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Incêndios florestais devastadores no Havaí mataram 36 pessoas, segundo autoridades do condado de Maui. Os incêndios se alastraram por duas ilhas do Estado americano, prendendo moradores e visitantes. Alguns se jogaram no mar para se salvar.

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de catástrofe natural no Havaí nesta quinta-feira (10) o que permitiu colocar recursos federais à disposição dos afetados, explicou a Casa Branca, em comunicado.

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A rede hospitalar de Maui estava saturada com pacientes com queimaduras e pessoas que inalaram fumaça, segundo a vice-governadora Sylvia Luke, que descreveu a situação como dramática. Na ilha, a popular cidade de férias de Lahaina foi dizimada pelo fogo, segundo Luke. "O caminho para a recuperação das áreas afetadas levará anos." A cidade já foi capital do Havaí.

Pelo menos três incêndios florestais tiveram início e começaram a se alastrar em Maui na terça-feira, 8. Alguns foram tão intensos que pelo menos uma dúzia de pessoas escapou apenas após pular no Oceano Pacífico, onde foram posteriormente resgatadas pela Guarda Costeira dos EUA.

Destruição

Os incêndios, em grande parte contidos até a noite de quarta-feira, 9, foram tão destrutivos devido ao isolamento da ilha, às frágeis cadeias de suprimentos e à dependência do turismo. Eles também destruíram alguns dos patrimônios culturais mais importantes do Havaí. Mais de 800 hectares foram queimados.

O Pentágono mobilizou ontem 134 membros da Guarda Nacional, um corpo militar de reserva, para ajudar nas tarefas de resgate e de combate aos incêndios. Segundo o porta-voz do Departamento de Defesa americano, general Pat Ryder, a Guarda Nacional também forneceu dois helicópteros Chinook para apoiar as missões.

Ryder acrescentou que essas tropas já resgataram 14 sobreviventes nas águas do Havaí, que tentavam se proteger do fogo e da fumaça. A 25ª Brigada de Aviação do Exército e da Marinha dos EUA também enviou quatro helicópteros Blackhawk e um Chinook.

As autoridades do condado pediram aos visitantes que deixassem a ilha o quanto antes e organizaram ônibus para levar turistas ao aeroporto de Kahului. No local, muitos turistas ficaram bloqueados, pois seus voos foram cancelados ou atrasaram. As pessoas tiveram de dormir no chão.

Fatores

Algumas companhias aéreas, como a United Airlines, cancelaram voos para Maui para poder levar aviões vazios para a ilha e retirar passageiros de volta aos EUA continental.

Embora meses de seca tenham preparado o cenário para os incêndios, foi a confluência de dois sistemas climáticos - alta pressão, ao norte, e o furacão de categoria 4 Dora, ao sul - que incitaram os ventos que espalharam as chamas em velocidades devastadoras no Havaí.

Incêndios florestais são relativamente comuns nas ilhas. Cerca de 0,5% da área terrestre do Havaí queima a cada ano, igual ou maior que a proporção queimada de qualquer outro Estado dos EUA, segundo a Hawaii Wildfire Management Organization.

A tempestade de fogo desta semana, no entanto, foi incomum em sua ferocidade, destruindo centenas de edifícios, forçando resgates em massa e cortando energia para cerca de 13 mil.

Em todo o mundo, milhões de pessoas têm sofrido com os efeitos de eventos meteorológicos extremos nas últimas semanas. Segundo cientistas, esses fenômenos têm sido exacerbados pelas mudanças climáticas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Incêndios florestais de rápida propagação no Havaí mataram pelo menos 36 pessoas, informaram as autoridades do condado de Maui na noite de quarta-feira (9). Os incêndios têm se alastrado por duas ilhas do Havaí, prendendo moradores e visitantes, já que os fortes ventos ligados ao furacão Dora dificultaram os esforços das autoridades para contê-los.

