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O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de São Paulo, dobrou em fevereiro. Há 15 dias consecutivos registrando aumento, os reservatórios atingiram 10% da capacidade nesta sexta-feira, 20, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No primeiro dia do mês, quando sofreu queda pela última vez, o índice era exatamente a metade: 5%.

De acordo com dados da Sabesp, o aumento no volume de água represada no Cantareira foi de 0,5 ponto porcentual nesta sexta. No dia anterior, o nível estava em 9,5%. Sobre a região, as chuvas registradas nas últimas 24 horas foram de 6,5 milímetros. Por sua vez, a pluviometria acumulada em fevereiro, de 266,5 milímetros, já é cerca de 34% superior à média histórica para o mês inteiro, de 199,1 mm.

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Responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas, o manancial subiu 2,7 pontos porcentuais só nos últimos cinco dias. Além da presença das chuvas, a redução do volume de água retirado ajuda a explicar o aumento do Cantareira. Há um ano, a Sabesp captava 32,6 mil litros por segundo. Atualmente esse número é de 11 mil litros por segundo, cerca de 66% menor.

O atual cálculo da Sabesp para a capacidade do manancial, que chegou a passar oito meses sem nenhuma alta em 2014, inclui duas cotas do volume morto, água represada abaixo dos túneis de captação. A primeira, de 182,5 bilhões de litros de água, foi adicionada em maio, enquanto a segunda, de 105 bilhões de litros, em outubro. Apesar das chuvas, esses volumes de água ainda não foram recuperados.

Outros mananciais

O nível de outros quatro mananciais que abastecem a capital e Grande São Paulo também cresceu nesta sexta. Apenas o Sistema Rio Grande, que havia registrado alta de um ponto porcentual na quinta, 19, se manteve estável em 83,9%.

Após registrar pluviometria de 4,4 milímetros, o Alto Tietê subiu pelo 15° dia seguido e alcançou 17,8% da capacidade - número que já considera um volume morto de 39,4 bilhões de litros. No dia anterior, o índice era 0,6 ponto porcentual menor, de 17,2%.

Com índice de chuvas já superior à média histórica do mês, o Guarapiranga subiu 0,3 ponto porcentual nesta sexta. O reservatório está com 57,1% da capacidade, ante 56,8% na quinta.

Os Sistemas Alto Cotia e Rio Claro subiram 0,4 e 0,2 ponto porcentual, respectivamente. Nesta sexta, os mananciais operam com 36,6% e 35%.

A alta mais acentuada que a esperada nos grupos Alimentação e Transportes na segunda leitura de fevereiro fez o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas, elevar a projeção para o dado fechado do mês. A expectativa do economista é que o IPC encerre fevereiro em 1,14%, na comparação com previsão anterior de 1,10%. "Esperamos uma alta maior em Alimentação, principalmente por causa de legumes e verduras, e também em Transportes, devido à pressão nos preços do etanol", argumentou.

Na segunda medição do mês, o IPC - que mede a inflação na capital paulista - atingiu 1,57% ante 1,78% na primeira. O resultado ficou fora do intervalo das expectativas do AE Projeções, que ia de 1,60% a 1,85% (mediana de 1,65%). Já os grupos Alimentação e Transportes tiveram taxas de 0,89% e 4,19%, respectivamente. Os dados vieram maiores que o aguardado pela Fipe, que eram de 0,80% (Alimentação) e 4,03% (Transportes).

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A despeito dos alimentos in natura terem desacelerado na segunda quadrissemana (últimos 30 dias terminados no domingo, 15) ante a leitura passada, ficando em 5,10% de 6,08%, ainda seguem bastante pressionados, especialmente por causa do encarecimento de legumes e verduras. "Os in natura são sempre os mais difíceis de prever. Já esperávamos alta em legumes e verduras, mas veio mais intensa. Pode ser que ainda estejam refletindo o período anterior de falta de chuva", analisou André Chagas.

Enquanto as variações de verduras e legumes, pela ordem, foram de 15,39% e 11,68%, a Fipe estimava variações de 13,15% e 8,56%, respectivamente. Dentre as verduras, houve aumento perto de 23% no preço da alface e, no caso do legumes, o destaque foi o chuchu, que subiu quase 80% na segunda leitura de fevereiro. "A sinalização é de novas pressões. No entanto, pode ser que as chuvas recentes tragam algum alívio, a depender do ciclo de cada cultura", ponderou.

