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O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, disse nesta segunda-feira (8) que o presidente Barack Obama precisa analisar todas as consequências do que poderia ser uma longa campanha na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico, e o que poderia dar errado. O líder norte-americano estuda como expandir as operações contra os militantes no Iraque.

Falando para repórteres na Turquia nesta segunda-feira, Hagel disse que o aconselhamento ao presidente tem que incluir não apenas o começo de uma operação, mas como vai terminar. Ele afirmou, no entanto, que isso não é um argumento para a inatividade.

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Ele disse em depoimento no Congresso sobre a declaração de Obama marcada para a quarta-feira que há uma ampla aceitação de que o Estado Islâmico precisa ser destruído. Segundo Hagel, alguns congressistas acreditam que Obama não precisa de nenhuma autorização legal da Casa para expandir a campanha. Outros não estão tão certos.

O secretário afirmou também que a Turquia tem limites para o que pode fazer na luta contra o grupo extremista, mas que o país terá um papel nas operações regionais que estão sendo estudadas. Ele se encontrou com líderes turcos nesta segunda-feira e disse que eles ainda estão analisando qual será sua função. Ele não deu mais detalhes.

A Turquia tem evitado avançar para uma intervenção militar contra os militantes do Estado Islâmico, sensível ao fato de que eles mantêm 49 cidadãos turcos reféns. O país está preocupado com uma retaliação insurgente contra os sequestrados se decidir adotar um papel mais ofensivo no conflito. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, planeja apresentar na quarta-feira os passos específicos que os EUA tomarão com seus aliados para derrotar os militantes islâmicos que estão ampliando o controle sobre grandes áreas do Iraque e da Síria.

O presidente deixou claro que busca apoio dos parlamentares para usar ativos militares e de inteligência a fim de ajudar aliados na região a confrontar os militantes do Estado Islâmico (EI), grupo anteriormente chamado de Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que continua ganhando território e novos recrutas. "Eu pedirei ao Congresso para garantir que eles entendam e apoiem o que é o nosso plano", disse Obama em entrevista ao programa "Meet the Press", da rede de televisão NBC, que foi gravado ontem e veiculado hoje.

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Antes do discurso, o presidente se reunirá com líderes do Congresso de ambos os partidos na terça-feira na Casa Branca para discutir as alternativas disponíveis para combater o Estado Islâmico. Obama acabou de voltar da Europa, onde pressionou líderes mundiais a construir uma aliança comprometida com a destruição do grupo.

Na entrevista à NBC, Obama deixou claro que ainda não tem planos de enviar tropas dos EUA para a região. Em vez disso, ele está tentando organizar uma resposta internacional em que os EUA continuariam promovendo ataques aéreos para apoiar as tropas iraquianas e curdas, ajudando a montar a estratégia militar e a equilibrar as diferenças étnicas, religiosas e políticas entre seus aliados. "As botas no chão têm que ser iraquianas", disse Obama, argumentando que não faz sentido que as Forças Armadas norte-americanas "ocupem serialmente vários países do Oriente Médio." E acrescentou: "Nós não temos tais recursos. Isso coloca enormes pressões sobre nossos militares."

O presidente disse que não viu nenhuma "informação de inteligência imediata" que sugira que o Estado Islâmico possa realizar um ataque terrorista em solo norte-americano, mas afirmou que um dos objetivos de qualquer intervenção militar seria evitar que o EI se torne grande demais e convoque recrutas com capacidade de promover um ataque em território doméstico.

Os comentários de Obama na quarta-feira, um dia antes do aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro, devem disparar um debate no Congresso sobre o caminho que os EUA deveriam seguir. Nas últimas semanas, um coro crescente no Legislativo pressionou Obama a fornecer informações mais específicas sobre objetivos e estratégia para confrontar o Estado Islâmico. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma série de ataques no Iraque matou 17 pessoas, incluindo quatro militantes xiitas e um chefe de etnia sunita. Policiais afirmaram que um dos ataques aconteceu quando um carro-bomba explodiu em uma rua comercial no principal distrito xiita de Bagdá, Zafaraniyah, matando sete pessoas e ferindo 15 outras. Diversas lojas foram danificadas.

