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Neste domingo (7), serão disputadas as eleições presidenciais que irão eleger o futuro presidente da República. Já no âmbito educacional, com uma grande abordagem interdisciplinar dos períodos históricos vividos no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma abordar os contextos sociais e políticos que governos de diferentes presidentes se estabeleceram no país e de quais maneiras marcaram a história nacional.

O professor de história Hilton Rosas alerta os estudantes sobre o período de construção histórica do Brasil República, recorrentemente abordado pelo Exame, que é dividido em cinco fases, são elas: República Velha (1889 - 1930); Era Vargas (1930 – 1945); Período Populista (1946 – 1964); Período Militar (1964 -1985) e Redemocratização (1988 - hoje).

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De acordo com o historiador Luiz Neto, governos de cinco presidentes e todos os aspectos sociais, econômicos e políticos que os englobam, podem estar presentes em algumas questões no Enem por retratarem períodos históricos de grande tensão política. Confira os presidentes escolhidos pelo professor:

Getúlio Vargas

Fotos Públicas/Presidência da República

Um dos líderes mais importantes da história do Brasil, Getúlio Vargas foi o 14º presidente do país, o qual por mais tempo governou a nação brasileira e o presidente que mais cai no Enem. Seu primeiro governo teve início no ano de 1930 e foi nesse período que Vargas instala o Estado Novo, regime ditatorial que conferiu poderes absolutos ao presidente da República, vigorando de 1937 até 1945, conhecido como “Era Vargas”.

Entre as principais características do seu mandato, está a repressão aos opositores e apelo ao nacionalismo e populismo. Em 1939 criou a Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e também institui o salário mínimo e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Vargas também é responsável pela criação de empresas estatais como a Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco. Renúncia em 1945 após grande pressão oposicionista influenciada pelo momento político internacional, retornando ao poder em 1950, eleito por eleições diretas e democráticas.

De volta à Presidência da República, Getúlio Vargas dá início a campanha “O petróleo é nosso!” que culminou na criação da Petrobrás e Eletrobrás, empresas estatais existentes até hoje. Em agosto de 1954, durante uma grande pressão de opositores, Vargas comete suicídio, no Palácio do Catete, Rio de Janeiro, com um tiro no peito, deixando uma carta testamento que contém a célebre frase relembrada até os dias de hoje: “Deixo a vida para entrar na história”.

 Juscelino Kubitschek

Fotos Públicas/Reprodução

Vigésimo primeiro presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek ficou conhecido por um plano de governo completamente desenvolvimentista. A frase “Cinquenta anos em cinco” descreve o projeto de modernizar o país cinquenta nos à frente, nos apenas cinco anos do seu mandato. O período de JK marca a entrada da indústria automobilística no Brasil; é durante o governo de Kubitschek que os primeiros automóveis chegam ao país. O chefe de Estado também investiu massivamente na construção de rodovias e no desenvolvimento da indústria naval.

O presidente também é conhecido pelo projeto que levou a construção de Brasília, hoje capital do Brasil. Professores alertam sobre o período econômico vivido durante o governo JK. Segundo historiadores, Juscelino utilizou o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter receita necessária para construção da capital, o que gerou um grande endividamento externo, obrigando o governo a imprimir em maior escala a moeda nacional, gerando altos níveis de inflação. Professores destacam que questões abordando medidas desenvolvimentistas e econômicas deste período, podem estar presentes no Enem.  

João Goulart

Fotos Pública / Reprodução

Vigésimo quarto presidente do Brasil, “Jango” ficou conhecido por ser o chefe do Executivo que foi deposto pelos militares no ano de 1964. João Goulart chega à Presidência da República em 1961 após a renúncia de Jânio Quadros que encabeçava a chapa presidencial juntamente com ele. Seu plano de governo estava focado em reformas de base. Entre as pautas, o presidente tinha as reformas agrária, política e fiscal.

O governo de João Goulart ficou marcado por grande tensão política, com o período da Guerra Fria influenciando os cenários políticos mundo à fora, setores da sociedade e instituições da sociedade civil, a exemplo da igreja católica e ruralistas que temiam uma ameaça comunista no Brasil. A conspiração por um golpe militar começou a ter apoio popular e em 31 de março de 1964, João Goulart é deposto pela junta militar.