Já a perspectiva de queda nos subgrupo das carnes deve se contrapor à pressão maior esperada de alguns alimentos in natura, disse Chagas. Na segunda quadrissemana, as carnes bovinas diminuíram o ritmo de alta para 0,28%, enquanto as suínas cederam 3,65%. "Os números sugerem que não há mais fôlego para mais aumento nas carnes nas próximas semanas. Pode caminhar para uma estabilização ou até mesmo queda. É um bom sinal, pois estavam mostrando altas fortes", avaliou.

Na direção oposta, o coordenador do IPC destacou que os preços dos pescados e dos ovos já estão mais pressionados, por conta da demanda maior por parte de alguns consumidores por causa da Quaresma - período de 40 dias que antecede a Páscoa e quando muitos católicos abdicam de comer carne. Na segunda leitura do mês, o preço do pescado avançou 2,32%, enquanto o de ovos subiu 2,62%. "Provavelmente tem a ver com essa preferência de uma parcela dos consumidores para pescados a carnes", estimou.

As tarifas de ônibus e as mensalidades escolares seguiram pressionando a inflação percebida pelos consumidores em fevereiro. Além disso, os custos com empregado doméstico pesaram no orçamento este mês. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou a 1,39%, de 1,05% em janeiro, informou nesta sexta-feira, 13, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice foi calculado no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10).

Ao todo, quatro das oito classes de despesa pesquisadas ganharam força, segundo a instituição. Mas a maior pressão veio das tarifas de ônibus, que ficaram 7,52% mais caras, refletindo reajustes em diversas capitais. Como resultado, o grupo Transportes saltou de 0,89% em janeiro para 2,58% neste mês.

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Também aceleraram os grupos Educação, Leitura e Recreação (1,44% para 2,73%), impulsionado pelos cursos formais (2,80% para 5,67%); Despesas Diversas (0,63% para 1,86%), com um aumento de 3,11% nos preços de cigarros; e Habitação (1,26% para 1,35%), diante do aumento de 2,00% nos custos com empregada doméstica mensalista.

No sentido contrário, desaceleraram os grupos Alimentação (1,48% para 1,18%), Vestuário (0,17% para -0,16%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,33%) e Comunicação (0,49% para 0,38%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens carnes bovinas (3,73% para 0,20%), roupas (0,22% para -0,48%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,09% para -0,83%) e pacotes de telefonia fixa e internet (1,33% para 0,33%), respectivamente.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em fevereiro, alta de 0,80%, mais do que o dobro da taxa verificada no mês anterior (0,35%). Segundo a FGV, a aceleração partiu tanto do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,38% para 0,94%) quanto do custo da Mão de Obra (0,32% para 0,67%).

Os preços dos produtos agropecuários atacadistas subiram 0,05% em fevereiro, após alta de 0,76% no mês passado, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou nesta sexta-feira (13) o IGP-10 deste mês. A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado registraram alta de 0,02%, em comparação com a estabilidade (0,00%) observada na mesma base.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,29% em fevereiro, após aumento de 1,17% no mês anterior. Por sua vez, os preços dos bens intermediários caíram 0,17% neste mês, em comparação a alta de 0,24% em janeiro. Já os preços das matérias-primas brutas registraram redução de 1,26%, ante recuo de 0,97% na mesma base de comparação.

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A balança comercial brasileira voltou a registrar déficit, com saldo negativo em US$ 25 milhões na semana passada, resultado de exportações de US$ 3,678 bilhões e importações de US$ 3,703 bilhões. Conforme informou nesta segunda-feira, 09, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas no ano somam US$ 17,382 bilhões e as importações, U$S 20,581 bilhões, resultando em um déficit de US$ 3,199 bilhões em 2015.

A média diária das exportações na primeira semana de fevereiro foi de US$ 735,6 milhões, o que significou uma queda de 7,7% em comparação com o mesmo período no ano passado. A baixa ocorreu, de acordo com o MDIC, devido à queda de 9% nas vendas externas de produtos básicos (US$ 358,5 milhões para US$ 326,2 milhões), puxada especialmente pela soja em grãos, farelo de soja, carne bovina e suína e minério de ferro.