No condado de Maui, a popular cidade de férias de Lahaina foi "dizimada" pelos incêndios, disse a tenente-governadora Sylvia Luke. O caminho para a recuperação das áreas afetadas "levará anos", acrescentou ela.

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As identidades das pessoas mortas não foram incluídas na breve declaração divulgada pelo condado, que disse que "os esforços de combate ao fogo continuam".

Pelo menos três incêndios florestais começaram a se alastrar em Maui na terça-feira, sendo que alguns foram tão intensos que pelo menos uma dúzia de pessoas escapou pulando no Oceano Pacífico, onde foram posteriormente resgatadas pela Guarda Costeira dos EUA.

Os incêndios, que haviam sido em grande parte contidos até a noite de quarta-feira, queimaram grande parte da cidade de Lahaina, que já foi a capital real do Havaí, e lançaram a ilha no que o governo do condado chamou de "um momento de crise".

Os incêndios foram destrutivos em parte devido ao isolamento da ilha, às frágeis cadeias de suprimentos e à dependência do turismo. Eles também destruíram alguns dos patrimônios culturais mais importantes do Havaí.

"Isso é realmente devastador e terá impactos de longo prazo, sem mencionar os impactos culturais", disse Burgess Harrison, 66 anos, que tem uma casa na ilha e divide seu tempo entre Maui e Minnesota.

Esperava-se que os ventos que provocaram os incêndios, impulsionados em parte por um furacão que passava a centenas de quilômetros de distância no Oceano Pacífico, diminuíssem na quinta-feira (10).

Os avisos sobre ventos e incêndios que estavam programados para durar até o amanhecer foram cancelados na noite de quarta-feira. Mas o Departamento de Saúde do Havaí disse em um comunicado na quarta-feira que os incêndios estavam gerando fumaça densa e cinzas. E ao cair da noite de quarta-feira, Maui estava em modo de crise.

"Esta é realmente uma situação em que todos estão a postos", disse a senadora Mazie Hirono, do Havaí, durante uma coletiva de imprensa na noite de quarta-feira.

Autoridades alertaram os turistas para deixarem a ilha de Maui

O governador do Havaí, Josh Green, alertou que o estado não tem abrigos suficientes para viver a longo prazo e pediu aos visitantes que deixem ou cancelem viagens não essenciais para Maui, a fim de abrir quartos de hotel, anúncios do Airbnb e outras acomodações para os desabrigados.

"Receberemos os visitantes de volta ao paraíso depois que o incêndio terminar e pudermos reconstruir", disse Green em uma entrevista à CNN na quarta-feira.

O governador estimou que vários milhares de pessoas precisarão de moradia e disse que o estado já estava lutando contra a falta de moradia e um grave déficit habitacional antes dos incêndios florestais.

Até o momento, 11 mil viajantes foram retirados da ilha, disse Ed Sniffen, do departamento de transportes. Esperava-se que cerca de 1.500 passageiros deixassem a ilha na quinta-feira.

Os incêndios foram contidos, mas com surtos periódicos, disse o major-general Kenneth S. Hara durante a coletiva de imprensa na noite de quarta-feira. O Serviço Nacional de Meteorologia cancelou o aviso de ventos fortes e o alerta de bandeira vermelha para as ilhas havaianas.

O serviço telefônico ficou inoperante em algumas partes da costa oeste da ilha, inclusive em Lahaina, onde o fogo está destruindo fachadas de lojas de madeira desgastadas pelo tempo.(Com agências internacionais).

Os incêndios florestais continuavam neste domingo (1º) na Turquia - onde deixaram seis mortos - e na Grécia, onde os bombeiros tentavam pelo segundo dia apagar as chamas que castigam o noroeste do Peloponeso, em meio a uma onda de calor.

Cerca de 20 casas foram queimadas, e oito pessoas ficaram feridas, em um grande incêndio florestal que continuava neste domingo (1º) no noroeste do Peloponeso, perto da cidade de Patras, informou a Defesa Civil grega.

