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Com as atividades realizadas remotamente, devido à pandemia do novo coronavírus, a comunicação nos grupos de trabalho via WhatsApp passou a ser mais constante. Diante desse cenário, é provável que os líderes empresariais passem a avaliar o comportamento dos funcionários nas redes sociais.

Para entender melhor o assunto e saber se a postura on-line inadequada pode gerar prejuízos, o LeiaJá entrou em contato com Jessé Barbosa, especialista em Recursos Humanos, e Eduardo Barsi, gestor de uma rede colegial. Sobre o comportamento em grupo de trabalho, Jessé explica que “a medida que a empresa adota um meio de comunicação mais rápida como WhatsApp, os colaboradores devem fazer o seu uso racional para que não se transforme em um grupo de propagação de mensagens de bom dia ou de vídeos e memes engraçados".

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"Para que a comunicação torne-se mais fluída, se faz necessário comunicar apenas o necessário, pois pode ocorrer de se perder alguma informação importante, na medida que tantas outras não tão importantes sejam postadas”, explica Barbosa. Já sobre o uso de emoji e figurinhas, ele esclarece que não há problemas em utilizá-los, desde que os mesmos não venham a denegrir ou ofender a honra de ninguém.

O gestor Eduardo Barsi acredita que os profissionais devem observar o perfil de cada grupo de trabalho e as situações oriundas das trocas de mensagens. “Aprendemos que todo gênero textual carrega consigo suas particularidades. O WhatsApp não nasceu para o fim de comunicação empresarial, ele foi raptado para esse fim. Assim, os usuários é que devem saber ‘com que roupa eu vou?'. Os envolvidos na comunicação precisam levar em consideração todo o contexto da interlocução. Posso ser descontraído com meu ‘superior’ desde que ele abra espaço, mas isso não envolve intimidade, abreviações de nomes, palavras de baixo calão, gírias, entre outras abordagens", orienta Barsi.

"Até aí, um ‘vc’ e ‘tb’, se aceita. Eu sempre sugiro a formalidade sem vocabulário rebuscado, apenas bom senso e vocabulário sereno. O menos é mais, assim você não corre riscos de más interpretações e de dias ‘ruins’ que todo chefe pode estar”, acrescenta.

A avaliação feita pelos líderes não se limita apenas a um grupo interno. É necessário que haja uma atenção em postagens feitas publicamente. “Os RH's, nos dias atuais, acompanham de perto o candidato nas redes sociais, isto se dá como uma forma para compreender a personalidade do candidato em um momento mais descontraído como no uso de suas redes sociais e seus posicionamentos na medida e análise do que o mesmo publica. Se a empresa, por exemplo, apoia políticas de inclusão e o candidato tem um perfil de publicar mensagens que vão de encontro à filosofia da empresa, o mesmo não tem o perfil esperado, podendo o RH decidir por sua exclusão do processo. Embora seja um direito constitucional, a capacidade de livre expressão, faz-se necessário o uso dos princípios e valores universais na qualidade de ser humano”, explica o especialista em RH Jessé Barbosa.

Helanio Veloso, assistente de logística, comenta que deixou de seguir algumas páginas na internet para evitar constrangimentos na empresa. O principal motivo dessa decisão é que algumas páginas possuem abordagem política forte e crítica. “A maioria das empresas, hoje, analisa os perfis dos funcionários nas redes sociais; percebo que não é viável seguir algumas páginas, como as que seguia”, comenta.

“Em breve não seremos entrevistados para uma oportunidade de emprego. A empresa desenvolverá um algoritmo e fará a escolha a partir de dados coletados em todos os seus dados disponíveis nas redes. Se entre essas informações coletadas não aparecer uma atividade Pro bono ou ação solidária, o risco de perder a vaga é muito grande”, analisa Eduardo Barsi.

Jessé Barbosa ainda acrescenta que existem vários casos de demissão devido publicações inadequadas nas redes sociais, por exemplo. “Os RH's devem sempre analisar cada caso, sempre na observância do código de ética da empresa e no desdobramento gerado em virtude do ocorrido", explica.

