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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de três financiamentos, no total de R$ 70,2 milhões, para construção de hotéis no Rio, em Itaguaí (RJ) e em Porto Alegre. Segundo nota do banco de fomento distribuída na tarde desta sexta-feira, 19, na capital fluminense, o hotel será implantado no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), sob a bandeira Linx, e deverá entrar em operação em agosto. O financiamento, de R$ 27,7 milhões, foi aprovado à GJP Administradora de Hotéis Ltda.

Em Itaguaí, o Tulip Inn ficará no entroncamento entre a BR-101 (Rio-Santos) e a RJ-099. O empréstimo, de R$ 19,6 milhões, foi aprovado para a sociedade de propósito específico (SPE) Tulip Itaguaí Hotelaria SPE S/A. Em Porto Alegre, o hotel da bandeira Ibis Budget (antiga Formule 1) será erguido no centro histórico da capital. O financiamento, para a Hotelaria Accor Brasil S/A, de R$ 22,9 milhões, é uma operação indireta, intermediada pelo HSBC.

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Todos os financiamentos integram o programa BNDES ProCopa Turismo.

Em meio a uma série de denúncias sobre abusos de preços praticados pelo setor turístico, principalmente de hotéis, a presidente Dilma Rousseff decidiu dobrar o valor das diárias concedido a servidores civis e militares que se deslocarem para as cidades onde houver jogos da Copa das Confederações. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 14, que circula neste sábado, 15.

O decreto destaca, porém, que a medida não vale para os deslocamentos em que a administração pública oferece hospedagem. Da mesma forma, não pode ser usada para quem não tiver de pernoitar numa das cidades. O aumento de 100% dos valores das diárias valerá para o período de 14 a 17 de junho no Distrito Federal; 15 a 28 de junho em Belo Horizonte (Minas Gerais); 17 a 29 de junho em Fortaleza (Ceará) e 14 a 25 de junho no Recife (Pernambuco). No caso do Rio de Janeiro, há duas datas: de 14 a 22 de junho e de 28 de junho a 2 de julho. Também no caso de Salvador: 18 a 24 de junho e de 28 de junho a 2 de julho.

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Com essa decisão, o governo se rende ao aumento dos preços do setor hoteleiro, que, segundo especialistas, se deve ao crescimento da demanda sem o acompanhamento da oferta de quartos nas principais cidades do País. O governo também acaba, com esta medida, dando fôlego a um dos seus principais problemas atuais, a alta da inflação, que já custou caro em termos de popularidade para a presidente Dilma.

De olho no potencial de crescimento dos setores hoteleiro e publicitário no Brasil, o norte-americano Questex Hospitality Group reuniu entre esta quinta (13), e sexta-feira (14) num hotel de São Paulo 250 empresários e executivos dos dois segmentos no Brasil Hospitality Investment Conference. O evento marcou a entrada do grupo dos Estados Unidos na América Latina, começando pelo Brasil. O próximo latino-americano a receber o Questex Hospitality Group é a Colômbia, disse em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a vice-presidente global da Questex, Marilyn McHugh.

De acordo com Marilyn, apesar de o cenário econômico atual do Brasil não ser dos melhores, segundo delinearam os economistas Jankiel Santos, do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil); Fernando Fix, da Votorantim Wealth Management Services(WM&S), e Juan Jensen, da Tendências Consultoria Integrada, ela disse que a empresa mantém uma visão muito positiva em relação ao futuro econômico do País.

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Marilyn demonstra que parte da visão do Questex em relação ao Brasil está associada aos eventos esportivos como a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada de 2016. Mas ressalta que a empresa vê potencial para a economia brasileira continuar a crescer após os eventos. "Vamos investir pesado no Brasil", disse, sem revelar números, alegando se tratar de informações estratégicas.

O Grupo Quertex não investe diretamente em hotéis, mas conecta investidores globais a empresas que querem expandir e que precisam de aportes. "Somos uma empresa de fomento de investimentos. O que estamos fazendo aqui é conectar empresas individuais, franqueadores e os investidores que fazem parte do setor hoteleiro e de publicidade", disse a diretora da Questex, acrescentando que no encontro realizado nesta quinta e sexta-feira, a empresa conheceu grandes players dos mercados locais e internacionais.

