Ruas, parques públicos e os sete principais palcos dos teatros da capital pernambucana estão com as pautas tomadas por renomadas companhias de dança a partir desta sexta-feira (19). As ações são da 17ª edição do Festival Internacional de Dança do Recife - com coordenação de Arnaldo Siqueria e curadoria da coreógrafa paulista Marta César - que acontece até o dia 27 de outubro sob o conceito da interculturalidade. Grupos de diversos países como Espanha, França, Holanda, Moçambique e Tailândia se apresentam durante o festival, além de artistas que desenvolveram suas obras em outras cidades e outros que trabalharam pelo viés do diálogo do popular com o contemporâneo.
São nove dias de programação com mais de 40 espetáculos divididos entre os teatros Hermilo Borba Filho, Apolo, Teatro de Santa Isabel, Luiz Mendonça, Arraial, Barreto Junior, além dos parques Dona Lindu e Jaqueira, além da Praça do Diário. Os espetáculos têm ingressos a um preço popular de R$ 5,00, além de apresentações gratuitas. Um dos grandes diferenciais desta edição é a programação de Dança Inclusiva, que traz espetáculos como Florescer e O Nada. O primeiro faz o público refletir, por meio da dança árabe, sobre as constantes transformações que ocorrem na vida com a participação da Cia de Dança Cadências com bailarinas cadeirantes. O Nada traz um novo conceito de comunicação que tem como ponto de partida um percurso caracterizado no silêncio e no eco de um sonho.
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Entre as coreografias das companhias locais, destaque para produções inéditas como O Solo do Outro, inspirado no centenário de nascimento do dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues. O projeto traz os espetáculos Caixa Preta, da bailarina Marta Figueiredo e Vestido de Noiva com o dançarino Otavio Bastos. Ainda na programação local, merecem atenção a montagem Cavalo Marinho Boi Matuto de Olinda - que envolve 76 personagens humanos e animais fantásticos numa manifestação folclórica que conta com a participação do público - o espetáculo Trupecada, da Geração Salú, composta pelas filhas do renomado mestre Salustiano, além da estreia de In Vitro da Cia Vias de Dança.
Cribles/Wild da companhia francesa Emmanuelle Huhyn, o solo do franco-tunisiano Selim Ben Safia e o projeto espanhol Madrid Dances in...Recife são alguns dos destaques internacionais. A programação completa está disponível em http://www.festivaldancarecife.com. Há ainda a Plataforma Novos Criadores, um espaço aberto aos novos coreógrafos, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para seminário, palestras, discussões e lançamento de livro durante o evento.
HOMENAGEM - Este ano, o FIDR homenageia a bailarina e coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo pela sua contribuição à dança brasileira. A artista é uma das fundadoras do grupo Grial, que completa 15 anos em 2012. Foi pensando no trabalho que Maria Clara desenvolveu ao longo de sua carreira que o FIDR buscou articular a dança que mistura a cultura popular e erudita, essência do Grial. É o caso dos espetáculos Coreografia de Cordel da Cia de Dança Palácio das Artes (BH), Rastros Híbridos da índios.com Cia de Dança e Sagração da primavera do Ballet do Teatro Guaíra (PR).
ABERTURA - O lançamento oficial do 17º Festival Internacional de Dança do Recife acontece nesta sexta-feira (19), às 19h30, no Parque Dona Lindu. O público confere a performance Árvores de Clarice Lima (SP), que se apresenta na esplanada do Parque e Canções que Você Dançou pra Mim da Cia Focus (RJ), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, também no Dona Lindu.
Serviço
17º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR)
De 19 a 27 de outubro DE 2012
R$ 5,00, além de atividades gratuitas
Informações: www.festivaldancarecife.com