Emílio Garrastazu Médici

Fotos Públicas/Reprodução

Um dos principais nomes do regime militar, o general Emílio Garrastazu Médici assume o comando do Brasil em 1969, se tornando o 28º presidente do país. Considerado por muitos professores um dos presidentes mais repressivos do período militar, Médici se utiliza abusivamente do Ato Institucional-5, que entre os seus decretos permitia que o chefe do Executivo cassasse os mandatos parlamentares sem precisar de aprovação do Congresso; revogava o habeas corpus; permitia prisão arbitrária por parte do governo, além de admitir que presos políticos tivessem seus bens confiscados pelo Estado, para atacar opositores. É nesse período que são criados os DOI-CODI, delegacias onde aconteciam torturas e até mortes de presos políticos, sem que fossem noticiados por nenhum órgão governamental ou imprensa. Por conta da repressão, muitos oposicionistas fugiam do país.

O governo ganhou apelo popular pelo chamado “Milagre Econômico”, que fez o país crescer consideravelmente do ponto de vista econômico e também pela massiva propaganda lançada após a conquista da Copa do Mundo de 1970, pela seleção brasileira, com o slogan: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Foi sob o comando de Médici que obras de grande porte foram realizadas em todo país, como a Usina de Itaipu e a ponte Rio Niterói.

Ernesto Geisel

Fotos Públicas/Reprodução

Ernesto Geisel foi o 29º presidente do Brasil e quarto do período militar. Com o slogan “Abertura lenta, gradual e segura”, o general assume a Presidência da República em 1974 e dá início ao rompimento da ditadura devido uma forte pressão popular sobre os governos militares por conta da crise petrolífera que culminou no aumento do desemprego e índice inflacionário do país, ampliando assim a impopularidade do regime.

Geisel cria o programa Proálcool, substituindo a fonte de energia derivada do petróleo. Professores também alertam que o presidente também fez usos de métodos repressivos utilizados contra opositores da ditadura militar e que possíveis questões relacionadas a seu governo podem ser abordadas.

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Ao ver o padrasto agredir a sua mãe, uma garota de 13 anos acabou fugindo de casa e pegando carona com um desconhecido. O que talvez a menor não pudesse imaginar era de que motorista tentaria estuprá-la. Ele levou a menina para o Polo de Desenvolvimento Juscelino Kubistchek, em Santa Maria, Distrito Federal, e - querendo se aproveitar do momento - o homem tentou abusar a menor. Esse fato aconteceu na madrugada desta última segunda-feira (9).

Segundo informações da imprensa local, a vítima conseguiu escapar do acusado. Mesmo com a suspeita do estupro, ao ser encontrada pelos policiais a menina não foi levada para a delegacia. Ao site Metrópoles, a Polícia Militar justificou que não havia indícios de materialidade e que a garota não soube especificar qual era o carro, cor, modelo, placa do veículo e que queria dormir na rua; "ou seja, não aparentava nenhum sinal de que havia sofrido alguma tentativa de estupro".

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A garota foi levada pelos agentes até a casa da avó. A mãe, que até então não havia registrado nenhum boletim de ocorrência, foi orientada pela PM para que fizesse a denúncia, já que o agressor não estava mais no local quando os militares chegaram. 

O uso de charges é uma realidade no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Praticamente em todas as edições da prova, imagens contextualizadas introduzem questões e instigam os feras a responderem assuntos das mais diferentes disciplinas. Para quem está se preparando, é importante ficar atento a todos os elementos que compõem os discursos dos quesitos.

Para ajudar os estudantes, o Vai Cair no Enem mostra, nesta quinta-feira (28), como as charges ajudam na composição de questões. O professor de história Edson Rocha, do Colégio Boa Viagem, traz a resolução de uma questão sobre o Governo JK. Confira a aula:

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Para a Comissão Estadual da Verdade, de São Paulo (CEV/SP), o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek foi assassinado pela ditadura militar. A conclusão, divulgada quinta-feira (11), contradiz a versão apresentada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), em abril deste ano, de que Juscelino morreu em acidente de carro. Para a CNV, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, não foram vítimas de homicídio. Eles morreram em decorrência das lesões causadas pela batida entre o Opala que transportava o presidente e um caminhão Scania, que vinha no sentido oposto da Rodovia Presidente Dutra, local do acidente, no município de Resende (RJ), em 22 de agosto de 1976.

Embasada por relatório preparado por uma equipe de mais de 20 professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a CEV/SP enfatiza que “a investigação da Comissão Nacional da Verdade sobre o caso JK é de baixa qualidade técnica, em razão do que ignora, em razão do que escolhe arbitrariamente analisar e em razão do que escolhe arbitrariamente concluir”.

