Tópicos | Gabriel García Marquez

Um romance inédito de Gabriel García Márquez, "En agosto nos vemos", será publicado em 2024, quando completam 10 anos da morte do prêmio Nobel colombiano, anunciou, nesta sexta-feira (28), a editora Random House.

A nova obra do autor de "Cem anos de solidão" e "O amor nos tempos do cólera" será publicada "em 2024 em todos os países de língua espanhola, salvo o México" e "será sem dúvida alguma o acontecimento editorial mais importante do próximo ano", informou a editora em nota.

##RECOMENDA##

"'En agosto nos vemos' foi o fruto de um último esforço para continuar criando faça chuva, faça sol", explicaram em nota os filhos do escritor, Rodrigo e Gonzalo García Barcha.

"Lendo-o novamente quase dez anos depois de sua morte, descobrimos que o texto tinha muitos méritos e muito agradáveis também", acrescentaram os filhos do escritor que morreu no México, em 17 de abril de 2014, aos 87 anos.

Segundo eles, o romance contém "o que sobressai na obra de Gabo: sua capacidade de criação, a poesia da linguagem, a narrativa cativante, seu entendimento do ser humano e seu carinho por suas experiências e suas desventuras, principalmente no amor, possivelmente o tema principal de toda sua obra".

Nascido em 6 de março de 1927 na cidade de Aracataca, na região caribenha da Colômbia, García Márquez, jornalista e escritor, deixou uma longa lista de contos e romances, como "Relato de um náufrago", "Crônica de uma morte anunciada", "Ninguém escreve ao coronel", "Notícia de um sequestro", e a mais popular de todas, "Cem anos de solidão".

Esta obra lhe rendeu, em 1972, o prêmio latino-americano Rómulo Gallegos, seu primeiro grande reconhecimento, seguido em 1982, pelo prêmio Nobel de Literatura.

Ao lado do peruano Mario Vargas Llosa, do argentino Julio Cortázar e do mexicano Carlos Fuentes, García Márquez fez parte do que ficou conhecido como "o boom latino-americano", um fenômeno editorial e literário dos anos 1960 e 1970 que os tornou conhecidos mundialmente.

García Márquez é o escritor em língua espanhola mais traduzido no século XXI, mais que Miguel de Cervantes, revelou este mês o Instituto Cervantes.

Foi anunciado pelo jornal The New York Times que o livro Cem Anos de Solidão, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, será adaptado pela primeira vez para a televisão. A obra, que foi lançada em 1967, é vista como um clássico da literatura latino-americana e será transformada em série pela Netflix com a ajuda dos filhos do escritor, Rodrigo e Gonzalo García.

De acordo com a publicação, a família só aceitou a adaptação pois será feita complemente em espanhol, idioma original do livro - exigência deixada por García, que morreu em 2014. Além disso, a própria Netflix declarou que irá contratar apenas atores latino-americanos para a produção e que tudo será rodado na Colômbia:

##RECOMENDA##

- Sabemos que será mágico e importante para a Colômbia e a América Latina, mas o romance é universal, disse Francisco Ramos, vice-presidente de produções em espanhol da produtora, ao jornal.

O livro “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez, irá virar série pelo serviço de streaming Netflix. Esta é a primeira vez que a obra do escritor ganhará adaptação para as telas, após 50 anos de sua publicação, em 1967. O anúncio foi feito hoje (6), dia que seria aniversário de 92 anos de Márquez.

“A Netflix adquiriu os direitos da obra-prima ‘Cem anos de solidão’, de Gabriel García Márquez e vai adaptá-la para uma série. Isso marca a primeira e única vez em mais de 50 anos em que a família do autor permite que um projeto seja adaptado para a tela’, postou a plataforma em uma de suas páginas oficiais no Twitter.

##RECOMENDA##

Os filhos do escritor, Rodrigo e Gonzalo García, serão os produtores-executivos da série, e o seriado será filmado na Colômbia.

"Nos últimos três ou quatro anos, o nível de prestígio e sucesso de séries e minisséries cresceu muito. A Netflix foi uma das primeiras empresas a provar que as pessoas estão mais dispostas em assistir a séries que sejam produzidas em línguas estrangeiras e tenham legendas. Tudo que parecia ser um problema não é mais um problema", disse Rodrigo García.

Ainda não há informações sobre a estreia ou o elenco escolhido. O livro vendeu mais de 50 milhões de cópias, sendo traduzido em 46 línguas.