Com problemas respiratórios e queimaduras, os oito feridos leves foram transferidos para hospitais da região, disse a mesma fonte.

Cinco localidades foram evacuadas por causa deste intenso incêndio declarado no sábado (31), devido às altas temperaturas, disseram os bombeiros.

Na madrugada de domingo, cerca de 300 bombeiros, com 77 caminhões, oito aviões de combate a incêndio e cinco helicópteros, tentavam controlar o fogo.

Desde a manhã de sábado, 58 incêndios florestais foram registrados. A maioria deles foi rapidamente controlada, conforme os bombeiros.

Dimitris Kalogeropoulos, prefeito de Aigialeias, uma das cidades próximas ao incêndio, afirma que "a catástrofe é imensa".

O incêndio também causou enormes engarrafamentos, bloqueando os motoristas por horas. A estrada principal entre Corinto e Patras foi fechada ao tráfego no sábado, assim como a ponte Rio-Antirio que liga o Peloponeso e a Grécia continental.

A Grécia enfrenta uma nova onda de calor desde sexta-feira (30), com temperaturas entre 42°C e 44°C, de acordo com serviços meteorológicos. Há poucos dias, um incêndio devastou o Monte Pentélico, perto da capital grega.

Em julho de 2018, 102 pessoas morreram na cidade costeira de Mati, perto de Atenas, o pior número de mortos causado por um incêndio no país.

- Turquia: pior incêndio em uma década

Os incêndios no sul da Turquia forçaram mais moradores a abandonarem suas casas neste domingo, enquanto aumenta a pressão sobre o governo por sua resposta a estes dramáticos incêndios florestais.

Este é o pior ano para incêndios na Turquia em uma década, de acordo com dados oficiais, com quase 95.000 hectares queimados desde janeiro, em comparação com uma média de 13.516 entre 2008 e 2020 no mesmo período.

Desde o início dos incêndios, na quarta-feira (28), seis pessoas morreram, e mais de 330 receberam atendimento médico.

Um bairro na cidade turística de Bodrum foi evacuado, informou a rede turca da CNN, porque o vento forte soprava as chamas em direção ao distrito de Milas, que fica próximo.

Sem ter como deixar a localidade pela estrada, 540 moradores foram transferidos para hotéis em barcos, acrescentou a emissora.

Também houve evacuações na cidade de Sirtkoy, na província de Antalya, relatou a rede NTV, que exibiu imagens de nuvens de fumaça cinza ao redor das casas.

O ministro da Agricultura e Florestas, Bekir Pakdemirli, disse que 107 dos 112 incêndios declarados estão sob controle, enquanto as chamas continuam a arder nas regiões turísticas de Antalya e Mugla.

As temperaturas continuarão altas na região, em torno de 40ºC, após registrarem níveis recordes no mês passado. Em 20 de julho, o serviço de meteorologia registrou 49,1ºC no município de Cizre, no sudeste do país.

O governo foi criticado pela escassez de aviões-hidrante, o que obrigou a Turquia a aceitar ajuda de Azerbaijão, Irã, Rússia e Ucrânia.

Especialistas indicam que a mudança climática causará mais estragos na Turquia, com mais incêndios, caso não sejam tomadas medidas para remediar o problema.

Segundo dados da União Europeia, a Turquia sofreu 133 incêndios desde o início de 2021, em comparação com uma média de 43 nesta mesma época do ano entre 2008 e 2020.

Fogo por toda parte, milhares de espécies de fauna e flora dizimadas pelas chamas fora de controle. Depois de outros desastres que impressionaram o mundo nos últimos anos, os incêndios vieram para nos assustar ainda mais, afetando países como Brasil, França, Estados Unidos e Austrália. Naturais ou criminosos, os eventos reacendem a discussão sobre medidas de preservação do meio-ambiente.