O governo federal está conduzindo um acordo entre empresários do setor hoteleiro e a FIFA para tentar conter as tarifas abusivas durante a Copa do Mundo. Quem fez uma pesquisa de preço antes de confirmar a reserva para a Copa das Confederações pôde sentir o peso que os eventos esportivos trazem na cobrança das diárias.

Das seis cidades que irão receber os jogos da Copa das Confederações, Brasília é a que tem as tarifas mais caras. De acordo com um levantamento preliminar feito pela Embratur, a diária custa em média R$ 485. Como muitos hotéis no centro da cidade e próximos ao Estádio Nacional Mané Garrincha não têm mais vagas, os estabelecimentos com leitos disponíveis acabam aumentando os preços. Em alguns hotéis, a diária de um quarto duplo chega a R$ 750, além dos 10% da taxa de serviço.

No geral, todas as cidades terão um aumento no valor das tarifas durante o período das competições. O que até é aceitável para o Ministério do Turismo, já que os empresários têm contratado mais funcionários e aprimorado o serviço para agradar aos turistas. No entanto, abusos preocupam o governo federal porque mancham a imagem do Brasil e causam reclamações dos visitantes, assim como ocorreu durante a Rio+20, realiado no Rio de Janeiro, no ano passado.

Num acordo firmado nesta semana, ficou definido que as tarifas da Match Services, empresa oficial da FIFA para assuntos relacionados a acomodações nos campeonatos mundiais de futebol, servirão de base para o governo e o setor hoteleiro do país. Nos próximos dias, os hoteleiros deverão divulgar os patamares aceitáveis para as tarifas. “Estabelecemos o caminho do diálogo com os empresários para evitar que a esperteza de poucos prejudique a imagem de todo o país. Essa é a posição do governo”, comentou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

De acordo com presidente da Embratur, Flávio Dino, a ideia não é prejudicar o setor hoteleiro. “Não vamos intervir nas leis de mercado, mas também não podemos permitir abusos”, frisou. A Embratur continuará a  monitorar a cobrança de tarifas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo.

O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, garantiu que os empresários estão de acordo com as medidas adotadas. “Não há dois lados nessa questão. Também entendemos que o país passa por um momento importante e somos contra práticas abusivas de mercado, que, de maneira alguma, refletem a atitude majoritária dos nossos empresários”, salientou.

Tradição entre os brasileiros, os 10% de gorjeta deixados em bares, restaurantes e hotéis nem sempre vão para o bolso dos garçons, como esperam os clientes. Para pacificar essa situação,  um projeto de lei (PLC 57/2010) aprovado, nesta terça-feira (14). na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deixa mais claro o rateio desse valor.

A proposta já aprovada na Câmara não torna a cobrança obrigatória, mas estabelece que os 10% façam parte da contribuição previdenciária e do cálculo para a aposentadoria. Pela proposta, 80% do valor extra pago pelos clientes deve ser repassado integralmente aos funcionários. Os outros 20% poderão ser descontados no pagamento encargos sociais e previdenciários pelos empresários.

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Na prática, a Carteira de Trabalho do empregado deverá trazer, além do salário fixo, o percentual recebido de gorjeta. Caso a cobrança seja suspensa, o empresário deverá incorporar o valor pago ao salário do empregado, pela média dos últimos 12 meses.

Segundo o projeto, todos os envolvidos no serviço – copeiros, cozinheiros, ajudantes de serviços gerais – também devem entrar no rateio da gorjeta. Já os percentuais a que cada trabalhador terá direito deverá ser acertado por acordo coletivo pelos respectivos sindicatos.

O projeto determina também que os sindicatos criem uma comissão para fiscalizar os repasses, além de multa de um quinze avos – com base na média diária de gorjeta – ao empresário que não fizer o pagamento corretamente. O objetivo é evitar faudes.