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, que faria 91 anos nesta terça-feira (6), ganhou uma homenagem do Google com um doodle (imagem acima da barra de ferramentas).  A ilustração faz referência ao famoso livro de Márquez, “Cem Anos de Solidão”, com a aldeia Macondo.

O escritor e jornalista, que morreu em 2014 aos 87 anos, é considerado o escritor mais relevante do século 20, tendo escrito mais de 25 livros. (por Beatriz Gouvêa)

##RECOMENDA##

Em 30 de maio de 1967 Gabriel García Márquez lançava o livro "Cem Anos de Solidão", considerado pela crítica especializada como a obra-prima do autor. O livro conta a história da família Buendía, na cidade fictícia de Macondo, local onde a matriarca da família, Úrsula, toma conta de todos.

A obra, no entanto, não ficou conhecida apenas pela narrativa. Várias partes do livro podem ser interpretadas como passagens da história ou da condição humana latino-americanas”, diz Alexandre Barbosa, professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em América Latina. 

##RECOMENDA##

"Cem Anos de Solidão" faz parte do gênero literário realismo fantástico ou realismo mágico. A principal particularidade desta corrente literária é fundir o universo mágico à realidade, mostrando elementos irreais ou estranhos como algo habitual e corriqueiro. Um exemplo dentro do livro é uma parte em que chove por mais de quatro anos sem parar. “Uma tempestade assim não seria possível na realidade, mas ela é uma metáfora do processo de silenciamento que ocorre na América Latina depois da repressão aos movimentos populares”, afirma Barbosa.

Um exemplar da primeira edição de "Cem anos de solidão", obra-prima do escritor colombiano ganhador do Nobel de literatura Gabriel García Márquez, foi roubado na Feira Internacional do Livro de Bogotá (FilBo), informou a polícia nesta segunda-feira.

"A denúncia só foi apresentada ontem (domingo) e sabemos que isto aconteceu no sábado. Estamos revisando [as imagens d]as câmeras, que infelizmente não tinham no estande; [mas] sim na entrada do pavilhão", disse a jornalistas o comandante da polícia de Bogotá, Humberto Guatibonza.

##RECOMENDA##

O livro, um dos 8.000 impressos em 1967 pela Editorial Sudamericana de Argentina, estava em uma vitrine trancada a chave no pavilhão dedicado a Macondo, o mítico povoado criado por García Márquez, que este ano é o homenageado da FilBo no primeiro aniversário de sua morte.

Guatibonza disse que oito mil pessoas passaram no sábado pelo espaço de 3.000 metros quadrados que recria a obra do Nobel de Literatura de 1982, no pavilhão de eventos Corferias, oeste de Bogotá.

Os organizadores da FilBo colaboram com a polícia para esclarecer o ocorrido, indicaram em um comunicado.

"A Corferias, a Câmara Colombina do Livro e a Polícia Metropolitana de Bogotá prestaram toda colaboração desde o momento em que se reportou o incidente do roubo do livro à Associação de Livreiros, que o tinha sob sua custódia e controle o mencionado livro", destacou o texto.

O livro, de prioridade do reconhecido livreiro Álvaro Castillo, colecionador das primeiras edições de García Márquez, estava autografado pelo falecido escritor colombiano.

A Filbo 2015, que termina na segunda-feira após duas semanas de exibição, presta homenagem este ano a García Márquez, um dos maiores expoentes do boom latino-americano, falecido em abril do ano passado, aos 87 anos, no México, onde vivia desde seu exílio da Colômbia, nos anos 1980.

Foi com tristeza que recebi a notícia do falecimento de Gabriel García Márquez. Mesmo sabendo que as pessoas não são eternas e que Gabo já estava com idade avançada e problemas de saúde, é sempre impactante saber que pensadores tão completos como ele não escreverão mais nenhuma linha. No entanto, me deixa feliz saber que sua obra e vida estão eternizadas na história da literatura mundial.

Gabriel José García Márquez não foi apenas um escritor. Foi jornalista, editor, ativista, político e, sem dúvidas, um dos autores mais importantes do século XX. Vencendo possíveis preconceitos por sua origem, Gabo foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos e traduções em 36 idiomas. Há anos, suas obras se tornaram leitura obrigatória para todos aqueles sedentos de uma boa literatura, seja ela de ficção ou não.

Com méritos, Gabo foi laureado, em 1982, com o prêmio Nobel de Literatura, não apenas por uma obra, mas pelo conjunto de seus trabalhos, que incluem o aplaudido “Cem Anos de Solidão”, considerado um marco da literatura latino-americana e que vendeu mais de 50 milhões de cópias em mais de 25 idiomas, e “Memórias de minhas putas tristes”, seu último romance escrito em 2004, pouco antes de Gabo anunciar sua aposentaria.