No sul de Bagdá, uma bomba próxima a uma estrada atingiu um comboio de militantes xiitas, matando quatro pessoas e ferindo sete na área de Iskandariyah. Os militantes xiitas se uniram às forças armadas iraquianas na batalha contra o grupo extremista Estado Islâmico, que tem confiscado grandes faixas de terra e cidades no norte e oeste do país.

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Outra bomba explodiu perto de um mercado no distrito xiita Obeidi, em Bagdá, matando três pessoas e ferindo outras 12, informou a polícia.

No norte do Iraque, moradores disseram que militantes do Estado Islâmico mataram Maiser Al-Waqaa, chefe de etnia sunita, e outros dois companheiros no vilarejo de Al-Houd, no sul da cidade de Mossul, a segunda maior do país. Al-Waqaa concorreu nas eleições parlamentares deste ano, mas não venceu o pleito.

Também no norte do país, na área de Suleiman Beg, um vala coletiva foi descoberta com os corpos de 15 motoristas de caminhões xiitas. Familiares disseram que eles foram sequestrados há cerca de três meses por militantes sunitas, que os capturaram durante uma ofensiva em junho. Militantes sunitas ocuparam Mosul e grande parte do norte do Iraque. Fonte: Associated Press.

Um ataque suicida do grupo extremista Estado Islâmico deixou 14 pessoas mortas nesta quinta-feira (4), em Bagdá, no Iraque. Em uma aldeia ao norte da capital iraquiana, cerca de 50 sunitas foram sequestrados por militantes do mesmo grupo.

Em Bagdá, autoridades de segurança informaram que o ataque se deu por meio de um veículo carregado de bombas, que explodiram próximo a um posto policial do bairro de Kazimiyah. Entre as vítimas fatais, cinco eram policiais. Pelo menos 26 pessoas ficaram gravemente feridas, segundo o hospital da região para onde elas foram encaminhadas.

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Já os homens sequestrados foram levados em um caminhão, conforme depoimentos de moradores da aldeia Tal Ali, 240 quilômetros ao norte da capital iraquiana. No dia anterior, os rebeldes haviam deixado a região, com medo de um ataque do exército do país. Quando eles foram embora, os residentes atearam fogo na bandeira do Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

O jornalista norte-americano Steven Sotloff, que aparece em vídeo publicado na terça-feira (2) por extremistas islâmicos sendo supostamente decapitado, também tinha cidadania israelense, conforme informou nesta quarta-feira (3) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Paul Hirschson, em sua conta pessoal na rede social Twitter. Hirschson não fez mais comentários.

Sotloff tinha 31 anos e era natural de Miami. Ele trabalhava como freelancer para as revistas Time e Foreign Policy, e fora visto pela última vez na Síria em agosto de 2013, até sua imagem aparecer num vídeo divulgado na internet no mês passado, mostrando a decapitação de outro jornalista norte-americano, James Foley, por extremistas do grupo Estado Islâmico. Na terça-feira, outro vídeo publicado pelo mesmo grupo mostra uma suposta decapitação do próprio Sotloff. Fonte: Associated Press.

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Militantes do grupo Estado Islâmico realizaram assassinatos em massa de soldados iraquianos capturados quando seus integrantes invadiram uma base militar ao orte de Bagdá em junho. Nesta quarta-feira, o Human Rights Watch (HRW)divulgou o número de mortos, tendo como base a análise de fotografias, vídeos e imagens de satélite da área.

O incidente em Camp Speicher, base aérea que já serviu como instalação militar norte-americana, foi uma das piores atrocidades perpetradas pelo grupo militante durante sua rápida ofensiva, quando tomou o controle de grandes partes do território norte e oeste do Iraque.

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Segundo o HRW, novas evidências indicam que o Estado Islâmico matou entre 560 e 770 homens capturados em Camp Speicher, que fica perto da cidade de Tikrit, número várias vezes maior do que o que se acreditava inicialmente.

