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As companhias aéreas nacionais transportaram em fevereiro um total de 7,3 milhões de passageiros com bilhetes pagos em fevereiro, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O volume é 14,4% maior em relação a fevereiro de 2013 e foi o maior para o mês nos últimos 10 anos, segundo a agência.

A GOL foi a empresa que mais transportou passageiros no mercado doméstico em fevereiro de 2014, com 2,69 milhões, seguida pela TAM, com 2,39 milhões, e pela Azul, com 1,56 milhão. A Anac também divulgou dados de tráfego de passageiros. A demanda, medida em passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK) cresceu 11,2% no mercado doméstico no mês passado, na comparação com fevereiro de 2013. "Esse é o maior índice em dez anos para o mês de fevereiro", disse a Anac em nota.

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Já a oferta, medida em assentos-quilômetros oferecidos (ASK) diminuiu 0,4% no período. Com isso, a taxa de aproveitamento das aeronaves (Load factor) nos voos domésticos operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) foi recorde para o mês de fevereiro nos últimos dez anos, da ordem de 80,5%, uma melhora ante os 72,03% reportados no mesmo mês de 2013.

Segundo a Anac, entre as principais empresas aéreas brasileiras, Azul e Avianca se destacaram com as maiores taxas de crescimento de demanda doméstica para o mês, quando comparadas a fevereiro de 2013, dando prosseguimento à escalada iniciada nos meses anteriores, com índices de 59,4% e 34,4%, respectivamente. "Somadas as empresas acumulam 10,9% da demanda doméstica no período", disse a agência reguladora em nota.

A GOL registrou aumento de 19,5% e a TAM se manteve praticamente estável, com aumento de 0,5% em fevereiro deste ano. "A TAM foi a única empresa que apresentou redução da oferta de assentos (ASK), registrando 7,7% em fevereiro de 2014, quando comparada a fevereiro de 2013", acrescentou a Anac.

Em linhas gerais, os dados de tráfego da Anac são bastante similares aos divulgados semana passada pela Abear, embora a agência incorpore também os números de empresas não associadas à entidade setorial, como MAP Linhas Aéreas, Passaredo, Sete e Total.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a demanda tem alta de 9,19%, enquanto a oferta cresce de 3,03%, levando a uma taxa de ocupação de 80,5%, frente os 76,0% do mesmo período de 2013.

Internacional - No transporte aéreo internacional, a demanda (em RPK) das empresas aéreas brasileiras apresentou contração de 0,6% em fevereiro, enquanto a oferta (em ASK) registrou queda de 9,6% no mesmo período. "Está é a quarta redução consecutiva na oferta internacional e a segunda na demanda", destacou a Anac.

A GOL registrou alta de 25,4% na demanda por transporte aéreo internacional em fevereiro de 2014, quando comparada a fevereiro de 2013, enquanto a TAM apresentou redução de 4,3% no período. Ainda assim, a TAM mantém larga liderança de mercado, com 84,5% de participação, enquanto a GOL ficou com os 15,5% restantes.

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais alcançou 77,5% em fevereiro de 2014, contra 70,5% no mesmo mês de 2013, representando uma variação positiva de 9,9%. A TAM teve ocupação média de 78,9% em suas aeronaves no mês de fevereiro de 2014 e a GOL registrou taxa de 70,8% no mesmo período.

O número de passageiros transportados no mercado internacional em fevereiro atingiu 472,1 mil, com alta de 0,6% em relação a fevereiro de 2013. A TAM foi a empresa que mais transportou passageiros no mercado internacional mês passado, com 324 mil. A GOL transportou 148 mil passageiros, com aumento de 26,7% em relação ao ano anterior.

Carga - A quantidade de carga paga transportada no mercado aéreo doméstico registrou leve aumento de 1,9% em fevereiro, na comparação com mesmo mês do ano passado, somando 28,9 mil toneladas, informou a Anac.

Já a quantidade de carga paga transportada no mercado internacional pelas companhias aéreas brasileiras - ABSA, GOL e TAM - foi de 12,7 mil toneladas no mês passado, o que representou redução de 11,5% com relação a fevereiro de 2013.

A TAM seguiu na liderança dos mercados de carga doméstica (com 40,3% do total movimentado) e internacional (73%), ainda que a companhia tenha transportado volumes menores. A aérea movimentou 7,8% menos carga dentro do País em relação ao verificado em fevereiro de 2013, enquanto cresceram Passaredo (+280,39%), Azul (+97,25%), Avianca (+31,91%) e ABSA (+16,3%). No mercado internacional, a queda observada pela TAM foi de 14,31%.

