a sede da polícia e outros órgãos estatais. O Estado Islâmico ocupou o local em 10 de outubro, mas perdeu partes após uma contraofensiva curda. O Observatório disse ainda que os combatentes curdos, conhecidos como Unidades de Proteção de Pessoas, ou YPG, agora controlam cerca de 80% da cidade.

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Combatentes curdos têm avançado lentamente em Kobane com o apoio de forças Peshmerga iraquianas. A coalizão liderada pelos Estados Unidos também tem desempenhado um papel fundamental, realizando ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico em torno da cidade. De acordo com o Comando Central americano, oito ataques aéreos atingiram duas unidades do grupo extremista em Kobane no domingo. Outras 11 posições foram destruídas anteriormente.

O Estado Islâmico iniciou sua ofensiva na cidade em meados de setembro e rapidamente ocupou boa parte do território além de vilarejos ao redor. Centenas de combatentes de ambos os lados foram mortos nos conflitos. Fonte: Associated Press.

Aviões de guerra da coalizão liderada pelos EUA realizaram mais uma série de ataques durante a noite no nordeste da Síria, disseram três grupos de ativistas. As ofensivas visavam atingir os redutos do grupo Estado Islâmico.

Os ataques aéreos nos arredores de Raqqa foram os ataques mais pesados da coalizão no local desde que militantes do Estado Islâmico capturaram um piloto da Jordânia. O jato F-16 do oficial sequestrado caiu perto da cidade no dia 24 de dezembro.

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Segundo grupos ativistas, Raqqa foi atingida por pelo menos 13 ataques da coalizão. A área de Furoussiyeh e a base militar Division 17 estavam entre os alvos. Não foram divulgados detalhes sobre vítimas.

Beirute, 24/12/2014 - Guerrilheiros do Estado Islâmico derrubaram um avião de guerra na Síria nesta quarta-feira e capturaram o piloto, supostamente um jordaniano que faz parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, a aeronave foi abatida perto da cidade de Raqqa, no norte do país, considerada a capital do território dominado pelo grupo terrorista. Trata-se do primeiro avião derrubado pelo EI desde que começaram os ataques aéreos, há três meses.

O grupo Raqqa Media Center, que trabalha nas áreas dominadas pelo EI, divulgou uma foto do suposto piloto, que usava camiseta branca e estava cercado por 11 guerrilheiros, alguns deles mascarados. Outra foto mostra ele seminu sendo retirado de um lago. Não há confirmações por parte do governo da Jordânia sobre a identidade do piloto.

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Em Washington, um oficial do Pentágono disse que o governo dos EUA está ciente do fato, mas não confirmou nenhum detalhe. A coalizão liderada pelos norte-americanos já promoveu centenas de ataques contra posições do EI na Síria desde 23 de setembro. Arábia Saudita, Jordânia, Bahrein e Emirados Árabes Unidos se juntaram aos ataques, enquanto o Catar fornece apoio logístico. Fonte: Associated Press.

Combatentes curdos avançavam neste sábado pela disputada cidade síria de Kobani, após pesados confrontos com integrantes do grupo Estado Islâmico, disseram uma autoridade curda e um grupo ativista.

Nawaf Khalil, porta-voz do Partido União Democrática curda, disse que combatentes curdos avançaram em seis bairros e cercaram o centro cultural, tomado pelo Estado Islâmico, no leste da cidade.

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Ele afirmou também que combatentes curdos tomaram a escola Yarmouk, a sudeste de Kobani, onde os corpos de oito membros do Estado Islâmico foram encontrados.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos disse que a principal força curda síria, conhecida como Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla curda), matou vários integrantes do grupo extremista.

O Estado Islâmico iniciou sua ofensiva a Kobani em meados de setembro, capturando partes da cidade, assim como dezenas de vilas próximas. Centenas de combatentes dos dois lados foram mortos desde então.

Forças curdas têm gradualmente provocando um recuo dos extremistas nas últimas semanas, com a ajuda de ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

O avanço em Kobani acontece um dia depois de combatentes do YPG terem aberto um corredor entre suas posições no nordeste sírio e o monte Sinjar, no vizinho Iraque, onde combatentes peshmerga também participam da ofensiva. Durante a semana, combatentes peshmerga iraquianos também conseguiram abrir outro corredor para o monte Sinjar.