Paro o gestor Eduardo Barsi, também podem ocorrer prejuízos, como o desligamento de um colaborador, caso o funcionário haja de forma inadequada na internet. “Já temos registros de pessoas que tiraram fotos impróprias em lugares com muita carga simbólica relacionada a perda de vidas. Isso é muito insensível; profissionais que postaram vídeos inadequados com a profissão que desempenham, e longe de pensar que isso é hipocrisia. Toda profissão traz consigo a sua representação social e cultural já inserida no grupo social, na comunidade onde essas relações estão sendo estabelecidas. Toda a exposição profissional precisa ser discreta e equilibrada, em qualquer ambiente (virtual ou real)", finaliza.

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--> Cruel, assédio moral traumatiza ambiente de trabalho

O ministro extraordinário Onyx Lorenzoni comandou nesta segunda-feira (5) à tarde a primeira reunião da equipe de transição de governo e anunciou a criação dos primeiros dez grupos de trabalho. Segundo ele, a divisão foi feita por eixos temáticos que incluem temas econômicos, políticos e sociais. 

Os eixos temáticos são: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do estado, economia e comércio exterior; cultura e esportes; justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social. 

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"Nós temos que baixar a cabeça, trabalhar muito fortemente para que num espaço muito curto de tempo possamos colocar nossos conceitos para o novo governo", afirmou Onyx, após a reunião. 

O ministro extraordinário confirmou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, estará amanhã (6) em Brasília onde fica até quinta-feira (8). Ele terá reuniões com o presidente Michel Temer. Há, ainda, encontros previstos com representantes dos do Legislativo e do Judiciário. 

Equipe de transição

Uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), publicada na tarde de hoje, já traz a nomeação dos 22 primeiros integrantes da equipe de transição, além de designação de outros cinco membros para assessorar os trabalhos, mas sem remuneração.   

"Deveremos já, até o final da semana, ter a equipe ampliada com os novos nomes que vão ser apresentados", informou Lorenzoni. O ministro reafirmou que a fase agora é de "muito trabalho e pouca conversa", mas garantiu, durante conversa com jornalistas, que sua equipe vai procurar disponibilizar "o maior volume de informação possível" sobre a transição.

Olhos voltados para os celulares, mãos digitando com agilidade, troca instantânea de conteúdo. O Whatsapp virou uma das ferramentas de comunicação mais utilizadas do mundo, alcançando grupos sociais dos mais variados estilos. Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostra que o app é o mais usado entre os brasileiros, chegando a 93% dos usuários nacionais e reafirmando o sucesso da rede social. De tão rápido e prático no processo de troca de mensagens, o “zap” passou a ser visto não só como um instrumento de comunicação para divertimento, e começou a ser utilizado pelas corporações como uma ferramenta de trabalho, principalmente para o compartilhamento de informações. Os “grupos de trabalho” já não são nenhuma novidade entre os funcionários das empresas, mas assim como o ambiente real profissional, ele instiga o relacionamento entre os trabalhadores e seus gestores. É uma reprodução do espaço físico da companhia e isso deve sim influir no comportamento dos usuários. Mas nem todo mundo se comporta da melhor forma.

Extremamente estressado, um trabalhador da área de gastronomia, cujo nome não será revelado nesta reportagem, contou ao LeiaJá que começou a atuar em um novo emprego no Recife. Experiente na área, com pelo menos 20 anos de trabalho sério, o funcionário sempre procurou se relacionar bem com seus companheiros de firma e nunca abdicou do respeito ao próximo. Porém, no novo emprego, se deparou com uma gerente descrita por ele como autoritária e desrespeitosa. Características que, de acordo com nossa fonte, se refletiram no mundo virtual. A gerente criou um grupo no Whatsapp, adicionou praticamente todos os trabalhadores da empresa – inclusive nosso entrevistado – e não poupou reclamações, até mesmo individuais, nas mensagens compartilhadas no grupo de trabalho.

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“Em toda minha vida profissional, eu nunca passei uma humilhação tão grande. Ela já reclamava de várias coisas na frente dos clientes e dos outros funcionários, algo que nunca vi alguém passar em todo este meu tempo na área de restaurantes. Quando cheguei em casa, descobri que ela criou um grupo no Whatsapp e no meu celular não paravam de chegar várias mensagens. Quando finalmente parei para ler, só visualizei reclamações, até direcionadas para mim e outros funcionários. Não tive dúvida! Saí do grupo e não dei satisfações para a gerente”, conta o trabalhador.