Representantes de trabalhadores de hotéis, bares e restaurantes comemoram com aplausos a aprovação do projeto na Comissão. "A grande vantagem da regulamentação dos 10% é que, de agora em diante, nós trabalhadores que recebemos a taxa de serviço da gorjeta vamos ser beneficiados com uma aposentadoria decente”, destacou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), Moacyr Tesh. “Muitos empresários recebem os 10% e não repassam para os trabalhadores e não fazem o recolhimento para a Previdência. Já um garçom, um recepcionista que recebe esses valores junto com o salário no fim do mês, quando se aposenta, só recebe os benefícios com base no piso da categoria", completou o presidente da Contratuh.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho de 2011, no Brasil, 2 milhões de pessoas trabalham no setor de hotéis, bares, restaurantes e similares. Caso seja acatado, o requerimento de urgência da matéria no plenário do Senado, a expectativa do senador Lindbergh Faria é a de que a votação final ocorra antes do recesso parlamentar de julho.

A rede de hotéis francesa, Accor, inaugurou, na última quarta-feira (1º), o novo Ibis Recife. O empreendimento é o primeiro da bandeira na cidade e contou com investimento de R$ 19,5 milhões do grupo de artigos de informática Nagem. O espaço funciona no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.

A Accor opera atualmente o Mercure Navegantes e Mercure Metropolis, em Recife, e um Ibis em Petrolina, no Estado. Segundo informações da assessoria, estão em construção, ainda, um Ibis próximo ao Aeroporto de Guararapes e outro em Caruaru.

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Com o feriado da Semana Santa chegando muita gente se preocupa com os preparativos, para onde vai, como vai, e também onde vai se hospedar. Deixar o tempo passar e se programar de última hora pode não ser uma boa escolha. Isso porque o número de reservas costuma aumentar nesta época e as vagas ficam cada vez mais escassas.

De acordo com a Associação Brasileira de Indústrias de Hotéis, seccional de Pernambuco (ABIH-PE), nesse período aumenta a procura por cidades no Agreste do Estado. “Por conta do espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, os visitantes buscam se hospedar em cidades como Caruaru, Garanhuns, Gravatá, Bezerros e Bonito”, comenta o presidente da ABIH-PE, Eduardo Cavalcanti. Segundo ele, o número de leitos ocupados no momento é de 85% e deve chegar a 95% nas pousadas, e nos hotéis, que investem em campanhas publicitárias, até 100%.

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Como o verão ainda não acabou, Cavalcanti afirma que a procura por hotéis em cidades no Litoral permanece e pode aumentar durante o feriado. “Praias, como Porto de Galinhas, são bastante procuradas durante esse período. A expectativa é de que 95% das vagas sejam ocupadas”, disse. Ainda segundo o presidente, na cidade do Recife 85% dos leitos já estão ocupados e esse número pode chegar a 95%. “Brasileiro tem o hábito de deixar tudo para última hora. Por isso, o número de hospedagens deve aumentar ainda mais quando se aproximar o feriado", disse.

O fluxo de veículos nas rodovias federais costuma aumentar nesse período e de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de carros na BR-232 que dá acesso a Fazenda Nova, e da BR-101 no sentido Litoral deverá ter um aumento. A PRF afirmou que o número de automóveis que passam pelas estradas diariamente chega a 60 mil e que no período da Semana Santa a estimativa é que a quantidade venha a dobrar ou até mesmo triplicar. Em relação aos acidentes, a PRF informou  que os registros de ocorrência são mais frequentes na BR-232, cuja movimentação aumenta muito devido ao espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira (12) a aprovação de financiamentos de R$ 417 milhões para a construção de dois hotéis no Rio de Janeiro. Os empreendimentos serão financiados pelo BNDES ProCopa Turismo, programa do banco voltado à ampliação e modernização do parque hoteleiro nacional.

Do valor aprovado, R$ 118,5 milhões serão para a Carvalho Hosken Hotelaria, responsável pela construção do Hilton Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Os demais R$ 298,5 milhões destinam-se à Rio JV Partners Participações, empresa do Grupo Hyatt, que construirá o Grand Hyatt Barra.