Na Austrália, incêndios florestais que começaram em dezembro de 2019 destruíram quase 20 milhões de hectares. Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia já teve uma área de mais de 1,2 milhão de hectares incendiada. Aqui no Brasil, a Amazônia registrou recentemente diversos focos de incêndio, mas o que impressiona é o Pantanal, celeiro de grande diversidade biológica, que já perdeu mais 10% de sua cobertura vegetal apenas em 2020. A seca na região contribui para o aumento dos focos, mas a Polícia Federal trabalha com a hipótese de ação criminosa e investiga propriedades locais. Se comprovado o crime, é preciso haver punição exemplar.

Desde a década de 1930, com a promulgação do primeiro Código Florestal, o Brasil foi evoluindo na questão da preservação ambiental e chegou a ganhar papel de liderança em fóruns internacionais, como na Convenção da Diversidade Biológica que foi assinada durante a ECO-92. Apesar de todos os esforços e melhorias, as políticas públicas ainda não eram capazes de combater as queimadas criminosas, nem mesmo os incêndios espontâneos decorrentes do calor e da seca – estes, sazonais.

Nos últimos dois anos, no entanto, o Ministério do Meio Ambiente perdeu atribuições, reduziu participação da sociedade civil e flexibilizou a fiscalização ambiental. O reflexo é sentido agora: milhões de animais e plantas carbonizados, perda irreparável para o bioma. As suspeitas de que alguns focos tenham começado por iniciativa criminosa acende uma luz de alerta, ressaltando a importância do controle da atividade agropecuária de forma que economia e meio ambiente se desenvolvam concomitantemente. É preciso agir. Os esforços públicos existem, é verdade, mas ainda aquém do necessário – devemos reconhecer que não é fácil controlar uma crise sanitária e uma ambiental ao mesmo tempo.

O agronegócio brasileiro é um dos setores mais fortes de nossa economia e, como tal, deve ser valorizado e desenvolvido. O que não significa, na contramão, destruir a natureza. Por vezes, a ganância imediatista turva uma visão de futuro, de que precisamos deixar um Brasil sustentável para as próximas gerações. Técnicas de manejo sustentável, com legislações fortes e fiscalização bem feita se fazem, cada vez mais, condições para que possamos manter um país “bonito por natureza”, como canta Ben Jor. Queimar a mata é queimar nosso futuro.

Pelo menos sete pessoas, incluindo um bebê de 1 ano, morreram nos Estados da Califórnia, Oregon e Washington em meio aos piores incêndios florestais dos últimos anos em todo o oeste americano, anunciaram as autoridades americanas.

Alimentados por fortes ventos, os incêndios florestais da Costa Oeste obrigaram milhares de pessoas na região a fugir de suas casas durante uma temporada sem precedentes que continua a devastar comunidades e alterar vidas ao longo da costa.

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Embora o número total de mortes permaneça obscuro, a governadora do Oregon, a democrata Kate Brown, alertou que os próximos dias seriam "extremamente difíceis" em um Estado onde várias cidades já foram dizimadas.

"Acreditamos que veremos muitas perdas, tanto em estruturas quanto em vidas", disse Brown em entrevista coletiva na quarta-feira, 9. "Esta pode ser a maior perda de vidas e propriedades devido a um incêndio florestal na história do nosso Estado."

Detalhes sobre os mortos nos incêndios florestais começaram a surgir na quarta. Autoridades do Estado de Washington anunciaram que um menino de 1 ano morreu no incêndio de Cold Springs e seus pais foram gravemente queimados.

O xerife do condado de Okanogan, Tony Hawley, disse em entrevista coletiva que seu escritório recebeu uma ligação na tarde de terça, 8, sobre Jacob e Jamie Hyland, um jovem casal de Renton, que foi dado como desaparecido enquanto visitava Okanogan com seu filho.

Hawley disse que a família tentou escapar do incêndio ao se aproximar da propriedade onde estavam hospedados. As equipes de resgate primeiro encontraram seu caminhão, queimado, e depois localizaram a família na margem do rio Columbia na manhã de quarta, 9.