"Estes são abusos horríveis e atrocidades cometidos pelo Estado Islâmico, cuja escala claramente os eleva a crimes contra a humanidade", afirmou Fred Abrahams, conselheiro especial do HRW, a jornalistas na cidade de Irbil, norte iraquiano, nesta quarta-feira.

Em meados de junho, o Estado Islâmico afirmara que havia "executado" cerca de 1.700 soldados e militares de Camp Speicher.

Após o incidente, os soldados foram considerados desaparecidos, o que fez com que seus familiares realizassem protestos em Bagdá, numa tentativa de pressionar as autoridades a divulgar informações sobre os militares. Na terça-feira, dezenas de irritados familiares invadiram o Parlamento, localizado na fortificada zona verde de Bagdá, após confronto com guardas de segurança. Os manifestantes forçaram o presidente do Parlamento a convocar uma sessão para esta quarta-feira a respeito dos soldados desaparecidos.

O HRW disse que a revisão do número de mortos teve como base análises de novas imagens de satélite, vídeos dos militantes e relatos de um sobrevivente que confirmou a existência de outros três "locais de execução em massa". O número de vítimas pode ser maior, afirmou o grupo, sediado em Nova York.

Durante a sessão parlamentar desta quarta-feira, familiares dos soldados acusaram as autoridades de "vender nossos filhos" ao ordenar que muitos deles abandonassem seus postos e saíssem de Camp Speicher com roupas civis.

Do lado de fora da base, centenas foram capturados, afirmou Mohammed al-Assi, representante das famílias dos militares.

Mas o ministro interino da Defesa, Saadoun al-Dulaimi, negou que qualquer ordem para o abandono de Camp Speicher tenha sido emitida. "Ninguém emitiu uma ordem de retirada", afirmou ele. Fonte: Associated Press.

A Anistia Internacional acusou, nesta terça-feira, o grupo extremista sunita Estado Islâmico de realizar uma campanha sistemática de "limpeza étnica" no norte do Iraque, o que inclui assassinatos em massa, sequestros e outros crimes de guerra.

No novo relatório, o grupo de defesa dos direitos humanos disse que os militantes sequestraram "centenas, senão milhares" de mulheres e crianças que pertencem à antiga fé yazidi. Os extremistas também detiveram homens e meninos antes de matá-los, afirmou o grupo, sediado em Londres.

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O documento de 26 páginas se soma à crescente quantidade de evidências recolhidas pela organização que destacam o campo de ação e a extensão dos crimes cometidos pelo Estado Islâmico desde o início de sua ofensiva, a partir da Síria, até o vizinho Iraque, em junho. Os militantes tomaram a maior parte do norte e oeste do Iraque, estendendo-se numa faixa que chega até as proximidades da capital iraquiana, Bagdá.

Na segunda-feira, o organismo de direitos humanos da Organização das Nações Unidas aprovou um pedido do Iraque para a abertura de uma investigação sobre supostos crimes de guerra cometidos pelo Estado Islâmico contra civis.

O objetivo é fornecer ao Conselho de Direitos Humanos um relatório com evidências que possam lançar mais luz sobre as atrocidades cometidas no Iraque e usá-las como parte de qualquer processo internacional sobre crimes de guerra.

No relatório, a Anistia detalha como combatentes do grupo Estado Islâmico expulsaram cristãos, xiitas, yazidis e outros grupos de suas casas. Foram documentados vários casos nos quais os militantes reuniram homens e meninos yazidis e os mataram, após invadir suas terras ancestrais no extremo norte do Iraque.

O documento também diz que o grupo sequestrou centenas de mulheres e crianças yazidis, a maioria ainda desaparecida.

"Os massacres e sequestros realizados pelo Estado Islâmico fornecem novas evidências de que uma onda de limpeza étnica contra minorias está varrendo o norte do Iraque", disse Donatella Rovera, investigadora da Anistia.

Não está claro quantos homens e meninos foram mortos. O relatório diz que "centenas" de homens foram provavelmente assassinados a tiros.

Mahma Khalil, integrante do Legislativo da etnia yazidi, pediu ao governo iraquiano e à comunidade internacional que ajude urgentemente os yazidis que ainda enfrentam "contínuas atrocidades" cometidas pelos extremistas.

