Tópicos | madeira

Uma fiscalização de rotina da Polícia Federal (PF) na madrugada de quarta-feira, 15, resultou na prisão em flagrante de dois motoristas que transportavam 19 toras de madeira nativa.

A ação ocorreu nas redondezas das terras indígenas Roosevelt e Parque Aripuanã, no município de Espigão d'Oeste, em Rondônia, a 530 quilômetros da capital, Porto Velho. A região é conhecida pelo alto índice do crime de extração de madeira em terras indígenas, segundo a PF.

##RECOMENDA##

Os dois caminhões usados para fazer o transporte também foram apreendidos. Os veículos não possuíam placa de identificação e os motoristas portavam rádios comunicadores não homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo a PF, esse é um material comumente utilizado por criminosos para fugirem das ações fiscalizatórias.

Em janeiro deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) revogaram instrução normativa, editada pela gestão Jair Bolsonaro (PL), que permitia a exploração de madeira em terras indígenas é proibida desde janeiro deste ano.

Os dois suspeitos foram levados para a base da PF na cidade vizinha e serão investigados pelos crimes de transporte irregular de madeira, desenvolvimento clandestino de atividades de telecomunicação e receptação qualificada.

A Justiça Federal aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) e colocou o deputado e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) no banco dos réus por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção para exportação ilegal de madeira.

O ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, servidores do órgão e empresários também vão responder ao processo por corrupção passiva e ativa, prevaricação, advocacia administrativa, facilitação de contrabando, organização criminosa e falsidade ideológica.

##RECOMENDA##

A decisão é do juiz Gilson Jader Gonçalves Vieira Filho, da 4ª Vara Federal Criminal do Pará, que citou indícios do pagamento propinas em troca de "atos administrativos com teor favorável a interesses privados" e a exoneração de servidores empenhados no combate de crimes ambientais.

Ricardo Salles usou as redes sociais para criticar a atuação do MPF. "Tenho certeza que a seriedade e imparcialidade do Judiciário demonstrarão a falácia ali contida", escreveu o ex-ministro.

A denúncia oferecida pela Procuradoria da República em Altamira, no Pará, afirma que a cúpula do Ministério do Meio Ambiente e a direção do Ibama manipularam pareceres normativos para beneficiar um conjunto de madeireiras que tiveram cargas apreendidas no exterior.

"Os agentes privados, diretamente e por meio das associações, diligenciaram perante os mais altos escalões do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama para obter um tipo de anistia geral pelos crimes perpetrados (contrabando e falsidade ideológica) e para facilitar o contrabando de cargas futuras de madeira", diz um trecho da denúncia, que tem 206 páginas.

A Procuradoria em Altamira afirma ainda que Ricardo Salles ocupava "posição de liderança" no esquema e teve "papel preponderante" nos supostos crimes.

"Aqueles (servidores) que patrocinaram os interesses ilegítimos das empresas que exportaram madeira nativa sem autorização do Ibama foram promovidos por Ricardo Salles, assim como aqueles que contrariam os interesses foram exonerados", segue o Ministério Público.

Ricardo Salles chegou defender, em uma reunião ministerial a portas fechadas, que o governo Bolsonaro deveria passar a "boiada" na legislação ambiental durante a pandemia.

Defesas

A reportagem do Estadão busca contato com o deputado Ricardo Salles e com Eduardo Bim. O espaço está aberto para manifestação do ex-ministro e do ex-presidente do Ibama.

Polícia Federal e a Receita Federal deflagram nesta quinta-feira (13) a Operação Woodpecker, para investigar um grupo suspeito de tráfico internacional de drogas. De acordo com os investigadores, os integrantes ocultavam carregamentos de cocaína em cargas de madeira para exportação, saindo do país pelo Porto de Paranaguá.

Os investigadores contabilizam pelo menos cinco apreensões de droga vinculadas à atuação deste grupo, totalizando mais de 3 toneladas de cocaína.

##RECOMENDA##

Segundo a PF, os integrantes do grupo criminoso eram vinculados a uma empresa de transporte de contêineres que levava cargas de madeira até o Porto de Paranaguá para serem exportadas.

“Nessa condição, os investigados manipulavam os agendamentos de entrada dos caminhões da empresa no porto, com a intenção de retardar que os contêineres fossem descarregados. Nesse meio tempo, efetuava a ocultação dos carregamentos de cocaína no interior das cargas de madeira”, informou, em nota, a PF.

De acordo com os investigadores, o atraso na descarga dos contêineres tinha como finalidade “ganhar tempo para concretizarem a ação criminosa, sendo levados para locais onde eram abertos, desmontados os paletes de madeira e serradas as tábuas para o preparo dos compartimentos ocultos e acondicionamento da droga”.

Na sequência, as tábuas eram novamente arqueadas, os paletes remontados e o contêiner era levado o porto para ser enviado ao exterior. “Trata-se de método criminoso com consequências bastante prejudiciais ao comércio exterior e às empresas idôneas que atuam nessa atividade, pois danificam a carga lícita para colocação dissimulada da droga”, complementou a PF.

Sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Paranaguá e Pontal do Paraná, ambas no Paraná; em Balneário Camboriú (SC); e em Guarujá (SP). Suspeitos e empresas tiveram bens e imóveis sequestrados, além do bloqueio de bens, recursos e aplicações financeiras.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão.

Quase 40% da extração de madeira na Amazônia é irregular, segundo estudo conduzido pela Rede Simex, que reúne várias instituições de pesquisa da região. O trabalho revela ainda que pelo menos 15% da retirada ilegal ocorreu dentro de áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação.

A pesquisa foi feita com base em imagens de satélite tomadas de 377 mil hectares de áreas com extração de madeira na Amazônia entre agosto de 2020 e julho de 2021. Pela primeira vez, os pesquisadores tiveram acesso às autorizações para a retirada de madeira, emitidas pelos órgãos ambientais de todos os Estados analisados, o que permitiu revelar a taxa de atividade ilegal.

##RECOMENDA##

A Rede Simex é formada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idesam), pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e pelo Imaflora. O levantamento constata que houve exploração de madeira não autorizada em 142 mil hectares da floresta - 38% da retirada total. Isso significa que a Amazônia registra retirada irregular de árvores em área similar à da cidade de São Paulo em apenas um ano.

"O índice de exploração não autorizada é muito alto e representa graves danos socioambientais para a Amazônia, contribuindo para impedir o desenvolvimento sustentável da região", diz o pesquisador do Imazon Dalton Cardoso. "Sem manejo florestal sustentável, a floresta pode ser degradada, há mais riscos de conflitos e deixa-se de gerar empregos formais e impostos."

Para Rodrigo Castro, da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que reúne empresas e sociedade civil em defesa da floresta, o estudo é fundamental para dimensionar o problema, mas o resultado não chega a surpreender.

"É mais um elemento a reforçar a desgovernança na Amazônia, de desmonte da governabilidade e de impunidade", diz Castro. "A extração ilegal não passa por órgãos de licenciamento, não gera empregos formais nem arrecadação. É um desastre em muitos aspectos, sem falar na agressão e degradação do patrimônio natural."

Mais de 20 mil hectares estão em áreas de conservação e terras indígenas

Do total das áreas exploradas irregularmente, 21 mil hectares estão em terras indígenas e unidades de conservação, onde a extração de madeira é ilegal em qualquer hipótese. O número corresponde a 15% de toda a região com atividade irregular na Amazônia. É uma área similar à de João Pessoa. "Quem cumpre a lei está sendo prejudicado", destaca Castro. "A legalidade precisa ser mantida, é claro, mas é preciso criar condições para que ela vença."

A maior parte da extração de madeira na Amazônia ocorre em Mato Grosso. De agosto de 2020 a julho de 2021, a atividade irregular abarcou 103 mil hectares no Estado - 73% da extração ilegal em toda a Amazônia. A extração legal foi registrada em 173 mil hectares.

"Apesar de a maior parta da exploração madeireira em Mato Grosso ter sido autorizada, a área com atividade não permitida cresceu 17% em relação ao levantamento anterior, que analisou o período de agosto de 2019 a julho de 2020?, alerta Vinicius Silgueiro, coordenador de inteligência territorial do ICV. Só nas terras indígenas do Estado, houve aumento de 70% na extração de madeira irregular.

O 2º Estado com a maior área de exploração madeireira na Amazônia é o Pará: um total de 57 mil hectares ou 15% da região. Rondônia, Amazonas, Acre e Roraima registraram áreas de extração com menos de 20 mil hectares, o que representa porcentuais de 4,3% a 0,3% do total mapeado para a região. Outros três Estados não tiveram imagens de satélite analisadas. No Amapá, o problema foi a alta cobertura de nuvens. Tocantins e Maranhão têm áreas ainda pequenas para serem detectadas.

Para a pesquisadora do Idesam Tayane Carvalho, os dados mostram que as ações de fiscalização continuam insuficientes. "O cenário torna ainda mais necessário o incentivo ao manejo florestal sustentável, pautado na legislação", afirma.

A extração de madeira difere do desmatamento. A extração diz respeito à retirada de árvores específicas para a venda de madeira. Já o desmate costuma ser a retirada total da floresta, geralmente para abrir espaço para o cultivo agrícola ou a pecuária. Parte importante da extração, porém, não é ilegal. Ocorre por meio do manejo sustentável em áreas determinadas da propriedade privada, com preservação de parte da floresta original.

"Fazemos ações de conscientização e orientamos os sindicatos para que todos os empreendimentos exijam toda a documentação necessária e autorizações ao adquirir matéria-prima, não recebam mercadoria sem nota", afirma o diretor-executivo do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Valdinei Bento dos Santos. "Também estamos apoiando o órgão ambiental estadual na cadeia de rastreabilidade, que esta prestes a ser implantada, em que cada árvore poderá ser georeferenciada. Teremos a rastreabilidade do manejo até a indústria."