A GOL também reportou queda nos volumes de carga transportada, de 3,17% no mercado doméstico e de 32,5% no mercado internacional. A companhia detém 25,68% do mercado nacional e 1,04% do mercado internacional (considerando apenas as empresas nacionais).

O economista e professor doutor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Geraldo Biasoto Júnior avaliou, nesta sexta-feira, 28, que o resultado do superávit primário de fevereiro "aparentemente é bom, mas, na verdade, não é". Ele cita que o superávit do governo central subiu de 1,27% para 1,34% do Produto Interno Bruto (PIB) e que o melhor desempenho foi de Estados e municípios, com um esforço fiscal de 0,40% do PIB.

"Esse superávit que pode chegar a 0,50% do PIB de Estados e municípios vai virar pó até o final do ano, porque principalmente os Estados fizeram caixa até agora para concentrar os gastos neste ano eleitoral, que é o último dos governos locais", disse Biasoto. "Além disso, o governo autorizou um monte de empréstimos recentemente para municípios", completou, citando os mais de R$ 300 milhões liberados, por exemplo, para Porto Alegre (RS) e Ribeirão Preto (SP).

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Um economista-chefe de um banco relatou ainda que "o resultado positivo do setor público consolidado ainda é reflexo de repasses a municípios na virada do ano" e complementou: "O resultado de hoje mais ou menos anula o resultado ruim de ontem e pode sinalizar um aumento de perspectiva de que o governo consiga cumprir sua meta fiscal no ano; mas ainda é cedo para avaliar".

Tesouro

Na abertura dos dados, Biasoto cita a queda na receita bruta do Tesouro, de uma média de R$ 77,8 bilhões nos últimos meses de 2013 e de um total de R$ 100 bilhões no começo do ano, para R$ 62,3 bilhões em fevereiro. "Tudo bem que janeiro o governo tenha pagamentos concentrados, como imposto de renda trimestral, mas a queda de receitas foi mais forte que a aceitável pela sazonalidade tributária."

O professor da Unicamp elogiou a "travada" do governo nas despesas de custeio e capital, para R$ 23,5 bilhões em fevereiro, ante uma média de R$ 31 bilhões no último semestre de 2013, mas considerou o resultado difícil de ser repetido. "De novo, como é ano eleitoral, o primeiro semestre será de gastos para fazer e liberar convênios, permitidos apenas no período, e, ainda, para honrar compromissos políticos que venham a ser feitos", disse. "Portanto, o déficit de R$ 3,4 bilhões do tesouro deve crescer", concluiu Biasoto.

O Banco Central registrou um resultado positivo de R$ 8,336 bilhões com operações de swap cambial no mês de fevereiro. No acumulado do ano, houve ganho de R$ 4,416 bilhões. Em janeiro, o BC havia registrado resultado negativo de R$ 3,920 bilhões. Nos dois meses anteriores, houve perda de R$ 49 milhões (dezembro de 2013) e R$ 7,986 bilhões (novembro de 2013).

No ano passado, o BC "perdeu" R$ 1,315 bilhão com as operações de swap cambial. Antes, a última vez em que a instituição havia registrado perdas com os leilões de swap foi em 2007, quando houve resultado negativo de R$ 8,812 bilhões.

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O superávit primário do governo central acumulado em 12 meses em fevereiro foi de R$ 67,2 bilhões, ou 1,4% do PIB. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27), pelo Tesouro Nacional. O valor está bem abaixo da meta para o ano de R$ 80,8 bilhões, ou 1,55% do PIB. A meta para o primeiro quadrimestre é de R$ 27,689 bilhões.

No primeiro bimestre desse ano, o governo central economizou R$ 9,876 bilhões. O resultado de todo o setor público, que inclui Estados e municípios, deve ser divulgado amanhã (28) pelo Banco Central. A meta para o setor público consolidado é de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do PIB.

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A taxa de desemprego de 5,1% em fevereiro, a mais baixa para o mês desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não surpreendeu a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara. Ela espera que, no primeiro semestre do ano, a taxa varie entre 5% e 5,2%, podendo ter leve alta no segundo semestre.