"Eles se esforçam para nos obrigar a abandonar nossa religião. Nós rejeitamos isso porque é a fé mais antiga do Iraque, que têm suas raízes na Mesopotâmia", afirmou Khalil. Fonte: Associated Press.

O governo do Reino Unido vai anunciar uma nova legislação para facilitar o confisco de passaportes e tentar conter a ameaça à segurança imposta por extremistas islâmicos que viajam para e a partir de áreas de conflitos como a Síria e o Iraque, afirmou o primeiro-ministro David Cameron.

"Não tenho dúvidas de que o Estado Islâmico tem como alvo todos nós na Europa", disse Cameron. "Está ficando claro que há alguns vácuos na segurança e nós precisamos reforçá-la", acrescentou o premiê, informando também que fará uma declaração ao Parlamento na segunda-feira.

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O pronunciamento de Cameron foi feito logo depois de o governo anunciar que os serviços de segurança elevaram a avaliação de ameaça de terrorismo internacional de "substancial" para "severa" - o segundo nível mais alto da escala de cinco níveis - em consequência do crescimento da militância islamista da Síria e no Iraque.

Cameron afirmou que a ameaça imposta pelo grupo extremista que atua na Síria e no Iraque, chamado de Estado Islâmico, é mais profunda do que o pensado anteriormente. Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo Estado Islâmico matou, nas últimas 24 horas, mais de 150 soldados capturados em confrontos recentes para a tomada de uma série de bases militares no nordeste da Síria. Os militares foram mortos a tiros ou a facadas, informaram ativistas nesta quinta-feira.

O assassinato de tropas do governo, combinadas com fotografias de recrutas aterrorizados sob a guarda de militantes no deserto, mostra como o grupo extremista usa a violência, e imagens de violência, para incutir o medo em seus oponentes enquanto busca expandir o território de seu califado, que abrange terra tomadas na Síria e no Iraque.

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O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que muitos os soldados mortos foram capturados na quarta-feira durante numa árida região rural perto do aeroporto de Tabqa, três dias depois de combatentes do Estado Islâmico terem tomado a base. Tropas do governo estão entre o grande grupo de soldados da base que ficou preso atrás das linhas de frente, depois de a base cair nas mãos dos combatentes jihadistas.

Segundo o Observatório, cerca de 120 soldados de Tabqa foram mortos perto da base. Combatentes do Estado Islâmico mataram pelo menos outros 40 militares, dos quais a maioria havia sido feita refém nos últimos confrontos por outras bases na área, na região de Hamrat, perto da cidade de Raqqa, reduto do grupo.

Comunicado postado na internet e distribuído por partidários do Estado Islâmico no Twitter afirma que os extremistas mataram "cerca de 200" prisioneiros capturados perto de Tabqa. Também foram divulgadas fotografias do que o grupo afirma serem os prisioneiros: jovens, apenas de cueca, marchando no deserto. Um vídeo postado na rede mostra imagens de mais de 150 homens, também em roupas íntimas, deitados e imóveis em fileira sobre a areia, aparentemente mortos.

Embora a autenticidade das imagens não possa de confirmada de forma independente, elas ilustram as afirmações feitas pelo Estado Islâmico e pelos ativistas sírios a respeito dos assassinatos. O governo sírio ainda não havia se pronunciado sobre os acontecimentos. Fonte: Associated Press.

O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, advertiu os Estados Unidos nesta segunda-feira (25) a não realizar ataques aéreos dentro do país contra o grupo Estado Islâmico sem o consentimento de Damasco. Segundo ele, uma ação deste tipo seria considerada uma violação da soberania síria e uma agressão contra o país.

Mas Al-Moallem disse também que a Síria está pronta para trabalhar com Estados regionais e a comunidade internacional no combate ao avanço dos militantes islâmicos em seu território e no Iraque. "A Síria está pronta para cooperar e realizar operações coordenadas em níveis regional e internacional na guerra contra o terror", afirmou o ministro. "Mas qualquer esforço para combater o terrorismo deve acontecer em coordenação com o governo sírio."

