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O governo Jair Bolsonaro, que hoje atribui a outros países a responsabilidade pelo comércio de madeira ilegal, afrouxou no ano passado o processo de exportação do ipê, contrariando um parecer técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e uma solicitação para que a espécie fosse incluída em um sistema de monitoramento internacional. Com essa decisão, o ipê, que é a madeira brasileira mais cobiçada em todo o mundo, passou a ser vendida como qualquer espécie, sem controle específico, a preços de eucalipto.

Em dezembro de 2018, técnicos do Ibama elaboraram um extenso relatório para demonstrar que o ipê, que tem 92% da produção vendida para o exterior, vinha sendo extraído há anos no País sem nenhum tipo de rigor ou fiscalização, alvo de um comércio dominado pelo crime organizado que atua na floresta. A partir desse parecer, os técnicos pediram oficialmente que fosse incluída na lista de espécies ameaçadas de extinção ou em situação de alerta administrada pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites, na sigla em inglês).

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Firmada em Washington, nos Estados Unidos, em 1973, essa convenção envolve 183 países. O Brasil, que é signatário do acordo desde 1975, participa do grupo que, internacionalmente, monitora tanto a exportação quanto a importação de espécies incluídas em suas listas, por meio de sistemas e trocas regulares de relatórios sobre cada espécie de fauna ou flora. Ao fazer parte da lista gerenciada pela convenção, o produto passa a ter uma licença obrigatória específica, que é compartilhada por todos os países membros. O ipê, depois de uma longa análise técnica e troca de informações com outros países, foi oficialmente indicado para entrar na lista, mas o Ministério do Meio Ambiente (MMA), sob o comando do ministro Ricardo Salles, decidiu excluir a espécie.

A exclusão foi informada à convenção pelo Ministério de Relações Exteriores, após um pedido feito pelo presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim. Em agosto do ano passado, durante a 18ª reunião da (Cites COP18), que ocorreu em Genebra, na Suíça, o ipê brasileiro constou como a única espécie retirada da lista de oito propostas apresentadas pelos países membros. As decisões tomadas em Genebra teriam efeito real e imediato sobre a regulamentação e práticas operacionais do comércio da madeira no Brasil.

Pressão

O Estadão apurou que a decisão foi tomada após a cúpula da pasta e do Ibama ser procurada por madeireiros de Mato Grosso e Pará, que pressionaram para que a espécie não entrasse na lista da Cites, sob o argumento de que a mudança iria atrapalhar o comércio internacional da madeira. Alegaram ainda que precisavam ser ouvidos no processo de decisão.

Ocorre que a Cites é, por definição, uma convenção de preservação ao meio ambiente. Há resolução que estabelece cada critério exigido para que uma espécie seja incluída na lista. A indicação do ipê, portanto, teve bases técnicas: indicadores históricos de consumo, extração ilegal, emissões de licenças, entre outros. Esse material foi compartilhado antecipadamente entre os países membros que, após análise, concordaram com o pedido do Brasil de incluir o ipê na lista. Outras espécies nacionais já fazem parte da convenção, como o mogno, o pau-rosa, o pau-brasil e o jacarandá-da-baía.

Dados do Ibama mostram que, entre os anos de 2012 e 2017, cerca de 92% dos ipês que foram retirados das florestas brasileiras foram enviados ao exterior, ficando apenas 8% para o consumo doméstico. O ipê já é uma espécie considerada ameaçada no Peru e na Venezuela. Os dois vizinhos do Brasil integram a relações das 183 nações que compõem a convenção de comércio internacional de espécies ameaçadas.

Presidente do Ibama defende 'consulta ao setor produtivo'

O presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, confirmou que, em outubro de 2018, foi iniciado o processo para inclusão do ipê na convenção. Madeireiras, no entanto, entraram no circuito. "Tendo em vista que não houve consulta ao setor produtivo nacional, bem como a necessidade de maior discussão e embasamento, especialmente consulta pública e levantamento de estoques florestais, foi solicitado ao Ministério do Meio Ambiente que desconsiderasse a proposta de inclusão", declarou Fortrunato Bim, por meio de nota.

Não existe nenhuma previsão no regimento da Cites que determine ouvir o setor produtivo.

O Ibama afirma que, após a exclusão, deu início a um "termo de referência" para um estudo. Segundo o órgão, "após análise realizada pela área técnica do instituto, foram propostos ajustes metodológicos e recomendado o envio da documentação ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio, autoridade científica da Cites, para manifestação e posicionamento". .

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê) anunciaram uma readequação no edital 06/2020, que trata da seleção de estudantes para o Programa Institucional de Iniciação Científica e o Programa de Iniciação Científica Voluntária (PIBIC/PIC) da instituição de ensino. O objetivo da alteração é adequar a seleção à realidade imposta pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). 

A divulgação das propostas, documentalmente habilitadas ou não, teve início na última quarta-feira (15). Os pedidos de reconsideração podem ser feitos via e-mail para os endereços pibic.ufrpe@gmail.com; pibic.prppg@ufrpe.br até dois dias úteis depois da divulgação do resultado preliminar. A lista final será divulgada no dia 29 de julho. 

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A entrega de documentação complementar e do termo de compromisso assinado  pelo(a) orientador(a) deve ser feita através do e-mail pibic@ufrpe.br até às 17h do dia 5 de agosto, e a implementação das bolsas será feita na mesma faixa de horário, no dia 12. 