E se suas celebres frases são entoadas por milhares de pessoas em todo o mundo, ao contrário de uma delas, onde Gabo dizia que "não existe pior desgraça que morrer sozinho", ele morreu cercado de pessoas que o admiravam. É um fato que García Márquez transcendeu o mundo das letras. Mesmo tendo sido idealista desde cedo e aliado ao líder cubano Fidel Castro, o escritor teve o visto para os Estados Unidos negado por diversas vezes, mas, contava com o ex-presidente americano, Bill Clinton, na sua lista de amigos.

Não menos que isso, Gabo era reconhecido como um bom anfitrião, que após a fama e riqueza oriundas por suas obras, recebia todos os seus hóspedes com longas histórias e animação. E se poderia haver dúvidas sobre o seu carisma, ele recebeu uma homenagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se declarou fã de Gabo desde a juventude. “O mundo perdeu um dos maiores escritores visionários”, foi como Obama definiu Gabriel García.

Finalizo esse texto com a declaração de um escritor brasileiro que resumiu a importância de Gabriel García Marquez e o legado que fica para a literatura mundial. "Uma grande perda. Um grande escritor latino-americano muito identificado com o realismo mágico. É um escritor universal apesar de identificado com a América Latina. Lido e entendido em qualquer lugar. Ele era um escritor muito criativo em inventar histórias e situações e isso encantava seus leitores. Ele tinha humor, mas era muito mais que um humorista, ele usava o humor em função de uma visão de mundo que ia muito além” - (Luis Fernando Veríssimo).

Vai em paz, Gabo.

O México sediará na segunda-feira (21) uma grande homenagem ao seu genial filho adotivo, Gabriel García Márquez, que prosseguirá um dia depois em sua Colômbia natal, no início do triste adeus ao escritor latino-americano mais carismático do século XX.

Com a família vivendo seu luto privado, as autoridades mexicanas preparam a primeira das cerimônias no Palácio de Belas Artes, no centro, onde o México despede seus grandes ícones culturais, como fez com o escritor Carlos Fuentes e o comediante Mario Moreno "Cantinflas", entre outros.

##RECOMENDA##

O palácio abrirá as portas a partir das 16h00 locais (18h00 de Brasília) para que a legião de admiradores de García Márquez possa se despedir.

A diretora do Instituto Nacional de Belas Artes, Maria Cristina García, informou que o evento durará, a princípio, três horas, mas que os parentes de García Márquez estão dispostos a que se estenda "até que a última pessoa" possa dar seu último adeus. "Sabemos que há uma grande expectativa (...) Haverá quarteto de cordas, flores amarelas e muito amor", descreveu a funcionária, que cuidou dos detalhes com a viúva, Mercedes Barcha.

As cinzas do escritor serão expostas na esplanada do vestíbulo de Belas Artes, ladeadas pelas bandeiras da Colômbia e do México. Os presidentes dos dois países, o colombiano Juan Manuel Santos e o mexicano Enrique Peña Nieto, formarão uma guarda de honra e dirão algumas palavras. Por enquanto não se informou se outros chefes de Estado ou personalidades estrangeiras viajarão ao México para a homenagem.

García Márquez chegou à Cidade do México em 2 de julho de 1961, ao lado da esposa e do filho mais velho, Rodrigo, em "um entardecer malva, com os últimos vinte dólares e sem nada no porvir", segundo o próprio escritor descreveu.

Com o tempo, o colombiano fez da megalópole um novo lar, também graças a amizades emblemáticas como a de seu compatriota Álvaro Mutis ou dos escritores mexicanos Carlos Fuentes e Juan Rulfo.

No México, encontrou a estabilidade para escrever a maior parte de sua obra literária, inclusive sua obra-prima, "Cem anos de Solidão" (1967), apesar dos iniciais e sérios apuros econômicos. Em 1981, após temporadas em Barcelona, Gavana e Bogotá, fixou residência definitiva na Cidade do México, depois de ter sido acusado de ter vínculos com o grupo guerrilheiro M-19.

No México, García Márquez recebeu a notícia do Prêmio Nobel de Literatura, em 1982, e acabou falecendo na quinta-feira passada aos 87 anos, em sua casa, ao lado da família, após ser hospitalizado com uma pneumonia.