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As declarações de Al-Moallem durante uma coletiva de imprensa em Damasco foram os primeiros comentários públicos de uma graduada autoridade do governo de Bashar Assad a respeito da ameaça representada pelo Estado Islâmico, que já tomou grandes partes dos territórios sírio e iraquiano.

Integrantes do Estado Islâmico afirmam ter tomado uma importante base militar no nordeste sírio, eliminando o último posto avançado do governo numa província que já estava totalmente tomada pelos jihadistas.

O grupo estabeleceu um califado nas áreas tomadas que englobam parte da fronteira entre Iraque e Síria. Os Estados Unidos começaram a realizar ataques aéreos contra o grupo no norte do Iraque no início deste mês e agora estudam da possibilidade de adotar as mesmas medidas na Síria.

Mas o governo de Barack Obama continua cauteloso em participar da sangrenta e complexa guerra civil síria, que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) já deixou mais de 190 mil mortos.

Al-Moallem disse que seu governo está pronto para cooperar com qualquer lado, incluindo os Estados Unidos, ou se juntar a qualquer aliança regional ou internacional contra o grupo Estado Islâmico. Mas, segundo ele, qualquer ação militar no interior da Síria deve ser realizada em coordenação com o governo "que representa a soberania síria".

"Qualquer ataque que não tenha sido coordenado com o governo será considerado uma agressão", afirmou.

Al-Moallem disse também que ataques aéreos não serão suficientes para eliminar grupos ligados ou inspirados na Al-Qaeda, como o Estado Islâmico e a Frente Nusra, mas sim eliminar suas fontes de financiamento. Fonte: Associated Press.

Beirute, 24/08/2014 - Militantes do Estado Islâmico capturaram uma grande base aérea militar no nordeste da Síria neste domingo, eliminando o último bastião do governo de Bashar al-Assad na região. A operação para tomar a base de Tabga, localizada a 45 quilômetros da cidade de Raqqa, foi iniciada na semana passada. A unidade contém diversos esquadrões de aviões e helicópteros, além de tanques e artilharia pesada.

Após diversas tentativas frustradas de invadir a unidade nos últimos dias, os jihadistas do Estado Islâmico conseguiram tomar a base neste domingo, segundo confirmou o grupo Observatório Sírio de Direitos Humanos. Apesar dos ataques aéreos promovidos pelas tropas de Assad, os rebeldes conseguiram dominar Tabga, matando dezenas de soldados. "Isso torna a província de Raqqa a primeira a cair inteiramente nas mãos dos rebeldes", diz Rami Abdurrahman, diretor do Observatório. Outro grupo de ativistas, conhecido como Comitês de Coordenação Local, também confirmou a informação.

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A emissora estatal de TV da Síria, SANA, reconheceu que o governo perdeu o controle da base, mas afirmou que as tropas estão se reagrupando.

Após tomar o controle de boa parte do norte e oeste do Iraque em junho e declarar o estabelecimento de um califado, o Estado Islâmico tem conseguido consolidar seu domínio sobre a região e conquistar grandes porções do nordeste da Síria. No mês passado o grupo conquistou a base militar da Divisão 17, em Raqqa, matando 85 soldados. Dias depois, eles tomaram o controle da base da Brigada 93. Fonte: Associated Press.

A execução do jornalista norte-americano James Foley representa um ataque terrorista contra os EUA, disse a Casa Branca nesta sexta-feira (22), adotando uma linguagem mais dura contra o grupo militante sunita Estado Islâmico. "Absolutamente, quando nós vemos alguém sendo assassinado de uma maneira tão horrível, isso representa um ataque terrorista contra nosso país e contra um cidadão norte-americano", afirmou o vice-conselheiro de Segurança Nacional, Ben Rhodes.

Militantes do Estado Islâmico publicaram um vídeo na terça-feira que mostrava a decapitação de Foley, em retaliação aos ataques aéreos norte-americanos no Iraque. Em resposta, autoridades dos Estados Unidos deram início a um esforço para expandir a campanha internacional para combater os extremistas.