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As investigações, segundo a CEV/SP, abrangeram desde as ameaças de morte sofridas pelo ex-presidente até a alteração do veículo e a não preservação do local do acidente para perícia. Também houve, segundo a comissão, tentativa de pagamento de suborno ao motorista do ônibus, que fechou o carro em que estava o ex-presidente, antes que viesse a colidir com o caminhão. “Houve adulteração do local, houve adulteração do posicionamento dos veículos, houve o bloqueio a qualquer registro idôneo (…), houve tentativa de comprar confissões (…), houve perícia em automóvel, que não é o do ex-presidente”, diz trecho do relatório.

A Comissão Estadual declara também que Juscelino foi “vítima de perseguição política pela ditadura militar, teve seu mandato de senador e seus direitos políticos cassados, foi exilado, publicamente humilhado, encarcerado, difamado, foi vítima de campanha pública visando a destruir sua reputação e sua honra, vítima de espionagem no Brasil e no exterior e vítima de complô para assassiná-lo”.

A comissão municipal paulistana também já contestou a versão oficial sobre a morte do ex-presidente, dizendo que ela foi “forjada” durante a ditadura militar. Para o presidente da comissão, o vereador Gilberto Natalini, uma das principais evidências de que o que ocorreu foi um crime, e não um acidente, é o fato de uma perícia mencionar a existência de um fragmento metálico no crânio do motorista, o que poderia, segundo Natalini, indicar que o motorista foi vítima de um tiro.

Mas a CNV contesta a versão de assassinato, e sustenta que “a cabeça do motorista Geraldo Ribeiro não foi atingida por um tiro. A CNV foi aos arquivos dos processos e encontrou, no Museu do Tribunal de Justiça, o fragmento metálico encontrado no crânio do motorista Ribeiro, quando seus restos mortais foram exumados em 1996. O material foi escaneado pela Polícia Federal e trata-se do mesmo tipo de liga metálica utilizada em peça de metal, usada para afixar forros de caixões. O tamanho do fragmento é infinitamente menor que um projétil de calibre .38, por exemplo”.

O relatório da CEV/SP, de aproximadamente mil páginas, será entregue à presidenta Dilma Rousseff, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com pedido para que seja alterada a certidão de óbito de Juscelino, declarando que ele foi assassinado pela ditadura militar, e pede que seja alterado o relatório conclusivo da CNV sobre a morte de JK. Sugere ainda que seja feita uma cerimônia de revogação da cassação de JK e subsequente cerimônia de sepultamento oficial.

Com informações de Aline Scarso - Repórter da TV Brasil

Integrantes da Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog (CMVVH), de São Paulo, e da Comissão Nacional da Verdade (CNV) vão se reunir, em data a ser confirmada em breve, para discutir a morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. O presidente da CMVVH, vereador Gilberto Natalini (PV), contesta o relatório da CNV que afirma que o ex-presidente e seu motorista morreram vítima de um acidente automobilístico na Rodovia Presidente Dutra, em 22 de agosto de 1976. "A morte de JK é um caso em aberto e precisamos confrontar os pontos contraditórios", frisou Natalini, que recebeu a confirmação do encontro entre os integrantes das duas comissões do coordenador da CNV, Pedro Dallari.

Em relatório de 10 de dezembro do ano passado, atualizado em 19 de fevereiro deste ano, a CMVVH, em documento de 30 páginas, conclui que JK e Ribeiro foram vítimas de conspiração, complô e atentado político. O "Relatório JK" lista, de acordo com Natalini, 103 indícios, evidências, testemunhos e provas do assassinato do ex-presidente e de seu motorista. O presidente da CMVVH diz que o relatório preliminar da CNV legitima as investigações e perícias conduzidas por agentes de Estado, policiais e peritos criminais a serviço do regime militar, em 1976, defendendo a tese de acidente.

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O vereador lembra que entre as várias testemunhas ouvidas pela CMVVH, foram tomados os depoimentos do motorista do ônibus, Josias Nunes de Oliveira, e de Paulo Oliver, um dos nove passageiros que confirmaram não ter havido choque entre o ônibus e o automóvel. E reitera que além de a CNV não ouvi-los, Oliveira declarou que recebeu uma tentativa de suborno para admitir ter provocado o acidente, o que também foi desconsiderado pela CNV.