"Em fevereiro, a taxa de desemprego ficou 0,5 ponto porcentual abaixo da registrada no mesmo mês do ano passado, igual ao que aconteceu em janeiro ante janeiro de 2013", destacou Thaís. "Mesmo que no segundo semestre tenhamos um resultado um pouco mais alto, que chegue próximo de 5,5%, não é nenhum resultado catastrófico", afirmou. De acordo com a economista, para que seja observado um impacto relevante no cenário, seria necessário que a taxa superasse o patamar de 6%.

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O que pode sinalizar uma taxa de desemprego maior à frente, na visão dela, é a combinação entre o não crescimento da taxa de variação da população ocupada e a queda na população economicamente ativa (PEA), na comparação com o ano passado. Em fevereiro deste ano, a PEA caiu 0,5% ante fevereiro de 2013 e a população ocupada ficou estável. Já a população desocupada subiu 6,9% de janeiro para fevereiro, mas caiu 8,3% ante fevereiro de 2013.

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação positiva de 0,8% em fevereiro ante janeiro e aumento de 3,1% na comparação com fevereiro de 2013. Na visão da economista, o resultado mostra que há continuidade na "pequena evolução do rendimento mês a mês, nada surpreendente". "Por enquanto, em parte o ganho de rendimento real está refletindo as taxas de inflação relativamente baixas, não tem nenhum grande impacto inflacionário."

A venda de papelão ondulado da indústria brasileira encerrou fevereiro em alta de 5,88% na comparação com igual período do ano passado, com um total de 264,833 mil toneladas negociadas. O número oficial divulgado nesta quinta-feira, 27, pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) supera a marca preliminar de 262,852 mil toneladas divulgada duas semanas atrás (+5,09% sobre fevereiro de 2013).

O resultado do mês passado representa um novo recorde histórico para meses de fevereiro, superando justamente as 250,127 mil toneladas negociadas em fevereiro de 2013. Na comparação com janeiro deste ano, por outro lado, o volume vendido apresentou queda de 4,65%, explicada, sobretudo, pelo menor número de dias úteis.

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No acumulado do primeiro bimestre, as vendas atingiram 542,583 mil toneladas de papelão ondulado, uma expansão de 3,67% em relação ao mesmo intervalo acumulado de 2013.

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,1% em fevereiro, mostra a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do instituto. Em janeiro, a taxa foi de 4,8%.

O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 4,9% a 5,4%), e em linha com a mediana projetada, de 5,1%. A taxa de 5,1% foi a mais baixa para o mês desde o início da série histórica da pesquisa, em março de 2002.

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A população desocupada somou 1,2 milhão de pessoas no País em fevereiro, um aumento de 6,9% ante janeiro, o equivalente a 80 mil pessoas a mais sem emprego. Em relação a fevereiro de 2013, houve queda de 8,3%, ou 113 mil desocupados a menos.

Já a população ocupada totalizou 23 milhões em fevereiro, uma queda de 0,6% em relação a janeiro, o equivalente a 137 mil vagas. Na comparação com fevereiro de 2013, houve estabilidade estatística, com 2 mil postos de trabalho ocupados a mais.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 11,7 milhões, uma queda de 0,7% em relação a janeiro, com a eliminação de 83 mil vagas formais. Na comparação com fevereiro de 2013, houve aumento de 1,7%, com 200 mil vagas com carteira assinada a mais.

Rendimento

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação positiva de 0,8% em fevereiro ante janeiro e aumento de 3,1% na comparação com fevereiro de 2013.

A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 47,1 bilhões em fevereiro, um aumento de 1,0% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2013, a massa cresceu 4,1%. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 47,7 bilhões em janeiro, uma queda de 16,7% em relação a dezembro de 2013.

Na comparação com janeiro de 2013, houve aumento de 5,8% na massa de renda efetiva. O rendimento médio real dos trabalhadores em fevereiro foi de R$ 2.015,60, contra R$ 2.000,53 em janeiro.

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,6% em fevereiro ante janeiro e chegou a R$ 2,733 trilhões, informou o Banco Central, nesta quarta-feira, 26. No primeiro bimestre deste ano, a expansão foi de 0,7% e, no acumulado em 12 meses, houve alta de 14,7%. A alta no mês, tanto no crédito às pessoas físicas quanto no financiamento às empresas também foi de 0,6%.