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Rhodes afirmou que, em última análise, caberia ao Iraque e aos aliados regionais expulsar o grupo do Oriente Médio. Mas o governo do presidente Barack Obama está estudando seus próximos passos. "Nós estamos ativamente considerando o que será necessário para lidarmos com essa ameaça e nós não seremos restringidos por fronteiras", disse Rhodes.

O conselheiro acrescentou que a Casa Branca está consciente que é possível que o Estado Islâmico volte sua atenção para alvos fora do Oriente Médio. Ele disse que os EUA se defenderiam. "Nós fomos bem claros ao dizer que se você vier atrás dos norte-americanos, nós iremos atrás de você, onde quer que você esteja", ele ameaçou. Fonte: Dow Jones Newswires.

Extremistas islâmicos atacaram nesta quarta-feira uma grande base aérea no nordeste da Síria, com disparos de foguetes e tanques de guerra. Segundo relatos de ativistas, a ação marca o início de uma ofensiva que já era aguardada por semanas, pois trata-se da tentativa de tomar o controle da última província do país que, embora seja reduto do grupo radical Estado Islâmico, segue ocupada pelo governo sírio: Tabqa.

Nesta quarta-feira, sites vinculados a militantes do grupo radical anunciaram a ofensiva, também relatada pelo Observatório Sírio-britânico de Direitos Humanos e pelo grupo de ativistas Centro de Mídia Raqqa. Eles informaram também que ataques aéreos do exército sírio sobre militantes foram registrados em cidade vizinha a Tabqa, cortada pelo rio Eufrates.

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A base em questão é uma das mais significativas forças militares do governo sírio na região, na qual se encontram muitos aviões de guerra, helicópteros, tanques de guerra, artilharia e munições. Nos últimos meses, o Estado Islâmico praticamente eliminou a presença do exército da Síria na província de Raqqa. Em julho, os extremistas invadiram a Divisão 17 da base militar da província, matando pelo menos 85 soldados sírios. Duas semanas depois, membros do Estado Islâmico foram capturados nas proximidades da Brigada 93, depois de combates intensos.

As recentes conquistas do Estado Islâmico trouxeram de volta ao conflito as forças militares dos Estados Unidos. Pela primeira vez desde que se retiraram do Iraque em 2011, os norte-americanos começaram, no último dia 8, a realizar dezenas de ataques aéreos contra o grupo radical. Em resposta, os rebeldes divulgaram um vídeo mostrando a decapitação do jornalista norte-americano James Foley. No vídeo, há também a ameaça de matar outro jornalista norte-americano, este preso em cativeiro.

É a primeira vez que o Estado Islâmico matou um cidadão norte-americano desde que o conflito sírio eclodiu em março de 2011, o que aumenta os riscos de uma nova guerra. A morte pode comprometer o envolvimento dos EUA no Iraque, pois a administração do presidente Barack Obama tem se esforçado para conter a expansão do grupo radical no Iraque e na Síria. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Barack Obama, lamentou a morte do jornalista norte-americano James Foley, decapitado por militantes do Estado Islâmico, e afirmou que o país vai continuar a enfrentar o grupo terrorista. Obama disse que o mundo inteiro está "estarrecido" com o assassinato brutal de Foley e ofereceu suas condolências à família.

Obama acusou o Estado Islâmico de sequestrar mulheres e crianças, cometer estupros e torturas, e matar pessoas. Ele afirma que os militantes atacam cristãos e outras minorias para promover um genocídio. O presidente falou de sua casa de férias em Martha's Vineyard, no Massachusetts, para onde viajou com a família.

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também condenou o "assassinato horroroso" do jornalista. O líder das Nações Unidas considerou a morte "um crime horrível que evidencia a campanha de terror do Estado Islâmico que continua a prejudicar o povo do Iraque e da Síria", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, nesta quarta-feira.

