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Cerca de nove meses após ser dispensado do Lyon por mau comportamento, os motivos que levaram o clube a não contar mais com o zagueiro brasileiro Marcelo vieram à tona. Segundo o canal ESPN, o defensor de 34 anos teria soltado gases de maneira contínua no vestiário, além de não respeitar o momento de fala de um colega de equipe. Os colegas franceses não gostaram do seu comportamento e nem a comissão técnica.

As atitudes de Marcelo ocorreram logo depois da derrota para o Angers, por 3 a 0, fora de casa, pela segunda rodada do Campeonato Francês. Além dos incessantes flatos, o zagueiro teria sido flagrado rindo durante o discurso do capitão Leo Dubois após a partida, o que não foi visto com bons olhos pelo técnico Peter Bosz e por Juninho Pernambucano, então diretor esportivo do clube.

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Na ocasião, o Lyon emitiu uma nota oficial afirmando que o comportamento do zagueiro "não correspondia às ambições do clube", por isso ele estava sendo colocado para treinar com o time B, mas sem explicar o real motivo da punição. "A direção esportiva do Lyon recorda a todos os jogadores que eles devem ter comportamento e compromisso firmes para alcançar, sem demora, os resultados que correspondem às ambições do clube", apontou a nota.

Marcelo era considerado um dos líderes do elenco do Lyon e havia renovado contrato poucos meses antes do início da temporada, iniciada em julho. Porém, o clube decidiu encerrar o vínculo com o brasileiro em janeiro, quando o defensor acertou com o Bordeaux, atual lanterna do Campeonato Francês.

Brasileiro se revolta com notícia

Marcelo usou suas redes sociais para se defender e negar as justificativas da dispensa, também divulgadas pelo jornal francês L'Équipe. "Graças ao L"equipe! Depois de muito tempo tive que voltar ao Twitter para negar todas as alegações. Jornalismo hoje em dia é uma piada", disparou o defensor.

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De acordo com o mais recente relatório publicado pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG), o Brasil continua com índices em tendência de alta no que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa. Vale lembrar que o fenômeno aconteceu com mais intensidade nos últimos dois anos - e 2020 registrou a maior taxa de emissão desde 2006.

Dentre os registros mais chamativos do relatório, está o fato do Brasil ter tido um aumento de 9,5% nas emissões de gases em 2020, no período de pandemia, enquanto no mundo todo houve queda de aproximadamente 7%. Ao que tudo indica, os principais fatores que podem ter acarretado nesse acontecimento são os aumentos de desmatamento, seja na região da Amazônia ou no Cerrado.

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A emissão de gases que vão diretamente para a atmosfera é o principal fator que agrava a crise climática no mundo. Para conter o fenômeno, foi criado o “Acordo de Paris”, programa nacional que visa conscientizar os países a diminuirem as taxas de gases ofensivos. A meta do projeto é estabilizar a temperatura do planeta em 1,5°C nesse século, mas para isso é necessário reduzir as emissões em 7,6% ao ano, entre 2021 e 2030.

 

 

Os principais gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera tiveram concentração recorde em 2018, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (25) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU). O monitoramento também indica que não há "indícios de desaceleração visíveis" da quantidade de poluentes lançados na atmosfera.

De acordo com os cientistas, o dióxido de carbono (CO2), o principal gás causador do efeito estufa, bateu novo recorde de concentração no ano passado, de 407,8 partes por milhão (ppm). Ou seja, nível 147% maior do que o pré-industrial de 1750. Em relação a 2017, a alta foi de 0,56%.

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O alerta foi divulgado poucos dias antes do início da reunião anual da ONU sobre a luta contra as mudanças climáticas, a COP25, que será realizada entre os dias 2 e 13 de dezembro, em Madri, na Espanha. A última vez que a Terra teve uma concentração tão elevada de gás carbônico, segundo a OMM, foi em um período entre 5 e 3 milhões de anos atrás.

"Não há indícios de que vai acontecer uma desaceleração e muito menos uma diminuição da concentração dos gases causadores do efeito estufa, apesar de todos os compromissos assumidos no Acordo Climático de Paris", disse Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.

Acordo

Neste ano, o governo dos Estados Unidos oficializou a saída do tratado global, que foi assinado por 195 países em 2015 com o objetivo de articular esforços contra o aquecimento global. A retirada do pacto era uma das promessas de campanha do presidente Donald Trump.