De acordo com o BC, o crédito livre teve leve alta de 0,1% em fevereiro, mas registra queda de 1,1% em 2014. No acumulado de 12 meses, há uma elevação de 7,4%. Já o crédito direcionado aumentou 1,2% em fevereiro, 2,8% no bimestre e 24,9% em 12 meses. No crédito livre, houve queda de 0,3% para pessoas físicas no mês, embora haja crescimento de 0,3% no ano e de 7,2% em 12 meses.

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Para as empresas, no crédito livre, houve aumento de 0,4% em fevereiro, mas queda de 2,4% no bimestre. Em 12 meses, há alta de 7,5%. O total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável, em 55,8%, em fevereiro, mesmo patamar de janeiro.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 4,8% em fevereiro, mesmo nível de janeiro. Para pessoa física, houve recuo de 6,6% para 6,5% na comparação mensal. Para as empresas, porém, passou de 3,2 % para 3,3%. Já a inadimplência do crédito direcionado ficou em 1,0% em fevereiro.

O dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra inadimplência de 3,0% em fevereiro, igual nível de janeiro. No crédito livre para pessoa física, a inadimplência no crédito pessoal caiu de 3,9% em janeiro para 3,8% no mês passado. No cheque especial, passou de 8,9% para 8,5% na comparação mensal. Na aquisição de veículos, diminui de 5,2% em janeiro para 5,1% em fevereiro. No cartão de crédito, recuou de 24,5% para 22,7% na mesma base de comparação.

A taxa média de juros no crédito livre subiu de 30,7% ao ano em janeiro para 31,5% ao ano em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central, nesta quarta-feira, 26. Em 12 meses, a taxa subiu 5,5 pontos percentuais, já que em março de 2013 estava em 26,0% ao ano.

Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 39,9% em janeiro para 41,2% em fevereiro. Para pessoa jurídica, avançou de 22,8% para 23,1%, respectivamente.

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No cheque especial, a taxa subiu de 154,0% em janeiro para 156,6% no mês passado. Em 12 meses, as taxas cobradas pela linha mais cara que o consumidor pode acessar subiram 18,1 pontos porcentuais. Para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 43,0% em janeiro para 43,9% em fevereiro.

No caso de crédito consignado, a taxa passou de 24,9 % para 25,1% de janeiro para fevereiro. Para aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 22,7% para 23,6% de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 20,7% em janeiro para 20,9% em fevereiro.

A taxa de desemprego no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realiza a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) subiu de 9,5% em janeiro para 10,3% em fevereiro. De acordo com a Seade e o Dieese, o nível de ocupação nas regiões caiu 0,6%, com a eliminação de 119 mil postos de trabalho.

Segundo a Seade e o Dieese, o nível de ocupação diminuiu em Belo Horizonte (-1,3%); Salvador (-0,8%); São Paulo (-0,7%) e Recife (-0,4%). Manteve-se relativamente estável em Porto Alegre (0,2%) e Fortaleza (-0,2%).

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Entre os setores avaliados, houve diminuição em Serviços (-0,9% ou eliminação de 96 mil postos), em Indústria de Transformação (-0,7% ou redução de 21 mil postos). Em Construção, foram eliminados 17 mil postos, queda de 1,1%. Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas registrou geração de 4 mil vagas (alta de 0,1%)

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões caiu 1,2% em janeiro de 2014 ante dezembro de 2013, para R$ 1.668. A renda média real dos assalariados não variou, mantendo-se em R$ 1.690.

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em fevereiro subiu para 10,6%, ante 9,6% em janeiro, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quarta-feira, 26.

O nível de ocupação diminuiu 0,7% e o número de ocupados foi estimado em 9,747 milhões de pessoas. Na passagem de janeiro para fevereiro, o total de desempregados foi previsto em 1,156 milhão de pessoas, 70 mil a menos do que em janeiro (queda de 0,7%). Na comparação com fevereiro do ano passado, a taxa de desemprego ficou ligeiramente acima, em 10,6%, ante 10,3%.

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A indústria de transformação na região eliminou 50 mil postos de trabalho (-3,0%) e o setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas houve redução de 1 mil (-0,1%). Já o setor de serviços, gerou 86 mil vagas (1,6%) e na construção foram criados 13 mil postos de trabalho (1,8%).

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, avaliou nesta terça-feira (25), que os investidores continuam muito dispostos a comprar títulos da divida, mesmo após o rebaixamento da nota de crédito do Brasil ontem pela Standard & Poor's (S&P). "A demanda por títulos continua bastante positiva, mesmo hoje. Os investidores julgam que momento é adequado e que taxas são atraentes", afirmou.

