Tópicos | Jogos Pan-Americanos

Os brasileiros tiveram resultados modestos no primeiro dia de competições do BMX nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, na prova contrarrelógio, que vale apenas como classificação para definir a posição de largada e os adversários das baterias. "Tive alguns erros e a estratégia inicial era ficar entre os oito melhores", explicou Renato Rezende, o mais experiente do grupo.

Ele ficou em sétimo no geral, melhorando um pouco sua classificação na Super Final, enquanto Ezequiel Souza foi sexto. No feminino, Priscila Carnaval ficou na oitava posição enquanto Thaynara Morosini foi 11ª. "O mais importante é ter pernas para amanhã. Estou bem confiante, mas sei que tudo pode acontecer, comentou Renatinho.

##RECOMENDA##

O ciclista se refere à possibilidade de quedas. Diferentemente da competição desta sexta-feira, no sábado os atletas vão disputar as baterias em grupos, ou seja, existe grande possibilidade de acidentes e eles mudam drasticamente a disputa, deixando às vezes favoritos para trás e abrindo caminho para azarões.

No feminino, Thaynara não gostou muito do tempo que fez, mas acha que na competição valendo medalha a situação pode ser diferente. "Tivemos dois dias de treino antes da competição, mas eu só pude praticar em um porque vim para Toronto lesionada e não queria agravar a contusão", contou.

A atleta ainda tenta se recuperar emocionalmente da grave queda que teve há quase um ano, quando trincou uma vértebra da coluna e quase ficou paraplégica. "Eu achei que nunca mais iria andar. Mas me recuperei e estou aqui. De qualquer forma, acho que o psicológico ainda está um pouco travado", disse.

Neste sábado, a partir das 15h05 (horário de Brasília), todos voltam à pista em competição que vale medalhas. Os homens vão disputar as baterias de quartas de final e, se ficarem entre os melhores, vão para semifinal e depois final. Já as mulheres, em menor número no Pan, entram direto na fase semifinal. "Amanhã vale a medalha e eu quero ficar entre as três primeiras", concluiu Thaynara.

O mistério sobre a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos só será revelado nesta sexta-feira, a partir das 21 horas (de Brasília). Apesar do segredo, a expectativa é por um espetáculo memorável. Isso porque o evento foi produzido pelo Cirque du Soleil, companhia canadense que ganhou fama por suas belas produções. O aspecto multicultural também é uma marca do grupo e um brasileiro não poderia faltar. Um dos escolhidos foi Wellington Lima.

"Estou super ansioso para representar bem o Brasil. É uma honra sem igual para mim." E ele sabe das suas responsabilidades. "Um dos diretores falou que cada abertura dos Jogos é como uma competição, é uma oportunidade única de dar o seu melhor naquele tempo."

##RECOMENDA##

O artista, que compõe o show Michael Jackson One, em Las Vegas, foi "alugado" para o evento e, desde janeiro, tem intercalado suas responsabilidades nos Estados Unidos com a preparação especial para a cerimônia, que foi trabalhada desde 2013. Os encontros ocorreram cerca de uma vez por mês, e o tempo de duração dos ensaios variou de acordo com as necessidades. Além de Toronto, os artistas também usaram Montreal como base.

Conhecido no meio artístico por suas performances no trampolim de parede, Wellington não revela detalhes de sua participação. A única garantia dada por ele é que os espectadores poderão conhecer um pouco mais sobre a capoeira. "Não tem uma maneira melhor do que através das minhas raízes", exalta. Ele também dá aulas de capoeira quando está fora dos palcos e ainda mantém sua ligação com Recife, sua terra natal, por meio dela.

De origem humilde, Lima chegou a vender pipoca e picolé no centro da cidade pernambucana. Sua entrada na vida artística teve início com a capoeira. Mais tarde, investiu no trampolim acrobático, popularmente conhecido como cama elástica, e chegou a ser campeão brasileiro na modalidade em 1997. Ele atuou como professor de acrobacia na Escola Pernambucana de Circo e trabalhou no Grande Circo Popular do Brasil, do ator Marcos Frota.

Essa pluralidade abriu as portas para a mudança completa em sua vida há 17 anos, quando foi aprovado em uma audição do Cirque du Soleil. Sua estreia foi no "La Nuba", em Orlando, depois foi chamado para o "Dralion". Em Las Vegas, participou do "Viva Elvis" antes do show sobre o "Rei da Música Pop", no Mandala Bay Resort e Cassino.

Nesta sexta-feira, Wellington Lima torce para encontrar os atletas brasileiros no Rogers Centre, palco da festa ao lado da CN Tower, cartão-postal de Toronto.

Assim como no dueto, a equipe brasileira de nado sincronizado terminou em quarto lugar em sua primeira apresentação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O time brasileiro alcançou a nota de 80,8605 na rotina técnica, atrás de Canadá, México e Estados Unidos. O dia de provas ainda foi marcado por um problema no sistema de som durante a apresentação do time mexicano, que teve que se apresentar duas vezes.

Logo após saírem da piscina, as nadadoras brasileiras não conseguiram esconder a decepção com a nota, mas procuraram demonstrar otimismo para a apresentação de sábado, quando acontece a rotina livre e será definido o pódio.

##RECOMENDA##

"A gente nadou com toda nossa alma, toda nossa energia. Era um programa que a gente realmente estava colocando muita confiança, que a gente nadou o ano inteiro com ele", comentou Lara Teixeira, capitã da equipe. "A gente tem que rever a nadada. Temos que reverter isso para a final tanto no dueto quanto na equipe."

Bia Ferres também considera que será possível recuperar a nota. "A competição ainda não acabou. Isso é só uma etapa, 50%, e a gente pode dar mais do que o nosso máximo, como a gente fez aqui hoje (quinta-feira). Vai dar pra reverter tudo isso, a gente quer uma medalha."

O tema da apresentação brasileira na rotina técnica foi "Motocicleta (rock)". A equipe contou com a presença da atleta Maria Clara Lobo, de 16 anos, que substituiu Pâmela Nogueira, cortada por lesão. No sábado, Maria Clara irá ceder o lugar para Sabrine Lowe - que, nesta quinta, ficou de fora.

Desde o Pan de Santo Domingo, em 2003, o Brasil sempre fica com a medalha de bronze no nado sincronizado, tanto no dueto quanto por equipes, atrás de EUA e Canadá. A expectativa para Toronto era evoluir pelo menos para a prata, não deixar o pódio, algo que não acontece desde 1991, em Havana.

FALHA - Durante a apresentação da equipe mexicana, o sistema de som falhou em meio à rotina. As nadadoras prosseguiram com a performance por alguns segundos e levantaram a torcida. Cerca de um minuto depois, porém, a apresentação foi suspensa.

O time mexicano aguardou a apresentação das peruanas e entrou novamente da piscina. Com uma música alegre, típica do país, levantou a torcida que lotou as instalações e acabou sendo uma das mais aplaudidas - ao lado das anfitriãs. Os juízes também gostaram da apresentação e deram a nota de 85,6740, menor apenas que a das canadenses.

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) confirmou, nesta quinta-feira, que a lista de convocadas para os Jogos Pan-Americanos, 'vazada' na semana por Fernanda Garay, não era mesmo a oficial. O treinador optou por reforçar o grupo que vai a Toronto com a líbero Camila Brait, titular da equipe, em detrimento a Leia.

Mesmo responsável por vazar uma convocação que não era oficial e, agora, mostrou-se também que não era a final, Fernanda Garay não foi punida e vai para o Pan mesmo assim. Além dela, Zé Roberto vai contar, no Pan, com outras duas atletas de destaque do elenco: a também oposto Jaqueline e a líbero Camila Brait.

##RECOMENDA##

Zé Roberto trabalha com um grupo de 31 jogadoras, das quais 13 vão ao Pan e as demais ficarão disponíveis para a terceira rodada do Grand Prix, quando a seleção será comandada pelos seus auxiliares.

Na equipe masculina, também não havia a possibilidade de utilizar força máxima no Pan, uma vez que, ao mesmo tempo, ocorre a disputa da fase final da Liga Mundial. Como os jogos no Rio será decisivos, Bernardinho vai usar força máxima em casa e levará um time B para Toronto, onde o Brasil será comandado pelo auxiliar Rubinho.

Foram convocadas as levantadoras Ana Tiemi e Macris, as opostos Joycinha e Rosamaria, as centrais Adenízia, Bárbara e Angélica, as ponteiras Jaqueline, Fernanda Garay, Michelle Pavão e Mari Paraíba, e a líbero Camila Brait.

Em Toronto, Thiago Pereira disputará pela quarta vez os Jogos Pan-Americanos. Dono de 18 medalhas (12 ouros, 3 pratas e 3 bronzes) na competição, ele está a um pódio de ultrapassar o ex-nadador Gustavo Borges e se tornar o maior medalhista brasileiro. Mas a meta vai além disso e ele tem a ambição de ser o maior vencedor de todos os tempos. Para isso, será preciso desbancar o recorde de 22 medalhas do ex-ginasta cubano Eric Lopez Ríos.

O prestígio não termina dentro da piscina. O brasileiro será o porta-bandeira da delegação na cerimônia de abertura nesta sexta-feira e estará no centro das atenções desde o primeiro dia oficial da competição. Inscrito para oito provas em cinco dias, Thiago Pereira ainda não confirma presença em todas e diz que a decisão final será tomada em conjunto com a comissão técnica da natação brasileira. De qualquer forma, o objetivo é ganhar muitas medalhas de ouro.

##RECOMENDA##

Ele quer fazer valer o apelido de "Mister Pan" e não medirá esforços para realizar o seu sonho. "Para alcançar a minha meta pan-americana é preciso muita dedicação e esforço. Nadar todos os dias em uma competição como essa exige não só preparo físico, mas estratégias definidas e preparo psicológico", explicou. E acredita que está no caminho certo. "No dia a dia, nos treinos, tenho me preparado bem. Vou chegar no Pan bem confiante na conquista dos meus objetivos".

Com o calendário apertado, alguns nadadores descartaram o Pan de Toronto para focar apenas no Mundial de Esportes Aquáticos, que será disputado em Kazan, na Rússia, entre 24 de julho e 4 de agosto. É o caso de Cesar Cielo, que pretende revalidar seus títulos mundiais. Mas Thiago Pereira tenta conciliar as duas principais competições do ano e garante que vai manter a concentração em cada uma no momento certo. "Minha estratégia é nadar bem o Pan, que é meu principal foco este ano, e depois pensar no Mundial. Durante o Pan meu foco será a competição, sem segundo ou terceiro plano. Depois que bater na parede na minha última prova em Toronto, meu foco passará a ser fazer um bom papel em Kazan".

ESTRATÉGIA - O nadador faz um planejamento estratégico para diminuir o desgaste de disputar duas importantes competições consecutivas em busca dos resultados que estabeleceu como meta para essa temporada.

"Depois de Toronto, é preciso virar a chavinha para Kazan e tentar segurar o polimento e minimizar qualquer impacto das provas do Pan. Serão duas batalhas e tanto contra os melhores do mundo".

No Pan, a equipe norte-americana não terá o astro Michael Phelps, dono de 22 medalhas olímpicas. Para o brasileiro, "o maior campeão olímpico de todos os tempos faz falta em qualquer competição".

Apresentado como atleta do Minas Tênis Clube-MG em abril, Thiago Pereira treina nos Estados Unidos. No exterior, ele perde visibilidade a pouco mais de um ano dos Jogos Olímpicos do Rio, mas foi a alternativa encontrada após o fim da parceria com Alberto Pinto, o Albertinho, no ano passado.

Prata nos 400 metros medley na Olimpíada de Londres, em 2012, Thiago aposta no trabalho dos renomados técnicos Dave Salo e Jon Urbanchek para conseguir um novo pódio olímpico - quem sabe com um ouro inédito.

"Os treinos nos Estados Unidos são bastante motivadores. Todos os dias trabalho ao lado de um campeão olímpico e medalhista mundial. Meus treinadores também são referência na modalidade. Ambos são exigentes e dão treinos muito fortes".

Urbanchek está no hall da fama internacional da natação e já treinou dezenas de atletas olímpicos; ele também levou Gustavo Borges ao auge da sua carreira e colocou o brasileiro entre os melhores do mundo na década de 90. Respaldo, Thiago Pereira já tem de sobra. Agora a missão é transformar o esforço em resultados.

Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, o ginasta Arthur Nory Mariano volta a representar a seleção brasileira pela primeira vez desde o caso de racismo que envolveu a modalidade. O vídeo que circulou na internet com piadas preconceituosas sobre a cor da pele de Ângelo Assumpção rendeu uma suspensão de 30 dias ao atleta e aos colegas Fellipe Arakawa e Henrique Flores, enteado do treinador Marcos Goto. Dentro da comissão técnica, o ocorrido é visto como uma "fatalidade" e um "caso encerrado".

"Ninguém pode falar que não vai acontecer mais. O que aconteceu foi uma fatalidade, foi uma coisa que não devia ter saído (sido divulgada para o público). É coisa de adolescente mesmo e a gente está orientando para que não aconteça de novo", afirma Goto. "A Confederação (Brasileira de Ginástica) deu uma punição para servir de exemplo para os outros. O Nory está competindo, os outros já estão treinando. A vida continua", completa.

##RECOMENDA##

O treinador relembrou outro caso de racismo no mundo do esporte, deixando o nome de Dunga nas entrelinhas, e comparou as duas situações. "A gente viu agora um treinador falando essas coisas e não aconteceu nada. Deu em alguma coisa? Não deu em nada. Agora o garoto fala alguma coisa e querem prender ele."

No mês passado, o técnico da seleção brasileira de futebol deu uma declaração alvo de muitas críticas. "Até acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar", afirmou em entrevista coletiva durante a Copa América. Horas depois da referência infeliz, a CBF divulgou uma nota de retratação em nome do comandante: "Quero me desculpar com todos que possam se sentir ofendidos com a minha declaração sobre os afrodescendentes. A maneira como me expressei não reflete os meus sentimentos e opiniões."

De acordo com Goto, os atletas continuam tendo permissão para utilizar as redes sociais sem censura. "Não mudamos nada na rotina, cada um é responsável por si próprio, não são mais crianças. Eles viram a problemática que isso causou. Está todo mundo mais esperto", garante. Quando Nory foi perguntado sobre o uso do aplicativo Snapchat, o ginasta desconversou.

Antes do treino de pódio da ginástica masculina em Toronto, o chefe de delegação Leonardo Finco também comentou o caso, tentando colocar um ponto final na história. "Esse assunto está resolvido no nosso grupo, a gente precisa focar no trabalho. Esse assunto morreu para a gente."

O Brasil tem representante, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em todas as modalidades coletivas que fazem parte do programa olímpico. A exceção é o hóquei sobre a grama feminino, eliminado do processo de classificação para o Pan ainda no segundo semestre de 2011, logo após os Jogos de Guadalajara. Nesta quarta-feira, 46 atletas brasileiras, dos quatro únicos clubes do País, emitiram uma carta à Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama (CBHG) reclamando de sexismo e preconceito.

"A preferência pela equipe masculina é vista há muito tempo. O gênero masculino sempre foi tratado como uma equipe de verdade, e nós do feminino como um 'bando'. Expressões sobre nossos corpos e discriminação sobre diferenças físicas entre o masculino e feminino eram sempre ouvidas, fora o julgamento de comportamento das atletas mulheres, diferente entre os gêneros, com um tom machista de uma comissão técnica onde quase toda sua totalidade são homens", relatam as jogadoras.

##RECOMENDA##

"Você está no campo, está jogando, vem um cara que te trata de um jeito nojento, fazendo comentários sobre o seu corpo. 'Sua piranha', sabe? Sem motivo", contou, sob a condição de anonimato, uma das líderes do time. Ela confirmou que o acusado é Cláudio Rocha, o técnico da seleção masculina, que, segundo ela, fazia comentários sexistas até mesmo nas instruções em campo, enquanto treinador da equipe feminina.

O pai dele, Sydney Rocha, comanda a CBHG desde a fundação da entidade, em 2003. Às vésperas dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, Cláudio treinava a seleção feminina. À época, já era alvo de reclamações das jogadoras, que boicotaram a seleção por causa dele. O treinador foi substituído, mas parte das atletas manteve o boicote e não disputou o Pan. O Brasil ficou em último.

A jogadora ouvida pela reportagem reclama que "os Rochas" são responsáveis pelo preconceito e pelo sexismo contra as jogadoras. De acordo com ela, Cláudio costuma ficar à beira do campo nos campeonatos nacionais, fazendo comentários sobre o corpo das meninas. "O Claudio consegue persuadir alguns meninos mais novos, fica fazendo comentário maldoso."

Cláudio recebe R$ 12 mil mensais, graças a um convênio entre a confederação e o Ministério do Esporte. Há dois mês, a Agência Estado mostrou que o valor recebido por Cláudio é correspondente, na tabela de referência usada pelo COB, a um técnico "classe A", medalhista olímpico ou mundial. O treinador, porém, de acordo com seu currículo, se encaixa na "classe C", com faixa salarial de R$ 3 mil a R$ 5 mil.

FORA DOS JOGOS DO RIO - Além de não disputar o Pan, a equipe feminina também não vai à Olimpíada do Rio. Em 2011, o Brasil precisava ficar entre os dois primeiros colocados do Pan-American Challenger. Como não conseguiu, não avançou à Pan-American Cup, em 2013, classificatória para os Jogos Pan-Americanos. A competição em Toronto, por sua vez, poderia dar vaga à seleção na Olimpíada.

A Federação Internacional de Hóquei (FIH) determinou que o Brasil só teria vaga no Rio na competição feminina se terminasse entre as sete primeiras do Pan ou se fechasse 2014 entre as 40 melhores do ranking mundial. A primeira meta não tinha como ser alcançada em razão do desempenho da equipe. A segunda também não, por falta de competições oficiais entre 2013 e 2014.

Mesmo assim, as jogadoras insistiram em participar da última divisão da Liga Mundial no ano passado. Queriam demonstrar evolução técnica para a FIH e convencer a entidade a abrir uma exceção, permitindo ao Brasil, em 41.º do ranking, disputar a Olimpíada. A CBHG, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Ministério do Esporte, entretanto, não disponibilizaram recursos.

"Um dia antes da CBHG enviar a notificação sobre a equipe feminina estar fora da Olimpíada no nosso País, a equipe masculina foi convocada para três meses de treinamento na Europa para a Liga Mundial, campeonato que tinha um peso determinante para a gente, e não para o masculino", reclamam as atletas.

De fato, o Brasil não tinha mais como ficar entre os 30 primeiros do ranking masculino, um dos critérios para a vaga olímpica ser concedida. A outra é ficar entre os seis primeiros do Pan. A classificação masculina para Toronto, entretanto, só veio em novembro.

"Nosso País não nos dá recursos para evolução. Temos um (único) campo em todo o Brasil e (ele) está em obra para as Olimpíadas. Este ano não se tem uma definição sobre o Campeonato Brasileiro, fora a falta de desenvolvimento e formação de novos atletas. A quantidade de times diminui e a incerteza de uma má gestão só aumenta", disse a carta das atletas.

No texto, as jogadoras ainda reclamam da falta de uma definição sobre o futuro da seleção, que não treina há mais de um ano. Recentemente, a CBHG lançou no Facebook anúncio procurando um novo treinador, mas não divulgou se encontrou algum profissional. As jogadoras que atuam em clubes do País foram convocadas para testes físicos, mas reclamam que as que atuam no exterior (essencialmente holandesas de dupla nacionalidade) não precisam passar pelo mesmo procedimento.

Assinam a carta 46 jogadoras dos quatro únicos clubes brasileiros: Florianópolis, Desterro (ambos de Santa Catarina), Macau (São Paulo) e Carioca (Rio). Elas garantem que não jogarão mais pelo Brasil enquanto "esse tipo de gestão continuar".

OUTRO LADO - A CBHG emitiu nota no início da noite negando as acusações. "A Confederação rechaça com veemência a alegação de "sexismo". Jamais houve e haverá qualquer preferência. Como é de conhecimento público, nossa torcida e nossa atenção estão voltadas para a seleção masculina de hóquei, que conquistou a classificação inédita em Jogos Pan-Americanos e está no Canadá neste momento para tentar conquistar a tão sonhada vaga olímpica". A entidade alegou que Cláudio Rocha está em Toronto e, por isso, não poderia falar com a reportagem.

A seleção brasileira feminina de vôlei vai contar com um reforço de peso para a segunda rodada do Grand Prix, no próximo fim de semana, em São Paulo. Afinal, o técnico José Roberto Guimarães confirmou o retorno da ponteira Jaqueline, que recuperava a forma física durante a primeira rodada, na Tailândia, depois de chegar a ser internada com quadro de pneumonia. De São Paulo, a jogadora segue direto para Toronto, onde vai buscar o ouro dos Jogos Pan-Americanos.

"O Pan e o Grand Prix vão acontecer na mesma época e o Zé Roberto está mesclando jogadoras experientes com outras mais novas. São duas competições importantes e vamos buscar o título em ambas. O cenário internacional está cada vez mais difícil e o Brasil é sempre a equipe a ser batida", comenta Jaqueline.

##RECOMENDA##

Até agora, o técnico José Roberto Guimarães só confirmou a convocação de três atletas: Jaqueline as levantadoras Ana Tiemi e Macris. Há uma semana, Fer Garay publicou em uma rede social a lista de convocadas, que não foi confirmada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

A lista publicada por Garay, além de Jaque, Ana Tiemi e Macris, tinha também as centrais Adenízia, Bárbara e Angélica, a ponteira Michelle, as opostos Rosamaria e Joycinha, além da líbero Leia.

Zé Roberto trabalha com 31 atletas e vai dividir o grupo em dois. Metade do elenco vai disputar a terceira rodada do Grand Prix, metade vai a Toronto. Em São Paulo, para jogar contra Bélgica (sexta), Tailândia (sábado) e Alemanha (domingo), o treinador vai contar com 18 atletas.

Estão treinando na capital paulista: as levantadoras Dani Lins, Ana Tiemi e Macris, as opostos Monique e Joycinha, as ponteiras Jaqueline, Fernanda Garay, Gabi, Natália, Suelle e Mari Paraíba, as centrais Adenízia, Juciely, Carol e Bárbara e as líberos Camila Brait, Sassá e Léia.

Com a força dos "estrangeiros" e comandado pelo capitão Felipe Perrone, considerado o melhor jogador do mundo, o Brasil iniciou com o pé direito sua participação no polo aquático nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O time venceu o Canadá nesta terça-feira por 11 a 9 e agora lidera o Grupo B, pois na outra partida da chave México e Venezuela empataram por 9 a 9.

Na próxima rodada, o Brasil enfrenta a Venezuela nesta quarta-feira, às 21h08 (horário de Brasília). Já o Canadá encara a Venezuela apenas na quinta-feira, logo depois de o Brasil encerrar sua participação na primeira fase contra o México.

##RECOMENDA##

Nos últimos meses, o Brasil teve grande evolução graças à chegada do técnico Ratko Rudic e de alguns jogadores que já atuaram por outras seleções mas têm algum parentesco com o Brasil, como o próprio Felipe Perrone, Ives Alonso, Paulo Salemi e Adria Delgado. O caso mais atípico é do croata Josip Vrlic, que não tem parentesco com o Brasil

Apesar de enfrentar o time da casa, o Brasil do experiente técnico Ratko Rudic não tomou conhecimento no primeiro quarto e abriu dois gols de diferença, fechando o período em 4 a 2. No quarto seguinte, o time teve um apagão e acabou sofrendo três gols na sequência. Mas depois a equipe reagiu e fechou com vantagem de um gol a metade do jogo.

No terceiro período, o Brasil se encontrou e fez quatro gols contra apenas um dos donos da casa. A vantagem no marcador deu uma tranquilidade no último quarto para o time, que até relaxou um pouco e deixou o adversário encostar no marcador. Mas após o susto, os brasileiros equilibraram o duelo novamente, souberam se defender, venceram e se isolaram na primeira posição do Grupo B.

O Pan-Americano de Toronto nem começou direito – isso porque já está sendo disputada a modalidade de polo aquático, porém a cerimônia de abertura na próxima sexta-feira (10). Ainda assim, os moradores da cidade canadense já contam sobre as melhorias na cidade e a diferença sobre o torneio no país mais ao norte da América.

Maior metrópole do Canadá e uma das principais do mundo, Toronto mudou pouco para receber o Pan-Americano. Mas teve investimentos em diversos centro esportivos e no setor de hotelaria, também foram aplicados recursos no setor de transporte público. E apostou em um torneio ecologicamente correto, o que elevou o gastos. O LeiaJá conversou com alguns brasileiros que vivem na cidade para saber o que foi feito para receber o evento.

##RECOMENDA##

Ecologicamente correto e com preço salgado
Poucos foram os investimentos canadenses no centro esportivos. O país aproveitou a estrutura já existente em outras cidades também do estado de Ontario e descentralizou o torneio. Além de Toronto, outras 14 localidades também receberão os Jogos. Está será a edição mais cara dos Jogos Pan-Americanos. Isso porque os canadenses resolveram criar o torneio sob o conceito de ecologicamente correto, sem emissão de carbono. No total foram gastos cerca de dois bilhões de dólares canadenses (aproximadamente R$ 5 bilhões).

Investimento alto, mas dentro das normas
Dentro dos investimentos propostos está o setor de transporte público. Daniel Vasconcelos (foto acima), brasileiro que mora na cidade desde 2012, elogiou as mudanças. “As estruturas que foram construídas eram, muitas delas, na verdade, pontos-chaves para o desenvolvimento de Toronto e da Grande Toronto, como um trem expresso ligando o centro da cidade ao aeroporto”, conta. “Exceto pela construção da Vila olimpica, obra essa sim totalmente voltada unica e exclusivamente para os jogos”, completa.

Outro morador de Toronto, Rafael Castelo (foto abaixo) explicou que as obras atenderam aos prazos. “Ficou tudo pronto dentro da data de planejada. O sistema de transporte público está muito eficiente e a cidade mais policiada. Toronto está linda, moderna e eficiente”, disse o mineiro.

Diferente da Copa do Mundo no Brasil, o evento esportivo no Canadá não teve acusações de abusos ou desvios de verba, como conta Daniel Vasconcelos. “Não há nenhuma discussão em relação a algum tipo de corrupção e superfaturamento das obras ou o valor gasto tanto pelo governo provincial, quanto pela prefeitura das cidades envolvidas. Existe, sim, por parte de algumas pessoas, a reclamação devido aos setores do investimento”, explica o paulista de 28 anos.

Sem frio no Pan
Apesar do Canadá ser o país mais ao Norte da América, não significa que os brasileiros sofrerão com o frio no Pan-Americano. Entre os meses de junho e setembro, época do ano que o torneio é disputado, é o período quando país está na estação de verão e pode chegar até a 43º C. Diferente do inverno, entre dezembro e março, que a sensação térmica cai para até -30º C.

Derrotada pela Argentina no último sábado, em Natal (RN), a seleção brasileira masculina de vôlei deu o troco na rival ao vencer por 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 25/14, 17/25 e 25/18, nesta segunda-feira à noite, em Fortaleza (CE), em novo amistoso de preparação para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Sem contar com estrelas do time nacional, já que prioriza a fase decisiva da Liga Mundial, o Brasil havia caído por 3 sets a 2 diante dos argentinos no final de semana. Apoiada por 8.304 torcedores do Ginásio Paulo Sarasate, a seleção festejou o fato de ter conseguido evoluir em relação à partida passada.

##RECOMENDA##

"A Argentina é um adversário difícil sempre. Um time 'jogueiro', tem muito volume. É difícil rodar a bola, precisamos sempre de paciência. Foi um ótimo teste para nós que iremos disputar o Pan nos próximos dias. Eles são um time que faz o outro jogar e pensar para conseguir rodar a bola", analisou o central Otávio, maior pontuador da partida, com 18 acertos.

O técnico Maurício Motta Paes, que irá substituir Rubinho nos dois primeiros jogos do Pan, pois o auxiliar de Bernardinho ainda estará envolvido com a Liga Mundial no período, também exaltou a evolução do Brasil e destacou o crescimento da equipe em dois fundamentos.

"Jogamos hoje com a cabeça um pouco mais no lugar. Tivemos uma certa afobação no início do primeiro set, mas consertamos. É muito bom jogar tendo este público apoiando o tempo todo. Gostei da atuação no passe. Nosso bloqueio foi bem melhor hoje, muito em razão de nosso saque que também foi muito bem", analisou.

Brasileiros e argentinos voltarão a se enfrentar no próximo sábado, às 12h30, em João Pessoa (PB), no último amistoso de preparação para o Pan, no qual a seleção irá integrar o Grupo A, ao lado de Colômbia, Cuba e da própria Argentina. A estreia será contra os colombianos, no dia 17.

No duelo desta segunda-feira, o Brasil foi escalado com Renan Buiatti, Murilo Radke, Maurício Borges, Doulgas Souza, Otávio e Maurício Souza, além do líbero Tiago Brendle. Depois entraram na equipe Rafael Araújo, Thiaguinho, Kadu e Bruno Canuto.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) confirmou nesta segunda-feira que Thiago Pereira será o porta-bandeira da equipe do País na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, marcada para a próxima sexta-feira, após receber e aceitar o convite de Carlos Arthur Nuzman.

Thiago Pereira já teve a honra de carregar a bandeira do Brasil em um Pan, o de 2007, realizado no Rio, na cerimônia de encerramento, depois de se consagrar nas piscinas ao faturar oito medalhas, sendo seis de ouro, uma de prata e uma de bronze.

##RECOMENDA##

Esses feitos levaram Thiago Pereira a receber o apelido de "Mister Pan". Afinal, ele é o atleta brasileiro com mais ouros conquistados na história do Pan - 12 -, além de estar a apenas uma medalha de igualar as 19 do ex-nadador Gustavo Borges como competidor que mais vezes foi ao pódio pelo País no evento poliesportivo.

A marca deve até ser superada por Thiago Pereira, que está inscrito para oito provas no Pan. A primeira com participação do brasileiro será a dos 200 metros peito, com eliminatórias marcadas para 15 de julho. O nadador deve desembarcar em Toronto na próxima quinta-feira.

O Brasil não terá mais uma delegação de 600 atletas nos Jogos Pan-Americanos. Afinal, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) não se atentaram que a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) havia destinado apenas 680 credenciais para o atletismo. Na soma de convocados de cada país, havia muito mais do que isso. Por isso, cortes precisaram ser feitos. No Brasil, oito atletas foram excluídos.

A confusão se deu porque foram exigidos índices baixíssimos para o Pan. No Brasil, em diversas provas, mais de dez atletas fizeram índice. Mesmo no salto com vara, em que Fabiana Murer sobra e a segunda melhor brasileira não consegue disputar o Mundial ou a Olimpíada, 13 atletas se qualificaram.

##RECOMENDA##

O período de obtenção de índices fechou no fim de maio e a CBAt logo anunciou os convocados: os dois melhores índices de cada prova, com exceção do lançamento do dardo masculino, na qual só um atleta se qualificou. Um total de 88 atletas, um recorde, que agora volta a ser dos Jogos do Rio: 85.

A convocação oficial, feita em 8 de junho, entretanto, foi precipitada porque a obtenção de índices era só um dos critérios para ir ao Pan. O outro era se encaixar dentro das tais 680 credenciais. "Se o número de entradas superar a cota de 680, o delegado técnico tem a autoridade para limitar o número de entradas em algum evento, usando performance como critério ou impondo um limite por equipe", afirma o regulamento.

Para solucionar o impasse, a Odepa refez a tabela de índices, o que acabou excluindo oito brasileiros: Gladson Barbosa (3.000m com obstáculos), José Alessandro Baggio (20km da marcha atlética), Felipe Lorenzon (disco), Nelson Fernandes (peso), Joziane Cardoso (10.000m), Keely Rodrigues (peso), Mariana Marcelino (martelo) e Carla Michel (martelo).

Para o Brasil, entretanto, o prejuízo foi pequeno. No Peru, a convocação foi de 27 para 11 atletas. No Chile, de 54 para 32. O caso vinha se desenrolando há pelo menos duas semanas e, por isso, os Estados Unidos ainda não divulgaram os seus convocados.

Com a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá e do Mundial Junior Masculino, dentro de casa, a seleção brasileira de handebol entrará em quadra para mais uma competição neste mês de julho, a Universíade, em Gwangju, na Coréia do Sul. Tanto a equipe feminina quanto a masculina poderão contar com atletas com passagem pela seleção principal. Essa será a primeira vez que a modalidade estará presente na competição.

O Brasil estará representado na Universíade por conta das recentes conquistas, como o título mundial feminino em 2013 e o Ouro no Mundial Universitário de 2014. A central Isabella Ansolin, que este ano já compôs a Seleção Brasileira em um torneio em Angola, em fevereiro, acredita que o país entra como favorito no torneio. “Participar da primeira edição do handebol na Universíade é muito marcante. É a chance de entrarmos mais uma vez para a história. O título do mundial conquistado no ano passado, em Portugal, nos levou ao favoritismo esse ano. Mas, isso não significa que já está ganho. Vamos usar isso a nosso favor e, com humildade, chegar ao campeonato e trabalhar duro, para passo a passo poder chegar o mais longe e, quem sabe, trazer novamente um título para o Brasil”, garantiu. A equipe faz sua estreia na segunda-feira (6) contra a China.

##RECOMENDA##

Nos masculino, a disputa também se inicia no dia 6, diante da Suíça. Comandada por José Ronaldo do Nascimento, o SB, a equipe poderá contar com o goleiro Leonardo Vial, o Ferrugem, que já passou várias vezes pela seleção brasileira. Ele se diz muito feliz em poder representar novamente o país. “Representar o Brasil é sempre o maior objetivo de qualquer atleta. Estou muito feliz em poder fazer isso novamente. A Universíade é uma competição que a cada edição está maior e mais forte, com muitos atletas que são prováveis nomes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Nos dois últimos Mundiais Universitários fomos ao pódio. Sabemos do peso que iremos carregar, mas sempre com os pés no chão, pois a competição vem recheada de times da Europa que chegam muito forte”, comentou. A disputa do handebol na competição segue até o dia 13 coma a decisão pelo ouro no masculino e no feminino.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) não tem medo de colocar pressão sobre seus atletas. Pelo contrário. Às vésperas de cada competição, diz com todas as letras e números qual é a meta da equipe. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá), o objetivo é conquistar 14 medalhas. Para isso, todos os atletas convocados precisam subir ao pódio em Toronto.

Para a equipe masculina, a meta é mais fácil de ser alcançada. Afinal, se no feminino até Argentina e Colômbia têm judocas de primeiro nível, entre os homens o Brasil tem domínio absoluto. Ganhou sete medalhas de ouro (seis de ouro) em Guadalajara-2011 e oito medalhas (com oito atletas), sendo cinco de ouro, no Campeonato Pan-Americano deste ano.

##RECOMENDA##

"A CBJ traçou como meta trazer sete medalhas no masculino, independentemente da cor dela. Então, acho que não existe essa preocupação. Sei que pelas medalhas que conquistei, virei alvo. Mas é essa é minha motivação: seguir vencendo", diz Felipe Kitadai (até 60kg), medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Mesmo em categorias em que o Brasil não tem tido grandes resultados em nível internacional, o domínio regional é absoluto. Alex Pombo (até 73kg) é bicampeão pan-americano. "Logicamente que é uma competição diferente por ter diversas modalidades envolvidas, é algo diferente. Mas tenho tido um bom retrospecto contra os principais adversários do continente e estou bem tranquilo para fazer meu papel e buscar esse ouro."

As categorias que tendem a ser mais complicadas para os brasileiros são até 81kg (o Canadá tem o vice-líder do ranking mundial) e a até 90kg (o cubano Asley González foi campeão mundial em 2013).

Uma das grandes favoritas a conquistar medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, a Seleção feminina de ginástica que participará da competição foi definida pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Nomes como o de Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa estarão presentes na equipe. A ginasta Rebeca Andrade, que sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior na última sexta-feira (26), não poderá fazer parte da delegação, sendo substituída por Jade. O grupo viaja no sábado (4) para Toronto. 

A coordenadora da seleção, Georgette Vidor, afirma que a notícia do desfalque de última hora de uma das atletas que faria parte da equipe foi recebida com tristeza, mas que isso não irá abalar as meninas na busca pelo objetivo na competição. “É claro que é um momento difícil, ainda mais por estarmos tão perto do Pan, mas a equipe está superando muito bem. As meninas querem mostrar que podem conquistar bons resultados de qualquer forma", garantiu. O tempo previsto de recuperação de Rebeca, que irá passar por uma cirurgia é de aproximadamente seis meses. 

##RECOMENDA##

No México, em 2011, na cidade de Guadalajara, a Seleção Feminina conquistou duas medalhas de bronzes com Daniele Hypolito, no solo e na trave. Em 2015, o objetivo é superar o resultado anterior e utilizar os Jogos Pan-Americanos também como parte da preparação para o Campeonato Mundial de Glasgow, na Escócia, em outubro, torneio que é classificatório para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

A ausência de Nádia, Clarissa, Érika e Damiris, todas disputando a WNBA, principal liga profissional norte-americana, obrigou o técnico Luiz Zanon a recorrer a uma pivô veterana para reforçar a seleção brasileira de basquete nos Jogos Pan-Americanos. Cinco anos após sua última convocação, Kelly está de volta e vai a Toronto (Canadá).

A lista de 12 atletas que vão defender o Brasil no Pan foi anunciada nesta terça-feira pelo técnico Luiz Zanon, que mais uma vez vai ter que recorrer à juventude. Se para o garrafão a ausência das quatro convocadas usuais obrigou o treinador a chamar Kelly (35 anos), Gilmara (34) e Karina (29), o restante do time é muito jovem. Exceto a ala Jaqueline, de 29, todas as demais jogadoras do elenco têm no máximo 24 anos.

##RECOMENDA##

"Optamos por formar a equipe com uma variação maior entre as jogadoras. São meninas jovens mescladas com algumas experientes, no caso as pivôs. Estamos esperançosos na busca do melhor desempenho dessa seleção nos Jogos Pan-Americanos em Toronto", disse Zanon, sem revelar, entretanto, qual a meta da equipe.

O treinador deixa claro que o Pan tem a função de amadurecer o elenco que, depois, vai disputar a Copa América talvez precisando brigar pela classificação olímpica - a Federação Internacional de Basquete (Fiba) ainda não confirmou a vaga como país sede.

"Definimos a equipe buscando manter uma variação maior no elenco tático, dentro da filosofia de amadurecimento desse grupo. Deixamos claro o nosso objetivo para elas e esperamos o máximo desse grupo. Permanecemos com a grande responsabilidade no processo de amadurecimento, dentro da importância de disputarem os jogos e assim somar experiência a um grupo jovem."

Depois de iniciados os treinos em Campinas, Zanon já havia anunciado dois cortes: A ala Joice (por lesão na coxa esquerda) e a pivô Letícia, de apenas 20 anos, liberada para disputar a Universíada. Agora, foi dispensada a ala Leila.

A surpresa da lista final é a presença da ala Izabella Sangalli, de 20 anos, de Americana. A jogadora, caçula do grupo, treinava com a seleção como convidada e acabou incluída no time que vai ao Pan.

CONFIRA A LISTA DE CONVOCADAS:

Carina, 23 anos, armadora do São Bernardo (SP)

Débora, 23 anos, armadora de América de Recife (PE)

Fabiana, 24 anos, pivô do Americana (SP)

Gilmara, 34 anos, pivô do Americana (SP)

Isabela Ramona, 21 anos, ala do São José (SP)

Izabella Sangalli, 20 anos, ala do Americana (SP)

Jaqueline, 29 anos, ala do Santo André (SP)

Karina, 29 anos, pivô do São José (SP)

Kelly, 35 anos, pivô do Sport Recife (PE)

Patrícia, 24 anos, ala do São José (SP)

Tainá, 23 anos, armadora do América de Recife (PE)

Tássia, 22 anos, armadora do Santo André (SP)

Se em um primeiro momento a notícia do corte do judoca Rafael Silva dos Jogos Pan-Americanos de Toronto tenha sido recebida com tristeza pelo companheiro de seleção David Moura, por outro lado abriu a possibilidade de o suplente realizar um sonho de família. David terá a oportunidade de, assim como seu pai, Fenelon Oscar Muller, trazer uma medalha para o País, 40 anos depois.

Em 1975, Fenelon conquistou o bronze no Pan do México e, hoje, é a principal inspiração do filho em busca de superação. "Interessante que há exatos quarenta anos meu pai ganhou o bronze, mas espero fazer melhor que meu pai", afirmou David, nesta terça-feira, durante o treinamento da seleção brasileira de judô para o Pan, que ocorre em um hotel na cidade de Mangaratiba, na região da Costa Verde, no Rio.

##RECOMENDA##

De fato, David tem grandes chances de superar o pai. Recentemente, o atleta, 12º colocado do ranking mundial, venceu Rafael Silva (2º) na final do Campeonato Pan-Americano de judô. O resultado o credencia como um dos favoritos na categoria pesado (acima de 100Kg). "Meus familiares vão viajar para assistir as lutas, estão muito empolgados."

Além de David, outros 13 atletas estão participando da concentração em Mangaratiba - ao todo, sete homens e sete mulheres. Longe cerca de 100 km da euforia da cidade do Rio, os judocas treinam sete horas por dia, com longa sessões de trabalho muscular na academia, atividades técnicas, fisioterapia, conversam com os psicólogos e analisam os vídeos com registro das lutas de seus rivais.

O período de treinamentos se encerra no dia 2 de julho, quando os atletas saem da concentração direto para o aeroporto. Chegando em Toronto, a delegação brasileira vai seguir para a Universidade de Iorque, onde será complementada a preparação para o torneio. As disputas ocorrem dos dias 11 a 14 de julho.