Natalini destaca ainda que a CNV menosprezou o relatório da CMVVH e ouviu basicamente policiais que elaboraram as perícias de 1976, como Sérgio Leite e Roberto de Freitas Villarinho, diretor do Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro, além de corroborar os trabalhos da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, presidida pelo então deputado Paulo Otávio, no ano 2000. E que também serviu para endossar a versão oficial sobre a morte de JK.

A Comissão Nacional da Verdade apresentou nesta terça-feira, 22, relatório que indica que o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o motorista dele, Geraldo Ribeiro, morreram em consequência de um acidente de trânsito na rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, em 1976. A pesquisa sobre o caso descarta versões de que eles teriam sido assassinados.

A polêmica em torno do assunto começou ainda nos anos 80, quando peritos encontraram, durante uma exumação, um fragmento metálico no crânio do motorista, que depois se constatou se tratar de um cravo usado no revestimento do caixão. Essa polêmica voltou à tona em dezembro do ano passado, quando Comissão da Verdade instalada na Câmara Municipal de São Paulo apresentou uma pesquisa, considerada falha e sem base, de que JK e seu motorista teriam sido vítimas de homicídio doloso. Integrantes da comissão paulista chegaram a pedir ao Palácio do Planalto que o governo reconhecesse oficialmente "os assassinatos". A pesquisa foi considerada uma jogada política dos vereadores paulistas, sem bases históricas.

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"O ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em decorrência de lesões contundentes, sofridas quando da colisão frontal entre o veículo Chevrolet Opala, em que viajavam, e o Scania Vavis", destaca o relatório apresentado hoje pela Comissão Nacional da Verdade. "Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados vítimas de homicídio doloso".

O motorista aposentado Josias Nunes de Oliveira voltou a chorar nesta segunda-feira, 4, ao contar que representantes da ditadura militar tentaram fazer com que ele assumisse a culpa pelo suposto acidente automobilístico que resultou na morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck, em agosto de 1976. Oliveira, que completa 70 anos nesta quarta-feira, 6, era motorista de ônibus na ocasião e foi absolvido no processo em que foi acusado pelo fato. Ele prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e confirmou que chegou a receber a oferta de "uma mala de dinheiro" para que assumisse a culpa.

"Não era pasta, não. Era mala mesmo. Disseram que se eu não pegasse (o dinheiro) aquilo ia render. Tentaram me comprar, mas não conseguiram", disse o aposentado, também já ouvido pela Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo. Chorando, ele contou também ter sido intimidado pelo delegado encarregado do caso e pelo juiz Gilson Vital Vitorino, que presidiu o processo sobre o caso em primeira instância, na comarca de Resende (RJ). Pela versão oficial divulgada pelo governo militar, o ônibus dirigido por Josias Oliveira bateu no Opala no qual estava JK e o carro do ex-presidente atingiu um caminhão na contramão. O motorista Geraldo Ribeiro também morreu na ocasião.

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Na audiência desta segunda estavam presentes também o presidente da Comissão paulistana, vereador Gilberto Natalini (PV), e os advogados Márcio Santiago e William Santos, da Comissão da Verdade da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que encaminharam a documentação sobre a morte de JK para a Comissão Nacional da Verdade par que o caso seja novamente investigado, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo em maio. A suspeita é de que o acidente tenha ocorrido após Geraldo Ribeiro ser baleado na cabeça. A exumação do corpo do motorista e amigo pessoal do ex-presidente realizada em 1996 mostrou que ele tinha uma perfuração no crânio que a perícia alegou ter sido provocada por um prego do caixão. Um fragmento metálico foi encontrado, mas a peça teria desaparecido.

Oliveira contou que cinco anos após o caso pediu demissão, foi aposentado por invalidez e se separou da família. E disse que chegou a ser acusado até pelos colegas da Viação Cometa, onde trabalhava quando ocorreu o caso. "Eu ouvia de colegas que matei JK. Para mim, o Brasil só teve dois presidentes: Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek", desabafou. Ao fim da audiência, o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo mineiro, deputado estadual Durval Ângelo (PT), afirmou que encaminhará à Comissão Nacional da Verdade pedido para que o governo federal faça um pedido forma de desculpas ao aposentado, que hoje vive em um abrigo para idosos em São Paulo. "Vamos pedir também o reajuste da aposentadoria de seu Josias", afirmou. Para o ex-motorista, porém, "nada paga" o que ele passou devido ao caso.

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