A gerente acusada pelo funcionário pode até não conhecer as leis trabalhistas, mas, conforme as orientações dos advogados, ela cometeu assédio moral. As pessoas não podem esquecer que o ambiente virtual é uma reprodução do seu comportamento real e, quando o trabalho e a relação profissional estão presentes na rede social, aumenta a responsabilidade por parte de funcionários e patrões no que diz respeito à forma de se comportar e principalmente tratar os colegas de trabalho. Em entrevista ao LeiaJá, o advogado especialista na área trabalhista, Giovanne Alves, explica que as redes sociais estão “totalmente replicadas nas nossas relações, inclusive as de trabalho”. De acordo com o advogado, o ambiente virtual é uma replicação das ações físicas. “Tudo que se faz, inclusive nos ambientes virtuais, pode ser fisgado pela Justiça caso aquilo cause prejuízo a alguém”, esclarece Alves.

Grupos de trabalho podem virar casos de Justiça

Segundo Giovanne Alves, se um funcionário desrespeita outro no grupo do Whatsapp, como por exemplo, comete assédio moral, ele está totalmente passível de ser acionado na Justiça. E existe um aspecto importante no contexto das redes sociais: de acordo com o advogado, como a troca de informações e conteúdos em geral pode ser arquivada e printada, ela pode servir como prova para embasar os casos que vão parar na Justiça. “Fica ainda mais fácil de provar sendo feito em ambiente virtual, como no Whatsapp, pois a tela printada pode servir como prova. Mas existem alguns detalhes: todas as condutas corporativas exigíveis no convívio pessoal são exigíveis no convívio virtual, tanto por parte do patrão, quanto pelo lado do funcionário. As obrigações de respeito e obediência devem ser mantidas nos grupos e diálogos corporativos”, orienta o advogado.

Para o advogado, a prova de assédio moral, por exemplo, é ainda mais fácil de ser reproduzida se o assédio acontecer através de alguma rede social ou comunicador instantâneo. “Um chefe pode sim assediar um empregado via Whatsapp, tanto nos grupos corporativos quanto nas mensagens diretas. A escolha da advertência em particular ou não é opção da empresa, mas isso deve ser feito de forma a não expor o empregado em situação vexatória, o que caracteriza o assédio moral”, explica Alves. O especialista também dá uma dica para as vítimas assediadas: é importante não salvar os contatos dos participantes do grupo por nome, uma vez que é interessante registrar o número que enviou o conteúdo, como forma de facilitar a identificação do agressor, evitando assim que a acusação seja taxada de mentirosa. Ouça mais detalhes na explicação do advogado no áudio a seguir:

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Funcionário não é obrigado a participar do grupo – Ainda de acordo com o advogado, o trabalhador não pode ser obrigado pela empresa a participar de um grupo no Whatsapp, sem que essa condição tenha sido acertada no contrato entre as duas partes. “Caso isso não tenha sido uma exigência para a contratação, não se pode demitir por justa causa havendo a negativa do funcionário  em participar do grupo no Whatsapp”, explana o advogado. Ele também complementa: “Se o funcionário continuar trabalhando, fazendo reuniões ou despachando com chefes pelo Whatsapp depois do horário de trabalho, isso pode ser considerado trabalho extraordinário e gerar horas extras”. Por outro lado, se usado da melhor forma pelo gestor e subordinado, pode haver um acordo entre as partes para o uso dos grupos. Porém, é importante manter a ordem profissional e pessoal. “Não adianta resistir ás tecnologias. Elas vêm e modernizam as relações. O judiciário deve estar atento a tudo isso”, finaliza Giovanne Alves.

Funcionários podem ser demitidos por justa causa

Não é apenas o patrão que é passível de punição. Os subordinados podem sim perder seus empregos por desrespeito aos gestores e os casos de indisciplina podem ir parar na Justiça. De acordo com Alves, um dos casos recorrentes que resultam na demissão do trabalhador é quando o funcionário faz ‘memes’ para ridicularizar o patrão ou chefe.  Segundo o especialista, existem várias atitudes cometidas por funcionários que alimentam a chance da empresa demitir por justa causa.