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Segundo o BNDES, os dois empreendimentos devem gerar 2.580 empregos diretos e indiretos, consideradas as obras e, depois, a operação dos hotéis. Ambos os financiamentos incluem também a realização de projeto social pelas empresas, no valor total de R$ 2,1 milhões.

Com inauguração prevista para 2015, os projetos contribuem para a infraestrutura hoteleira das Olimpíadas de 2016, uma vez que estão situados na região que mais cresce na cidade e no bairro mais importante para a competição, que abrigará a maioria das modalidades e a própria Vila Olímpica, destacou o BNDES em nota.

Em dezembro de 2008, o empresário Antonio Setin estava de férias com os filhos em Nova York quando recebeu um telefonema do sócio: "Meu caro, nós vamos quebrar. Não temos caixa para chegar a janeiro". Oito meses depois, a incorporadora Klabin Segall, quebrada, foi vendida para a Agra, que hoje pertence à PDG. Setin curou o trauma de ter visto a empresa ruir com um sabático pela Europa. De volta ao Brasil, retornou ao mercado imobiliário e, mais recentemente, à hotelaria, ramo que o tornou conhecido na década de 90.

Hoje, ao lado da Odebrecht, a Setin é a empresa que mais tem investido em hotéis no País. A incorporadora vai aplicar R$ 700 milhões na construção de oito empreendimentos em São Paulo e na Bahia. As unidades serão lançadas até o fim de 2013 e devem gerar vendas no valor de R$ 1,3 bilhão. Dos oito hotéis, cinco são de uma bandeira da Accor que ainda não existia no Brasil. A marca Adagio difere das outras bandeiras do grupo francês por ter sido projetada para estadias mais longas de, no mínimo, quatro noites. Os quartos têm sala e cozinha, por exemplo.

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Essa não é a primeira vez que Antonio Setin traz uma novidade da Accor para o Brasil. Os negócios entre as duas companhias vêm de longa data e remontam à época em que o empresário brasileiro começou a fazer seu nome no mercado da hotelaria. Foi Setin que trouxe as bandeiras Ibis e Formule 1 para o País na década de 90. Hoje, ele é o maior parceiro da Accor no mercado brasileiro.

Na indústria hoteleira, funciona assim: o incorporador localiza o terreno, negocia a área, contrata a construtora, tira o hotel do papel e vende os quartos para um grupo de investidores (ou banca tudo com recursos próprios). A operadora - no caso, a Accor - empresta sua marca e administra o empreendimento.

Entre 1996 e 2003, a empresa dele colocou no mercado 15 empreendimentos, com um total de 4 mil quartos. Era o boom da hotelaria no Brasil. “Todo mundo queria investir em hotéis, na expectativa de ter uma renda gorda e garantida”, disse Diogo Canteras, presidente da consultoria HotelInvest. Mas a superoferta de quartos fez a rentabilidade do setor despencar e afugentou os investidores.

Até o fim do ano passado, Setin ainda amargava um estoque de 200 unidades no Ibis de São José dos Campos. Só agora, que o mercado voltou a crescer, é que ele conseguiu desovar os quartos. “É a falta de conhecimento dos investidores e a irresponsabilidade de quem desenvolve os projetos que mata o mercado”, disse o empresário, sem esconder a preocupação de que a hotelaria viva de novo uma superoferta. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com uma semana de festas, o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e similares de Campina Grande registra números recordes nesta edição 2012 do São João.

Segundo os números divulgados, não há mais sequer um quarto de hotel vago na cidade, com 100% de lotação. O sindicato informou ainda que este dado reflete nos bares e restaurantes, dando trabalho para quem procura por uma mesa.

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O resultado destes primeiros sete dias deve se repetir durantes as próximas três semanas. A procura pelos festejos na cidade paraibana aumentou em cerca de 20% em relação a 2011 e os turistas já não mais procuram apenas os fins de semana.

Até maio, cerca de 90% dos leitos já estavam reservados. Em Campina Grande existem em torno de 2.600 quartos em 28 hotéis e pousadas.