Estados dizem se esforçar para coibir crimes

Procurado, o governo de Mato Grosso disse que a maior parte da exploração madeireira no Estado é legal, com 63% do total com autorização ambiental. Afirmou também que monitora "todo o seu território por imagens de satélite, gera alertas de desmatamento em tempo real, e age com rapidez para impedir o avanço do dano ambiental". Quem desmata ilegalmente, continua, "é multado, tem a área embargada, e responde nas esferas administrativa, civil e criminal".

Destaca ainda ter alcançado "38% do desmatamento dentro da legalidade no 1º trimestre de 2022, como resultado do investimento na eficiência do licenciamento ambiental, estímulo ao manejo florestal sustentável que mantém a floresta em pé, e da tolerância zero aos crimes ambientais." O desmate legal, diz o governo, "era de cerca de 5% em 2019?.

Já a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará afirma que 70% do território paraense tem jurisdição federal e diz ter instituído a Força Estadual de Combate ao Desmatamento, que já realizou 27 fases da Operação Amazônia Viva, que integra agentes ambientais e de segurança.

Em pouco mais de 2 anos, mais de 7 mil hectares de terras com atividade ilegal foram embargadas e 11.439,9841 m³ de madeira em tora extraída de forma ilegal foram apreendidas e 2.090,88056 m³ de madeira serrada extraída de forma ilegal, apreendidas. O Pará diz que está em fase final para lançar o Plano Estadual de Bioeconomia, em busca de uma "economia de carbono neutro".

Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio Ambiente afirmou apenas que "a operação Guardiões do Bioma, que combate ilícitos ambientais, é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública". Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública não respondeu.

Em maio de 2021, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de ação de busca e apreensão, em São Paulo e Brasília, da Polícia Federal. A suspeita era de afrouxamento de regras de controle para exportação de madeira. Na época, Salles classificou a ação como "exagerada" e "desnecessária". Pouco tempo depois, ele saiu do governo.

A Polícia Federal (PF) prendeu um italiano transportando, ilegalmente, ripas de madeira originárias da espécie pau-brasil, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

De acordo com a PF, ele foi preso na noite dessa quinta-feira (16), quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com conexão em Portugal.

##RECOMENDA##

Ainda segundo a PF, em uma fiscalização de rotina, foram encontradas 70 peças de madeira, que estavam dentro de uma bagagem despachada pelo passageiro, de 54 anos.

Ele foi preso em flagrante e encaminhado à Superintendência da PF no Rio. O estrangeiro responderá por crime contra o meio ambiente.

Três empresas foram condenadas a pagar R$ 500 mil por danos morais coletivos após comercializarem ilegalmente madeira de castanheira extraída de área da Amazônia Legal em Rondônia. Com recurso do Ministério Público Federal, a decisão foi aceita pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Na sentença, as empresas Celia Ceolin - EPP e BV Indústria e Comércio de Madeiras Ltda - ME foram apontadas como responsáveis pelo fornecimento de madeira apreendida e a Madeireira Mil Madeiras Ltda EPP, pela aquisição e transporte. Leia o acórdão na íntegra:

Além da indenização, as firmas foram penalizadas a plantar 10 hectares da espécie. o TRF1 estipulou que as empresas deverão pagar indenização por danos materiais, correspondente aos prejuízos causados e às vantagens econômicas auferidas com a exploração da madeira. As empresas também estão proibidas de explorar ou transportar madeiras com espécies em risco de extinção. Em caso de descumprimento da ordem, fica estabelecido o pagamento de uma multa diária no valor de R$ 50 mil.

##RECOMENDA##

O desembargador federal Souza Prudente, avaliou que para burlar o sistema e realizar o transporte da madeira ilegal, foi utilizada a tática conhecida como 'lavagem de madeira'. "Ação que consiste em simular a utilização de espécies vegetais supostamente extraídas legalmente da região amazônica, porém semelhantes às ilegais, para camuflar a lesão ao meio ambiente", explicou o relator.

A exploração da madeira de castanheira foi proibida em 1994. Segundo o MPF, os autos de infração registrados durante a apreensão da mercadoria são suficientes para comprovar que os réus promoveram o comércio e o transporte de madeira.

A condenação contesta a sentença da 5ª Vara Federal de Rondônia, que julgou a demanda do MPF improcedente por entender que o dano ambiental não teria sido apresentado. No entanto, o parecer do MPF, ressaltou que é irrelevante saber a espécie vegetal ilegalmente transportada e a exata localização da degradação. "Qualquer que seja a espécie, o transporte e a venda devem ser acompanhados da respectiva guia florestal. Igualmente não influi no dano ambiental o desconhecimento do local exato da retirada da madeira".

A apreensão foi feita por agentes do Ibama durante a Operação Guardiões das Montanhas , em junho de 2008. A interceptação do veículo foi realizada em Minas Gerais, quando transportava madeira originária do município de Alto Paraíso, em Rondônia.

COM A PALAVRA, ADVOGADOS DA CELIA CEOLIN - EPP

A reportagem do Estadão entrou em contato via WhatsApp com os advogados que representam a empresa neste processo, mas ainda não foi enviada nota ou posicionamento oficial. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, BV INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MADEIRAS - ME

Entramos em contato com o advogado que representa a empresa neste processo, mas não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, MADEIREIRA MIL MADEIRAS LTDA - EPP

A equipe do Estadão entrou em contato com via ligação a advogada que representa a empresa neste processo, mas não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação (jayanne.rodrigues@estadao.com).

