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A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco está promovendo uma capacitação para os Agentes de Alimentação Escolar (AAE), conhecidos como merendeiras e merendeiros, com o intuito de tornar as refeições escolares mais aceitáveis e incentivar a criação de receitas atrativas.

As formações, que ocorrem em todas as regiões do estado, são organizadas pelas nutricionistas das Gerências Regionais de Educação (GRE) sob a supervisão da Superintendência do Programa de Alimentação Escolar (SUPAE). As programações das capacitações são adaptadas às demandas específicas de cada região e são iniciativas que visam melhorar a qualidade das refeições servidas nas escolas.

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A primeira sessão teve lugar na GRE Vale do Capibaribe, em Limoeiro, no Agreste. Durante a atividade, as merendeiras compartilharam diversas receitas aprovadas pelos estudantes, incluindo pratos como torta de bolacha de frango, ovo à parmegiana, risoto de sardinha, entre outros, que fazem parte do livro de receitas "Sabores da Merenda", elaborado em 2023 pelas nutricionistas da Regional.

Este livro visa reunir criações culinárias das agentes da Gerência Regional, contribuindo para a diversificação e atratividade das opções alimentares nas escolas. O período de capacitação teve início em 4 de janeiro e se estende até 1º de fevereiro, englobando várias regiões do estado.

“A nossa proposta é inovar e inspirar cada vez mais as equipes de merendeiras e merendeiros escolares no sentido de oferecer aos nossos estudantes uma alimentação de qualidade e, principalmente, saborosa. A ação motivou toda a equipe. Foi um dia leve, agradável e inspirador”, destacou a gestora da GRE Vale do Capibaribe, Ana Xavier.

A próxima formação acontecerá no dia 12 de janeiro, com os nutricionistas e os agentes da GRE Mata Norte, em Nazaré da Mata, na Zona da Mata pernambucana. “No Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), as merendeiras desempenham um papel importante não só como colaboradoras para a melhoria da aprendizagem do aluno, mas também como agentes condutoras das técnicas adequadas para o preparo da alimentação e, consequentemente, das informações sobre os bons hábitos alimentares”, enfatizou a nutricionista e superintendente da Alimentação Escolar do Estado, Paula Darling.

A Secretaria de Educação de Pernambuco realizou, nesta sexta-feira (10), o encerramento da mentoria com 11 cozinheiras de escolas estaduais dos municípios de Gravatá, Vitória de Santo Antão, Bezerros e Caruaru para aperfeiçoar o preparo das refeições oferecidas nas unidades escolares.

Iniciativa é parte do projeto “Merenda Boa” e visa trazer mais qualidade e diversificação de merenda para os estudantes, além de uma introdução a alimentos mais naturais para os cardápios. A mentoria incluiu novas receitas e técnicas de manipulação, porcionamento, higienização e segurança alimentar dos preparos para a turma. 

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"Nesse projeto nós contribuímos com informações técnicas, dados sobre abastecimento, manipulação dos alimentos, entre outras coisas, mas também saímos daqui cheios de conhecimento, pois essas merendeiras são fundamentais no ambiente escolar, elas têm profunda responsabilidade econômica e social nas vidas desses estudantes. Espero que esse projeto possa crescer e chegar a escolas de todas as regiões de Pernambuco, para que todos saibam que é possível, sim, comer bem dentro da rede estadual", destacou o chef César Santos, um dos professores.

“Foi uma experiência única participar dessa requalificação. Vou levar novas técnicas de cortes, molhos e temperos para minha vivência dentro da cozinha. Estamos acostumadas com os preparos do dia a dia, sempre com muito amor, mas essa renovação me deu conhecimento para fazer novos preparos com os itens que já temos na escola", declara Alcione Viana, merendeira da Rede Estadual de Ensino há mais de 20 anos que fez parte das aulas.

O projeto utilizou de produtos que fazem parte da rotina alimentar dos alunos e que estão previstos no Programa Nacional de Alimentação Escolar. As cozinheiras aprenderam, também, sobre sustentabilidade e como aproveitar cascas de alimentos e sementes  que são ricas em vitaminas e minerais, ao invés de descartá-las.

A “Merenda Boa” aconteceu em parceria com o “Merenda por Grandes Chefs”, iniciativa realizada pelo Instituto César Santos há uma década. É a primeira vez que o curso chega nas escolas estaduais de Pernambuco, mas o governo planeja ampliar para as demais regiões do estado.

O deputado estadual João Paulo (PT) potencializou a cobrança dos 20 mil funcionários terceirizados do Governo de Pernambuco que estão há dois meses sem receber salário. Nessa terça (28), merendeiras da rede estadual de Educação paralisaram as atividades. 

A situação já havia sido denunciada pela Força Sindical às vésperas do Carnaval. Na ocasião, merendeiras, porteiros, vigilantes e auxiliares de serviços gerais levaram um caixão aos pés do Galo Gigante, na Ponte Duarte Coelho, no Centro do Recife, para protestar contra a falta de pagamento da gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB).

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Por conta da paralisação das cozinheiras das escolas estaduais, João Paulo foi às redes sociais para reforçar a reinvindicação. O deputado apontou que a falta de pagamento prejudica milhares de famílias e que muitos estudantes vão ficar sem a única refeição do dia caso a situação não seja normalizada. 

"Quem faz a comida não tem o que comer em casa. Possivelmente, estudantes ficaram sem se alimentar. A merenda é para muitos a única refeição do dia. Exigimos o pagamento dos salários para a volta da normalidade para alunos e trabalhadores", escreveu João Paulo.

O Governo de Pernambuco foi procurado pela reportagem para explicar o motivo dos atrasos e o prazo para que o salário chegue aos trabalhadores, mas não se posicionou até a publicação.

Reunindo quase 39 mil seguidores no Instagram, as 'Tias da Merenda' mostram a rotina de preparo da alimentação dos cerca de 950 estudantes do Colégio Estadual Osmundo Gonzaga Filho, localizado em Caldas Novas, em Góias. Com zelo e criatividade, as profissionais, através de vídeos e fotos, dão voz a categoria e quebram o estigma de que as merendas escolares são produzidas de qualquer maneira.

Com um cardápio diverso e pitadas de bom-humor, o perfil recebe elogios dos seguidores e provoca certa nostalgia. "Na minha escola era biscoito e leite", comenta um seguidor. "Gente tô amando esse perfil, me deu até saudades da escola! Posta uma foto pra gente conhecer as tias", escreveu outra internauta.

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Mesmo com o sucesso nas redes, as 'Tias da Merenda' não estão isentas de críticas. "Isso deve ficar horrivel"; "Que coisa mal feita"; "gororoba" são alguns dos comentários negativos na página, que foi criada em abril de 2022. Confira, a seguir, algumas postagens:

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Em protesto contra atrasos salariais, merendeiras de escolas estaduais de Pernambuco paralisaram as atividades nesta quarta-feira (29). No total, 1.400 trabalhadoras, vinculadas à empresa terceirizada Adlim, alegam que estão há dois meses sem receber suas devidas remunerações, além de benefícios como vale alimentação e transporte.

Segundo Josélia Galdinho, que trabalha na Adlim há quase 20 anos, a situação de atrasos é recorrente. "Há mais de um ano que não temos o pagamento do salário no quinto dia útil. Outras categorias que estão vinculadas à mesma empresa recebem sem atrasos. Se a empresa não tem condições de assumir as responsabilidades do contrato, que ela possa tomar as providências. Estamos trabalhando com salários atrasados, em atividade insalubre inclusive", reclamou a trabalhadora, conforme informações da assessoria de imprensa do movimento.

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Como estratégia para fortalecer o protesto e cobrar uma resposta tanto da Adlim quanto do Governo de Pernambuco, as trabalhadoras se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (STEALMOIAC – PE), na Avenida Visconde de Suassuna, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. A Força Sindical de Pernambuco também divulgou seu apoio à paralisação das merendeiras. 

O LeiaJá procurou a Secretaria de Educação de Pernambuco em busca de um posicionamento sobre o protesto. À reportagem, a assessoria de imprensa do órgão garantiu que os pagamentos serão regularizados até a próxima sexta-feira (31).

Pelo segundo dia consecutivo, funcionários de escolas públicas e de colégios estaduais realizam protesto no Recife. Eles se uniram aos profissionais do setor de limpeza dos hospitais para cruzar os braços e reivindicar a regularização nos pagamentos dos salários e tíquetes alimentação, que estão atrasados.

A manifestação começou em frente ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, área central do Recife. De lá, seguiram para a Rua Doutor Carlos Chagas e interditaram a via que liga o Centro à Zona Norte da capital. Por volta das 10h30 desta quinta-feira (12), eles continuavam a caminhada em direção ao Parque 13 de Maio.

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Na semana passada, as empresas terceirizadas que contrataram os funcionários entregaram um ofício ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic). No documento, eles afirmam que não conseguirão pagar os trabalhadores devido à falta de repasse de verbas por parte do Governo do Estado.

Segundo o Stealmoaic, os responsáveis alegam estar passando por um cenário de extrema dificuldade financeira e que o governo do Estado de Pernambuco tem agido com abusividade, causando prejuízos incalculáveis, contrariando preceitos e princípios constitucionais.

Com informações da assessoria

Rio de Janeiro – O mesmo plenário da Câmara dos Vereadores do Rio ocupado em agosto por jovens que protestavam contra a composição da CPI dos Ônibus abriga desde ontem (26) um grupo de senhoras de até 60 anos, funcionárias públicas que reivindicam um plano de carreira. São as merendeiras, e o principal pleito delas é mudar o modo como são tratadas.

"Queremos ser consideradas cozinheiras escolares. Nós preparamos refeições, e não só lanches. Na minha escola, somos três merendeiras para, todos os dias, cortar, cozinhar, servir e lavar as louças para em média 400 crianças", conta Arlete Silva, de 58 anos, que mora em Jacarepaguá, na zona oeste, e trabalha como merendeira há 14 anos. "Meu salário era R$ 611 e só ganhava o [salário] mínimo com as gratificações. Por causa do movimento, aumentaram a base para o mínimo, mas queremos ser valorizadas, com plano de carreira e salário de cozinheira".

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Com a camisa preta do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, Arlete está na Câmara dos Vereadores desde ontem, quando professores, auxiliares de creche, serventes, inspetores e outros profissionais da educação entraram no prédio durante a sessão que votaria o plano de cargos e salários proposto pelo prefeito Eduardo Paes. A agenda foi cancelada.

Gellian Moreira, de 48 anos, também é merendeira e reclama do aumento do trabalho com a diversificação do cardápio escolar, que, segundo ela, não foi acompanhado por um número maior de profissionais: "Com isso, a maioria das merendeiras está doente, com problema de coluna, problema no joelho. Nosso trabalho não é só fazer a comida. Temos que cortar carne congelada, pegar o peso das panelas, temos a responsabilidade de limpar a despensa, de receber a merenda, de limpar o chão do refeitório... várias funções em uma só", enumera a moradora de Ramos, que afirma ter três hérnias de disco. "As pessoas falam que a greve é dos professores. E nós? Não somos invisíveis. Temos as nossas bandeiras".

Com 27 anos de profissão, Claudia Rodrigues, de 50 anos, mostra o contracheque de copeira, e diz que atua como merendeira desde que começou a trabalhar. Depois de passar por uma cirurgia por tendinite, ela foi deslocada para trabalhos mais leves na cozinha, e acumula renda bruta de R$ 1,2 mil com gratificações. Apesar disso, seu salário-base é R$ 593. "Gratificação eles podem tirar de uma hora para a outra. Para juntar renda, frito salgado em festa e ajudo a servir".

Coordenadora do sindicato dos profissionais da educação Marta Moraes destaca a mobilização das merendeiras: "Realmente, quando falam da greve, até o prefeito fala que é dos professores e não cita os profissionais da educação. As cozinheiras têm um percentual altíssimo de participação e a demanda delas é tão ou mais importante que a dos professores. A merendeira, o inspetor, o servente e o copeiro também são fundamentais dentro do processo pedagógico. Eles também exercem a função de educadores dentro da escola. Esperamos que o governo lembre que as senhoras estão há muitos anos exercendo o papel de educadoras e são fundamentais nas escolas".

Em uma assembleia realizada hoje, os profissionais da educação decidiram continuar a greve e a ocupação da Câmara dos Vereadores pela mudança no plano de cargos. A Secretaria Municipal de Educação foi procurada pela Agência Brasil para se posicionar sobre a situação das merendeiras, mas não respondeu ao contato até o fechamento desta matéria.

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