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Atire a primeira pedra quem nunca teve dificuldade para entender a letra de um médico em uma receita escrita à mão. Para solucionar este problema, a empresa NetFarma lançou nesta quinta (23) o aplicativo Netfarma Acha, que promete desvendar a caligrafia complicada de alguns profissionais de saúde.  

A promessa é funcionar de maneira simples. Para identificar um produto em uma receita, o usuário precisa tirar uma foto da prescrição utilizando a câmera do seu smartphone. O app vai enviar a foto para uma equipe de quinze farmacêuticos que deverão responder a solicitação em poucas horas.

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Na réplica, os profissionais vão informar ao consumidor qual a posologia e o medicamento prescrito. Em último caso, se nem a equipe do software identificar o enigma, o usuário é orientado a entrar em contato com seu médico novamente.

Além disso, o aplicativo possui a funcionalidade de reconhecimento de embalagens de produtos de beleza e saúde. Para usar, basta fotografar o produto ou o seu código de barras com a câmera do smartphone.

A expectativa da Netfarma é que em abril o app faça a leitura automática da prescrição e envie a resposta instantaneamente. O software é disponibilizado gratuitamente para as plataformas iOS (Apple) e Android (Google).

As farmacêuticas registraram receita de R$ 57,6 bilhões (valor bruto, sem os descontos concedidos no varejo) no ano passado, alta de 16% sobre o ano anterior, de acordo com dados da consultoria IMS Health. O crescimento ficou acima do esperado pelo setor, que projetava um crescimento ‘magro’, abaixo de dois dígitos. Os genéricos continuam puxando o bom desempenho das indústrias.

A receita dos laboratórios produtores de genéricos atingiu R$ 13,6 bilhões em 2013, aumento de 22% em relação ao ano anterior. "Projetamos manter o mesmo ritmo de expansão para genéricos este ano. Será um ano mais curto, com Carnaval, Copa do Mundo e eleições", disse Telma Salles, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).

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Para Telma, o bom desempenho da indústria reflete o maior acesso da população aos medicamentos e a confiança nos genéricos. "Vamos completar 15 anos de genéricos no Brasil (a lei foi criada em 1999). O papel dos genéricos tem sido, nestes últimos anos, de regulador de preços", afirmou.

Dos dez medicamentos genéricos mais vendidos, sete são destinados ao tratamento de doenças crônicas, de acordo com a Pró Genéricos. Desde que esses medicamentos surgiram no mercado nacional, as vendas da indústria farmacêutica cresceram 84% em volume - 2,8 bilhões em unidades no ano passado, ante 1,2 bilhão em 2001, quando o genérico começou efetivamente a ser comercializado no País. A participação dos genéricos na venda total de medicamentos encerrou o ano passado em 23,%, ante fatia de 22,4% em 2012. A expectativa é dobrar nos próximos anos.

Os genéricos promoveram forte competição entre as indústrias do setor e ampliaram a disponibilidade de novos produtos. "Qualquer mudança nessa política deve ser pensada com cuidado", lembrou Telma. O Ministério da Saúde, conforme antecipou o Estado na edição do dia 15, quer que medicamentos similares passem a custar no máximo 65% do preço do remédio de referência, uma regra que já é aplicada para os genéricos. A proposta será apresentada pela pasta à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), colegiado que fará a revisão do preço dos produtos. A medida tem provocado desconforto entre as indústrias.

Perda de terreno

As multinacionais com atuação no País começaram a perder espaço para os grupos nacionais, com o avanço dos genéricos - muitas compraram ativos nesse setor para não perder mercado - e também com os produtos similares.

O Brasil, assim como outros países emergentes, como Índia, Rússia e China, tornou-se estratégico para as múltis, que têm um portfólio menor de medicamentos "blockbusters" (campeões de vendas) e previsão menor de lançamentos de produtos que possam se estabelecer no mercado.

As companhias também estão de olho no mercado de medicamentos isentos de prescrição (Mip), que não dependem de receita para a compra do produto. Parte das indústrias, que atuam nesse segmento, discute com o governo o aumento da lista de remédios que podem ser comprados sem receita, como forma de reduzir a atuação do balconista na decisão de compra do consumidor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai colocar nesta semana em consulta pública uma resolução que concede aos medicamentos similares o mesmo status de genéricos. A mudança vai permitir que o farmacêutico possa indicar o produto como substituto ao remédio de marca para o consumidor. Atualmente, essa possibilidade, chamada intercambialidade, é permitida apenas para os genéricos. Com a medida, a ideia é ampliar a concorrência e, em consequência, reduzir o preço dos produtos.

A mudança na classificação do remédio será precedida de uma revisão de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). O anúncio da nova política está previsto para ser feito hoje pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que no próximo mês deve deixar a pasta para disputar o governo de São Paulo. Dentro do governo, a ideia é que essa marca possa ser usada como um trunfo eleitoral, a exemplo do que José Serra fez com os medicamentos genéricos, quando estava à frente da mesma pasta.

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Remédios genéricos atualmente não podem custar mais do que 65% do que é cobrado pelo produto de referência. O reajuste de similares é feito de acordo com uma fórmula estabelecida pela Cmed. A revisão, de acordo com fontes ouvidas pelo Estado, não significa necessariamente que preços similares terão queda linear.

Embalagens - O texto da resolução, aprovado nesta quinta-feira (15) pela diretoria colegiada da agência, prevê ainda mudanças na embalagens dos medicamentos similares. Elas terão de obedecer um padrão, como ocorre atualmente com genéricos, que estampam com destaque a letra G. O prazo para alteração das embalagens deverá ser de até 180 dias, a contar da publicação da resolução, que, por sua vez, deve ocorrer em até três meses.

Essa mudança na política também é reflexo de uma decisão de 2003, quando a Anvisa estabeleceu um cronograma com prazos para que medicamentos similares apresentassem à agência um teste de bioequivalência, uma exigência que sempre foi feita para o registro de genéricos. O prazo termina neste ano.

O teste é feito para comprovar que o remédio é uma cópia idêntica ao de referência: apresenta o mesmo princípio ativo, a mesma eficiência, o mesmo mecanismo de ação. De acordo com dados da Anvisa, praticamente 100% do mercado de similares já se adaptou. A Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) afirma que, ao longo desses anos, foram investidos cerca de R$ 700 milhões para realização dos testes.

No mercado - O País tem 185 laboratórios de produtos similares. Dados da Alanac mostram que os remédios dessa classe representam 43% do mercado. Genéricos concentram 27% e os de referência, 21%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O aplicativo Caixa de Remédios foi desenvolvido pela empresa brasileira Ambiente Medicamento. A proposta vai muito além de ser apenas uma agenda de medicação. O remédio pode ser identificado através do scanner do celular com a simples leitura do código de barras da embalagem do produto.

A Caixa de Remédios tem como objetivo organizar os medicamentos, emitir lembretes para não esquecer de usá-los na hora certa, revelar quais os componentes da droga e quais dosagens existem. Ainda possibilita fazer uma busca pelo nome do medicamento e montar uma agenda orientando, com os horários certos, para que o usuário não esqueça de tomar o remédio.

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Outra função do app é poder adicionar as pessoas de quem você cuida, como idosos, filhos, namorados, pais, ou outro qualquer parente, que mesmo estando longe, poderá receber um lembrete via SMS ou ligação. Aplicativo está disponível para Android neste link. 

Com o aplicativo você vai saber:

• Qual a fórmula (componentes) do produto;

• Qual a classe do medicamento;

• Se pode usar na gravidez;

• Se sua criança pode tomar;

• Se existe interação com alimento.

Quais as facilidades do app?

• Lembretes para não se esquecer dos medicamentos;

• Dicas de administração para melhorar a efetividade;

• Fotografar as caixinhas para evitar troca de medicamentos;

• Acompanhar seus familiares e ter a certeza que estão seguindo a receita;

• Grava o histórico de uso - medicamentos suspensos, dosagens alteradas e outras informações da posologia.

A partir desta quinta-feira (2) usuários de planos de saúde terão direito a receber 37 drogas orais indicadas para o tratamento de 56 tipos de câncer. Também poderão fazer uma série de exames genéticos para detectar risco de doenças hereditárias ou de câncer.

As novidades constam do novo rol de procedimentos e exames obrigatórios aos planos de saúde, atualizado a cada dois anos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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O novo rol é a base mínima de procedimentos que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a fornecer aos seus beneficiários. As novas regras também incluem a obrigatoriedade da cobertura da radioterapia IMRT, em que o feixe de luz é modulado e atinge apenas as células doentes, preservando as sadias. Também está incluída a ampliação da indicação do PET-Scan de três para oito tipos de câncer. Esse exame de imagem é um dos mais modernos para monitoramento da doença.

Medicação oral

O fornecimento da medicação oral contra o câncer era uma das demandas mais antigas dos usuários de planos e dos médicos. Essas drogas funcionam como um tipo de quimioterapia, são mais modernas, causam menos efeitos colaterais e podem ser administradas em casa, evitando gastos com internações hospitalares.

Até o final de 2013, os pacientes tinham de recorrer à Justiça para ter direito ao tratamento com essas drogas. Agora, além das regras da ANS, uma lei aprovada em outubro também torna obrigatória essa cobertura pelos planos de saúde. A lei engloba todos os tipos de medicamentos e não apenas os 37 previstos no novo rol e passará a valer em maio deste ano.

Os planos terão de pagar, por exemplo, o tratamento com capecitabina (Xeloda), indicada para o tratamento de câncer de mama metastático. Cada caixa custa em média R$ 2,5 mil. Também está garantida a obrigatoriedade do fornecimento de acetato de abiraterona (Zytiga), usado para câncer de próstata, que custa quase R$ 11 mil. O gefitinibe (Iressa), para câncer de pulmão, custa R$ 4 mil."A ANS se adiantou à lei federal e já tornou obrigatório o fornecimento dessa medicação oral a partir de 2 de janeiro", diz Karla Coelho, gerente de Atenção à Saúde da ANS.

Genética

A oferta de exames genéticos já era prevista, mas quase nunca cumprida por falta de diretrizes que estabelecessem em quais casos os exames teriam de ser cobertos. Agora, a análise genética de 29 doenças específicas, entre elas a dos genes BRCA 1 e BRCA2 (que indicam risco aumentado de câncer de mama), está incluída no rol. Mas os exames só podem ser pedidos por médicos geneticistas - o que limita a sua abrangência, já que existem apenas cerca de 200 no Brasil.

Para o advogado Julius Conforti, especialista em direito dos consumidores de planos de saúde, apesar de o novo rol ser um avanço, ele chegou tardiamente e com limitações. "A inclusão da cobertura obrigatória para os quimioterápicos orais já deveria ter sido feita há pelo menos dez anos. Ampliar a cobertura dos testes genéticos, mas estabelecer que somente geneticistas possam prescrevê-los tem quase o mesmo efeito de não incluí-los no rol", avalia.

Segundo Karla, a inclusão dos novos procedimentos ocorreu depois de uma série de reuniões com operadoras de planos, prestadores de serviços e órgãos de defesa do consumidor. Os consumidores tiveram grande participação nas contribuições: das 7.340 sugestões enviadas por meio de consulta pública, praticamente metade era de consumidores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comprar analgésicos pode até parecer um hábito corriqueiro para muitos brasileiros. Mas a disputa por esse bilionário segmento por trás das gôndolas das farmácias envolve multinacionais e gigantes nacionais e é acirradíssima - uma briga de titãs por míseros pontos porcentuais para ficar entre as maiores no “mercado da dor”.

Um levantamento feito pela consultoria IMS Health, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, mostra que a venda de analgésicos puros (para dor e combate à febre, excluídos relaxantes musculares) movimenta R$ 2,6 bilhões por ano. Esse segmento é o mais importante entre os medicamentos isentos de prescrição (Mip) ou OTC (Over-the-counter, na sigla em inglês), diz Nilton Paletta, presidente da IMS Health.

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Vale tudo para ficar no topo - maior exposição em pontos de vendas em farmácias, pesados investimentos em mídia, sobretudo em horário nobre da TV, e descontos de preços. “É um setor que não envolve peixe pequeno”, diz um executivo do setor.

E não tem mesmo. Gigantes como a japonesa Takeda, a líder da categoria em faturamento, as americanas Johnson&Johnson e Pfizer, a francesa Sanofi, a alemã Boehringer Ingelheim e a nacional Hypermarcas não poupam esforços para ganhar fatia nesse mercado.

“Como não necessita de apresentação de receita, a compra de analgésico é espontânea”, diz o mesmo executivo, lembrando que a antiga resolução da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), a RDC 41, que proibia a venda desses produtos fora do balcão, virou uma “dor de cabeça” para os laboratórios. Após inúmeros processos judiciais e liminares, a Anvisa voltou atrás na decisão, que vigorou entre início de 2010 e meados de 2012.

No ranking das dez maiores empresas em receita, as marcas fortes prevalecem, com exceção do genérico da Medley (controlada pela Sanofi), que aparece como o sexto mais vendido na lista. Quando medido por unidades, os genéricos (com o nome do princípio ativo) ganham espaço

“É um mercado de poucas marcas, mas marcas bem fortes”, diz Rodolfo Hrosz, diretor-geral da Pfizer Consumer Healthcare. A multinacional está disposta a jogar pesado para abocanhar uma fatia maior para ficar entre as primeiras no topo. O carro-chefe da companhia nesse segmento é o Advil, o nono analgésico mais vendido em faturamento, segundo o IMS Health (de novembro de 2012 a outubro de 2013), considerando os analgésicos puros.

Segundo Hrosz, o produto é um dos mais vendidos em São Paulo, maior mercado consumidor. A empresa computa mês a mês as vendas para saber onde cresce. Se incluídos os relaxantes musculares na lista, o Advil salta para a terceira colocação no ranking, entre agosto e novembro deste ano, de acordo com informações fornecidas pela empresa.

O executivo reconhece que o fator preço não é o que mais atrai as vendas do analgésico Advil, que custa R$ 1,80 a dose, enquanto o preço médio de seus concorrentes gira em torno de R$ 0,60. “Sabemos que nosso produto é premium. A cápsula é líquida, com efeito mais rápido”, diz Hrosz.

“É um segmento importante porque todo mundo tem algum tipo de dor”, diz Lais Rosin, diretora da unidade de negócios OTC da Takeda. “A fidelidade do consumidor é muito importante nesse segmento.”

A Neosaldina, conhecida no mercado como “Neosa”, é o analgésico número um em vendas. “Qualquer ponto porcentual nesse mercado é grande coisa”, afirma Lais. Além de pesadas campanhas na mídia, sobretudo na TV, a Takeda aposta nas várias apresentações do produto. “Temos um portfólio diversificado para atender todo tipo de público, até embalagem com um único comprimido.”

Solução doméstica

Única nacional no ranking em que imperam as múltis em faturamento, a Hypermarcas tem quatro analgésicos entre os dez mais vendidos. “Temos investido muito em mídia, com inserções na Rede Globo, Record e SBT”, diz Luiz Eduardo Violland, presidente da divisão farmacêutica da Hypermarcas. “No caso da Doralgina (o décimo no ranking), quando incorporamos o laboratório Neo Química (em 2009), o medicamento era vendido no pequeno e médio varejo. Trocamos a embalagem, expandimos a distribuição para as grandes redes e apostamos pesado em mídia”, afirma.

Segundo Violland, a empresa aposta na maior disposição dos brasileiros, com o aumento da renda, para comprar medicamentos. “As pessoas geralmente procuram o médico por três motivos: dor, infecção a partir de uma febre e depressão.” Com a estratégia mais agressiva das farmacêuticas nesse segmento, o “mercado da dor” promete não aliviar a concorrência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As vendas de medicamentos no Brasil devem encerrar o ano com crescimento de 13%. Se confirmadas as estimativas, alcançará a marca recorde de R$ 56 bilhões, de acordo com previsões das indústrias do setor. A expansão das farmacêuticas será puxada novamente pelos genéricos, que registram expansão robusta ano a ano, acima de dois dígitos, desde seu lançamento há 13 anos.

No acumulado de janeiro a outubro, as vendas totais de remédios somam R$ 48,3 bilhões, um aumento de 17% sobre igual período do ano anterior, de acordo com dados da consultoria IMS Health obtidos com exclusividade pelo Estado. No mesmo período, as vendas só de genéricos atingiram R$ 11,396 bilhões, alta de 24%. Em 2012, as vendas de medicamentos totais foram de R$ 49,6 bilhões.

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"Esse resultado mostra que o mercado de genéricos tem se consolidado no País", afirma Telma Salles, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).

De acordo com a entidade, desde que foram criados, os genéricos geraram R$ 40,8 bilhões em economia aos consumidores. Esses medicamentos, por lei, têm de ser, no mínimo, 35% mais baratos que os de referência (com patente). Até outubro, a participação dos genéricos na venda total de medicamentos representou 24% da receita. A expectativa é que essa fatia dobre nos próximos anos.

Apesar do crescimento tímido da economia para este ano, o setor de medicamentos vai crescer o equivalente a cinco vezes o Produto Interno Bruto (PIB), afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).

"O atual nível de emprego contribui em muito para a indústria", diz. "Costumo dizer que um desempregado, quando tem dor de cabeça, apaga a luz do quarto e vai dormir. Agora, o momento é outro. O aumento de renda elevou o acesso da população aos medicamentos", diz Mussolini.

Para 2014, as indústrias projetam crescimento parecido com o deste ano. A expectativa de expiração de dez patentes de medicamentos no próximo ano deverá impulsionar o segmento de genéricos.

Segundo o presidente do Sindusfarma, não há previsões de grandes riscos que possam comprometer a expansão do setor no próximo ano. As indústrias deverão ter sua rentabilidade afetada, em razão do aumento dos custos de produção. "A folha de pagamentos subiu cerca de 8,5%. Sem contar o câmbio, que iniciou o ano a R$ 1,80 e deve encerrar perto de R$ 2,40. As indústrias importam cerca de 70% dos insumos para medicamentos", diz Mussolini.

Patente. Levantamento da Pró Genéricos, com base nos dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), mostra que dez produtos de referência (inovadores) terão as patentes vencidas. Esses dez produtos registraram receita nos últimos 12 meses de R$ 761,6 milhões no varejo farmacêutico brasileiro, de acordo com o IMS Health. Entre os medicamentos previstos para perder a patente estão o Cialis (para disfunção erétil) e o Cymbalta (antidepressivo e analgésico), ambos da Eli Lilly; Celebra (anti-inflamatório), da Pfizer; e o Avalox (antibiótico), da Bayer.

A expectativa é de que as indústrias produtoras de genéricos façam investimentos de US$ 1,5 bilhão na ampliação da capacidade produtiva, desenvolvimento de novos genéricos, de acordo com a entidade. No País, há 102 laboratórios fabricantes de genéricos. No ranking das dez maiores empresas farmacêuticas, oito produzem ou têm linha de medicamentos genéricos.

Desde 2009, o setor tem sido alvo de um forte movimento de consolidação, com o interesse de multinacionais em comprar o controle ou participação em indústrias nacionais com o foco em genéricos, com objetivo de diversificar o seu portfólio. Essa tendência ganhou força depois com a redução de medicamentos "blockbusters" (campeões de venda). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma farmácia do bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR) foi interditada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) por vender Sibutramina de 15 mg sem solicitar receita médica. Também foram encontrados no local, medicamentos vencidos, amostras grátis, medicamento Cialis com venda fracionada, além de antibióticos sem registro.

Na ação, foram apreendidas 60 cápsulas de Sibutramina 15 mg indicada no tratamento da obesidade ou quando a perda de peso está clinicamente indicada, agindo em diversas áreas do cérebro que controlam não somente o humor e sensação de bem estar, como o apetite. De acordo com a agência, o medicamento do laboratório LAFARE não pode ser comercializado, pois a empresa foi fechada, há cerca de dois anos, por não atender as normas de fabricação. 

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Além destes remédios foram recolhidos, potes de pasta d’água, bicarbonato de sódio, frascos de álcool gel, glicerina, água de flor de laranjeira, frascos de Hepática Triloba Di, água boricada, entre outros medicamentos também foram apreendidos.  Ao todo, 125 unidades foram recolhidas, entre elas, 15 frascos de Permanganato de Potássio.

O Gerente-Geral da Apevisa Jaime Brito, explica que a substância passou a ser um medicamento de controle especial. “De acordo com a Portaria 344, o medicamento só pode ser vendido com notificação de receita (azul) acompanhada de receita médica. Sem essas prescrições como foi o caso, é considerado uma prática criminosa, por ser medicamento controlado vendido sem receita. Isso caracteriza o crime de Tráfico de Entorpecente. O medicamento apreendido é do Paraguai e não tem registro no Brasil, enquadrando o Crime hediondo, art.273, Crime contra a saúde pública.”

O material apreendido foi encaminhado para análise e os produtos que tiverem irregularidades constatadas, serão inutilizados. Uma pessoa foi detida e encaminhada à Delegacia de Crimes Contra Propriedade Imaterial (Deprim).  

O delegado Germano Bezerra explicou que preferiu não autuar em flagrante o funcionário antes da realização de um laudo pericial do medicamento, além de diligências para tentar encontrar o responsável por fornecê-lo. "Ele estava de posse de um medicamento o qual é preciso ter autorização. Pode ser indiciado por tráfico de drogas e crime contra a saúde pública".

Com informações da assessoria

Nesta segunda-feira (21), em Brasília, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, junto com o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), divulgou 87 novos procedimentos que serão aceitos nos planos de saúde individuais e coletivos. Entre os procedimentos estão, 37 medicamentos orais para tratamento de diferentes tipos de câncer, 50 novos exames e consultas.

As novas incorporações entrarão em vigor a partir de janeiro de 2014. Segundo o Ministro, a inclusão dos procedimentos e medicamentos não irá impactar no aumento das mensalidades pagas pelos usuários em 2014.

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Confira a lista dos novos medicamentos e procedimentos que serão aceitos pelo plano de saúde a partir de janeiro:

- Medicamentos

- Procedimentos

Um estudo publicado, nesta terça-feira (2), afirma que o exercício físico pode ser  tão eficaz quanto alguns medicamentos, para reduzir o risco de morte em pessoas com derrame cerebral ou com doença cardíaca. Os investigadores da London School of Economics, da Harvard Medical School e da School of Medicine da Universidade de Stanford compararam os resultados de vários estudos para determinar a eficácia do exercício e a dos medicamentos em pessoas com doenças cardíacas, história de acidente vascular cerebral, pré-diabetes e insuficiência cardíaca.

Foram analisados 305 ensaios clínicos, envolvendo 339.274 indivíduos, e não foram encontradas “diferenças estatisticamente detectáveis” entre o exercício e o tratamento com medicamentos na redução da mortalidade de pessoas com doenças cardíacas ou sintomas de pré-diabetes, segundo comunicado da revista British Medical Journal, que publicou o estudo online.

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A equipe descobriu que o exercício era mais eficaz do que os medicamentos no caso das pessoas que tinham tido um acidente vascular cerebral, enquanto os fármacos eram melhores para tratar a insuficiência cardíaca. Os cientistas pediram que fossem feitos mais estudos para avalizar a sua descoberta, dada a escassez de informação sobre o tema. Defenderam, no entanto, que até a essa altura o exercício “seja considerado uma alternativa viável ou acompanhe o uso dos medicamentos”, citou a agência France Presse.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto principal fator de risco para a mortalidade global, estimando-se que cause 3,2 milhões de mortes anualmente em todo o mundo.

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, o ato de concentração envolvendo a Aspen Pharmacare Holdings Limited e Glaxo Group Limited (GSK). A operação envolve o setor de fabricação de medicamentos alopáticos. Segundo informações do Cade, a Aspen Global vai adquirir ativos relacionados a dois medicamentos anticoagulantes denominados Arixtra e Fraxiparine/Fraxodi pertencentes à Glaxo.

A Aspen é a controladora do Grupo Aspen, com sede na África do Sul, e atua mundialmente na produção e fornecimento de produtos farmacêuticos, nutricionais e voltados ao cuidado com a saúde. A GSK é uma empresa com atuação global, que desenvolve atividades de cuidados com a saúde, fornecendo produtos principalmente em três divisões de negócio: produtos farmacêuticos, vacinas e produtos para cuidados com a saúde. As atividades de GSK no Brasil são conduzidas, em grande parte, pela GlaxoSmithKline Brasil Ltda. ("GSK Brasil").

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Segundo avaliação feita pelo Cade, a "operação não acarreta qualquer sobreposição horizontal ou integração vertical no Brasil". O despacho com a aprovação da operação está publicado no Diário Oficial da União de hoje.

Em outro ato, a superintendência do Cade aprova a criação de uma joint venture entre a WPR Empreendimentos Imobiliários Ltda (WPR), Allpark Empreendimentos, Participações e Serviços S.A (Allpark) e British Car Auctions do Brasil Leilões S.A. (BCA Brasil). A joint venture, segundo informações do Cade, terá como objeto as atividades de construção, operação e manutenção de pátios destinados exclusivamente à remoção, liberação e apreensão de veículos, e leilão de veículos. A avaliação feita pelo órgão antitruste foi de que a operação não suscita quaisquer preocupações concorrenciais.

Nesta terça-feira (10), a Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso de quatro lotes de medicamentos, meia anticelulite e cosméticos.

A proibição abrange o lote 46202 do medicamento Kollangel, fabricado pela empresa Natulab Laboratórios. A medida se deve pela constatação de irregularidades na rotulagem do medicamento e serve para todo o país.

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A agência também suspendeu dois medicamentos fabricados pela Pharlab Indústria Farmacêutica. Todos os lotes fabricados a partir de 2010 do medicamento Loratadina D (forma de comprimidos revestidos) estão proibidos de serem comercializados devido a alteração em sua formula sem a autorização prévia da Anvisa. Já o lote 012509 do medicamento Cedrilax 30 (na forma de comprimidos) apresentou desvio de qualidade em sua fabricação. A empresa deverá recolher todos os lotes irregulares do mercado.

Também foi interditado o lote CN121046C do medicamento Solução de Cloreto de Sódio 9ml/ml, marca Nasolive, fabricado em setembro de 2012 pela empresa Farmace Indústria Químico-Farmacêutica Cearence e com validade até setembro de 2014. A interdição vale por 90 dias e se deve em virtude de resultados insatisfatórios nos ensaios de Contagem de Bactérias Aeróbias Mesófilas e Contagem de Bolores e Leveduras.

Além dos medicamentos, a proibição também é para a venda da meia anticelulite Sigvaris Well being Sculptor, fabricada pela Sigvaris do Brasil Indústria e Comércio. O produto não possui registro na Anvisa.

A máscara Nanokeratin M2A e o shampoo Clarifying Antirresíduos 1L M2A, da Lafil Laboratórios Industrial Limitada, também estão suspensos porque a empresa fabricante não possui autorização de funcionamento e esses produtos não são regularizados. O shampoo antiresíduos Phase 1, Tratamento de Queratina Phase 2 e Queratina Boost K Hair também não pode ser vendido porque a empresa fabricante é desconhecida.

Mais de um milhão de baratas escaparam de um criadouro no leste da China, onde um especialista sanitário pediu aos habitantes dos arredores para manter a calma, informou neste domingo (25) a imprensa local. As baratas eram utilizadas para a fabricação de medicamentos tradicionais chineses, informou o jornal Xiandai Kuaibao.

As baratas escaparam depois que "um indivíduo não identificado" destruiu o viveiro de reprodução situado nesta granja da comunidade de Dafeng, acrescentou o jornal publicado em Nankim. As autoridades sanitárias da província de Jiangsu enviaram cinco especialistas encarregados de uma operação de desinfecção para eliminar os insetos. Um especialista pediu a população não entrar em pânico.

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O proprietário da granja, Wang Pengsheng, investiu este ano cerca de 100.000 yuans (16.200 dólares) para adquirir 102 quilos de ovos de periplaneta americana, uma espécie de barata.

Os moradores do município de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, terão acesso a medicamentos excepcionais ou de alto custo. A medida promete ser cumprida através da inauguração da Farmácia de Pernambuco na cidade. Ao todo, foram investidos R$ 595 mil nas obras e aquisição de medicamentos.

No local, poderão ser adquiridos remédios para tratar doenças como esquizofrenia refratária, epilepsia, insuficiência renal crônica e esclerose múltipla. Inicialmente, a farmácia atenderá uma média de 100 pacientes, dentro do Programa de Glaucoma. 

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A expectativa é expandir para 3 mil usuários, entre novos cadastros e os que forem transferidos de outras unidades, para que possam receber os remédios mais perto de casa. O atendimento ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. 

“Esse é um serviço que vai beneficiar a população da Região, que não precisará se deslocar para locais como Arcoverde para pegar seus medicamentos”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Figueira. Atualmente, existem 24 farmácias deste tipo espalhadas pelo Estado.

Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde vai financiar a organização de farmácias em unidades básicas de Saúde de 453 municípios considerados de extrema pobreza. Os gestores interessados em receber o apoio devem se inscrever até o dia 27 de junho no Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (QualifarSUS).

Inicialmente, cada município vai receber R$ 17 milhões destinados à compra de equipamentos e mobiliário e à contratação de pessoal das centrais de Abastecimento Farmacêutico e das farmácias nas unidades básicas de Saúde. Em seguida, os municípios selecionados vão receber mais R$ 24 mil por ano para o custeio e a manutenção dos serviços.

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Além disso, o governo vai destinar R$ 1,2 bilhão à aquisição de medicamentos e insumos para o abastecimento das farmácias básicas de todos os municípios brasileiros.

Municípios que fazem parte do Programa Brasil Sem Miséria, com até 100 mil habitantes ou que participam de outros programas da atenção básica, como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (Pmaq), o Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS) e os que utilizarem o sistema Hórus ou sistemas próprios de gerenciamento de estoques terão prioridade na seleção.

A Comissão Europeia pretende "fazer mais" para abrir mercados farmacêuticos na Europa que viabilizem alternativas de medicamentos genéricos mais baratos, afirmou Joaquin Almunia, Comissário Europeu para a concorrência, à revista semanal alemã Focus. "Vamos garantir que medicamentos mais baratos estejam disponíveis no mercado", afirmou. "Tomaremos uma decisão já em junho."

As autoridades antitruste da União Europeia enviaram uma queixa formal à Johnson & Johnson e à Novartis no início deste ano, alegando que as duas empresas concordaram em evitar concorrer entre si na Holanda, atrasando a entrada de genéricos no mercado.

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Johnson & Johnson e Novartis disseram que levariam a queixa a sério, mas acreditam que não violaram quaisquer leis. As informações são da Dow Jones.

O combate à hepatite C no estado de Pernambuco vai receber um reforço. A partir de junho, os medicamentos telaprevir e boceprevir serão utilizados no tratamento da doença. As drogas são inibidoras de protease, considerada a maneira mais moderna para combater da enfermidade.

Cerca de 250 pessoas fazem o tratamento da doença em Pernambuco.  A iniciativa da SES vai contemplar os Hospitais das Clínicas, Instituto de Medicina Integral Professor Antônio Figueira, SAE de Petrolina e Instituto de Fígado de Pernambuco.

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De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os remédios são indicados para os pacientes que não responderam positivamente aos primeiros tratamentos. A taxa de eficácia das drogas fica em torno de 80%, o dobro das convencionais.

O telaprevir e boceprevir são administrados via oral por um período de 48 semanas, enquanto medicamentos específicos para a hepatite C precisam de aplicação intravenosa, além de 48 a 72 semanas para fazer efeito.

Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde (MS) realizou recentemente o abastecimento, em todos os estados, do Fosfáto de Oseltamivir, conhecido comercialmente como Tamiflu. A prescrição e o acesso rápido ao medicamento é uma das principais recomendações do Protocolo de Tratamento de Influenza 2013. 

Só neste ano, foram enviados às secretarias estaduais 1.074.180 tratamentos do medicamento na fórmula adulto (75mg) e 151.300 caixas de uso pediátrico.  Antes desta distribuição, no entanto, os estados já possuíam estoque de 720.280 caixas para adultos e 87.666 para crianças. Cada caixa contém 10 comprimidos e são suficientes para um tratamento completo. 

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Técnicos do Departamento da Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde monitoram os almoxarifados estaduais e, caso haja necessidade ou novas solicitações, mais remessas serão enviadas. Para atingir sua eficácia máxima, o medicamento deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença, na forma grave. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do antiviral.

O governo sugere que o antiviral seja disponibilizado em todas as unidades de saúde, nas UPAs, nos prontos socorros, facilitando o acesso ao tratamento. Para retirar o Tamiflu, basta apresentar a prescrição médica emitida tanto por médicos da rede pública como da rede privada. O medicamento será distribuído gratuitamente. 

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha afirma que todas as pessoas integrantes dos grupos que tenham condição ou fator de risco e que apresentem sintomas de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - como crianças menores de dois anos, gestantes, puérperas, indígenas, idosos, obesos e doentes crônicos - devem tomar o medicamento mesmo que não ocorra o agravamento da doença “O tratamento deve ser iniciado de imediato. Não se deve esperar a confirmação laboratorial ou o agravamento do caso”, explicou o ministro.

Sintomas e Prevenção

Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros como; dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastro-intestinais, dor muscular intensa e prostração.

Para a população em geral, cuidados simples podem evitar a doença. Para se prevenir, o Ministério da Saúde orienta que a população adote medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.  Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.

Com informações de assessoria

O governo federal deve publicar o edital para a implantação da logística reversa de medicamentos até julho. O texto foi concluído na semana passada pelo grupo responsável por esse sistema. A logística reversa é o processo de devolução e de tratamento ambientalmente adequado para os resíduos de alguns setores produtivos, como o de embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e óleos lubrificantes. A medida foi incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada quase oito anos depois do sistema para balizar medidas de consumo sustentável, redução dos impactos ambientais e geração de emprego e renda.

Apenas dois setores avançaram mais significativamente. O sistema envolvendo embalagens de agrotóxicos, um dos primeiros a aderir à logística reversa, já coleciona resultados como o recolhimento e o tratamento de 250 mil toneladas de embalagens. O setor de embalagens plásticas de óleos lubrificantes fechou o acordo em dezembro do ano passado, mas a indústria, o comércio e os consumidores ainda não têm resultados consolidados.

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Os representantes do Comitê Orientador para Implementação da Logística Reversa e da consultoria jurídica do Ministério do Meio Ambiente (MMA) agora trabalham na expectativa de consolidar, nas próximas semanas, o acordo da gestão pós-consumo dos setores de lâmpadas e de embalagens em geral, que inclui bens de consumo como embalagens de comidas e bebidas.

“Recebemos três ou quatro propostas e vamos negociar com todos (associações representativas de cada setor que apresentaram as propostas). Quando tivermos o texto consolidado, colocamos em consulta pública para que qualquer pessoa possa dar sugestões”, explicou a arquiteta Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA.

Zilda Veloso lembrou ainda que o edital para a indústria de eletroeletrônicos está em consulta pública desde o último dia 13 de fevereiro. Segundo ela, até o dia 22 de junho qualquer brasileiro pode contribuir com a proposta no site http://www.sinir.gov.br.

A elaboração desses textos acaba se baseando em experiências positivas, como a do setor de agrotóxicos. Mensalmente o sistema Campo Limpo, formado por fabricantes de agrotóxicos, por representantes do comércio e agricultores, vem batendo recordes de recolhimento de embalagens no campo. Zilda Velos destacou que, hoje, 90% do que é produzido em embalagens pela indústria é recolhido pelo sistema.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), João Cesar Rando, o crescimento acompanha o mesmo ritmo da intensificação do uso de agrotóxicos em função do aumento da atividade agrícola em algumas regiões do país.

“Hoje esse sistema chegou à maturidade e temos nove recicladores distribuídos em alguns estados (Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) para otimizar a logística e temos o sistema de recolhimento itinerante, que responde por 12% a 15% do total de embalagens recolhidas”, disse ele.

Rando explicou que os outros setores estão avançando, apesar de alguns fabricantes enfrentarem dificuldades para implantar o sistema, principalmente os que envolvem vários itens, como é o caso dos eletroeletrônicos. Ainda assim, o representante do instituto disse que a PNRS impulsionou a logística reversa no país que, até então, era regulada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Ainda existem pontos que precisam ser trabalhados. “O sistema depende do quanto os governos estão preparados para implantar, por exemplo, o sistema de coleta seletiva, um processo oneroso, que demanda recursos e planejamento. As pontas precisam se encontrar. É um desafio tirar isso tudo do meio ambiente e é um desafio igual encontrar formas sobre o que fazer com esse material”, disse ele, lembrando que cidades como São Paulo produzem mais de 10 mil toneladas de lixo diariamente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a abertura de consulta pública sobre a regulamentação para os produtos da medicina tradicional da China. O objetivo é determinar como será a regulação dos produtos, que atualmente estão ausentes do Regulamento Sanitário Brasileiro.

O texto com a proposta será publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias. Após a publicação, serão 90 dias para apresentação de críticas e sugestões. A consulta visa a possibilitar o monitoramento dos possíveis efeitos relacionados ao uso desses produtos. Hoje não há fórmula tradicional da China que misture minerais, animais e plantas com registro no Brasil.

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A proposta define que os produtos chineses não precisarão de registro na Anvisa. O texto prevê a proibição de indicação de alegação terapêutica nos rótulos dos produtos e no material de divulgação. A fabricação também deverá seguir as normas da farmacopeia chinesa, ficando vedada a inclusão de matéria-prima de origem animal. Outro ponto da proposta restringe a prescrição do produto aos profissionais habilitados.

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