A Tenda lançou seu terceiro projeto-piloto de casas de madeira - um mercado praticamente inexplorado no Brasil e que a companhia pretende dominar nos próximos anos. A meta é fabricar 10 mil casas de madeira por ano a partir de 2026, o que representará um negócio de R$ 2 bilhões. Para isso, o grupo investirá de R$ 75 milhões a R$ 100 milhões anuais nos próximos quatro anos.

O novo empreendimento fica na cidade paulista de Santa Bárbara d'Oeste. Ao todo, são 75 unidades, das quais 35 foram vendidas em apenas 20 dias.

##RECOMENDA##

As casas têm dois dormitórios e área de 47,5 m², com valores a partir de R$ 200 mil, dentro do programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida. O empreendimento deve movimentar cerca de R$ 15 milhões em vendas.

Esse foi o primeiro projeto lançado com a marca da Alea, startup de negócios criado pela Tenda para desenvolver a construção em woodframe - modelo com uso intensivo de madeira, muito comum no Canadá, nos EUA e na Europa.

"Esse nível de vendas mostra que tivemos uma boa aceitação", avalia o diretor executivo da Alea, Marcelo Melo. "Estamos na fase de projetos-piloto, testando e aprendendo para começar o ramp up (expansão do projeto) a partir de 2023."

O próximo lançamento será um conjunto de 168 casas em Iperó, cidade de 40 mil habitantes também no interior de São Paulo. Outros dois empreendimentos já haviam sido lançados em Mogi das Cruzes e Leme, somando 99 unidades - das quais mais de 60% vendidas numa faixa entre R$ 140 mil e R$ 180 mil, dentro do programa popular habitacional.

A companhia está testando a aceitação do consumidor em relação às casas de madeira, ao preço e ao nível dos condomínios. Em Santa Bárbara d'Oeste, por exemplo, o padrão foi mais alto, com condomínio fechado, casas térreas, não geminadas e rodeadas de alamedas arborizadas.

Segundo a construtora, a nova tecnologia é muito mais do que uma "casa de madeira". O formato cria uma parede composta por quatro elementos: na parte estrutural, o painel tem pilares de pinus de reflorestamento; o "recheio" é feito com cimento, gesso e uma membrana que faz com que a umidade saia da casa, mas não a deixe entrar. Além disso, segundo a Tenda, os materiais usados garantem conforto acústico e térmico.

PERSPECTIVAS

O volume de negócios ainda é tímido perto do que a Tenda vislumbra. O crescimento virá por meio da sua fábrica própria, recém ativada em Jaguariúna (SP), a 125 quilômetros de São Paulo. É de lá que saem vigas, pilares, paredes e outros elementos de madeira pré-moldados que são levados para montagem nos canteiros.

Com a industrialização, a expectativa é de que cada obra leve aproximadamente 14 meses - cerca de metade de um empreendimento de mesmo porte erguido em alvenaria estrutural. Por enquanto, o processo de fabricação ainda demanda etapas manuais que impedem a Alea de funcionar a todo vapor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na noite desse domingo (9), um homem foi preso em flagrante após espancar a esposa com golpes de facão e um pedaço de madeira em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ele fugiu após o crime, mas foi capturado com a arma.

A Polícia Militar informa que foi acionada para a ocorrência no Projeto Bebedouro, na Agrovila NS-1. No local, a vítima bebia dentro de um imóvel com o companheiro e conhecidos. A razão para as agressões não foi identificada pelos policiais.

##RECOMENDA##

As autoridades apenas informaram que o suspeito usou um facão e um pedaço de madeira para machucar e fazer ameaças contra a vítima. Ele tentou evitar a prisão, mas foi encontrado ainda com o facão que usou para atacar a esposa.

Diante dos fatos, o suspeito e a arma branca foram encaminhados para a delegacia do município, onde foi autuado em flagrante.

Chamadas de "câncer" pelo presidente Jair Bolsonaro, as organizações socioambientais foram as instituições que recorreram à Justiça para tentar derrubar uma decisão do governo que, na prática, fragilizou o controle da exportação de madeira no País, favorecendo a saída de material ilegal do Brasil.

Em junho deste ano, o Instituto Socioambiental (ISA), a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) e o Greenpeace Brasil entraram com uma ação na 7ª Vara ambiental e agrária da seção judiciária do Amazonas, para pedir a anulação imediata de uma decisão do Ibama, que acaba com a autorização de exportação que era emitida pelo órgão.

##RECOMENDA##

A Ação Civil Pública pedia, em síntese, a nulidade de um despacho do Ibama que, na prática, conforme afirmam as ONGs, "liberou a exportação de madeira nativa sem fiscalização a pedido de madeireiras". A ação requer ainda que a União deixasse de emitir qualquer outro ato normativo que comprometesse a legislação já existente de controle fiscalizatório da exportação de madeiras nativas no País.

Segundo as ONGs, o objetivo era "evitar o flagrante desrespeito à legislação protetiva do meio ambiente, especialmente a que disciplina os procedimentos de fiscalização e controle da exportação de madeira nativa, afetando com vigor especial a Amazônia, patrimônio nacional e bioma essencial para a garantia do núcleo essencial do direito da coletividade ao meio ambiente ecologicamente equilibrado".

A Justiça indeferiu a liminar na primeira instância. As ONGs, então, entraram com um recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que ainda aguarda apreciação.

Como mostra reportagem do Estadão, em março deste ano, o Ibama acabou com as inspeções que eram feitas nos portos do País. Por meio de um "despacho interpretavo", o Ibama suspendeu os efeitos de uma instrução normativa (15/2011) do próprio órgão. Com a decisão, os produtos florestais passaram a ser apenas acompanhados de um documento de origem florestal (DOF). Esse DOF de exportação, que existe desde 2006, serve, na prática, apenas para que a madeira seja levada até o porto, enquanto a instrução normativa previa autorização para a exportação em si.

Uma análise técnica do próprio Ibama aponta que o Código Florestal distingue a licença de transporte e armazenamento (DOF) da autorização de exportação. A instrução previa, por exemplo, inspeções por amostragem e outros controles para a exportação que o DOF não exige. Os madeireiros, no entanto, defenderam que a exigência daquela autorização específica teria "caducado", porque teria sido revogada pela existência de outro recurso, o Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sina?or), que começou a ser implantado em 2014.

O presidente do Ibama entendeu que o argumento fazia sentido e que nem seria preciso revogar a instrução normativa de 2011, porque o próprio Sinaflor teria alterado as regras, "sendo su?ciente para exportar o DOF exportação ou a Guia Florestal expedida pelos Estados-membros". Na prática, uma guia de transporte estadual passou a valer no lugar de uma autorização de exportação do Ibama.

Ilegalidade interna

A maior parte da madeira que sai do Brasil rumo ao Exterior, para virar móveis e assoalhos de casas, chega ao destino final com papeis que, a rigor, comprovariam a sua legalidade. Isso acontece porque toda a parte ilegal do comércio dessa madeira ocorre internamente. São muitos os casos em que Secretarias do Meio Ambiente dos Estados "esquentam" papeis para dar um respaldo legal de madeira que, na realidade, foi extraída de forma irregular, ou seja, de áreas protegidas, onde a madeira não poderia ser "manejada".

A Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), realizou uma operação, nesta terça-feira (23), para fazer cumprir o decreto municipal que proíbe a queima de fogueiras durante os festejos juninos. Na ação, foram recolhidos três caminhões de madeira que seria utilizada para a montagem de fogueiras nesta terça, véspera de São João.

De acordo com a gestão, uma equipe formada pelas secretarias de Segurança Urbana; Transportes e Trânsito, pelo Controle Urbano e a Polícia Militar, esteve na comunidade V-8 e nos bairros de Jardim Fragoso, Jardim Atlântico, Rio Doce e Jardim Brasil.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

O decreto suspende o uso de fogueiras e fogos de artifício no período junino deste ano devido à pandemia da Covid-19. O objetivo é resguardar a saúde da população, pois a grande quantidade de fumaça desse período tende a agravar a situação de quem sofre problemas respiratórios. 

A recomendação para a determinação partiu do Ministério Público de Pernambuco e as pessoas podem ajudar denunciando as irregularidades pelos telefones 153 e (81) 3429-2947 (Guarda Municipal) e 190 (Polícia Militar).

Para garantir que a população permaneça em casa, a prefeitura de Tuchín, em Córdoba, na Colômbia, adotou uma medida polêmica e repaginou um castigo dos antigos povos indígenas da região. Com o aumento da rigidez para quem furar o isolamento, populares que estão nas ruas sem motivo estão sendo presos pelos pés em praças públicas.

"Aumentamos a base de força no município, juntamente com a guarda Indígena, o Exército e a Polícia. Pessoas que não estão cumprindo as medidas obrigatórias de isolamento estão sendo punidas", informou o prefeito Alexis Salgado.

##RECOMENDA##

Salgado explica que, mesmo sem ser utilizada há anos, a prática é prevista em lei e faz parte da cultura do povo indígena Zenú - ancestrais da região. Em seu entendimento, tal punição permite que a determinação seja cumprida. "Se impusermos uma sanção econômica, a grande maioria não terá como pagá-la, mas se recorrermos a essas práticas típicas de sua cultura, mas estamos fazendo com que cumpram as leis e mantenham vivas suas tradições", contou.

"Para preservar a estrutura institucional e respeitar os usos e costumes do povo Zenú, essa articulação está sendo realizada. Queremos ser um exemplo de respeito e demonstrar que, apesar da diversidade existente em nosso território, as instituições estão se unindo para proteger a saúde de todos", relatou ao El Tiempo.

[@#video#@]

Detrás de tapumes, um guindaste constrói um edifício na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo. De uso comercial e três pavimentos, o espaço segue uma tendência internacional que chega aos poucos ao Brasil, a dos prédios de madeira. Para 2021 está prevista a entrega do primeiro no País, o Floresta Urbana, com 13 pavimentos, na Vila Madalena (zona oeste).

Com a confecção de placas mais resistentes, a madeira voltou a ser opção para construções de maior porte. E também pela busca de alternativas de menor impacto ambiental: menos poluente que o cimento e usando material totalmente certificado no Brasil, proveniente de pinus.

##RECOMENDA##

Projetos no exterior já preveem a construção de edifícios de mais de 80 andares. O cenário inclui Austrália, Europa, América do Norte e Japão, com edifícios, prédios universitários, estádios (como o de Tóquio) e até museus de madeira, parte assinada por arquitetos renomados. Tudo isso aliado a mudanças legislativas para incentivo ao material.

Esse tipo de projeto envolve a "madeira engenheirada", que consiste em diferentes técnicas industriais de junção de várias camadas (como a colagem) em uma placa única de madeira, que recebe a adição de químicos de controle de umidade e afins. O resultado é uma chapa pré-fabricada personalizada nas medidas encomendadas para ser "encaixada" na obra, o que acelera a construção.

Em São Paulo, os projetos cabem à Amata, empresa da exploração e comércio de madeira que passou a investir na construção. "Não é incomum que, quando se fala de madeira, se visualize uma cabana, uma choupana, uma coisa meio artesanal, meio rústica. Mas a madeira virou um produto de alta tecnologia", diz Ana Bastos, CEO da Amata. A tendência envolve tanto o uso exclusivo quanto a construção de imóveis híbridos com tijolo, argamassa e outras matérias-primas. "É um material leve, que permite furos, cortes, ajustes na obra", comenta Ana Belizário, gerente de projeto da empresa.

Outro ponto que costuma ser destacado é a experiência sensorial do morador ou frequentador. "Esse espaço tem outro som, outra acústica, outro cheiro, prazeres que a madeira pode trazer", aponta Carol Bueno, uma das sócias do escritório franco-brasileiro Triptyque, que projetou o Floresta Urbana. Embora a experiência seja pioneira no País, o escritório realiza projetos com madeira na Europa há quase dez anos. Carol ressalta que as iniciativas brasileiras deixam a madeira em evidência por uma escolha mais estética, pois ela pode ser revestida com outras matérias-primas e ficar "invisível".

Há espaço ainda em construções mais populares, no caso da Tecverde, que já construiu prédios para o programa Minha Casa Minha Vida com wood frame, técnica de encaixe de painéis aplicada em construções de até quatro andares. "Atende às normas de prédio de alvenaria", afirma o CEO, Caio Bonatto, que diz ter reduzido 85% de resíduos em obras e economizado 90% de recursos hídricos.

Sustentabilidade

A madeira é vista como uma alternativa de menor impacto ambiental para a construção civil por ser renovável e estar em uma cadeia produtiva de absorção de dióxido de carbono (pelas árvores). O poluente, relacionado às mudanças climáticas, tem a indústria do cimento como um de seus maiores emissores. Além disso, o concreto também depende da extração de areia.

Segundo Ligia Ferrari Torella di Romagnano, pesquisadora do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a maior parte da madeira engenheirada no País é proveniente de pinus, árvores que têm um crescimento considerado rápido, com corte por volta dos 20 anos, e apropriadas para receber tratamento com cola e aditivos químicos. "Com o clima, cresce muito mais rápido aqui. O Brasil tem um potencial de produção muito grande."

Para garantir que o material não é de desmatamento ilegal, são emitidas certificações de origem. O cultivo de pinus requer o monitoramento de áreas próximas, pois as sementes da árvore se espalham pelo vento e se desenvolvem facilmente sem a intervenção humana, diz a professora Luciana Duque Silva, do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior da Agricultura da USP.

Ela reitera que, se cultivado corretamente, o pinus não causa erosão. "Só em situações muito particulares." Outro ponto envolvendo a madeira engenheirada e afins é o da segurança. Segundo Ligia, os tratamentos feitos nas fábricas ajudam a prevenir a ação de fungos e insetos, como brocas e cupins, assim como a entrada de água. Da mesma forma, especialistas e empresários garantem que o material é tão seguro quanto o concreto para incêndios.

Técnica pouco estudada

A madeira foi uma das principais matérias-primas da construção civil até a popularização do concreto, há pouco mais de cem anos, como explica Marcelo Aflalo, arquiteto, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e presidente da associação Núcleo da Madeira - apoiada por empresas do setor. "O concreto foi visto como 'salvador da pátria' no começo do século 20. Mas, com o tempo, mostrou que não é tão durável assim, que tem vida útil, com manutenção cara. Hoje se está descobrindo que ele não é essa maravilha, que se precisa de alternativas."

Aflalo pontua, contudo, que a construção com madeira engenheirada é pouco abordada dentro de universidades e entre empresas do meio, o que dificulta o uso em maior escala. "Por isso, arquitetos têm muito receio, construtores não conhecem, a mão de obra também não. Estamos quase começando do zero", afirma.