Ban Ki-moon disse que os "perpetradores deste e de outros crimes horríveis têm que ser trazidos à Justiça". Ele mandou condolências para a família do jornalista, seus amigos e colegas. Militantes do grupo extremista Estado Islâmico decapitaram Foley e ameaçam matar um outro refém como represália pelos ataques aéreos comandados pelos EUA no norte do Iraque. Os insurgentes publicaram um vídeo em redes sociais nesta terça-feira em que mostram o assassinato do norte-americano. Agências de Inteligência dos Estados Unidos analisaram a gravação e concluíram que é autêntica, confirmou uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional nesta quarta-feira.

"Você não está enfrentando mais uma insurgência", diz um militante filmado. "Nós somos um exército islâmico." O vídeo termina com a imagem do segundo refém, vestido de laranja, que pode ser o jornalista Steven Sotloff. O insurgente ameaça decapitar o homem a depender da "próxima decisão de Obama".

O sotaque britânico do militante reacendeu o temor com o crescente papel de cidadãos ocidentais no Estado Islâmico. Segundo o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, o combatente parece ser mesmo britânico. Autoridades de inteligência norte-americanas já alertaram para o risco de ataques potenciais de militantes do grupo extremista com passaportes ocidentais.

Ainda assim, o Exército norte-americano continua avançando em sua operação, que realizou uma dezena de ataques aéreos no Iraque desde a terça-feira. A Casa Branca deve agora ponderar os riscos de adotar uma política mais agressiva para destruir o Estado Islâmico ou resistir a qualquer ação que possa resultar na morte de mais um norte-americano. (com informações da Associated Press e Dow Jones Newswires)

Um vídeo postado nesta terça-feira (19) na rede YouTube supostamente mostra um homem, identificado como o jornalista norte-americano James Wright Foley, sendo decapitado por um militante do Estado Islâmico. O vídeo, intitulado "Uma Mensagem à #América (do #Estado Islâmico)", já foi removido do YouTube.

Foley, um repórter fotográfico freelancer, desapareceu no noroeste da Síria em 22 de novembro de 2012. Em maio de 2013, uma reportagem da Columbia Journalism Review, da faculdade de jornalismo da Universidade Columbia, de Nova York, dizia que Foley estava sendo mantido por seus captores perto de Damasco.

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O vídeo traz um texto que diz: "Obama autoriza operações militares contra o Estado Islâmico, colocando a América numa ladeira escorregadia na direção de um novo fronte da guerra contra os muçulmanos". Na imagem, filmada num deserto, Foley aparece com a cabeça raspada, as mãos amarradas às costas e vestido com uma bata cor de laranja; atrás dele está um homem armado, vestido de preto, conforme mostram imagens estáticas publicadas pelo jornal britânico Daily Mail.

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Voltado para a câmera, o jornalista lê uma mensagem endereçada a seu irmão John, que serve na Força Aérea dos EUA. "Eu morri naquele dia, John, quando os seus colegas jogaram uma bomba nessa gente, Eles assinaram minha sentença de morte", diz Foley. O jornalista também diz: "Chamo meus amigos, família e entes queridos a erguer-se contra meus verdadeiros matadores, o governo dos EUA. Porque o que vai acontecer comigo é apenas o resultado de sua complacência e criminalidade."

Foley para de falar e seu executor dá um passo à frente, dizendo: "Vocês tramaram contra nós e saíram de seu caminho para achar motivos para interferir em nossos assuntos. Hoje, a sua força aérea militar está nos atacando diariamente no Iraque. Seus ataques causaram baixas entre os muçulmanos. Vocês já não estão combatendo uma insurgência. Somos um exército islâmico e um Estado que foi aceito por um grande número de muçulmanos em todo o mundo. Portanto, na prática, qualquer agressão ao Estado Islâmico é uma agressão aos muçulmanos de todos os ramos de atividade que aceitaram o Califado Islâmico como sua liderança. Portanto, qualquer tentativa sua, Obama, de negar aos muçulmanos seus direitos de viver em segurança sob o Califado Islâmico resultará em derramamento do sangue do seu povo."

Nesse ponto, o executor decapita o jornalista. Comentaristas citados pela Associated Press disseram que o sotaque do executor é britânico, possivelmente de Londres ou do sudeste da Inglaterra.