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Houve retração também nas exportações de manufaturados, com recuo de 7,6% na primeira parcial de fevereiro (de US$ 304,3 milhões para US$ 281,1 milhões, na comparação com fevereiro de 2014), após uma menor remessa de óleos combustíveis, polímeros plásticos, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, motores para veículos, autopeças e automóveis.

A venda de semimanufaturados apresentou um crescimento de 0,6%, indo de US$ 107,9 milhões na primeira semana de fevereiro de 2014, para US$ 108,5 milhões, na semana passada, com destaque para óleo de soja em bruto, catodos de cobre, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto e ferro fundido. Apesar do déficit, segundo o MDIC, houve crescimento de 12,7% em relação a janeiro na venda de manufaturados e de 17,1% em produtos básicos.

Importações

A média diária das importações na primeira semana de fevereiro foi de US$ 740,6 milhões, registrando queda de 18% em relação ao mesmo intervalo de 2014. O recuo ocorreu em função da redução de gastos com combustíveis e lubrificantes (-40,8%), borracha e obras (-26,2%), veículos automóveis e partes (-20,0%), equipamentos mecânicos (-19,3%) e químicos orgânicos/inorgânicos (-18,3%). Já na comparação com a primeira semana de janeiro, houve queda de 7,9%, puxada por uma menor compra de produtos siderúrgicos (-24,9%), adubos e fertilizantes (-23,1%), borracha e obras (-14,5%), químicos orgânicos/inorgânicos (-14,4%) e equipamentos mecânicos (-12,2%).

Diferente das poucas opções que janeiro ofereceu para os gamers, o mês de fevereiro será recheado de lançamentos de peso para diferentes plataformas. Os destaques ficam com os títulos The Legend of Zelda: Majora's Mask 3D, Resident Evil: Revelations 2, Evolve e Game of Thrones: Episode 2 - The Lost Lords. Confira abaixo estas e outras novidades para este período:

Game of Thrones: Episode 2 - The Lost Lords (03/02)

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O segundo capítulo do jogo de aventura da série Game of Thrones chega neste mês para as plataformas PC, PlayStation 4 e PlayStation 3, Xbox One, Xbox 360 e iOS. Baseado no seriado exibido pela HBO, o jogo conta a história Casa Forrester lutando para não ser destruída por seus rivais. Desta vez, Asher Forrester, o filho exilado, é procurado para retornar à Ironrath.

Evolve (10/02)

O jogo da ação online Evolve, que foi feito pelos mesmos criadores de Left4Dead, vai colocar um grupo de quatro jogadores para eliminar apenas um player, que controlará um monstro gigante.

O título eletrônico será lançado com legendas em português e utiliza o motor gráfico CryEngine, o mesmo da série Crysis e de Ryse: Son of Rome. As plataformas Xbox One, PlayStation 4 e PC recebem o game.

Zelda Majora's Mask 3D (13/02)

Originalmente lançado para o Nintendo 64, o game Zelda: Majora’s Mask ganha um remake para o portátil 3DS. A nova versão da segunda jornada de Link no Nintendo 64 vem com suporte a 3D e gráficos melhores.

Majora’s Mask foi lançado originalmente em 2000 e conta a história depois dos acontecimentos do Zelda: Ocarina of Time. O enredo se desenrola em Termina, onde o herói Link deve tentar impedir que a lua colida com o planeta Terra, após ser tirada da sua órbita pelo mascarado misterioso Skull Kid.

Kirby and the Rainbow Curse (13/02)

Exclusivo para Wii U, Kirby and the Rainbow Curse trata-se da nova aventura do personagem rosado da Nintendo. O título eletrônico é um jogo de ação e plataforma nos moldes típicos da série Kirby. No título, os jogadores deverão utilizar o Gamepad para ajudar o mascote na travessia de fases.

The Order: 1886 (20/02)

Exclusivo para a plataforma PlayStation 4, The Order: 1886 apresenta aos jogadores uma visão única de Londres no período vitoriano. Como Galahad, membro de uma ordem de cavaleiros de elite, os gamers entrarão em uma guerra secular contra uma poderosa ameaça que determinará para sempre os rumos da história.

Resident Evil: Revelations 2 (24/02)

Resident Evil: Revelations 2 se passa cronologicamente entre Resident Evil 5 e Resident Evil 6. Além de comandar a dupla Claire Redfield e Moira Burton na fuga de uma ilha misteriosa, o jogador tem a disposição Barry e uma outra novata, Natalia Korda, capaz de sentir a presença de inimigos e itens escondidos.