Os pais sofreram queimaduras de terceiro grau e foram levados de avião a um hospital de Seattle para tratamento. Mas seu filho de 1 ano, identificado por parentes em uma página do GoFundMe como Uriel, morreu antes que as autoridades chegassem. "É uma grande perda, especialmente um bebê de 1 ano de idade", disse Hawley.

Um membro da família disse no GoFundMe que Jamie, 26, e Jacob, 31, sofreram queimaduras em grandes partes de seus corpos e enfrentaram cirurgias. Hawley disse que eles permaneceram em estado crítico.

O incêndio de Cold Springs, que começou na noite de domingo perto de Omak, em Washington, se espalhou rapidamente devido aos fortes ventos, queimou 65 mil hectares e continua deixando a região em situação crítica.

A morte da criança está tecnicamente sendo investigada como homicídio para ver se o incêndio foi "um incêndio causado por humanos", disse o xerife, que descreveu a morte do menino como "uma tragédia extrema". "Esta criança não estaria morta sem o início do incêndio", disse ele.

No sudoeste do Oregon, onde incêndios florestais que se estendem por milhares de hectares, autoridades confirmaram que os restos mortais de uma pessoa foram encontrados em Ashland.

O xerife do condado de Jackson, Nate Sickler, disse a jornalistas na quarta que o incêndio, que devastou as cidades de Medford, Talent e Phoenix, se transformou em uma investigação criminal, com a polícia dizendo que o incêndio começou na área de um parque de BMX em Ashland. O incêndio já afetou 1.200 hectares na região.

Sickler acrescentou que os restos mortais encontrados podem não ser a única fatalidade do incêndio e que a investigação está em seus estágios iniciais, de acordo com o Medford Mail Tribune. "Este é um evento maior do que qualquer coisa de que participei no que diz respeito à perda de propriedades e à destruição da comunidade", disse Sickler.

Em Mehama, Oregon, um menino de 12 anos e sua avó foram mortos tentando escapar do incêndio de Santiam na quarta. O fogo se espalhou cerca de 64 mil hectares.

Membros da família confirmaram à KPTV que Wyatt Tofte, de 12 anos, e sua avó, Peggy Mosso, morreram dentro de seu carro ao lado da casa da família. As autoridades também encontraram os restos mortais do cachorro do menino no veículo. A mãe de Wyatt sofreu queimaduras graves e continua em estado crítico.

Califórnia

No norte da Califórnia, três pessoas foram confirmadas como mortas e outras 12 permaneceram desaparecidas. O xerife do condado de Butte, Kory L. Honea, disse que dois dos três mortos foram encontrados em um mesmo local.

A outra vítima foi descoberta perto de Berry Creek por um oficial da Patrulha Rodoviária da Califórnia que suspeitou que eles fugiram de seu carro em uma tentativa de escapar do incêndio.

O incêndio no norte da Califórnia já atingiu mais de 100 mil hectares e danificou ao menos 23 mil construções. Mais de 100 pessoas foram resgatadas somente nesta semana. "O condado de Butte certamente não é estranho às tragédias, lidando com incêndios terrestres violentos e também lidando com tragédias de outros tipos", disse Honea. "Nossa comunidade está, infelizmente, se acostumando com isso."

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), anunciou, na última sexta-feira (23), por meio de edital divulgado na Portaria Nº 3.020 do Diário Oficial da União (DOU), que abrirá seleção para a contratação de brigadistas temporários, que irão atuar no combate de incêndios florestais em vários estados no país. 

As oportunidades são para brigadistas, brigadistas chefes de brigada e brigadistas chefes de esquadrão. Os profissionais darão apoio às unidades do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - Prevfogo, nos estados de Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Tocatins. Os valores das remunerações não foram divulgados, assim como o número total de vagas. De acordo com a últiuma seleção realizada no início deste mês, os salários oferecidos variavam de R$ 1.996,00 a R$ 3.193,60.