Depois do assassinato de Foley, o executor exibe no vídeo outro prisioneiro, também de joelhos e com as mãos amarradas às costas; uma legenda identifica o prisioneiro como Steven Joel Soltoff, um norte-americano que desapareceu na Líbia em agosto de 2013. O executor diz: "A vida deste cidadão americano, Obama, depende da sua próxima decisão."

Em fevereiro de 2002, outro jornalista norte-americano, Daniel Pearl, do Wall Street Journal, foi decapitado por terroristas da rede Al Qaeda no Paquistão.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou que foi realizada uma nova rodada de ataques aéreos com jatos norte-americanos e aviões teleguiados, os chamados drones, contra militantes islâmicos no Iraque.

O Comando Central dos Estados Unidos disse que os ataques destruíram veículos armados, dentre eles um que estava disparando contra forças curdas nas proximidades da cidade de Irbil. O Exército disse que os ataques aconteceram no intervalo entre 3h15 e 6h45 (horários de Brasília) deste domingo.

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Foi a quarta rodada de ataques aéreos contra o Estado Islâmico (grupo anteriormente conhecido como Estado Islâmico do Iraque e do Levante, EIIL) realizado por forças norte-americanas desde que essas missões foram autorizadas pelo presidente Barack Obama. Fonte: Associated Press.

Ativistas disseram que membros de tribos se rebelaram contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) no leste da Síria, forçando o grupo extremista a se retirar de alguns vilarejos. Este foi o primeiro sinal de resistência desde que os rebeldes islâmicos capturaram grandes partes da província rica em petróleo de Deir el-Zour nas últimas semanas.

O Observatório de Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, e o ativista curdo Mustafa Osso revelaram neste sábado que o EIIL foi obrigado a trazer reforços do Iraque. Segundo eles, membros da tribo Shueitat, em Deir el-Zour, forçaram os militantes do grupo a se retirarem dos vilarejos de Kishkiyeh, Abu Hamam e Granij.

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O Observatório informou que os moradores de áreas tribais atearam fogo na sede do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, localizada na cidade de Ashara, e realizaram manifestações contra o grupo. De acordo com Osso, os primeiros confrontos ocorreram na quarta-feira, depois que os jihadistas detiveram três homens tribais por supostamente quebrarem o acordo firmado entre as partes depois que os vilarejos foram tomados.

O EIIL, um braço da rede al-Qaeda, assumiu o controle de grandes áreas no oeste e norte do Iraque no mês de junho. O grupo declarou um califado autoproclamado no território que controla ao longo da fronteira entre a Síria e o Iraque, impondo uma interpretação severa da lei islâmica.

"Tem havido amplo ressentimento por causa dos atos do Estado Islâmico", disse Osso, que está em contato com ativistas em diferentes partes da Síria. Ele contou que um dos principais comandantes do EIIL, um checheno conhecido como Omar al-Shishani, estaria liderando os jihadistas na região.

"Essa é uma área muito importante para o Estado Islâmico porque é rica em petróleo e faz fronteira com o Iraque", lembrou o ativista curso Mustafa Osso, que atualmente reside na Turquia. Fonte: Associated Press.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) expulsou mais de 30.000 civis de um povoado na província síria de Deir Ezzor - informaram neste domingo uma ONG e militantes rebeldes que estavam no local. O EI, acusado de cometer atos bárbaros, "obrigou cerca de 30.000 civis a abandonar o povoado de Shuheil", que estava sob o controle da Frente Al-Nosra, ramo sírio da Al-Qaeda, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O EI também teria impedido que outras 30.000 pessoas voltassem a Khacham e Tábia, dois povoados da mesma província, conquistada no final de junho pelo grupo, disse o OSDH. Embora compartilhem na mesma ideologia jihadista, EI e Al-Nosra têm se enfrentado desde que a Al-Nosra se uniu a uma coalizão de rebeldes armados que luta contra o EI.

O Estado Islâmico conquistou nas últimas semanas vários territórios numa zona entre o Iraque e a Síria, onde pretende criar um califado. Os rebeldes de Shuheil informaram em sua página Facebook que homens do EI entraram no povoado com blindados e tanques e ordenaram a todos os residentes que abandonassem o local.

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