Revelations 2 virá com legendas em português e cada episódio custará R$ 12 (Xbox Live) ou R$ 12,99 (PS Store/Steam). Há também a opção do Season Pass, que dá direito ao game completo e possibilita jogar mais dois episódios extras contando as histórias dos personagens estreantes na série. Este pacote custará R$ 59 (Xbox Live), R$ 50,99 (PS Store) ou R$ 49,99 (Steam). 

A taxa de desemprego da Grécia caiu a 26,7% em fevereiro, de 27,2% em janeiro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados hoje pelo instituto de estatísticas do país, o Elstat. A leitura original de janeiro sinalizava que a taxa de desemprego era de 26,7%, mas a taxa foi revisada para cima. O resultado de fevereiro representa o menor nível de desemprego da Grécia desde fevereiro de 2013, quando a taxa foi de 26,5%.

No segundo mês do ano, o número de empregados da Grécia subiu em 40.119 pessoas em comparação com janeiro, para 3.613.826 pessoas, enquanto o total de desempregados diminuiu em 17.446 pessoas frente ao mês anterior, para 1.317.848 pessoas. Com informações da Dow Jones Newswires.

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A produção de petróleo no Iraque alcançou a média recorde de 3,6 milhões de barris de petróleo por dia em fevereiro, superando a marca de 3,5 milhões de barris do início do governo Saddam Hussein, em 1979. Na comparação com quatro anos atrás, quando ocorreram as últimas eleições parlamentares, o volume cresceu 50%.

No entanto, a exportação da commodity permanece uma tarefa difícil para as petroleiras. O porto de Basra, pelo qual passa 90% de toda a exportação iraquiana, não possui a infraestrutura adequada para armazenar o petróleo.

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Quando as condições climáticas se tornam mais severas, o processo para carregar os navios petroleiros se torna mais lento e os engenheiros têm que desacelerar a produção nos campos. Paradas recorrentes para manutenção nos oleodutos também forçam desligamentos temporários. O governo já autorizou a construção de 16 novos tanques de armazenamento, mas apenas quatro foram construídos.

Hans Nijkamp, chefe da Shell no Iraque, informou que a produção no campo de Majnoon foi reduzida uma série de vezes devido a problemas nos portos. No fim do mês passado, funcionários do governo iraquiano pediram para a BP cortar a produção diária no campo de Rumaila em cerca de 20%, disse Marc Hornbrook, gerente geral no campo.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a produção em março caiu cerca de 340 mil barris por dia. Uma explicação para essa retração pode ser o ataque a um oleoduto na região norte do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

Depois de ver sua agenda alterada em 2013 pelos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, a cerimônia do Oscar retomará sua "rotina" no ano que vem, com as indicações sendo anunciadas em 15 de janeiro, e a festa de premiação, em 22 de fevereiro.

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos informou ainda, nesta quinta-feira (17), que seus seis mil membros votarão nos candidatos entre 29 de dezembro e 8 de janeiro, uma semana antes de serem anunciadas.

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A votação final para a escolha dos indicados na disputa pelas estatuetas douradas será entre 6 e 17 de fevereiro. A 87ª edição dos Oscars será no Teatro Dolby de Los Angeles, a partir das 16h (21h em Brasília). Este ano, a entrega aconteceu em 2 de março para não coincidir com os jogos de Sochi, realizados entre 7 e 23 de fevereiro na Rússia.

O crescimento da renda dos trabalhadores é o que tem sustentado a expansão na receita nominal dos serviços prestados às famílias, afirmou o técnico Roberto Saldanha, da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Enquanto a renda estiver crescendo, os serviços prestados às famílias vão acompanhar este movimento", disse.

Em fevereiro de 2014, a receita nominal dos serviços prestados às famílias cresceu 13,2% em relação a igual mês do ano anterior. Em janeiro, a taxa havia sido de 13%, e em dezembro, de 9,6%, na mesma base de comparação. "As famílias estão gastando mais em relação ao passado. Tem influência das férias, mas também o crescimento da massa salarial. As pessoas estão viajando mais", explicou. "Claro que tem um efeito preço, por enquanto não posso tirar isso. Mas nenhum índice de inflação chega perto desta taxa", acrescentou, ressaltando o crescimento real da atividade.