-- Gabo morrerá quando ninguém souber ler --

Em seu país de nascimento, as autoridades também se esmeram para preparar uma homenagem à altura do "maior colombiano de todos os tempos", como admitiu o presidente Santos.

Ao retornar do México, Santos chefiará na terça-feira a cerimônia solene na Catedral Primaz de Bogotá, onde as grandes figuras nacionais são despedidas, em um culto no qual a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia interpretará o 'Réquiem' de Mozart.

A cerimônia será transmitida para todo o país e também serão montados telões na praça Bolívar, no centro, para as pessoas que não encontrarem espaço na catedral, explicou neste domingo a ministra da Cultura, Mariana Garcés, à emissora Blu Radio.

Para a quarta-feira, 23 de abril, dia internacional do livro, o governo colombiano programou a leitura coletiva de um romance de García Márquez em mais de 1.000 bibliotecas públicas, parques e colégios, cujo primeiro leitor também será Santos.

"Foi escolhido 'Ninguém escreve ao coronel' porque é um livro muito dirigido ao público jovem e que é um de seus romances mais emblemáticos. Queríamos ter uma visão diferente de 'Cem anos de solidão", argumentou Garcés.

A Colômbia acompanha com expectativa a decisão da viúva de García Márquez e de seus filhos, Rodrigo e Gonzalo, sobre o destino final de suas cinzas, que poderão ser divididas entre o México e algum lugar do seu país, como a cidade natal de Aracataca (Caribe).

Na casa do escritor na Cidade do México, que não recebeu visitas na manhã deste domino, não param de se aproximar fãs colombianos e mexicanos.

Genis Jiménez, uma estudante de psicologia de Medellín deixou na casa um buquê de flores amarelas, amuleto de García Márquez.

"É um acontecimento muito triste para todos os colombianos e latino-americanos, mas também nos lembra como foi grande García Márquez", disse a jovem, usando o tradicional 'sobrero vueltiao' (chapéu virado), típico do Caribe colombiano.

"García Márquez continuará vivo por muito tempo e só morrerá totalmente quando não houver ninguém sobre a terra que não saiba ler", disse neste domingo seu compatriota Héctor Abad Faciolince em declarações ao jornal bogotano El Espectador.

Ainda não está decidido o local em que ficarão as cinzas do escritor e vencedor do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, falecido na última quinta-feira (17). Pode ser que a escolha seja o México, onde ele viveu por décadas, sua terra natal na Colômbia ou talvez ambos os lugares.

O embaixador colombiano no México, José Gabriel Ortiz, disse que a decisão depende completamente da família, que até o momento não revelou qualquer preferência. Ele afirmou que os colombianos gostariam que as cinzas fossem divididas entre México e Colômbia. Ortiz observou que, embora Gabriel García Márquez tenha escrito muitas de suas obras no México, "ele nunca deixou de ser colombiano".

##RECOMENDA##

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, confirmou em seu Twitter neste sábado que participará de cerimônia na Cidade do México na segunda-feira, em homenagem ao homem que ele classifica como "o maior colombiano de todos". Fonte: Associated Press.

As cinzas do escritor colombiano Gabriel García Márquez, que morreu na última quinta-feira (17), deverão ser espalhadas no México e na Colômbia, informou o embaixador colombiano no México, José Gabriel Ortiz. A família do autor optou pela cremação do corpo em uma cerimônia privada na capital mexicana, onde García Márquez morava desde o início da década de 1960.

Na segunda-feira (21), o governo mexicano prestará uma homenagem, no Palácio das Belas Artes, ao ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que decretou três dias de luto no país pela morte do escritor, deverá participar da cerimônia.

##RECOMENDA##

Conhecido como um dos principais nomes da escola literária chamada realismo fantástico, o autor colombiano morreu aos 87 anos em casa. Poucas horas após a morte, frases, fotos e citações do autor invadiram as páginas de redes sociais. Colegas de profissão, como o escritor moçambicano Mia Couto, que participou da 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília, também homenagearam García Márquez.

Na última segunda-feira (14), a mulher e os filhos do escritor haviam informado que seu estado se saúde era "muito frágil", havendo "risco de complicações". Após ser hospitalizado por uma semana devido a uma infecção pulmonar, o autor de Cem Anos de Solidão e de O Amor nos Tempos do Cólera havia retornado para casa no início do mês.

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, falecido nesta quinta-feira (17) aos 87 anos, influenciou inúmeros escritores de todo o mundo, que tiveram como modelo sua recriação poética da realidade, além de sua visão mítica da infância e de sua terra natal.