O Conselho de Segurança da Região Curda Iraquiana disse que combatentes peshmerga lançaram uma nova ofensiva no sábado na direção do monte Sinjar e conseguiram capturar Mushrefa, uma área próxima.

O comunicado diz que na manhã de sábado, 32 caminhões cheios de comida, água e outros materiais saíram da cidade de Irbil, norte do Iraque, em direção ao monte Sinjar, passando pelo "corredor estabelecido pelas corajosas forças peshmerga".

O grupo Estado Islâmico capturou quase um terço do Iraque e da Síria no decorrer do ano.

No início de agosto, os militantes tomaram as cidades iraquianas de Sinjar e Zumar, fazendo com que dezenas de milhares de pessoas da minoria yazid fugissem para a montanha, onde ficaram presos. Muitos foram levados por via aérea, por uma passagem síria, para o Iraque, onde encontraram refúgio na região semiautônoma iraquiana do Curdistão. Fonte: Associated Press.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que apoia a campanha militar realizada pelo presidente Barack Obama contra militantes do grupo extremista Estado Islâmico.

A proposta autoriza fundos para as operações militares básicas, incluindo a aquisição de navios, aeronaves e outros equipamentos de combate, além de um aumento de 1% no salário das tropas. A votação teve 89 votos a favor e 11 contra. A medida agora segue para sanção presidencial.

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O projeto também autoriza a formação e o equipamento de rebeldes sírios moderados que lutam contra os extremistas durante dois anos e prevê US$ 5 bilhões para treinar os iraquianos no combate aos militantes.

De acordo com o texto, serão destinados ainda US$ 521,3 bilhões para o Exército e US$ 63,7 bilhões para operações no Afeganistão e no Iraque. Apesar de objeções de Obama, foi mantida a proibição de transferir suspeitos de terrorismo da prisão federal em Guantánamo, em Cuba, para os Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro do Iraque, Haider Al-Abadi, afirmou nesta terça-feira (9) que o Exército iraquiano tem a iniciativa no combate às forças do grupo extremista Estado Islâmico, mas necessita que os Estados Unidos contribuam com mais suporte aéreo e armamento pesado.

Al-Abadi se encontrou hoje com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, que está no país em visita aos soldados norte-americanos. Segundo o primeiro-ministro, os extremistas "estão em declínio" no momento, e suas capacidades estão enfraquecidas. "Somos gratos ao apoio que nos é oferecido. Nossas tropas estão ganhando terreno. Mas eles precisam de mais suporte aéreo e mais armamento pesado", disse.

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Questionado sobre os pedidos de Al-Abadi, Hagel evitou uma resposta mais conclusiva sobre o assunto. Oficiais norte-americanos, entretanto, afirmaram que a maior necessidade do Iraque é um comando militar competente, e não de mais armas.

Al-Abadi afirmou que os extremistas adquiriram enormes quantidades de armamento e que têm liberdade de trânsito na fronteira do país com a Síria. A afirmação foi contestada por oficiais norte-americanos. Para eles, a capacidade do grupo de reabastecer seus combatentes foi seriamente reprimida pelos ataques aéreos.

Hagel afirmou depois do encontro que deixa o Iraque encorajado pelos esforços do governo local na unificação do país. "Como sabem os líderes e o povo iraquiano, apenas eles podem trazer uma paz duradoura a seu país", disse.

O secretário de defesa afirmou que os militares iraquianos devem conduzir operações de contraofensiva maiores nos próximos meses. Ele também defendeu os meses de ataques aéreos a posições dos extremistas, afirmando que elas estão frustrando "a capacidade dos rebeldes de manobrar, comunicar e coordenar suas forças, assim como de se manterem reabastecidos".

Esta deve ser a última viagem ao exterior de Hagel enquanto chefe do Pentágono. Ele é o primeiro secretário de Defesa norte-americano a visitar o país desde Leon Panetta, que esteve no Iraque em 2011 para celebrar o fim da intervenção militar dos EUA.

Os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar o Iraque a recuperar seu território dos avanços do Estado Islâmico. O presidente Barack Obama, entretanto, vetou a participação de tropas americanas nos combates terrestres. Ele afirmou que uma solução duradoura para o conflito só pode ser alcançada por um governo iraquiano novo e unificado.

No auge das ações militares norte-americanas no país, os EUA mantinham cerca de 170 mil soldados em terra. Hoje, são cerca de 1.650. Fonte: Associated Press.

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