Foi uma partida de gritos. Muitos gritos. Dos mais diversos. De gol, por exemplo, foram três. Incentivos, desistências, cânticos locais. Uma experiência nova para o estado. Neste domingo (16), a Arena Pernambuco foi mais uma testemunha do domínio da Espanha no futebol mundial. Domínio esse que proporciona essa variedade de expressões. Pior para o Uruguai, que perdeu por 2x1, com gols de Pedro, Soldado e Suárez, e largou atrás no grupo B da Copa das Confederações.
Nigéria e Taiti finalizam a primeira rodada da competição, nesta segunda-feira (19), no Mineirão, em Belo Horizonte. Brasil, Itália, México e Japão formam o grupo A.
##RECOMENDA##
Uma torcida pelo “impossível”
Os primeiros minutos comprovaram o esperado: a superioridade espanhola é absurda. E em todos os aspectos. Tático, técnico e o que mais entrar em questão. Até mesmo na torcida, que começou apoiando ao Uruguai, mas se rendeu em apenas 45 minutos.
Era uma torcida pelo “impossível”. Longe da boa fase, a Celeste dependia exclusivamente das jogadas individuais de Cavani e Suárez. Pouco para quem tinha que superar Xavi, Iniesta e cia. Figuras atuantes dessa histórica La Roja.
Na primeira oportunidade, aos nove, o cartão de visita. Alba tocou para Iniesta, que deixou a bola passar para Fábregas. O meia dominou e chutou forte. Na trave. Em seguida, aos 15, Iniesta tabelou com Soldado e bateu de fora da área. Muslera fez a defesa. A última do goleiro uruguaio.
Nas duas chances seguintes, dois gols. Aos 19, Xavi bateu escanteio, a zaga afastou e Pedro pegou o rebote de fora da área. Lugano até que tentou cortar, mas mandou contra a própria meta. A arbitragem deu o gol para o atacante espanhol. Já aos 31, nenhuma dúvida sobre o autor. Fábregas deu um bolão para Soldado, livre de marcação, bater na saída de Muslera. 2x0
Bom para os espanhóis, nem tanto para os demais
Antes do fim da etapa inicial, torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport – times do Recife – esboçavam os tradicionais gritos de guerra. Sem sucesso. O som ficou uníssono apenas quando o “ah, é Pernambuco” ecoou nas arquibancadas. A torcida pelo impossível também acabou. O “olé” já era um cântico entoado.
A partir daí virou treino. A interminável troca de passes da Espanha incomodava alguns torcedores e, claro, aos uruguaios. Truncado, o segundo tempo teve poucas oportunidades. Quando Iniesta resolvia jogar, o terceiro gol ficava mais parte. Quando a Celeste arriscava algo, dependia das bolas paradas.
Foi assim que descontou aos 42 minutos. Em cobrança perfeita, o apagado Luis Suárez fez um golaço. 2x1.
Ficha técnica
Espanha 2
Casillas; Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos, Alba; Busquets, Xavi (Javier Martinez), Iniesta; Fàbregas (Cazorla); Pedro (Mata) e Soldado. Técnico: Vicente del Bosque
Uruguai1
Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godin e Cáceres; Gargano (Lodeiro), Diego Perez (Forlán), Gaston Ramirez (Gonzalez) e Cristian Rodriguez; Luis Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez
Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Assistentes: Toru Sagara e Toshiyuki Nagi (JAP)
Cartões amarelos: Piqué, Arbeloa (Espanha); Cavani, Lugano (Uruguai)
Gols: Pedro (19min/1ºT), Soldado (31min/1ºT); Suárez (42min/2ºT)
Público: 41.705