Até o final do ano, a Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) fará blitzes de acessibilidade a hoteis, pousadas e flats em 19 destinos procurados pelos turistas que visitam o Estado de Pernambuco, do litoral ao sertão. O objetivo é verificar a acessibilidade dos locais em relação aos estacionamentos, calçadas, acessos principais, circulação interna, sanitários, unidades habitacionais, áreas de lazer e circulação vertical.

Em todos os locais visitados, técnicos da Empetur farão um levantamento do que falta nos estabelecimentos no que diz respeito à acessibilidade, que deverá ser encaminhado como sugestão aos proprietários. Os locais também serão cadastrados no Cadastur, do Ministério do Turismo. Através do cadastro, o turista tem acesso aos meios de hospedagem, o que tem o objetivo de oferecer mais segurança ao visitante ao escolher o destino turístico.

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A cidade de Bezerros, localizada no agreste de Pernambuco, será visitada durante esta semana. Até o fim do ano, a Empetur vai a Bonito, Tracunhaém, São Lourenço, Paulista, Itamaracá, Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Tamandaré, Rio Formoso, Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria Boa Vista, Petrolândia, Triunfo e Fernando de Noronha.

A Embratur atribuiu à "ganância de poucos" os elevados preços cobrados pela indústria hoteleira no Rio de Janeiro. Para a empresa, a estratégia do setor vai dificultar a consolidação do país como polo turístico mundial.

Na semana passada, o governo precisou intervir para reduzir o preço das diárias no Estado durante a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho. A estatal divulgou no domingo nota com críticas aos preços praticados na indústria hoteleira fluminense, segundo a empresa os mais altos do país, sem motivo para essa diferença, que tem gerado reclamações no Brasil e no exterior.

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Os altos valores cobrados para hospedagem geraram protestos de comitivas estrangeiras. O Parlamento europeu chegou a cancelar a participação de uma delegação de 11 representantes no evento sob essa alegação. Em nota, a Embratur classificou domingo como "absurdo" a hotelaria no Rio praticar preços semelhantes ao do réveillon ou carnaval durante a conferência. Nesses períodos festivos, argumentou, o visitante tem liberdade de escolher entre várias cidades no país, o que não acontece em um evento da ONU sediado no Rio.

"Os hotéis do Rio, ou de qualquer outro destino turístico brasileiro, não podem pretender que o aquecimento de demanda, em face de um evento custeado pelos impostos de todos os brasileiros, conduza a margens de lucros que dificultem a consolidação do Brasil como um polo turístico mundial", diz a nota.

Em entrevista publicada domingo pelo jornal O Estado de São Paulo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também criticou o setor e lembrou que os erros de agora devem servir de lição para futuros eventos que a cidade vai receber, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Paes apontou o contrato entre o Itamaraty e a empresa Terramar como um dos principais responsáveis pela disparada no preço da hospedagem durante a Rio+20.

Segundo ele, a Terramar "cresceu os olhos" com o evento, assim como o setor hoteleiro, que chegou a exigir que as comitivas fechassem pacotes de uma semana, mesmo que fossem ficar menos tempo.

A Embratur também avalia que a Terramar estava cobrando "taxas muito acima do razoável." Mas, na avaliação da Embratur, jogar a responsabilidade no acordo fechado pelo Itamaraty não ajuda a resolver o problema criado pela hotelaria no Rio de Janeiro.

"Não há razão objetiva para isso, já que os custos não têm diferença em relação a outras cidades de idêntico ou maior porte", diz o texto. Para a empresa, o importante é o Brasil buscar alternativas que o coloquem no foco do turismo internacional.

Pesquisa realizada pela Embratur mostra que os preços no Rio estão "desalinhados" frente aos fixados por outras cidades que sediam eventos internacionais importantes. "O governo federal não aceita tal postura comercial", diz. A nota destaca ainda que o governo intensificará os esforços para manter os preços dos hotéis justos na cidade em defesa da imagem do Rio como destino turístico.

A menos de dois meses da Rio +20, o governo federal, deputados e senadores descobriram que o preço dos hotéis no Rio de Janeiro durante a conferência se transformou em um problema. A presidente Dilma Rousseff pediu nesta quinta-feira aos ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Turismo, Gastão Vieira, que tentem achar uma solução. Na Câmara dos Deputados, a Comissão de Turismo quer convocar o setor hoteleiro a dar explicações. No Senado, a Comissão de Relações Exteriores aprovou uma resolução em que pede ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que intervenha no assunto.