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Por enquanto, os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) não são deflacionados, nem têm ajuste sazonal. Ainda assim, o crescimento de 13,2% na receita nominal de serviços prestados às famílias em fevereiro de 2014 foi o maior desde fevereiro de 2012 (16,5%), sempre na comparação com igual período do ano anterior.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,24% em fevereiro de 2014 em relação a janeiro. Segundo dados divulgados pelo BC, nesta quarta-feira (16), o número passou de 146,37 pontos no primeiro mês deste ano para 146,72 pontos no segundo, na série dessazonalizada.

A alta do IBC-Br ficou abaixo da mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções - avanço de 0,30%. As estimativas iam de estabilidade a alta de 0,70%. Ainda em base mensal, o IBC-Br sem ajuste caiu 0,14%.

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Na comparação entres os meses de fevereiro de 2014 e 2013, houve alta de 4,04% na série sem ajuste sazonal. De acordo com ela, o segundo mês deste ano terminou com IBC-Br em 139,28 pontos. O resultado do indicador de fevereiro de 2014 ante fevereiro de 2013 ficou acima da mediana das expectativas. Elas iam de +1,00% a +4,70% e a mediana era positiva, de 3,80%. Nos 12 meses encerrados em janeiro de 2014, o crescimento foi 2,57%, na série sem ajuste.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses e tem grande influência sobre as estimativas do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB), divulgado a cada três meses pelo IBGE. O resultado do PIB do primeiro trimestre de 2014 será conhecido em 30 de maio. O indicador também é conhecido popularmente como "PIB do BC", embora não possa ser considerado como uma prévia do dado do IBGE.

Os dados de vendas do comércio varejista relativos a fevereiro sinalizam para uma queda de 2,4% da produção industrial em março e um crescimento modesto de 0,2% a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. A previsão foi feita pelo economista-sênior do Banco Espírito Santo (Besi Brasil), Flávio Serrano, durante análise que fez para o Broadcast dos dados de vendas do comércio varejista divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Serrano, os dados vieram dentro do esperado e confirmando um procedimento visto já há algum tempo, que consiste num melhor desempenho das vendas restritas - mais dependente de renda - em relação às vendas ampliadas - que além do fator renda depende também do crédito e de incentivos.

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"Ainda que em patamares baixos, o crescimento das vendas restritas é consistente", disse o economista. Por outro lado, de acordo com Serrano, no segmento de vendas ampliadas, além da diminuição do crédito pelo encarecimento, os incentivos às vendas de carros, por exemplo, estão sendo retirados. "Por isso temos maior volatilidade dos dados do setor varejista que depende mais de crédito", reforçou o economista do Besi Brasil.

Conforme dados divulgados nesta terça-feira, 15, as vendas de fevereiro do varejo restrito - exceto automóveis e materiais de construção - cresceram 0,20% na comparação com janeiro e 8,20% no confronto com fevereiro de 2013. No conceito de vendas ampliadas, que consideram as vendas de automóveis e materiais de construção, o IBGE confirmou uma queda de 1,6% na comparação de fevereiro com janeiro e um avanço de 8,4% ante fevereiro de 2013.

Apesar de a indústria paulista ter crescido 0,7% em fevereiro ante janeiro, acima da média brasileira no período (0,4%), os ganhos neste início de 2014 não foram suficientes para reverter a perda de ritmo na produção observada entre novembro e dezembro do ano passado. "Na recuperação que percebemos no Brasil, São Paulo não é a principal explicação, já que o Estado não recompõe o que perdeu nos últimos dois meses de 2013", analisou o pesquisador Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre novembro de dezembro de 2013, a indústria nacional registrou queda acumulada de 4,2% na produção. Em São Paulo, esse recuo foi mais intenso, de 7,3%, nos cálculos de Lobo. No primeiro bimestre de 2014, a produção brasileira recuperou exatamente os 4,2% perdidos anteriormente. Já a indústria paulista conseguiu recompor apenas 4,4%.

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Em outra comparação, que também prova o menor dinamismo de São Paulo em relação ao País (ainda que seja o principal parque industrial), a produção em nível Brasil opera 2,7% abaixo do pico histórico, observado em maio de 2011. Em São Paulo, as fábricas estão 8,7% abaixo do pico, atingido em março de 2011.