Alterações

Antes da reformulação, a etapa de entrega da documentação complementar seria presencial, o que não é possível nem seguro diante da pandemia. A medida também inclui professores e pesquisadores da  Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), das Unidades Acadêmicas do Cabo de Santo Agostinho e Serra Talhada. 

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Uma fiscalização apreendeu um caminhão que carregava 30 toras de espécies nativas, como Ipê e Cupiúba, no município de Primavera, Mata Sul de Pernambuco, na última sexta-feira (4). A madeira deverá seguir para doação entre instituições.

O material estava sendo transportado sem o Documento de Origem Florestal (DOF), que indica sua procedência e comprova se tratar de um desmate autorizado. A fiscalização foi realizada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Companhia Independente de Policiamento de Meio Ambiente (Cipoma).

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O proprietário teve o veículo, as toras e uma motosserra apreendidos além de ser multado em R$ 3 mil. O carregamento foi levado inicialmente para a Delegacia de Vitória de Santo Antão, onde foram emitidos os quatro autos de infração, da apreensão do veículo, madeira e motoserra e da multa ao proprietário, de R$ 100 por cada tora. 

As aulas desta segunda-feira (29) foram suspensas no campus de Barreiros do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) devido às fortes chuvas que provocaram enchentes em cidades da Mata Sul do Estado. 

De acordo com a Direção Geral do instituto, o ginásio de esportes está liberado para receber moradores de áreas baixas, mais atingidos pela cheia. Os veículos da instituição também serão utilizados para ajudar no transporte de pertences de pessoas ilhadas pela água. 

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Quem desejar ter mais informações sobre o auxílio às vítimas da enchente deve entrar em contato diretor-geral do IFPE Campus Barreiros, Adalberto Arruda, através do telefone (81) 98888-9196.

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Mais de 200 árvores começam a ser plantadas, nesta quarta-feira (19), nos bairros da Iputinga e Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife. A ação realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS) visa criar microclimas nas vias da área para amenizar as temperaturas e combater as ilhas de calor.

A região passou por um processo intenso de urbanização e é considerada uma das mais áridas da cidade. As primeiras mudas serão colocadas na Rua Manoel Deus Dará (Engenho do Meio) e, depois, na Estrada do Barbalho (Iputinga). Ao todo, a Iputinga receberá 122 mudas, sendo a maioria de grande porte e nativa do bioma da Mata Atlântica. Só a Estrada do Barbalho receberá cerca de 30 exemplares. Outras sete ruas também serão beneficiadas com a ação, ganhando quaresmeiras, Ipês (Amarelo e Rosa), além de Pau Brasil.

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No Engenho do Meio, serão plantas 80 mudas, em sete ruas (Araruna Amaro Lopes Medeiros, Silvino Lira, Carlos de Brito, Dom João Moura, Manoel Deus Dará, Antônio Curado). “Esses bairros também possuem um aspecto favorável à recomposição da flora. As ruas têm calçadas com boas dimensões para receber as plantas, que poderão variar de pequeno a grande porte”, detalhou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa.

Essa iniciativa é executada por meio de uma compensação ambiental estabelecida pelo Município à Tecnia Construtora e à Padaria Além do Pão, integrando o Projeto de Revitalização de Áreas Verdes (PRAVs). A mitigação é promovida sempre que uma companhia opta por erguer empreendimentos em setor de sustentabilidade ambiental, isto é, em quadras situadas às margens de rios e cursos d’água, ou ainda em quadras limítrofes ao Parque dos Manguezais e cais da cidade.

Além do plantio, a empresa fica responsável por fazer a manutenção das plantas por um ano, incluindo todos os tratos culturais (adubar, corrigir o solo, irrigar, etc). Em caso de morte do vegetal, é necessário fazer o replantio. Os custos e a execução da iniciativa ficam a cargo da instituição privada, sendo orientada e fiscalizada pela SMAS.

Construtora - A iniciativa privada também tem algumas ações do tipo. A MRV Engenharia diz ter fechado o mês de julho com quase três mil árvores plantadas no Nordeste. Com o número, somado ao plantio em outras regiões, a construtora atingiu 60% da meta prevista para 2015, com mais de 77 mil unidades plantadas nos sete primeiros meses do ano. Em 2015, a construtora estabeleceu a meta de plantio para 130 mil árvores, 30 mil unidades a mais que a meta do ano passado.

Entre as espécies plantadas, estão o cedro, o camboatã, a gabiroba-banca e o eritrina-candelabro, que são consideradas de grande valor ambiental. “Procuramos espécies que se adequam ao entorno dos empreendimentos como forma de melhorar a qualidade do ar nas cidades por exemplo”, explica o diretor executivo de Desenvolvimento Imobiliário da construtora, Hudson Gonçalves Andrade.

Em todos locais do plantio, a MRV segue as orientações das diretrizes governamentais e secretarias de meio ambiente, privilegiando o uso de espécies nativas e que estejam adequadas ao clima e solo das cidades onde foram plantadas.

Com informações de assessoria

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) divulgou a relação dos estudantes aprovados para os cursos técnicos e superiores. A instituição ofereceu 560 vagas para graduações e 3.028 para os cursos técnicos, representando 70% das matrículas para 2012.

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