"As escolas hoje não ensinam nada disso. Tem meia dúzia de pessoas que realmente domina", continua o especialista. "Temos madeira laminada colada há anos, mas não temos escala grande (no País) que permita construir dez prédios ao mesmo tempo, por exemplo."

Ele comenta que a madeira pode também ser utilizada em obras de ampliação de imóveis antigos, o que é facilitado por ser um material leve. "As placas chegam a ter 16 metros de comprimento e 20 centímetros de espessura, se montam como um castelo de cartas, empilhando. Você constrói nove andares em menos de um mês, com quatro funcionários."

O professor comenta, também, que a construção de um prédio de madeira envolve algumas mudanças no planejamento do setor imobiliário. "Hoje, o setor vai pagando aos poucos, faz o lançamento, vende 70%, se capitaliza e aí começa a construção. No prédio de madeira, tudo precisa acontecer em um prazo muito mais curto. Precisa ter outro modelo de negócio, de financiamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem, de 39 anos, foi brutalmente assassinado na noite dessa segunda-feira (14), no município de Igarassu, localizado no Grande Recife. Segundo populares, a vítima era ex-presidiário e foi morto por pauladas e pedradas na frente de casa.

De acordo com relatos, Manoel Raul da Silva Neto, conhecido como Nem, foi retirado de dentro do imóvel e agredido até a morte por quatro suspeitos. No local, foram encontrados pedras e pedaços de madeira, supostamente utilizados no crime.

##RECOMENDA##

A companheira de Nem, identificada como Rosimere da Conceição da Silva, de 35 anos, também foi atacada com socos, mas não veio a óbito. O corpo de Manoel foi recolhido pelo Instituto de Medicina Legal (IML). A Polícia Civil vai investigar o caso.

A Polícia Federal (PF) divulgou o indiciamento de um ambulante acusado de atos de vandalismo nos trilhos do metrô do Recife. O homem de 19 anos colocou dormentes de madeira sobre os trilhos com o objetivo de causar um desastre ferroviário, concluiu a PF. O ambulante vai responder em liberdade.

O inquérito policial foi instaurado no dia 7 de novembro de 2018 com o objetivo identificar e responsabilizar comerciantes que, em agosto, teriam tentado paralisar o sistema de metrô após uma ação dos agentes de segurança da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) contra a venda de mercadorias em local impróprio. O ambulante, identificado apenas como Richard, foi indiciado na última quinta-feira (24).

##RECOMENDA##

Segundo a PF, cada dormente pesa 100 kg e são necessárias quatro pessoas para carregar. No dia da confusão, o maquinista precisou parar o trem entre as estações Joana Bezerra e Recife para evitar um acidente.

Em depoimento, Richard afirmou que agiu com outros ambulantes após terem suas mercadorias apreendidas. Ele contou também que não foi sua a ideia de colocar as madeiras nos trilhos. O ambulante já foi apreendido quando era menor de idade por lesão corporal.

Richard foi indiciado pela prática do crime de perigo de desastre ferroviário, em virtude de impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro, colocando obstáculo na linha. Caso seja condenado, o vendedor poderá pegar penas que variam de dois a cinco anos de reclusão. Não se descarta a possibilidade de solicitação de prisão preventiva. A PF segue as investigações para identificar os demais envolvidos.

A Receita Federal do Paraná apreendeu mais de uma tonelada de cocaína nesta sexta-feira (25), no Porto de Paranaguá. A droga estava escondida em uma carga de pallets de madeira. 

O entorpecente seria levado, segundo reportagem da RPC, para o Porto de Rotterdam, na Holanda. As drogas foram encaminhadas para a Polícia Federal, em Curitiba, para investigação. Essa é a segunda grande apreensão de drogas no Estado, em 2019; a segunda em janeiro.

##RECOMENDA##

A Polícia Federal deflagrou a Operação Ka'apor na manhã desta quinta-feira, 1º, para combater a extração ilegal de madeira em terras indígenas no Maranhão. Ka’apor é uma referência a uma etnia indígena do Estado e quer dizer "pegada na mata".

A 8ª Vara Federal de São Luís expediu mandados de busca e apreensão. Quatro serrarias e um pátio de depósito foram interditados nas reservas Alto Turiaçu e Awá-Guajá por funcionar sem autorização de nenhum dos órgãos de fiscalização.

##RECOMENDA##

Entre as apreensões estavam madeiras nobres como piquiarana, mirindiba, cupiúba, barrote, tatajuba, timborana, barrote e jatobá. Cerca de 500 m³ de madeira in natura foram apreendidos.

Os investigados serão indiciados por furto de madeira de propriedade da União, por crime ambiental, por receptação na forma qualificada e por formação de quadrilha, além de outros delitos que por ventura forem demonstrados no decorrer dos procedimentos.

A ação foi realizada com o apoio do IBAMA, da FUNAI, do ICMBio e da Polícia Militar do Estado do Maranhão.

[@#galeria#@]

O artista visual Marcone Moreira (36) expôs na sala Valdir Sarubbi, no espaço cultural Casa das Onze Janelas, na praça Frei Caetano Brandão, em Belém, esculturas de objetos feitos com material usado pelo trabalhadores que descascam coco babaçu e castanha-do-pará. A atividade árdua dos trabalhadores que manuseiam os cepos na extração da castanha, no Ver-o-Peso, e os porretes usados na extração das amêndoas do babaçu foram valorizados na obra do artista visual.