"Por ser o principal parque industrial do País, tudo acaba acontecendo de forma mais intensa", afirmou Lobo, citando o crescimento menor da renda, o alto endividamento das famílias e o encarecimento do crédito como fatores determinantes para menor consumo - e, consequentemente, menos encomendas à indústria. "Do ponto de vista dos empresários, o cenário externo ainda não é tão favorável assim. Com uma expectativa não tão promissora, eles pisam no freio e não recompõem as perdas recentes", acrescentou.

A Petrobras registrou um aumento de 0,9% na produção de petróleo em fevereiro ante janeiro. A produção da estatal passou de 1.906.364 barris por dia em janeiro para 1.923.432 barris diários em fevereiro, segundo o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Mas o destaque no mês foi o aumento de 49,3% na produção de petróleo da Statoil Brasil, que passou de 51.332 barris diários em janeiro para 76.632 barris por dia em fevereiro. A OGX também teve crescimento significativo na produção, de 30,9% no mês, passando de 12.089 barris por dia em janeiro para 15.820 barris diários em fevereiro.

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Na direção oposta, a Shell Brasil registrou recuo de 7,9% na produção de petróleo na passagem de janeiro para fevereiro, saindo de 47.287 para 43.566 barris diários. A produção da Chevron Frade encolheu 18,4%, de 19.893 barris diários em janeiro para 16.230 barris diários em fevereiro. A HRT O&G teve redução de 9,6% na produção, de 11.634 barris por dia para 10.521 barris por dia.

A falta de chuvas prejudicou a produção de soja e de leite nesse início de ano, o que impulsionou os preços da atividade de alimentos em fevereiro dentro do Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A atividade registrou alta de 0,44% em fevereiro, após uma queda de 1,52% em janeiro. Como resultado, o segmento passou de uma contribuição negativa de 0,31 ponto porcentual no IPP de janeiro para impacto positivo de 0,09 ponto porcentual no IPP de fevereiro.

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"Eu chamaria atenção principalmente para a soja e para o leite, que vieram em sentido inverso do que geralmente acontece em fevereiro", ressaltou Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE. O pesquisador explicou que a estiagem prejudicou a pastagem e a expectativa para a produção de soja, mesmo em época de safra.

"Houve um aumento estranho de preços tanto de soja quanto de leite, mesmo uma época de safra, que não foi tão positiva quanto se esperou. Em fevereiro do ano passado, todos esses produtos caíram", lembrou Brandão.

O aumento nos alimentos só não foi maior na porta de fábrica porque houve redução de preços de açúcar cristal, devido à demanda menor do mercado externo, e de farinha de trigo, por causa da queda no preço do trigo.

O aumento no preço do aço ao longo dos últimos meses impulsionou o resultado das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e de veículos automotores em fevereiro, segundo Alexandre Brandão, gerente do Índice de Preços ao Produtos (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os fabricantes parecem ter, enfim, repassado a elevação de custos com o insumo na produção de automóveis e eletrodomésticos.

A atividade de máquinas, aparelhos e materiais elétricos - que compreende os eletrodomésticos - teve alta de 1,77% nos produtos na porta de fábrica em fevereiro. O segmento de veículos automotores aumentou 0,65%. "Eles (os fabricantes) acharam que era oportunidade de repassar (aos produtos) esses custos, que foi meio de altos e baixos no ano passado. Então o setor segurou preços, mas agora em fevereiro foi o momento de recolocar", explicou Brandão.

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O segmento de metalurgia registrou em fevereiro a maior alta de preços acumulada em 12 meses da série do IPP, iniciada em dezembro de 2010. A taxa foi de 10,54%. Em fevereiro, a atividade de metalurgia manteve o ritmo de aumento, com alta de 0,81% nos preços, após já ter registrado elevação de 4,30% em janeiro.

Os preços de produtos na porta de fábrica registraram aumento em fevereiro em 14 das 23 atividades da indústria de transformação que integram o Índice de Preços ao Produtor (IPP), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, 19 segmentos tinham registrado aumento.

As maiores variações em fevereiro ocorreram nas atividades de confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,19%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,77%) e calçados e artigos de couro (1,56%). A maior queda foi verificada em papel e celulose (-1,87%).

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As principais influências para o total da taxa do IPP de fevereiro foram das variações de outros produtos químicos (0,17 ponto porcentual), alimentos (0,09 ponto porcentual) e veículos automotores (0,07 ponto porcentual). O principal impacto negativo veio de papel e celulose (-0,06 ponto porcentual).