Garrido relatou que o Tesouro realizou hoje um leilão de NTN-Bs cujas taxas ficaram 5 pontos abaixo do fechamento de ontem. "O resultado do leilão de hoje, após o rebaixamento, mostra que há demanda pelos papéis", disse.

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Ele acrescentou que o volume total de aproximadamente R$ 1 bilhão foi vendido nesse leilão. "É um volume financeiro razoável", completou. Questionado se houve uma precificação anterior ao rebaixamento, pelo mercado, Garrido se limitou a responder que essa avaliação cabe aos analistas. Garrido destacou também que o leilão de NTN-B teve demanda maior nos grupos de papéis mais longos 2030, 2040 e 2050.

Estrangeiros - Garrido destacou que o Tesouro Nacional tem visto a entrada de estrangeiros na compra de prefixados. Em fevereiro, o volume e a participação de investidores estrangeiros na dívida bateram recorde, ultrapassando pela primeira vez o grupo de Previdência na detenção de títulos.

"Pode ser movimento normal de realocação de carteiras", disse Garrido. "Há uma entrada gradual e contínua de estrangeiros. Dadas as taxas atuais, o momento é atraente para a compra de títulos brasileiros", avaliou.

Emissões - Garrido disse que o Tesouro Nacional monitora constantemente condições de mercado para avaliar o melhor momento para fazer emissão externa, mesmo depois do rebaixamento da nota de crédito brasileira pela Standard & Poor's (S&P), ontem. "Isso continua valendo, como sempre valeu. Não há mudança", completou.

Segundo ele, se o Tesouro ainda não realizou uma emissão externa este ano, é porque julgou que as condições ainda não eram as melhores.

A parcela de títulos atrelados à taxa Selic (taxa flutuante) subiu de 20,32% em janeiro para 20,64% do total da Dívida Pública Federal (DPF) em fevereiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25), pelo Tesouro Nacional. Essa proporção continua acima do previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2014 (14% a 19%). A participação de títulos prefixados também aumentou, de 38,68% em janeiro para 39,07% em fevereiro.

Já os títulos atrelados à inflação fecharam o mês passado em 35,91%, ante 36,36% do total da DPF em janeiro. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio diminuiu de 4,64% para 4,38% do total da DPF.

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Custo médio - O custo médio da DPF nos últimos 12 meses caiu de 11,61% ao ano para 11,57% ao ano em fevereiro. O custo médio da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em 12 meses subiu no mesmo período, de 10,80% para 10,87% ao ano, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional.

O prazo médio da DPF caiu de 4,39 anos em janeiro para 4,36 anos em fevereiro. A parcela da DPF a vencer em 12 meses atingiu 24,74% do total do estoque no mês passado, ante 24,81% em janeiro.

Atuação do Tesouro - O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, disse que a atuação do Tesouro Nacional foi importante para redução da volatilidade no mercado de juros em fevereiro. Ele destacou que o Tesouro realizou leilões de compra extraordinários que não estavam previstos no cronograma, de títulos prefixados no início de fevereiro, de títulos com vencimento em janeiro de 2017, que obtiveram taxas de 13,09% a 13,10%. "Hoje, essas taxas estão em 12,60% no mercado secundário", comparou.

Segundo ele, o movimento de estabilização dos preços se expressa desde fevereiro e continua não só nas taxas com nos volumes de março. "Estamos com cerca de R$ 50 bilhões de títulos já vendidos em março. Inclusive houve no mês um dos leilões que foi o maior da historia do Tesouro em número de recursos arrecadados", destacou. Segundo ele, março deve ser o primeiro ou segundo mês com maior numero de títulos vendidos em ofertas públicas. "Hoje já é o segundo maior, perdendo apenas para setembro do ano passado (R$ 52 bilhões)", informou.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,03% em fevereiro ante janeiro (o equivalente a R$ 20,98 bilhões), atingindo R$ 2,067 trilhões. Em janeiro, o estoque estava em R$ 2,046 trilhões. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 25, pelo Tesouro Nacional, houve uma emissão líquida no mês passado de R$ 6,47 bilhões. A apropriação de juros no mês foi de R$ 14,51 bilhões.

No acumulado do primeiro bimestre, houve um resgate líquido de R$ 92,807 bilhões. No ano, há uma queda no estoque de R$ 55,529 bilhões em relação ao fim de 2013. A apropriação de juros soma R$ 38,105 bilhões nos dois primeiros meses de 2014.