A gestão Jair Bolsonaro chegou a fazer diversas críticas ao acordo climático. Mas, depois, garantiu que não vai abandonar o compromisso, diante do receio do agronegócio de perder parceiros comerciais, principalmente europeus, preocupados com a sustentabilidade dos produtos comprados.

O documento anual da OMM não leva em consideração as quantidades de gases do efeito estufa emitidas na atmosfera, mas sim as que permanecem nela, já que os oceanos absorvem quase 25% das emissões totais - assim como a biosfera, à qual pertencem as florestas.

"Se não fizermos nada, se atingirá uma elevação entre 3 e 5 graus (da temperatura média global) no fim do século", alertou Taalas. A comunidade científica prevê aumento de desastres climáticos se superada a linha de 1,5 grau de aumento da temperatura até 2100.

A OMM também destacou que o aumento anual da concentração de dióxido de carbono, que persiste durante séculos na atmosfera e ainda mais tempo nos oceanos, foi superior à taxa de crescimento média dos últimos dez anos.

Outros gases

Os cientistas destacaram ainda o aumento das concentrações de metano (CH4), que aparece em segundo lugar entre os gases do efeito estufa com maior persistência, e de óxido nitroso (N2O). Esses dois gases também tiveram aumento acima da média anual da última década.

O metano, cujas emissões são provocadas em 60% pela atividade humana (gado, cultivo de arroz, exploração de combustíveis fósseis, aterros, etc), e o óxido nitroso, com 40% das emissões de origem humana (fertilizantes e processos industriais), também alcançaram níveis máximos de concentração. O óxido nitroso tem ainda forte impacto na destruição da camada de ozônio, que filtra os raios ultravioleta. (Com agências internacionais).

A emissão de gases de efeito estufa atingiu no ano passado o nível mais alto da história, aponta o relatório Estado do Clima, divulgado na segunda-feira, 12, pela Sociedade Americana de Meteorologia (AMS, na sigla em inglês). Segundo o estudo, a concentração anual média global de CO2 foi de 407,4 partes por milhão (ppm) - 2,4 ppm acima do valor registrado em 2017.

O levantamento do órgão americano afirma ainda que 2018 foi o quarto ano mais quente, atrás de 2015, 2016 e 2017. No ano passado, a temperatura média global da superfície foi de 0,30ºC a 0,40ºC acima do registrado entre 1981 e 2010.

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"O relatório constatou que os principais indicadores da mudança climática continuaram refletindo tendências de um planeta em aquecimento", afirmaram, em nota, os Centros Nacionais de Informações Ambientais da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), responsáveis pelo estudo. "Vários índices, como o nível do mar e as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera mais uma vez quebraram recordes estabelecidos apenas um ano antes."

Esta foi a 29ª edição anual do relatório, elaborado com base em contribuições de 470 cientistas de 60 países.

América do Sul e Brasil

O estudo traz destaques sobre o clima por regiões do planeta. Sobre a América do Sul, o relatório aponta que houve um recorde de sete eventos extremos de queda de neve no centro e no sul dos Andes peruanos durante o inverno de 2018. Essas ocorrências contribuíram para o inverno mais chuvoso da região em 19 anos.

Já sobre o Brasil, o relatório afirma que as condições de seca observadas no Nordeste desde 2012 persistiram até 2018, mas com menor intensidade. E, no Sudeste, São Paulo viveu o verão mais seco desde 2003.

"As condições extremas de seca provocaram incêndios florestais que afetaram os campos de cultivo e as áreas protegidas", disse o estudo ao analisar os fenômenos climáticos no País.

Um suspeito, que havia fugido da polícia, acabou sendo encontrado após soltar um "pum" que emitiu um som alto demais. O homem não teve o nome revelado pela polícia de Missouri, nos Estados Unidos, onde aconteceu o inusitado. 

De acordo com o Estadão, o suspeito estava sendo procurado por posse de substâncias controladas e tentou se esconder para não ser preso. A situação foi tão atípica, que a polícia compartilhou no Facebook. 

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Um homem morreu na manhã desta quarta-feira (27) em Maceió, capital de Alagoas, depois que um caminhão tanque onde ele fazia um serviço explodiu, arremessando a vítima a 80 metros de distância.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a Luiz Carlos Lopes da Silva, 34, usava um maçarico na manutenção do tanque - que estava vazio - quando o incidente ocorreu. A vítima teve o corpo dilacerado devido à violência da explosão, com várias partes do corpo espalhadas pelo local, inclusive em uma residência.