12 meses

A taxa acumulada em 12 meses pelo IPP atingiu no mês de fevereiro o maior patamar desde o início da série histórica, em dezembro de 2010. O IPP acumulado em 12 meses saiu de 7,31% em janeiro para 8,24% em fevereiro, informou o IBGE.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,51% em fevereiro, ante alta de 1,43% em janeiro. A taxa do primeiro mês deste ano foi revisada em baixa, passando de uma alta de 1,50% para um aumento de 1,43%. Até fevereiro, o IPP acumula expansão de 1,95% no ano e alta de 8,24% nos últimos 12 meses.

As companhias aéreas nacionais transportaram em fevereiro 7,3 milhões de passageiros, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O volume é 14,4% maior que o de fevereiro de 2013 e foi o maior para o mês nos últimos dez anos.

A Gol foi a empresa que mais transportou passageiros no mercado doméstico em fevereiro de 2014, com 2,69 milhões, seguida pela TAM, com 2,39 milhões, e pela Azul, com 1,56 milhão.

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A Anac também divulgou dados de tráfego de passageiros. A demanda, medida em passageiros transportados por quilômetro, cresceu 11,2% no mercado doméstico no mês passado, na comparação com fevereiro de 2013. "Esse é o maior índice em dez anos para o mês de fevereiro", disse a Anac, em nota.

Já a oferta, medida em assentos oferecidos por quilômetro, diminuiu 0,4% no período. Com isso, a taxa de aproveitamento das aeronaves nos voos domésticos foi recorde para o mês de fevereiro nos últimos dez anos, de 80,5%, uma melhora ante os 72,03% reportados no mesmo mês de 2013.

Os sócios da consultoria Pezco Microanalysis, Frederico Turolla e Cleveland Prates Teixeira, avaliam que a antecipação de calendário de negócios e a estratégia comercial das empresas aéreas, com a realização de promoções, explicam a expansão. Mas apontam que a base de comparação fraca de fevereiro de 2013 também colabora com um crescimento mais acelerado. "Notamos uma concentração da realização de feiras e eventos corporativos em função dos megaeventos", disse Turolla.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) também já havia apontado que a realização antecipada de eventos estaria influenciado o desempenho das empresas, uma vez que mais de 60% das viagens são feitas por motivo de negócios. "Percebemos uma demanda aquecida, é possível que haja uma reprogramação de compromissos do público corporativo, que está adiantando reuniões e eventos que poderiam acontecer durante a Copa ou no período eleitoral", acrescentou.

Os dados da Anac apontam a Avianca como a empresa que apresentou o maior crescimento da demanda, de 34,4% em relação a fevereiro do ano passado, enquanto a Gol registrou aumento de 19,5%. A Azul, descontando o efeito da fusão com a TRIP, cresceu 10,9%, na mesma comparação. Já a TAM se manteve praticamente estável, com aumento de 0,5% em fevereiro deste ano. "A TAM foi a única empresa que apresentou redução da oferta de assentos, registrando 7,7% em fevereiro de 2014, quando comparada a fevereiro de 2013", acrescentou a Anac. Além dessas quatro empresas, os dados da Anac também consideram os números de aéreas de menor porte, como MAP Linhas Aéreas, Passaredo, Sete e Total. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

As vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 8,1% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a pesquisa SpendingPulse, da MasterCard Advisors. Este é o melhor resultado desde outubro de 2012. De acordo com o relatório, a expansão é resultado do 'efeito calendário', por conta da ausência do feriado de carnaval no mês de fevereiro.

"O desempenho de fevereiro reflete também o crescimento da massa salarial de 2,5% (fevereiro) e a estabilidade da taxa de inadimplência em 4,4% (janeiro)", destaca a MasterCard Advisors. Os setores de materiais de construção, vestuário e móveis e eletrodomésticos foram destaque com o crescimento acima do índice do varejo total, impulsionados, principalmente, pelos incentivos de crédito ao consumidor e a baixa taxa de desemprego. "A pressão inflacionária é considerada o grande desafio para a manutenção do crescimento das vendas nos próximos meses."

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Lançado no Brasil no ano passado, o SpendingPulse é um indicador macroeconômico que informa sobre gastos no varejo nacional e o desempenho do consumo. O relatório é baseado nas atividades de vendas na rede de pagamentos MasterCard, juntamente com as estimativas para todas as outras formas de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.

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