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Os dados mostram que a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,27% no mês passado, atingindo R$ 1,974 trilhão. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 3,95% ante janeiro, fechando o mês de fevereiro em R$ 92,46 bilhões.

Participação de estrangeiros - Com a forte entrada do capital externo na renda fixa brasileira no mês passado, a participação de investidores estrangeiros na DPMFi bateu recorde e subiu de 17,20% do estoque em janeiro para 17,38% em fevereiro, totalizando R$ 343,18 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. O valor é R$ 7,81 bilhões maior que o de janeiro. Esses investimentos dos estrangeiros alimentaram as compras de papéis prefixados.

O grupo Previdência apresentou uma queda na participação do estoque da DPMFi, passando de 17,66% para 16,99% no período. As instituições financeiras subiram a participação no estoque de 28,46% em janeiro para 28,96% em fevereiro. A fatia nas mãos dos fundos de investimento ficou praticamente estável, passando de 21,61% para 21,67%.

A Invepar registrou uma expansão de 28,6% no tráfego consolidado de veículos equivalentes pagantes em suas rodovias em fevereiro de 2014, atingindo um total de aproximadamente 19 milhões. Conforme a companhia, o aumento em relação ao mesmo mês de 2013 foi influenciado principalmente pelo início da prestação de serviços da Vía Parque Rímac, na região metropolitana de Lima, no Peru, e da Concessionária Rota do Atlântico, em Pernambuco.

No segmento de aeroportos, a Invepar contabilizou um movimento de aproximadamente 3 milhões de passageiros na GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos (SP), o que corresponde a um crescimento de 17,4% em comparação a fevereiro do ano passado. No mês passado, houve 23 mil movimentos de aeronaves, 13% superior ao verificado em fevereiro de 2013.

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A companhia explicou que o crescimento da atividade aeroportuária foi impulsionado principalmente pela demanda de voos domésticos, em decorrência das estratégias das companhias aéreas de concentrar tráfego em Guarulhos.

Na área de mobilidade urbana, a Invepar somou 18 milhões de passageiros transportados no MetrôRio em fevereiro, um aumento de 20,3% frente o mesmo mês de 2013. "O crescimento está relacionado principalmente à maior oferta de lugares com a operação dos 19 novos trens em pleno funcionamento desde março de 2013 e à reabertura da Estação General Osório", explica a empresa, em nota.

O resultado da arrecadação da Receita Federal no mês de fevereiro, de R$ 83,137 bilhões, foi puxado, informou a RF, pelo pagamento de PIS e da Cofins no valor de R$ 19,537 bilhões. Segundo os dados do Fisco, a Cofins teve uma alta de 9,42% e o PIS, de 8,5% em relação a fevereiro de 2013. Também ajudou no incremento da arrecadação a receita previdenciária, que subiu 5,13% ao somar R$ 27,338 bilhões.

O IPI vinculado à importação teve alta de 18,47% e o imposto de importação, de 21,87%. O Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital aumentou 18,09% em relação a fevereiro de 2013, enquanto o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de residentes no exterior teve alta de 24,68%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimento do trabalho aumentou 3,20%.

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A arrecadação de IPI-outros cresceu 8,15% em fevereiro em função da recomposição no final do ano passado da alíquota sobre móveis e eletrodomésticos da linha branca. O IPI cobrado sobre automóveis cresceu 4,21% no mês passado, também em função de uma recomposição parcial da alíquota do imposto.

Por outro lado, a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) caiu 0,71%. O IRPJ registrou queda de 16,39% e a CSLL, de 16,79%. O recolhimento de IOF caiu 4,06%.

Refis da Crise

A reabertura do Refis da Crise e a abertura de um parcelamento especial de débitos para empresas brasileiras multinacionais e bancos e seguradoras no final do ano passado renderam uma arrecadação extra de R$ 695 milhões no primeiro bimestre desse ano. Apenas em fevereiro, foram R$ 305 milhões.

No final de 2013, esses recursos ajudaram a engrossar as receitas, permitindo que o governo atingisse a meta de superávit primário. Os parcelamentos representaram uma arrecadação extra de R$ 21,786 bilhões entre outubro e dezembro de 2013.