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O fato ocorreu na Avenida Lourival de Melo Mota, bairro Cidade Universitária, na parte alta da capital alagoana. Em entrevista à imprensa local, o irmão da vítima afirmou que a empresa não oferece equipamentos de segurança.

"O tanque era abastecido com petróleo e estava vazio, mas havia gases dentro e como ele usava um maçarico, a explosão foi provocada. A área está fora de perigo, mas ficará interditada", explicou o tenente Genesis, do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao G1.

Intimação - O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas intimou a empresa onde ocorreu a explosão para apresentar a licença ambiental. Além disso, os responsáveis terão que apresentar outros documentos e providenciar a limpeza do solo e retirada dos resíduos. Pode haver multa caso seja verificada alguma irregularidade.

A Vale Fertilizantes pronunciou-se por meio de nota informando que o incêndio de hoje (5) ocorreu em uma correia transportadora que alimenta o armazém da unidade de nitrato de amônio do Complexo Industrial de Cubatão, no litoral de São Paulo. Segundo a empresa, a emissão dos gases gerados durante a queima do nitrato já foi contida. As causas do incêndio e os danos ambientais estão sendo apurados.

“A fumaça gerada, de cor laranja avermelhada e tóxica, já foi dissipada na atmosfera. Se respirada em grandes concentrações, pode causar irritação do nariz e do trato respiratório superior, além de tosse e dor de garganta”, diz a nota.

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A empresa disse ainda que houve evacuação imediata e paralisação da produção da unidade e empresas vizinhas. “A Defesa Civil auxiliou as equipes a orientar a comunidade da Mantiqueira, nas proximidades da unidade, a evacuar o local de forma preventiva”, de acordo com a Vale.

Autoridades reguladoras alemãs suspeitam que o grupo automotivo ítalo-americano Fiat Chrysler usou um dispositivo ilegal em seus veículos para fraudar os resultados dos testes de emissão de gases poluentes, assim como fez a fabricante alemã Volkswagen, afirmou neste domingo o semanário "Bild am Sonntag". A Agência Federal Alemã do Automóvel (KBA) enviou um relatório comunicando as suspeitas à Comissão Europeia e às autoridades italianas, segundo a publicação alemã.

Estas revelações ocorrem após o governo alemão denunciar, na quinta-feira, a "atitude não cooperativa" da Fiat, que se negou a responder a qualquer autoridade fora da Itália, apesar das irregularidades recentemente descobertas na Alemanha sobre as emissões poluentes dos seus modelos de veículos a diesel.

Segundo o Bild am Sonntag, os testes realizados em um modelo Fiat pela KBA mostraram que o sistema de controle de emissões poluentes se desativava depois de 22 minutos - dois minutos depois do final dos testes padrão. Com isso, o óxido de nitrogênio, altamente poluente, era lançado na atmosfera "em um nível mais de dez vezes acima do permitido", afirma o relatório consultado pela publicação.

O Brasil terá de estabelecer uma estratégia para reduzir a emissão de gases de seu complexo industrial e de suas cidades, e não apenas se limitar à promessa de redução o desmatamento. Quem faz o alerta é Achim Steiner, diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), que indicou que o compromisso apresentado por governos antes da Conferência do Clima, em Paris, ainda está "distante" do que será necessário fazer para modificar a tendência de aquecimento do planeta.

Steiner, brasileiro naturalizado alemão, insistiu que o mero fato de governos apresentarem compromissos e planos de redução de emissões já é "algo histórico". "Isso é uma demonstração da confiança que eles têm no sistema da ONU", indicou. Em setembro, a presidente Dilma Rousseff revelou os planos brasileiros durante sua passagem pela Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Mas as metas praticamente apenas se referiam ao corte das taxas de desmatamento.

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Rota prevista.

Para ele, o Brasil "merece todo o reconhecimento e admiração por ter agido para reduzir o desmatamento, como nenhum outro país do mundo fez nos últimos anos". "Não estou negando que ainda exista o desmatamento e que, em certos momentos, a taxa aumenta", explicou. "Mas, ao longo dos anos, muitos olham a redução do desmatamento no Brasil como uma das ações mais significativas adotadas por um país para se desviar da rota prevista pelo IPCC (Painel Internacional de Mudanças Climáticas)", disse. Mas Steiner alerta que apenas reduzir desmatamento não será suficiente para o Brasil.

"É de interesse dos brasileiros que essa taxa de queda de desmatamento continue. Mas vamos também ser claros: dado os níveis atingidos pelo Brasil, o foco da economia e desenvolvimento será sua infraestrutura industrial", afirmou. "A sua infraestrutura urbana, a agricultura, e o transporte." Para ele, o desafio do governo será o de elaborar estratégias para tentar conter emissões nesses segmentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os objetivos de redução dos gases de efeito estufa, anunciados até agora em nível mundial, levariam a um aquecimento climático “bem superior a 2 graus”, limite fixado pela Organização das Nações Unidas (ONU), segundo estudo divulgado hoje (2) em Bonn (Alemanha).

O mundo continua em trajetória de subida de 2,9 a 3,1 graus até 2100, informa o Climate Action Tracker (CAT), organismo que integra quatro centros de investigação e que analisa as emissões e os compromissos dos países, no estudo divulgado paralelamente às negociações preparatórias à Conferência de Paris sobre o Clima.

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Os compromissos de redução apresentados pelos governos à ONU “levam a emissões mundiais bem superiores aos níveis necessários para conter o aquecimento em 2 graus” em relação à época pré-industrial, mostra o estudo.

A Conferência de Paris sobre o Clima, marcada para dezembro, visa a obter um acordo para limitar o aumento da temperatura mundial a 2 graus. Segundo os cientistas, um aquecimento além desse limite terá consequências irreversíveis.

Até essa terça-feira (1º), 56 países, responsáveis por cerca de 65% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento climático, entregaram os seus objetivos de redução à ONU.

De acordo com o estudo, para limitar o aumento da temperatura a 2 graus, os governos devem reforçar significativamente os seus objetivos: “devem reduzir em conjunto as emissões mundiais de dióxido de carbono equivalente entre 12 e 15 gigatoneladas  até 2015 e entre 17 e 21 gigatoneladas até 2030”.

As emissões de gases de efeito estufa chegam atualmente a cerca de 50 gigatoneladas.

Sobre os compromissos de 15 países (representando 64,5% das emissões mundiais), o CAT considerou sete “inadequados” (Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Cingapura, Coreia do Sul, Rússia), seis “médios” (China, União Europeia, México, Noruega, Suíça, Estados Unidos) e apenas dois “suficientes” (Etiópia e Marrocos).

“A maioria dos governos que já apresentaram os seus compromissos de redução deve rever os seus objetivos de acordo com a meta mundial mundial e, na maioria dos casos, reforçá-los. Os que ainda estão estabelecendo as metas devem ser tão ambiciosos quanto possível”, lembrou o Niklas Hohne do NewClimate Institute, um centro de investigação membro do CAT.

Os dez principais emissores de gases de efeito de estufa que ainda não divulgaram os seus objetivos são: Índia, Brasil, Irã, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Paquistão. Eles são responsáveis por 18% das emissões em nível mundial.

Da Agência Lusa

Um recente aplicativo desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil, concebida a partir da Tecnologia Social Balde Cheio, calcula a emissão de gases do efeito estufa (GEE) pelo gado leiteiro. A proposta é estimular os produtores de leite a buscarem técnicas de criação do gado que reduzam o impacto das emissões. A FBB Calculadora CO2 Leite já está disponível gratuitamente em celulares com sistema operacional Android.

Para utilizar o aplicativo, o produtor informa o tamanho da área ocupada pelo gado; quanto produz de leite por período (dia, mês ou ano); o tipo de pastagem (se é degradada ou não); e o perfil do rebanho (número de novilhos, bezerros, touros, vacas lactantes e não lactantes).

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Com as informações, o utensílio calcula a quantidade de gás metano gerada na digestão do gado e de óxido nitroso emitida na produção leiteira. Os gases são convertidos automaticamente em CO2 equivalente emitido por quilo de leite, por bovino, por hectare e por período. Os cálculos podem ser arquivados para comparações posteriores. 

O CO2 equivalente é uma unidade de medida que faz uma proporção da quantidade de cada um dos seis GEE em relação ao CO2. Ao usar um fator de conversão, todos os gases são transformados em CO2 equivalente para medir o impacto que causam sobre o clima do planeta. Uma tonelada de metano, por exemplo, equivale a 21 toneladas de CO2-equivalente, ou seja, possui um efeito estufa 21 vezes superior ao do dióxido de carbono.

Estima-se que por meio de técnicas de manejo do pasto, de melhora genética do gado, e da qualidade da alimentação dos bovinos, a produção do leite cresce com o mesmo tamanho do rebanho. De acordo com a FBB, o resultado é o aumento na renda de cerca de duas mil famílias participantes dos projetos e a redução na emissão de gases por volume de leite produzido.

A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu novo recorde em 2013, devido a crescentes níveis de dióxido de carbono, anunciou hoje (9), em Genebra, a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

No relatório anual sobre as concentrações de gases de efeito estufa, a agência das Nações Unidas indica que a taxa de crescimento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera entre 2012 e 2013 representa o maior aumento anual em 30 anos. “Nós sabemos, sem sombra de dúvida, que o nosso clima está mudando e que as condições meteorológicas estão se tornando cada vez mais extremas devido às ações humanas”, disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, citando o exemplo do uso dos combustíveis fósseis.

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Nesse sentido, Jarraud deixou o apelo: “Temos de reverter essa tendência e cortar as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa em toda a linha”.

“Estamos ficando sem tempo”, alertou o secretário, em comunicado.

De acordo com o relatório divulgado hoje, as concentrações de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso alcançaram novos índices. Em 2013, o dióxido de carbono na atmosfera subiu 142% face ao que era na época pré-industrial (1750), enquanto as de metano e óxido nitroso subiram, respectivamente, 253% e 121%.

O oceano absorve hoje em dia cerca de um quarto das emissões totais de dióxido de carbono e a biosfera fatia idêntica, limitando assim o crescimento desse gás na atmosfera.

Porém, a absorção de dióxido de carbono pelos oceanos acarreta graves consequências, de acordo com os especialistas: “O ritmo atual de acidificação dos oceanos parece não ter precedentes em pelo menos 300 milhões de anos”. A absorção de quantidades significativas desse gás pelos mares do planeta modifica o ciclo dos carbonatos marinhos e desencadeia uma acidificação da água do mar.

Os oceanos absorvem atualmente cerca de quatro quilos de dióxido de carbono por dia e por pessoa. “O dióxido de carbono permanece durante centenas de anos na atmosfera e por maior período de tempo no oceano. O efeito acumulado das emissões do passado, presente e futuro desse gás terá repercussões tanto no aquecimento global quanto na acidez dos oceanos”, advertiu Jarraud.

 

Da Agência Lusa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No próximo dia 23, representantes de mais de 100 países são esperados em Nova York para mais um encontro da ONU a tratar da agenda climática. Convocados pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, os governantes, além de empresários e membros de ONGs, vão se reunir com o objetivo de anunciar meios concretos de conter as emissões de gases do efeito estufa e, assim, evitar o aumento da temperatura no planeta em até 2ºC neste século.

Ban Ki-moon marcou a cúpula para o dia 23 porque é a véspera da abertura da Assembleia Geral da ONU (tradicionalmente feita pelo Brasil), de modo que os chefes de governo já devem estar em Nova York. Sua intenção é conseguir anúncios sólidos e ambiciosos, para se chegar a resultados significativos nas próximas conferências do clima, em dezembro deste ano, em Lima, e em novembro de 2015, em Paris. A presença da presidente Dilma Rousseff, a menos de duas semanas das eleições, não está confirmada.

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"A intenção é mobilizar os governos. O secretário-geral acha que, se os presidentes simplesmente forem às conferências, podem não chegar com tanta ambição como se gostaria de se ver", disse nesta quarta-feira, 03, Dan Shepard, assessor do Departamento de Informação Pública da ONU, de Nova York, em entrevista por videoconferência. "Muita gente pensava que precisaríamos de uma nova tecnologia para conter as mudanças climáticas, mas agora se sabe que com o temos hoje já é possível agir. E é urgente. É importante se chegar a um acordo significativo em 2015".

A meta principal para 2015 é aprovar um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que restringe as emissões e que expira em 2020. Na última reunião, em Varsóvia, na Polônia, ano passado, Canadá, Japão e Austrália saíram como vilões, por terem recuado em suas metas de emissões; os Estados Unidos e a União Europeia foram acusados de não terem posicionamento pró-reduções; países em desenvolvimento, como Índia e China, reclamaram de ter que apresentar tantos resultados quanto os já desenvolvidos.

Na cúpula de Nova York serão tratados temas como redução de emissões na agricultura e nos meios de transportes, eficiência energética, financiamento de projetos e desmatamento. Prefeitos também foram convidados para falar de medidas adotadas em suas cidades.

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