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Na último seleção, foram contratados profissionais brigadistas para trabalhar em 96 instalações do Distrito Federal, incluindo 72 parques. 

Clique aqui para conferir a Portaria a Nº 3.020.

 

A escassez de chuvas e o crescente número de focos de calor motivaram o governo do Acre a decretar situação de emergência em todo o estado. Assinado pelo governador Gladson Cameli (PP), o Decreto nº 3.869 foi publicado no Diário Oficial do estado desta sexta-feira (23).

De acordo com o governo, o atual período de seca ainda deve se estender por mais três meses, causando a diminuição da umidade relativa do ar e do nível dos rios, o que potencializa os riscos de incêndios florestais. A situação também ameaça o sistema de abastecimento de água para a população.

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Historicamente, segundo ainda o governo, o maior número de focos de incêndios florestais é registrado durante os meses de agosto e setembro, mas os resultados já contabilizados desde o início do ano superam negativamente os verificados nos anos de 2010, 2016 e 2018, considerados os piores já enfrentados pelo estado.

No texto do decreto, o governo argumenta que “as queimadas descontroladas, os incêndios florestais e as concentrações de monóxido de carbono e material particulado na atmosfera estão acarretando agravos à saúde da população, principalmente nos grupos etários mais vulneráveis (idosos e crianças)”, exigindo a adoção de medidas capazes de mitigar “os desastres”.

O decreto tem vigência de 180 dias. Durante esse período, o governo acriano pode adquirir, sem a necessidade da realização de licitações, os bens necessários às atividades de resposta à situação, bem como a prestação de serviços e a execução de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários “dos desastres”, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos.

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil poderá requisitar apoio técnico e logístico de toda Administração Pública estadual, direta e indireta, para prevenir, combater e controlar incêndios florestais e queimadas urbanas. Em casos de riscos iminentes, agentes da Defesa Civil estarão autorizados a entrar em qualquer residência para prestar socorro ou evacuá-la. Também poderão utilizar a propriedade para desenvolver atividades de enfrentamento a “iminente perigo público”.

Com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e do Corpo de Bombeiros, a Coordenadoria instituirá a chamada Sala de Situação, responsável por elaborar um diagnóstico da situação das queimadas e da ocorrência de chuvas nos municípios acrianos, além de articular a Rede Estadual de Gestão de Riscos Ambientais e elaborar e disponibilizar os boletins de focos de calor e de índices pluviométricos e fluviométricos e estabelecer o risco de fogo e reunir as informações e dados que sirvam para subsidiar a tomada de decisão por parte do poder público.

O Corpo de Bombeiros deverá mobilizar todo o efetivo disponível para atuar na operação de combate e controle de queimadas. Já o Batalhão Florestal da Polícia Militar atuará para reprimir ações criminosas ou que possam provocar incêndios florestais.

 

Os incêndios florestais na região amazônica podem ser usados para prejudicar o setor do agroneócio do Brasil, disse nessa quinta-feira (22) o presidente Jair Bolsonaro, durante live semanal no Facebook. Ele destacou que o governo trabalha para mitigar o problema e pediu que as pessoas ajudem a denunciar práticas criminosas na área.

"Alguns países aproveitam o momento para potencializar as críticas contra o Brasil para prejudicar o agronegócio, nossa economia, recolocar o Brasil numa posição subalterna", afirmou. O presidente criticou manifestações estrangeiras sobre o assunto. "Um país agora, sem dizer o nome aqui, falou da 'nossa Amazônia', teve a desfaçatez de falar 'a nossa Amazônia', está interessado em um dia ter um espaço aqui na nossa Amazônia para ele", disse.

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Minutos após terminar a live, Bolsonaro mencionou, pelo Twitter, postagem do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre as queimadas na Amazônia. Segundo Bolsonaro, Macron postou uma foto desatualizada de queimada na região. "Lamento que o presidente Macron busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos para ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia (apelando até p/ fotos falsas) não contribui em nada para a solução do problema. O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI", escreveu o presidente brasileiro.