O assunto veio à tona esta semana, depois que o Parlamento Europeu declarou que havia cancelado o envio de uma delegação ao evento por conta dos altos custos de hospedagem. A conta poderia chegar a 100 mil euros, 10 vezes mais do que o orçamento inicial feito pelos europeus. Outras delegações também diminuíram o número de participantes por conta dos preços, até 60% maiores do que o normal em uma cidade que já cobra caro pelas vagas em seus hotéis.

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Ao ficar sabendo do cancelamento dos deputados europeus, a presidente teria ficado irritada com o "abuso" pediu à ministra da Casa Civil que se reunisse sexta-feira com o ministro do Turismo para ver o que seria possível fazer. Foram chamados representantes dos Ministérios da Fazenda, Justiça, Turismo, Receita Federal, Embratur e do setor hoteleiro do Rio. A avaliação do governo é que os preços dos hotéis estão abusivos. Além disso, considera irregular a exigência dos pacotes de cobrar uma estadia de pelo menos sete dias. "Não há compreensão por parte do setor da importância do evento para o País", diz um auxiliar da presidente Dilma".

Apesar de reconhecer que o preço dos hotéis é uma questão de mercado, o fato de países já terem anunciado a redução no número de delegados acendeu o sinal vermelho. "Esse é um assunto que nos preocupa. Nós queremos que a Rio+20 seja inclusiva. Os preços estão muito elevados", disse o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, ao sair de uma audiência no Senado. Patriota fez questão de destacar que, apesar dos preços, a participação na conferência será alta. São esperados 116 chefes de Estado ou de governo. No entanto, para esses o custo da hospedagem é bancado pelo Brasil e pelas Nações Unidas. O restante das delegações paga do próprio bolso ou tem a sua despesa custeada pela organização da qual faz parte.

O alto custo fez com que a Câmara brasileira também decidisse não ter uma delegação oficial para não pagar as diárias cobradas pelos hotéis cariocas, a menos que haja uma redução nos preços. "Fiquei sabendo que a diária do hotel que estava sendo oferecida à Câmara dos Deputados é de algo em torno de R$ 1,6 mil por dia. E eu já determinei que a Câmara não irá pagar essa diária para garantir a participação dos deputados na Rio+20, não nessas condições", afirmou o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS). "Vamos ver o que é possível fazer para reverter isso. Qualquer atitude que represente abuso ou crime contra a economia popular nós podemos tomar medidas".

Já no Senado, ao final da audiência com Patriota, a Comissão de Relações Exteriores aprovou um requerimento do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) pedindo que a Prefeitura do Rio de Janeiro intervenha, de alguma forma, no setor para baixar os preços. Apesar do súbito zelo das autoridades, talvez não haja mais muito o que fazer. A grande maioria dos hotéis já estão lotados para o evento, apesar dos preços abusivos. Uma rápida busca pela internet encontra poucas vagas, raramente com diárias inferiores a R$ 1 mil.

A capacidade hoteleira no Brasil está predominantemente concentrada nas capitais e regiões metropolitanas, com quase 75% da oferta nacional. Este é o resultado de pesquisa que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, complementando as informações anunciadas em fevereiro, que revelou que o Brasil ainda não dispõe de hotéis suficientes para atender à demanda de turistas esperados para a Copa de 2014.

Os hóspedes mais exigentes terão de antecipar suas reservas se quiserem manter um alto padrão de conforto durante sua permanência no País durante o evento. De acordo com a pesquisa do IBGE, o Brasil dispõe de pouca oferta de estabelecimentos de luxo ou superior/muito confortável: apenas 12,6% do total.

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Os classificados como médio e baixo conforto/qualidade correspondem a 87,4% do total, sendo 27,4% considerados turístico/médio conforto, 38,3% econômicos e 21,7% simples. Os apart-hotéis e flats concentram maior proporção de categorias luxo e superior/muito confortável (41,5%), seguidos pelos hotéis (19,8%), estes com uma maior proporção de estabelecimentos na categoria luxo (5,8%). Os estabelecimentos com padrões inferiores de conforto estão mais concentrados nas pensões de hospedagem, nos albergues turísticos e em outros tipos.