Fora do âmbito hispano-americano, Gabriel García Márquez “teve uma grande influência sobre diversos escritores que confessaram seu deslumbramento ao lê-lo, e essa impressão se propagou para todo o planeta”, declarou à AFP Claude Durand, que o apresentou à França ao traduzir "Cem anos de solidão" no simbólico ano de 1968.

##RECOMENDA##

“Os filhos da meia-noite”, um dos primeiros livros do britânico de origem indiana Salman Rushdie, mistura de mito, fantasia e vida cotidiana, não existiria se não houvesse antes "Cem anos de solidão", consideram muitos críticos. Seu estilo foi considerado uma espécie de "realismo mágico", próximo ao do colombiano.

"Com certeza, compartilhamos muitas coisas, mas não apenas ele e eu, e sim muitos escritores. Somos de uma mesma família", a do realismo mágico, explicou há alguns anos o autor de "Versos satânicos". "O que admiro em García Márquez, o que me parece extraordinário em seu jeito de escrever, é que ele vê o mundo como uma aldeia", acrescenta Rushdie.

Bem longe da Colômbia, o chinês Mo Yan, consagrado em 2012 com o prêmio Nobel de Literatura, teve García Márquez como referência. "Ele leu e releu 'Cem anos de solidão' em sua tradução para o chinês", explicou à AFP uma de suas tradutoras para o francês, Chantal Chen Andro.

"O realismo mágico de Mo Yan está relacionado com o do escritor colombiano e com o de William Faulkner, outra de suas influências, quando aborda temas como a infância e sua terra natal, primeiro de maneira realista e, depois, dando asas a sua imaginação, assim como faz García Márquez ao descrever Macondo", seu povoado imaginário, acrescentou.

Faulkner inspirou García Márquez, que falava também de sua paixão por autores como Cervantes e Rabelais, por poetas como Rimbaud e cantores franceses como Leo Ferré e George Brassens. Em Teerã, capital do Irã, outro dos livros de García Márquez, “Notícia de um sequestro”, publicado em 1996, transformou-se em best-seller da noite para o dia.

A razão para isso foi uma mensagem atribuída ao opositor Mir Hossein Mussavi, em prisão domiciliar desde 2011: “Digo àqueles que quiserem entender a minha situação. Leiam ‘Notícia de um sequestro’, de Gabriel García Márquez”.

A presidente Dilma Rousseff (PT) lançou uma nota, nesta quinta-feira (17), lamentando a morte do escritor Gabriel García Márquez. O autor colombiano faleceu aos 87 anos. Ele ficou internado com pneumonia e infecção respiratória na Cidade do México, onde morava, entre o fim de março e início de abril.

No texto, a líder petista fez questão de ressaltar os “personagens singulares” criados pelo colombiano nos seus livros.

##RECOMENDA##

Confira a nota na íntegra: 

Foi com tristeza que soube da morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez.  

Dono de um texto encantador, Gabo, como era conhecido, conduzia o leitor pelas suas Macondos imaginárias como quem apresenta um mundo novo a uma criança.

Seus personagens singulares e sua Colômbia e América Latina exuberantes permanecerão marcados no coração e na memória de seus milhões de leitores.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nesta quinta-feira nota sobre a morte do escritor Gabriel García Márquez. "Gabriel García Márquez foi um extraordinário escritor, um exímio jornalista, um grande militante das causas democráticas populares e um símbolo para todos nós da América Latina e do mundo. Em seus livros ele retratou com grande talento a realidade e a magia do povo latino-americano. Ele, que foi o primeiro colombiano a receber o Prêmio Nobel de Literatura, representou a América Latina em suas obras e por onde passou. Manifestamos nossa solidariedade aos parentes, amigos e milhões de admiradores do nosso querido Gabo." A nota é assinada por Marisa Letícia e Lula.

A presidente Dilma Rousseff utilizou sua conta no microblog Twitter para lamentar a morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez, que morreu hoje, no México, aos 87 anos.

"Dono de um texto encantador, Gabo conduzia o leitor pelas suas Macondos imaginárias como quem apresenta um mundo novo a uma criança", escreveu Dilma, que afirmou receber com "tristeza" a notícia. "Seus personagens singulares e sua América Latina exuberante permanecerão marcados no coração e na memória de seus milhões de leitores."

##RECOMENDA##

Rodeado de parentes e amigos, morreu na tarde desta quinta-feira (17), na Cidade do México, o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, o escritor e jornalista morreu em casa, aos 87 anos. A notícia foi confirmada pelo Conselho Nacional da Cultura e das Artes, pela rede de televisão venezuelana Telesur e pelo jornal espanhol El País.