Na publicação no Twitter, o presidente da França classificou os incêndios na Amazônia de "crise internacional" e pediu que os líderes do G7 tratem urgentemente do tema. "Nossa casa está queimando. Literalmente. A floresta amazônica, pulmão que produz 20% do oxigênio do nosso planeta, está em chamas. Isso é uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem em dois dias", tuitou.

O próximo encontro do G7, que reúne os presidentes de EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, será realizado neste fim de semana, em Biarritz.

Queimadas criminosas

Durante a live, o presidente brasileiro admitiu que tem havido incêndios criminosos e que, segundo ele, isso pode significar uma tentativa de afetar a soberania brasileira sobre a Amazônia. Ele comparou os incêndios no Brasil a outros que acontecem anualmente em regiões como a Califórnia, nos Estados Unidos.

"Aqui tem o viés criminoso? Tem. Sei que tem. Quem que pratica isso? Não sei. Os próprios fazendeiros, ONGs, índios, seja lá o que for. Então, existe esse interesse em cada vez mais dizer que nós não somos responsáveis e quem sabe, mais cedo ou mais tarde, alguém decrete uma intervenção na região amazônica e nós vamos ficar chupando o dedo aqui no Brasil", disse.

Bolsonaro também criticou parte da imprensa na cobertura sobre o assunto. Ele reforçou que o problemas decorrentes dos incêndios podem prejudicar a todos no país. "Nossa economia está escorada nas commodities. Se o mundo resolver nos retaliar, e a economia nossa bagunçar, todo mundo, inclusive vocês, repórteres, vai sofrer as consequências."

Por fim, o presidente fez um apelo aos fazendeiros da região que estejam ateando fogo em áreas florestais. "Há suspeita que tem produtor rural que está agora aproveitando e tacando fogo geral aí. As consequências vêm para todo mundo. Se vocês querem ampliar a áreas de produção, tudo bem, mas não é dessa forma que a gente vai conseguir atingir nosso objetivo."

Bolsonaro ainda revelou ter recebido oferta de aeronaves para combater os incêndios por parte do presidente do Chile, Sebástian Piñera, e do Equador, Lenín Moreno.

Assista à integra da live do presidente no Facebook:

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Ventos quentes e secos atiçam nesta quinta-feira (7) vários incêndios florestais no sul da Califórnia, onde centenas de casas pegaram fogo e dezenas de milhares de pessoas fugiram de seus lares nos arredores de Los Angeles, a segunda maior cidade dos Estados Unidos, onde dezenas de escolas da área cancelaram as aulas hoje. A informação é da Reuters.

A previsão é que os ventos, que sopram do deserto rumo ao oeste, cheguem a 130 quilômetros por hora, o que pode  aumentar os incêndios que ardem na área de Los Angeles. "Ventos fortes da noite para o dia criam um perigo de incêndio extremo", alertou o sistema de emergência de Los Angeles.

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Vídeos e fotos publicados nas redes sociais mostram encostas de colinas cobertas por chamas ao longo de rodovias movimentadas, fileiras de moradias reduzidas a cinzas e bombeiros jogando água em paredes de fogo na tentativa de salvar residências.

"Estamos no início de uma ocorrência de ventos prolongados", disse Ken Pimlott, diretor do Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia ao jornal Los Angeles Times. "Não vai haver capacidade de combater o fogo com este tipo de vento".

No norte de Los Angeles, o Incêndio Creek destruiu ao menos 30 casas e forçou a debandada de moradores de 2.500 casas e um centro de convalescência. Já o Incêndio Rye ameaça mais de 5 mil lares e estruturas ao nordeste da cidade. O Incêndio Skirball, que irrompeu no início de quarta-feira perto de grandes propriedades na vizinhança de Bel-Air, em Los Angeles, só está 5 por cento contido. Os bombeiros lutam para salvar casas de milhões de dólares  das chamas.