As empresas continuam pagando este ano menos Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do que no ano passado. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, 25, pela Receita Federal, a arrecadação pela estimativa mensal somou R$ 5,634 bilhões, R$ 2,385 bilhões a menos que em fevereiro do ano passado. Segundo a Receita, esse resultado não configura tendência uma vez que se concentrou em um pequeno número de contribuintes, não refletindo o conjunto das empresas.

No acumulado do primeiro bimestre de 2014, a arrecadação de IRPJ e CSLL pela estimativa mensal e com base na declaração de ajuste anual somou R$ 25,193 bilhões, R$ 4,431 bilhões a menos do que no mesmo período de 2013.

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As empresas têm até março para fazerem o ajuste anual, mas quando estão com sobra de caixa preferem antecipar para evitar a correção dos valores pela Selic. O ajuste anual se refere ao IRPJ e a CSLL devidos sobre o resultado do ano anterior, deduzindo os pagamentos efetuados ao longo de 2013.

O Banco Central estimou a dívida externa brasileira em fevereiro de 2014 em US$ 311,776 bilhões. Em dezembro de 2013, último dado verificado, a dívida estava em US$ 308,625 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 279,170 bilhões em fevereiro, enquanto o estoque de curto prazo estava em US$ 32,606 bilhões no fim do mês passado, também nas estimativas do BC.

A variação na dívida de longo prazo em relação a janeiro se deu, principalmente, por causa das captações líquidas de empréstimos do setor não financeiro (US$ 1,7 bilhão) e do setor financeiro (US$ 1,4 bilhão). Além disso, a variação por paridade aumentou o estoque em mais US$ 219 milhões.

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Taxa de rolagem

A taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazo captados no exterior ficou em 171% em fevereiro. O resultado é bem inferior à taxa de 477% vista em fevereiro do ano passado. Nos números apresentados nesta segunda-feira, 24, pelo BC a taxa de rolagem de bônus note e commercial papers ficou em 89% no mês passado. Em fevereiro de 2013, esta taxa tinha sido de 9%. Já os empréstimos diretos conseguiram uma cobertura de 196% em fevereiro, ante 1.836% no mesmo mês de 2013.

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 3,232 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central, nesta segunda-feira. Em fevereiro de 2013, o resultado havia sido positivo em US$ 924 milhões. No acumulado do ano, entraram no País US$ 5,865 bilhões para renda fixa, ante US$ 993 milhões no mesmo período do ano passado.

O investimento em títulos negociados no exterior ficou negativo em US$ 673 milhões em fevereiro de 2014. No mesmo período do ano passado, o saldo dessas aplicações ficou negativo em US$ 664 milhões. No acumulado do ano, o valor passou de negativo em US$ 689 milhões nos dois primeiros meses de 2013 para negativo em US$ 7 milhões no mesmo período de 2015.

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Ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras, dentro e fora do País, ficou negativo em US$ 393 milhões em fevereiro. No mesmo período do ano passado, estava positivo em US$ 1,600 bilhão. No acumulado do ano até fevereiro, o valor era positivo em US$ 5,244 bilhões em 2013 e ficou negativo em US$ 984 milhões em 2014.

O saldo para ações negociadas no País ficou negativo em US$ 403 milhões em fevereiro e está negativo em US$ 204 milhões bilhões no acumulado de 2014. Em relação aos papéis negociados no exterior, o investimento estrangeiro ficou positivo em US$ 10 milhões no mês passado e está negativo em US$ 777 milhões no acumulado do ano.

O resultado das transações correntes seguiu negativo no mês de fevereiro ao registrar um déficit de US$ 7,445 bilhões. Nos dois primeiros meses do ano, o déficit em conta corrente está em US$ 19,036 bilhões, o que representa 5,45% do Produto Interno Bruto (PIB). Já no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro de 2014, o saldo negativo está em US$ 82,484 bilhões, o equivalente a 3,69% do PIB.

Em fevereiro, o saldo da balança comercial foi negativo em US$ 2,125 bilhões, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 3,480 bilhões. A conta de renda também ficou deficitária no mês passado, em US$ 1,954 bilhão.

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IED

Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 4,132 bilhões em fevereiro, resultado que ficou acima dos US$ 3,814 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até o mês passado, o IED soma US$ 9,230 bilhões, o equivalente a 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, o IED acumulado era de US$ 7,517 bilhões (2,14% o PIB). Em 12 meses até fevereiro, o IED está em US$ 65,758 bilhões, o que corresponde a 2,94% do PIB.

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