“Condutas inconvenientes, atos de insubordinação ou indisciplina ensejam demissão por justa causa. Se algum funcionário cometê-las, seja em ambientes virtuais ou não, ele pode ser demitido”, explica o advogado. “Ofender diretamente um superior hierárquico, não cumprir ordem dada expressamente nos meios virtuais, sabotar ações da empresa, difamar a companhia, são outros exemplos de situações que levam um trabalhador a ser desligado”, finaliza o especialista, lembrando também que o consumo de conteúdos pornográficos através da rede de internet da empresa ou dos celulares corporativos pode causar desligamento.

Respeito prevalece em todos os ambientes

Com cerca de 30 anos de experiência na área de Recursos Humanos, o diretor de RH do Grupo Ser Educacional, Wellington Maciel, já viveu inúmeras experiências sobre relacionamento profissional dentro das empresas. Para ele, independente do ambiente que se estabeleça a relação entre funcionário e gestor, seja ele virtual ou real, o respeito deve prevalecer sempre. Sobre o uso do Whatsapp, ele defende a utilização da ferramenta como troca de informações e principalmente meio de comunicação, mas discorda quando o app é usado pelo gestor para avaliação das equipes.

“O mundo inteiro usa o Whatsapp. É uma ferramenta ágil de comunicação, mas que deve ser utilizada com muito respeito entre as pessoas. Uma dica importante é não confundir grupos sociais com os grupos de trabalho. Evite brincadeiras fora de hora, correntes, posicionamentos políticos”, orienta o diretor de RH.

Wellington Maciel reforça que o Whatsapp não é uma ferramenta adequada para avaliar os funcionários. Por isso, ele orienta os líderes e gestores a realizarem o procedimento das formas mais tradicionais, como em reuniões e feedbacks. “O Whatsapp não é uma ferramenta de resultados, e sim é um meio de comunicação. A melhor forma de avaliar é utilizar indicadores de metas”, explana o diretor de RH. No vídeo a seguir, Wellington Maciel traz mais dicas de comportamento. Vale muito assistir:

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O PT decidiu criar cinco grupos de trabalho para fazer a defesa do partido, do governo Dilma e também para preparar a "disputa política e ideológica para as eleições municipais de 2016", segundo informou resolução da Executiva Nacional divulgada na tarde desta quinta (25).

O documento reitera a ideia defendida no 5º Congresso Nacional do PT, realizado há duas semanas em Salvador, de o partido se articular em uma frente ampla com centrais sindicais e movimentos populares. "Reiteramos nossa disposição de apoiar a participação em todas as iniciativas voltadas para a constituição de uma ampla frente democrática, da questão nacional, das reformas estruturais e dos direitos dos trabalhadores."

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A frente ampla seria uma forma de o partido se fortalecer no relacionamento com grupos que historicamente apoiaram a legenda, uma alternativa às coligações partidárias tradicionais para as disputas do ano que vem em um momento de fragilização política.

O PT tem sofrido derrotas após traições do seu principal aliado no Congresso Nacional, o PMDB. Nessa quarta, 24, por exemplo, a Câmara aprovou emenda que vinculou a política de valorização do salário mínimo aos reajustes das aposentadorias, em uma medida que prejudica o esforço de ajuste fiscal do governo.

O documento elaborado nesta quinta, 25, pela direção do PT também faz críticas a medidas patrocinadas no Congresso pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha - sem contudo citar diretamente o peemedebista. A resolução chama de graves as "tentativas de reduzir a maioridade penal, de realizar uma contrarreforma do sistema político eleitoral e de comprometer o sentido progressista do Plano Nacional de Educação."

Venezuela

A resolução também faz uma crítica ao incidente diplomático criado após a ida de uma comitiva de senadores oposicionistas à Venezuela. Liderados por Aécio Neves (PSDB-MG), os senadores tentavam visitar presos políticos no país vizinho e foram impedidos por manifestantes pró-Maduro. O documento petista chama a iniciativa dos senadores de "manobra antidemocrática" para "acuar" o governo venezuelano.

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