##RECOMENDA##

Marcone Moreira tem mais de 20 anos dedicado às artes. Para o artista, que havia feito sua última exposição há oito anos em Belém, fazer um trabalho com o material do Ver-o-Peso foi interessante. “Eles chegam sem a intenção de exercer um trabalho escultórico, que o objetivo desses cepos é simplesmente ser uma base de trabalho para ficar cortando a amêndoa e descascando a castanha, mas ao final tem um resultado sofisticado, como dá para ver numas peças que estão aqui”, contou o artista.

 Marcone disse que há algum tempo pesquisa sobre o universo do babaçu, principalmente o porrete. “Fazendo a pesquisa e contatando as comunidades me interessou muito a unidade de medida que usam, mensuram e comercializam esse produto tendo como parâmetro de medida: uma lata”, disse.

O artista também se expôs ao trabalho repetitivo e exausto desenvolvido pelos trabalhadores e apresentou isso em duas telas de vídeos que são apresentados aos visitantes da exposição. “Como meu trabalho é basicamente apropriação, eu queria me dispor a realizar um trabalho tão repetitivo e cansativo. Me permiti realizar uma série de esculturas onde fico esculpindo réplicas das amêndoas em diversas madeiras nobres para poder encher uma lata. E aqui está o resultado”, declarou Marrone.

Os visitantes parabenizaram a exposição. “Estou achando incrível, porque quando a gente pensa em madeira a gente só pensa em utilitária, mas o artista traz outras possibilidades, textura, formas e o processo de construção das obras que ele colocou no vídeo. Porque às vezes a gente vê a obra e não sabe como foi construída, mas no vídeo ele mostra. O trabalho é tão bruto, mas quando a gente vê aqui é tão singelo. É incrível”, disse Hugo Rosa (26), estudante de Museologia.

A exposição vai até 11 de setembro. Entrada franca. Veja vídeo abaixo.

 

Por Rosiane Rodrigues.

[@#video#@]

 

 

Um caminhão carregado com madeira irregular foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, na última quinta-feira (29). O veículo estava abandonado, mas o proprietário foi localizado.

Quando os policiais foram verificar o compartimento, encontraram uma grande quantidade de madeira serrada sem a Guia Florestal. O documento é obrigatório para o transporte de produtos do tipo.

##RECOMENDA##

O proprietário do veículo, após ser localizado, apresentou apenas uma nota fiscal eletrônica. Ele informou que a carga havia saído do Pará, na região Norte do país, com destino a João Pessoa, na Paraíba. 

O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia da região. Quem transporta madeira sem licença válida está sujeito a pena de detenção de seis meses a um ano mais multa.

Uma fiscalização apreendeu um caminhão que carregava 30 toras de espécies nativas, como Ipê e Cupiúba, no município de Primavera, Mata Sul de Pernambuco, na última sexta-feira (4). A madeira deverá seguir para doação entre instituições.

O material estava sendo transportado sem o Documento de Origem Florestal (DOF), que indica sua procedência e comprova se tratar de um desmate autorizado. A fiscalização foi realizada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Companhia Independente de Policiamento de Meio Ambiente (Cipoma).

##RECOMENDA##

O proprietário teve o veículo, as toras e uma motosserra apreendidos além de ser multado em R$ 3 mil. O carregamento foi levado inicialmente para a Delegacia de Vitória de Santo Antão, onde foram emitidos os quatro autos de infração, da apreensão do veículo, madeira e motoserra e da multa ao proprietário, de R$ 100 por cada tora. 

De acordo com dados divulgados hoje (31) pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) o setor de produção de madeira, papel e celulose do Brasil apresentou aumento em 7,3% das exportações no primeiro semestre de 2017 – faturamento de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 12,4 bilhões). Foram 6,8 milhões de toneladas de celulose neste período.

O relatório indica que de janeiro a julho deste ano 597 mil metros cúbicos (m³) de madeira foram exportados, número 34,8% maior do que o apresentado no mesmo período de 2016. A receita da exportação de madeira ficou em US$ 137 milhões (R$ 427,4 milhões) – 25,7% maior do que o primeiro semestre do ano passado. Já as vendas de papel cresceram menos em comparação com a celulose e a madeira – 1%.

##RECOMENDA##

Na América Latina, a importação de papel brasileiro resultou no faturamento de US$ 593 milhões (cerca de R$ 1,85 trilhão) com alta de 10%. A madeira adquirida pelos países latino-americanos renderam ao Brasil US$ 75 milhões (R$ 234 milhões), crescimento de 27,1% se comparado ao mesmo período de 2016.

Já no mercado interno, a venda de papel apresentou retração de 1,6% no final do primeiro semestre – 2,6 milhões de toneladas. Houve recuo ainda de 1,6% na comercialização doméstica de painéis de madeira que atingiu a marca de 3,1 milhões de m³.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando