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A missão enviada pela Índia a Marte foi prorrogada por seis meses graças a um excedente de combustível a bordo da nave, anunciou a agência espacial indiana nesta terça-feira (24). "Como a Mars Orbiter tem combustível suficiente para continuar mais tempo do que o esperado, a missão será estendida por mais seis meses", afirmou Devi Prasad Karnik, diretor da Organização de Pesquisa Espacial Indiana.

O lançamento da nave Mars Mission Orbiter, em setembro passado, transformou a Índia no primeiro país asiático a chegar ao planeta vermelho, além de fazer isso com uma verba apertada.

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A princípio, o dispositivo deveria retornar à Terra neste mês, mas os cientistas disseram que vão continuar em órbita para estudar a atmosfera das plantas e sua superfície após usar menos combustível do que o esperado nestes seis meses.

"Os cinco instrumentos científicos a bordo da espaçonave irão continuar a coleta de dados e entregá-los ao nosso espaço exterior para análise", explicou Karnik à AFP.

A missão indiana até Marte, bem-sucedida já na primeira tentativa, é uma fonte de orgulho nacional, levando o governo usá-la como exemplo do potencial do "Made in India".

O projeto custou apenas US$ 74 milhões, menos do que os 100 milhões de dólares necessários para rodar o filme "Gravidade" - como gosta de lembrar o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A Índia tenta alcançar a vizinha China, que gastou bilhões de dólares em seu próprio programa espacial.

Uma aeronave da Nasa que circula por Marte detectou uma poeira misteriosa e uma aurora vibrante, ambos fenômenos inesperados no planeta vizinho à Terra - disseram pesquisadores nesta quarta-feira.

A sonda da Nasa MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution, em inglês) detectou a presença de uma aurora - conhecida na Terra como aurora boreal - em dezembro, e ganharam o apelido de "luzes de Natal", segundo comunicado divulgado pela agência espacial, que apresentou as descobertas numa conferência de astronomia no Texas.

"Durante cinco dias, pouco antes de 25 de dezembro, a MAVEN viu um brilho de aurora ultravioleta abrangendo o hemisfério norte", disse o comunicado.

O fenômeno da aurora ocorre quando tempestades geomagnéticas desencadeadas por erupções no Sol provocam choques entre partículas energéticas - como os elétrons - com a atmosfera, fazendo com que o gás brilhe.

"O que é especialmente surpreendente sobre a aurora observada é como ela ocorre numa área profunda da atmosfera - muito mais profunda do que na Terra ou em outros lugares de Marte", disse Arnaud Stiepen, membro da equipe de Espectrografia e Imagem Ultravioleta da Universidade do Colorado. "Os elétrons que produzem esta aurora devem ser muito energéticos".

Especialistas acreditam que a fonte das partículas energéticas da aurora de Marte é o Sol, porque o instrumento utilizado pela sonda MAVEN "detectou um grande aumento de elétrons energéticos no início da aurora", afirmou a Nasa.

Como Marte perdeu o campo magnético protetor há bilhões de anos atrás, as partículas solares podem atingir diretamente a atmosfera e penetrar profundamente. Com a ajuda da sonda MAVEN, os cientistas também observaram uma nuvem de poeira incomum cerca de 150 quilômetros acima da superfície do planeta vermelho.

A origem da poeira é desconhecida, assim como seu conteúdo e permanência. "Possíveis fontes para a poeira observada incluem poeira que subiu da atmosfera; poeira proveniente de Phobos e Deimos, as duas luas de Marte; pó se movendo no vento solar para longe do Sol; ou detritos de cometas que orbitam o Sol", afirmou a Nasa.

"Nenhum processo conhecido em Marte pode explicar o aparecimento de poeira nos locais observados a partir de qualquer uma destas fontes". As descobertas foram apresentadas na 46ª Conferencia de Ciência Lunar e Planetária em Woodlands, no estado norte-americano do Texas.

A sonda MAVEN foi lançada em direção a Marte em novembro de 2013, em missão para estudar como o planeta perdeu a maior parte de sua água e atmosfera. A sonda não tripulada está no quarto mês de sua missão de um ano.

O robô americano Curiosity, que explora Marte, detectou emissões regulares de metano, disseram nesta terça-feira cientistas da missão, sem conseguir identificar a origem deste gás, que na Terra é gerado por organismos vivos e decomposição de matéria orgânica.

Os resultados destas observações foram publicados na edição de segunda-feira da revista Science e foram objeto de uma apresentação na conferência anual do sindicato de geofísicos americanos, reunidos em São Francisco esta semana.

A partir de dados coletados ao longo de 20 meses, os cientistas puderam constatar que o metano na cratera de Gale, onde o robô explorador pousou em agosto de 2012, era muito menor do que o previsto: aproximadamente metade do que esperavam detectar.

No entanto, os níveis de metano nesta cratera são exorbitantes. Este gás "registra picos de aumento em 10 vezes, ou até mais em determinadas ocasiões ao longo de 60 dias marcianos", informaram os autores do estudo, entre eles Christ Webster, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

"Estes resultados sugerem que o metano é produzido ocasionalmente e escapa do solo perto da cratera de Gale", disseram os pesquisadores.

Uma montanha marciana pode ter se originado com o tempo a partir de sedimentos de um lago, afirmaram cientistas da Nasa, que seguem os passos da sonda Curiosity, que esquadrinha o Planeta Vermelho.

A última análise se baseia em rochas descobertas nos aclives do Monte Sharp, situado, estranhamente, no centro de uma cratera de Marte.

Embora ainda não estejam certos de quanto tempo o vizinho da Terra teve umidade em sua história, para os cientistas foi uma "grande surpresa" descobrir rochas inclinadas e um solo que indica a existência do leito de um lago na cratera, disse John Grotzinger, cientista do projeto Curiosity, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Conhecidos como estratos inclinados, este tipo de formação geológica é chave para a compreensão de como se forma o planeta. Mas é difícil encontrar exemplos disso, inclusive na Terra, disse o especialista a jornalistas.

"Quando vimos os estratos inclinados e comprovamos que se inclinavam na direção do Monte Sharp foi uma grande surpresa", disse.

"Onde agora há uma montanha, pode ter havido alguma vez uma série de lagos", prosseguiu.

As fotos e os dados do solo marciano coletados pela Curiosity nas camadas sedimentares mais baixas do Monte Sharp, que chega a cerca de 5 Km de altitude, ajudaram os cientistas a descobrir que os rios no passado transportaram areia e lodo para o lago, depositando sedimentos na foz do rio.

Este processo pode ter se repetido mais de uma vez até formar um delta.

"Depois que a cratera se encheu até, pelo menos, centenas de metros e os sedimentos se solidificaram e se tornaram rochas, com o tempo as camadas acumuladas de sedimentos foram esculpidas com esta forma montanhosa e através da erosão do vento, que talhou o material que havia entre o perímetro da cratera e o que agora é a borda da montanha", explicou a Nasa em um comunicado.

Acredita-se que, bilhões de anos atrás, o Planeta Vermelho fosse muito mais quente e tivesse uma atmosfera mais densa por ter suportado água líquida e possivelmente alguma forma de vida.

Os últimos dados "tendem a indicar que Marte era quente e úmido antes do que pensávamos, cerca de 3,5 bilhões de anos atrás", disse Ashwin Vasavada, segundo cientista do projeto Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, ao norte de Los Angeles.

"O que não sabemos é se foi de forma contínua ou esporádica", disse a jornalistas.

A sonda da agência espacial americana, que custou US$ 2,5 bilhões, explora Marte desde que pousou na cratera Gale, em 2012, e viajou oito quilômetros desde que tocou o solo marciano.

À medida que o veículo subir, os cientistas esperam entender melhor como a montanha se formou e o que ocorreu bilhões de anos atrás em Marte, que agora é um planeta frio e seco, com uma atmosfera muito fina.

Orion, a cápsula espacial da Nasa capaz de transportar seres humanos ao espaço, iniciou nesta sexta-feira seu primeiro voo de testes e sem tripulação, que servirá como avaliação para futuras missões que poderão levar o homem a Marte.

O lançamento, que havia sido adiado na quinta-feira, ocorreu finalmente às 07h05 (10h05 de Brasília) desta sexta-feira a partir do Centro Espacial Kennedy da Nasa em Cabo Cañaveral (Flórida).

O potente foguete Delta IV Heavy, que havia apresentado problemas na quinta-feira, decolou normalmente elevando a poderosa estrutura de 8,6 toneladas sob os olhares atentos de 27.000 pessoas que acompanharam ao vivo e de outras milhares através da televisão.

"Foi uma explosão que permite ver bem o que este tipo de foguete pode fazer", manifestou após o lançamento Mark Geyer, diretor do projeto.

Após uma subida de 17 minutos, a Orion começou a fazer o primeiro dos dois percursos previstos sobre a órbita terrestre, a 5.800 km da terra, ou seja, uma distância quase 14 vezes maior que a Estação Espacial Internacional.

Orion é a primeira cápsula espacial americana projetada para transportar seres humanos em direção ao espaço exterior desde as missões Apolo, que há quatro décadas levaram o homem à Lua.

Seu design lembra precisamente o Apolo XI, que chegou ao satélite terrestre em 1969.

Esta primeira missão permitirá avaliar o rendimento da cápsula espacial diante de desafios como a separação por etapas do foguete e a elevada radiação, o forte calor (de 2.200ºC) antes do pouso em para-quedas diante da costa da península mexicana da Baixa Califórnia.

Orion deve aterrissar no oceano Pacífico em um ponto localizado 965 km a sudoeste de San Diego, na Califórnia.

O retorno à Terra está previsto para ser realizado em condições muito similares ao que seria um eventual retorno de uma nave espacial a partir da Lua, explicou Geyer.

O lançamento bem-sucedido desta sexta-feira realizado pela Nasa serve como paliativo diante dos fracassos recentes representados pelos dois acidentes de voos espaciais privados ocorridos em outubro.

O foguete que impulsionou o Orion não compartilha, no entanto, características com o foguete Antares da empresa Orbital Sciences, que explodiu no dia 28 de outubro pouco após seu lançamento. Três dias depois, um acidente fatal da nave para turismo SpaceShipTwo, da empresa Virgin Galactic, provocou a morte de seus dois pilotos.

"Vivemos um momento emocionante, já que o êxito deste teste nos aproxima do momento em que poderemos enviar seres humanos a Marte", disse o diretor da Nasa, Charles Bolden.

Estima-se que um primeiro voo tripulado da Orion poderá ser realizado em 2021 e depois esta cápsula poderá levar seres humanos à Lua, a um asteroide ou a Marte nos anos seguintes.

A Nasa realizou nesta sexta-feira o lançamento bem-sucedido de sua nave não tripulada Orion para um voo de testes da cápsula espacial que, no futuro, poderá levar seres humanos a um asteroide e, inclusive, a Marte.

O lançamento ocorreu às 07h05 (10h05 de Brasília) a partir da base de Cabo Cañaveral.

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Um cometa do tamanho de uma pequena montanha passou raspando por Marte neste domingo (19), um encontro que acontece uma vez a cada milhão de anos. O cometa, conhecido como Siding Spring (C/2013 A1), chegou ao ponto mais próximo de marte às 18h27 GMT deste domingo, passando pelo Planeta Vermelho a uma velocidade de 203.000 km/h.

Ele ficou a uma distância de 139.500 km de Marte, menos da metade da distância entre a Terra e a Lua.

Segundo cientistas, a passagem do cometa ofereceu uma oportunidade única de estudo do seu impacto sobre a atmosfera marciana. "É uma ótima oportunidade de aprendizado", comemorou Nick Schneider, da missão da sonda Maven em Marte.

O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório australiano Siding Spring, em janeiro de 2013. Acredita-se que ele tenha se originado bilhões de anos atrás, na Nuvem de Oort, uma região distante do espaço de onde partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do Sistema Solar", segundo a Nasa. O cometa viajou mais de 1 milhão de anos para fazer esta primeira parada em Marte, e só irá retornar dentro de outro milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do Sol.

Antes de o cometa entrar na órbita do Planeta Vermelho, a Nasa reposicionou as naves Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey e Maven, para evitar danos às mesmas causados pelos resíduos do Siding Spring.

Um cometa gigante está viajando no espaço e deve passar bem próximo de marte neste domingo (19). Essa é a expectativa de cientistas da agência de Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA). O cometa recebeu o nome de 'Siding Spring' e, segundo os pesquisadores, tem um núcleo de 1,5 quilômetro de diâmetro - equivalente a uma pequena montanha.

'Siding Spring' viaja a uma velocidade de 202 mil quilômetros por hora. Os pesquisadores calculam que ele está em viagem há um milhão de anos. Para saber mais detalhes da passagem do cometa pelo planeta vermelho, cinco exploradores robóticos da NASA em marte estão sendo redirecionados para acompanhar a passagem.

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Confira outros detalhes no vídeo a seguir:

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Um cometa está prestes a passar muito perto de Marte, em um encontro que acontece uma vez a cada milhão de anos e que será abundantemente fotografado e documentado, informou a Nasa. O cometa C/2013 A1, também chamado "Siding Spring", tem um núcleo de 1,6 km de diâmetro e é tão pouco sólido quanto um monte de talco.

O astro passará à toda velocidade a apenas 139.500 km do planeta vermelho. Se fosse passar tão perto do nosso planeta, a distância equivaleria a um terço daquela entre a Lua e a Terra. "Siding Spring" passará pelo ponto mais próximo de Marte às 18H27 GMT (16H27 de Brasília) de domingo, 19 de outubro, informou a agência espacial americana.

Embora voe no espaço a uma velocidade vertiginosa de 202.000 km/h, o pequeno cometa tem poucas probabilidades de se chocar com a superfície marciana. Mas, de qualquer modo, os cientistas têm acompanhado com muito entusiasmo sua trajetória e seu rastro.

"Veremos meteoros na atmosfera de Marte? Os cometas são imprevisíveis", declarou Jim Green, diretor da divisão de ciências planetárias na sede da Nasa, em Washington. "Penso que é improvável que se destrua", explicou Green a jornalistas. "Mas nos interessa saber se manterá sua estrutura ou não", prosseguiu.

A Nasa pôs suas naves que orbitam Marte o mais distante possível do local por onde passará o Siding Spring, para evitar que sofram danos dos vestígios que o cometa soltar ao passar com toda a velocidade. Embora as naves Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey e MAVEN tenham sido reposicionadas para ficar a salvo da poeira estelar, espera-se que capturem um tesouro de dados sobre o cometa que fará a alegria dos cientistas.

Enquanto isso, em solo marciano, as sondas Curiosity e Opportunity apontarão suas câmeras para o céu avermelhado e enviarão à Terra fotos da passagem do cometa, que devem chegar nas próximas semanas ou meses. O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório australiano "Siding Spring", em janeiro de 2013.

Acredita-se que tenha se originado há 1 bilhão de anos na Nuvem de Oort, uma região distante no espaço, de onde partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do Sistema Solar", acrescentou a Nasa.

O cometa viajou mais de um milhão de anos para fazer esta primeira parada em Marte e só voltará dentro de outro milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do sol.

Os corajosos pioneiros dispostos a embarcar em uma missão a Marte, prevista pela empresa holandesa Mars One, começarão a morrer no 68º dia de missão, alerta um rigoroso estudo científico divulgado nessa terça-feira (14).

Cinco estudantes de aeronáutica do prestigioso Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) chegaram a esta conclusão, após ter analisado os dados científicos disponíveis sobre a missão, que a empresa pretende transformar em um 'reality show'.

Segundo o informe de 35 páginas, que analisa com gráficos e fórmulas matemáticas recursos como oxigênio, nutrientes e tecnologias disponíveis para o projeto, a morte do primeiro pioneiro "ocorrerá aproximadamente aos 68 dias de missão, por asfixia".

As plantas, que teoricamente devem alimentar os colonos, produzirão oxigênio demais e a tecnologia para equilibrar a atmosfera "ainda não foi desenvolvida", afirmam os autores do estudo.

Além disso, os colonos dependerão do envio de peças de reposição em uma missão que poderá custar US$ 4,5 bilhões, uma cifra que, segundo os autores do informe, aumentará com o envio de outros equipamentos.

O Mars One é um projeto lançado pelo co-fundador da companhia, o holandês Bas Lansdorp (PDG), que pretende enviar em 2024 a primeira tripulação de quatro voluntários para colonizar Marte sem retorno à Terra, após uma viagem de sete meses.

Lansdorp rechaçou as cifras do estudo na revista Popular Science, alegando que se baseou em dados incompletos.

Mais de 200.000 pessoas de 140 países se apresentaram voluntariamente para participar do projeto, que gerou muito ceticismo, mas também o apoio de cientistas como o ganhador do prêmio Nobel de Física em 1999, Gerard't Hooft.

Ventos fortes são uma força quase cotidiana na superfície de Marte e eles esculpem a paisagem do planeta vermelho, mudando dunas de lugar, o que representa um desafio extra à sua exploração, afirmaram cientistas em um estudo nesta terça-feira na revista Nature Communications.

Sabe-se que os ventos são um fator determinante na topografia e no clima marcianos, desencadeando tempestades de areia que podem ser vistas por astrônomos na Terra.

Mas dados sobre a força, a frequência e a origem dos ventos sempre foram incompletos e muitos especialistas tinham a expectativa de que rajadas de vento fortes o suficiente para deslocar a areia fossem raras em um planeta com uma atmosfera tão fina.

"Nós observamos que as dunas de areia marciana estão atualmente migrando e que a velocidade de sua migração varia conforme a temporada, o que está em desacordo com a visão comum de uma paisagem marciana estática com ventos muito raros capazes de deslocar areia", explicou à AFP o co-autor do estudo, François Ayoub, da divisão de estudos planetários do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Ayoub e uma equipe conjunta americano-britânica mediram o deslocamento das ondulações de areia em uma dúzia de imagens de satélite, captadas em uma área de 40 quilômetros quadrados na duna Nili Patera, ao longo de um ano marciano.

"A partir dessas medições, nós estimamos o fluxo de areia e sua variação sazonal", detalhou Ayoub. Em seguida, eles calcularam a velocidade e a força do vento necessárias para mover a areia, assim como a frequência.

"Os ventos em Marte podem ser fortes e atingir a velocidade de furacões (mais de 120 km/h)", afirmou Ayoub.

"Na nossa área de estudo, o vento capaz de mover a areia é registrado quase diariamente" em grande parte do ano, acrescentou.

Compreender as características dos ventos marcianos permitirá aos cientistas fazer previsões sobre a taxa de erosão da paisagem e sobre o clima marciano, que é fortemente influenciado pela poeira atmosférica.

No futuro, os dados poderão auxiliar missões de exploração no planeta vermelho.

"Um prognóstico preciso dos ventos e da carga de areia é importante para evitar que o veículo de exploração receba jatos de areia sem ter sido preparado para isto", explicou Ayoub.

"O robô Curiosity (da Nasa), que está prestes a cruzar uma duna ativa na cratera Gale, muito provavelmente terá que suportar ventos arenosos. De um ponto de vista científico, estas descobertas poderiam indicar áreas de Marte que precisam de mais atenção de orbitadores de observação sobre seu comportamento peculiar de vento/areia/erosão", continuou.

As descobertas não têm implicação direta para orbitadores como a sonda Mangalyaan, que chegou a Marte na semana passada, após ter sido lançada pela Índia dez meses atrás, disse Ayoub.

A agência espacial da Índia publicou nesta quinta-feira (25) uma imagem borrada da superfície de Marte na qual é possível ver diversas crateras gigantes. A fotografia foi tirada pela primeira espaçonave interplanetária lançada pelo país, após o módulo entrar na órbita em torno do planeta.

A Missão Orbital Marciana, apelidada de MOM, registrou a foto a uma altura de 7,3 mil quilômetros da superfície de Marte, segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial. Os dados da imagem levaram 12 minutos para chegarem até a terra.

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Os cientistas da agência espacial publicaram a fotografia após levá-la a Nova Délhi para mostrá-la ao primeiro-ministro Narendra Modi, que passou a manhã da quarta-feira no centro de comando da organização, assistindo às últimas manobras do satélite para entrar na órbita de Marte.

A espaçonave vai passar os próximos seis meses em uma órbita elíptica em torno do planeta para coletar informações científicas sobre a atmosfera. O trajeto permite que o módulo se aproxime a 365 quilômetros da superfície de Marte e se afaste até 80 mil quilômetros.

A Índia ficou exultante com o sucesso da missão. Os jornais indianos publicaram grandes reportagens, com direito a manchetes de primeira página. Museus abriram exibições educacionais especiais sobre o lançamento. Celebridades e políticos do país elogiaram o feito raro, apenas alcançado pelos Estados Unidos, pela ex-União Soviética e pela Agência Espacial Europeia. Fonte: Associated Press.

A sonda espacial indiana que ingressou na órbita de Marte nesta quarta-feira enviou suas primeiras imagens, na qual se observa a superfície do Planeta Vermelho, repleta de crateras, informou a agência espacial indiana, ISRO.

A ISRO enviou uma das imagens, tiradas de uma altura de 7.300 quilômetros, a sua página no Facebook, que mostra crateras sobre uma superfície de cor alaranjada. "A vista daqui é muito bonita", afirma a legenda da foto publicada também no Twitter.

Um funcionário da ISRO confirmou à AFP a recepção com êxito de várias imagens, enquanto um porta-voz da agência governamental disse que a sonda funcionava corretamente.

A Índia se converteu no primeiro país asiático a alcançar Marte na quarta-feira, quando a sonda não tripulada Mangalyaan entrou na órbita do planeta vermelho após uma viagem de 10 meses. A missão tem por objetivo buscar sinais de vida no planeta.

Com um orçamento de 74 milhões de dólares, a missão indiana custou apenas uma pequena parte do que representou a sonda MAVEN da Nasa americana (671 milhões de dólares), que alcançou a órbita marciana com sucesso no último domingo.

Até agora, apenas Estados Unidos, Rússia e Europa conseguiram concretizar este feito.

Com tecnologia produzida no próprio país e um orçamento impressionantemente baixo, de cerca de US$ 75 milhões, a Índia pode se tornar a primeira nação a conduzir uma missão a Marte com sucesso em sua primeira tentativa. Se a Missão Orbital Marciana, apelidada de MOM, conseguir se fixar na órbita do planeta na manhã desta quarta-feira, como previsto, os indianos se juntarão aos Estados Unidos, à Europa e à antiga União Soviética no clube de elite dos exploradores de Marte.

As próximas horas serão cruciais, enquanto a Organização Indiana de Pesquisa Espacial comanda uma série de manobras para posicionar a espaçonave na órbita projetada em volta do planeta. "Nós temos que nos sobressair", disse o chefe da agencia, K. Radhakrishnan, acrescentando que a missão iria "definir a capacidade indiana de orbitar uma nave no entorno de Marte".

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Se a Índia tiver sucesso na operação, a manobra representaria uma importante proeza para o país de 1,2 bilhão de pessoas, cuja maioria da população é pobre. Ao mesmo tempo, os indianos possuem um sistema científico e de educação técnica que produziu milhões de programadores, engenheiros e médicos.

Essa também seria a primeira vez que uma missão a Marte é realizada com sucesso na primeira tentativa. Mais da metade das operações anteriores para chegar ao planeta - 23 das 41 missões organizadas pelos mais diversos países do mundo - falharam, incluindo os esforços do Japão em 1999 e da China em 2011.

Os cientistas ficaram exuberantes após o módulo chegar à esfera externa da força gravitacional marciana na segunda-feira, quando o principal motor a líquido da espaçonave foi religado com sucesso após 300 dias de inatividade. O satélite viajou 666 milhões de quilômetros desde que saiu da atmosfera terrestre, no dia primeiro de dezembro.

"A nave está saudável. Completou 98% de sua jornada a Marte", comemorou Radhakrishnan. A agência espacial indiana confirmou que a MOM realizou uma "queima de combustível de 4 segundos, como planejado", movimento que ajustou sua trajetória.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, deve se unir aos cientistas no centro de comando da agência em Bangalore, nesta quarta-feira, para monitorar a inserção final do satélite na órbita do planeta. Para o governo indiano, a espaçonave tem como objetivo principal mostrar as habilidades espaciais de alta tecnologia do país.

As metas científicas da operação incluem usar cinco instrumentos solares para coletar informações que ajudem a determinar como funciona o sistema climático marciano e o que ocorreu com a água que, acredita-se, já existiu em grandes quantidades no planeta. O satélite também vai vasculhar a atmosfera de Marte para tentar encontrar Metano, um dos principais químicos responsáveis pelo processo de criação da vida na Terra. Fonte: Associated Press.

A sonda Maven da Nasa começou a orbitar no domingo (21) à noite o planeta Marte, em uma missão científica que pretende entender a modificação no clima do planeta vermelho com o passar do tempo, anunciou a agência espacial americana.

"Com base nos dados observados de navegação, parabéns. Maven está agora em órbita", anunciou Dave Folta, do centro Goddar de voos espaciais da Nasa. Os aplausos foram intensos na sala de controle da missão do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), em Pasadena, Califórnia.

Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) entrou na órbita de Marte às 23H24 (domingo, horário de Brasília), segundo o JPL. A entrada aconteceu depois que os motores da sonda foram acionados durante 30 minutos para conter a velocidade.

A sonda não tripulada de 2,45 toneladas foi lançada em novembro de 2013 de Cabo Canaveral, Flórida, e viajou durante mais de 10 meses por 711 milhões de quilômetros para aproximar-se de Marte com o propósito de estudar todas as camadas de sua atmosfera. Os dados da Maven ajudarão os cientistas a compreender o que aconteceu com a água em Marte e o dióxido de carbono de sua atmosfera há bilhões de anos. Também deve auxiliar na compreensão de como o clima mudou de quente e úmido para frio e seco.

Como o planeta Marte perdeu sua atmosfera é um dos grandes mistérios da ciência. As respostas da sonda podem jogar alguma luz sobre a capacidade do planeta para abrigar vida (mesmo que vida microbiana) há muito tempo. Além disso, as descobertas da sonda podem ajudar no entendimento sobre como os humanos sobreviveriam em uma futura missão no planeta vermelho, talvez em 2030.

Após várias semanas necessárias para calibrar seus instrumentos, a Maven iniciará uma missão de um ano para estudar os gases das camadas superiores da atmosfera de Marte, a 6.000 km da superfície, e como esta interage com o Sol e os ventos solares. Além disso, fará leituras em níveis mais próximos ao solo marciano.

Nos últimos anos, a Nasa enviou várias sondas a Marte. O veículo robotizado Curiosity, por exemplo, está explorando a superfície e envia dados sobre o local, que já estabeleceram que em um passado remoto existiram condições para abrigar vida, ao menos microbiana.

"Como primeiro veículo a estudar a alta atmosfera de Marte, a Maven aumentará claramente nossa compreensão da história da atmosfera marciana e como o clima mudou durante o tempo, assim como impacto sobre a evolução do ambiente na superfície e a habitabilidade potencial do planeta", destacou no domingo o diretor da Nasa, Charles Bolden.

"A Maven também permitirá uma preparação melhor das futuras missões tripuladas ao planeta vermelho a partir de 2030", completou. "O conjunto de instrumentos a bordo da Maven tem o propósito de encontrar as peças que faltam ao quebra-cabeça da história de Marte", disse David Mitchell, coordenador do projeto da Nasa.

"Todas as demais missões a Marte até o momento se concentravam na superfície de Marte", lembrou. O projeto Maven custou 671 milhões de dólares, está dotado de oito instrumentos, incluindo um espectrômetro de massa para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos e o sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyser), que examinará o vento solar.

No fim da semana, uma sonda indiana também entrará na órbita do planeta vermelho. Será a primeira sonda orbital indiana enviada a Marte para buscar vestígios de existência de vida.

A NASA vai formatar memória da sonda Opportunity, atualmente localizada em Marte, a 201 milhões de quilômetros de distância da Terra. Segundo a agência espacial, a sonda tem apresentado problemas e se reiniciou mais de uma dúzia de veses no último mês. A NASA afirma que a memória flash já está bem gasta, e que uma formatação solucionaria o problema.

"A formatação da memória flash é um processo de baixo risco, já que sequências importantes e o software de voo são salvos em outa memória na sonda," disse John Callas, gerente do projeto de exploração de Marte da NASA. Ao reformatar a memória, a agência espera identificar e desabilitar as células de memória comprometidas e evitar futuros problemas. Todos os dados importantes na Opportunity serão armazenados antes da formatação, e a sonda passará a transmitir dados com uma velocidade menor.

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A Opportunity já está em Marte a mais tempo do que o planejado. Em janeiro deste ano, a sonda completou seu décimo ano explorando a superfície do planeta vermelho. Em 2009, a NASA formatou a memória da sonda Spirit, que também não está mais em operação. Além delas, a NASA lançou em 2011 a sonda Curiosty. 

A Google liberou, nesta terça-feira (5), um serviço do Google Maps que permite a exploração do solo de Marte e da Lua através da ferramenta de navegação. Quem quiser fazer um tour virtual interplanetário, só precisa acessar a plataforma através de qualquer computador. A novidade comemora o segundo aniversário da data em que a sonda Curiosity tocou o solo marciano.

Para iniciar a aventura, basta que o usuário acesse o Google Maps e clique no ícone da “Terra” no canto inferior esquerdo para entrar no modo Google Earth. Depois, basta afastar a câmera utilizando o zoom. Quando estiver o mais longe que for possível, as opções para navegar pela Lua ou por Marte devem aparecer em uma barra inferior.

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Com o recurso é possível observar a mudança de atmosfera em torno do planeta vermelho, visitar as crateras da Lua e clicar em milhares de características topográficas rotuladas pela empresa. 

O robô que a Nasa pretende mandar a Marte em 2020 será equipado com sete instrumentos científicos que permitirão realizar experiências e testar tecnologias de exploração, anunciou nesta quinta-feira (31) a agência espacial americana.

Os sete instrumentos, avaliados em 158 milhões de dólares, foram selecionados entre 58 propostas apresentadas por cientistas e engenheiros de todo o mundo. A missão Marte 2020 tem um conceito similar à exploração de 2012 com o robô Curiosity, o primeiro a chegar ao planeta vermelho e que continua em funcionamento.

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O novo robô será mais sofisticado, poderá realizar análises geológicas do local do pouso, determinar a habitabilidade do entorno e buscar, pela primeira vez, sinais de vida passada em Marte. Os cientistas também selecionarão uma coleção de rochas marcianas e amostras de solo que serão armazenadas no robô. Além disso, tentarão buscar a forma com que os seres humanos vão produzir oxigênio a partir do dióxido de carbono (CO2), muito presente na atmosfera marciana.

"Marte tem os recursos suficientes para ajudar a dar suporte à vida, o que pode reduzir a quantidade de provisões que as missões tripuladas terão que levar", disse William Gerstenmaier, encarregado das emissões tripuladas da Nasa. A operação Marte 2020 será lançada em julho de 2020 e tem um custo de US$ 1,9 bilhão. Está previsto que o novo robô pouse no planeta vermelho em fevereiro de 2021.

Os Emirados Árabes Unidos anunciaram nesta quarta-feira (16) a criação de uma agência espacial e um projeto de sonda para pousar em Marte em 2021, ano do 50º aniversário deste rico Estado federal do Golfo.

"Desta forma, os Emirados entram na exploração espacial", comemorou a agência oficial WAM, ao anunciar as duas notícias. "Chegar ao planeta Marte é um grande desafio e o escolhemos porque nos motiva", destacou o xeque Mohamad Ben Rashed al Maktum, vice-presidente dos Emirados e soberano de Dubai.

Citado pela WAM, o xeque Mohamad afirmou que os investimentos do país no âmbito espacial já alcançavam os 20 bilhões de dirhames (US$ 5,44 bilhões). Ele acrescentou que a nova agência englobará vários organismos que já trabalham no âmbito espacial, como o Dubaisat, especializado em satélites, e deverá obter alianças internacionais.

A sonda Marte dos Emirados levará nove meses para percorrer 60 milhões de quilômetros para chegar ao planeta vermelho, informou a agência.

Os Emirados Árabes Unidos, uma federação criada em 1971 com a união de nove emirados do Golfo, será o 9º país do mundo a explorar o planeta Marte, acrescentou a agência WAM.

O pai do "Coelho de Jade", o módulo de exploração lunar chinês, quer enviar a Marte uma versão de seu veículo teleguiado, informou a agência oficial chinesa. "Espero que até me aposentar, o povo chinês possa iniciar a exploração de Marte", declarou Jia Yang em entrevista divulgada na noite de quinta-feira pela agência Xinhua.

"Espero que possamos enviar para lá uma versão melhorada do 'Coelho de Jade'", acrescentou, em alusão ao módulo lunar cuja concepção ele supervisionou. Jia também relatou seu desespero quando o robô, que pousou em meados de dezembro em solo lunar, parou de se comunicar com a Terra algumas semanas atrás.

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O "Coelho de Jade" ("Yutu", em mandarim, um nome que faz referência à mitologia chinesa) é um veículo 4x4 high-tech com seis rodas. O módulo teve um problema mecânico causado pelo "entorno complicado da superfície lunar", explicou no fim de janeiro a administração federal chinesa encarregada do programa espacial.

Os cientistas temeram que não tivesse sobrevivido às frias noites lunares, que duram o equivalente a 14 dias terrenos. "É como se tivesse sido engolido por um monstro, que seu espírito estivesse lúcido, mas que não pudesse se mover", explicou Jia Yang para descrever suas emoções da época.

Mas, finalmente, o contato se restabeleceu com o "Coelho de Jade" em meados de fevereiro para alívio dos meios de comunicação nacionais. As autoridades declararam que a missão tinha sido um "sucesso total", mas que os problemas mecânicos do robô estavam se acumulando. As últimas informações remontam a maio e indicavam que o veículo estava cada vez mais "debilitado".

Pequim, que tem um grande atraso tecnológico, considera seu programa espacial um símbolo da ascensão da China entre as potências mundiais. A alunissagem sem incidentes do "Coelho de Jade" - uma façanha que só os Estados Unidos e a União Soviética alcançaram anteriormente e que não se repetiu em mais de 37 anos - foi motivo de grande orgulho na China, onde a população se entusiasma com as proezas do robô.

O programa espacial chinês deve instalar uma estação permanente em órbita antes de 2020 para, a longo prazo, mandar um homem à Lua. Uma autoridade científica citada pela imprensa oficial informou, em 2012, que a China pretende coletar amostras em Marte antes de 2030.

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