Também concentram-se nas capitais e seu entorno 76% das unidades habitacionais do País. Para os dois grandes eventos internacionais que o Brasil vai sediar - Copa e Olimpíada de 2016 - a oferta de hospedagem em residências está sendo apontada como alternativa à insuficiência de hotéis.

Quatro regiões metropolitanas respondem por 40,6% do total de estabelecimentos, 46,3% das unidades habitacionais e 44,2% da capacidade total de hóspedes. A Região Metropolitana de São Paulo registrou 1.323 estabelecimentos (17,7%), 68.858 unidades habitacionais (21,0%) e capacidade de 146.381 hóspedes (19,7%). Já a RM do Rio de Janeiro, detinha 609 estabelecimentos (8,1%), 38.565 unidades habitacionais

(11,8%) e capacidade de 83.130 hóspedes (11,2%). Na RM de Belo Horizonte foram encontrados 589 estabelecimentos (7,9%), 21.809 unidades habitacionais (6,7%) e capacidade de 48.393 hóspedes (6,5%).

A maior concentração da rede hoteleira, porém, ocorreu principalmente em Fortaleza (CE), que detinha 76,5% dos estabelecimentos (280), 85,2% das unidades habitacionais (12.188) e 82,4% da capacidade total de hóspedes (28.987). No outro extremo encontrava-se Recife (PE), com 43,3% dos estabelecimentos (161), 48,4% das unidades habitacionais (7.216) e 45,6% da capacidade total de hóspedes (15.244). Excetuando-se o município da capital, a cidade com maior rede de hospedagem era Ipojuca (PE), que concentrava 25,3% dos estabelecimentos (94) localizados na região metropolitana de Recife.

A RM de Salvador concentrou 516 estabelecimentos (6,9%), 21.591 unidades habitacionais (6,6%) e capacidade de 50.158 hóspedes (6,8%).

Embora a RM de São Paulo registre o maior número de estabelecimentos de luxo e superior/muito confortável (174), a maior proporção está na RM do Rio de Janeiro, que concentra 18,2% dos estabelecimentos nesta categoria.

A custa de 500 quilos de explosivos, dois prédios de 12 andares foram implodidos hoje no centro da capital federal, no Setor Hoteleiro Sul. Na área, serão construídos dois novos hotéis com cerca de 500 leitos, que estarão prontos antes da Copa de 2014. Por segurança, o trânsito foi bloqueado num raio de 2,1 quilômetros. As implosões ocorreram com 20 minutos de atraso, às 10h20. O custo da operação ficou em R$ 1,3 milhão.

Mais de 200 quilos de alimentos com prazo de validade vencido ou sem informações foram apreendidos pela Polícia Civil do Rio em quatro hotéis de luxo da orla de Copacabana, na zona sul do Rio, hoje de manhã. As irregularidades foram encontradas no Sofitel, no JW Marriott, no Pestana e no Rio Othon Palace, que chegou a ter a cozinha parcialmente interditada pela Vigilância Sanitária Municipal.

Os responsáveis pelas cozinhas dos quatro hotéis foram autuados por crime contra as relações de consumo. Eles podem receber pena de dois a cinco anos de prisão ou multa.

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Segundo policiais da Delegacia do Consumidor, os produtos mais velhos estavam vencidos há três meses. A fiscalização foi organizada depois que a unidade recebeu denúncias de dois hóspedes que passaram mal após se alimentar em hotéis da zona sul. A polícia não informou quais eram os hotéis. A fiscalização vai continuar e abranger hotéis de todas as regiões da cidade.

Em nota, o Sofitel afirmou que "está apurando os fatos para tomar as providências que forem necessárias". Já o JW Marriott afirmou que "não foram encontrados alimentos impróprios para consumo", mas "apenas alguns produtos recém-utilizados, que ainda não tinham recebido as etiquetas de manipulação".

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