Apenas dois dias antes da luta, os atletas seguem para a Vila Olímpica, onde ficarão hospedados com competidores estrangeiros de várias modalidades. Esse contato com a vila, porém, foi adiado pela comissão técnica da seleção brasileira. "A Vila Olímpica não é lugar para quem quer ganhar medalha. Lá tem cinema, restaurantes, gente bonita, ou seja, tudo que pode tirar o foco na competição", comentou Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

A expectativa da CBJ é que todos conquistem medalha, quebrando, assim, o recorde do último Pan em Guadalajara, em 2011, quando 13 brasileiros subiram ao pódio. A competição também é considerada fundamental para o ciclo olímpico. "Vai servir como laboratório para os atletas. No Pan, eles vão se confrontar com vários ídolos mundiais, não só do judô, vão sofrer mais pressão. Por isso, o tempo todo terão o comportamento acompanhado. E isso vai servir de base para a Olimpíada (do Rio, em 2016)."

Para Maria Suelen Altheman, oitava do ranking (acima de 78kg), o Pan será a oportunidade de voltar a boa fase, interrompida em setembro do ano passado, quando rompeu o ligamento do joelho direito ao conquistar a prata no mundial da Rússia. Agora, em Toronto, ela vai disputar sua primeira competição desde a cirurgia que a afastou do tatame.

Além de mostrar a recuperação física, Maria Suelen acredita que pode ter uma revanche diante sua algoz do vice-campeonato mundial, a cubana Idalys Ortiz. "O período em que fiquei lesionada serviu para eu refletir e me focar mais. Agora estou com muita vontade de ser campeã", afirmou. "O Pan vai ser a chance de enfrentar a cubana, que não foi tão bem nas últimas competições, mas que pode surpreender."

A delegação brasileira convocada na semana passada para os Jogos Pan-Americanos já teve o primeiro corte. Campeã mundial juvenil (sub-17) no arranco, Aline Facciola foi cortada pela Confederação Brasileira de Levantamento de Peso. De acordo com a CBLP, a garota carioca, de apenas 15 anos, foi cortado por contusão.

Aline é a principal revelação do levantamento de peso no Brasil. No Mundial Juvenil de Lima (Peru), em abril, ficou com a prata da categoria até 48kg na classificação geral, que leva em conta os dois exercícios: arranco e arremesso. Bronze nesta mesma disputa, Luana Madeira, de 17 anos, foi preterida na convocação.

##RECOMENDA##

A CBPL preferiu substituir Aline por Letícia Laurindo, que compete na categoria até 53kg e foi sétima colocada no Mundial Júnior (sub-20), há duas semanas. A delegação também conta com Rosane Santos, Bruna Piloto, Jaqueline Ferreira, Marco Túlio Gregório, Mateus Machado, Fernando Reis e o norte-americano naturalizado Patrick Mendes.

Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, Adriana Araújo ficou quase dois anos afastada da seleção brasileira por desentendimentos com o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe). Desde que voltou, ainda não mostrou a que veio. Neste fim de semana, em Tijuana (México), perdeu na estreia do chamado Pré-Pan e não conseguiu classificar o Brasil (e a si mesma) para os Jogos Pan-Americanos de Toronto.

O resultado pode tirar Adriana também da Olimpíada. Afinal, a comissão técnica pretendia utilizar o desempenho dela em Tijuana e em Toronto para determinar se a baiana segue como titular para o Mundial, em fevereiro do ano que vem, que valerá como Pré-Olímpico.

##RECOMENDA##

No boxe feminino, a Olimpíada e o Pan têm apenas três categorias de peso, contra oito de eventos como o Mundial e o Campeonato Pan-Americano (chamado de "Continental" no boxe). Assim, Adriana vinha lutando na categoria até 64kg, enquanto a paulista Taynna Cardoso representava o Brasil na até 60kg. A baiana, entretanto, foi escolhida para o Pré-Pan e lutaria o Pan caso se classificasse.

A competição em Tijuana serviu como fase eliminatória do Pan no feminino. Adriana perdeu na primeira luta para a canadense Carolyna Veyre, por 2 a 1, e não avançou entre as oito melhores. Caso Taynna seja indicada para lutar o Mundial, pode conseguir a credencial nominal para a Olimpíada e impedir Adriana de buscar sua segunda medalha.

OITO BRASILEIROS - O Pan de Toronto vai ter apenas oito brasileiros no boxe, sendo sete homens e uma mulher, cinco a menos do que o limite. Medalhista de bronze no Mundial do ano passado, Clélia Costa (até 51kg) sentiu-se mal antes da estreia em Tijuana e desistiu do Pré-Pan. Flávia Figueiredo (75kg) deu sorte. Ficou de bye na primeira rodada e estreou na semifinal, já classificada para o Pan. Perdeu na primeira luta, para uma norte-americana, e mesmo assim garantiu o bronze.

No masculino, os três principais nomes do boxe olímpico no País - Patrick Lourenço (49kg), Robson Conceição (60kg) e Robenilson de Jesus (56kg) - tinham lutas pela Aiba Pro-Boxing (APB) em datas próximas ao Pré-Pan e não puderam lutar no México.

Robson perdeu para Dmitry Polyanskiy (Rússia), sábado passado, e Patrick foi derrotado por Birzhan Zhakipov (Casaquistão), sexta-feira. Ao abrirem a temporada da APB com derrota, ficam mais longe de obter a vaga olímpica pelo ranking da liga.

A CBBoxe, que esperava contar com o trio no Pré-Pan, só efetuou troca na categoria até 56kg, chamando Carlos Rocha. Ele venceu um atleta da Nicarágua e vai para o Pan. Nas categorias até 49kg e até 60kg, o Brasil não enviou representantes para o México e não vai a Toronto.

Julião Neto (52kg), Joedison de Jesus (64kg), Roberto Custódio (69kg), Michel Borges (81kg), Juan Nogueira (91kg) e Rafael Lima (+91kg) avançaram à semifinal do Pré-Pan e vão a Toronto. Só Myke Carvalho (75kg) perdeu no ringue, para um colombiano, e não se classificou para o Pan.

Em Guadalajara-2011, o boxe brasileiro ganhou sete medalhas, sendo duas de prata e cinco de bronze. Roseli Feitosa, Everton Lopes e Yamaguchi Falcão, todos medalhistas no Pan passado, já abandonaram o boxe amador. Robson, Myke e Robenilson não vão a Toronto, ficando com Julião Neto a oportunidade de repetir o pódio.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando