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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que as mulheres querem fogão a gás, não a lenha. Depois, continuou falando sobre equipamentos domésticos, mas sem associá-los só a mulheres. Disse que as pessoas querem máquina de lavar roupa em vez de tanque.

O presidente deu as declarações em solenidade no Palácio do Planalto para o lançamento da primeira seleção do programa Minha Casa, Minha Vida. Lula tem defendido que as unidades habitacionais proporcionem maior conforto aos beneficiados, com varanda e local para leitura. Enquanto falava sobre o assunto, o petista mencionou fogão e máquina de lavar roupa.

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"Eu, se pudesse, fazia até um fogão de lenha nas casas dos trabalhadores rurais. É que trabalhador rural também não quer mais fogão de lenha. As mulheres querem é fogão a gás. As pessoas não querem mais tanque, querem máquina de lavar roupa. E nós temos que garantir que as pessoas tenham isso", declarou o presidente.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (14) publica a lei que oficializa a retomada do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) com novas regras. O texto foi sancionado nessa quinta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia no Palácio do Planalto. A nova lei veio com oito vetos ao projeto de conversão da medida provisória aprovado em junho pelo Congresso Nacional.

Como o Estadão/Broadcast antecipou e o ministro das Cidades, Jader Filho, confirmou ontem, o presidente Lula vetou a compra compulsória pelas distribuidoras dos excedentes de energia elétrica gerada pelos consumidores atendidos no Minha Casa, Minha Vida com painéis solares. O Estadão/Broadcast também mostrou que havia grande pressão interna das equipes técnicas para que o trecho fosse barrado na sanção da MP que recriou o MCMV. O assunto foi adicionado no texto pelo Congresso, e não contava com o apoio dos ministérios setoriais.

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Ao anunciar o veto em entrevista coletiva de imprensa após a cerimônia de sanção da MP, o ministro afirmou que agora o governo iniciará um novo diálogo com o Parlamento para que o sistema de energia solar possa funcionar dentro do programa habitacional.

O governo também deixou de fora da lei o artigo que dispensaria licitação para aquisição de excedente de energia elétrica de unidades consumidoras beneficiárias de programas sociais ou habitacionais das esferas federal, estadual, distrital ou municipal. "Em que pese a boa intenção do legislador, não há justificativa para que haja a dispensa de licitação, tendo em vista que a oferta é abundante e o Poder Público poderia se beneficiar de preços menores em um processo licitatório", justifica o Planalto.

Na lista dos vetos, ainda foi barrada a exigência de "seguro de danos estruturais." O texto que saiu do Congresso estabelece que, na produção de unidades imobiliárias novas em áreas urbanas, poderia ser exigida do empreendedor responsável pela construção a contratação de apólices, dentre outras, de seguro de danos estruturais. Para o governo, esse tipo de seguro é uma modalidade de baixa efetividade no setor habitacional, com disponibilidade restrita e de difícil operacionalização, além de representar aumento de custos sobre o preço final das unidades habitacionais.

O governo barrou ainda a parte do projeto de conversão que previa o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para subsidiar os custos de assinatura básica de telefonia, internet em banda larga e televisão por assinatura de beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida. "A proposição legislativa contraria o interesse público ao não apresentar estimativa de impacto fiscal e criar competição por recursos em relação às prioridades já definidas pelo arranjo de governança do referido Fundo", argumenta o governo.

"Por acarretar renúncia de receita tributária sem a devida análise do impacto fiscal", também foi vetado o trecho que fixava em 1% o tributo federal unificado para eventuais aportes de Estados e municípios em projetos de construção e incorporação no âmbito do MCMV que forem contabilizados como receitas. O tributo reduzido iria incidir sobre a receita mensal de empreendimentos de construção e incorporação de imóveis residenciais de interesse social, unificando IRPJ, CSLL, Cofins e PIS/Pasep. A alíquota cheia é 4% para empreendimentos que não fazem parte de programas habitacionais.

Ainda foram objeto do veto presidencial: a obrigação criada para Estados, Distrito Federal e municípios promoverem a inserção completa de dados das famílias beneficiárias de novas habitações de interesse social no cadastro do Sistema Financeiro da Habitação e dos programas habitacionais e sociais do governo federal no prazo máximo de 180 dias; a possibilidade de município requerer que as áreas gravadas com servidão de passagem para oleodutos ou redes de energia elétrica integrem o seu domínio, a partir da data de registro do loteamento; e a possibilidade de uso de assinatura eletrônica avançada, aprovada pelo Operador Nacional do Sistema Eletrônico de Registros Públicos (Onserp), nos contratos preliminares de negócios imobiliários em que seja parte alienante a loteadora ou a incorporadora.

No novo formato do Minha Casa, Minha Vida, que será relançado nesta terça-feira, 14, pelo governo Lula, a chamada Faixa 1 do programa, que atende à população mais pobre, vai contemplar famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Antigamente, o limite era de R$ 1.800.

De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira, 13, pelo Palácio do Planalto, a ideia é de que até 50% das unidades financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público. "Historicamente, o subsídio oferecido a famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%", destacou a presidência, segundo quem o novo MCMV tem como meta contratar 2 milhões de moradias até 2026.

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O novo valor da faixa 1 é exatamente o dobro de R$ 1.320, valor que é estudado pelo governo como novo salário mínimo e teto da ampliação da isenção do imposto de renda, como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O governo também antecipou outras novidades do novo MCMV, como a ampliação da inclusão da locação social, a possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa. Segundo o governo, os empreendimentos estarão mais próximos a comércio, serviços e equipamentos públicos, e com melhor infraestrutura no entorno.

O relançamento do programado vai acontecer nesta terça com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Santo Amaro (BA), às 16h, quando ele faz a entrega simultânea de 2.745 unidades habitacionais em diversos pontos do País. Segundo o governo, em Santo Amaro, serão inauguradas 684 unidades em dois conjuntos habitacionais (Vida Nova Santo Amaro 1 e Residencial Vida Nova Sacramento).

"Uma das principais novidades do novo programa é o retorno da Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, agora voltada para famílias com renda bruta de até R$ 2.640 (anteriormente, a renda exigida era de R$ 1.800). Nos últimos quatro anos, a população com essa faixa de renda foi excluída do programa. Agora, a ideia é de que até 50% das unidades financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público", afirmou o Planalto em nota.

A presidência ainda reforçou que, amanhã, Lula anunciará a retomada das obras de 5.562 unidades habitacionais. Elas estão em cinco municípios: Rio Largo, em Alagoas (609); Chapadinha, no Maranhão (868); Imperatriz, também no Maranhão (2.837); Governador Valadares, em Minas Gerais (240), e Belém, no Pará (1.008). Ao todo, o governo diz que irá assegurar a continuidade ou retomada de obras de 186,7 mil moradias em todo o país.

"O evento será realizado de forma simultânea (online) em Lauro de Freitas (BA), João Pessoa (PB), Contagem (MG) e Aparecida de Goiânia (GO). Ao todo, as unidades entregues nesta terça abrangem nove municípios de seis estados, num investimento que somou mais R$ 206,9 milhões. Além do presidente Lula, estarão presentes em Santo Amaro (BA) o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro dos Transportes, Renan Filho; a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, entre outras autoridades", informou o Planalto em nota.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar nesta sexta-feira, 21, durante live que fez ao lado do deputado federal André Janones (Avante-MG), que, se for eleito, vai incentivar a agricultura familiar a produzir mais.

Lula já vem fazendo esta afirmação desde que começou a fazer campanha pelo País. O entendimento do ex-presidente é o de que a agricultura familiar é que produz grande parte dos alimentos consumidos no dia a dia das famílias brasileiras.

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"Temos que incentivar a agricultura familiar a produzir mais", disse o petista no contexto de que é produzindo mais que os preços dos alimentos vão cair.

Lula também aproveitou a audiência do canal do deputado Janones no Facebook para firmar o compromisso de que, se for eleito, vai retornar um dos programas símbolos das gestões petistas, o Minha Casa, Minha Vida. O programa de construção de moradias populares marcou sua gestão e da sua sucessora Dilma Rousseff.

"Vamos retomar logo em janeiro, no primeiro mês, o Minha Casa, Minha Vida", se comprometeu Lula. "Quem tem que fazer casa é o governo, principalmente para o povo pobre."

"Foi uma conversa de dois silenciosos". Assim o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, resumiu o diálogo entre o presidente Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, antes e depois da entrega de moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida", em Limeira e Americana (SP), neste sábado, 2.

Embora a saída do PSDB do governo Temer já tenha sido anunciada, até agora o roteiro do desembarque não está acertado. A expectativa era de que o governador e o presidente tratassem do assunto na viagem, mas isso não ocorreu. "São duas pessoas que cultivam o silêncio", brincou Moreira Franco, que acompanhou a comitiva presidencial. "Só falaram de amenidades."

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A convenção que deve eleger Alckmin, por aclamação, para a presidência do PSDB está marcada para o próximo dia 9, em Brasília. A ala governista do partido avalia não haver motivo para o PSDB aprovar ali posição oficial sobre o rompimento com o governo, mas os chamados "cabeças pretas", que fazem oposição a Temer, exigem o desembarque imediato.

Até agora, apenas o tucano Bruno Araújo pediu demissão do Ministério das Cidades. Foi rapidamente substituído por Alexandre Baldy, que está prestes a se filiar ao PP, partido integrante do Centrão. Baldy também integrou a comitiva de Temer, neste sábado, ao lado do titular da Fazenda, Henrique Meirelles. Filiado ao PSD, Meirelles tem participado de agendas populares porque quer ser candidato à Presidência, em 2018, e, dependendo do cenário político, pode ser o representante de uma frente de centro-direita para defender o "legado" de Temer.

Nas fileiras do PSDB, ao que tudo indica, somente o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanecerá na equipe, na "cota pessoal" do presidente, após o desembarque do partido. O chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, deve ser trocado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) também entregará o cargo.

Neste sábado, porém, a aparição pública de Temer e Alckmin foi marcada por afagos. "Nos dois eventos, havia sinais claros de aproximação, sem nenhum atrito", observou o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP). "O clima estava bom, mas os dois não ficaram em nenhum momento sozinhos para conversar. Não tinha um ambiente mais reservado."

Pré-candidato do PSDB à Presidência, Alckmin precisa do tempo de TV do PMDB para se consolidar na campanha, mas tem adotado um discurso que deixa dúvidas no Palácio do Planalto. Já disse por exemplo que, se dependesse dele, o PSDB nunca teria entrado no governo. Em Limeira, no entanto, fez o discurso da conciliação. "Presidente, conte conosco", afirmou ele. "A boa política é buscar entendimento. Entendimento para resolver os problemas do Brasil e melhorar a vida das pessoas." Um pouco mais tarde, em Americana, o governador foi além: "Nós precisamos dar a mão, fazer parceria em benefício do Brasil."

Temer não descarta totalmente o apoio a Alckmin em 2018, mas, no momento, a relação entre o PMDB e o PSDB é de muitas dificuldades. O presidente ficou magoado com o governador, que lavou as mãos e não pediu votos para deputados do PSDB durante a votação das duas denúncias criminais apresentadas contra ele pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Mesmo com o racha dos tucanos, porém, as acusações foram derrubadas pelo plenário da Câmara.

Para que o casamento entre o PMDB e o PSDB não termine em divórcio litigioso, Temer quer agora que Alckmin convença a bancada do PSDB a dar sinal verde à reforma da Previdência. O Planalto não tem os 308 votos necessários para aprovar as mudanças na aposentadoria. Na tentativa de quebrar resistências sobre o assunto, Temer marcou um almoço para este domingo com aliados, no Palácio da Alvorada, e à noite participará de um jantar na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com ministros, líderes e presidentes de partidos.

"O PSDB sempre defendeu a reforma da Previdência, inclusive em seu plano de governo", disse Baleia Rossi. "Não aprovar essa proposta, agora, seria negar a sua história", completou o líder do PMDB.

O presidente Michel Temer foi vaiado durante discurso na cerimônia de entrega de 896 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida em Americana (SP). Em mais de um momento, os presentes vaiaram o peemedebista enquanto ele discursava. Houve quem gritasse "Fora, Temer". Quando ele disse que em "18 meses de governo, o Brasil não parou", a plateia rompeu em vaias.

Depois de falar da melhora econômica do País, o presidente escolheu encerrar o discurso com um provérbio bíblico, que também foi acompanhado de vaias. "Está alguém entre vós triste, orai. Está alguém entre vós alegre, cantai louvores. Eu quero cantar louvores", disse.

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As empresas de construção que desenvolvem moradias populares, enquadradas no Minha Casa, Minha Vida, têm puxado a recuperação do mercado imobiliário. Direcional, MRV e Tenda responderam por dois terços dos lançamentos e das vendas do terceiro trimestre entre as 11 incorporadoras listadas na Bolsa. Juntas, as três lançaram empreendimentos com valor de vendas estimado em R$ 2 bilhões, um crescimento de 55,5% na comparação anual. As vendas no período totalizaram R$ 2,1 bilhões, avanço de 23,5%.

"O protagonismo da faixa popular na recuperação acontece sobretudo por causa do crédito. Os empreendimentos mais baratos, do Minha Casa, Minha Vida, têm acesso a crédito mais em conta. Os juros altos no passado recente praticamente inviabilizavam o financiamento", diz Pedro de Seixas, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em negócios imobiliários.

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Em São Paulo, imóveis com preços até R$ 240 mil lideraram em quase todos os indicadores de agosto, aponta o Secovi-SP (entidade do setor). No País, dados da Abrainc (associação de incorporadoras) mostram que as vendas de imóveis novos do Minha Casa, Minha Vida até agosto somaram 41,7 mil unidades, 23,6% mais que no mesmo período de 2016. Foram 33,4 mil lançamentos, alta de 13%.

O copresidente da MRV, Eduardo Fischer, reitera a perspectiva de mais lançamentos e vendas em 2018. Ele também avalia que há boa disponibilidade de recursos para financiar a compra de imóveis com juros baixos, ao contrário do restante do mercado. "As sinalizações do governo são de que a habitação popular é prioridade."

Já a Direcional avalia que ainda existe grande diferença no desempenho de cada ramo. Tanto o médio quanto o alto padrão sofrem com distratos, juros altos e baixa demanda. Diante disso, a companhia abandonou novos projetos nesse mercado. Mas no de moradias populares, a trajetória continua positiva.

No grupo das empresas focadas tanto no médio quanto no alto padrão - Cyrela, Even, Eztec, Gafisa, PDG, Rossi, Rodobens e Tecnisa - o resultado na Bolsa foi mais modesto. Os lançamentos atingiram R$ 1,27 bilhão, alta de 4,6%. Já as vendas subiram 42,4%, para R$ 1,39 bilhão. As incorporadoras conseguiram aumentar lançamentos e vendas no terceiro trimestre, além de diminuir o tamanho do rombo financeiro, o que sinaliza uma inflexão no mercado imobiliário após anos de crise.

Sair do vermelho, entretanto, é algo esperado só para meados de 2018, segundo empresários. Eles avaliam que o setor ainda depende de um avanço mais consistente da economia brasileira e da confiança dos consumidores para impulsionar as vendas e reduzir os estoques. O vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Rodrigo Luna, ressalta que o crescimento do setor depende da volta do emprego e da retomada da renda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer estuda ampliar para R$ 9 mil o limite de renda mensal de famílias que podem ter um imóvel com os juros mais baixos do programa Minha Casa Minha Vida. Atualmente, o teto da faixa 3 do programa de habitação popular é de R$ 6,5 mil.

O governo deve também ampliar os preços dos imóveis enquadrados no programa em torno de R$ 25 mil. Dessa forma, o preço máximo dos imóveis do MCMV, que vale para as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, deve passar de R$ 225 mil para R$ 250 mil.

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Essas duas mudanças fazem parte de um "upgrade" no programa de habitação popular, que está sendo estudado pelo governo Temer. Os detalhes devem ser fechados até o final da semana que vem. Segundo uma fonte a par das negociações, a ideia é revigorar o programa para enfrentar a nova realidade econômica.

As últimas alterações desses valores tinham sido feitas em 2015, quando a ex-presidente Dilma Rousseff anunciou a terceira etapa do programa de habitação popular. As novas regras devem ser anunciadas em fevereiro para que o programa esteja rodando a todo vapor a partir de abril.

"Vamos abrir uma nova faixa de brasileiros possam ter acesso ao programa", disse um integrante do governo. "Vamos dar mais subsídios nas faixas de juros para dar um empurrão maior no acesso aos imóveis e estimular mesmo a produção", completou, mas com "absoluta responsabilidade", ressaltou.

Preocupado com a retomada da economia, Temer aposta em um pacote de medidas para a construção civil para impulsionar a atividade, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. A indústria da construção apresentou ao Ministério do Planejamento um conjunto de ações que pode aumentar as contratações das faixas 2 e 3 do MCMV de 250 mil unidades para 400 mil unidades em 2017.

O governo vai cobrar o setor o cumprimento dessas metas. A meta de construção da faixa 1 é de 170 mil unidades e da faixa 1,5 é de 40 ml unidades.

Pela proposta - que está sendo costurada pelos ministérios das Cidades e do Planejamento e Caixa - haverá um aumento nas rendas de todas as faixas do programa, exceto a faixa 1 (destinada a famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil). Para esse público, o governo chega a bancar até 90% do valor do imóvel, com subsídios.

Na nova faixa 1,5, por exemplo, a renda deve subir para R$ 2,6 mil - atualmente, apenas famílias com renda de até R$ 2.350 podem ter direito ao subsídio de até R$ 45 mil na aquisição de imóvel, de acordo com a localidade e a renda.

Ao mesmo tempo, os juros cobrados nos financiamentos do Minha Casa também devem subir. Para as famílias com renda de R$ 9 mil, os juros devem ser de 9% ao ano. Atualmente, os juros cobrados para a faixa 3 são de 8,16% ao ano.

Mesmo assim, eles continuarão mais baixos do que as taxas cobradas nos empréstimos à casa própria enquadrados no Sistema Financeiro Habitacional (SFH), que variam entre 11% e 13% ao ano. No SFH, o limite do valor do imóvel é de R$ 750 mil nas regiões metropolitanas de SP, RJ, MG e DF.

O vice-presidente de Habitação do Sinduscon-SP, Ronaldo Cury de Caputa, disse que as alterações devem impulsionar o setor, caso a economia continue se recuperando. "O déficit habitacional no País ainda é muito grande. A demanda por casa só depende de boas condições", afirma. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, o mercado está "ávido" por essas mudanças.

O presidente Michel Temer pediu ao Congresso Nacional que retire de tramitação o Projeto de Lei 4.960/2016, que faz alterações na lei que trata do Programa Minha Casa, Minha Vida e da regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.

O projeto foi enviado aos parlamentares em abril pela então presidente Dilma Rousseff. A mensagem de Temer pedindo o cancelamento da tramitação do texto está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (11).

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BNDES

O governo federal nomeou Marcos Jorge Lima para exercer a função de membro efetivo do Conselho Fiscal do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A nomeação está publicada no DOU desta terça-feira.

A presidente da Caixa, Miriam Belchior, afirmou neste sábado (28) que o programa Minha Casa, Minha Vida 3 deve ser lançado "talvez na virada de abril para maio." Segundo ela, os primeiros contratos deverão ser firmados no segundo semestre deste ano, sendo que a expectativa é de que obras começarão no fim do ano. A nova fase do programa prevê a entrega de 3 milhões de unidades em quatro anos. O Minha Casa, Minha Vida já liberou as chaves de 2,1 milhões de moradias e cerca de 1,6 milhão está em obras.

Segundo a presidente da Caixa, o governo está avaliando o que foi feito na fase 2 do programa para realizar ajustes. "Uma das coisas mais importantes, especialmente nas regiões metropolitanas, é uma verticalização maior do que quatro andares. A terra é muito cara e é necessário para viabilizar os empreendimentos um número maior de andares", disse. Ela acrescentou que os prédios têm a necessidade de possuírem elevadores.

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"Uma outra (questão) é que como são famílias de baixa renda é reservar a área do térreo para empreendimentos comerciais que permitam gerar renda para essas famílias pagarem condomínio", destacou Miriam. A presidente da Caixa também afirmou que outro ponto relevante da fase 3 é contemplar famílias com renda mensal entre R$ 1 mil e R$ 1,6 mil com um subsídio expressivo do governo.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse nesta segunda-feira, 12, que o programa Minha Casa, Minha Vida, vitrine do governo Dilma Rousseff, não será atingido pelo corte de verbas. "Se houver cortes no Orçamento, o nosso Ministério será um dos últimos a ser afetado", afirmou Kassab ao jornal O Estado de S. Paulo, após uma reunião com Dilma no Palácio do Planalto.

Até agora, o aperto definido por decreto para os ministérios - que valerá até a aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso - impõe à pasta de Cidades uma redução de gastos da ordem de R$ 1,7 bilhão ao longo do ano.

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"Saberemos priorizar as obras mais importantes em habitação, saneamento e mobilidade urbana e, se necessário, teremos condições de ponderar junto ao Ministério do Planejamento", afirmou Kassab, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma tesourada maior nos programas da pasta que comanda. "O Ministério das Cidades trabalha com problemas grandes, mas também com soluções grandes", emendou ele.

Kassab disse que o governo federal continua "determinado a socorrer o Estado de São Paulo", que sofre com a crise de abastecimento de água, e também em fazer parcerias com prefeituras, como a da capital paulista, para obras de habitação, mobilidade urbana e saneamento.

Na sexta-feira, Kassab visitou Vitória e propôs ao governador Paulo Hartung o aumento da participação do Espírito Santo no Minha Casa, Minha Vida. Na ocasião, o ministro também garantiu que o governo Dilma dará prioridade à parceria para obras de prevenção de enchentes no Estado.

Kassab afirmou hoje que continuará visitando governadores e prefeitos. Sua ideia é fazer uma radiografia dos projetos e convênios em curso, em todo o País, para verificar "in loco" problemas e o que pode ser aperfeiçoado.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) entregou na manhã dessa quinta-feira (3), 713 unidades do Programa "Minha Casa, Minha vida", em Juazeiro do Norte, interior do Ceará, distante 560 km da capital Fortaleza. A novidade é que a presidente fez a entrega das casas por uma teleconferência, transmitida ao vivo em um telão de LED, entre as cidades de Brasília, Juazeiro do Norte e, no momento, Jequié na Bahia. A teleconferência demorou cerca de duas horas. Durante todo o tempo, a presidente Dilma foi aplaudida, até no final da entrega, realizada no próprio canteiro de obras, onde foi montado um telão e algumas barracas, mas parte das 3 mil pessoas presentes ficou do lado de fora.

O conjunto residencial Manoel Raimundo de Santana filho, localizado no bairro da Betolância, é destinado a famílias com renda de até R$ 1.600,00 e beneficiou, em Juazeiro do Norte cerca de 2.500 pessoas. Foram investidos R$ 42,6 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Governo Federal.

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No canteiro de obras, local da entrega, representando a presidenta Dilma Rousseff, esteve o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Além do ministro, o evento contou com a participação de deputados estaduais e federais, do prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo (PMDB), e do vice-governador do Ceará, Domingos Filho. Todos os discursos foram acompanhados pela presidenta que comandou a solenidade de entrega de outras 5 mil unidades do programa em Brasília e mais dez municípios brasileiros. Dilma cumprimentou autoridades e moradores contemplados nos municípios.

Durante a entrega, a doméstica Francisca Silva de Oliveira e o marido, José Marcelo Gonçalves de Sousa, acompanhados dos seis filhos e representando todos os contemplados, receberam as chaves da casa das mãos do ministro Miguel Rossetto. As unidades têm área de 43,85 m2 com dois quartos, salas de jantar e estar, cozinha, banheiro e área de serviço.

O Ministro Miguel Rossetto destacou "a garra do povo brasileiro, a cordialidade dos juazeirenses" e salientou "o compromisso do governo federal com as famílias mais carentes do País". Ao final do discurso, o ministro fez uma saudação à seleção brasileira, lembrando o jogo do Brasil nesta sexta-feira, 4. O ministro foi inteirado que o governo federal já havia entregue 1.300 casas, agora 2.013, mas que o município necessita de mais 3 mil unidades.

A presidenta Dilma, em um discurso rápido, cumprimentou a família representando os moradores contemplados, todos os presentes e ressaltou o seu compromisso com programa "Minha Casa, Minha Vida". "Quero agradecer a todos pela confiança nesse programa. E dizer que fico feliz em ver que as pessoas podem, além de realizar um sonho, entrar dentro dele," disse a presidenta. Cerca de 3 mil pessoas acompanharam a solenidade que teve início às 9 horas, sendo encerrada por volta das 11 horas da manhã.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 3, que o programa Minha Casa, Minha Vida é o maior programa habitacional do País. Na antevéspera do início do período eleitoral, quando é proibida a presença de agentes públicos na entrega de obras, Dilma disse que a casa própria é um sonho de toda pessoa.

"Um sonho nem sempre fácil de ser realizado. Para fazer deste sonho realidade, nós criamos o Minha Casa, Minha Vida, que se tornou o maior programa habitacional da história do Brasil", anunciou ela, no início da solenidade no Paranoá, região administrativa do Distrito Federal, na qual o governo vai entregar as chaves da casa própria para 540 pessoas.

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Dilma participa hoje de uma megainauguração do programa Minha Casa, Minha Vida. Ao mesmo tempo em que faz a entrega às famílias no Paranoá, dez ministros de Estado que atuam nos mais diversos setores foram convocados para fazer inaugurações simultâneas em dez cidades de sete Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Ceará e Bahia), além do DF. A solenidade entregará 5.460 casas ou apartamentos para famílias cuja renda é de até R$ 1,6 mil, a menor das três faixas de renda do programa.

Em um ato com forte apelo eleitoral, no qual foi anunciada aos gritos de "1, 2, 3, Dilma outra vez", a presidente chamou, por conferência, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), para também, com a presença do ministro da Educação, Henrique Paim (PT), entregar unidades na capital paranaense. Em Curitiba, foram entregues 480 unidades, segundo o prefeito.

Além de Curitiba, a presidente vai chamar prefeitos para fazer entrega de unidades habitacionais nas cidades de Duque de Caxias (RJ), Belford Roxo (RJ), Betim (MG), Governador Valadares (MG), Jequié (BA), Joinville (SC), Juazeiro do Norte (CE) e Santo André (SP).

Esta é a 11ª solenidade em que Dilma entrega unidades habitacionais do Minha Casa só neste ano - a presidente já fez o mesmo em Araguaína (TO), Bauru (SP), São José do Rio Preto (SP), Rio de Janeiro (duas vezes), Cuiabá (MT), Feira de Santana (BA), Camaçari (BA), Parnaíba (PI), Macapá (AP) em 2014.

A presidente deve aproveitar a solenidade para lançar a etapa 3 do Minha Casa, Minha Vida, com metas para os próximos anos. Recentemente, Dilma anunciou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico 2 (Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras 2, em um esforço do Palácio do Planalto de consolidar marcas da sua gestão e repaginá-las.

A presidente Dilma Rousseff sinalizou nesta sexta-feira, 23, que, independente do resultado das eleições de outubro, pretende deixar a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida pronto para execução. Ela declarou um "compromisso" com o programa habitacional, classificado pela presidente como "um dos maiores programas habitacionais já feitos no Brasil".

"Acredito que o Minha Casa seja a maior resposta que o governo dá à questão da exclusão da moradia. Com o (ex-presidente) Lula, fizemos o Minha Casa, Minha Vida, no meu governo fizemos o Minha Casa 2, e estamos deixando o compromisso do Minha Casa 3", disse.

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Dilma falou também dos programas sociais do governo, que, segundo ela, destacaram o Brasil no cenário internacional. "O Brasil é conhecido hoje pelas suas políticas sociais e suas práticas de inovações", disse, ressaltando que "o problema dos programas sociais não é a porta de saída, mas a de entrada".

A presidente afirmou ainda que com o programa Brasil Sem Miséria, o governo tirou 22 milhões de "eternamente excluídos" da linha extrema da pobreza. "Tivemos primeiro o Bolsa Família instituído pelo (ex-)presidente Lula. O Brasil Sem Miséria permitiu focar o programa nas crianças, depois percebendo que era possível focar na criança e na família da criança, focar no adolescente e depois para todo mundo. Então, zeramos todo o cadastro", disse.

O dado foi apresentado como sendo o atendimento de parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que o Brasil e outros 190 países assumiram com a Organização das Nações Unidas (ONU) até 2015. "Tenho muito orgulho de ter cumprido os ODM e de, uma certa forma, mais do que cumprido. Nós com os ODM é como a Copa, cumprimos mais para nós (mesmos). Nós cumprimos muito mais do que a meta", comparou.

Entre as metas do milênio está a universalização da oferta e o acesso à educação pelas crianças, o que o mensageiro da ONU no evento disse que o Brasil cumpriu. Dilma, contudo, afirmou que o País precisa avançar na educação para "transformar em uma situação perene a redução da desigualdade".

"Temos de valorizar o professor, por isso aprovamos a lei dos royalties e do fundo social. Não chama só de lei dos royalties, porque o dinheiro maior está no fundo social", disse, destacando os números de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): "Hoje acabam as inscrições do Enem e já chegamos a 8 milhões. É um recorde chegar a 8 milhões". Dilma lembrou também que 98% das crianças estão nas escolas.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o governo vai lançar a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida. "Ele (o programa) vai continuar e as pessoas que não obtiveram (uma casa nas edições anteriores) têm que saber que nós estamos discutindo o Minha Casa, Minha Vida 3", disse Dilma, durante cerimônia de entrega de chaves do programa em Parnaíba, no Piauí.

Ela pontuou que a primeira fase do programa, ainda do final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi feita para 1 milhão de pessoas. Em 2011, disse a presidente, o número de beneficiados subiu para 2,7 milhões. "Vamos fazer outro Minha Casa, Minha Vida", garantiu.

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Em Parnaíba, a presidente Dilma encerra um dia com intensa agenda no Nordeste. No município piauiense, ela faz a entrega simbólica das chaves do Minha Casa, Minha Vida. As casas fazem parte do conjunto Rosápolis e vão beneficiar 3.672 pessoas. Mais cedo, a presidente participou de cerimônias de formatura do Pronatec em João Pessoa, na Paraíba, e em Teresina, no Piauí.

O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou ao Broadcast, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, que o setor está interessado em saber detalhes sobre os programas Minha Casa, Minha Vida 3 e de Aceleração do Crescimento (PAC) para o curto prazo. Esse foi o principal tema de sua audiência com o Secretário de Política Econômica, Marcio Holland, nesta tarde, em São Paulo. "Gostaríamos de ter mais informações sobre essa nova fase do Minha Casa, Minha Vida, que muito provavelmente será implementado em 2015", comentou. Segundo ele, o PIB deste segmento produtivo deve crescer 3% neste ano.

"Para o nosso setor, que trabalha com investimentos de longo prazo, um cenário claro sobre os rumos da economia é essencial", destacou Martins. A eleição presidencial, contudo, tende a trazer dificuldades para o esclarecimento destas questões. Nem a presidente Dilma Rousseff nem os seus principais concorrentes, Aécio Neves e Eduardo Campos, exibiram um programa de governo objetivo sobre os principais temas econômicos.

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De acordo com Martins, a melhora da eficiência e da produtividade do setor da construção no Brasil está também relacionada com questões microeconômicas e institucionais. "Em média, metade do tempo gasto para que uma obra seja concluída foi consumido por excesso de burocracia, como, por exemplo, a concessão de licenças para os empreendimentos", disse.

Um outro ponto relevante para o setor seria ampliar de forma substancial as fontes de financiamento. Segundo ele, 85% das empresas que a CBIC representa em todo o Brasil são pequenas e médias. "Essas companhias deste porte têm dificuldades para tomar recursos, pois os bancos comerciais requerem um nível de comprometimento financeiro que reduz nossa capacidade de alavancagem para viabilizar os investimentos", apontou. Segundo ele, seria importante que a concessão de recursos para este segmento produtivo tivesse uma participação muito maior do BNDES, pois as condições de juros e de prazo são as mais favoráveis à disposição no País.

A cinco meses da eleição, a presidente Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira mais um "pacote de bondades". As medidas atingem, desta vez, os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida e os agricultores que tiveram problemas com a seca. O governo não divulgou quanto custarão aos cofres públicas os novos agrados.

As famílias que foram contempladas com um imóvel do programa de habitação popular antes de 27 de agosto de 2012 e pagavam até hoje prestação que correspondia a 10% da renda familiar mensal vão ter que desembolsar a metade do valor a partir da próxima parcela. Pelas estimativas do Ministério das Cidades, são quase 16 mil famílias organizadas por meio de cooperativas, associações e outras entidades.

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O governo alterou naquela data as regras do Minha Casa, Minha Vida para determinar que a prestação não poderia ultrapassar 5% da renda da família (antes era 10%) e que o valor mínimo de desconto seria de R$ 25 em dez anos (ante R$ 50). Essa medida passou a valer a partir de então, mas não atingiu os contratos assinados anteriormente.

A portaria de hoje regulamenta a aplicação dessa regra - desconto de no máximo 5% da renda familiar - para os contratos assinados antes do dia 27 de agosto, com efeito para as prestações que ainda vão vencer a partir desta terça-feira. Como os beneficiários do programa dividem as prestações dos imóveis em dez anos, a medida implica em desconto para as prestações que vão ser pagas até 2022. "Ao se reduzir o valor de pagamento das parcelas, automaticamente aumenta o subsídio", confirma o Ministério das Cidades, em nota. De 2009 a 2013, o governo federal desembolsou R$ 73,2 bilhões em subsídios para os empreendimentos da faixa 1. Outros R$ 6,3 bilhões de subsídios foram destinados aos financiamentos imobiliários da chamada faixa 2 (famílias que ganham entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil).

A Bolsa Estiagem estava prevista para acabar em abril, mas Dilma desistiu de cortar a transferência de R$ 80 mensais aos agricultores que tiveram problemas com a seca de 2012, pagas por meio do cartão do Bolsa Família ou do Cartão Cidadão. Criada como uma ação emergencial em junho de 2012 , o auxílio deveria durar cinco meses, mas alcançará ao menos 30. Até agora, foram investidos cerca de R$ 1,7 bilhão no programa. De acordo com dados de fevereiro deste ano divulgados pelo Portal Brasil, site oficial do governo, o custo mensal do programa era de R$ 95,1 milhões mensais para atender 1,3 milhões de pessoas. Se o número de atendidos continuar o mesmo, a benesse custará mais R$ 760 milhões de maio até dezembro.

Entretanto, nem o Palácio do Planalto, nem o Ministério da Integração Nacional sabem se o número de beneficiários diminuiu ou aumentou. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governo informou que a presidente identificou que o problema da seca continua e primeiro tomou a decisão política. Só então a partir da edição da Medida Provisória é que os ministérios envolvidos farão o retrato da atual situação.

A presidente Dilma Rousseff também anunciou hoje investimento de R$ 2,8 bilhões para a terceira etapa das ações de saneamento básico e tratamento de água, dentro da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Aproveitou o evento para enaltecer as ações desenvolvidas desde o governo do ex-presidente Lula."No início do segundo mandato (de Lula), nós tínhamos nos aprumado e investíamos em torno de R$ 20 bilhões, agora estamos chegando a R$ 37,8 bilhões", ressaltou. (Colaboraram Nivaldo Souza e Ricardo Della Coletta)

A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta terça-feira, durante entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em São Gonçalo (RJ), que é ilegal vender as casas do programa no prazo de dez anos. "Se vierem pedir para vocês venderem, não vendam porque é ilegal. Durante dez anos, casa subsidiada por dinheiro do povo brasileiro não pode ser vendida", afirmou a presidente, pedindo que os beneficiados "tratem muito bem" do programa.

"Se alguém falar que vocês devem essa casa a A, B ou C, é mentira", disse a presidente. "Não é favor, é direito cidadão à moradia", completou. Dilma afirmou que o maior gasto nos quatro anos de seu governo será focado nos subsídios ao programa. "(O programa) Não é feito nem dado por político algum, nem pela presidenta da República, nem pelo governador, nem pelo prefeito. Ele é direito cidadão."

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Ela aproveitou para destacar outras obras feitas em parceria do governo federal com o município em São Gonçalo e também no Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o governo estadual. "Com o governador do Estado temos parceria muito forte, a linha 3 do monotrilho, que vai ligar a cidade a toda uma região, inclusive à capital", destacou.

Os ministérios da Justiça e das Cidades vão criar uma força tarefa para coibir a atuação de milícias em empreendimentos do programa federal Minha Casa, Minha Vida. A portaria interministerial que tratará do tema será assinada terça-feira, 8. A ideia é unir agências de inteligência das polícias militares, civis e federal.

"Estamos aqui no Rio buscando a expertise de retomada de territórios" afirmou a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que participou de reunião na sede da Secretaria de Estado de Segurança.

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Desde 2011, a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil (Draco) investiga a atuação de milícias em conjuntos do Minha Casa, Minha Vida na zona oeste. Os milicianos cobram "taxas de segurança" dos condôminos. Moradores denunciaram que eles andavam armados nos conjuntos, atiravam para o alto e chegavam a cortar o fornecimento de água como forma de pressionar os moradores.

O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, não informou qual o tipo de denúncia o ministério tem recebido, os locais em que foram registrados casos como esses, nem quantas unidades do Minha Casa, Minha Vida foram afetadas. "Essa investigação já está em curso desde 2011. Estão sendo finalizadas e não podem ser divulgadas sob pena de serem prejudicadas. Eu queria que vocês entendessem isso. Estamos querendo passar mais uma informação a vocês: é que esta ação vai ter continuidade e vamos perseguir o objetivo de proteger o cidadão", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff encerrou na tarde desta terça-feira (25) em Bauru (SP) seu segundo e último discurso no dia, sem citar o rebaixamento do País pela Standard & Poor's (S&P), anunciado na segunda-feira (24). Ela optou por um discurso em defesa do cidadão brasileiro durante seu pronunciamento. A presidente afirmou que o governo coloca "os interesses das pessoas em primeiro lugar; de todas as pessoas, em especial as que mais precisam".

Dilma participou da cerimônia de entrega de 944 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida em dois conjuntos habitacionais na cidade do interior paulista, com cerca de R$ 60 milhões em investimento. Ela lembrou que o Brasil não tinha política habitacional que pudesse garantir casa para quem mais precisasse, ou seja, para pessoas que ganhassem até R$ 1.600. "Muitas vezes, o que se pensava é que o Estado, o governo federal, não precisavam fazer nada, porque o mercado imobiliário iria resolver o problema. O mercado não iria resolver isso de jeito nenhum, pois não fecha a equação. Como alguém pode comprar uma casa com renda de dois salários?", indagou.

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A presidente citou ainda que o dinheiro investido pelo governo no programa Minha Casa, Minha Vida vem dos impostos pagos pela população e emendou: "entrem nos apartamentos de cabeça erguida, o apartamento é de vocês. Vocês não devem nada a ninguém, são cidadãos brasileiros, e o governo brasileiro tem o compromisso com as pessoas e é obrigado a dar habitação".

Segundo Dilma, as famílias que moram em casas próprias "tem mais condição de crescer, de fazer os filhos estudarem, de correr atrás da formação profissional". Ela considerou o dia como especial para o governo por poder dar oportunidades para as pessoas. "A casa é uma oportunidade, mas quem faz a casa, o esforço, quem corre atrás, quem rala bastante é o povo desse País", exaltou. "Estou junto com pessoas batalhadoras e trabalhadoras." A presidente prometeu, no fim do pronunciamento, um curso de medicina federal para a cidade e citou o programa Mais Médicos. "Temos um país onde faltam médicos. As pessoas não podem esperar", concluiu.

Entre os presentes, estava o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, provável candidato a governador de São Paulo pelo PT, que acompanhou Dilma nas duas visitas dela no Estado, hoje. Em Bauru, Padilha ficou no palco, ao lado de Dilma, e recebeu um "cumprimento muito especial" da presidente durante o discurso dela. Ele foi ainda citado quando o programa Mais Médicos foi lembrado pela presidente.

Antes, em São José dos Campos (SP), Dilma participou da cerimônia de assinatura da construção do Minha Casa, Minha Vida para as famílias do Pinheirinho. Serão 1.461 unidades habitacionais, com investimento de R$ 140,2 milhões, para atender 5.844 famílias com renda familiar de até R$ 1,6 mil.

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