O Incêndio Thomas, o maior deles, destruiu mais de 150 moradias e ameaça milhares mais na cidade de Ventura, localizada cerca de 80 quilômetros ao noroeste de Los Angeles.

"Estes são dias de partir o coração", disse o prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, durante uma coletiva de imprensa. "Estes também são dias que mostram a resistência de nossa cidade". Até agora, não surgiram relatos de vítimas fatais. Três bombeiros se feriram e foram hospitalizados em condição estável, informou o Corpo de Bombeiros de Los Angeles.

Vários incêndios florestais continuavam avançando nesta terça-feira (18) na costa adriática de Montenegro e Croácia, onde as chamas alcançaram os arredores de Split, segunda principal cidade do país.

Desde domingo (16), registram-se dezenas de focos de incêndios na região de Split. O fogo já destruiu cerca de 4.500 hectares de mata, de acordo com os serviços de resgate. Pelo menos 80 pessoas, principalmente bombeiros, ficaram levemente feridas, e várias casas foram incendiadas.

Na segunda-feira (17) à noite, o incêndio se aproximou de Split, destruindo veículos e forçando as autoridades a esvaziar um shopping.

Um aterro sanitário pegou fogo, o que deixou a cidade mergulhada em uma espessa nuvem de fumaça preta. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas na madrugada desta terça.

No vizinho Montenegro, os incêndios florestais obrigaram a retirada de cerca de 100 pessoas que estavam acampadas na península de Lustica (oeste). A situação começou a melhorar à medida que o vento perdia intensidade.

Ontem, Montenegro emitiu um pedido de ajuda internacional para combater os incêndios. Hoje pela manhã, todos os focos estavam controlados, conforme os serviços locais de resgate.

Uma série de incêndios florestais tem preocupado as autoridades italianas nesta semana e o Corpo de Bombeiros pediu reforço para conseguir combater as dezenas de focos de fogo, especialmente, no sul do país.

A situação mais preocupante é em Messina, na região da Sicília, onde os trabalhos não cessam. De acordo com a corporação, há cerca de 70 bombeiros trabalhando sem parar na localidade, que contam com a ajuda de 15 carros e de pequenos aviões.

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Por conta dos incêndios, algumas estradas precisaram ser fechadas, mas a situação está se estabilizando aos poucos.

"A autocombustão não existe. Nós temos a certeza que por trás desses atos existe a mão do homem, que causa danos irreparáveis com riscos incalculáveis", lamentou o prefeito de Messina, Renato Accorinti.

No fim da noite desta segunda-feira (10), foram registrados 18 pedidos de autoridades para o uso de helicópteros e de aviões no combate às chamas. Destes, quatro foram feitos na região de Campânia, três de Basilicata e da Sicília e os demais se dividiram entre as regiões da Púglia, Abruzzo, Calábria, Lazio e Úmbria.

Ao todo, há 16 "canadair" e quatro helicópteros do Corpo de Bombeiros trabalhando no combate aos incêndios e a eles somaram-se mais três helicópteros do Ministério da Defesa, que estão concentrados nas operações mais críticas.

Os incêndios também atingiram um dos pontos turísticos da Itália, o Monte Vesúvio, onde as autoridades acreditam que o fogo tenha sido causado propositalmente.

Já em Roma, a situação também preocupa a prefeita Virginia Raggi. "Desde o dia 1º de junho até hoje, o número de incêndios florestais quase quadruplicou em relação ao ano passado. E isso causa uma situação excepcional. Ontem de manhã participei de uma reunião de coordenação para verificar as medidas que estão sendo tomadas", escreveu em sua página no Facebook.

Além da questão dos crimes, os incêndios se propagam por conta do clima seco e das altas temperaturas por todo país.

Estimativas iniciais apontam que o mês de junho está na segunda colocação entre os meses mais quentes da história da Itália desde 1880.

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