Nascido em Aracataca, na Colômbia, no dia 7 de março de 1927, García Márquez, que era também jornalista, vivia atualmente no México. Entre seus livros mais conhecidos, destacam-se Cem Anos de Solidão e O Amor nos Tempos do Cólera.

##RECOMENDA##

*Com informações das agências Notimex e Télam

O escritor colombiano Gabriel García Márquez foi hospitalizado na Cidade do México, informou à AFP a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, que não detalhou as causas da internação.

"Efetivamente está internado. A família nos pediu para não passarmos mais informações sobre seu estado de saúde", afirmou um funcionário que não quis ser identificado.

##RECOMENDA##

Prêmio Nobel de Literatura de 1982 e que passou os últimos anos recluso, o colombiano Gabriel García Márquez, de 86 anos, participou, no domingo, 29, da inauguração do Royal Bol, um salão de boliche e de jogos na Cidade do México, onde vive. Segundo a imprensa mexicana, ele tirou fotos, cumprimentou crianças e mostrou o dedo médio para fotógrafos. Há pouco mais de um ano, foi anunciado que o autor de Cem Anos de Solidão sofria de demência senil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

O romance do colombiano Gabriel García Márquez "Cem anos de solidão" e "Ulisses", do irlandês James Joyce, figuram na lista dos dez livros considerados 'impossíveis de se terminar', segundo os leitores italianos.

Consultados através do jornal Il Corriere della Sera, Facebook e Twitter sobre as dez obras literárias que os leitores não conseguiram acabar de ler, os italianos se mostraram divididos.

##RECOMENDA##

Além dos autores já citados na lista também figuram "O pêndulo de Foucault", do semiólogo italiano Umberto Eco, e a autobiografia "Pé na estrada", do americano Jack Kerouac.

A ideia do jornal italiano de elaborar uma lista de "livros impossíveis" foi inspirada no jornal inglês The Guardian, que pediu a um célebre intelectual que enumerasse os dez livros mais difíceis de se ler até o final.

Mais uma onda de boatos se espalhou rapidamente nesta segunda (14) pelo microblog Twitter. Um perfil, pretensamente do escritor Umberto Eco, postou em espanhol e inglês que o também escritor Gabriel García Márquez havia morrido e em poucas horas a família irira confirmar a informação. A publicação rapidamente causou alvoroço na rede, sendo retuitada e comentada por inúmeras pessoas, ainda mais quando o perfil @umbertoecooffic postou que a irmã de Márquez havia finalmente confirmado sua morte.

No entanto, o próprio García Márquez, em sua conta do Twitter, respondeu a postagem com um irônico: "E se dissermos que morreu @umbertoecooffic? Uma conta falsa". O perfil que diz ser de Umberto eco tem apenas cerca de 1.500 seguidores. Gabriel García Márquez é um dos mais importantes escritores da língua espanhola e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Sua obra mais famosa é Cem Anos de Solidão.

##RECOMENDA##

A primeira edição do livro Cem anos de Solidão, do autor colombiano Gabriel García Marquez, será publicada na China. O autor, que condenou o país por disponibilizar durante anos sua obra de modo ilegal, chegando inclusive a proibir a tradução de seus livros dentro do país, desta vez teve seus direitos autorais comprados pela editora chinesa Thinkingdom House, que pagou um milhão de dólares pela publicação - aproximadamente 670 mil euros.

A falsificação de sua obra irritou tanto García Marquez que ele chegou a dizer que nem mesmo após 150 anos de sua morte suas obras estariam disponíveis na China. Mas, após as negociações, o autor de Notícia de um sequestro e Memórias de minhas putas tristes acabou cedendo à proposta.

O acordo entre a editora e o escritor animou os chineses que já esperam ansiosos a chegada de Cem Anos de Solidão. A obra é um clássico da literatura colombiana e foi escrita em 1967. É uma das obras mais lidas e traduzidas em todo o mundo, e conta a história da cidade mítica Macondo e dos descendentes de seu fundador, José Arcadio Buendía, durante todo um século.

Usando recursos do realismo mágico, estilo que ajudou a difundir a partir do lançamento desse livro, o escritor mescla revoluções e fantasmas, incesto, corrupção e loucura, temas polêmicos tratados com muita naturalidade - a história começa, por exemplo, quando as coisas não tinham nome e vai até a chegada do telefone.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando